O documento descreve o surgimento da comunidade #GarotasCPBR durante a Campus Party Brasil. O grupo surgiu de conversas entre duas mulheres que participavam do evento e se expandiu rapidamente à medida que outras mulheres se juntaram para compartilhar conteúdo sobre tecnologia. A comunidade cresceu para além da Campus Party por meio de blogs, podcasts e troca constante de e-mails entre as participantes.
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#GarotasCPBr compartilhando conteudo na campus party brasil 4
1. #GarotasCPBR: mulheres compartilhando
conteúdo na Campus Party 4
Era uma vez um evento de tecnologia chamado Campus Party, cujos
participantes eram, em sua maioria, homens. No decorrer das quatro edições, as
mulheres passaram a frequentá-lo mais e mais até que, em sua quarta edição,
houve um "boom". Claro que de uma forma extremamente feminina e discreta,
como verdadeiras ladies.
E de maneira despretensiosa - e bota despretensiosa nisso -, nesse cenário
nasceu o #GarotasCPBR. Segundo Elaine Cecília Gatto, a Cissa, a comunidade
surgiu em meio a conversas dela com Veridiana Cantelmo. Ambas assistiam ao
programa Geek Vibrations, que ia ao ar toda quinta-feira na CampusTV. "Um
dia, em um desses programas, que é um ‘esquenta’ para a Campus Party, eu a vi
twittando alguma coisa sobre como que as meninas podiam se identificar, se
encontrar", diz Cissa, que é mestre em Ciência da Computação.
A princípio, conta, a ideia era apenas uma hashtag (maneira de "etiquetar"
assuntos no Twitter) e, ao ver Veridiana postar sobre o assunto, Cissa acabou
sugerindo outras hashtags. No final das contas, ficou o "#GarotasCPBR" mesmo.
Mas, para a surpresa das duas, mais mulheres se juntaram a elas e, com mais
pessoas, mais idéias surgiram. "Aí o grupo acabou se formando. Começamos a
ouvir: ‘eu posso fazer um blog’, ‘eu posso fazer um podcast’, ‘eu posso cobrir
alguma coisa na Campus’. Como cada uma tem uma capacidade, um dom, fica
legal trabalhar".
E a discrição não fica apenas para o surgimento do grupo, que completou três
meses de idade durante o evento. A atuação visível do #GarotasCPBR na Campus
Party ficou por conta das twitcams (transmissões de vídeo ao vivo via Twitter) e
posts no blog sobre o que estava acontecendo no encontrão geek. Entretanto,
esse não é o principal objetivo dessa mulherada.
"A gente não quer ser descrita como um grupo de mulheres que está na Campus
Party só para fazer uma revolução, porque tem muito homem. Não é nada disso.
A gente tem um foco: compartilhar e agregar conteúdo", explica a mestre.
Apesar da comunidade não ter um perfil específico - "qualquer uma pode
entrar, não existe nada disso" -, todas parecem estar, de alguma forma, ligadas
ao tema da Campus Party, que nada mais é do que uma grande festa para fãs de
tecnologia e tudo que a ela está atrelado.
"Mas têm coisas aqui na Campus que atrai essas pessoas. Elas vêm por
curiosidade, para ganhar conteúdo, conhecimento. Então a gente não tem um
perfil. A única coisa que o grupo tenta defender é que a gente tem conteúdo,
quer compartilhar conteúdo, a gente quer ganhar conhecimento", pondera
Cissa.
Claro que, como esperado, há certo destaque na beleza das moças, mas a
idealizadora bate o pé: esse não é o foco. "Se alguém quiser fazer um concurso
de eleger algumas meninas bonitas, pode fazer, mas o objetivo do nosso grupo
não é esse. O foco não é nossa beleza nem nosso físico, nada disso. A gente está
aqui porque é da área de tecnologia - algumas não são, mas elas usam as
ferramentas da tecnologia no dia a dia".
Pelo visto, o intuito da comunidade está sendo bem cumprido. Além do blog,
que tem dicas de "sobrevivência" na Campus Party (na página as "campuseiras"
encontravam dicas de como arrumar a mala, preparar o computador para o
acampamento, aproveitar o evento etc.), as garotas criaram um grupo de
e-mails, para debaterem uma variedade imensa de assuntos, que incluem cursos
na área de TI e desenvolvimento para web, indicações de leituras e games e
dilemas cotidianos. O curioso é constatar que as meninas se comportam como
velhas amigas, apoiando umas as outras - tudo via web.
http://vilamulher.terra.com.br/comunidade/imprimir.php?cod_func_cad...
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2. Blogueiras reunidas no
LuluzinhaCamp
Mulher é maioria em
redes sociais
A julgar pela troca de e-mails, que mostra
cabecinhas funcionando a mil, o
#GarotasCPBR tende a crescer, e muito! O
contato entre elas é constante e,
esporadicamente, conferências via Skype são
feitas. Agora é esperar pela próxima Campus
Party Brasil, para ver o que essas mentes -
geeks, porém femininas -, estão tramando.
Por Ana Paula de Araujo (MBPress)
www.vilamulher.com.br
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