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DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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Milhõesdehectares
África Ásia Australásia Europa América do Norte América do Sul
Regiões
Desertificação
Desmatamento
Superpastejo
Cultivos
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
1
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA
E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
2
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
3
BRENO MACHADO GRISI
GLOSSÁRIO DE
ECOLOGIA
E CIÊNCIAS
AMBIENTAIS
(3ª edição revisada e ampliada)
ILUSTRADO COM FOTOS, QUADROS, FIGURAS E
GRÁFICOS
JOÃO PESSOA
2007
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
4
Breno Machado Grisi
Endereço eletrônico: brenogrisi@yahoo.com.br
Blog: http://brenogrisi-ecologiaemfoco.blogspot.com
Capa: no sentido horário começando com o (i) mapa resumido dos biomas
brasileiros (informação/divulgação do Ministério do Meio Ambiente); (ii)
pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa), pássaro da Mata Atlântica (foto de
documento sobre a Mata Atlântica, sem dados da publicação); (iii)
captação e armazenamento do dióxido de carbono (foto de documento
sobre iniciativa de estudos do IPCC – International Panel on Climate
Change,); (iv) gráfico representativo da desertificação mundial; (v)
carvoaria na amazônia, uma das causas do desflorestamento (foto
reproduzida de Collins, M. (ed.) (1990) The last rain forests. London,
Mitchell Beazley Publ., 200p.)
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
5
HOMENAGEIO
os “Severinos, Josés, Marias”... das caatingas do Nordeste,
“botânicos”, “zoólogos”, “ecólogos” anônimos que puseram nomes em
todas as plantas e praticamente todos os animais desse bioma
brasileiro e sempre souberam usufruir dos limitados recursos da
Natureza ao seu alcance, mesmo sem ter um mínimo conhecimento
teórico hoje propiciado pela ecologia e ciências ambientais.
DEDICO
às crianças brasileiras cujos pais desprovidos de recursos, não poderão
lhes dar a oportunidade de se beneficiarem com os resultados práticos
da ciência e tecnologia
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
6
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
7
“O objetivo da ciência não é o de abrir portas para a
sabedoria infinita, mas o de estabelecer limites para o erro
infinito”
Bertolt Brecht
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
8
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
9
Agradecimentos:
a todos que tiveram oportunidade de testar os termos inseridos nas duas
primeiras edições e cujas sugestões estimularam-me na busca da melhoria do presente
trabalho. Agradeço em particular, aos Mestres que testando as edições anteriores “na
linha de frente” dos estudos em ecologia, ajudaram-me a entender que o objetivo final
de quem tenta contribuir para o conhecimento das ciências que lidam com o meio
ambiente, está sempre muito distante para ser alcançado.
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
10
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
11
apresentação
ão há nenhuma pretensão aqui de apresentar uma enciclopédia ou
dicionário tecnológico com todos os termos ecológicos. Neste
aspecto é interessante lembrar o que diz o “The New Fowler’s
Modern English Usage” (um clássico da língua inglesa) sobre o que seja
um GLOSSÁRIO, em oposição a um Dicionário e a um Vocabulário: “um
glossário é uma lista alfabética de palavras difíceis que são usadas num
assunto ou texto específico; é usualmente de comprimento modesto; nele é
selecionado o que se julga ser obscuro, enquanto num vocabulário, tudo é
julgado como obscuro; e um dicionário é um trabalho mais ambicioso,
embora tenha termos com semelhanças a de um glossário”. O objetivo
maior é definir claramente alguns dos termos mais comuns de ecologia e
ciências ambientais. São também focalizados termos que, embora de
emprego comum em outras ciências (geologia, botânica, oceanografia etc),
estão relacionados direta ou indiretamente com as características
ambientais do ser vivo, ou melhor dizendo, relacionados com as “ciências
ambientais”. A ecologia, que se originou como ciência no início do século
XX, comparada com outras disciplinas das ciências biológicas, como a
botânica e a zoologia, cujos estudos iniciaram-se com os gregos
(Aristóteles, 384 a 322 a.C., era um observador perspicaz da Natureza),
pode ser considerada como disciplina novíssima. Suponhamos que se cada
século vivido por nós do mundo ocidental correspondesse a 10 anos; a
botânica e a zoologia, por exemplo, estariam hoje com mais de “230 anos
de existência”, enquanto a ecologia estaria prestes a completar seu “1o
aninho de vida”. Daí a possível explicação à tendência de se introduzir
tantos termos, devido às novas descobertas e necessidade de definí-las ou
conceituá-las. A vivência ou confirmação dos fenômenos e processos
descritos como novos, fixarão os termos introduzidos, fazendo-os comuns
e desejavelmente, fáceis de serem entendidos.
Os termos aqui incluídos foram selecionados a partir de
conceituações feitas pelos autores de livros e artigos relacionados na
bibliografia consultada e apresentada no final do glossário. Neste aspecto,
não haveria como negar que a obra maior de referência aqui utilizada foi o
livro dos ecólogos M.Begon, C.R.Townsend e J.L.Harper (nas edições 2a
,
N
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
12
do ano 1990 e 4a
, de 2006), que constam da bibliografia. Muitos desses
termos foram modificados em sua definição, para facilitar seu
entendimento ou complementar sua conceituação, visando atender aqueles
que estudam ecologia ou que estão interessados no conhecimento das
ciências ambientais. Outra obra de consulta freqüente, constando da
Bibliografia, foi a de R.E. Ricklefs (“The economy of nature”), que em sua
quinta edição (2007) inclui uma nova seção de grande utilidade (“Data
Analysis Update”, ou Atualização de Análise de Dados).
Considero ser o presente trabalho, apenas mais uma obra simples de
referência, direcionada para principiantes, devendo ser complementada
com consultas a outras mais específicas, para os mais avançados e que
figuram na “Bibliografia Utilizada para o Glossário”. Hoje em dia, são
muitos os sites disponíveis na Internet e que podem ser de grande utilidade
para enriquecer conhecimento e elucidar dúvidas; devendo o leitor no
entanto, ser cuidadoso com relação às fontes de consulta. Este glossário,
mesmo em sua terceira edição, considero ser uma experiência incipiente,
devendo por isso ser melhorado e ampliado futuramente. Neste sentido,
solicitam-se aos consulentes em geral, críticas e sugestões.
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
13
Aos consulentes
Quando determinado termo tiver sinônimos ou corresponder a termos similares,
com mesmo significado ecológico, estes figuram com um sinal de igualdade. Exemplo:
• HABITAT
HABITAT = ECOTOPO = BIOTOPO
A definição é dada no termo mais comum: HABITAT.
• ACIDÓFILO (ACIDOFÍLICO, ACIDOFILIA)
ACIDOFÍLICO e ACIDOFILIA são termos derivados ou relacionados ao termo
ou verbete de entrada ACIDÓFILO.
Alguns termos estão definidos em outros, no qual foram necessariamente
inseridos. Exemplo:
• CARNÍVORO
(Ver CADEIA ALIMENTAR)
No verbete CADEIA ALIMENTAR o termo carnívoro é definido.
Alguns outros termos são usualmente utilizados como denominações
compostas, mas o nome principal vem em primeiro lugar e o complemento vem logo
após vírgula:
• AUTOTRÓFICO, LAGO
Embora raros, aparecem verbetes (termos de entrada) em inglês, ou outra língua,
por serem às vezes mais conhecidos sob a denominação original; ou o termo em
português ainda não está bem definido ou não se consagrou seu uso. Estes são os casos,
por exemplo, de:
• “FITNESS”
O termo (sem equivalente preciso em português) é definido em “fitness”.
• “GUILD”
O termo (sem equivalente preciso em português) é definido em “guild”.
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
14
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
15
A
“a-” e “an-”
Prefixo de origem grega indicando “ausência; falta; sem”. Ex.: acromático (sem coloração;
despigmentado); anaeróbio (que vive na ausência de oxigênio). Alguns termos de entrada virão a seguir.
“ab-” e “ad-”
Prefixos latinos. “Ab-” significa “do lado oposto ou afastado do eixo”; referindo-se, por exemplo
em botânica, à face inferior da folha (abaxial). “Ad-” quer dizer “que se encontra do lado do eixo ou
próximo a ele”; referindo-se no caso botânico à face superior da folha (adaxial), lembrando a palavra
aderir.
ABALOS SÍSMICOS (EM REPRESAS)
Nas represas com grandes massas de água, geralmente ocupando áreas extensas, a alta pressão
hidrostática pode gerar acomodações das camadas do subsolo, gerando abalos sísmicos. A parte da
geofísica que estuda os terremotos e a propagação das ondas (elásticas) sísmicas é a Sismologia.
(Ver ESCALA DE RICHTER)
ABIOSSÉSTON
(Ver SÉSTON)
ABIÓTICO
Sem vida. Diz-se do meio ou do elemento (substância, composto...) desprovido de vida.
Fatores abióticos ou componentes abióticos de um ecossistema: são os fatores ambientais físicos
desse ecossistema (clima, por exemplo) ou químicos (inorgânicos como a água, o oxigênio e orgânicos,
como os ácidos húmicos etc).
(Ver BIÓTICO)
ABISSAL
(Ver ZONA ABISSAL; e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA)
ABISSOBENTÔNICO (ou ABISSOBÊNTICO ou ABISSALBENTÔNICO ou
ABISSALBÊNTICO)
(Ver ZONA ABISSOBENTÔNICA; e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE
MARINHA)
ABISSOPELÁGICO (ou ABISSALPELÁGICO)
(Ver ZONA ABISSOPELÁGICA; e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE
MARINHA)
ABROLHO
Denominação dada geralmente, a rochedo que aflora acima d’água, no mar, formando por vezes,
ilhas, como o do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no litoral sul da Bahia (a 70 km da costa), entre
Caravelas (sul da Bahia) e São Mateus (norte do Espírito Santo). O parque assenta-se sobre cinco
formações rochosas, constituindo-se nas ilhas de Santa Bárbara, Siriba, Redonda, Sueste e Guarita,
dispostas em arco, denunciando, sua provável origem de borda de cratera vulcânica. De julho a
novembro as baleias jubarte ali procriam. Inúmeros são os peixes que habitam nos seus exuberantes
recifes de corais (parus, barracudas, badejos, garoupas, meros, enguias, arraias ...); e lá vivem também
golfinhos e aves marinhas (ver fotos que seguem do site ibama.gov.br: no sentido horário começando
com a vista aérea dos abrolhos, anêmona, ave marinha e peixe-pedra).
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
16
(Ver RECIFES)
“ABS − ALKYLBENZENE SULPHONATE”
O sulfonato de alquilbenzeno (sigla em inglês, “ABS”) é uma substância surfactante (tensoativa)
usada como detergente. Cinqüenta por cento dos detergentes (líquido ou em pó) comercializados nos
E.U.A. e europa ocidental contêm o “ABS”; sendo este muito procurado por ter eficiente propriedade de
limpeza e produção de espuma. Não é imediatamente biodegradável e é altamente tóxico aos organismos
aquáticos.
ABSCISÃO
Processo natural em que duas partes de um organismo se separam. Aplica-se este termo ao
processo de queda de partes de plantas (folhas, flores, frutos ...) por ação de substância estimuladora
(abscisina). O ácido abscísico (ABA, sigla em inglês) é também um potente inibidor de crescimento,
auxiliando a induzir e prolongar a dormência de gemas vegetativas. Além disso, o ABA é inibidor de
germinação de semente e exerce papel importante no fechamento de estômatos.
ABSENTEÍSMO
Refere-se ao comportamento de certos animais que nidificam a uma certa distância de sua área
de vivência (onde estão seus outros descendentes), levando alimento para os filhotes, dedicando-lhes um
mínimo de cuidado.
ABSORÇÃO
Movimento de íons e água para dentro da raiz da planta; se ocorre como resultado de processos
metabólicos da raiz (contra um gradiente) é dita ativa; e se é resultado de forças que “puxam” a água a
partir da corrente transpiratória gerada pelas folhas, é dita passiva.
ABUNDÂNCIA
Este termo é geralmente usado para designar uma estimativa grosseira de densidade, quando se
deseja informação superficial e mais rápida sobre determinada situação de uma planta ou animal (como
por exemplo na seguinte classificação: 1) muito raro; 2) raro; 3) ocasional; 4) abundante; 5) muito
abundante).
(Ver ABUNDÂNCIA RELATIVA; DENSIDADE; DENSIDADE ECOLÓGICA; e ESPÉCIE
RARA)
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
17
ABUNDÂNCIA RELATIVA
Refere-se à abundância de um determinado organismo, relacionando-se com o tempo (ex.:
animais vistos por hora) ou como porcentagem (ex.: porcentagem de quadrados ou pontos de
amostragem ocupados por determinada espécie de planta ou animal fixo).
(Ver ABUNDÂNCIA; DENSIDADE; e DENSIDADE ECOLÓGICA)
AÇÃO BACTERIOSTÁTICA
(Ver ANTIBIOSE; e EFEITOS ANTIMICROBIANOS)
AÇÃO DEPENDENTE / INDEPENDENTE DA DENSIDADE
(Ver DENSIDADE)
AÇÃO FUNGISTÁTICA
(Ver ANTIBIOSE; e EFEITOS ANTIMICROBIANOS)
ACARICIDA
Diz-se da substância que mata ácaros e carrapatos (acarinos, da classe dos aracnídeos, do filo dos
artrópodes).
ACAROFITISMO
Simbiose ácaro-planta. A planta que serve como hospedeira de ácaro é um organismo acarófito.
ACASALAMENTO ou COPULAÇÃO EXTRA-PAR
(Ver EXOCRUZAMENTO)
“ACCESSIBILITÉ”
Termo importado do francês, usado em fitossociologia referindo-se às condições prevalecentes
num certo local e que podem influenciar na possibilidade de um propágulo ali se estabelecer.
ACEIRO
Remoção de parte de uma vegetação feita para evitar a propagação do fogo ou como trilha.
Qualquer remoção de vegetação em torno de construção, ao longo de cercas etc.
ACETIFICAÇÃO
Conversão por bactérias aeróbias, de etanol para ácido acético.
ACICULIFOLIADA
(Ver FLORESTA ACICULIFOLIADA)
ACIDENTAL (ou CASUAL)
Diz-se geralmente de uma espécie vegetal que normalmente não ocorre numa certa comunidade
ou habitat.
ÁCIDO ABSCÍSICO e ABSCISINA
(Ver ABSCISÃO)
ACIDOBIÔNTICO
(Ver ACIDÓFILO)
ACIDÓFILO (ACIDOFÍLICO, ACIDOFILIA)
ACIDÓFILO = ACIDOBIÔNTICO
Organismo que medra em ambiente ácido (em pH abaixo de 7). O oposto, ou seja, o organismo
que não consegue viver em tal pH é chamado de acidófobo (ou acidofóbico). Usa-se o termo acidotrófico
para designar aquele que se alimenta de substâncias ácidas (ou microrganismo que vive de substrato
ácido).
(Ver “alcali-”; e “-filia” / “-filo”)
ACIDÓFOBO
(Ver ACIDÓFILO)
ACIDÓLISE
Em ambientes (alguns deles frios) onde a decomposição da matéria orgânica não é total,
formam-se ácidos orgânicos que reduzem o pH das águas, tornando capaz a complexação do ferro e
alumínio, pondo-os em solução. Nestes ambientes com pH <5, ocorre a acidólise (ao invés de hidrólise),
constituindo-se no processo dominante de decomposição dos minerais primários no solo. As rochas que
sofrem acidólise total (ex. de reação com pH <3: KAlSi3O8 + 4H+
+ 4H2O → 3H4SiO4 + Al3+
+ K+
)
geram solos constituídos praticamente apenas dos minerais primários mais insolúveis, tal como ocorre
nos espodossolos (alguns dos antigos podzólicos).
(Ver LATOLIZAÇÃO; e SILICATOS)
ACIDOTRÓFICO
(Ver ACIDÓFILO)
ACLIMAÇÃO (ou ACLIMATAÇÃO)
(Ver ADAPTAÇÃO)
ACLIMATAÇÃO (ou ACLIMAÇÃO)
(Ver ADAPTAÇÃO)
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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ACLIVE CONTINENTAL
(Ver TALUDE (e TALUDE CONTINENTAL); e APÊNDICE IV − ZONAS DE
PROFUNDIDADE MARINHA)
ACONDICIONAMENTO DE NICHO
(Ver NICHO ECOLÓGICO)
ACREÇÃO
Um aglomerado ou deposição de material, ocorrendo geralmente no processo de sedimentação.
ACRIDOFAGIA
Hábito de comer gafanhotos (estes acrídeos são insetos ortópteros heterometabólicos).
Acridófago é aquele que come gafanhotos, como alguns seres humanos africanos.
ACRODENDRÓFILO
Que vive no topo de árvores.
(Ver “-cola”)
ACTINOMICETO
Denominação não-taxonômica dada a um tipo de bactéria filamentosa, apresentando certas
características que a põem entre a bactéria e o fungo verdadeiro.
ACTINORRIZA
Tipo de actinomiceto (bactérias filamentosas do gênero Frankia) que vive em simbiose com
raízes de certas plantas, como a Casuarina.
ACTÓFILO (ACTOFILIA)
Organismo que vive sobre rochas costeiras.
AÇUDE
Reservatório de água, natural ou feito pelo homem a partir de represamento de um rio ou
condução de água vinda de outro local. Serve de abastecimento d’água (manancial) e para irrigação.
ACUMULAÇÃO (ou GRAU DE ACUMULAÇÃO)
(Ver GRAU DE ACUMULAÇÃO)
ADAPTAÇÃO
ADAPTAÇÃO = ADAPTAÇÃO ECOLÓGICA
Capacidade que tem determinado ser vivo (ou determinado elemento constituinte morfológico
ou fisiológico do organismo do ser vivo) de ajustar-se a um ambiente, devendo-se entender que “ajustar-
se” é uma conseqüência do passado.
A adaptação envolve mudança genética, ao passo que a aclimatação geralmente não envolve. Às
plantas de clima frio, do hemisfério norte por exemplo, atribui-se uma reação de robustecimento (termo
usado entre os horticultores, do inglês “hardening” = robustecimento, endurecimento), em que os
vegetais, inaptos a lidarem com a friagem no verão, já em outubro (no outono) adquirem tolerância ao
abaixamento da temperatura. Tal tolerância ao resfriamento, depende do estádio de desenvolvimento da
planta. A adaptação vai além da mera tolerância às flutuações ambientais; estende-se à participação ativa
na periodicidade (Ver RELÓGIO BIOLÓGICO) como um meio para coordenar e regular funções vitais.
A figura seguinte mostra a adaptação morfológica de folhas do carvalho negro (Quercus nigra)
à luz (COLINVAUX, 1986).
Obs.:
1) A: folha de plântula de Q. nigra. B: Folha de um ramo à sombra, próximo do solo. C, D e E:
folhas, progressivamente, para o alto da árvore.
2) Os círculos desenhados nas folhas realçam a superfície do limbo, importante na absorção da
luz, comparada com os lobos da folha; estes se acentuam à medida que as folhas reduzem a superfície do
limbo, ou seja, à medida em que elas vão estar em maior contato com a luz (no topo das árvores). Em
muitos ecossistemas observa-se uma redução da intensidade clorofílica nas folhas de sombra (do estrato
inferior) para as de sol (do estrato superior) (na figura, de A para E, reduzindo a intensidade da cor
verde).
(Ver FATOR LIMITANTE)
A B C D E
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
19
ADAPTAÇÃO ECOLÓGICA
(Ver ADAPTAÇÃO)
ADELFOFAGIA
Diz-se geralmente de larvas que se alimentam de outras larvas ou de ovos de animais que lhes
são relacionados taxonomicamente (às vezes da mesma espécie).
ADELFOPARASITA
Um organismo que parasita um hospedeiro que se lhe relaciona taxonomicamente, em oposição
ao aloparasita.
ADESÃO
Atração molecular que mantém duas substâncias dissimilares, juntas, como a que ocorre entre a
água e partículas minerais do solo.
(Ver ADSORÇÃO; e COESÃO)
ADIABÁTICO
Aplica-se este termo, por exemplo, a uma massa de ar que se eleva, reduzindo-se sua pressão e
se expandindo adiabaticamente na atmosfera, ou seja, sem perda nem ganho de temperatura. E em assim
sendo, sua temperatura cairá ao tempo em que se expande para ocupar maior volume.
ADITIVOS ALIMENTARES
Substâncias, naturais ou sintéticas, adicionadas aos alimentos processados, com diversos
propósitos (conservar, complementar com vitaminas ou aminoácidos, melhorar o sabor, cor ou textura ou
alterar outras características, como o pH; ou evitar sua oxidação (antioxidantes) ou que não adquira
umidade (antiumectantes) ou que a adquira (umectantes). Tais aditivos são submetidos à rigorosa análise
toxicológica, antes de se permitir seu uso na indústria alimentícia.
ADSORÇÃO
Ligação, geralmente temporária, de íons ou compostos à superfície de sólidos.
(Ver ADESÃO; e COESÃO)
ADUBAÇÃO ORGÂNICA
Uso de material orgânico (partes de plantas, dejetos animais etc) para fertilizar um solo,
fornecendo a um cultivo, os nutrientes necessários a uma boa produtividade.
(Ver COMPOSTAGEM; e FERTILIZANTE)
ADUBAÇÃO VERDE
Procedimento recomendado na agroecologia e hoje bastante utilizado na prática agrícola em
geral, de incorporar ao solo matéria orgânica proveniente de um cultivo (geralmente os remanescentes
deixados após a colheita do produto agrícola desejado), com a finalidade de melhorar as condições
nutricionais e edáficas do solo; ao tempo em que se evita sua erosão e degradação de suas propriedades.
Utiliza-se esta expressão também quando se deseja referir-se ao enriquecimento em nitrogênio
que as leguminosas proporcionam ao solo, pela simbiose de suas raízes com bactérias fixadoras de
nitrogênio atmosférico.
AERÓBIO
Organismo que respira aerobiamente.
(Ver RESPIRAÇÃO AERÓBIA)
AEROSSOL
Pequena partícula (< 0,001 mm) sólida ou líquida, em suspensão no ar ou gás. Exemplo:
aerossóis marinhos, que são partículas contendo sais marinhos, que conduzidas pelo vento, atingem a
grandes distâncias da costa.
AFITAL
(Ver ZONA AFITAL)
AFLATOXINAS
Substâncias tóxicas, cancerígenas, produzidas por fungos (Aspergillus flavus) que proliferam em
grãos de amendoim, trigo ou milho, mal armazenados. Alguns invertebrados marinhos (ostras,
mexilhões) também podem concentrar aflatoxinas em suas carnes.
AFÓTICO
(Ver ZONA AFÓTICA)
AGENTE LARANJA
(Ver DIOXINAS)
AGENTE POLUIDOR
(Ver POLUENTE)
AGREGAÇÃO
Agrupamento de indivíduos de uma mesma população, ou de várias populações, em resposta às
diferenças de habitat ou em resposta às mudanças diárias ou estacionais, ou como resultado de processos
reprodutivos ou como resultado de atrações sociais (nos animais superiores). Em algumas populações
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
20
(inclusive a de seres humanos) ocorre uma agregação num determinado local do seu habitat escolhido
como área de dormida. Ao aumento de densidade de predador em locais (ou manchas de habitat da presa)
onde se concentre maior número de presa, dá-se o nome de resposta de agregação.
No processo de agregação vale considerar o “egoísmo dentro da manada” (tradução literal do
inglês “selfish herd”, sem equivalência precisa em português); segundo W.D.Hamilton, em algumas
populações animais com certa organização racional, os novos indivíduos são admitidos no grupo
ocupando inicialmente a borda, ou seja, o “território perigoso”. Em certas agregações, a periferia é mais
suscetível ao ataque de predadores.
AGRESTE
Ecossistema de transição entre a mata úmida e a caatinga, no estado da Paraíba, possuindo
portanto espécies vegetais comuns desses ecossistemas. Alguns autores subdividem o agreste em
sublitorâneo e da borborema. No primeiro ocorrem: marmeleiro, Crotalum sp; juazeiro, Zizyphus
joazeiro; além de bromeliáceas e cactáceas, como o facheiro, Cereus jamacaru. No agreste da borborema
ocorrem: catingueira, Caesalpinia pyramidalis; umbuzeiro, Spondias tuberosa; baraúna, Schinopsis
brasiliensis; angico, Anadenanthera macrocarpa; e o pau d’arco Tabebuia sp, além de outras.
AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA
Uso de energia (energia solar, de tração animal e do próprio homem) visando uma produção
agrícola apenas suficiente para gerar alimento e recursos para o sustento do próprio agricultor e sua
família. Raramente há produção de excedente para a comercialização ou para armazenar, como
suprimento para “tempos mais difíceis”.
AGRICULTURA ITINERANTE
Tipo de sistema agrícola (“shifting cultivation”, em inglês), primitivo, adotado historicamente
nos ecossistemas de floresta tropical, em que o ser humano derruba trecho da floresta, queimando-o
como preparo da terra para o cultivo de subsistência, obtendo durante poucos anos (4 a 6 ) alimento e
posteriormente, abandonando essa área que se tornou improdutiva. Passa então a ocupar novo trecho de
floresta e assim por diante. A área inicial abandonada, onde se estabeleceu vegetação secundária, após
cerca de 20 anos, poderá ser novamente utilizada para o cultivo. Na amazônia os indígenas ainda
praticam a agricultura itinerante, plantando milho, mandioca etc, assim como muitos agricultores ditos
civilizados usam este sistema, também conhecido por “slash-and-burn” (em inglês; sendo também usada
a expressão “clear cutting”). As queimas de pastagens, principalmente em Rondônia, feita para controlar
as “ervas daninhas” que nelas proliferam, são também consideradas como sério problema ecológico.
