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Fórum Segurança Rodoviária 
Assembleia da República 
Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações 
Subcomissão da Segurança Rodoviária 
Miguel Neves Lima 
Licenciado em direito 
Chefe de Departamento 
13 e 14/12/2004
I - Apontamentos iniciais 
II - Introdução 
III - Formação de condutores 
1. Formação Contínua 
2. Formação Inicial 
A - Formação dos candidatos a condutores 
B - Avaliação dos candidatos a condutores 
C - Benefícios esperados 
IV – Nota Final 
SUMÁRIO
I - APONTAMENTOS INICIAIS 
1. Os acidentes são evitáveis. 
2. Uma redução significativa das taxas de sinistralidade pressupõe 
uma actuação ao nível do utente, do ambiente e do veículo. 
3. Direito à mobilidade e não à habilitação legal para conduzir. 
4. Um número muito significativo de condutores encartados 
desconhece regras básicas de circulação, maneja o veículo de 
forma muito deficiente e não tem atitude favorável à segurança 
rodoviária. 
5. O exame final condiciona a qualidade do ensino.
II – INTRODUÇÃO 
A atitude do condutor e, consequentemente, o seu comportamento é muito 
mais importante para a segurança do que a capacidade técnica no manejo 
do veículo. 
A interiorização e enraizamento de padrões comportamentais consegue-se 
com mais eficácia enquanto a personalidade do indivíduo está ainda em 
estruturação. 
Tem de se atribuir à Educação Rodoviária da Criança e do Jovem uma 
particular importância. 
Contudo, 
É indispensável proporcionar/disponibilizar aos candidatos a condutores 
uma Formação Inicial e uma Formação Contínua adequadas.
III – FORMAÇÃO DE CONDUTORES 
1 - Formação Contínua 
A. Estudos demonstram que após a formação inicial e alguma 
experiência adquirida é possível melhorar o desempenho da 
generalidade dos condutores através de acções de formação em 
condução defensiva e na correcção de vícios entretanto 
adquiridos. 
B. Estes cursos têm de possuir dupla vertente: 
 Analisar o desempenho do condutor 
• Ao nível do manejo de veículo 
• Ao nível comportamental 
 Corrigir os erros apurados 
B. Devem ser orientados para baixar as expectativas dos condutores
D. Destinatários: 
1. Condutores em geral - com carácter facultativo 
2. Em situações especiais: 
 Condutores de determinados tipos de veículos 
(ambulâncias, INEM, transporte de crianças) 
• Com carácter obrigatório 
• Avaliação psicológica prévia 
 Condutores Infractores e acidentados 
(acções especificas de reabilitação) 
 Condutores seniores (>65 anos) 
(Estudo e aplicação de acções de avaliação e formação)
2 - Formação Inicial 
A - Formação dos candidatos a condutores 
a) Objectivos 
Deve ser organizada: 
• Segundo princípios da condução defensiva 
• Privilegiar a interiorização de conteúdos e dos comportamentos 
mais adequados a uma condução que vise a cooperação entre 
os utentes
b) Características 
Deve contemplar: 
• A obrigatoriedade de os candidatos a condutores frequentarem 
todos os conteúdos temáticos dos programas de ensino 
• A identificação e detecção dos riscos na condução e a forma de 
os evitar 
• A condução comentada 
• A ministração de formações teóricas e práticas de forma 
integrada 
c) O inicio da aprendizagem prática da condução um ou dois anos 
antes da idade permitida para a habilitação 
d) O exame médico 
e) A fiscalização: Incidência sobre a componente pedagógica da 
formação
B - A Avaliação dos candidatos a condutores 
a) Objectivo: 
Garantir que os candidatos aprovados estão aptos a conduzir 
integrados no fluxo normal de trânsito, à velocidade adequada.
b) Características 
b1) Ao nível das competências 
• Adoptar bateria de questões que lhe permita avaliar que o 
candidato percebeu a razão de ser das normas, tem a 
capacidade para analisar as situações com que é confrontado e 
tomar as decisões adequadas 
• Adoptar prova prática em parque que avalie o domínio do 
veículo 
• Adoptar prova prática que avalie a capacidade do candidato de 
conduzir integrado no trânsito, a capacidade de detectar 
antecipadamente as situações de risco e o conhecimento da 
técnica da condução comentada
b2) Ao nível da estrutura 
• Concentração dos centros de exame numa única entidade de 
reconhecida idoneidade e competência técnica, sob tutela da 
DGV, que garanta que os exames são feitos com qualidade e 
competência 
• Atribuição pelas Escolas de Condução aos candidatos que 
concluam a formação com aproveitamento, de certificado que 
lhes permita requerer o exame 
• Realização da prova em viatura disponibilizada pelo centro de 
exames 
c) Os agentes de ensino devem dispor formação e actualizações 
adequadas
C - Benefícios esperados 
a) Preparação inicial dos condutores direccionada para evitarem 
acidentes 
b) Adesão ao cumprimento voluntário das normas 
c) Maior noção dos riscos e conhecimento da forma adequada de 
reagir 
d) Habilitar os condutores com a técnica da Condução Comentada 
(sistema de auto avaliação e auto-correcção)
IV – NOTA FINAL 
Se a Educação Rodoviária da Criança e do Jovem constitui a opção que 
permite alterar de forma definitiva e duradoura as condições de circulação 
rodoviária reduzindo de forma significativa a sinistralidade, a existência de 
um sistema de formação de condutores adequada – na sua dupla vertente: 
Formação Inicial e Formação Contínua – revela-se igualmente 
indispensável para se atingir tal objectivo.

