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MONITORAMENTO DA CONFIGURAÇÃO
                                                                            ESPACIAL DO SUPERPORTO DO AÇU,
                                                                          SÃO JOÃO DA BARRA, RJ, COM SUPORTE
                                                                             EM MAPEAMENTO APOIADO POR
  APOIO:
                                                                                  IMAGENS SENSORIAIS
                                                    Gilberto Pessanha Ribeiro 1,2,3 ; Magno de Morais Ferreira 2 ; Mikael Fonseca Lemos 2 ; Artur Willcox dos Santos 1,2 ; Déborah Christina Rosa de Queiroz 2
                                                                              1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ; 2 Universidade Federal Fluminense; 3 GlobalGeo Geotecnologias
                                                                                                                                       2
                               LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA                                                                                                       RESULTADOS E DISCUSSÕES
                                                                                                                              O mapeamento no SPRING inicialmente foi desenvolvido com base em imagens
                                                                                                                           LANDSAT, no recorte espacial do distrito de Açu ao do sul do município de São João
                                                                                                                           da Barra, com visíveis alterações sobre a planície costeira. Na série de imagens
                                                                                                                           compostas por bandas multiespectrais, na sequência RGB543, são apresentados
                                                                                                                           cenários distintos para as seguintes épocas: 21/06/2006 (Figura 5); e 21/07/2011
                                                                                                                           (Figura 6).




                                  Figura 1: Mapa de localização geográfica.


                                INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
         Com a implantação do Complexo Industrial e Portuário do Açu (CIPA) ao sul
     do município de São João da Barra, pesquisas, lideradas pela UERJ, que
     inicialmente estavam sendo desenvolvidas com concentração maior, envolvendo
     erosão e progradação marinhas, respectivamente, nas praias de Atafona e de
                                                                                                                                  Figura 4: Localização das áreas industriais do Superporto do Açu em sua configuração
     Grussaí, voltaram-se para o sul desse município.                                                                             Planejada (Pinheiro, 2008).
         Estão sendo executados mapeamentos apoiados principalmente, e de forma
     prioritária, por imagens LANDSAT, CBERS e IKONOS e ortofotografias com o
     propósito de avaliação da localização, extensão e distribuição das fortes
     intervenções dessas grandes obras de engenharia, sobre os ambientes costeiros,
     inseridos na restinga que compõe a planície costeira do rio Paraíba do Sul.
     Corpos hídricos têm sido afetados, de forma gradativa, com os empreendimentos
     agregados e crescentes, ao chamado Superporto (Figura 2 e 3).
         Pesquisas aplicadas formais em desenvolvimento pela UERJ e pela UFF                                                                                                                           Figura 5 : Imagens
     direcionam atividades de mapeamento digital em auxílio às análises geográficas                                                                                                                    LANDSAT indicativas de
     complexas, onde os empreendimentos impactantes transformam, de forma                                                                                                                              uso da Terra e cobertura
                                                                                                                                                                                                       vegetal (ano 2006).
     rápida, os ambientes costeiros e suas populações residentes lá fixadas. Conflitos
     sociais surgem diante das intervenções das obras. Gestão pública de
     planejamento e de plano urbanos são imperativas e atualmente o município
     possui em torno de 35% de sua área pertencentes a proprietários particulares,
     investidores nacionais e estrangeiros (Figura 4). Sobre o ambiente físico da
     restinga, estão sendo projetados pólos populacionais e uma nova cidade.
         O município atualmente possui aproximadamente um pouco mais de 32 mil
     habitantes. Espera-se que em 5 anos esse número chegue a 120 mil. Há uma
     expectativa negativa de problemas diversos marcados por segurança, déficit de
     saúde, educação e outros serviços básicos urbanos. A economia regional
     crescerá e iniciativas relativas a projetos urbanísticos estão sendo desenhadas
     para a orla do município. Há necessidade de mapeamentos profissionais que
     dêem conta da evolução da planície diante da ocupação humana esperada, uma
     vez que trata-se de depósito de sedimentos não consolidados
     predominantemente instável, arenoso, pouco propício para agricultura, e para
                                                                                                                                                                                                       Figura 6: Imagens
     construção de edificações e outras obras de engenharia civil.                                                                                                                                     LANDSAT indicativas de
                                                                                                                                                                                                       uso da Terra e cobertura
                                                                                                                                                                                                       vegetal (ano 2011).




