1. Juiz não é Deus, O que será que são?..
Estarrecedora decisão do tribunal de justiça do estado do rio de janeiro que condenou
uma agente de transito, por estar em pleno exercício de suas funções, por ter multado
um desembargador daquele estado. Como se não bastasse à sentença confirmada em
segunda instancia, revela que estamos num país marcado pela velha “carteirada”, onde a
constituição federal é apenas uma sombra da democracia.
Reza o texto da carta magna, que todos são iguais perante a lei, até que encontremos um
magistrado fora da lei, ou qualquer agente público, querendo valer-se do cargo para dar
um jeitinho bem brasileiro.
De certo juiz não é Deus! Pois o altíssimo criador dos céus e da terra e do universo, não
teria tamanha prepotência, arrogância, e tirocínio malicioso para deixar de cumprir uma
lei natural, de respeitar o próximo.
Recordo-me de uma frase, que cabe ao caso “O mundo não está ameaçado pelas pessoas
más, e sim por aquelas que permitem a maldade.”, Nos tornamos vitimas do poder
judiciário corporativista, de decisões cretinas, e magistrados de que não são dignos da
cidadania.
A decisão trouxe a estarrecedora conclusão ““ Ao apregoar que o demandado era 'juiz,
mas não Deus', a agente de trânsito zombou do cargo por ele ocupado, bem como do
que a função representa na sociedade", escreveu o desembargador José Carlos Paes, da
14ª Câmara Cível do tribunal, que manteve a condenação em segunda instância.
2. Consolidando que no rio de janeiro um magistrado não só é Deus, como também é
amigo do Rei.
Estamos numa sociedade arcaica, com resquícios que remontam o Brasil império, onde
os amigos do imperador ganhavam títulos de nobreza, mesmo sem merecê-los, ou ter o
mínimo de dignidade para ostentá-los, os barões, viscondes, e fazendeiros que
escravizam, cometiam crimes contra a humanidade, contra mulher, contra a vida, um
país marcado pelas aparências... Anos se passaram, mas os velhos costumes se
enraizaram no judiciário.
Como diz Maquiavel “Aos amigos os favores, aos inimigos a lei!”, esperamos que um
dia possamos ter um país coerente, onde de fato o texto constitucional não seja somente
um belo romance, palavras bonitas, mas que seja o mais puro dos sentimento coletivo,
de grandeza, onde todos sejam iguais perante a lei, e perante as oportunidades.
Já dizia o poeta “O que não tem vergonha, nem nunca terá, o que não tem governo, nem
nunca terá, o que não tem decência, nem nunca terá, O que não tem juízo!”. Que aqueles
que não são Deus, tenham mais consciência da moralidade, dignidade, e senso do
coletivo, todos nós somos responsáveis para o progresso social, e igualdade.