Os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo se apresentam e contam um pouco sobre si mesmos e suas experiências no sítio, enquanto Dona Benta convida as crianças para ouvirem histórias à noite.
1. Emília: Oi, eu sou Emília, a
boneca falante. O quê, você
não acredita, deixe-me
contar.
Fui feita de retalhos de
tecido e recheada de macila
pela tia Nastácia, como
presente para Narizinho. Um
dia nó fomos passear no
Ribeirão e conhecemos o
Doutor Caramujo, um médico
meio doido que me deu a
pílula falante e eu comecei a
falar, falar, falar . . . Sou a
mais esperta e inteligente
aqui do sítio.
Sabe, sou uma Marquesa,
A Marquesa de Rabicó. Estou
escrevendo as minhas
memórias, junto com esse
sabugo de milho . . .
2. Visconde: Bem, eu sou o
Visconde. Como vocês podem
ver, sou um sabugo de milho.
Sou muito amigo do Pedrinho.
Fui feito e esquecido na
biblioteca de D. Benta, no
meio de uma porção de livros.
Como gosto muito de ler, li
todos e, com isso, adquiri
muitos conhecimentos. Sei de
muitas coisas.
Sabem, crianças, o livro é o
nosso melhor amigo. Ele traz
muitas coisas boas, nos leva
a viagens incríveis; nos
informa, nos diverte e
instrui.
Se você quiser ser sábio
como eu, deve ler bastante.
3. Tio Barnabé: eu sou o tio
Barnabé, um preto velho; moro
nos fundo do sítio, perto da mata.
Sou muito amigo do pessoal,
principalmente de Pedrinho.
Perto da minha casa, andam
acontecendo muitas coisas
estranhas: gritos, assobios,
uivos, coisas andam sumindo,
cavalos que aparecem com as
crinas trançadas. Isso deve
ser coisa daquele malandro de
saci-pererê. Ele que se cuide
porque eu to preparando umas
surpresas para ele. Esse
pestinha me paga.
4. Saci-pererê: Eu sou o Saci.
Moro na mata, em qualquer
lugar; sou negrinho de uma
perna só. A minha carapuça é
mágica, com ela posso me
transformar em um redemoinho
de vento e fazer minhas
brincadeiras.
Não sou malvado, gosto apenas
de me divertir, esconder
objetos, assustar e confundir
as pessoas, principalmente os
caçadores, pois não gosto que
machuquem ou matem animais e
passarinhos, prego peças,
também, naqueles que poluem
ou destroem a natureza.
Sou amigo do pessoal de
sítio, mas não é por isso que
deixo de fazer brincadeiras
com eles, principalmente com
o Tio Barnabé.
5. Tia Nastácia: Eu sou a Tia
Nastácia, a cozinheira do
sítio. Gosto muito do pessoal
que mora aqui. Para agradar,
preparo vários quitutes que
eles gostam de comer:
bolinhos de chuva, quindins,
bolos, tortas e pipoca, muita
pipoca.
Aqui no sítio recebemos
muitas visitas esquisitas e a
cada visita, coisas estranhas
acontecem. As vezes, sobra
confusão até pra mim.
Qualquer dia desses eles
me matam de susto. Ai, meu
Deus...
6. Dona Benta: Eu sou Dona
Benta, a dona do sítio do
Pica-Pau Amarelo. Vive aqui
há muitos anos. Sou a vovó de
Narizinho e Pedrinho.
As postas de minha casa estão
sempre abertas para quem por
aqui passar. Gosto muito de
receber visitas e de conversar.
Pela minha casa já passaram
muitas pessoas, algumas
bastante interessantes.
Conversando com eles aprendi muitas coisas. Vocês
também
deveriam conversar muito uns
com os outros, pois sempre
aprendemos algo novo em
gostosos bate-papos.
Outra coisa de que gosto bastante é contar histórias.
Algumas ouvidas de outras pessoas, algumas inventadas,
outras que aconteceram com o pessoal daqui do sítio.
Vocês querem ouvir?
Nastácia, minha filha, acomode os meninos e providencie
as pipocas pois vou contar algumas dessas histórias.
Obs: serão contadas 3 histórias a seres escolhidas pelo pessoal.
7. Conclusão
Muitas das coisas pelas quais Monteiro Lobato lutou
enquanto esteve vivo, hoje são realidade. Outras
continuando sendo apenas sonhos, desejos.
A sua contribuição para a literatura e para a história
brasileira foi muito grande, foi um homem que acima de
tudo, acreditou no Brasil.
Deixou-nos uma grande quantidade de livros com histórias
que fazem, ainda hoje, as crianças sonhar com um mundo
maravilhoso, mágico, um mudo de sonhos e fantasias e os
adultos voltarem a ser crianças.
Referências
Bibliográficas
SILVA, A. S, BERTOLIN, R. Curso Completo de Português.
São Paulo. IBEP: 1998. 211 P.