AGROCLIMATOLOGIA
O estudo do clima em relação à produtividade de plantas e animais de importância na
agropecuária.
(Ver BIOCLIMATOLOGIA)
AGROECOLOGIA
Aplicação de princípios ecológicos nas ciências agronômicas.
(Ver BIOAGRONOMIA)
AGROECOSSISTEMA
(Ver AGROSSISTEMA)
AGROFLORESTA
O sistema agroflorestal baseia-se na reconstituição do complexo sistema florestal original, nele
inserindo-se algum tipo de cultivo ou diferentes tipos de cultivo, de maneira a manter o sistema
economicamente produtivo, preservando a biodiversidade e as características, o mais próximo possível,
do sistema original natural. A combinação deste sistema com diversidade de atividades antrópicas
(agrícola, agroflorestal, extrativista, pesca e caça) é que pode se constituir em garantia de sucesso
ecológico e econômico na obtenção de melhor qualidade de vida ambiental, estando aqui inserido o ser
humano. Tem sido agora comum encontrar-se na amazônia, por exemplo, o plantio de árvores frutíferas
nativas, entre parcelas de plantio de mandioca. No nordeste brasileiro, procedimento similar é encontrado
na caatinga. Nas fotos que seguem (do site: www.biosferadacaatinga.org.br; autor: Pieter Vranckx) vê-se
sistema agroflorestal na caatinga, em período chuvoso (à esquerda, com cultivos de banana, milho,
mandioca, palma ...) e em período seco (à direita, com cultivo de palma, Opuntia sp).
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
21
AGROINDÚSTRIA
Atividade industrial baseada no beneficiamento de produto obtido da agricultura e/ou pecuária.
Exemplos: usina de cana-de-açúcar, destilarias de álcool, óleos vegetais, laticínios, frigoríficos e
matadouros, fecularias, curtumes, sucos e conservas, bebidas, têxteis.
(Ver ECOLOGIA INDUSTRIAL)
AGRONOMIA
Conjunto de ciências e princípios aplicados à agricultura.
(Ver AGROECOLOGIA)
AGROSSISTEMA
AGROSSISTEMA = AGROECOSSISTEMA = ECOSSISTEMA AGRÍCOLA
Sistema ecológico introduzido e manipulado pelo homem, constituído por seres vivos
(componente biótico) em interação com o ambiente (componente abiótico). No caso específico de cultivo
introduzido em floresta, dá-se o nome de agrofloresta.
(Ver AGROFLORESTA; AQÜICULTURA; e ECOSSISTEMA)
AGROSTOLOGIA
Estudo das gramíneas.
AGROTÓXICO
(Ver PESTICIDA)
ÁGUA BRUTA
Água, geralmente para abastecimento, antes de receber qualquer tratamento.
ÁGUA CAPILAR
Água existente nos poros do solo, aderindo às partículas como uma película e que sob a
influência de “forças capilares” (decorrentes de um gradiente de potencial de água) disponibiliza-se à
absorção pelas raízes das plantas e pela microbiota.
ÁGUA DE PERCOLAÇÃO
ÁGUA DE PERCOLAÇÃO = ÁGUA INTERSTICIAL
Água, geralmente de precipitação pluvial, que penetra no solo, ou seja, nos seus espaços ou
interstícios. As raízes de muitas plantas se beneficiam somente dessa água.
ÁGUA DURA
(Ver DUREZA DA ÁGUA)
ÁGUA HIGROSCÓPICA
Vapor d’água adsorvido às partículas do solo.
ÁGUA INTERSTICIAL
(Ver ÁGUA DE PERCOLAÇÃO)
ÁGUA MOLE
(Ver DUREZA DA ÁGUA)
ÁGUA POTÁVEL
Água de boa qualidade, adequada para o consumo humano, satisfazendo aos padrões de
potabilidade determinados pelo Ministério da Saúde.
A Resolução CONAMA nº 20, de 18/06/86 estabelece nove classes para as águas doces,
salobras e salinas do Território Nacional. Quanto às águas doces há as seguintes classes e respectivas
destinações:
I-Classe especial destinada: a) ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples
desinfecção; b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
22
II-Classe 1 destinada: a) ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado; b) à
proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e
mergulho); d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes
ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e) à criação natural e/ou intensiva
(aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana.
III-Classe 2 destinada: a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; b) à
proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário (esqui aquático, natação e
mergulho); d) à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas; e) à criação natural e/ou intensiva
(aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana.
IV-Classe 3 destinada: a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; b) à
irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à dessedentação de animais.
V-Classe 4 destinada: a) à navegação; b) à harmonia paisagística; c) aos usos menos exigentes.
Para as águas de Classe Especial, os coliformes totais deverão estar ausentes em qualquer
amostra.
No quadro que segue estão representados os valores das principais fontes de água da Terra
(COLINVAUX, 1986).
RESERVATÓRIO VOLUME DE ÁGUA (X 106
km3
) TOTAL (%)
Oceanos 1322,0 97,21
Gelo glacial 29,2 2,15
Lençol freático 8,4 0,62
Água retida no solo 0,067 0,005
Água doce dos lagos 0,125 0,009
Mares em terra e lagos salgados 0,104 0,008
Rios e riachos 0,001 0,0001
Atmosfera (nuvens e vapor no ar) 0,013 0,001
ÁGUA RESIDUÁRIA
Água de despejo, contendo resíduo com potencialidade para poluir.
ÁGUA SUBTERRÂNEA
(Ver LENÇOL FREÁTICO)
AGUDO (EFEITO AGUDO / DOENÇA AGUDA)
Efeito / doença que ocorre em curto espaço de tempo, por exposição à determinada substância
tóxica / agente causador de doença, podendo ocorrer morte ou recuperação rápida. No caso de doença,
citam-se como exemplos, a febre tifóide e o sarampo.
(Ver CRÔNICO)
AIA (AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL)
(Ver IMPACTO AMBIENTAL)
ALBEDO
Relação entre a energia (solar ou eletromagnética) incidente e a refletida. É de importância
ecológica, uma vez que participa do fluxo energético. Como exemplo de seus valores, geralmente
representados em porcentagem, um solo arenoso tem um albedo de 25 a 30 e uma floresta de 5 a 10.
“alcali-”
“alcali-” = “basi-”
Prefixo de origem árabe, significando “soda”, ou seja, qualquer substância de sabor cáustico ou
acre e que tem sido utilizado para indicar meio ou ambiente alcalino ou básico (com pH acima de 7). Se
um organismo tem afinidade por este meio ou ambiente, ele é dito alcalófilo (ou alcalifílico) ou ainda
basófilo (ou basofílico); e se não o tolera é dito alcalófobo ou basófobo. Planta incapaz de tolerar solo
alcalino ou básico é dita basífuga.
(Ver ACIDÓFILO)
ALDEÍDOS
Compostos orgânicos que contêm o grupo -CHO ligado a hidrocarbono. Certos aldeídos
poluentes têm cheiro desagradável, como os derivados da exaustão do diesel, irritando nariz e olhos.
Alguns são venenosos.
ALDRIN
(Ver ORGANOCLORADO)
ALELO
Um ou outro gene, de um mesmo par de cromossomos, chamados de homólogos, responsáveis
por uma mesma característica hereditária.
(Ver EQUILÍBRIO DE HARDY-WEINBERG)
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
23
ALELOPATIA
Termo geralmente usado para indicar a inibição do desenvolvimento de uma população, através
de substâncias químicas inibidoras produzidas por plantas. Um exemplo é o ácido úsmico, produzido por
liquens, que inibe plântulas de coníferas e que tem efeito antibiótico sobre fungos.
(Ver ANTIBIOSE)
ALELOQUÍMICOS
São produtos ditos semioquímicos, que viabilizam mudança comportamental em indivíduos de
outra espécie.
(Ver FEROMÔNIOS; e PESTICIDA)
ALGICIDA
Agente químico que mata alga.
ALGÍVORO (ALGIVORIA)
Organismo que se alimenta de algas.
ALGOLOGIA
(Ver “fico-”)
ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
(Ver TRANSGÊNICOS)
ALISSOLOS
(Ver SOLOS BRASILEIROS, CLASSIFICAÇÃO DE)
ALITIZAÇÃO
(Ver SILICATOS)
ALLEE
(Ver PRINCÍPIO DE ALLEE)
ALLEN
(Ver REGRAS ECOGEOGRÁFICAS)
“alo-”
Prefixo significando “outro”. Há inúmeros termos com este prefixo, como por exemplo:
alocórico, alomônio, aloquímico, aloparasita, alóctone etc.
ALOCAÇÃO REPRODUTIVA
(Ver ESFORÇO REPRODUTIVO)
ALOCÓRICO (ALÓCORE)
Ocorrendo em duas ou mais comunidades dentro de uma determinada região geográfica.
(Ver “-coria”)
ALÓCTONE
ALÓCTONE = INVASOR
Organismo alóctone, também chamado de “invasor”, é aquele que se origina em outro local e é
transportado para determinado ambiente na forma vegetativa ou de esporo. Animais que foram
inadvertidamente introduzidos pelo ser humano em ambientes que lhes são estranhos, são também
alcunhados de “invasores”.
As “plantas invasoras” de cultivos, assim chamadas pelos ecólogos e conhecidas na linguagem
agronômica como “ervas daninhas”, são em muitos casos, organismos alóctones.
(Ver AUTÓCTONE)
ALOGAMIA
(Ver EXOCRUZAMENTO)
ALOMETRIA
Estudo das mudanças de proporções das partes de um organismo no decorrer do seu
crescimento. A “lei alométrica” tem sido aplicada com sucesso nos aspectos relacionados ao
metabolismo, problemas de dose-resposta, diferenças raciais e história evolutiva.
(Ver RELAÇÃO ALOMÉTRICA)
ALOMÔNIO
(Ver FEROMÔNIO)
ALOPARASITA
Um organismo que parasita um hospedeiro que não se lhe relaciona taxonomicamente, em
oposição ao adelfoparasita.
(Ver ADELFOPARASITA)
ALOPATRIA
Caso em que duas espécies, intimamente relacionadas, descendentes de um ancestral comum
(portanto, do mesmo gênero), embora vivendo geograficamente separadas, apresentam convergência de
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
24
caractéres, isto é, têm características (morfológicas, fisiológicas, ecológicas ou de comportamento)
similares.
O isolamento geográfico (ou uma barreira topográfica ou espacial qualquer) pode resultar numa
especiação alopátrica.
(Ver SIMPATRIA)
ALOQUÍMICO
Um composto secundário produzido por plantas, como parte de seu mecanismo de defesa contra
herbívoros; age como uma toxina ou como um redutor de digestibilidade.
ALOTRÓFICO, LAGO
(Ver AUTOTRÓFICO, LAGO)
ALPINO (ou ALPESTRE) e SUBALPINO
Os organismos que vivem em altitudes elevadas (a 1000 m ou mais de altitude) são geralmente
denominados de alpinos ou alpestres. O termo subalpino, em fitogeografia, refere-se às plantas que vivem
no alto das montanhas; dá-se a essa comunidade vegetal também o nome de orófila (fala-se que orófito é
um vegetal da montanha).
ALQUILBENZENO
(Ver “ABS − ALKYLBENZENE SULPHONATE”)
ALTRUÍSMO e EGOÍSMO (ou MALEVOLÊNCIA)
Alguns autores usam estas expressões (em inglês respectivamente, “altruism” e “selfishness” ou
“spitefulness”) nos estudos sobre interações sociais entre certas espécies (como em insetos sociais). No
altruísmo a espécie recipiente recebe o benefício da espécie doadora. Esta última terá seu “fitness”
reduzido. No egoísmo o “fitness” do doador aumenta.
(Ver JOGO DO FALCÃO-POMBO)
“ALTWASSER”
(Ver MEANDROS)
ALUVIÃO
Deposição de material, nas margens ou várzeas de rios, proveniente do próprio rio.
Os solos de aluvião são geralmente, férteis e produtivos.
Uma vegetação que ocorra em áreas sob influência dos cursos d’água, lagoas e assemelhados,
geralmente arbustiva ou herbácea, é dita vegetação aluvial.
(Ver ELUVIÃO)
AMBIENTALISMO DA EMANCIPAÇÃO
Talvez seja esta expressão a mais adequada para traduzir a expressão norte-americana
“emancipatory environmentalism” ou ecologia do bem-estar humano; é uma aproximação de caráter mais
ambientalista, holística, para o planejamento econômico, professado pelo ecólogo norte-americano Barry
Commoner e pelo economista alemão Ernst Friedrich Schumacher. Estes, enfatizaram a necessidade de se
introduzir processos produtivos que trabalhassem com a Natureza e não contra ela, priorizando o uso de
produtos orgânicos e os recicláveis.
AMBIENTALISTA
(Ver ECOLOGISMO; e ECOFEMINISMO)
AMBIENTE
(Ver MEIO AMBIENTE)
AMEAÇADO DE EXTINÇÃO
Alguns autores aplicam este termo para espécies que, embora não estejam ainda sob risco de
extinção, poderão estar se não forem adotadas medidas urgentes para sua proteção.
(Ver ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO; e “IUCN”)
AMENSALISMO
Tipo de interação ecológica na qual uma das populações é inibida e a outra não é afetada. Ex.:
uma população pode produzir toxina que inibirá outra população, mas a população produtora não é
afetada diretamente pela supressão da população competidora.
(Ver INTERAÇÃO ECOLÓGICA)
AMETABÓLICO (ou AMETÁBOLO)
Diz-se do inseto que se desenvolve sem metamorfose, ou seja, a larva ao eclodir do ovo já tem a
forma do imago ou adulto (ex.: pulga, piolho).
(Ver HOLOMETABÓLICO; e HEMIMETABÓLICO)
AMONIFICAÇÃO
Processo de formação de amônia, que no solo, ocorre a partir da degradação de aminoácidos
realizada por bactérias específicas, como as dos gêneros Pseudomonas, Clostridium e Penicillium. Na
água, o gás de amônia tem alta solubilidade, formando-se íons NH4
+
e íons OH-
a partir das seguintes
reações: NH4OH ↔ NH4 + OH-
ou NH3 + H2O ↔ NH4 + OH-
. Quando uma substância que forneça íon
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
25
de hidrogênio é adicionada a uma solução de amônia, há liberação de íon de amônia, pela reação: NH3 +
H+
→ NH4
+
.
(Ver NITRIFICAÇÃO; e DESNITRIFICAÇÃO)
AMPLITUDE ECOLÓGICA
AMPLITUDE ECOLÓGICA = LIMITE DE TOLERÂNCIA = TOLERÂNCIA AMBIENTAL
Amplitude de condições ambientais, nas quais um organismo pode viver e prosperar.
O termo “tolerância” será melhor usado quando se desejar referir-se aos extremos dentro dos
quais um organismo pode sobreviver.
(Ver LEI DA TOLERÂNCIA)
ANABOLISMO
Fase inicial do metabolismo, onde ocorre síntese de substâncias que se constituirão na estrutura
celular de um organismo. É uma fase de assimilação, construtiva.
(Ver CATABOLISMO; e METABOLISMO)
ANÁDROMO
ANÁDROMO = PIRACEMA
Organismo, geralmente peixe, que sobe o rio em direção às cabeceiras, para a desova. Algumas
espécies realizam a piracema todos os anos, de outubro a maio. Denomina-se catádromo o peixe que
desce o rio, em direção ao mar, para a desova. Os termos potamódromo e oceanódromo dizem respeito
aos organismos que só se movimentam (ou migram) nos rios e nos oceanos, respectivamente.
(Ver DEFESO)
ANAERÓBIO
Organismo que respira anerobiamente.
(Ver RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA)
ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO
A análise de viabilidade de uma população, conhecida originalmente em inglês como “PVA −
Population Viability Analysis”, é uma estimativa das probabilidades de extinção de uma população, a
partir de análises do processo de extinção que incorporam ameaças, identificáveis, à sobrevivência de
uma população.
Utiliza-se nesta análise um modelo de simulação para computador denominado de VORTEX.
Este é uma ferramenta que explora a viabilidade de populações sujeitas a inúmeros fatores que as põem
em risco (perda de habitat, super-captura, competição ou predação por espécies introduzidas, etc.). Neste
programa são simulados: processos de nascimento e morte, de transmissão de genes através de gerações,
em que se procura verificar ao acaso o número de filhotes que cada fêmea gera anualmente e qual dos
dois alelos de um locus gênico é transmitido de cada um dos pais para cada descendente.
Um exemplo de sua aplicação pode ser visto no trabalho de um dos seus pioneiros em usá-lo:
“Lacy, R.C. (1993). VORTEX: a computer simulation model for population viability analysis. Wildlife
Research, 20(1): 45-65”. Este autor afirma que o VORTEX é particularmente recomendado para
investigar espécies animais com baixa fecundidade e longo período de vida, como mamíferos, aves e
répteis.
ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DE UMA POPULAÇÃO
Análise geralmente feita sobre populações ou espécies sob risco de extinção, quanto às suas
chances de se extinguirem. Melhor metodologia é aplicada num programa para computação (VORTEX)
e que analisa a viabilidade de populações sujeitas às interações determinísticas e processos ao acaso;
sendo este aspecto tratado no termo ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO.
(Ver ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO; e ESPÉCIE EM VIA DE
EXTINÇÃO)
ANÁLISE DO FATOR CHAVE
Estimativa do número de indivíduos de uma espécie presentes numa área em determinado tempo
da “estatística vital da população” em que são computadas as condições anteriormente presentes,
adicionadas principalmente dos processos de nascimento, menos mortes ocorridas, mais imigrantes e
menos emigrantes. Daí se inferem as mudanças ocorridas no tamanho da população.
ANÁLOGOS
(Ver ESTRUTURAS ANÁLOGAS e ESTRUTURAS HOMÓLOGAS)
ANDROCÓRICO (ANDROCORE)
Dispersão pela ação humana.
(Ver “-coria”)
ANELAMENTO
Remoção dos tecidos vegetais do câmbio e floema de uma árvore (ou arbusto), causada muitas
vezes pelo pastejo de caprinos ou por esquilos, coelhos e outros roedores, provocando morte da planta,
uma vez que o fluxo de carboidratos entre as folhas e as raízes é interrompido.
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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ANEMOCORIA
(Ver “-coria”)
ANEMOFILIA
(Ver “-filia” / “-filo”)
ANILHAMENTO
Tipo de marcação usada para identificar um animal em estudo. Muito útil, por exemplo, para
estudo de aves migratórias, em que se coloca um anel numa das patas, contendo informações (numéricas)
de sua origem.
“ANIMALIA”
(Ver REINO)
ANÓXICO
Sem oxigênio.
ANTAGONISMO
ANTAGONISMO = INTERFERÊNCIA
Termo que reúne as categorias de interação ecológica: “competição, comensalismo, parasitismo
e predação (ou predatismo)” e em que uma das espécies em interação se beneficia.
Aplica-se o termo antagonismo mútuo ou ainda predação recíproca ao caso em que indivíduos
de duas espécies diferentes competem entre si, como as do exemplo clássico descrito, que vivem
preferencialmente em farinha de trigo (os coleópteros Tribolium confusum e T. castaneum; adultos e
larvas destas espécies, predam ovos e pupas, reciprocamente.
Antagonismo, em termos gerais, é oposto a sinergismo.
(Ver COEFICIENTE DE INTERFERÊNCIA; e SINERGISMO)
ANTAGONISMO MÚTUO
Refere-se à ação negativa recíproca, geralmente entre duas espécies, na competição
interespecífica ou na predação mútua.
(Ver ANTAGONISMO; e PREDAÇÃO MÚTUA)
ANTAGONISTAS
(Ver ANTAGONISMO; e RECURSOS ANTAGONISTAS)
ANTIBIOSE
Produção de substância, por determinado indivíduo ou população, danosa a outro indivíduo ou
outra população com a qual compete.
A antibiose diz respeito tanto a organismos superiores quanto a microrganismos; neste último
caso cita-se como exemplo clássico a ação da penicilina, produzida pelo mofo (que ocorre no pão) e
inibidora do desenvolvimento de bactérias (ação bacteriostática). Se a substância impedir
desenvolvimento de fungo, a ação é fungistática.
(Ver ALELOPATIA; e EFEITOS ANTIMICROBIANOS)
ANTIMICROBIANOS
(Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS)
ANTRÓPICO
Relativo ao ser humano. Quando por exemplo, nos referimos ao “meio antrópico”, queremos
dizer tudo que diz respeito ao homem, ou seja, os fatores sociais, econômicos e culturais, em interação
com o ambiente em que ele vive.
ANTROPOCÊNTRICO
Considerando o homem como o ser mais importante do Universo, interpretando tudo em função
de sua existência.
(Ver ECOCÊNTRICO)
ANTROPOGÊNICO
Refere-se à antropogenia ou antropogênese, ou seja, que diz respeito à origem e
desenvolvimento da espécie humana. Há circunstâncias em que se usa este termo para indicar algo “de
origem humana ou causado pelo homem” (ver EXTINÇÃO ANTROPOGÊNICA).
(Ver ANTRÓPICO)
ANTRÓPICO
Relativo ao homem, em termos daquilo que lhe pertence e relativo às suas ações e modificações
que ele causa à Natureza.
(Ver EXTINÇÃO ANTROPOGÊNICA)
APA
(Ver ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL)
APARTE
(Ver “CULL”)
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
27
APOSEMATISMO
Embora pouco usado, este termo diz respeito a uma reação importante no reino animal, que é o
fato de algumas espécies realçarem cores, às vezes berrantes e brilhantes, que servem de advertência para
possíveis predadores. Alguns destes animais são extremamente venenosos (rãs da amazônia) e outros têm
sabor apenas desagradável.
(Ver CAMUFLAGEM; CRÍPTICO; DEFESA QUÍMICA; MIMETISMO; e MIMETISMO
MÜLLERIANO (ou de MÜLLER))
“APOSTA, CERCANDO UMA ou “APOSTANDO DOS DOIS LADOS”
(Ver “BET HEDGING”)
APTIDÃO
(Ver “FITNESS”)
AQUECIMENTO GLOBAL
(Ver EFEITO ESTUFA)
AQÜICULTURA
Cultivo de organismos aquáticos, de água salgada ou doce (de ostras, ostreicultura; peixes,
piscicultura; camarões, caranguejos e siris, carcinicultura etc). Ao cultivo de organismos marinhos dá-se
o nome de maricultura.
AQÜÍFERA(O)
Denomina-se aqüífera a rocha permeável à água, retendo-a ou permitindo sua passagem para o
lençol freático
ARAUCÁRIA
(Ver FLORESTA ACICULIFOLIADA)
ARBORICIDA
Um agente químico que mata árvore.
(Ver BIOCIDA)
ARCHAEA
(Ver ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL; e DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS)
ÁREA BASAL
Área seccional transversal de árvores, comumente medida à altura do peito (Ver D.A.P. −
DIÂMETRO À ALTURA DO PEITO) ou cobertura de uma determinada área ocupada por gramíneas.
Para calcular esta área, mede-se o perímetro da árvore à altura do peito; a área basal da
circunferência assim delimitada é deduzida a partir das fórmulas: r = P / 2.π, onde r é o raio e P o
perímetro medido. Logo, a área basal, delimitada pela circunferência traçada à altura do peito, será: Área
= π.r2
.
A área basal é o melhor indicador da densidade de uma vegetação. A visão de uma determinada
área em que se efetuou a medição de área basal seria semelhante à de uma “vista aérea” de um trecho da
mata, como se as árvores (com mais de 10 cm de perímetro) tivessem sido cortadas (a 1,30 m do solo);
conforme esquematizada a seguir uma área de 400 m2
(20 m X 20 m).
Alguns exemplos de valores de área basal da região central da amazônia (LONGMAN & JENÍK, 1987)
são apresentados no quadro seguinte:
ALTURA MÉDIA DA COPA (m) NÚMERO DE INDIVÍDUOS/ha
ÁRVORES PALMEIRAS
ÁREA BASAL
(m2
/ha)
35,4 - 23,7 50 0 7,1
25,9 - 16,7 315 0 14,6
14,5 - 8,4 760 15 5
5,9 - 3,6 2765 155 2
3 - 1,7 5265 805 1
Obs.: (segundo LONGMAN & JENÍK, 1987)
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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1) Para efeito de comparação, uma floresta natural nas montanhas da Europa central tem uma
área basal total de árvores entre 40 e 50 m2
/ha.
2) Cálculos de área basal (e de classes de diâmetro de árvores) de diferentes estudos, podem não
ser comparáveis.
ÁREA DE DORMIDA
(Ver AGREGAÇÃO)
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA)
Categoria de unidade de conservação do Grupo II do SNUC. Área, constituída por terras
públicas ou privadas, contendo ecossistema que se deseje proteger de interferência humana e que para
isso é disciplinado o uso do solo.
(Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO; e UNIDADES
DE CONSERVAÇÃO)
ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO (ARIE)
Categoria de unidade de conservação do Grupo II do SNUC. Área em geral de pequena
extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que
abriga exemplares raros da biota regional. Entre outras atividades não predatórias, é permitido o
exercício do pastejo equilibrado e a colheita limitada de produtos naturais, desde que devidamente
controlados pelos órgãos supervisores e fiscalizadores, sendo no entanto proibidas quaisquer atividades
que possam por em risco a conservação dos ecossistemas, a proteção especial à espécie de biota
localmente rara e a harmonia da paisagem.
(Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO; e UNIDADES
DE CONSERVAÇÃO)
ÁREA DE TENSÃO ECOLÓGICA
(Ver ECOTONO)
ÁREAS ESPECIAIS
Denominação dada pelo IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, às
Unidades de Conservação.