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formação condutores segurança rodoviária

  • 1. Fórum Segurança Rodoviária Assembleia da República Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações Subcomissão da Segurança Rodoviária Miguel Neves Lima Licenciado em direito Chefe de Departamento 13 e 14/12/2004
  • 2. I - Apontamentos iniciais II - Introdução III - Formação de condutores 1. Formação Contínua 2. Formação Inicial A - Formação dos candidatos a condutores B - Avaliação dos candidatos a condutores C - Benefícios esperados IV – Nota Final SUMÁRIO
  • 3. I - APONTAMENTOS INICIAIS 1. Os acidentes são evitáveis. 2. Uma redução significativa das taxas de sinistralidade pressupõe uma actuação ao nível do utente, do ambiente e do veículo. 3. Direito à mobilidade e não à habilitação legal para conduzir. 4. Um número muito significativo de condutores encartados desconhece regras básicas de circulação, maneja o veículo de forma muito deficiente e não tem atitude favorável à segurança rodoviária. 5. O exame final condiciona a qualidade do ensino.
  • 4. II – INTRODUÇÃO A atitude do condutor e, consequentemente, o seu comportamento é muito mais importante para a segurança do que a capacidade técnica no manejo do veículo. A interiorização e enraizamento de padrões comportamentais consegue-se com mais eficácia enquanto a personalidade do indivíduo está ainda em estruturação. Tem de se atribuir à Educação Rodoviária da Criança e do Jovem uma particular importância. Contudo, É indispensável proporcionar/disponibilizar aos candidatos a condutores uma Formação Inicial e uma Formação Contínua adequadas.
  • 5. III – FORMAÇÃO DE CONDUTORES 1 - Formação Contínua A. Estudos demonstram que após a formação inicial e alguma experiência adquirida é possível melhorar o desempenho da generalidade dos condutores através de acções de formação em condução defensiva e na correcção de vícios entretanto adquiridos. B. Estes cursos têm de possuir dupla vertente:  Analisar o desempenho do condutor • Ao nível do manejo de veículo • Ao nível comportamental  Corrigir os erros apurados B. Devem ser orientados para baixar as expectativas dos condutores
  • 6. D. Destinatários: 1. Condutores em geral - com carácter facultativo 2. Em situações especiais:  Condutores de determinados tipos de veículos (ambulâncias, INEM, transporte de crianças) • Com carácter obrigatório • Avaliação psicológica prévia  Condutores Infractores e acidentados (acções especificas de reabilitação)  Condutores seniores (>65 anos) (Estudo e aplicação de acções de avaliação e formação)
  • 7. 2 - Formação Inicial A - Formação dos candidatos a condutores a) Objectivos Deve ser organizada: • Segundo princípios da condução defensiva • Privilegiar a interiorização de conteúdos e dos comportamentos mais adequados a uma condução que vise a cooperação entre os utentes
  • 8. b) Características Deve contemplar: • A obrigatoriedade de os candidatos a condutores frequentarem todos os conteúdos temáticos dos programas de ensino • A identificação e detecção dos riscos na condução e a forma de os evitar • A condução comentada • A ministração de formações teóricas e práticas de forma integrada c) O inicio da aprendizagem prática da condução um ou dois anos antes da idade permitida para a habilitação d) O exame médico e) A fiscalização: Incidência sobre a componente pedagógica da formação
  • 9. B - A Avaliação dos candidatos a condutores a) Objectivo: Garantir que os candidatos aprovados estão aptos a conduzir integrados no fluxo normal de trânsito, à velocidade adequada.
  • 10. b) Características b1) Ao nível das competências • Adoptar bateria de questões que lhe permita avaliar que o candidato percebeu a razão de ser das normas, tem a capacidade para analisar as situações com que é confrontado e tomar as decisões adequadas • Adoptar prova prática em parque que avalie o domínio do veículo • Adoptar prova prática que avalie a capacidade do candidato de conduzir integrado no trânsito, a capacidade de detectar antecipadamente as situações de risco e o conhecimento da técnica da condução comentada
  • 11. b2) Ao nível da estrutura • Concentração dos centros de exame numa única entidade de reconhecida idoneidade e competência técnica, sob tutela da DGV, que garanta que os exames são feitos com qualidade e competência • Atribuição pelas Escolas de Condução aos candidatos que concluam a formação com aproveitamento, de certificado que lhes permita requerer o exame • Realização da prova em viatura disponibilizada pelo centro de exames c) Os agentes de ensino devem dispor formação e actualizações adequadas
  • 12. C - Benefícios esperados a) Preparação inicial dos condutores direccionada para evitarem acidentes b) Adesão ao cumprimento voluntário das normas c) Maior noção dos riscos e conhecimento da forma adequada de reagir d) Habilitar os condutores com a técnica da Condução Comentada (sistema de auto avaliação e auto-correcção)
  • 13. IV – NOTA FINAL Se a Educação Rodoviária da Criança e do Jovem constitui a opção que permite alterar de forma definitiva e duradoura as condições de circulação rodoviária reduzindo de forma significativa a sinistralidade, a existência de um sistema de formação de condutores adequada – na sua dupla vertente: Formação Inicial e Formação Contínua – revela-se igualmente indispensável para se atingir tal objectivo.