O documento discute os efeitos do alcoolismo no corpo e no cérebro, incluindo danos no fígado e no sistema digestivo, bem como redução do tamanho e peso do cérebro. Também aborda tratamentos para o alcoolismo como naltrexona e acamprosato e o problema do alcoolismo juvenil.
2. • O alcoolismo é uma doença que pode prejudicar a pessoa
que o consome e não só, pois muitas vezes pode originar
comportamentos violentos.
Estes comportamentos violentos muitas vezes são
originados por frustrações e tensões, que com o consumo
excessivo de álcool vêm ao de cima.
Existem diversos motivos para que uma pessoa consuma
álcool, como:
- Porque o alcoólico tem necessidade de álcool para
aceitar a realidade
• - Porque tem tendência a fugir às responsabilidades
• - Sofre de angústia, é agressivo resiste mal às frustrações
e às tensões
3. O alcoolismo é o conjunto de processos relacionados com o
consumo excessivo e prolongado do álcool, ou seja, é o vício
de ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.
4. O consumo excessivo e prolongado do álcool provoca diversos efeitos
sobre o organismo humano:
• • Tubo digestivo e estômago: irritação da mucosa gástrica, o que
• • Fígado: neste órgão ocorre um processo conhecido como a cirrose
alcoólica em que as células do fígado vão desaparecendo.
• Afecta o desejo sexual e pode levar à impotência
5. O Alcoolismo, hoje em dia, já pode ser tratado com a
utilização de três substâncias eficazes na supressão do desejo
do álcool que são a naltrexona, a acamprosato e a
ondansetrona.
• Naltrexona: o objectivo desta substância é o bloqueio do da
naltrexona são o enjoo, o vómito, mas não são intensos ao
ponto de impedir a continuação da sua ingestão.
6. •
Os resultados de exames pos-mortem (necropsia) mostram que
pacientes com história de consumo prolongado e excessivo de álcool
têm o cérebro menor, mais leve e encolhido do que o cérebro de
pessoas sem história de alcoolismo. Esses achados continuam sendo
confirmados pelos exames de imagem como a tomografia, a
ressonância magnética e a tomografia por emissão de fótons. O
dano físico directo do álcool sobre o cérebro é um fato já
inquestionavelmente confirmado. A parte do cérebro mais afectada
costumam ser o córtex pré-frontal, a região responsável pelas
funções intelectuais superiores como o raciocínio, capacidade de
abstracção de conceitos e lógica.
7. • No programa de hoje vamos debater o alcoolismo juvenil. Um problema mundial
com consequências não só no indivíduo mas em toda a sociedade.
O fenómeno é preocupante e é já caracterizadde álcool num curto espaço de
tempo.
Nos Açores o último estudo realizado dava conta que 30% dos jovens açorianos
começam a beber entre os 15 e 20 anos mas a média nacional aponta para os 12
anos de idade.
2010 pode ficar marcado como um ano de viragem desta problemática, uma
altura que em Portugal se inicia o debate sobre um plano nacional de combate ao
alcoolismo.
À conversa com a jornalista Filipa Simas está a Dra. Cristina Ribeiro, assessora
para os assuntos do álcool do Instituto da Droga e da Toxicodependência.