O documento resume o filme Pollock, retratando a vida e obra do pintor expressionista abstrato Jackson Pollock. Apresenta como Pollock desenvolveu sua técnica de dripping, lançando tinta diretamente na tela, revolucionando a pintura americana. Também destaca as lutas internas de Pollock com o alcoolismo e relacionamentos, culminando em sua trágica morte em um acidente de carro. Elogia a forma como o filme captura de forma crua o processo criativo dinâmico de Pollock.
1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS, PROPAGANDA E TURISMO
ESTÉTICA EM PUBLICIDADE
Prof. Emerson
Súmula do filme:
Pollock (2000)
Jean Michel Gallo Soldatelli
Número USP - 6441052
SÃO PAULO, JUNHO/2008
2. Jackon Pollock (1912 – 1956) é considerado por muitos estudiosos o
principal artista do movimento chamado expressionismo abstrato. Estudou
pintura no Art Students´ League, em Nova York, e no ínicio foi muito
influenciado pelos pintores de mural mexicanos como Orozco e em certos
aspectos pelo surrealismo. É nesse momento de influência e despertar para
o público que o filme tem seu início, quando Pollock é “descoberto” pela sua
futura esposa, Lee Krasner.
Foram apenas algumas gotas de tinta caídas no chão enquanto
pintava um quadro que mudaram sensivelmente a forma de Pollock e de
muitos outras pessoas verem a arte, começou a pintar e forma
completamente abstrata, sem utilizar pincéis e cavaletes. Deixava as telas
no chão ou na parede e com o auxílio de paus ou facas jogava a tinta na
tela manipulando as linhas e a intensidade de seus traços. Essa técnica
conhecida posteriormente como dripping (gotejamento) levou Pollock e suas
pinturas a um patamar nunca alcançado antes por um artista americano.
Respingando a tinta na tela ele criava efeitos impressionantes, possuía uma
harmonia entre os traços e um domínio sobre os pontos que caracterizam
sua arte como o ápice da action painting.
Muito se fala da necessidade que o governo americano via em
divulgar uma arte típica, visto que existe uma prevalência dos artistas
europeus e principalmente pela influência positiva que essa divulgação
causaria em tempos da Guerra Fria, portanto muitos criticam a arte de
Pollock como se fosse uma arte supervalorizada. Mesmo considerando-se
um apoio do governo na divulgação da sua arte, não se pode descartar a
3. genialidade de Pollock, um artista que conseguiu enxergar além dos
padrões tradicionais de pintura e fazer obras relativamente simples porém
que possuem uma enorme gama de expressões que dificilmente são
mostradas com tanta facilidade.
O filme é brilhante ao mostrar Pollock de um jeito cru, apesar de Ed
Harris interpretar o artista e dirigir o filme ele os faz de forma limpa, apesar
de declarar várias vezes Pollock como um de seus ídolos ele não o idolatra
no filme.
Outro ponto positivo do filme é a brilhante mostra da vanguarda nova-
iorquina da década de quarenta, com todas as intrigas e disputas entre
artistas e apreciadores, através da aparição de personagens marcantes
como a colecionadora Peggy Guggenheim e da trilha sonora que utiliza as
fascinantes músicas de artistas como Billie Holliday.
As muitas fraquezas de Pollock são muito bem apresentadas pelo
filme, seus problemas com bebida, com sua(s) mulher (es), além de sua
morte prematura em um acidente de carro mostrada de forma sólida e
chocante. Porém a maior qualidade do filme é usar a câmera como um
observador do fascinante processo criativo de Pollock, a dinâmica de
imagens utilizada é a perfeita materialização da contínua atividade criativa
do artista.
4. Bibliografia:
Pollock – Crítica. Christian Petermann.
http://dvdteca.folha.com.br/filmes/pollock/critica.html> Acesso em 18/06/08.
A crítica de arte norte-americana, a action painting
e o expressionismo abstrato: Jackson Pollock de 1947 a 1951. Marina
Pinheiro de Campos.
<http://www.prp.unicamp.br/pibic/congressos/xiiicongresso/paineis/016899.p
df> Acesso em 18/06/08.
O'Doherty, Brian. American masters : the voice and the myth in modern art :
Hopper, Davis, Pollock, De Kooning, Rothko, Rauschenberg, Wyeth, Cornell
/ Brian O'Doherty. New York : Dutton, 1982.