(Ver UNIDADES DE CONSERVAÇÃO)
ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO
A definição de regras para identificação de áreas prioritárias para a conservação, utilização
sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade, no âmbito das atribuições do Ministério do
Meio Ambiente, são regulamentadas no Decreto no
5.092, de 21/05/2004. A avaliação e identificação
dessas áreas e as ações prioritárias far-se-ão considerando-se os seguintes conjuntos de biomas:
I – Amazônia; II – Cerrado e Pantanal; III – Caatinga; IV – Mata Atlântica e Campos Sulinos; e
V – Zona Costeira e Marinha. Detalhes da instituição e aplicações de tal decreto podem ser vistos em
PAZ et al. (2006).
(Ver UNIDADES DE CONSERVAÇÃO)
AREIA
(Ver TEXTURA DO SOLO)
ARENA
(Ver TERRITORIALIDADE)
ARESTA CONTINENTAL
(Ver TALUDE (e TALUDE CONTINENTAL); e APÊNDICE IV − ZONAS DE
PROFUNDIDADE MARINHA)
ARGILA
É uma pequena partícula do solo (tamanho inferior a 2 μm), predominantemente coloidal e
cristalina, formada a partir de produtos solúveis de minerais primários, em cuja composição química
participa em sua maioria oxigênio (70 a 85% do volume) e mais íons de hidroxila, alumínio e sílica; em
alguns tipos de argila ocorrem também íons de ferro, zinco, magnésio e potássio. Sua estrutura constitui-
se de planos com átomos de O sustentados por átomos de Al e Si, formando ligações iônicas, que assim
atuam como atrativos de átomos com cargas positivas e negativas. Citam-se os seguintes tipos (clássicos)
de argila: montmorilonita (nome derivado de cidade francesa, de onde foi pela primeira vez descrita),
tida como pegajosa, com relação camada de alumínio e sílica de 2 : 1, entre cujas camadas a água penetra
facilmente; ilita ou mica hidratada (nome derivado de Illinois, do levantamento de solos daquele lugar
nos E.U.A.) com estrutura similar à da montmorilonita, com relação também de 2 : 1, mas com íons de
potássio que tornam as camadas aderentes de maneira a dificultar a penetração de água; caolinita (nome
derivado do chinês “kao-ling”, que significa montanha elevada, de onde proveio esta fina argila usada na
fabricação da porcelana chinesa), com relação alumínio e sílica de 1 : 1, onde os íons de Al3+
não são
substituídos pelos de Si4+
, ou os de Mg2+
não o são pelos de Al3+
, daí sua CTC (seus sítios negativos) ser
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
29
baixa, com forte ligação do H ao O, sendo portanto resistente à penetração de água (não incha e por isso
é utilizada na confecção de potes de barro); vermiculita com estrutura similar a da ilita, com camadas
fracamente aderidas entre si por moléculas hidratadas de magnésio, facilmente hidratável, porém menos
do que a montmorilonita, mas com alta CTC, sendo por isso muito usada em plantas envasadas (como
nos estudos de MVA).
(Ver TEXTURA DO SOLO)
ARGILOMINERAIS
(Ver SILICATOS)
ARGISSOLOS
(Ver SOLOS BRASILEIROS, CLASSIFICAÇÃO DE)
ARIDEZ
(Ver ÍNDICE DE ARIDEZ)
ÁRIDO (REGIÃO ou CLIMA)
(Ver DESERTO)
ÁRIDO-ATIVA, PLANTA
Planta que utiliza mecanismos fisiológicos de resistência à seca, tais como aumento na eficiência
de absorção (condução) e de economia (transpiração) de água.
ÁRIDO-PASSIVA, PLANTA
Planta que sobrevive nos períodos de seca graças à produção de estruturas resistentes, como
sementes e componentes morfo-anatômicos especiais.
ÁRIDO-TOLERANTE, PLANTA
Planta que resiste à seca sem danos citoplasmáticos.
ARIE
(Ver ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO)
ARQUEBACTÉRIAS
(Ver DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS)
ARQUIBÊNTICA (ou ARQUIBENTÔNICA ou ARQUIBENTAL)
(Ver ZONA ARQUIBÊNTICA)
ARREICA
(Ver REGIÃO ARREICA / ENDO... / EXO...)
ARRIBAÇÃO
ARRIBAÇÃO = ARRIBAÇÃ = AVE DE ARRIBAÇÃO = AVOANTE
Fenômeno ou ave, columbiforme, que migra para certos locais do nordeste brasileiro, para a
desova.
ARRIBADA, ALGAS DE
É muito comum nos locais adjacentes a bancos de algas, que algas foliares (Sargassum spp e
outras), fixas sobre rodolitos e sob ação de correntes mais fortes, se desloquem até as praias, produzindo o
fenômeno denominado de arribada.
Diz-se também arribada, quando se refere à migração das tartarugas, durante a baixa-mar, para a
desova.
(Ver ARRIBAÇÃO)
ARROIO
(Ver CÓRREGO)
ÁRVORE EMERGENTE
Numa vegetação, geralmente em ecossistema de floresta, dá-se este nome à arvore cuja copa
destaca-se acima das demais. Numa floresta tropical, como a da amazônia ou da mata atlântica, com
árvores em geral de 30 a 40 m de altura, tal tipo de árvore (algumas chegando aos 50 m), estando mais
exposta à radiação e ventos, certamente transpiram mais do que as outras árvores, podendo tender à
deciduidade.
ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL
Com o uso do seqüenciamento pelo rRNA (ácido ribonucleico ribossômico, o 16S ou o 18S) e a
partir de métodos de seqüenciamento macromoleculares relacionados, pesquisadores da biologia
molecular organizaram os seres vivos partindo de um ancestral comum (a “raiz da árvore”) e daí
ramificando-se em três grandes domínios: “archaea” e “bacteria” (procariotos) e “eukarya” (eucariotos).
As “archaea” são consideradas como os organismos mais primitivos, estando entre estes procariotos os
microrganismos hipertermofílicos, os metanogênicos e os halofílicos extremos. Nos “eukarya” figuram
desde os protozoários, como também os fungos, as plantas e os animais.
ASBESTO
Fibra natural, de amianto (silicato de magnésio, MgSiO4), utilizada na fabricação de diversos
artigos, tais como telhas, isolantes térmicos usados em construção, embreagem e freios de automóveis
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
30
etc. Suas fibras, microscópicas, se inaladas, causam (em alguns anos de contato direto) a asbestose
(doença pulmonar). Contatos curtos podem causar mesotelioma, uma forma fatal de câncer.
ASBESTOSE
(Ver ASBESTO; e SILICOSE)
ASCAREL
Grupo de substâncias orgânicas (bifenilas policloradas), conhecidas também como “PCBs −
Polichlorinated biphenyl”, resultado da mistura de compostos clorados em vários graus, de acordo com a
sua finalidade. Um deles, oleoso, é usado para dissipar calor em capacitores elétricos e transformadores.
É insolúvel em água e resistente à biodegradação, acumulando-se ao longo da cadeia alimentar, sendo
altamente tóxico e podendo causar problemas (por ingestão ou contato) gástricos, danos renais e
hepáticos, defeitos congênitos, bronquite, aborto, lesões na pele e tumores.
ASSEMBLÉIA
Um ajuntamento de organismos sociais objetivando uma atividade em grupo (de insetos, peixes
...).
ASSIMILAÇÃO
ASSIMILAÇÃO = ENERGIA METABOLIZADA
No caso dos autótrofos (produtores primários) a “assimilação” corresponde à produtividade
primária bruta. Nos heterótrofos (consumidores) refere-se à energia metabolizada, ou seja: ingestão de
alimentos - egestão = assimilação; é portanto, a “produção dos consumidores”; ou em outras palavras,
esta assimilação pode ser dada pela relação alimento absorvido : alimento ingerido. Em ecologia usa-se a
expressão eficiência de produção que é a porcentagem da energia assimilada (An) que é incorporada
como nova quantidade de biomassa (Pn), ou: EP = Pn/An X 100. Alguns autores preferem distinguir a
eficiência de produção bruta, como sendo a porcentagem de alimento ingerido por um organismo e que é
usado no seu crescimento e reprodução e a eficiência de produção líquida, que é a porcentagem de
alimento assimilado por um organismo e que é usado com o mesmo propósito; tal eficiência é também
conhecida como coeficiente de eficiência de assimilação.
(Ver TAXA DE ASSIMILAÇÃO LÍQUIDA)
ASSOCIAÇÃO INTERESPECÍFICA
Refere-se às diferentes espécies que vivem muito próximas ou que geralmente ocorrem juntas.
ASSOCIAÇÃO VEGETAL
É um tipo de comunidade vegetal, de composição definida, apresentando uma fisionomia
uniforme e crescendo em condições de habitat uniforme. Caracteriza-se pela presença de um ou mais
dominantes que lhes são peculiares.
Alguns autores acham conveniente atribuir nomes às diversas associações vegetais, de acordo
com os seus dominantes peculiares, como por exemplo, a associação Caesalpinia - Zizyphus - Schinopsis
brasiliensis (espécies vegetais da caatinga, ocorrendo as duas últimas em “baixadas” e a primeira,
próxima a córregos e rios e que muitas vezes são encontradas formando tais associações características).
É comum usar-se o sufixo “-etum” para designar uma associação, combinado ao nome genérico da
espécie dominante. Ex.: “avicennietum”, comunidade de manguezal dominada por planta do gênero
Avicennia.
Ao índice da freqüência de co-ocorrência de duas espécies dá-se o nome de coeficiente de
associação, que é calculado como o número de amostras no qual ambas as espécies ocorrem, dividido
pelo número de amostras no qual poderia se esperar que ocorressem por acaso.
(Ver CONSOCIAÇÃO)
ASSOCIES
Um estádio intermediário e não-estável no desenvolvimento de uma associação; referindo-se
também a um estádio numa sucessão ecológica.
ASSOREAMENTO
Deposição geomórfica, nos sedimentos de rios, lagos etc.
ATERRAMENTO DE SEDIMENTO
(Ver SEDIMENTAÇÃO)
ATERRO SANITÁRIO
Disposição do lixo de uma cidade, numa depressão ampla, em camadas sucessivas, cada uma
recoberta por solo e depois compactada.
O “chorume” resultante da decomposição no aterro sanitário, poderá atingir o lençol freático e
por isso, embora pareça uma solução econômica, poderá ser um problema ecológico.
ATMOSFERA
ATMOSFERA = ATMOSFERA TERRESTRE = HOMOSFERA
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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Conjunto de várias camadas externas ao nosso planeta e que atinge os 1.000 km de altitude. Sua
composição química é homogênea, daí também ser conhecida como homosfera. Seus componentes de
destaque são (por volume, em %):
Componente químico Quantidade (%)
Nitrogênio (N2) 78,08
Oxigênio (O2) 20,84
Argônio (A) 0,93
Dióxido de carbono (CO2) 0,033*
Neônio (Ne) 0,0018
Hélio (He) 0,0005
Criptônio (Kr) 0,0001
Xenônio (Xe) 0,00009
Hidrogênio (H) 0,00005
Monóxido de dinitrogênio (N2O) 0,00005
Metano (CH4) 0,00002
* Obs.: em 1880 a quantidade estimada era 0,028 % e em 1968 era
0,031 %, tendo ocorrido um aumento de 60 % da era pre-industrial para a
industrial. Em 2004 foram registrados 379 ppm de CO2.
A atmosfera subdivide-se nas seguintes camadas:
Troposfera (0 - 10 km de altitude); mais espessa no equador do que nos polos.
Tropopausa (com 3 km ou mais).
Estratosfera (15 - 30 km).
Estratopausa (30 - 40 km).
Mesosfera (40 - 80 km).
Mesopausa (80 - 90 km).
Segue-se a termosfera ou heterosfera, com composição química variável (com camadas de N2,
O, He e H), chegando a atingir os 10.000 km de altitude.
(Ver OZONOSFERA)
ATOL
Refere-se a um tipo de recife, com tendência circular, formado geralmente em torno de uma
laguna. O Atol das Rocas, a 200 km da costa do Rio Grande do Norte, originou-se provavelmente de
vulcão truncado pela erosão marinha, por aglomeração de algas calcárias.
(Ver ABROLHO)
ATRAZINA
(Ver ORGANOCLORADO)
ATRIBUTOS DA POPULAÇÃO
ATRIBUTOS DA POPULAÇÃO = PROPRIEDADES DO GRUPO POPULACIONAL
Referem-se àquelas características inerentes à população e não ao indivíduo da população, tais
como a natalidade, longevidade, mortalidade, potencial biótico enfim. São como se fossem “padrões”,
devendo-se no entanto considerar-se o “fitness” do indivíduo.
(Ver “FITNESS”)
“AUFWUCHS”
(Ver PERIFITON)
AUDITORIA AMBIENTAL
Avaliação sistemática, documentada, periódica e objetiva da performance de um
empreendimento, do manejo e dos equipamentos em relação ao impacto sobre o ambiente, objetivando
facilitar o manejo e o controle das práticas ambientais e estimar a obediência às exigências
regulamentares.
AULÓFITA
Planta não-parasita que vive dentro de uma cavidade existente em outra planta.
AUSTRALIANA, REGIÃO
(Ver REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS)
AUTOCORIA
(Ver “CORIA”)
AUTÓCTONE
AUTÓCTONE = INDÍGENO
Organismo originado em determinado local e que em certo estádio de desenvolvimento da
comunidade ele cresce, multiplica-se, contribuindo assim para o metabolismo da comunidade.
(Ver ALÓCTONE)
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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AUTODEPURAÇÃO
Purificação natural de um sistema aquático, mormente efetuado a partir de atividade microbiana
(bactérias, fungos, protozoários, algas), dependendo de diversos fatores ambientais, sendo a oxigenação
um dos mais importantes.
AUTOÉCIO
(Ver o sufixo “-ÉCIO”)
AUTOECOLOGIA
AUTOECOLOGIA = AUTECOLOGIA
Uma das subdivisões da ecologia, que estuda o organismo individual ou indivíduos de
determinada espécie em relação ao ambiente.
(Ver SINECOLOGIA)
AUTOLIMITAÇÃO
Quando a densidade de predadores aumenta, em determinado local, mesmo que o suprimento de
alimento (presas) exista em abundância, chegar-se-á a um ponto em que algum outro tipo de recurso
poderá faltar, como local para nidificação, local seguro de refúgio ou para dormida etc. Embora o modelo
de Lotka-Volterra considere que um grande número de presas seja sempre suficiente para manter sempre
um grande número de predadores, o mais provável é que em certo nível de densidade populacional, um
mecanismo, como por exemplo, o de “interferência mútua”, estabeleça limites ao seu crescimento.
AUTOPARASITA
(Ver HPERPARASITA)
AUTOPELÁGICO
(Ver PELÁGICO)
AUTORRALEAMENTO
(Ver LEI DA POTÊNCIA DOS TRÊS MEIOS)
AUTORREGULAÇÃO (ou AUTO REGULAÇÃO)
AUTORREGULAÇÃO = REGULAÇÃO DE UMA POPULAÇÃO
Refere-se à tendência de uma população em diminuir de tamanho quando atinge um nível
particularmente mais alto e de aumentar de tamanho quando abaixo desse nível. A autorregulação pode
ocorrer como resultado de um ou mais processos “dependentes da densidade” agindo sobre as taxas de
natalidade (e/ou imigração) e/ou de mortalidade (e/ou emigração).
AUTOTRÓFICO, LAGO
Um lago onde praticamente toda a matéria orgânica nele existente é originária do próprio lago;
em oposição, fala-se em lago alotrófico, que recebe matéria orgânica das áreas circundantes.
(Ver DISTRÓFICO; EUTRÓFICO; e OLIGOTRÓFICO)
AUTÓTROFO
Organismo que obtém energia da luz (fotoautótrofo) ou da oxidação de compostos inorgânicos
ou íons (quimioautótrofo) e adquire carbono parcial ou totalmente do CO2. Algumas algas
fotossintetizadoras requerem um ou mais fatores de crescimento, embora sua fonte principal de carbono
continue sendo CO2 e são denominadas fotoauxótrofos.
(Ver HETERÓTROFO)
AUXOTROFIA
Diz-se da dependência dos organismos a um ou mais nutrientes, como por exemplo a
aminoácidos e vitaminas. Alguns autores especificam que esta dependência não existe no “tipo
selvagem” de, por exemplo, microrganismo (conhecido como protótrofo, ou seja, que se nutre de uma
única fonte de alimento); também se aplica este termo às linhagens de microrganismos que não
conseguem sintetizar um ou mais fatores essenciais ao crescimento.
(Ver AUTÓTROFO)
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA)
(Ver IMPACTO AMBIENTAL)
AVE DE ARRIBAÇÃO
(Ver ARRIBAÇÃO)
AVE MIGRATÓRIA
(Ver ARRIBAÇÃO)
AVOANTE
(ver ARRIBAÇÃO)
AXÊNICO
(Ver CULTURA AXÊNICA)
AZODRIN
(Ver ORGANOFOSFORADO)
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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B
BACHARACH
(Ver ESCALA DE BACHARACH)
“BACKGROUND”
Termo muito utilizado na língua inglesa para designar diversos efeitos, tais como: 1) Refere-se à
concentração de determinado poluente na ausência da fonte poluidora, que antes ali ocorria. 2) Diz
também respeito ao nível de radiação proveniente de fontes naturais ou de outras fontes além daquelas
que estejam sendo medidas e são usadas como dados de referência contra as quais sejam comparadas
para efeito de informação ao público. 3) Algumas vezes refere-se à concentração de determinada
substância a alguma distância da fonte e portanto, sem sua influência direta.
Em português aplica-se o termo equivalente “ruído de fundo” para designar possíveis
interferências nas medições, por exemplo, de material radioativo. Alguns autores usam o termo “ruído
ambiental” (do inglês “environmental ‘noise’”) referindo-se a “sinais estranhos” que tendem a mascarar
processos bióticos.
(Ver RADIAÇÃO DE FUNDO)
BACTÉRIA (e “BACTERIA”)
(Ver ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL; e DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS)
BACTERICIDA
Substância que elimina bactérias.
(Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS; e PESTICIDA)
BACTERIOCLOROFILA
Pigmento, quimicamente diferente da clorofila, que ocorre nas cianobactérias, tendo pico de
absorção de luz entre 800 nm e 890 nm, que é a faixa dos raios infravermelhos.
BACTERIOFAGIA
(Ver BACTERÍVORO; e FAGO)
BACTERIOLÍTICO
(Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS)
BACTERIOPLÂNCTON
(Ver APÊNDICE V − PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO)
BACTERIOSTASE
(Ver ANTIBIOSE)
BACTERIOSTÁTICO(A)
(Ver ANTIBIOSE; e EFEITOS ANTIMICROBIANOS)
BACTERÍVORO
Organismo (como certos protozoários) que se alimenta de bactérias. Acredito ser esta
denominação mais apropriada para definir o organismo que se alimenta de bactérias do que bacteriófago,
que alguns autores (principalmente os de língua inglesa) aplicam ao fago.
(Ver FAGO; e “-voria”)
BAIXA-MAR
BAIXA-MAR = MARÉ BAIXA
Altura mínima da maré, correspondendo ao limite inferior do estirâncio.
(Ver APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA)
BAKER
(Ver REGRA DE BAKER)
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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BALANÇO DE CALOR
É um balanço do conteúdo energético ou teor de calor de um organismo (“heat budget”, em
inglês), que é geralmente expresso por uma equação que se refere à taxa de troca de calor desse
organismo (com o ambiente) em termos de ganhos e perdas (pela radiação, condução, convecção e
evaporação ou transpiração) somados ao calor interno que é gerado pela metabolização dos alimentos; ou
seja:
Troca do conteúdo de calor = metabolismo – evaporação ± radiação ± condução ±convecção.
Obs.: 1) o símbolo mais ou menos (±) é utilizado porque radiação, condução e convecção pode
acrescentar ou retirar calor do organismo em questão. 2) O balanceamento perfeito entre ganhos e perdas
determina que a troca de calor do organismo seja 0 (zero).
BALANÇO HÍDRICO
Balanço da entrada e saída de água num determinado compartimento ambiental (lago ou bacia
hidrográfica qualquer).
Refere-se este termo também, em ecofisiologia vegetal, ao balanço ou valores de economia de
água de uma planta, ou seja, sua capacidade de absorção de água, suas perdas pela transpiração; enfim
seus mecanismos de manutenção deste imprescindível componente da matéria viva.
BALANÇO NUTRICIONAL
Ganho e perda de nutrientes por comunidades. Estando as comunidades em equilíbrio dinâmico,
“a entrada (ou ganho) de nutrientes = a saída (ou perda)”. Quando a entrada é superior à saída há um
acúmulo de nutrientes, muitas vezes em forma de necromassa. As comunidades em sucessão ecológica
têm tipicamente a representação: entrada - saída = armazenamento. A figura seguinte (extraída de
BEGON et al., 1990) ilustra alguns componentes representativos do balanço nutricional de um
ecossistema terrestre e um aquático. Observar na figura que:
a) FBN = fixação biológica do nitrogênio (N2 atmosférico).
b) Os dois ecossistemas estão ligados pelo fluxo de água, que é uma importante “saída” de
nutrientes do ecossistema terrestre e uma importante “entrada” no ecossistema aquático.
BANCO DE GERMOPLASMA
Determinada área de um ecossistema preservada para fins de estoque de espécies vegetais e
animais.
Diz-se também de locais onde são preservadas sementes, ou sêmen, para fins futuros, de
multiplicação. Estes propágulos são colocados em recipientes herméticos e em baixa temperatura,
podendo ser armazenados por dezenas de anos. O CENARGEN – Centro Nacional de Recursos
Genéticos, da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Brasília, vem realizando
trabalhos nesse sentido.
BANDO, ANDAR EM
(Ver “FLOCKING”)
FBN
desnitrificação
FBN e desnitrificação
dissolução e
emissão de gases
perda por
aerossóis
emissão e absorção de
gases
fluxo de água do
lençol freático
intemperização de
rocha e solo
água p/ o
lençol
freático
precipitações úmida e seca
perda p/ e
liberação
do
sedimento
precipitações úmida e seca
fluxo de água
fluxo de água
p/ rios e
estuários
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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BANHADO
(Ver CAMPOS SULINOS; e PRADARIAS)
BARLAVENTO e SOTAVENTO
Em relação a um obstáculo, uma montanha por exemplo, barlavento é o lado de onde vem o
vento e sotavento é o lado da montanha protegido do vento.
(Ver SOMBRAS DE CHUVA)
“baro-”
Prefixo de origem grega significando “peso; gravidade” e que é usado no sentido de “pressão
atmosférica” como prefixo de muitos termos, como por exemplo: barômetro (aparelho que mede a
pressão atmosférica); e muitos outros termos, em que a um organismo ou a uma ação ou situação se
atribui a propriedade relacionada à pressão em geral ou atmosférica: barosensível (que não tolera pressão
hidrostática elevada; barocórico (cujo propágulo se dispersa graças a seu peso); barotropismo (orientação
em resposta a estímulo de pressão) e muitos outros.
BARÓFILO
Termo geralmente utilizado para indicar microrganismo que prefere viver sob alta pressão. É
conhecida uma espécie de bactéria, do gênero Spirillum, que cresce bem mais rápido sob pressão entre
300 e 600 atm, do que sob 1 atm. Observe que a unidade “atm” deve ser substituída por Pa (Pascal) (1
atm = 101.325 Pa = 0,1013MPa) (ver APÊNDICE II − SI − SISTEMA INTERNACIONAL DE
UNIDADES).
BARREIRA AMBIENTAL
(Ver BARREIRA ECOLÓGICA; e SIMPATRIA)
BARREIRA DE CHUVA
BARREIRA DE CHUVA = SOMBRA DE CHUVA
Interrupção de precipitação pluvial (ou de precipitação atmosférica) no lado de sotavento de
uma cadeia montanhosa ou serras. No estado da Paraíba, por exemplo, é sabido que a serra da Borborema
(em Campina Grande) constitui-se em barreira para a chuva que poderia cair nas microrregiões dos
carirís, deste Estado. Esta serra alonga-se paralelamente às microrregiões do brejo e litoral paraibanos.
BARREIRA ECOLÓGICA (ou BARREIRA AMBIENTAL)
Obstáculo, limite ou um impedimento qualquer (de origem natural ou antrópica) que impeça a
dispersão de população ou populações de organismos, isolando-os e assim, dificultando ou impedindo
suas interações com outros organismos.
(Ver SIMPATRIA)
BARREIRAS (SÉRIE ou FORMAÇÃO)
São assim chamados os terrenos da série Barreiras, formações terciárias, ocorrendo do Amapá
ao Rio de Janeiro, sendo bastante típica a falésia da ponta do Cabo Branco, no ponto mais oriental do
Brasil, em João Pessoa (PB). As barreiras são geralmente arenitos friáveis; há algumas que são argilosas.
BASES TROCÁVEIS
(Ver CÁTIONS TROCÁVEIS; e SATURAÇÃO DE BASES)
“basi-”
(Ver “alcali-”)
“BASKING RANGE”
(Ver FAIXA DE AQUECIMENTO AO SOL)
BASÓFILO (ou BASIFÍLICO)
(Ver “alcali-”)
Denominação comum no sul do
Brasil, das extensões de terra inundadas por
rios, semelhante às várzeas e propícias à
agricultura. Na foto ao lado vê-se o ratão-do-
banhado (Myocastor coypus), um roedor
miocastorídeo, num trecho desse ecossistema
(foto do site www.wikipedia.org). Na
Natureza, o banhado garante a existência de
ecossistemas vizinhos, como as lagoas,
fornecendo-lhes água durante a seca e
retendo-a durante a cheia (ação de
tamponamento).
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
36
“bati-”
Prefixo de origem grega que significa “profundo”. Utilizado em diversos termos, referindo-se à
zona ou local de profundidade aquática, como em batimetria (medição do relevo no fundo de oceanos...
usando-se batímetro); batiplâncton (plâncton da região batipelágica ou seja, de grande profundidade
oceânica) etc.