                                                                                                                                   Os resultados principais esperados são documentos cartográficos (escalas
                                                                                                                             1/50.000, 1/10.000 e 1/2.000) e outros documentos técnicos variados, além de
                                                                                                                             publicações acadêmicas, que retratem a dinâmica do litoral do município de São
                                                                                                                             João da Barra, em presença também do Superporto do Açu, que encontra-se em
                                                                                                                             implantação. Além da produção pública relativa aos projetos acadêmicos já
                                                                                                                             executados, e que podem ser encontrados e acessados em www.atafona.uerj.br, e
                                                                                                                             em www.georeferencial.com.br serão disponibilizados novos mapas, cartas e
           Figura 2: Visão geral das obras do Superporto (créditos: Victor Aquino, 2010).                                    plantas, tanto topográficos como temáticos, e relatórios a serem hospedados em
                                                                                                                             www.portodoacu.uerj.br website destinado à hospedagem da produção específica
                                   MATERIAIS E MÉTODOS                                                                       envolvendo este projeto do empreendimento.
    O mapeamento proposto está tendo como suporte os seguintes dados de fontes já
disponíveis: Base cartográfica vetorial do IBGE (1/50.000); Base cartográfica vetorial do                                                                                 CONCLUSÕES
IBGE (1/25.000); Dados socioeconômicos do município de São João da Barra (anos 2006,                                            Atividades já desenvolvidas apontam para prosseguimento ao mapeamento
2009 e 2010); Projeto de Lei - Plano Diretor de São João da Barra; Acervo do projeto de                                     também apoiado por imagens de outros sensores, com o propósito de ampliar
pesquisa (CNPq) "Atafona, RJ: avaliação do processo de erosão marinha" (UFF e UERJ);                                        conhecimento sobre a abrangência das intervenções humanas sobre os ambientes
Acervo do projeto de extensão "Atafona, RJ: avaliação do processo de erosão costeira"                                       costeiros lá encontrados, principalmente sobre os corpos hídricos: laguna de
(UERJ e UFF); Acervo público das instituições: IBAMA, ICMBio, EBX, LLX, CPRM, DRM-RJ                                        Grussaí, laguna de Iquipari, lagoa do Salgado (onde ocorrem os estromatólitos) e
e INEA; Fotografias aéreas históricas (1954, 1964, 1974, 1976, 2000 e 2006); ortofotografias                                laguna do Açu. O lençol freático é de baixa profundidade e o estoque de água doce
digitais do IBGE (1/25.000) (anos 2005 e 2006); Imagens de satélites de média resolução                                     na planície percola naturalmente no solo altamente poroso, num reservatório de
dos sensores LANDSAT, CBERS e SPOT; Imagens de satélites de alta resolução dos                                              grande valor econômico. Há fortes indícios de que a vegetação de restinga será
sensores ALOS, IKONOS, QuikBird e WorldView; e Acervo de documentos diversos,                                               diretamente impactada numa escala nunca imaginada nessa região. O
incluindo matérias jornalísticas já veiculadas na região. Os seguintes sistemas                                             monitoramento por mapeamento profissional é imperativo e documentos serão
computacionais estão em franco uso, tanto para processamento digital de imagens, como                                       disponibilizados também em exposições do Espaço da Ciência no balneário de
também para gerenciamento de dados no ambiente de um Sistema de Informação                                                  Atafona.
Geográfica (SIG) a ser desenvolvido: SPRING; ArcGIS; GlobalMapper; e aplicativos do                                                                     REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MS/Office. Do ponto de vista temático, são explorados, de forma predominante, aspectos                                   PINHEIRO, T. C. Mapeamento digital do município de São João da Barra (RJ) com
de: Uso da Terra e cobertura vegetal; Unidades de Conservação Ambiental; Áreas de                                     suporte
Preservação Permanente (APP); Feições da planície costeira Quaternária; Ambientes                                     de imagens IKONOS e dados GPS, como requisito para revisão do plano diretor municipal,
costeiros (praia, manguezal, lagunas, lagoas, desembocadura de rio, etc...); Lugares e sítios                         Projeto de Graduação, Engenharia Cartográfica (UERJ), 2008.
com valor paleontológico e arqueológico; Geomorfologia e Geologia costeiras; Oceanografia                                RIBEIRO, G. P. Tecnologias digitais de geoprocessamento no suporte à análise espaço-
Física; e Zoneamento ambiental.                                                                                       temporal em ambiente costeiro Tese de doutorado, Programa de Pós-Graduação em
                                                                                                                      Geografia, UFF, 2005.

