Afonso Costa foi um advogado, professor e político republicano português que desempenhou um papel importante na queda da monarquia e implantação da República em 1910. Foi ministro em vários governos republicanos, onde promoveu leis laicistas que o levaram a ser conhecido como "mata-frades". Após o golpe de Estado de 1926, exilou-se em Paris, onde veio a falecer.
1. Afonso Costa
Afonso Augusto da Costa (Seia – 6 de Março de 1871 – Paris, 11 de Maio
de 1937) foi advogado, professor universitário, político republicano e
estadista português.
Fez o ensino secundário no Liceu da Guarda e mais tarde no Colégio de
Nossa Senhora da Glória, no Porto, tendo depois ingressado na
Universidade de Coimbra onde concluiu o curso de Direito com distinção, em 1894. Foi também na
Universidade de Coimbra que se doutorou com um trabalho sobre o tema “A Igreja e a Questão
Social” e foi nomeado docente, tornando-se o mais novo de todo o corpo catedrático.
Salientou-se pelas suas ideias políticas, afirmando-se como um republicano convicto Publicou em
1890, com António José de Almeida, o jornal anti-monárquico Ultimatum e esteve implicado nas
revoltas de 31 de Janeiro de 1891 e de 28 de Janeiro de 1908, tendo então sido preso. Ainda
durante a monarquia, foi deputado pelo Partido Republicano (1899, 1906-07, 1908 e 1910), e
desempenhando um importante papel na agitação política que antecedeu a sua queda
Com a implantação da República a 5 de Outubro de 1910, ntegrou o Governo Provisório da
República Foi Ministro entre os períodos: Janeiro de 1913 a Fevereiro de 1914; Novembro de 1915
a Março de 1916 e Abril de 1917 a Dezembro de 1917;
Os seus opositores deram-lhe a alcunha de "mata-frades", pela legislação laicista que mandou
publicar - Lei da Separação da Igreja do Estado, expulsão dos jesuítas, registo civil, lei da família e lei
do divórcio, abolição do delito de opinião em matéria religiosa, legalização das comunidades
religiosas não católicas, privatização dos bens da Igreja Católica, proibição das procissões fora do
perímetros das igrejas, proibição do uso das vestes religiosas fora dos templos, entre outras.
Afastado, em 1917, pelo golpe de Sidónio Pais, esteve preso durante algum tempo, mas no ano
seguinte, com o assassinato do presidente e o fim do Sidonismo chefiou a delegação portuguesa
que assinou o tratado de Versalhes, que terminou a Primeira Guerra Mundial. Foi também
representante português na Sociedade das Nações. Nos últimos anos da I República, foi algumas
vezes convidado a formar Governo, mas recusou sempre. Com o 28 de Maio de 1926, o golpe
militar que deu origem a uma prolongada ditadura militar, e deu origem ao Estado Novo, Afonso
Costa exilou-se acabando por morrer em Paris, em 1937
Trabalho realizado por:
• Alexandra Vaz, 9ºA