(Ver APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA)
BATIPELÁGICO(A)
(Ver ZONA BATIPELÁGICA)
BATRACOTOXINAS
(Ver DEFESA QUÍMICA)
“BCF − BIOCONCENTRATION FACTOR”
(Ver FATOR DE BIOCONCENTRAÇÃO)
“benti-” (ou “bento-”)
Prefixo de origem grega significando “fundura; profundidade”. É usado em referência ao leito ou
sedimento de fundo de rio, lago e oceano. São muitos os termos em que se usa tal prefixo, como por
exemplo: bentófita (planta que vive no leito de um corpo de água ou rio); bentopleustófita (planta que
vive livremente no leito de um lago e que pode ser carregada pelas correntes de água); bentopotâmico
(que vive em leito de rio ou córrego); e muitos outros.
(Ver BENTOS)
BENTOPELÁGICO(A)
(Ver ZONA BENTOPELÁGICA; APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE
MARINHA)
BENTOS
Organismos aderidos ou em repouso sobre o fundo de habitats aquáticos ou vivendo nos
sedimentos de fundo.
(Ver “benti-”; NÉCTON; NEUSTON; PLÂNCTON; e PLEUSTON)
BERGER-PARKER
(Ver ÍNDICE DE BERGER-PARKER)
BERGMAN
(Ver REGRAS ECOGEOGRÁFICAS)
“BET HEDGING”
Em inglês significa literalmente “cercando uma aposta; ou apostando dos dois lados”. Refere-se,
no ciclo vital de um organismo, à redução do risco de mortalidade ou falha reprodutiva, pela adoção de
uma estratégia ou de estratégias simultâneas, ou diluindo tais riscos no tempo e no espaço. A reprodução
contínua, perene, ao invés de anual, seria um exemplo.
“BHC − BENZENE HEXACHLORIDE” (ou HEXACLORETO DE BENZENO)
(Ver ORGANOCLORADO)
BHOPAL, TRAGÉDIA DE
Cidade da Índia onde, em 1984, ocorreu o que talvez tenha sido o pior acidente industrial do
mundo. Cerca de 45 Mg (megagrama = tonelada) do gás isocianato de metila, altamente tóxico, usado na
fabricação de carbamato (pesticida) vazaram e pelo menos 2.500 pessoas morreram. Cerca de 20.000
pessoas sofreram de cegueira, infecções renais e hepáticas, esterilidade, tuberculose e outros problemas
sérios. A indústria de pesticidas responsável era americana, a Union Carbide.
BICADA, ORDEM DE (ou DOMINÂNCIA DE)
Do inglês “peck order” é a hierarquia de dominância existente principalmente entre as aves,
sendo um comportamento de ordem social (agressivo ou não) em que um indivíduo domina outro de
posição hierárquica inferior e assim por diante. Há geralmente um domínio físico, ou seja, uma ave de
maior posição dominante bica a que lhe está imediatamente abaixo e esta, por sua vez, bica outra ave que
vem abaixo nessa dita ordem (ou “rank”).
BIFENILAS POLICLORADAS (ou “PCBs” ou ASCAREL)
(Ver ASCAREL)
BÍFERO
Que floresce e frutifica duas vezes ao ano. Alguns autores também usam este termo para
significar “que produz duas safras por estação”.
BIOACUMULAÇÃO
(Ver BIOMAGNIFICAÇÃO)
BIOAGRONOMIA
Parte das ciências biológicas onde se estuda a aplicação de princípios biológicos e ecológicos,
visando a melhoria da produção das plantas de interesse econômico.
(Ver AGROECOLOGIA)
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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BIOCENOLOGIA (ou CENOBIOLOGIA)
Estudo qualitativo e quantitativo de biocenoses (ou comunidades).
BIOCENOSE
BIOCENOSE = COMUNIDADE
Termo usado por autores russos e europeus em geral, equivalente à comunidade. Refere-se ao
conjunto da fitocenose, zoocenose e ecotopo.
(Ver COMUNIDADE)
BIOCICLO
(Ver BIOSFERA)
BIOCIDA
Um agente químico tóxico ou letal para um organismo.
(Ver ECOCIDA)
BIOCLÁSTICO, GRANULADO
Constituído por fragmentos de material orgânico. Granulados bioclásticos marinhos, no Brasil,
são formados principalmente por algas calcárias. Os granulados bioclásticos marinhos são aqueles de
composição carbonática, constituídos por algas calcárias ou por fragmentos de conchas (coquinas e areias
carbonáticas).
BIOCLIMATOLOGIA
Estudo do clima, relacionado à flora e à fauna; geralmente dos seus efeitos sobre a biota.
“BIOCONCENTRATION FACTOR − BCF”
(Ver FATOR DE BIOCONCENTRAÇÃO)
BIOCONVERSÃO
Conversão de um substrato para um produto ou produtos, por ação enzimática ou celular.
Resume-se na conversão de substrato para biomassa celular.
BIÓCORO (ou BIOCÓRIO ou BIOCORE)
(Ver “-coria”)
BIODEGRADAÇÃO
Degradação de compostos orgânicos ou inorgânicos, determinada geralmente pela ação de
microrganismos.
Os compostos que sofrem mineralização microbiana são denominados de biodegradáveis e os
resistentes a esse fenômeno são chamados de recalcitrantes; e os não-biodegradáveis são os que não se
decompõem por processos naturais.
BIODEGRADÁVEL
(Ver BIODEGRADAÇÃO)
BIODETERIORAÇÃO
Deterioração ou estrago de um material, resultante de ação biológica, geralmente de atividade
microbiana.
(Ver DECOMPOSIÇÃO)
BIODIESEL
O biodiesel é um combustível alternativo ao diesel (este último obtido do petróleo), a ser usado
em veículos com motores do tipo diesel. É considerado como recurso natural renovável e biodegradável,
uma vez que é obtido de reação química de óleos (vegetais) ou gorduras (de animais) com um álcool e na
presença de um catalisador; sendo esta reação denominada de “transesterificação”. Os óleos de girassol,
soja e mamona vêm sendo apontados como as principais fontes de biodiesel.
Conforme revelado em New Scientist (13/07/06), pesquisadores da Universidade de Minnesota
(E.U.A.) observaram que o etanol reduziria em 12% a emissão de gases do efeito estufa, em comparação
com o petróleo; enquanto o biodiesel reduziria as emissões em até 41% em relação ao diesel comum. Mas
eles estimam que nos E.U.A. o biodiesel obtido de todo o milho e soja que lá são produzidos, cobriria
menos de 5% da demanda atual por combustível naquele país.
(Ver ZONEAMENTO)
BIODIGESTOR
Equipamento, geralmente de construção e manutenção simples, em que se criam condições para
que matéria orgânica em decomposição produza gases.
BIODIVERSIDADE
BIODIVERSIDADE = DIVERSIDADE BIOLÓGICA
Variação do número de espécies em determinado ecossistema. Este é um importante
componente funcional dos ecossistemas. Alguns autores falam de três tipos de diversidade: alfa ou local
(variedade de números de espécies em área pequena, com habitat uniforme), gama ou regional (a
variedade observada em todos os habitats numa região) e beta (a diferença entre um habitat e o próximo).
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
38
Alguns autores admitem que ocorre na biosfera um aumento significativo na biodiversidade em
função da variação climática, ou seja, a riqueza em espécies vai aumentando dos polos para os trópicos.
Tal “força extrínseca”, geraria um efeito cascata, ou seja, ocorreria um gradiente de riqueza em que a
biodiversidade dos herbívoros aumentaria e sobre eles aumentaria a pressão dos predadores, que por sua
vez teria sua biodiversidade aumentada e assim por diante, na cadeia alimentar.
Seria difícil este efeito cascata ser explicado no caso dos desertos tropicais e nas regiões de
altitude elevada (ambos com baixa biodiversidade).
(Ver “eMergia” SOLAR; HIPÓTESE DO DISTÚRBIO INTERMEDIÁRIO (DE CONNELL); e
POLÍTICA NACIONAL DA BIODIVERSIDADE)
BIOENERGÉTICA
(Ver ECOLOGIA ENERGÉTICA)
BIOESPELEOLOGIA (ou BIOESPEOLOGIA)
Estudo da vida nas grutas e cavernas.
BIÓFAGO
Organismo que se alimenta de outro organismo vivo.
Alguns autores utilizam este termo como sinônimo de fagótrofo ou macroconsumidor.
BIOGÁS
Resultante da digestão anaeróbia da matéria orgânica, como por exemplo, da água residuária
doméstica e de diversos resíduos de origem orgânica. Da sua composição típica participam o metano
(62%) e gás carbônico (38%). Pode ser utilizado para gerar calor (para cozinhar, aquecimento ...). Em
“Trigueiro,A. (2005) O mundo sustentável: abrindo espaço na mídia para um planeta em transformação.
São Paulo, Editora Globo, 302p.” é informado que o aterro Bandeirantes, em São Paulo, tem sobre ele a
maior usina de energia do mundo sobre aterro de lixo e é capaz de produzir 22 MW, energia suficiente
para abastecer uma cidade de 400 mil habitantes.
BIOGEOCENOSE
(Ver ECOSSISTEMA)
BIOGEOCICLAGEM
BIOGEOCICLAGEM = GEOBIOCICLAGEM
Fenômeno comum nos sistemas ecológicos em que os elementos químicos, incluindo os
nutrientes, tendem a circular na biosfera, por caminhos característicos, passando dos organismos para o
ambiente e daí de volta para os organismos.
(Ver CICLO DE NUTRIENTES; NUTRIENTES; e TEORIA DA CICLAGEM MINERAL
DIRETA)
BIOGEOGRAFIA
Disciplina da geografia que trata da distribuição dos organismos. No caso das plantas, fala-se
em Fitogeografia e dos animais, Zoogeografia. Há também a Paleobiogeografia, que estuda a distribuição
geográfica da flora e fauna fósseis; a Neobiogeografia, que seria a Fito e a Zoogeografia modernas
(estuda a flora e a fauna atuais).
(Ver REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS)
BIOGEOGRAFIA DE ILHAS
(Ver TEORIA DA BIOGEOGRAFIA DE ILHAS)
BIOINDICADOR
(Ver INDICADOR ECOLÓGICO)
BIOLIXIVIAÇÃO
Lixiviação determinada pela ação, geralmente de microrganismos, sobre metais ou ligas
metálicas. O Thiobacillus,por exemplo, age sobre o sulfeto de cobre (CuS), oxidando-o na presença de
íon férrico (Fe+++
), formando sulfato de ferro e liberando o cobre para o ambiente.
(Ver LIXIVIAÇÃO)
BIOLOGIA AMBIENTAL
(Ver ECOLOGIA)
BIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
Refere-se ao estudo das mudanças biológicas (anatômicas, morfológicas, fisiológicas etc.) que
ocorrem num organismo vivo durante o seu ciclo vital. Os organismos multicelulares exibem muitas
similaridades ao longo de suas gerações, passando por uma série de processos comuns a todos, em geral,
quais sejam: gametogêneses, fertilização, embriogêneses, diferenciação celular, diferenciação de tecidos,
organogêneses, maturação, crescimento, reprodução, senescência e morte.
BIOMA
BIOMA = ZONA MAIOR DE VIDA
É a maior unidade de comunidade terrestre com flora, fauna e clima próprios. É um termo
geralmente aplicado aos grandes ecossistemas terrestres (ver BIOMA OCEÂNICO).
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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Alguns biomas brasileiros: floresta amazônica, caatinga, cerrado, mata atlântica e pantanal.
Fala-se ainda em biomas costeiros (ecossistemas de manguezais, dunas e restingas) e dos campos sulinos.
(Ver ZONA(S) CLIMÁTICA(S) (de WALTER, HEINRICH); e FORMAÇÃO VEGETAL)
(Ver outras denominações de BIOMA que seguem)
BIOMA DA COSTA ARENOSA
Bioma costeiro caracterizado por sedimentos com grânulos grosseiros, com “infauna”
relativamente pobre.
BIOMA DA COSTA LAMACENTA
Bioma da costa ou litoral caracterizado por sedimentos finos móveis, com “infauna” (biota
animal no interior de um sedimento) típica, relativamente rica.
BIOMA DA COSTA ROCHOSA
Bioma costeiro caracterizado por substratos sólidos estáveis, apresentando zonação típica de
organismos neles fixados.
BIOMA OCEÂNICO
Denomina-se assim o bioma em “oceano aberto” (“mar aberto”), distante das influências do
litoral ou costa; alguns o dividem nos sub-biomas “planctônico, nectônico e bentônico”.
BIOMAGNIFICAÇÃO
BIOMAGNIFICAÇÃO = MAGNIFICAÇÃO BIOLÓGICA = BIOACUMULAÇÃO
Fenômeno que ocorre com muitos poluentes lipofílicos e persistentes no ecossistema, em que
são absorvidos inicialmente por microrganismos procariotos e eucariotos e daí são transferidos para os
organismos do nível trófico seguinte e assim sucessivamente, sem sofrerem degradação nem excreção
significantes, o que os levam a uma concentração cada vez maior nos últimos elos da cadeia alimentar.
Tal concentração do poluente, no topo da cadeia alimentar (como por exemplo nas aves de rapina, nos
carnívoros em geral e grandes peixes predadores), pode alcançar níveis mais altos do que no ambiente,
por um fator de 104
a 106
.
O quadro seguinte mostra as diversas concentrações de metilmercúrio em organismos de um
ecossistema de brejo à beira-mar (GOUDIE, 1990):
ORGANISMO PARTES POR MILHÃO (ppm)
Sedimentos < 0,001
Spartina < 0,001 - 0,002
Equinodermas 0,01
Anelídeos 0,13
Bivalvos 0,15 - 0,26
Gastrópodes 0,25
Crustáceos 0,28
Musculatura de peixe 1,04
Fígado de peixe 1,57
Musculatura de mamífero 2,2
Musculatura de ave 3,0
Fígado de mamífero 4,3
Fígado de ave 8,2
BIOMASSA
BIOMASSA = PRODUTO EM PÉ (“STANDING CROP”)
Em ecologia, biomassa refere-se à quantidade de matéria orgânica viva presente num
determinado tempo e por unidade de área (da superfície terrestre) ou de volume (de água). A biomassa é
geralmente expressa em termos de matéria seca (g.m-2
ou kg.m-2
ou ainda em Mg.ha-1
, no caso de
ecossistemas terrestres) (Mg = 1.000.000g = 1 tonelada).
O termo biomassa, que significa literalmente massa de matéria viva, também é aplicado para
designar quantidades de microrganismos produzidos comercialmente para uso como alimento para o ser
humano e como ração para animais.
A figura que segue ilustra as diferentes proporções de biomassa animal e microbiana num
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
40
hectare de um ecossistema de região temperada. Segundo os autores (PIMENTEL & PIMENTEL, 1979),
nesse ecossistema uma produção anual de fitomassa de 2.400 kg (peso seco) seria capaz de manter uma
zoomassa (animal) e uma microbiomassa (de microrganismos) de 200 kg (peso seco) / ano, assim
distribuídas (em porcentagem):
BIOMONITORAÇÃO (ou BIOMONITORIZAÇÃO ou BIOMONITORAMENTO)
O uso de organismos vivos como indicadores de condições ambientais, no caso de avaliação de
mudanças ou impacto de efluentes industriais, resíduos em geral e outros poluentes ou agentes de
degradação ambiental.
(Ver MONITORAMENTO)
BIONOMIA
(Ver ECOLOGIA)
BIORREMEDIAÇÃO
Este termo foi introduzido para caracterizar a limpeza de ambientes (solo e água) poluídos, a
partir do uso de microrganismos decompositores (ou degradadores).
A biotecnologia, através da engenharia genética, utiliza o potencial genético de microrganismos,
“criando novos” microrganismos (ou novas cepas ou linhagens) capazes de degradar certos compostos
específicos (recalcitrantes, xenobióticos), tais como o petróleo e derivados (óleo diesel, solventes ...).
Biorremediação é também um termo aplicado para indicar a recuperação ou regeneração de
solos degradados, usando-se plantas em simbiose com bactérias da FBN e fungos endomicorrízicos.
(Ver RECOMPOSIÇÃO)
BIOSFERA
BIOSFERA = ECOSFERA
Espaço do globo terrestre ocupado pelos seres vivos. Portanto, refere-se à toda superfície
terrestre (litosfera), às águas e sedimentos de ambientes aquáticos (hidrosfera) e à porção da atmosfera
habitada pelos organismos que voam (pássaros) ou que flutuam (bactérias).
Considera-se, em geral, que há vida desde cerca de 60 m abaixo do nível do mar até cerca de
60.000 m acima deste nível.
Alguns autores subdividem a biosfera em biociclos, quais sejam: epinociclo (o biociclo das
terras firmes, ou seja, os ecotopos continentais e insulares), limnociclo (o biociclo das águas doces ou
ecotopos dulciaquícolas) e o talassociclo (os biociclos ou ecotopos marinhos).
BIOSSÉSTON
(Ver SÉSTON)
BIOSSISTEMA
(Ver NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DA MATÉRIA VIVA)
BIOTA
Todos os componentes vivos de um local ou sistema ecológico (ecossistema). Fala-se assim em
microbiota, ou microflora e microfauna (organismos com dimensões microscópicas); mesobiota,
geralmente referindo-se a organismos do solo (com menos de 50 mm ou 40 mm, até um tamanho visto
com uma pequena lupa de mão); e macrobiota (organismos com dimensões superiores a 40 mm ou 50
mm).
BIOTECNOLOGIA (e BIOTECNOLOGIA DO SOLO)
Uso de métodos e técnicas, fundamentadas nos conhecimentos da biologia molecular,
microbiologia, bioquímica e fisiologia, utilizando organismos ou qualquer de suas partes para obter ou
aves: 0,5
mamíferos: 1,5
outros animais:10
artrópodos: 20
oligoquetas:25
microbiota: 43
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
41
melhorar produtos, plantas e animais e/ou para desenvolver novos organismos (microrganismos, plantas,
animais) com ampla aplicação (indústria, agricultura, serviços) em benefício do ser humano.
Na “biotecnologia de solo” pretende-se com o estudo e a manipulação de microrganismos e seus
processos metabólicos, otimizar a produtividade agrícola e a qualidade do meio ambiente.
BIÓTICO
Que tem vida. Diz-se dos componentes vivos de um eco ou agrossistema (plantas, animais,
microrganismos). Componentes ou fatores bióticos de um eco ou agrossistema: todos os seres vivos
desses sistemas ecológicos.
(Ver ABIÓTICO; e BIOTA)
BIOTOPO
BIOTOPO (ou BIÓTOPO) = ECOTOPO (ou ECÓTOPO)
(Ver HABITAT)
BIOTRÓFICO
(Ver PARASITA BIOTRÓFICO)
BISSIALITIZAÇÃO
(Ver SILICATOS)
“BLOOM”
Denominação em inglês que poderia ser traduzida como “explosão” na densidade de
populações, atribuída geralmente aos animais ciliados e algas (presumivelmente em mutualismo),
ocorrendo em condições aquáticas favoráveis (correntes e nutrientes); registros de alta produtividade têm
sido feitos tanto em “bloom” de primavera como em de outono, em lagos temperados. Alguns autores
usam o termo, em inglês, “HAB – Harmful Algal Bloom” referindo-se a uma “explosão algal nociva”.
(Ver MARÉ VERMELHA)
BOLOR
BOLOR = MOFO
Aos fungos filamentosos, cujas hifas se entrelaçam formando micélio, formando ramificações
com conídios (esporos assexuados) nas extremidades, denominam-se bolor ou mofo. Os bolores do grupo
dos zigomicetos (gêneros Mucor e Rhizopus) são comuns sobre o pão “estragado”. Há outros gêneros que
se desenvolvem sobre o queijo e frutas muito maduras. Muitos deles têm por habitat o solo e material
vegetal em decomposição.
BORBOLETA
(Ver EFEITO BORBOLETA)
BOTULISMO
Toxina, considerada supertóxica (DL50 de 0,00001mg/kg de peso corpóreo), produzida pela
bactéria Clostridium botulinum que se desenvolve principalmente nas carnes em conserva.
“braqui-”
Prefixo de origem grega designando “curto; reduzido” e que ocorre em muitos termos, como
braquignatos (crustáceos decápodes ou caranguejos); braquicarpo (que tem fruto curto); braquicéfalo (que
tem o crânio um pouco alongado e ovóide); e muitos outros termos.
BREJO
BREJO = PALUDE = PALUSTRE = PÂNTANO = PAUL
Em termos gerais, o brejo é um local quase ou permanentemente alagado (Ver PÂNTANO).
No estado da Paraíba a zona do brejo é uma zona incrustada entre a borborema oriental e a
borborema central, com cerca de 1.105 km2
. Esta zona beneficia-se das massas de ar úmidas provenientes
do atlântico. A mata do brejo ou mata latifoliada de altitude, ainda pode ser encontrada em vários locais a
500 ou 600 m de altitude, onde a precipitação pluvial, média anual, atinge os 1.400 mm. Na zona do
brejo estão os municípios de Areia, Bananeiras, Alagoa Nova, Borborema e outros.
BRILLOUIN
(Ver ÍNDICE DE BRILLOUIN)
BUMERANGUE ECOLÓGICO
(Ver EFEITO BUMERANGUE)
“BUTTERFLY EFFECT”
(Ver EFEITO BORBOLETA)
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
42
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
43
C
C3 (PLANTA C3)
Planta que, no processo de fotossíntese, forma como primeiro produto da fixação do CO2, o
ácido fosfoglicérico (PGA), que tem 3 átomos de C na sua molécula. A maioria das plantas é C3.
C4 (PLANTA C4)
Planta que, no processo fotossíntético, forma como primeiro produto da fixação do CO2, o ácido
málico ou aspártico, que tem quatro átomos de C na sua molécula. Gramíneas tropicais, como a cana-de-
açúcar e o milho, são plantas C4. São consideradas como plantas de alta produtividade. Muitas “plantas
invasoras” ou “ervas daninhas” são também C4.
(Ver HATCH-SLACK, CICLO DE)
CAATINGA
Ecossistema típico da região nordeste do Brasil, com uma representação significativa de cerca
de 40.000 km2
dos 56.584,6 km2
no estado da Paraíba. Caracteriza-se pela adaptação das plantas ao clima
semi-árido (Bsh e Aw’, da classificação de Köppen), com espécies caducifólias, espinhosas, algumas
suculentas (cactáceas) e áfilas (sem folhas). Ver fotos que seguem (na foto à esquerda, com xique-xique
no primeiro plano, uma caatinga ainda no período não totalmente seco; e na direita durante plena seca):
Obs.: fotos obtidas do site: www.biosferadacaatinga.org.br.
Tipos de caatinga da Paraíba:
1) Carirís e curimataú: ocorrem após o agreste, no sentido leste-oeste; são em geral tipos
semelhantes, arbustivo-arbóreos, onde se destacam: mandacarú, Cereus jamacaru; xique-xique,
Pilosocereus gounellei; macambira, Bromelia laciniosa; catingueira, Caesalpinia pyramidalis; jurema,
Mimosa sp; e caroá, Neoglaziovia variegata. 2) Seridó: situada na região centro-norte da Paraíba, é uma
caatinga pobre em elementos vegetais, destacando-se o estrato herbáceo formado pelo capim panasco,
Aristida sp, aparecendo por vezes o xique-xique, a catingueira e a jurema.
3. Sertão: ocupa a região oeste do Estado, sendo de clima menos árido do que as anteriores, é
menos densa, arbustiva, destacando-se: faveleira, Cnidoscolus phyllacanthus; pereiro, Aspidosperma
pyrifolium; jurema preta, Mimosa hostilis; angico monjolo, Piptadenia zehntueri. Nas margens dos rios
ocorrem a oiticica, Licania rigida; carnaúba, Copernica cerifera.
CAATINGA AMAZÔNICA
(Ver CAMPINARANA)
GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
44
CAÇA PREDATÓRIA
Conseqüência maléfica à fauna silvestre, causada principalmente pelo exercício da caça
profissional e comércio de produtos e subprodutos desta atividade, que é proibida desde 1967 pela Lei nº
5.197, de 03/01/1967. A caça de subsistência e mais ainda a esportiva, são em geral predatórias,
principalmente quando realizadas sem nenhum critério ou controle e nos períodos críticos de redução da
produção agropecuária como por exemplo, como conseqüência de seca. A predação muitas vezes ocorre
com a “justificativa do homem do campo de eliminar pragas” (ou animais invasores) como morcegos,
gambás e roedores, que danificam seus cultivos e criações. A caça predatória destes animais causa
desequilíbrios ecológicos devido às funções benéficas que estes animais também realizam no
ecossistema.
(Ver PRAGA)
CADEIA ALIMENTAR
Série de organismos de um ecossistema, através dos quais a energia alimentar proveniente dos
produtores, que são as plantas clorofiladas, é transferida de um organismo para outro, numa seqüência de
organismos que ingerem e que são ingeridos.
A cadeia alimentar é, em geral, constituída pelos seguintes níveis tróficos: produtores primários;
consumidores de primeira ordem ou herbívoros, que devoram os produtores primários; em seguida vêm
os consumidores de segunda ordem ou carnívoros de primeira ordem, que se alimentam dos herbívoros;
seguem-se os consumidores de terceira ordem ou carnívoros de segunda ordem, que devoram os
consumidores de segunda ordem; e assim por diante.
Alguns autores dividem a cadeia alimentar em dois tipos principais:
a) Cadeia alimentar de pastejo (na qual se fundamenta o ecossistema marinho).
b) Cadeia alimentar de detritos (na qual se fundamenta o ecossistema terrestre). Um exemplo de
uma cadeia alimentar simples seria:
Capim ⇒ gafanhoto ⇒ sapo ⇒ cobra ⇒ carcará.