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MONITORAMENTO DA CONFIGURAÇÃO ESPACIAL DO SUPERPORTO DO AÇU, SÃO JOÃO DA BARRA, RJ, COM SUPORTE EM MAPEAMENTO APOIADO POR IMAGENS SENSORIAIS

  • 1. MONITORAMENTO DA CONFIGURAÇÃO ESPACIAL DO SUPERPORTO DO AÇU, SÃO JOÃO DA BARRA, RJ, COM SUPORTE EM MAPEAMENTO APOIADO POR APOIO: IMAGENS SENSORIAIS Gilberto Pessanha Ribeiro 1,2,3 ; Magno de Morais Ferreira 2 ; Mikael Fonseca Lemos 2 ; Artur Willcox dos Santos 1,2 ; Déborah Christina Rosa de Queiroz 2 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ; 2 Universidade Federal Fluminense; 3 GlobalGeo Geotecnologias 2 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA RESULTADOS E DISCUSSÕES O mapeamento no SPRING inicialmente foi desenvolvido com base em imagens LANDSAT, no recorte espacial do distrito de Açu ao do sul do município de São João da Barra, com visíveis alterações sobre a planície costeira. Na série de imagens compostas por bandas multiespectrais, na sequência RGB543, são apresentados cenários distintos para as seguintes épocas: 21/06/2006 (Figura 5); e 21/07/2011 (Figura 6). Figura 1: Mapa de localização geográfica. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS Com a implantação do Complexo Industrial e Portuário do Açu (CIPA) ao sul do município de São João da Barra, pesquisas, lideradas pela UERJ, que inicialmente estavam sendo desenvolvidas com concentração maior, envolvendo erosão e progradação marinhas, respectivamente, nas praias de Atafona e de Figura 4: Localização das áreas industriais do Superporto do Açu em sua configuração Grussaí, voltaram-se para o sul desse município. Planejada (Pinheiro, 2008). Estão sendo executados mapeamentos apoiados principalmente, e de forma prioritária, por imagens LANDSAT, CBERS e IKONOS e ortofotografias com o propósito de avaliação da localização, extensão e distribuição das fortes intervenções dessas grandes obras de engenharia, sobre os ambientes costeiros, inseridos na restinga que compõe a planície costeira do rio Paraíba do Sul. Corpos hídricos têm sido afetados, de forma gradativa, com os empreendimentos agregados e crescentes, ao chamado Superporto (Figura 2 e 3). Pesquisas aplicadas formais em desenvolvimento pela UERJ e pela UFF Figura 5 : Imagens direcionam atividades de mapeamento digital em auxílio às análises geográficas LANDSAT indicativas de complexas, onde os empreendimentos impactantes transformam, de forma uso da Terra e cobertura vegetal (ano 2006). rápida, os ambientes costeiros e suas populações residentes lá fixadas. Conflitos sociais surgem diante das intervenções das obras. Gestão pública de planejamento e de plano urbanos são imperativas e atualmente o município possui em torno de 35% de sua área pertencentes a proprietários particulares, investidores nacionais e estrangeiros (Figura 4). Sobre o ambiente físico da restinga, estão sendo projetados pólos populacionais e uma nova cidade. O município atualmente possui aproximadamente um pouco mais de 32 mil habitantes. Espera-se que em 5 anos esse número chegue a 120 mil. Há uma expectativa negativa de problemas diversos marcados por segurança, déficit de saúde, educação e outros serviços básicos urbanos. A economia regional crescerá e iniciativas relativas a projetos urbanísticos estão sendo desenhadas para a orla do município. Há necessidade de mapeamentos profissionais que dêem conta da evolução da planície diante da ocupação humana esperada, uma vez que trata-se de depósito de sedimentos não consolidados predominantemente instável, arenoso, pouco propício para agricultura, e para Figura 6: Imagens construção de edificações e outras obras de engenharia civil. LANDSAT indicativas de uso da Terra e cobertura vegetal (ano 2011). Os resultados principais esperados são documentos cartográficos (escalas 