(Ver FLUXO DE ENERGIA; e TEIA ALIMENTAR)
CADUCIFOLIA
CADUCIFOLIA = DECÍDUA
Fenômeno que ocorre periodicamente em muitas plantas (geralmente adaptadas a ambiente com
escassez d’água), em que suas folhas caem. Em ambientes muito frios, onde geralmente neva, também
ocorre caducifolia.
Muitas plantas da caatinga, como a faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus) e a jurema (Mimosa
sp) são caducifólias.
Considera-se uma comunidade vegetal como caducifólia ou decídua, quando 90% de seus
componentes (geralmente árvores) perdem as folhas. Uma vegetação, geralmente mata de regiões com
uma estação seca e com uma estação fria, que no seu coonjunto (e não suas árvores individualmente)
perde entre 20 e 50% de sua folhagem, no período desfavorável, diz-se chamar-se de semicaducifólia ou
semidecídua.
CALCÁRIO
Designação generalizada atribuída a compostos que contêm cálcio. Quimicamente a base é CaO,
podendo ser utilizado na agricultura, como corretivo de solo, muitas variedades neutralizadoras de pH
ácido, como os óxidos, hidróxidos e carbonatos de cálcio ou de cálcio e magnésio. São ricos em cálcio
também casca de ovos, conchas de ostras, ossos animais e carapaças de alguns animais.
“calci-”
Prefixo de origem latina, usado para indicar relação com cálcio, ou ainda com calcário e pedra
calcária e similares. O organismo que tem afinidade com o cálcio diz-se ser calcífilo (ou calcifílico) e o
oposto, calcífobo (ou calcífugo, que é incapaz de tolerar o cálcio). São muitos os termos usados com este
prefixo.
(Ver “alcali-”)
CALHAU
(Ver TEXTURA DO SOLO)
CALVIN-BENSON
(Ver CICLO DE CALVIN-BENSON)
CAMADA DE OZÔNIO
(Ver OZONOSFERA)
CAMBISSOLOS
(Ver SOLOS BRASILEIROS, CLASSIFICAÇÃO DE)
CAMPANHA GAÚCHA
(Ver ESTEPE)
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  • 1. G L O S S Á R I O DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 3a e d i ç ã o 0 50 100 150 200 250 300 Milhõesdehectares África Ásia Australásia Europa América do Norte América do Sul Regiões Desertificação Desmatamento Superpastejo Cultivos
  • 2. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 1 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
  • 3. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 2
  • 4. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 3 BRENO MACHADO GRISI GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (3ª edição revisada e ampliada) ILUSTRADO COM FOTOS, QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS JOÃO PESSOA 2007
  • 5. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 4 Breno Machado Grisi Endereço eletrônico: brenogrisi@yahoo.com.br Blog: http://brenogrisi-ecologiaemfoco.blogspot.com Capa: no sentido horário começando com o (i) mapa resumido dos biomas brasileiros (informação/divulgação do Ministério do Meio Ambiente); (ii) pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa), pássaro da Mata Atlântica (foto de documento sobre a Mata Atlântica, sem dados da publicação); (iii) captação e armazenamento do dióxido de carbono (foto de documento sobre iniciativa de estudos do IPCC – International Panel on Climate Change,); (iv) gráfico representativo da desertificação mundial; (v) carvoaria na amazônia, uma das causas do desflorestamento (foto reproduzida de Collins, M. (ed.) (1990) The last rain forests. London, Mitchell Beazley Publ., 200p.)
  • 6. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 5 HOMENAGEIO os “Severinos, Josés, Marias”... das caatingas do Nordeste, “botânicos”, “zoólogos”, “ecólogos” anônimos que puseram nomes em todas as plantas e praticamente todos os animais desse bioma brasileiro e sempre souberam usufruir dos limitados recursos da Natureza ao seu alcance, mesmo sem ter um mínimo conhecimento teórico hoje propiciado pela ecologia e ciências ambientais. DEDICO às crianças brasileiras cujos pais desprovidos de recursos, não poderão lhes dar a oportunidade de se beneficiarem com os resultados práticos da ciência e tecnologia
  • 7. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 6
  • 8. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 7 “O objetivo da ciência não é o de abrir portas para a sabedoria infinita, mas o de estabelecer limites para o erro infinito” Bertolt Brecht
  • 9. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 8
  • 10. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 9 Agradecimentos: a todos que tiveram oportunidade de testar os termos inseridos nas duas primeiras edições e cujas sugestões estimularam-me na busca da melhoria do presente trabalho. Agradeço em particular, aos Mestres que testando as edições anteriores “na linha de frente” dos estudos em ecologia, ajudaram-me a entender que o objetivo final de quem tenta contribuir para o conhecimento das ciências que lidam com o meio ambiente, está sempre muito distante para ser alcançado.
  • 11. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 10
  • 12. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 11 apresentação ão há nenhuma pretensão aqui de apresentar uma enciclopédia ou dicionário tecnológico com todos os termos ecológicos. Neste aspecto é interessante lembrar o que diz o “The New Fowler’s Modern English Usage” (um clássico da língua inglesa) sobre o que seja um GLOSSÁRIO, em oposição a um Dicionário e a um Vocabulário: “um glossário é uma lista alfabética de palavras difíceis que são usadas num assunto ou texto específico; é usualmente de comprimento modesto; nele é selecionado o que se julga ser obscuro, enquanto num vocabulário, tudo é julgado como obscuro; e um dicionário é um trabalho mais ambicioso, embora tenha termos com semelhanças a de um glossário”. O objetivo maior é definir claramente alguns dos termos mais comuns de ecologia e ciências ambientais. São também focalizados termos que, embora de emprego comum em outras ciências (geologia, botânica, oceanografia etc), estão relacionados direta ou indiretamente com as características ambientais do ser vivo, ou melhor dizendo, relacionados com as “ciências ambientais”. A ecologia, que se originou como ciência no início do século XX, comparada com outras disciplinas das ciências biológicas, como a botânica e a zoologia, cujos estudos iniciaram-se com os gregos (Aristóteles, 384 a 322 a.C., era um observador perspicaz da Natureza), pode ser considerada como disciplina novíssima. Suponhamos que se cada século vivido por nós do mundo ocidental correspondesse a 10 anos; a botânica e a zoologia, por exemplo, estariam hoje com mais de “230 anos de existência”, enquanto a ecologia estaria prestes a completar seu “1o aninho de vida”. Daí a possível explicação à tendência de se introduzir tantos termos, devido às novas descobertas e necessidade de definí-las ou conceituá-las. A vivência ou confirmação dos fenômenos e processos descritos como novos, fixarão os termos introduzidos, fazendo-os comuns e desejavelmente, fáceis de serem entendidos. Os termos aqui incluídos foram selecionados a partir de conceituações feitas pelos autores de livros e artigos relacionados na bibliografia consultada e apresentada no final do glossário. Neste aspecto, não haveria como negar que a obra maior de referência aqui utilizada foi o livro dos ecólogos M.Begon, C.R.Townsend e J.L.Harper (nas edições 2a , N
  • 13. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 12 do ano 1990 e 4a , de 2006), que constam da bibliografia. Muitos desses termos foram modificados em sua definição, para facilitar seu entendimento ou complementar sua conceituação, visando atender aqueles que estudam ecologia ou que estão interessados no conhecimento das ciências ambientais. Outra obra de consulta freqüente, constando da Bibliografia, foi a de R.E. Ricklefs (“The economy of nature”), que em sua quinta edição (2007) inclui uma nova seção de grande utilidade (“Data Analysis Update”, ou Atualização de Análise de Dados). Considero ser o presente trabalho, apenas mais uma obra simples de referência, direcionada para principiantes, devendo ser complementada com consultas a outras mais específicas, para os mais avançados e que figuram na “Bibliografia Utilizada para o Glossário”. Hoje em dia, são muitos os sites disponíveis na Internet e que podem ser de grande utilidade para enriquecer conhecimento e elucidar dúvidas; devendo o leitor no entanto, ser cuidadoso com relação às fontes de consulta. Este glossário, mesmo em sua terceira edição, considero ser uma experiência incipiente, devendo por isso ser melhorado e ampliado futuramente. Neste sentido, solicitam-se aos consulentes em geral, críticas e sugestões.
  • 14. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 13 Aos consulentes Quando determinado termo tiver sinônimos ou corresponder a termos similares, com mesmo significado ecológico, estes figuram com um sinal de igualdade. Exemplo: • HABITAT HABITAT = ECOTOPO = BIOTOPO A definição é dada no termo mais comum: HABITAT. • ACIDÓFILO (ACIDOFÍLICO, ACIDOFILIA) ACIDOFÍLICO e ACIDOFILIA são termos derivados ou relacionados ao termo ou verbete de entrada ACIDÓFILO. Alguns termos estão definidos em outros, no qual foram necessariamente inseridos. Exemplo: • CARNÍVORO (Ver CADEIA ALIMENTAR) No verbete CADEIA ALIMENTAR o termo carnívoro é definido. Alguns outros termos são usualmente utilizados como denominações compostas, mas o nome principal vem em primeiro lugar e o complemento vem logo após vírgula: • AUTOTRÓFICO, LAGO Embora raros, aparecem verbetes (termos de entrada) em inglês, ou outra língua, por serem às vezes mais conhecidos sob a denominação original; ou o termo em português ainda não está bem definido ou não se consagrou seu uso. Estes são os casos, por exemplo, de: • “FITNESS” O termo (sem equivalente preciso em português) é definido em “fitness”. • “GUILD” O termo (sem equivalente preciso em português) é definido em “guild”.
  • 15. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 14
  • 16. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 15 A “a-” e “an-” Prefixo de origem grega indicando “ausência; falta; sem”. Ex.: acromático (sem coloração; despigmentado); anaeróbio (que vive na ausência de oxigênio). Alguns termos de entrada virão a seguir. “ab-” e “ad-” Prefixos latinos. “Ab-” significa “do lado oposto ou afastado do eixo”; referindo-se, por exemplo em botânica, à face inferior da folha (abaxial). “Ad-” quer dizer “que se encontra do lado do eixo ou próximo a ele”; referindo-se no caso botânico à face superior da folha (adaxial), lembrando a palavra aderir. ABALOS SÍSMICOS (EM REPRESAS) Nas represas com grandes massas de água, geralmente ocupando áreas extensas, a alta pressão hidrostática pode gerar acomodações das camadas do subsolo, gerando abalos sísmicos. A parte da geofísica que estuda os terremotos e a propagação das ondas (elásticas) sísmicas é a Sismologia. (Ver ESCALA DE RICHTER) ABIOSSÉSTON (Ver SÉSTON) ABIÓTICO Sem vida. Diz-se do meio ou do elemento (substância, composto...) desprovido de vida. Fatores abióticos ou componentes abióticos de um ecossistema: são os fatores ambientais físicos desse ecossistema (clima, por exemplo) ou químicos (inorgânicos como a água, o oxigênio e orgânicos, como os ácidos húmicos etc). (Ver BIÓTICO) ABISSAL (Ver ZONA ABISSAL; e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ABISSOBENTÔNICO (ou ABISSOBÊNTICO ou ABISSALBENTÔNICO ou ABISSALBÊNTICO) (Ver ZONA ABISSOBENTÔNICA; e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ABISSOPELÁGICO (ou ABISSALPELÁGICO) (Ver ZONA ABISSOPELÁGICA; e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ABROLHO Denominação dada geralmente, a rochedo que aflora acima d’água, no mar, formando por vezes, ilhas, como o do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no litoral sul da Bahia (a 70 km da costa), entre Caravelas (sul da Bahia) e São Mateus (norte do Espírito Santo). O parque assenta-se sobre cinco formações rochosas, constituindo-se nas ilhas de Santa Bárbara, Siriba, Redonda, Sueste e Guarita, dispostas em arco, denunciando, sua provável origem de borda de cratera vulcânica. De julho a novembro as baleias jubarte ali procriam. Inúmeros são os peixes que habitam nos seus exuberantes recifes de corais (parus, barracudas, badejos, garoupas, meros, enguias, arraias ...); e lá vivem também golfinhos e aves marinhas (ver fotos que seguem do site ibama.gov.br: no sentido horário começando com a vista aérea dos abrolhos, anêmona, ave marinha e peixe-pedra).
  • 17. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 16 (Ver RECIFES) “ABS − ALKYLBENZENE SULPHONATE” O sulfonato de alquilbenzeno (sigla em inglês, “ABS”) é uma substância surfactante (tensoativa) usada como detergente. Cinqüenta por cento dos detergentes (líquido ou em pó) comercializados nos E.U.A. e europa ocidental contêm o “ABS”; sendo este muito procurado por ter eficiente propriedade de limpeza e produção de espuma. Não é imediatamente biodegradável e é altamente tóxico aos organismos aquáticos. ABSCISÃO Processo natural em que duas partes de um organismo se separam. Aplica-se este termo ao processo de queda de partes de plantas (folhas, flores, frutos ...) por ação de substância estimuladora (abscisina). O ácido abscísico (ABA, sigla em inglês) é também um potente inibidor de crescimento, auxiliando a induzir e prolongar a dormência de gemas vegetativas. Além disso, o ABA é inibidor de germinação de semente e exerce papel importante no fechamento de estômatos. ABSENTEÍSMO Refere-se ao comportamento de certos animais que nidificam a uma certa distância de sua área de vivência (onde estão seus outros descendentes), levando alimento para os filhotes, dedicando-lhes um mínimo de cuidado. ABSORÇÃO Movimento de íons e água para dentro da raiz da planta; se ocorre como resultado de processos metabólicos da raiz (contra um gradiente) é dita ativa; e se é resultado de forças que “puxam” a água a partir da corrente transpiratória gerada pelas folhas, é dita passiva. ABUNDÂNCIA Este termo é geralmente usado para designar uma estimativa grosseira de densidade, quando se deseja informação superficial e mais rápida sobre determinada situação de uma planta ou animal (como por exemplo na seguinte classificação: 1) muito raro; 2) raro; 3) ocasional; 4) abundante; 5) muito abundante). (Ver ABUNDÂNCIA RELATIVA; DENSIDADE; DENSIDADE ECOLÓGICA; e ESPÉCIE RARA)
  • 18. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 17 ABUNDÂNCIA RELATIVA Refere-se à abundância de um determinado organismo, relacionando-se com o tempo (ex.: animais vistos por hora) ou como porcentagem (ex.: porcentagem de quadrados ou pontos de amostragem ocupados por determinada espécie de planta ou animal fixo). (Ver ABUNDÂNCIA; DENSIDADE; e DENSIDADE ECOLÓGICA) AÇÃO BACTERIOSTÁTICA (Ver ANTIBIOSE; e EFEITOS ANTIMICROBIANOS) AÇÃO DEPENDENTE / INDEPENDENTE DA DENSIDADE (Ver DENSIDADE) AÇÃO FUNGISTÁTICA (Ver ANTIBIOSE; e EFEITOS ANTIMICROBIANOS) ACARICIDA Diz-se da substância que mata ácaros e carrapatos (acarinos, da classe dos aracnídeos, do filo dos artrópodes). ACAROFITISMO Simbiose ácaro-planta. A planta que serve como hospedeira de ácaro é um organismo acarófito. ACASALAMENTO ou COPULAÇÃO EXTRA-PAR (Ver EXOCRUZAMENTO) “ACCESSIBILITÉ” Termo importado do francês, usado em fitossociologia referindo-se às condições prevalecentes num certo local e que podem influenciar na possibilidade de um propágulo ali se estabelecer. ACEIRO Remoção de parte de uma vegetação feita para evitar a propagação do fogo ou como trilha. Qualquer remoção de vegetação em torno de construção, ao longo de cercas etc. ACETIFICAÇÃO Conversão por bactérias aeróbias, de etanol para ácido acético. ACICULIFOLIADA (Ver FLORESTA ACICULIFOLIADA) ACIDENTAL (ou CASUAL) Diz-se geralmente de uma espécie vegetal que normalmente não ocorre numa certa comunidade ou habitat. ÁCIDO ABSCÍSICO e ABSCISINA (Ver ABSCISÃO) ACIDOBIÔNTICO (Ver ACIDÓFILO) ACIDÓFILO (ACIDOFÍLICO, ACIDOFILIA) ACIDÓFILO = ACIDOBIÔNTICO Organismo que medra em ambiente ácido (em pH abaixo de 7). O oposto, ou seja, o organismo que não consegue viver em tal pH é chamado de acidófobo (ou acidofóbico). Usa-se o termo acidotrófico para designar aquele que se alimenta de substâncias ácidas (ou microrganismo que vive de substrato ácido). (Ver “alcali-”; e “-filia” / “-filo”) ACIDÓFOBO (Ver ACIDÓFILO) ACIDÓLISE Em ambientes (alguns deles frios) onde a decomposição da matéria orgânica não é total, formam-se ácidos orgânicos que reduzem o pH das águas, tornando capaz a complexação do ferro e alumínio, pondo-os em solução. Nestes ambientes com pH <5, ocorre a acidólise (ao invés de hidrólise), constituindo-se no processo dominante de decomposição dos minerais primários no solo. As rochas que sofrem acidólise total (ex. de reação com pH <3: KAlSi3O8 + 4H+ + 4H2O → 3H4SiO4 + Al3+ + K+ ) geram solos constituídos praticamente apenas dos minerais primários mais insolúveis, tal como ocorre nos espodossolos (alguns dos antigos podzólicos). (Ver LATOLIZAÇÃO; e SILICATOS) ACIDOTRÓFICO (Ver ACIDÓFILO) ACLIMAÇÃO (ou ACLIMATAÇÃO) (Ver ADAPTAÇÃO) ACLIMATAÇÃO (ou ACLIMAÇÃO) (Ver ADAPTAÇÃO)
  • 19. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 18 ACLIVE CONTINENTAL (Ver TALUDE (e TALUDE CONTINENTAL); e APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ACONDICIONAMENTO DE NICHO (Ver NICHO ECOLÓGICO) ACREÇÃO Um aglomerado ou deposição de material, ocorrendo geralmente no processo de sedimentação. ACRIDOFAGIA Hábito de comer gafanhotos (estes acrídeos são insetos ortópteros heterometabólicos). Acridófago é aquele que come gafanhotos, como alguns seres humanos africanos. ACRODENDRÓFILO Que vive no topo de árvores. (Ver “-cola”) ACTINOMICETO Denominação não-taxonômica dada a um tipo de bactéria filamentosa, apresentando certas características que a põem entre a bactéria e o fungo verdadeiro. ACTINORRIZA Tipo de actinomiceto (bactérias filamentosas do gênero Frankia) que vive em simbiose com raízes de certas plantas, como a Casuarina. ACTÓFILO (ACTOFILIA) Organismo que vive sobre rochas costeiras. AÇUDE Reservatório de água, natural ou feito pelo homem a partir de represamento de um rio ou condução de água vinda de outro local. Serve de abastecimento d’água (manancial) e para irrigação. ACUMULAÇÃO (ou GRAU DE ACUMULAÇÃO) (Ver GRAU DE ACUMULAÇÃO) ADAPTAÇÃO ADAPTAÇÃO = ADAPTAÇÃO ECOLÓGICA Capacidade que tem determinado ser vivo (ou determinado elemento constituinte morfológico ou fisiológico do organismo do ser vivo) de ajustar-se a um ambiente, devendo-se entender que “ajustar- se” é uma conseqüência do passado. A adaptação envolve mudança genética, ao passo que a aclimatação geralmente não envolve. Às plantas de clima frio, do hemisfério norte por exemplo, atribui-se uma reação de robustecimento (termo usado entre os horticultores, do inglês “hardening” = robustecimento, endurecimento), em que os vegetais, inaptos a lidarem com a friagem no verão, já em outubro (no outono) adquirem tolerância ao abaixamento da temperatura. Tal tolerância ao resfriamento, depende do estádio de desenvolvimento da planta. A adaptação vai além da mera tolerância às flutuações ambientais; estende-se à participação ativa na periodicidade (Ver RELÓGIO BIOLÓGICO) como um meio para coordenar e regular funções vitais. A figura seguinte mostra a adaptação morfológica de folhas do carvalho negro (Quercus nigra) à luz (COLINVAUX, 1986). Obs.: 1) A: folha de plântula de Q. nigra. B: Folha de um ramo à sombra, próximo do solo. C, D e E: folhas, progressivamente, para o alto da árvore. 2) Os círculos desenhados nas folhas realçam a superfície do limbo, importante na absorção da luz, comparada com os lobos da folha; estes se acentuam à medida que as folhas reduzem a superfície do limbo, ou seja, à medida em que elas vão estar em maior contato com a luz (no topo das árvores). Em muitos ecossistemas observa-se uma redução da intensidade clorofílica nas folhas de sombra (do estrato inferior) para as de sol (do estrato superior) (na figura, de A para E, reduzindo a intensidade da cor verde). (Ver FATOR LIMITANTE) A B C D E
  • 20. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 19 ADAPTAÇÃO ECOLÓGICA (Ver ADAPTAÇÃO) ADELFOFAGIA Diz-se geralmente de larvas que se alimentam de outras larvas ou de ovos de animais que lhes são relacionados taxonomicamente (às vezes da mesma espécie). ADELFOPARASITA Um organismo que parasita um hospedeiro que se lhe relaciona taxonomicamente, em oposição ao aloparasita. ADESÃO Atração molecular que mantém duas substâncias dissimilares, juntas, como a que ocorre entre a água e partículas minerais do solo. (Ver ADSORÇÃO; e COESÃO) ADIABÁTICO Aplica-se este termo, por exemplo, a uma massa de ar que se eleva, reduzindo-se sua pressão e se expandindo adiabaticamente na atmosfera, ou seja, sem perda nem ganho de temperatura. E em assim sendo, sua temperatura cairá ao tempo em que se expande para ocupar maior volume. ADITIVOS ALIMENTARES Substâncias, naturais ou sintéticas, adicionadas aos alimentos processados, com diversos propósitos (conservar, complementar com vitaminas ou aminoácidos, melhorar o sabor, cor ou textura ou alterar outras características, como o pH; ou evitar sua oxidação (antioxidantes) ou que não adquira umidade (antiumectantes) ou que a adquira (umectantes). Tais aditivos são submetidos à rigorosa análise toxicológica, antes de se permitir seu uso na indústria alimentícia. ADSORÇÃO Ligação, geralmente temporária, de íons ou compostos à superfície de sólidos. (Ver ADESÃO; e COESÃO) ADUBAÇÃO ORGÂNICA Uso de material orgânico (partes de plantas, dejetos animais etc) para fertilizar um solo, fornecendo a um cultivo, os nutrientes necessários a uma boa produtividade. (Ver COMPOSTAGEM; e FERTILIZANTE) ADUBAÇÃO VERDE Procedimento recomendado na agroecologia e hoje bastante utilizado na prática agrícola em geral, de incorporar ao solo matéria orgânica proveniente de um cultivo (geralmente os remanescentes deixados após a colheita do produto agrícola desejado), com a finalidade de melhorar as condições nutricionais e edáficas do solo; ao tempo em que se evita sua erosão e degradação de suas propriedades. Utiliza-se esta expressão também quando se deseja referir-se ao enriquecimento em nitrogênio que as leguminosas proporcionam ao solo, pela simbiose de suas raízes com bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico. AERÓBIO Organismo que respira aerobiamente. (Ver RESPIRAÇÃO AERÓBIA) AEROSSOL Pequena partícula (< 0,001 mm) sólida ou líquida, em suspensão no ar ou gás. Exemplo: aerossóis marinhos, que são partículas contendo sais marinhos, que conduzidas pelo vento, atingem a grandes distâncias da costa. AFITAL (Ver ZONA AFITAL) AFLATOXINAS Substâncias tóxicas, cancerígenas, produzidas por fungos (Aspergillus flavus) que proliferam em grãos de amendoim, trigo ou milho, mal armazenados. Alguns invertebrados marinhos (ostras, mexilhões) também podem concentrar aflatoxinas em suas carnes. AFÓTICO (Ver ZONA AFÓTICA) AGENTE LARANJA (Ver DIOXINAS) AGENTE POLUIDOR (Ver POLUENTE) AGREGAÇÃO Agrupamento de indivíduos de uma mesma população, ou de várias populações, em resposta às diferenças de habitat ou em resposta às mudanças diárias ou estacionais, ou como resultado de processos reprodutivos ou como resultado de atrações sociais (nos animais superiores). Em algumas populações
  • 21. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 20 (inclusive a de seres humanos) ocorre uma agregação num determinado local do seu habitat escolhido como área de dormida. Ao aumento de densidade de predador em locais (ou manchas de habitat da presa) onde se concentre maior número de presa, dá-se o nome de resposta de agregação. No processo de agregação vale considerar o “egoísmo dentro da manada” (tradução literal do inglês “selfish herd”, sem equivalência precisa em português); segundo W.D.Hamilton, em algumas populações animais com certa organização racional, os novos indivíduos são admitidos no grupo ocupando inicialmente a borda, ou seja, o “território perigoso”. Em certas agregações, a periferia é mais suscetível ao ataque de predadores. AGRESTE Ecossistema de transição entre a mata úmida e a caatinga, no estado da Paraíba, possuindo portanto espécies vegetais comuns desses ecossistemas. Alguns autores subdividem o agreste em sublitorâneo e da borborema. No primeiro ocorrem: marmeleiro, Crotalum sp; juazeiro, Zizyphus joazeiro; além de bromeliáceas e cactáceas, como o facheiro, Cereus jamacaru. No agreste da borborema ocorrem: catingueira, Caesalpinia pyramidalis; umbuzeiro, Spondias tuberosa; baraúna, Schinopsis brasiliensis; angico, Anadenanthera macrocarpa; e o pau d’arco Tabebuia sp, além de outras. AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA Uso de energia (energia solar, de tração animal e do próprio homem) visando uma produção agrícola apenas suficiente para gerar alimento e recursos para o sustento do próprio agricultor e sua família. Raramente há produção de excedente para a comercialização ou para armazenar, como suprimento para “tempos mais difíceis”. AGRICULTURA ITINERANTE Tipo de sistema agrícola (“shifting cultivation”, em inglês), primitivo, adotado historicamente nos ecossistemas de floresta tropical, em que o ser humano derruba trecho da floresta, queimando-o como preparo da terra para o cultivo de subsistência, obtendo durante poucos anos (4 a 6 ) alimento e posteriormente, abandonando essa área que se tornou improdutiva. Passa então a ocupar novo trecho de floresta e assim por diante. A área inicial abandonada, onde se estabeleceu vegetação secundária, após cerca de 20 anos, poderá ser novamente utilizada para o cultivo. Na amazônia os indígenas ainda praticam a agricultura itinerante, plantando milho, mandioca etc, assim como muitos agricultores ditos civilizados usam este sistema, também conhecido por “slash-and-burn” (em inglês; sendo também usada a expressão “clear cutting”). As queimas de pastagens, principalmente em Rondônia, feita para controlar as “ervas daninhas” que nelas proliferam, são também consideradas como sério problema ecológico. AGROCLIMATOLOGIA O estudo do clima em relação à produtividade de plantas e animais de importância na agropecuária. (Ver BIOCLIMATOLOGIA) AGROECOLOGIA Aplicação de princípios ecológicos nas ciências agronômicas. (Ver BIOAGRONOMIA) AGROECOSSISTEMA (Ver AGROSSISTEMA) AGROFLORESTA O sistema agroflorestal baseia-se na reconstituição do complexo sistema florestal original, nele inserindo-se algum tipo de cultivo ou diferentes tipos de cultivo, de maneira a manter o sistema economicamente produtivo, preservando a biodiversidade e as características, o mais próximo possível, do sistema original natural. A combinação deste sistema com diversidade de atividades antrópicas (agrícola, agroflorestal, extrativista, pesca e caça) é que pode se constituir em garantia de sucesso ecológico e econômico na obtenção de melhor qualidade de vida ambiental, estando aqui inserido o ser humano. Tem sido agora comum encontrar-se na amazônia, por exemplo, o plantio de árvores frutíferas nativas, entre parcelas de plantio de mandioca. No nordeste brasileiro, procedimento similar é encontrado na caatinga. Nas fotos que seguem (do site: www.biosferadacaatinga.org.br; autor: Pieter Vranckx) vê-se sistema agroflorestal na caatinga, em período chuvoso (à esquerda, com cultivos de banana, milho, mandioca, palma ...) e em período seco (à direita, com cultivo de palma, Opuntia sp).
  • 22. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 21 AGROINDÚSTRIA Atividade industrial baseada no beneficiamento de produto obtido da agricultura e/ou pecuária. Exemplos: usina de cana-de-açúcar, destilarias de álcool, óleos vegetais, laticínios, frigoríficos e matadouros, fecularias, curtumes, sucos e conservas, bebidas, têxteis. (Ver ECOLOGIA INDUSTRIAL) AGRONOMIA Conjunto de ciências e princípios aplicados à agricultura. (Ver AGROECOLOGIA) AGROSSISTEMA AGROSSISTEMA = AGROECOSSISTEMA = ECOSSISTEMA AGRÍCOLA Sistema ecológico introduzido e manipulado pelo homem, constituído por seres vivos (componente biótico) em interação com o ambiente (componente abiótico). No caso específico de cultivo introduzido em floresta, dá-se o nome de agrofloresta. (Ver AGROFLORESTA; AQÜICULTURA; e ECOSSISTEMA) AGROSTOLOGIA Estudo das gramíneas. AGROTÓXICO (Ver PESTICIDA) ÁGUA BRUTA Água, geralmente para abastecimento, antes de receber qualquer tratamento. ÁGUA CAPILAR Água existente nos poros do solo, aderindo às partículas como uma película e que sob a influência de “forças capilares” (decorrentes de um gradiente de potencial de água) disponibiliza-se à absorção pelas raízes das plantas e pela microbiota. ÁGUA DE PERCOLAÇÃO ÁGUA DE PERCOLAÇÃO = ÁGUA INTERSTICIAL Água, geralmente de precipitação pluvial, que penetra no solo, ou seja, nos seus espaços ou interstícios. As raízes de muitas plantas se beneficiam somente dessa água. ÁGUA DURA (Ver DUREZA DA ÁGUA) ÁGUA HIGROSCÓPICA Vapor d’água adsorvido às partículas do solo. ÁGUA INTERSTICIAL (Ver ÁGUA DE PERCOLAÇÃO) ÁGUA MOLE (Ver DUREZA DA ÁGUA) ÁGUA POTÁVEL Água de boa qualidade, adequada para o consumo humano, satisfazendo aos padrões de potabilidade determinados pelo Ministério da Saúde. A Resolução CONAMA nº 20, de 18/06/86 estabelece nove classes para as águas doces, salobras e salinas do Território Nacional. Quanto às águas doces há as seguintes classes e respectivas destinações: I-Classe especial destinada: a) ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples desinfecção; b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
  • 23. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 22 II-Classe 1 destinada: a) ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho); d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana. III-Classe 2 destinada: a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário (esqui aquático, natação e mergulho); d) à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas; e) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana. IV-Classe 3 destinada: a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à dessedentação de animais. V-Classe 4 destinada: a) à navegação; b) à harmonia paisagística; c) aos usos menos exigentes. Para as águas de Classe Especial, os coliformes totais deverão estar ausentes em qualquer amostra. No quadro que segue estão representados os valores das principais fontes de água da Terra (COLINVAUX, 1986). RESERVATÓRIO VOLUME DE ÁGUA (X 106 km3 ) TOTAL (%) Oceanos 1322,0 97,21 Gelo glacial 29,2 2,15 Lençol freático 8,4 0,62 Água retida no solo 0,067 0,005 Água doce dos lagos 0,125 0,009 Mares em terra e lagos salgados 0,104 0,008 Rios e riachos 0,001 0,0001 Atmosfera (nuvens e vapor no ar) 0,013 0,001 ÁGUA RESIDUÁRIA Água de despejo, contendo resíduo com potencialidade para poluir. ÁGUA SUBTERRÂNEA (Ver LENÇOL FREÁTICO) AGUDO (EFEITO AGUDO / DOENÇA AGUDA) Efeito / doença que ocorre em curto espaço de tempo, por exposição à determinada substância tóxica / agente causador de doença, podendo ocorrer morte ou recuperação rápida. No caso de doença, citam-se como exemplos, a febre tifóide e o sarampo. (Ver CRÔNICO) AIA (AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL) (Ver IMPACTO AMBIENTAL) ALBEDO Relação entre a energia (solar ou eletromagnética) incidente e a refletida. É de importância ecológica, uma vez que participa do fluxo energético. Como exemplo de seus valores, geralmente representados em porcentagem, um solo arenoso tem um albedo de 25 a 30 e uma floresta de 5 a 10. “alcali-” “alcali-” = “basi-” Prefixo de origem árabe, significando “soda”, ou seja, qualquer substância de sabor cáustico ou acre e que tem sido utilizado para indicar meio ou ambiente alcalino ou básico (com pH acima de 7). Se um organismo tem afinidade por este meio ou ambiente, ele é dito alcalófilo (ou alcalifílico) ou ainda basófilo (ou basofílico); e se não o tolera é dito alcalófobo ou basófobo. Planta incapaz de tolerar solo alcalino ou básico é dita basífuga. (Ver ACIDÓFILO) ALDEÍDOS Compostos orgânicos que contêm o grupo -CHO ligado a hidrocarbono. Certos aldeídos poluentes têm cheiro desagradável, como os derivados da exaustão do diesel, irritando nariz e olhos. Alguns são venenosos. ALDRIN (Ver ORGANOCLORADO) ALELO Um ou outro gene, de um mesmo par de cromossomos, chamados de homólogos, responsáveis por uma mesma característica hereditária. (Ver EQUILÍBRIO DE HARDY-WEINBERG)
  • 24. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 23 ALELOPATIA Termo geralmente usado para indicar a inibição do desenvolvimento de uma população, através de substâncias químicas inibidoras produzidas por plantas. Um exemplo é o ácido úsmico, produzido por liquens, que inibe plântulas de coníferas e que tem efeito antibiótico sobre fungos. (Ver ANTIBIOSE) ALELOQUÍMICOS São produtos ditos semioquímicos, que viabilizam mudança comportamental em indivíduos de outra espécie. (Ver FEROMÔNIOS; e PESTICIDA) ALGICIDA Agente químico que mata alga. ALGÍVORO (ALGIVORIA) Organismo que se alimenta de algas. ALGOLOGIA (Ver “fico-”) ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS (Ver TRANSGÊNICOS) ALISSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS, CLASSIFICAÇÃO DE) ALITIZAÇÃO (Ver SILICATOS) ALLEE (Ver PRINCÍPIO DE ALLEE) ALLEN (Ver REGRAS ECOGEOGRÁFICAS) “alo-” Prefixo significando “outro”. Há inúmeros termos com este prefixo, como por exemplo: alocórico, alomônio, aloquímico, aloparasita, alóctone etc. ALOCAÇÃO REPRODUTIVA (Ver ESFORÇO REPRODUTIVO) ALOCÓRICO (ALÓCORE) Ocorrendo em duas ou mais comunidades dentro de uma determinada região geográfica. (Ver “-coria”) ALÓCTONE ALÓCTONE = INVASOR Organismo alóctone, também chamado de “invasor”, é aquele que se origina em outro local e é transportado para determinado ambiente na forma vegetativa ou de esporo. Animais que foram inadvertidamente introduzidos pelo ser humano em ambientes que lhes são estranhos, são também alcunhados de “invasores”. As “plantas invasoras” de cultivos, assim chamadas pelos ecólogos e conhecidas na linguagem agronômica como “ervas daninhas”, são em muitos casos, organismos alóctones. (Ver AUTÓCTONE) ALOGAMIA (Ver EXOCRUZAMENTO) ALOMETRIA Estudo das mudanças de proporções das partes de um organismo no decorrer do seu crescimento. A “lei alométrica” tem sido aplicada com sucesso nos aspectos relacionados ao metabolismo, problemas de dose-resposta, diferenças raciais e história evolutiva. (Ver RELAÇÃO ALOMÉTRICA) ALOMÔNIO (Ver FEROMÔNIO) ALOPARASITA Um organismo que parasita um hospedeiro que não se lhe relaciona taxonomicamente, em oposição ao adelfoparasita. (Ver ADELFOPARASITA) ALOPATRIA Caso em que duas espécies, intimamente relacionadas, descendentes de um ancestral comum (portanto, do mesmo gênero), embora vivendo geograficamente separadas, apresentam convergência de
  • 25. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 24 caractéres, isto é, têm características (morfológicas, fisiológicas, ecológicas ou de comportamento) similares. O isolamento geográfico (ou uma barreira topográfica ou espacial qualquer) pode resultar numa especiação alopátrica. (Ver SIMPATRIA) ALOQUÍMICO Um composto secundário produzido por plantas, como parte de seu mecanismo de defesa contra herbívoros; age como uma toxina ou como um redutor de digestibilidade. ALOTRÓFICO, LAGO (Ver AUTOTRÓFICO, LAGO) ALPINO (ou ALPESTRE) e SUBALPINO Os organismos que vivem em altitudes elevadas (a 1000 m ou mais de altitude) são geralmente denominados de alpinos ou alpestres. O termo subalpino, em fitogeografia, refere-se às plantas que vivem no alto das montanhas; dá-se a essa comunidade vegetal também o nome de orófila (fala-se que orófito é um vegetal da montanha). ALQUILBENZENO (Ver “ABS − ALKYLBENZENE SULPHONATE”) ALTRUÍSMO e EGOÍSMO (ou MALEVOLÊNCIA) Alguns autores usam estas expressões (em inglês respectivamente, “altruism” e “selfishness” ou “spitefulness”) nos estudos sobre interações sociais entre certas espécies (como em insetos sociais). No altruísmo a espécie recipiente recebe o benefício da espécie doadora. Esta última terá seu “fitness” reduzido. No egoísmo o “fitness” do doador aumenta. (Ver JOGO DO FALCÃO-POMBO) “ALTWASSER” (Ver MEANDROS) ALUVIÃO Deposição de material, nas margens ou várzeas de rios, proveniente do próprio rio. Os solos de aluvião são geralmente, férteis e produtivos. Uma vegetação que ocorra em áreas sob influência dos cursos d’água, lagoas e assemelhados, geralmente arbustiva ou herbácea, é dita vegetação aluvial. (Ver ELUVIÃO) AMBIENTALISMO DA EMANCIPAÇÃO Talvez seja esta expressão a mais adequada para traduzir a expressão norte-americana “emancipatory environmentalism” ou ecologia do bem-estar humano; é uma aproximação de caráter mais ambientalista, holística, para o planejamento econômico, professado pelo ecólogo norte-americano Barry Commoner e pelo economista alemão Ernst Friedrich Schumacher. Estes, enfatizaram a necessidade de se introduzir processos produtivos que trabalhassem com a Natureza e não contra ela, priorizando o uso de produtos orgânicos e os recicláveis. AMBIENTALISTA (Ver ECOLOGISMO; e ECOFEMINISMO) AMBIENTE (Ver MEIO AMBIENTE) AMEAÇADO DE EXTINÇÃO Alguns autores aplicam este termo para espécies que, embora não estejam ainda sob risco de extinção, poderão estar se não forem adotadas medidas urgentes para sua proteção. (Ver ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO; e “IUCN”) AMENSALISMO Tipo de interação ecológica na qual uma das populações é inibida e a outra não é afetada. Ex.: uma população pode produzir toxina que inibirá outra população, mas a população produtora não é afetada diretamente pela supressão da população competidora. (Ver INTERAÇÃO ECOLÓGICA) AMETABÓLICO (ou AMETÁBOLO) Diz-se do inseto que se desenvolve sem metamorfose, ou seja, a larva ao eclodir do ovo já tem a forma do imago ou adulto (ex.: pulga, piolho). (Ver HOLOMETABÓLICO; e HEMIMETABÓLICO) AMONIFICAÇÃO Processo de formação de amônia, que no solo, ocorre a partir da degradação de aminoácidos realizada por bactérias específicas, como as dos gêneros Pseudomonas, Clostridium e Penicillium. Na água, o gás de amônia tem alta solubilidade, formando-se íons NH4 + e íons OH- a partir das seguintes reações: NH4OH ↔ NH4 + OH- ou NH3 + H2O ↔ NH4 + OH- . Quando uma substância que forneça íon
  • 26. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 25 de hidrogênio é adicionada a uma solução de amônia, há liberação de íon de amônia, pela reação: NH3 + H+ → NH4 + . (Ver NITRIFICAÇÃO; e DESNITRIFICAÇÃO) AMPLITUDE ECOLÓGICA AMPLITUDE ECOLÓGICA = LIMITE DE TOLERÂNCIA = TOLERÂNCIA AMBIENTAL Amplitude de condições ambientais, nas quais um organismo pode viver e prosperar. O termo “tolerância” será melhor usado quando se desejar referir-se aos extremos dentro dos quais um organismo pode sobreviver. (Ver LEI DA TOLERÂNCIA) ANABOLISMO Fase inicial do metabolismo, onde ocorre síntese de substâncias que se constituirão na estrutura celular de um organismo. É uma fase de assimilação, construtiva. (Ver CATABOLISMO; e METABOLISMO) ANÁDROMO ANÁDROMO = PIRACEMA Organismo, geralmente peixe, que sobe o rio em direção às cabeceiras, para a desova. Algumas espécies realizam a piracema todos os anos, de outubro a maio. Denomina-se catádromo o peixe que desce o rio, em direção ao mar, para a desova. Os termos potamódromo e oceanódromo dizem respeito aos organismos que só se movimentam (ou migram) nos rios e nos oceanos, respectivamente. (Ver DEFESO) ANAERÓBIO Organismo que respira anerobiamente. (Ver RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA) ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO A análise de viabilidade de uma população, conhecida originalmente em inglês como “PVA − Population Viability Analysis”, é uma estimativa das probabilidades de extinção de uma população, a partir de análises do processo de extinção que incorporam ameaças, identificáveis, à sobrevivência de uma população. Utiliza-se nesta análise um modelo de simulação para computador denominado de VORTEX. Este é uma ferramenta que explora a viabilidade de populações sujeitas a inúmeros fatores que as põem em risco (perda de habitat, super-captura, competição ou predação por espécies introduzidas, etc.). Neste programa são simulados: processos de nascimento e morte, de transmissão de genes através de gerações, em que se procura verificar ao acaso o número de filhotes que cada fêmea gera anualmente e qual dos dois alelos de um locus gênico é transmitido de cada um dos pais para cada descendente. Um exemplo de sua aplicação pode ser visto no trabalho de um dos seus pioneiros em usá-lo: “Lacy, R.C. (1993). VORTEX: a computer simulation model for population viability analysis. Wildlife Research, 20(1): 45-65”. Este autor afirma que o VORTEX é particularmente recomendado para investigar espécies animais com baixa fecundidade e longo período de vida, como mamíferos, aves e répteis. ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DE UMA POPULAÇÃO Análise geralmente feita sobre populações ou espécies sob risco de extinção, quanto às suas chances de se extinguirem. Melhor metodologia é aplicada num programa para computação (VORTEX) e que analisa a viabilidade de populações sujeitas às interações determinísticas e processos ao acaso; sendo este aspecto tratado no termo ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO. (Ver ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO; e ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO) ANÁLISE DO FATOR CHAVE Estimativa do número de indivíduos de uma espécie presentes numa área em determinado tempo da “estatística vital da população” em que são computadas as condições anteriormente presentes, adicionadas principalmente dos processos de nascimento, menos mortes ocorridas, mais imigrantes e menos emigrantes. Daí se inferem as mudanças ocorridas no tamanho da população. ANÁLOGOS (Ver ESTRUTURAS ANÁLOGAS e ESTRUTURAS HOMÓLOGAS) ANDROCÓRICO (ANDROCORE) Dispersão pela ação humana. (Ver “-coria”) ANELAMENTO Remoção dos tecidos vegetais do câmbio e floema de uma árvore (ou arbusto), causada muitas vezes pelo pastejo de caprinos ou por esquilos, coelhos e outros roedores, provocando morte da planta, uma vez que o fluxo de carboidratos entre as folhas e as raízes é interrompido.