1/50.000, 1/10.000 e 1/2.000) e outros documentos técnicos variados, além de publicações acadêmicas, que retratem a dinâmica do litoral do município de São João da Barra, em presença também do Superporto do Açu, que encontra-se em implantação. Além da produção pública relativa aos projetos acadêmicos já executados, e que podem ser encontrados e acessados em www.atafona.uerj.br, e em www.georeferencial.com.br serão disponibilizados novos mapas, cartas e Figura 2: Visão geral das obras do Superporto (créditos: Victor Aquino, 2010). plantas, tanto topográficos como temáticos, e relatórios a serem hospedados em www.portodoacu.uerj.br website destinado à hospedagem da produção específica MATERIAIS E MÉTODOS envolvendo este projeto do empreendimento. O mapeamento proposto está tendo como suporte os seguintes dados de fontes já disponíveis: Base cartográfica vetorial do IBGE (1/50.000); Base cartográfica vetorial do CONCLUSÕES IBGE (1/25.000); Dados socioeconômicos do município de São João da Barra (anos 2006, Atividades já desenvolvidas apontam para prosseguimento ao mapeamento 2009 e 2010); Projeto de Lei - Plano Diretor de São João da Barra; Acervo do projeto de também apoiado por imagens de outros sensores, com o propósito de ampliar pesquisa (CNPq) "Atafona, RJ: avaliação do processo de erosão marinha" (UFF e UERJ); conhecimento sobre a abrangência das intervenções humanas sobre os ambientes Acervo do projeto de extensão "Atafona, RJ: avaliação do processo de erosão costeira" costeiros lá encontrados, principalmente sobre os corpos hídricos: laguna de (UERJ e UFF); Acervo público das instituições: IBAMA, ICMBio, EBX, LLX, CPRM, DRM-RJ Grussaí, laguna de Iquipari, lagoa do Salgado (onde ocorrem os estromatólitos) e e INEA; Fotografias aéreas históricas (1954, 1964, 1974, 1976, 2000 e 2006); ortofotografias laguna do Açu. O lençol freático é de baixa profundidade e o estoque de água doce digitais do IBGE (1/25.000) (anos 2005 e 2006); Imagens de satélites de média resolução na planície percola naturalmente no solo altamente poroso, num reservatório de dos sensores LANDSAT, CBERS e SPOT; Imagens de satélites de alta resolução dos grande valor econômico. Há fortes indícios de que a vegetação de restinga será sensores ALOS, IKONOS, QuikBird e WorldView; e Acervo de documentos diversos, diretamente impactada numa escala nunca imaginada nessa região. O incluindo matérias jornalísticas já veiculadas na região. Os seguintes sistemas monitoramento por mapeamento profissional é imperativo e documentos serão computacionais estão em franco uso, tanto para processamento digital de imagens, como disponibilizados também em exposições do Espaço da Ciência no balneário de também para gerenciamento de dados no ambiente de um Sistema de Informação Atafona. Geográfica (SIG) a ser desenvolvido: SPRING; ArcGIS; GlobalMapper; e aplicativos do REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MS/Office. Do ponto de vista temático, são explorados, de forma predominante, aspectos PINHEIRO, T. C. Mapeamento digital do município de São João da Barra (RJ) com de: Uso da Terra e cobertura vegetal; Unidades de Conservação Ambiental; Áreas de suporte Preservação Permanente (APP); Feições da planície costeira Quaternária; Ambientes de imagens IKONOS e dados GPS, como requisito para revisão do plano diretor municipal, costeiros (praia, manguezal, lagunas, lagoas, desembocadura de rio, etc...); Lugares e sítios Projeto de Graduação, Engenharia Cartográfica (UERJ), 2008. com valor paleontológico e arqueológico; Geomorfologia e Geologia costeiras; Oceanografia RIBEIRO, G. P. Tecnologias digitais de geoprocessamento no suporte à análise espaço- Física; e Zoneamento ambiental. temporal em ambiente costeiro Tese de doutorado, Programa de Pós-Graduação em Geografia, UFF, 2005.