  • 27. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 26 ANEMOCORIA (Ver “-coria”) ANEMOFILIA (Ver “-filia” / “-filo”) ANILHAMENTO Tipo de marcação usada para identificar um animal em estudo. Muito útil, por exemplo, para estudo de aves migratórias, em que se coloca um anel numa das patas, contendo informações (numéricas) de sua origem. “ANIMALIA” (Ver REINO) ANÓXICO Sem oxigênio. ANTAGONISMO ANTAGONISMO = INTERFERÊNCIA Termo que reúne as categorias de interação ecológica: “competição, comensalismo, parasitismo e predação (ou predatismo)” e em que uma das espécies em interação se beneficia. Aplica-se o termo antagonismo mútuo ou ainda predação recíproca ao caso em que indivíduos de duas espécies diferentes competem entre si, como as do exemplo clássico descrito, que vivem preferencialmente em farinha de trigo (os coleópteros Tribolium confusum e T. castaneum; adultos e larvas destas espécies, predam ovos e pupas, reciprocamente. Antagonismo, em termos gerais, é oposto a sinergismo. (Ver COEFICIENTE DE INTERFERÊNCIA; e SINERGISMO) ANTAGONISMO MÚTUO Refere-se à ação negativa recíproca, geralmente entre duas espécies, na competição interespecífica ou na predação mútua. (Ver ANTAGONISMO; e PREDAÇÃO MÚTUA) ANTAGONISTAS (Ver ANTAGONISMO; e RECURSOS ANTAGONISTAS) ANTIBIOSE Produção de substância, por determinado indivíduo ou população, danosa a outro indivíduo ou outra população com a qual compete. A antibiose diz respeito tanto a organismos superiores quanto a microrganismos; neste último caso cita-se como exemplo clássico a ação da penicilina, produzida pelo mofo (que ocorre no pão) e inibidora do desenvolvimento de bactérias (ação bacteriostática). Se a substância impedir desenvolvimento de fungo, a ação é fungistática. (Ver ALELOPATIA; e EFEITOS ANTIMICROBIANOS) ANTIMICROBIANOS (Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS) ANTRÓPICO Relativo ao ser humano. Quando por exemplo, nos referimos ao “meio antrópico”, queremos dizer tudo que diz respeito ao homem, ou seja, os fatores sociais, econômicos e culturais, em interação com o ambiente em que ele vive. ANTROPOCÊNTRICO Considerando o homem como o ser mais importante do Universo, interpretando tudo em função de sua existência. (Ver ECOCÊNTRICO) ANTROPOGÊNICO Refere-se à antropogenia ou antropogênese, ou seja, que diz respeito à origem e desenvolvimento da espécie humana. Há circunstâncias em que se usa este termo para indicar algo “de origem humana ou causado pelo homem” (ver EXTINÇÃO ANTROPOGÊNICA). (Ver ANTRÓPICO) ANTRÓPICO Relativo ao homem, em termos daquilo que lhe pertence e relativo às suas ações e modificações que ele causa à Natureza. (Ver EXTINÇÃO ANTROPOGÊNICA) APA (Ver ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL) APARTE (Ver “CULL”)
  • 28. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 27 APOSEMATISMO Embora pouco usado, este termo diz respeito a uma reação importante no reino animal, que é o fato de algumas espécies realçarem cores, às vezes berrantes e brilhantes, que servem de advertência para possíveis predadores. Alguns destes animais são extremamente venenosos (rãs da amazônia) e outros têm sabor apenas desagradável. (Ver CAMUFLAGEM; CRÍPTICO; DEFESA QUÍMICA; MIMETISMO; e MIMETISMO MÜLLERIANO (ou de MÜLLER)) “APOSTA, CERCANDO UMA ou “APOSTANDO DOS DOIS LADOS” (Ver “BET HEDGING”) APTIDÃO (Ver “FITNESS”) AQUECIMENTO GLOBAL (Ver EFEITO ESTUFA) AQÜICULTURA Cultivo de organismos aquáticos, de água salgada ou doce (de ostras, ostreicultura; peixes, piscicultura; camarões, caranguejos e siris, carcinicultura etc). Ao cultivo de organismos marinhos dá-se o nome de maricultura. AQÜÍFERA(O) Denomina-se aqüífera a rocha permeável à água, retendo-a ou permitindo sua passagem para o lençol freático ARAUCÁRIA (Ver FLORESTA ACICULIFOLIADA) ARBORICIDA Um agente químico que mata árvore. (Ver BIOCIDA) ARCHAEA (Ver ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL; e DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS) ÁREA BASAL Área seccional transversal de árvores, comumente medida à altura do peito (Ver D.A.P. − DIÂMETRO À ALTURA DO PEITO) ou cobertura de uma determinada área ocupada por gramíneas. Para calcular esta área, mede-se o perímetro da árvore à altura do peito; a área basal da circunferência assim delimitada é deduzida a partir das fórmulas: r = P / 2.π, onde r é o raio e P o perímetro medido. Logo, a área basal, delimitada pela circunferência traçada à altura do peito, será: Área = π.r2 . A área basal é o melhor indicador da densidade de uma vegetação. A visão de uma determinada área em que se efetuou a medição de área basal seria semelhante à de uma “vista aérea” de um trecho da mata, como se as árvores (com mais de 10 cm de perímetro) tivessem sido cortadas (a 1,30 m do solo); conforme esquematizada a seguir uma área de 400 m2 (20 m X 20 m). Alguns exemplos de valores de área basal da região central da amazônia (LONGMAN & JENÍK, 1987) são apresentados no quadro seguinte: ALTURA MÉDIA DA COPA (m) NÚMERO DE INDIVÍDUOS/ha ÁRVORES PALMEIRAS ÁREA BASAL (m2 /ha) 35,4 - 23,7 50 0 7,1 25,9 - 16,7 315 0 14,6 14,5 - 8,4 760 15 5 5,9 - 3,6 2765 155 2 3 - 1,7 5265 805 1 Obs.: (segundo LONGMAN & JENÍK, 1987)
  • 29. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 28 1) Para efeito de comparação, uma floresta natural nas montanhas da Europa central tem uma área basal total de árvores entre 40 e 50 m2 /ha. 2) Cálculos de área basal (e de classes de diâmetro de árvores) de diferentes estudos, podem não ser comparáveis. ÁREA DE DORMIDA (Ver AGREGAÇÃO) ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) Categoria de unidade de conservação do Grupo II do SNUC. Área, constituída por terras públicas ou privadas, contendo ecossistema que se deseje proteger de interferência humana e que para isso é disciplinado o uso do solo. (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO; e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO (ARIE) Categoria de unidade de conservação do Grupo II do SNUC. Área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional. Entre outras atividades não predatórias, é permitido o exercício do pastejo equilibrado e a colheita limitada de produtos naturais, desde que devidamente controlados pelos órgãos supervisores e fiscalizadores, sendo no entanto proibidas quaisquer atividades que possam por em risco a conservação dos ecossistemas, a proteção especial à espécie de biota localmente rara e a harmonia da paisagem. (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO; e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) ÁREA DE TENSÃO ECOLÓGICA (Ver ECOTONO) ÁREAS ESPECIAIS Denominação dada pelo IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, às Unidades de Conservação. (Ver UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO A definição de regras para identificação de áreas prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade, no âmbito das atribuições do Ministério do Meio Ambiente, são regulamentadas no Decreto no 5.092, de 21/05/2004. A avaliação e identificação dessas áreas e as ações prioritárias far-se-ão considerando-se os seguintes conjuntos de biomas: I – Amazônia; II – Cerrado e Pantanal; III – Caatinga; IV – Mata Atlântica e Campos Sulinos; e V – Zona Costeira e Marinha. Detalhes da instituição e aplicações de tal decreto podem ser vistos em PAZ et al. (2006). (Ver UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) AREIA (Ver TEXTURA DO SOLO) ARENA (Ver TERRITORIALIDADE) ARESTA CONTINENTAL (Ver TALUDE (e TALUDE CONTINENTAL); e APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ARGILA É uma pequena partícula do solo (tamanho inferior a 2 μm), predominantemente coloidal e cristalina, formada a partir de produtos solúveis de minerais primários, em cuja composição química participa em sua maioria oxigênio (70 a 85% do volume) e mais íons de hidroxila, alumínio e sílica; em alguns tipos de argila ocorrem também íons de ferro, zinco, magnésio e potássio. Sua estrutura constitui- se de planos com átomos de O sustentados por átomos de Al e Si, formando ligações iônicas, que assim atuam como atrativos de átomos com cargas positivas e negativas. Citam-se os seguintes tipos (clássicos) de argila: montmorilonita (nome derivado de cidade francesa, de onde foi pela primeira vez descrita), tida como pegajosa, com relação camada de alumínio e sílica de 2 : 1, entre cujas camadas a água penetra facilmente; ilita ou mica hidratada (nome derivado de Illinois, do levantamento de solos daquele lugar nos E.U.A.) com estrutura similar à da montmorilonita, com relação também de 2 : 1, mas com íons de potássio que tornam as camadas aderentes de maneira a dificultar a penetração de água; caolinita (nome derivado do chinês “kao-ling”, que significa montanha elevada, de onde proveio esta fina argila usada na fabricação da porcelana chinesa), com relação alumínio e sílica de 1 : 1, onde os íons de Al3+ não são substituídos pelos de Si4+ , ou os de Mg2+ não o são pelos de Al3+ , daí sua CTC (seus sítios negativos) ser
  • 30. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 29 baixa, com forte ligação do H ao O, sendo portanto resistente à penetração de água (não incha e por isso é utilizada na confecção de potes de barro); vermiculita com estrutura similar a da ilita, com camadas fracamente aderidas entre si por moléculas hidratadas de magnésio, facilmente hidratável, porém menos do que a montmorilonita, mas com alta CTC, sendo por isso muito usada em plantas envasadas (como nos estudos de MVA). (Ver TEXTURA DO SOLO) ARGILOMINERAIS (Ver SILICATOS) ARGISSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS, CLASSIFICAÇÃO DE) ARIDEZ (Ver ÍNDICE DE ARIDEZ) ÁRIDO (REGIÃO ou CLIMA) (Ver DESERTO) ÁRIDO-ATIVA, PLANTA Planta que utiliza mecanismos fisiológicos de resistência à seca, tais como aumento na eficiência de absorção (condução) e de economia (transpiração) de água. ÁRIDO-PASSIVA, PLANTA Planta que sobrevive nos períodos de seca graças à produção de estruturas resistentes, como sementes e componentes morfo-anatômicos especiais. ÁRIDO-TOLERANTE, PLANTA Planta que resiste à seca sem danos citoplasmáticos. ARIE (Ver ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO) ARQUEBACTÉRIAS (Ver DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS) ARQUIBÊNTICA (ou ARQUIBENTÔNICA ou ARQUIBENTAL) (Ver ZONA ARQUIBÊNTICA) ARREICA (Ver REGIÃO ARREICA / ENDO... / EXO...) ARRIBAÇÃO ARRIBAÇÃO = ARRIBAÇÃ = AVE DE ARRIBAÇÃO = AVOANTE Fenômeno ou ave, columbiforme, que migra para certos locais do nordeste brasileiro, para a desova. ARRIBADA, ALGAS DE É muito comum nos locais adjacentes a bancos de algas, que algas foliares (Sargassum spp e outras), fixas sobre rodolitos e sob ação de correntes mais fortes, se desloquem até as praias, produzindo o fenômeno denominado de arribada. Diz-se também arribada, quando se refere à migração das tartarugas, durante a baixa-mar, para a desova. (Ver ARRIBAÇÃO) ARROIO (Ver CÓRREGO) ÁRVORE EMERGENTE Numa vegetação, geralmente em ecossistema de floresta, dá-se este nome à arvore cuja copa destaca-se acima das demais. Numa floresta tropical, como a da amazônia ou da mata atlântica, com árvores em geral de 30 a 40 m de altura, tal tipo de árvore (algumas chegando aos 50 m), estando mais exposta à radiação e ventos, certamente transpiram mais do que as outras árvores, podendo tender à deciduidade. ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL Com o uso do seqüenciamento pelo rRNA (ácido ribonucleico ribossômico, o 16S ou o 18S) e a partir de métodos de seqüenciamento macromoleculares relacionados, pesquisadores da biologia molecular organizaram os seres vivos partindo de um ancestral comum (a “raiz da árvore”) e daí ramificando-se em três grandes domínios: “archaea” e “bacteria” (procariotos) e “eukarya” (eucariotos). As “archaea” são consideradas como os organismos mais primitivos, estando entre estes procariotos os microrganismos hipertermofílicos, os metanogênicos e os halofílicos extremos. Nos “eukarya” figuram desde os protozoários, como também os fungos, as plantas e os animais. ASBESTO Fibra natural, de amianto (silicato de magnésio, MgSiO4), utilizada na fabricação de diversos artigos, tais como telhas, isolantes térmicos usados em construção, embreagem e freios de automóveis
  • 31. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 30 etc. Suas fibras, microscópicas, se inaladas, causam (em alguns anos de contato direto) a asbestose (doença pulmonar). Contatos curtos podem causar mesotelioma, uma forma fatal de câncer. ASBESTOSE (Ver ASBESTO; e SILICOSE) ASCAREL Grupo de substâncias orgânicas (bifenilas policloradas), conhecidas também como “PCBs − Polichlorinated biphenyl”, resultado da mistura de compostos clorados em vários graus, de acordo com a sua finalidade. Um deles, oleoso, é usado para dissipar calor em capacitores elétricos e transformadores. É insolúvel em água e resistente à biodegradação, acumulando-se ao longo da cadeia alimentar, sendo altamente tóxico e podendo causar problemas (por ingestão ou contato) gástricos, danos renais e hepáticos, defeitos congênitos, bronquite, aborto, lesões na pele e tumores. ASSEMBLÉIA Um ajuntamento de organismos sociais objetivando uma atividade em grupo (de insetos, peixes ...). ASSIMILAÇÃO ASSIMILAÇÃO = ENERGIA METABOLIZADA No caso dos autótrofos (produtores primários) a “assimilação” corresponde à produtividade primária bruta. Nos heterótrofos (consumidores) refere-se à energia metabolizada, ou seja: ingestão de alimentos - egestão = assimilação; é portanto, a “produção dos consumidores”; ou em outras palavras, esta assimilação pode ser dada pela relação alimento absorvido : alimento ingerido. Em ecologia usa-se a expressão eficiência de produção que é a porcentagem da energia assimilada (An) que é incorporada como nova quantidade de biomassa (Pn), ou: EP = Pn/An X 100. Alguns autores preferem distinguir a eficiência de produção bruta, como sendo a porcentagem de alimento ingerido por um organismo e que é usado no seu crescimento e reprodução e a eficiência de produção líquida, que é a porcentagem de alimento assimilado por um organismo e que é usado com o mesmo propósito; tal eficiência é também conhecida como coeficiente de eficiência de assimilação. (Ver TAXA DE ASSIMILAÇÃO LÍQUIDA) ASSOCIAÇÃO INTERESPECÍFICA Refere-se às diferentes espécies que vivem muito próximas ou que geralmente ocorrem juntas. ASSOCIAÇÃO VEGETAL É um tipo de comunidade vegetal, de composição definida, apresentando uma fisionomia uniforme e crescendo em condições de habitat uniforme. Caracteriza-se pela presença de um ou mais dominantes que lhes são peculiares. Alguns autores acham conveniente atribuir nomes às diversas associações vegetais, de acordo com os seus dominantes peculiares, como por exemplo, a associação Caesalpinia - Zizyphus - Schinopsis brasiliensis (espécies vegetais da caatinga, ocorrendo as duas últimas em “baixadas” e a primeira, próxima a córregos e rios e que muitas vezes são encontradas formando tais associações características). É comum usar-se o sufixo “-etum” para designar uma associação, combinado ao nome genérico da espécie dominante. Ex.: “avicennietum”, comunidade de manguezal dominada por planta do gênero Avicennia. Ao índice da freqüência de co-ocorrência de duas espécies dá-se o nome de coeficiente de associação, que é calculado como o número de amostras no qual ambas as espécies ocorrem, dividido pelo número de amostras no qual poderia se esperar que ocorressem por acaso. (Ver CONSOCIAÇÃO) ASSOCIES Um estádio intermediário e não-estável no desenvolvimento de uma associação; referindo-se também a um estádio numa sucessão ecológica. ASSOREAMENTO Deposição geomórfica, nos sedimentos de rios, lagos etc. ATERRAMENTO DE SEDIMENTO (Ver SEDIMENTAÇÃO) ATERRO SANITÁRIO Disposição do lixo de uma cidade, numa depressão ampla, em camadas sucessivas, cada uma recoberta por solo e depois compactada. O “chorume” resultante da decomposição no aterro sanitário, poderá atingir o lençol freático e por isso, embora pareça uma solução econômica, poderá ser um problema ecológico. ATMOSFERA ATMOSFERA = ATMOSFERA TERRESTRE = HOMOSFERA
  • 32. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 31 Conjunto de várias camadas externas ao nosso planeta e que atinge os 1.000 km de altitude. Sua composição química é homogênea, daí também ser conhecida como homosfera. Seus componentes de destaque são (por volume, em %): Componente químico Quantidade (%) Nitrogênio (N2) 78,08 Oxigênio (O2) 20,84 Argônio (A) 0,93 Dióxido de carbono (CO2) 0,033* Neônio (Ne) 0,0018 Hélio (He) 0,0005 Criptônio (Kr) 0,0001 Xenônio (Xe) 0,00009 Hidrogênio (H) 0,00005 Monóxido de dinitrogênio (N2O) 0,00005 Metano (CH4) 0,00002 * Obs.: em 1880 a quantidade estimada era 0,028 % e em 1968 era 0,031 %, tendo ocorrido um aumento de 60 % da era pre-industrial para a industrial. Em 2004 foram registrados 379 ppm de CO2. A atmosfera subdivide-se nas seguintes camadas: Troposfera (0 - 10 km de altitude); mais espessa no equador do que nos polos. Tropopausa (com 3 km ou mais). Estratosfera (15 - 30 km). Estratopausa (30 - 40 km). Mesosfera (40 - 80 km). Mesopausa (80 - 90 km). Segue-se a termosfera ou heterosfera, com composição química variável (com camadas de N2, O, He e H), chegando a atingir os 10.000 km de altitude. (Ver OZONOSFERA) ATOL Refere-se a um tipo de recife, com tendência circular, formado geralmente em torno de uma laguna. O Atol das Rocas, a 200 km da costa do Rio Grande do Norte, originou-se provavelmente de vulcão truncado pela erosão marinha, por aglomeração de algas calcárias. (Ver ABROLHO) ATRAZINA (Ver ORGANOCLORADO) ATRIBUTOS DA POPULAÇÃO ATRIBUTOS DA POPULAÇÃO = PROPRIEDADES DO GRUPO POPULACIONAL Referem-se àquelas características inerentes à população e não ao indivíduo da população, tais como a natalidade, longevidade, mortalidade, potencial biótico enfim. São como se fossem “padrões”, devendo-se no entanto considerar-se o “fitness” do indivíduo. (Ver “FITNESS”) “AUFWUCHS” (Ver PERIFITON) AUDITORIA AMBIENTAL Avaliação sistemática, documentada, periódica e objetiva da performance de um empreendimento, do manejo e dos equipamentos em relação ao impacto sobre o ambiente, objetivando facilitar o manejo e o controle das práticas ambientais e estimar a obediência às exigências regulamentares. AULÓFITA Planta não-parasita que vive dentro de uma cavidade existente em outra planta. AUSTRALIANA, REGIÃO (Ver REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS) AUTOCORIA (Ver “CORIA”) AUTÓCTONE AUTÓCTONE = INDÍGENO Organismo originado em determinado local e que em certo estádio de desenvolvimento da comunidade ele cresce, multiplica-se, contribuindo assim para o metabolismo da comunidade. (Ver ALÓCTONE)
  • 33. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 32 AUTODEPURAÇÃO Purificação natural de um sistema aquático, mormente efetuado a partir de atividade microbiana (bactérias, fungos, protozoários, algas), dependendo de diversos fatores ambientais, sendo a oxigenação um dos mais importantes. AUTOÉCIO (Ver o sufixo “-ÉCIO”) AUTOECOLOGIA AUTOECOLOGIA = AUTECOLOGIA Uma das subdivisões da ecologia, que estuda o organismo individual ou indivíduos de determinada espécie em relação ao ambiente. (Ver SINECOLOGIA) AUTOLIMITAÇÃO Quando a densidade de predadores aumenta, em determinado local, mesmo que o suprimento de alimento (presas) exista em abundância, chegar-se-á a um ponto em que algum outro tipo de recurso poderá faltar, como local para nidificação, local seguro de refúgio ou para dormida etc. Embora o modelo de Lotka-Volterra considere que um grande número de presas seja sempre suficiente para manter sempre um grande número de predadores, o mais provável é que em certo nível de densidade populacional, um mecanismo, como por exemplo, o de “interferência mútua”, estabeleça limites ao seu crescimento. AUTOPARASITA (Ver HPERPARASITA) AUTOPELÁGICO (Ver PELÁGICO) AUTORRALEAMENTO (Ver LEI DA POTÊNCIA DOS TRÊS MEIOS) AUTORREGULAÇÃO (ou AUTO REGULAÇÃO) AUTORREGULAÇÃO = REGULAÇÃO DE UMA POPULAÇÃO Refere-se à tendência de uma população em diminuir de tamanho quando atinge um nível particularmente mais alto e de aumentar de tamanho quando abaixo desse nível. A autorregulação pode ocorrer como resultado de um ou mais processos “dependentes da densidade” agindo sobre as taxas de natalidade (e/ou imigração) e/ou de mortalidade (e/ou emigração). AUTOTRÓFICO, LAGO Um lago onde praticamente toda a matéria orgânica nele existente é originária do próprio lago; em oposição, fala-se em lago alotrófico, que recebe matéria orgânica das áreas circundantes. (Ver DISTRÓFICO; EUTRÓFICO; e OLIGOTRÓFICO) AUTÓTROFO Organismo que obtém energia da luz (fotoautótrofo) ou da oxidação de compostos inorgânicos ou íons (quimioautótrofo) e adquire carbono parcial ou totalmente do CO2. Algumas algas fotossintetizadoras requerem um ou mais fatores de crescimento, embora sua fonte principal de carbono continue sendo CO2 e são denominadas fotoauxótrofos. (Ver HETERÓTROFO) AUXOTROFIA Diz-se da dependência dos organismos a um ou mais nutrientes, como por exemplo a aminoácidos e vitaminas. Alguns autores especificam que esta dependência não existe no “tipo selvagem” de, por exemplo, microrganismo (conhecido como protótrofo, ou seja, que se nutre de uma única fonte de alimento); também se aplica este termo às linhagens de microrganismos que não conseguem sintetizar um ou mais fatores essenciais ao crescimento. (Ver AUTÓTROFO) AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA) (Ver IMPACTO AMBIENTAL) AVE DE ARRIBAÇÃO (Ver ARRIBAÇÃO) AVE MIGRATÓRIA (Ver ARRIBAÇÃO) AVOANTE (ver ARRIBAÇÃO) AXÊNICO (Ver CULTURA AXÊNICA) AZODRIN (Ver ORGANOFOSFORADO)
  • 34. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 33 B BACHARACH (Ver ESCALA DE BACHARACH) “BACKGROUND” Termo muito utilizado na língua inglesa para designar diversos efeitos, tais como: 1) Refere-se à concentração de determinado poluente na ausência da fonte poluidora, que antes ali ocorria. 2) Diz também respeito ao nível de radiação proveniente de fontes naturais ou de outras fontes além daquelas que estejam sendo medidas e são usadas como dados de referência contra as quais sejam comparadas para efeito de informação ao público. 3) Algumas vezes refere-se à concentração de determinada substância a alguma distância da fonte e portanto, sem sua influência direta. Em português aplica-se o termo equivalente “ruído de fundo” para designar possíveis interferências nas medições, por exemplo, de material radioativo. Alguns autores usam o termo “ruído ambiental” (do inglês “environmental ‘noise’”) referindo-se a “sinais estranhos” que tendem a mascarar processos bióticos. (Ver RADIAÇÃO DE FUNDO) BACTÉRIA (e “BACTERIA”) (Ver ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL; e DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS) BACTERICIDA Substância que elimina bactérias. (Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS; e PESTICIDA) BACTERIOCLOROFILA Pigmento, quimicamente diferente da clorofila, que ocorre nas cianobactérias, tendo pico de absorção de luz entre 800 nm e 890 nm, que é a faixa dos raios infravermelhos. BACTERIOFAGIA (Ver BACTERÍVORO; e FAGO) BACTERIOLÍTICO (Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS) BACTERIOPLÂNCTON (Ver APÊNDICE V − PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) BACTERIOSTASE (Ver ANTIBIOSE) BACTERIOSTÁTICO(A) (Ver ANTIBIOSE; e EFEITOS ANTIMICROBIANOS) BACTERÍVORO Organismo (como certos protozoários) que se alimenta de bactérias. Acredito ser esta denominação mais apropriada para definir o organismo que se alimenta de bactérias do que bacteriófago, que alguns autores (principalmente os de língua inglesa) aplicam ao fago. (Ver FAGO; e “-voria”) BAIXA-MAR BAIXA-MAR = MARÉ BAIXA Altura mínima da maré, correspondendo ao limite inferior do estirâncio. (Ver APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) BAKER (Ver REGRA DE BAKER)
  • 35. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 34 BALANÇO DE CALOR É um balanço do conteúdo energético ou teor de calor de um organismo (“heat budget”, em inglês), que é geralmente expresso por uma equação que se refere à taxa de troca de calor desse organismo (com o ambiente) em termos de ganhos e perdas (pela radiação, condução, convecção e evaporação ou transpiração) somados ao calor interno que é gerado pela metabolização dos alimentos; ou seja: Troca do conteúdo de calor = metabolismo – evaporação ± radiação ± condução ±convecção. Obs.: 1) o símbolo mais ou menos (±) é utilizado porque radiação, condução e convecção pode acrescentar ou retirar calor do organismo em questão. 2) O balanceamento perfeito entre ganhos e perdas determina que a troca de calor do organismo seja 0 (zero). BALANÇO HÍDRICO Balanço da entrada e saída de água num determinado compartimento ambiental (lago ou bacia hidrográfica qualquer). Refere-se este termo também, em ecofisiologia vegetal, ao balanço ou valores de economia de água de uma planta, ou seja, sua capacidade de absorção de água, suas perdas pela transpiração; enfim seus mecanismos de manutenção deste imprescindível componente da matéria viva. BALANÇO NUTRICIONAL Ganho e perda de nutrientes por comunidades. Estando as comunidades em equilíbrio dinâmico, “a entrada (ou ganho) de nutrientes = a saída (ou perda)”. Quando a entrada é superior à saída há um acúmulo de nutrientes, muitas vezes em forma de necromassa. As comunidades em sucessão ecológica têm tipicamente a representação: entrada - saída = armazenamento. A figura seguinte (extraída de BEGON et al., 1990) ilustra alguns componentes representativos do balanço nutricional de um ecossistema terrestre e um aquático. Observar na figura que: a) FBN = fixação biológica do nitrogênio (N2 atmosférico). b) Os dois ecossistemas estão ligados pelo fluxo de água, que é uma importante “saída” de nutrientes do ecossistema terrestre e uma importante “entrada” no ecossistema aquático. BANCO DE GERMOPLASMA Determinada área de um ecossistema preservada para fins de estoque de espécies vegetais e animais. Diz-se também de locais onde são preservadas sementes, ou sêmen, para fins futuros, de multiplicação. Estes propágulos são colocados em recipientes herméticos e em baixa temperatura, podendo ser armazenados por dezenas de anos. O CENARGEN – Centro Nacional de Recursos Genéticos, da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Brasília, vem realizando trabalhos nesse sentido. BANDO, ANDAR EM (Ver “FLOCKING”) FBN desnitrificação FBN e desnitrificação dissolução e emissão de gases perda por aerossóis emissão e absorção de gases fluxo de água do lençol freático intemperização de rocha e solo água p/ o lençol freático precipitações úmida e seca perda p/ e liberação do sedimento precipitações úmida e seca fluxo de água fluxo de água p/ rios e estuários
  • 36. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 35 BANHADO (Ver CAMPOS SULINOS; e PRADARIAS) BARLAVENTO e SOTAVENTO Em relação a um obstáculo, uma montanha por exemplo, barlavento é o lado de onde vem o vento e sotavento é o lado da montanha protegido do vento. (Ver SOMBRAS DE CHUVA) “baro-” Prefixo de origem grega significando “peso; gravidade” e que é usado no sentido de “pressão atmosférica” como prefixo de muitos termos, como por exemplo: barômetro (aparelho que mede a pressão atmosférica); e muitos outros termos, em que a um organismo ou a uma ação ou situação se atribui a propriedade relacionada à pressão em geral ou atmosférica: barosensível (que não tolera pressão hidrostática elevada; barocórico (cujo propágulo se dispersa graças a seu peso); barotropismo (orientação em resposta a estímulo de pressão) e muitos outros. BARÓFILO Termo geralmente utilizado para indicar microrganismo que prefere viver sob alta pressão. É conhecida uma espécie de bactéria, do gênero Spirillum, que cresce bem mais rápido sob pressão entre 300 e 600 atm, do que sob 1 atm. Observe que a unidade “atm” deve ser substituída por Pa (Pascal) (1 atm = 101.325 Pa = 0,1013MPa) (ver APÊNDICE II − SI − SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES). BARREIRA AMBIENTAL (Ver BARREIRA ECOLÓGICA; e SIMPATRIA) BARREIRA DE CHUVA BARREIRA DE CHUVA = SOMBRA DE CHUVA Interrupção de precipitação pluvial (ou de precipitação atmosférica) no lado de sotavento de uma cadeia montanhosa ou serras. No estado da Paraíba, por exemplo, é sabido que a serra da Borborema (em Campina Grande) constitui-se em barreira para a chuva que poderia cair nas microrregiões dos carirís, deste Estado. Esta serra alonga-se paralelamente às microrregiões do brejo e litoral paraibanos. BARREIRA ECOLÓGICA (ou BARREIRA AMBIENTAL) Obstáculo, limite ou um impedimento qualquer (de origem natural ou antrópica) que impeça a dispersão de população ou populações de organismos, isolando-os e assim, dificultando ou impedindo suas interações com outros organismos. (Ver SIMPATRIA) BARREIRAS (SÉRIE ou FORMAÇÃO) São assim chamados os terrenos da série Barreiras, formações terciárias, ocorrendo do Amapá ao Rio de Janeiro, sendo bastante típica a falésia da ponta do Cabo Branco, no ponto mais oriental do Brasil, em João Pessoa (PB). As barreiras são geralmente arenitos friáveis; há algumas que são argilosas. BASES TROCÁVEIS (Ver CÁTIONS TROCÁVEIS; e SATURAÇÃO DE BASES) “basi-” (Ver “alcali-”) “BASKING RANGE” (Ver FAIXA DE AQUECIMENTO AO SOL) BASÓFILO (ou BASIFÍLICO) (Ver “alcali-”) Denominação comum no sul do Brasil, das extensões de terra inundadas por rios, semelhante às várzeas e propícias à agricultura. Na foto ao lado vê-se o ratão-do- banhado (Myocastor coypus), um roedor miocastorídeo, num trecho desse ecossistema (foto do site www.wikipedia.org). Na Natureza, o banhado garante a existência de ecossistemas vizinhos, como as lagoas, fornecendo-lhes água durante a seca e retendo-a durante a cheia (ação de tamponamento).
  • 37. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 36 “bati-” Prefixo de origem grega que significa “profundo”. Utilizado em diversos termos, referindo-se à zona ou local de profundidade aquática, como em batimetria (medição do relevo no fundo de oceanos... usando-se batímetro); batiplâncton (plâncton da região batipelágica ou seja, de grande profundidade oceânica) etc. (Ver APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) BATIPELÁGICO(A) (Ver ZONA BATIPELÁGICA) BATRACOTOXINAS (Ver DEFESA QUÍMICA) “BCF − BIOCONCENTRATION FACTOR” (Ver FATOR DE BIOCONCENTRAÇÃO) “benti-” (ou “bento-”) Prefixo de origem grega significando “fundura; profundidade”. É usado em referência ao leito ou sedimento de fundo de rio, lago e oceano. São muitos os termos em que se usa tal prefixo, como por exemplo: bentófita (planta que vive no leito de um corpo de água ou rio); bentopleustófita (planta que vive livremente no leito de um lago e que pode ser carregada pelas correntes de água); bentopotâmico (que vive em leito de rio ou córrego); e muitos outros. (Ver BENTOS) BENTOPELÁGICO(A) (Ver ZONA BENTOPELÁGICA; APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) BENTOS Organismos aderidos ou em repouso sobre o fundo de habitats aquáticos ou vivendo nos sedimentos de fundo. (Ver “benti-”; NÉCTON; NEUSTON; PLÂNCTON; e PLEUSTON) BERGER-PARKER (Ver ÍNDICE DE BERGER-PARKER) BERGMAN (Ver REGRAS ECOGEOGRÁFICAS) “BET HEDGING” Em inglês significa literalmente “cercando uma aposta; ou apostando dos dois lados”. Refere-se, no ciclo vital de um organismo, à redução do risco de mortalidade ou falha reprodutiva, pela adoção de uma estratégia ou de estratégias simultâneas, ou diluindo tais riscos no tempo e no espaço. A reprodução contínua, perene, ao invés de anual, seria um exemplo. “BHC − BENZENE HEXACHLORIDE” (ou HEXACLORETO DE BENZENO) (Ver ORGANOCLORADO) BHOPAL, TRAGÉDIA DE Cidade da Índia onde, em 1984, ocorreu o que talvez tenha sido o pior acidente industrial do mundo. Cerca de 45 Mg (megagrama = tonelada) do gás isocianato de metila, altamente tóxico, usado na fabricação de carbamato (pesticida) vazaram e pelo menos 2.500 pessoas morreram. Cerca de 20.000 pessoas sofreram de cegueira, infecções renais e hepáticas, esterilidade, tuberculose e outros problemas sérios. A indústria de pesticidas responsável era americana, a Union Carbide. BICADA, ORDEM DE (ou DOMINÂNCIA DE) Do inglês “peck order” é a hierarquia de dominância existente principalmente entre as aves, sendo um comportamento de ordem social (agressivo ou não) em que um indivíduo domina outro de posição hierárquica inferior e assim por diante. Há geralmente um domínio físico, ou seja, uma ave de maior posição dominante bica a que lhe está imediatamente abaixo e esta, por sua vez, bica outra ave que vem abaixo nessa dita ordem (ou “rank”). BIFENILAS POLICLORADAS (ou “PCBs” ou ASCAREL) (Ver ASCAREL) BÍFERO Que floresce e frutifica duas vezes ao ano. Alguns autores também usam este termo para significar “que produz duas safras por estação”. BIOACUMULAÇÃO (Ver BIOMAGNIFICAÇÃO) BIOAGRONOMIA Parte das ciências biológicas onde se estuda a aplicação de princípios biológicos e ecológicos, visando a melhoria da produção das plantas de interesse econômico. (Ver AGROECOLOGIA)
  • 38. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 37 BIOCENOLOGIA (ou CENOBIOLOGIA) Estudo qualitativo e quantitativo de biocenoses (ou comunidades). BIOCENOSE BIOCENOSE = COMUNIDADE Termo usado por autores russos e europeus em geral, equivalente à comunidade. Refere-se ao conjunto da fitocenose, zoocenose e ecotopo. (Ver COMUNIDADE) BIOCICLO (Ver BIOSFERA) BIOCIDA Um agente químico tóxico ou letal para um organismo. (Ver ECOCIDA) BIOCLÁSTICO, GRANULADO Constituído por fragmentos de material orgânico. Granulados bioclásticos marinhos, no Brasil, são formados principalmente por algas calcárias. Os granulados bioclásticos marinhos são aqueles de composição carbonática, constituídos por algas calcárias ou por fragmentos de conchas (coquinas e areias carbonáticas). BIOCLIMATOLOGIA Estudo do clima, relacionado à flora e à fauna; geralmente dos seus efeitos sobre a biota. “BIOCONCENTRATION FACTOR − BCF” (Ver FATOR DE BIOCONCENTRAÇÃO) BIOCONVERSÃO Conversão de um substrato para um produto ou produtos, por ação enzimática ou celular. Resume-se na conversão de substrato para biomassa celular. BIÓCORO (ou BIOCÓRIO ou BIOCORE) (Ver “-coria”) BIODEGRADAÇÃO Degradação de compostos orgânicos ou inorgânicos, determinada geralmente pela ação de microrganismos. Os compostos que sofrem mineralização microbiana são denominados de biodegradáveis e os resistentes a esse fenômeno são chamados de recalcitrantes; e os não-biodegradáveis são os que não se decompõem por processos naturais. BIODEGRADÁVEL (Ver BIODEGRADAÇÃO) BIODETERIORAÇÃO Deterioração ou estrago de um material, resultante de ação biológica, geralmente de atividade microbiana. (Ver DECOMPOSIÇÃO) BIODIESEL O biodiesel é um combustível alternativo ao diesel (este último obtido do petróleo), a ser usado em veículos com motores do tipo diesel. É considerado como recurso natural renovável e biodegradável, uma vez que é obtido de reação química de óleos (vegetais) ou gorduras (de animais) com um álcool e na presença de um catalisador; sendo esta reação denominada de “transesterificação”. Os óleos de girassol, soja e mamona vêm sendo apontados como as principais fontes de biodiesel. Conforme revelado em New Scientist (13/07/06), pesquisadores da Universidade de Minnesota (E.U.A.) observaram que o etanol reduziria em 12% a emissão de gases do efeito estufa, em comparação com o petróleo; enquanto o biodiesel reduziria as emissões em até 41% em relação ao diesel comum. Mas eles estimam que nos E.U.A. o biodiesel obtido de todo o milho e soja que lá são produzidos, cobriria menos de 5% da demanda atual por combustível naquele país. (Ver ZONEAMENTO) BIODIGESTOR Equipamento, geralmente de construção e manutenção simples, em que se criam condições para que matéria orgânica em decomposição produza gases. BIODIVERSIDADE BIODIVERSIDADE = DIVERSIDADE BIOLÓGICA Variação do número de espécies em determinado ecossistema. Este é um importante componente funcional dos ecossistemas. Alguns autores falam de três tipos de diversidade: alfa ou local (variedade de números de espécies em área pequena, com habitat uniforme), gama ou regional (a variedade observada em todos os habitats numa região) e beta (a diferença entre um habitat e o próximo).
  • 39. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 38 Alguns autores admitem que ocorre na biosfera um aumento significativo na biodiversidade em função da variação climática, ou seja, a riqueza em espécies vai aumentando dos polos para os trópicos. Tal “força extrínseca”, geraria um efeito cascata, ou seja, ocorreria um gradiente de riqueza em que a biodiversidade dos herbívoros aumentaria e sobre eles aumentaria a pressão dos predadores, que por sua vez teria sua biodiversidade aumentada e assim por diante, na cadeia alimentar. Seria difícil este efeito cascata ser explicado no caso dos desertos tropicais e nas regiões de altitude elevada (ambos com baixa biodiversidade). (Ver “eMergia” SOLAR; HIPÓTESE DO DISTÚRBIO INTERMEDIÁRIO (DE CONNELL); e POLÍTICA NACIONAL DA BIODIVERSIDADE) BIOENERGÉTICA (Ver ECOLOGIA ENERGÉTICA) BIOESPELEOLOGIA (ou BIOESPEOLOGIA) Estudo da vida nas grutas e cavernas. BIÓFAGO Organismo que se alimenta de outro organismo vivo. Alguns autores utilizam este termo como sinônimo de fagótrofo ou macroconsumidor. BIOGÁS Resultante da digestão anaeróbia da matéria orgânica, como por exemplo, da água residuária doméstica e de diversos resíduos de origem orgânica. Da sua composição típica participam o metano (62%) e gás carbônico (38%). Pode ser utilizado para gerar calor (para cozinhar, aquecimento ...). Em “Trigueiro,A. (2005) O mundo sustentável: abrindo espaço na mídia para um planeta em transformação. São Paulo, Editora Globo, 302p.” é informado que o aterro Bandeirantes, em São Paulo, tem sobre ele a maior usina de energia do mundo sobre aterro de lixo e é capaz de produzir 22 MW, energia suficiente para abastecer uma cidade de 400 mil habitantes. BIOGEOCENOSE (Ver ECOSSISTEMA) BIOGEOCICLAGEM BIOGEOCICLAGEM = GEOBIOCICLAGEM Fenômeno comum nos sistemas ecológicos em que os elementos químicos, incluindo os nutrientes, tendem a circular na biosfera, por caminhos característicos, passando dos organismos para o ambiente e daí de volta para os organismos. (Ver CICLO DE NUTRIENTES; NUTRIENTES; e TEORIA DA CICLAGEM MINERAL DIRETA) BIOGEOGRAFIA Disciplina da geografia que trata da distribuição dos organismos. No caso das plantas, fala-se em Fitogeografia e dos animais, Zoogeografia. Há também a Paleobiogeografia, que estuda a distribuição geográfica da flora e fauna fósseis; a Neobiogeografia, que seria a Fito e a Zoogeografia modernas (estuda a flora e a fauna atuais). (Ver REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS) BIOGEOGRAFIA DE ILHAS (Ver TEORIA DA BIOGEOGRAFIA DE ILHAS) BIOINDICADOR (Ver INDICADOR ECOLÓGICO) BIOLIXIVIAÇÃO Lixiviação determinada pela ação, geralmente de microrganismos, sobre metais ou ligas metálicas. O Thiobacillus,por exemplo, age sobre o sulfeto de cobre (CuS), oxidando-o na presença de íon férrico (Fe+++ ), formando sulfato de ferro e liberando o cobre para o ambiente. (Ver LIXIVIAÇÃO) BIOLOGIA AMBIENTAL (Ver ECOLOGIA) BIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Refere-se ao estudo das mudanças biológicas (anatômicas, morfológicas, fisiológicas etc.) que ocorrem num organismo vivo durante o seu ciclo vital. Os organismos multicelulares exibem muitas similaridades ao longo de suas gerações, passando por uma série de processos comuns a todos, em geral, quais sejam: gametogêneses, fertilização, embriogêneses, diferenciação celular, diferenciação de tecidos, organogêneses, maturação, crescimento, reprodução, senescência e morte. BIOMA BIOMA = ZONA MAIOR DE VIDA É a maior unidade de comunidade terrestre com flora, fauna e clima próprios. É um termo geralmente aplicado aos grandes ecossistemas terrestres (ver BIOMA OCEÂNICO).
  • 40. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 39 Alguns biomas brasileiros: floresta amazônica, caatinga, cerrado, mata atlântica e pantanal. Fala-se ainda em biomas costeiros (ecossistemas de manguezais, dunas e restingas) e dos campos sulinos. (Ver ZONA(S) CLIMÁTICA(S) (de WALTER, HEINRICH); e FORMAÇÃO VEGETAL) (Ver outras denominações de BIOMA que seguem) BIOMA DA COSTA ARENOSA Bioma costeiro caracterizado por sedimentos com grânulos grosseiros, com “infauna” relativamente pobre. BIOMA DA COSTA LAMACENTA Bioma da costa ou litoral caracterizado por sedimentos finos móveis, com “infauna” (biota animal no interior de um sedimento) típica, relativamente rica. BIOMA DA COSTA ROCHOSA Bioma costeiro caracterizado por substratos sólidos estáveis, apresentando zonação típica de organismos neles fixados. BIOMA OCEÂNICO Denomina-se assim o bioma em “oceano aberto” (“mar aberto”), distante das influências do litoral ou costa; alguns o dividem nos sub-biomas “planctônico, nectônico e bentônico”. BIOMAGNIFICAÇÃO BIOMAGNIFICAÇÃO = MAGNIFICAÇÃO BIOLÓGICA = BIOACUMULAÇÃO Fenômeno que ocorre com muitos poluentes lipofílicos e persistentes no ecossistema, em que são absorvidos inicialmente por microrganismos procariotos e eucariotos e daí são transferidos para os organismos do nível trófico seguinte e assim sucessivamente, sem sofrerem degradação nem excreção significantes, o que os levam a uma concentração cada vez maior nos últimos elos da cadeia alimentar. Tal concentração do poluente, no topo da cadeia alimentar (como por exemplo nas aves de rapina, nos carnívoros em geral e grandes peixes predadores), pode alcançar níveis mais altos do que no ambiente, por um fator de 104 a 106 . O quadro seguinte mostra as diversas concentrações de metilmercúrio em organismos de um ecossistema de brejo à beira-mar (GOUDIE, 1990): ORGANISMO PARTES POR MILHÃO (ppm) Sedimentos < 0,001 Spartina < 0,001 - 0,002 Equinodermas 0,01 Anelídeos 0,13 Bivalvos 0,15 - 0,26 Gastrópodes 0,25 Crustáceos 0,28 Musculatura de peixe 1,04 Fígado de peixe 1,57 Musculatura de mamífero 2,2 Musculatura de ave 3,0 Fígado de mamífero 4,3 Fígado de ave 8,2 BIOMASSA BIOMASSA = PRODUTO EM PÉ (“STANDING CROP”) Em ecologia, biomassa refere-se à quantidade de matéria orgânica viva presente num determinado tempo e por unidade de área (da superfície terrestre) ou de volume (de água). A biomassa é geralmente expressa em termos de matéria seca (g.m-2 ou kg.m-2 ou ainda em Mg.ha-1 , no caso de ecossistemas terrestres) (Mg = 1.000.000g = 1 tonelada). O termo biomassa, que significa literalmente massa de matéria viva, também é aplicado para designar quantidades de microrganismos produzidos comercialmente para uso como alimento para o ser humano e como ração para animais. A figura que segue ilustra as diferentes proporções de biomassa animal e microbiana num
  • 41. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 40 hectare de um ecossistema de região temperada. Segundo os autores (PIMENTEL & PIMENTEL, 1979), nesse ecossistema uma produção anual de fitomassa de 2.400 kg (peso seco) seria capaz de manter uma zoomassa (animal) e uma microbiomassa (de microrganismos) de 200 kg (peso seco) / ano, assim distribuídas (em porcentagem): BIOMONITORAÇÃO (ou BIOMONITORIZAÇÃO ou BIOMONITORAMENTO) O uso de organismos vivos como indicadores de condições ambientais, no caso de avaliação de mudanças ou impacto de efluentes industriais, resíduos em geral e outros poluentes ou agentes de degradação ambiental. (Ver MONITORAMENTO) BIONOMIA (Ver ECOLOGIA) BIORREMEDIAÇÃO Este termo foi introduzido para caracterizar a limpeza de ambientes (solo e água) poluídos, a partir do uso de microrganismos decompositores (ou degradadores). A biotecnologia, através da engenharia genética, utiliza o potencial genético de microrganismos, “criando novos” microrganismos (ou novas cepas ou linhagens) capazes de degradar certos compostos específicos (recalcitrantes, xenobióticos), tais como o petróleo e derivados (óleo diesel, solventes ...). Biorremediação é também um termo aplicado para indicar a recuperação ou regeneração de solos degradados, usando-se plantas em simbiose com bactérias da FBN e fungos endomicorrízicos. (Ver RECOMPOSIÇÃO) BIOSFERA BIOSFERA = ECOSFERA Espaço do globo terrestre ocupado pelos seres vivos. Portanto, refere-se à toda superfície terrestre (litosfera), às águas e sedimentos de ambientes aquáticos (hidrosfera) e à porção da atmosfera habitada pelos organismos que voam (pássaros) ou que flutuam (bactérias). Considera-se, em geral, que há vida desde cerca de 60 m abaixo do nível do mar até cerca de 60.000 m acima deste nível. Alguns autores subdividem a biosfera em biociclos, quais sejam: epinociclo (o biociclo das terras firmes, ou seja, os ecotopos continentais e insulares), limnociclo (o biociclo das águas doces ou ecotopos dulciaquícolas) e o talassociclo (os biociclos ou ecotopos marinhos). BIOSSÉSTON (Ver SÉSTON) BIOSSISTEMA (Ver NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DA MATÉRIA VIVA) BIOTA Todos os componentes vivos de um local ou sistema ecológico (ecossistema). Fala-se assim em microbiota, ou microflora e microfauna (organismos com dimensões microscópicas); mesobiota, geralmente referindo-se a organismos do solo (com menos de 50 mm ou 40 mm, até um tamanho visto com uma pequena lupa de mão); e macrobiota (organismos com dimensões superiores a 40 mm ou 50 mm). BIOTECNOLOGIA (e BIOTECNOLOGIA DO SOLO) Uso de métodos e técnicas, fundamentadas nos conhecimentos da biologia molecular, microbiologia, bioquímica e fisiologia, utilizando organismos ou qualquer de suas partes para obter ou aves: 0,5 mamíferos: 1,5 outros animais:10 artrópodos: 20 oligoquetas:25 microbiota: 43
  • 42. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 41 melhorar produtos, plantas e animais e/ou para desenvolver novos organismos (microrganismos, plantas, animais) com ampla aplicação (indústria, agricultura, serviços) em benefício do ser humano. Na “biotecnologia de solo” pretende-se com o estudo e a manipulação de microrganismos e seus processos metabólicos, otimizar a produtividade agrícola e a qualidade do meio ambiente. BIÓTICO Que tem vida. Diz-se dos componentes vivos de um eco ou agrossistema (plantas, animais, microrganismos). Componentes ou fatores bióticos de um eco ou agrossistema: todos os seres vivos desses sistemas ecológicos. (Ver ABIÓTICO; e BIOTA) BIOTOPO BIOTOPO (ou BIÓTOPO) = ECOTOPO (ou ECÓTOPO) (Ver HABITAT) BIOTRÓFICO (Ver PARASITA BIOTRÓFICO) BISSIALITIZAÇÃO (Ver SILICATOS) “BLOOM” Denominação em inglês que poderia ser traduzida como “explosão” na densidade de populações, atribuída geralmente aos animais ciliados e algas (presumivelmente em mutualismo), ocorrendo em condições aquáticas favoráveis (correntes e nutrientes); registros de alta produtividade têm sido feitos tanto em “bloom” de primavera como em de outono, em lagos temperados. Alguns autores usam o termo, em inglês, “HAB – Harmful Algal Bloom” referindo-se a uma “explosão algal nociva”. (Ver MARÉ VERMELHA) BOLOR BOLOR = MOFO Aos fungos filamentosos, cujas hifas se entrelaçam formando micélio, formando ramificações com conídios (esporos assexuados) nas extremidades, denominam-se bolor ou mofo. Os bolores do grupo dos zigomicetos (gêneros Mucor e Rhizopus) são comuns sobre o pão “estragado”. Há outros gêneros que se desenvolvem sobre o queijo e frutas muito maduras. Muitos deles têm por habitat o solo e material vegetal em decomposição. BORBOLETA (Ver EFEITO BORBOLETA) BOTULISMO Toxina, considerada supertóxica (DL50 de 0,00001mg/kg de peso corpóreo), produzida pela bactéria Clostridium botulinum que se desenvolve principalmente nas carnes em conserva. “braqui-” Prefixo de origem grega designando “curto; reduzido” e que ocorre em muitos termos, como braquignatos (crustáceos decápodes ou caranguejos); braquicarpo (que tem fruto curto); braquicéfalo (que tem o crânio um pouco alongado e ovóide); e muitos outros termos. BREJO BREJO = PALUDE = PALUSTRE = PÂNTANO = PAUL Em termos gerais, o brejo é um local quase ou permanentemente alagado (Ver PÂNTANO). No estado da Paraíba a zona do brejo é uma zona incrustada entre a borborema oriental e a borborema central, com cerca de 1.105 km2 . Esta zona beneficia-se das massas de ar úmidas provenientes do atlântico. A mata do brejo ou mata latifoliada de altitude, ainda pode ser encontrada em vários locais a 500 ou 600 m de altitude, onde a precipitação pluvial, média anual, atinge os 1.400 mm. Na zona do brejo estão os municípios de Areia, Bananeiras, Alagoa Nova, Borborema e outros. BRILLOUIN (Ver ÍNDICE DE BRILLOUIN) BUMERANGUE ECOLÓGICO (Ver EFEITO BUMERANGUE) “BUTTERFLY EFFECT” (Ver EFEITO BORBOLETA)
  • 43. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 42
  • 44. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 43 C C3 (PLANTA C3) Planta que, no processo de fotossíntese, forma como primeiro produto da fixação do CO2, o ácido fosfoglicérico (PGA), que tem 3 átomos de C na sua molécula. A maioria das plantas é C3. C4 (PLANTA C4) Planta que, no processo fotossíntético, forma como primeiro produto da fixação do CO2, o ácido málico ou aspártico, que tem quatro átomos de C na sua molécula. Gramíneas tropicais, como a cana-de- açúcar e o milho, são plantas C4. São consideradas como plantas de alta produtividade. Muitas “plantas invasoras” ou “ervas daninhas” são também C4. (Ver HATCH-SLACK, CICLO DE) CAATINGA Ecossistema típico da região nordeste do Brasil, com uma representação significativa de cerca de 40.000 km2 dos 56.584,6 km2 no estado da Paraíba. Caracteriza-se pela adaptação das plantas ao clima semi-árido (Bsh e Aw’, da classificação de Köppen), com espécies caducifólias, espinhosas, algumas suculentas (cactáceas) e áfilas (sem folhas). Ver fotos que seguem (na foto à esquerda, com xique-xique no primeiro plano, uma caatinga ainda no período não totalmente seco; e na direita durante plena seca): Obs.: fotos obtidas do site: www.biosferadacaatinga.org.br. Tipos de caatinga da Paraíba: 1) Carirís e curimataú: ocorrem após o agreste, no sentido leste-oeste; são em geral tipos semelhantes, arbustivo-arbóreos, onde se destacam: mandacarú, Cereus jamacaru; xique-xique, Pilosocereus gounellei; macambira, Bromelia laciniosa; catingueira, Caesalpinia pyramidalis; jurema, Mimosa sp; e caroá, Neoglaziovia variegata. 2) Seridó: situada na região centro-norte da Paraíba, é uma caatinga pobre em elementos vegetais, destacando-se o estrato herbáceo formado pelo capim panasco, Aristida sp, aparecendo por vezes o xique-xique, a catingueira e a jurema. 3. Sertão: ocupa a região oeste do Estado, sendo de clima menos árido do que as anteriores, é menos densa, arbustiva, destacando-se: faveleira, Cnidoscolus phyllacanthus; pereiro, Aspidosperma pyrifolium; jurema preta, Mimosa hostilis; angico monjolo, Piptadenia zehntueri. Nas margens dos rios ocorrem a oiticica, Licania rigida; carnaúba, Copernica cerifera. CAATINGA AMAZÔNICA (Ver CAMPINARANA)
  • 45. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 44 CAÇA PREDATÓRIA Conseqüência maléfica à fauna silvestre, causada principalmente pelo exercício da caça profissional e comércio de produtos e subprodutos desta atividade, que é proibida desde 1967 pela Lei nº 5.197, de 03/01/1967. A caça de subsistência e mais ainda a esportiva, são em geral predatórias, principalmente quando realizadas sem nenhum critério ou controle e nos períodos críticos de redução da produção agropecuária como por exemplo, como conseqüência de seca. A predação muitas vezes ocorre com a “justificativa do homem do campo de eliminar pragas” (ou animais invasores) como morcegos, gambás e roedores, que danificam seus cultivos e criações. A caça predatória destes animais causa desequilíbrios ecológicos devido às funções benéficas que estes animais também realizam no ecossistema. (Ver PRAGA) CADEIA ALIMENTAR Série de organismos de um ecossistema, através dos quais a energia alimentar proveniente dos produtores, que são as plantas clorofiladas, é transferida de um organismo para outro, numa seqüência de organismos que ingerem e que são ingeridos. A cadeia alimentar é, em geral, constituída pelos seguintes níveis tróficos: produtores primários; consumidores de primeira ordem ou herbívoros, que devoram os produtores primários; em seguida vêm os consumidores de segunda ordem ou carnívoros de primeira ordem, que se alimentam dos herbívoros; seguem-se os consumidores de terceira ordem ou carnívoros de segunda ordem, que devoram os consumidores de segunda ordem; e assim por diante. Alguns autores dividem a cadeia alimentar em dois tipos principais: a) Cadeia alimentar de pastejo (na qual se fundamenta o ecossistema marinho). b) Cadeia alimentar de detritos (na qual se fundamenta o ecossistema terrestre). Um exemplo de uma cadeia alimentar simples seria: Capim ⇒ gafanhoto ⇒ sapo ⇒ cobra ⇒ carcará. (Ver FLUXO DE ENERGIA; e TEIA ALIMENTAR) CADUCIFOLIA CADUCIFOLIA = DECÍDUA Fenômeno que ocorre periodicamente em muitas plantas (geralmente adaptadas a ambiente com escassez d’água), em que suas folhas caem. Em ambientes muito frios, onde geralmente neva, também ocorre caducifolia. Muitas plantas da caatinga, como a faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus) e a jurema (Mimosa sp) são caducifólias. Considera-se uma comunidade vegetal como caducifólia ou decídua, quando 90% de seus componentes (geralmente árvores) perdem as folhas. Uma vegetação, geralmente mata de regiões com uma estação seca e com uma estação fria, que no seu coonjunto (e não suas árvores individualmente) perde entre 20 e 50% de sua folhagem, no período desfavorável, diz-se chamar-se de semicaducifólia ou semidecídua. CALCÁRIO Designação generalizada atribuída a compostos que contêm cálcio. Quimicamente a base é CaO, podendo ser utilizado na agricultura, como corretivo de solo, muitas variedades neutralizadoras de pH ácido, como os óxidos, hidróxidos e carbonatos de cálcio ou de cálcio e magnésio. São ricos em cálcio também casca de ovos, conchas de ostras, ossos animais e carapaças de alguns animais. “calci-” Prefixo de origem latina, usado para indicar relação com cálcio, ou ainda com calcário e pedra calcária e similares. O organismo que tem afinidade com o cálcio diz-se ser calcífilo (ou calcifílico) e o oposto, calcífobo (ou calcífugo, que é incapaz de tolerar o cálcio). São muitos os termos usados com este prefixo. (Ver “alcali-”) CALHAU (Ver TEXTURA DO SOLO) CALVIN-BENSON (Ver CICLO DE CALVIN-BENSON) CAMADA DE OZÔNIO (Ver OZONOSFERA) CAMBISSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS, CLASSIFICAÇÃO DE) CAMPANHA GAÚCHA (Ver ESTEPE)