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Xangai, 13 Jun (Lusa) - Os vinhos de Portugal
satisfazem o gosto dos chineses, mas
“desesperam por portugueses” que os possam
promover, porque o mercado potencial é
grande, mas ainda são desconhecidos,
destacou à Agência Lusa, Francisco Henriques,
diretor geral da distribuidora DT Asia em
Xangai.
A China deverá ser o sétimo maior consumidor
de vinho no mundo em 2013, com 1,26 mil
milhões de garrafas, 16 por cento das quais
importadas, segundo um estudo apresentado na
feira Vinexpo Asia 2010. Segundo o estudo, o
aumento de procura de vinhos, nomeadamente
estrangeiros, está associado ao rápido
crescimento económico do país.
Em Xangai, a distribuidora DT Asia é dirigida
pelo português Francisco Henriques que há cerca
de um ano complementou a oferta de vinhos
com garrafas do Douro e de Vinho do Porto.
“Trazer o vinho para cá é fácil. O elemento
essencial é que depois haja gente para o
promover. Quando o mostramos geralmente tem
bons resultados”, tal como aconteceu com as
primeiras duas mil garrafas importadas do
produtor Nieeport, de Gaia.
“Pode-se dizer que os vinhos portugueses
desesperam por quem os promova, porque o
potencial é enorme e os chineses ainda não os
conhecem”, acrescentou. Falta promoção como
fazem França e Espanha, cujos vinhos são
incontornáveis nas cartas de vinhos e nas
prateleiras das lojas, o que não acontece com os
produtos de Portugal. “É necessária uma grande
colaboração da equipa do importador e do
produtor, uma comunicação forte para os
consumidores e um trabalho noutros mercados
internacionais, que permita a quem compra
pesquisar e encontrar referências ao vinho”,
sublinhou.
No caso da DT Asia, as incursões no mercado
estão a cargo de David Ortigoso, que se encontra
em Xangai ao abrigo do programa de estágios
internacionais “Inov Conctacto”, promovido pelo
Ministério da Economia e da Inovação, apoiado
pela União Europeia.
“Existe um grande potencial e há sempre
muitos contactos para fazer”, refere o jovem
que não esconde o desejo de querer ficar em
Xangai para lá do período de estágio. O
restaurante Cafe Montmarte, dedicado à cozinha
francesa no centro de Xangai, é um dos
consumidores do vinho tinto “Sem Par” da
Nieeport e a proprietária não lhe poupa elogios.
“Ainda há dias um vizinho levou quatro
garrafas. Os chineses gostam: tem um sabor
encorpado”, refere Audrey Wang. Cada garrafa
de 0,75 litros pode custar 300 yuans (cerca de 35
euros), mas na China vende-se também muito
vinho ao copo, sempre abaixo dos 100 yuans (12
euros). “O vinho tem uma excelente relação
preço qualidade”, sublinhou. O restaurante Cafe
Montmarte vende cerca de 30 garrafas de “Sem
Par” por mês e Audrey lamenta que os vinhos
portugueses não sejam mais conhecidos na
China.
“Falta mais promoção e em Xangai não há um
local português, com comida tipicamente
portuguesa, para impulsionar os produtos. Tal
como acontece com os restaurantes italianos e
franceses”, os mais comuns entre os estrangeiros
e onde têm os produtos nacionais.
19
Junho 2010
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Julho 2010
20
Xangai, China, 02 jul (Lusa) - Quando a noite
começa a cair em Xangai, “vai a manhã a meio
em Portugal”, salientaram à Lusa dois jovens
portugueses para explicarem por que dizem
viver sempre dois dias num só numa das
maiores cidades do mundo.
Gisela Almeida, 26 anos, e David Ortigoso, 29
anos, regressam a Portugal este sábado, depois
de terem realizado estágios de seis meses em
empresas portuguesas no setor dos vinhos. Mas
dentro de dias, voltam para a cidade chinesa de
Xangai, onde já encontraram novos empregos.
A precariedade e o desemprego em Portugal,
aliados ao desejo de enfrentar novos desafios,
levaram ambos a concorrer ao programa de
estágios internacionais Inov Contacto. “Não podia
calhar melhor: em termos de negócios, estamos
no centro do mundo, ainda por cima no ano da
Expo 2010”, destaca Gisela Almeida. A jovem
natural do Porto vai trabalhar em Xangai até ao
final do ano e depois planeia continuar a lidar
com a exportação de vinhos, mas já em Lisboa.
David Ortigoso, da Marinha Grande, tem outros
planos: “Tenho uma espécie de espírito de
missão e quero ajudar a implantar os produtos
portugueses em Xangai”, onde não existe um
único restaurante ou espaço português - sendo
que italianos, brasileiros ou espanhóis, por
exemplo, são às dezenas.
Os dois garantem que “o mercado chinês
compensa” em quase qualquer tipo de aposta
que seja feita e Portugal pode não ter escala
para fornecer grandes quantidades, “mas pode
responder com produtos de qualidade”. “Não sei
se as empresas portuguesas já acordaram para
essa realidade”, sublinha David Ortigoso.
As extensas burocracias e a barreira da língua,
dado que poucas pessoas falam inglês ou outra
língua para além do chinês, podem tornar o país
ainda menos apetecível, “mas o português
desenrasca-se”. “Notamos que os portugueses
estão habituados a desenrascar-se, ou seja,
adaptam-se melhor às situações complicadas na
China do que outros estrangeiros que seguem
planos rigorosos”, acrescentam.
E nem o regime comunista parece ser
obstáculo no dia-a-dia. “Há otimismo entre os
chineses e eles têm mais sentido de união e
solidariedade” do que em Portugal ou noutros
países europeus. São características com que os
dois jovens definem Xangai, onde também
admiram a eficiência e disciplina dos
trabalhadores chineses.
“Às 17:30, saem todos, ninguém faz horas
extra, mas enquanto trabalham não se
dispersam”, descreve Gisela Almeida. “São muito
disciplinados e focados nas tarefas que têm entre
mãos”, acrescenta David Ortigoso. No caso dos
portugueses, as horas extra são quase
obrigatórias, dada a diferença horária: Xangai
está adiantada oito horas no inverno
relativamente a Lisboa e sete no verão (a China
não tem hora de verão).
Quando a noite começa a cair em Xangai, “vai
a manhã a meio em Portugal e é a altura em que
se estabelecem muitos contactos empresariais”.
Até para conversar com a família e amigos na
Internet é difícil, mas como ilustra Gisela
Almeida, sempre se arranja uma maneira: “O
meu namorado costuma acordar-me pelas sete da
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  • 20. Julho 2010 20 Xangai, China, 02 jul (Lusa) - Quando a noite começa a cair em Xangai, “vai a manhã a meio em Portugal”, salientaram à Lusa dois jovens portugueses para explicarem por que dizem viver sempre dois dias num só numa das maiores cidades do mundo. Gisela Almeida, 26 anos, e David Ortigoso, 29 anos, regressam a Portugal este sábado, depois de terem realizado estágios de seis meses em empresas portuguesas no setor dos vinhos. Mas dentro de dias, voltam para a cidade chinesa de Xangai, onde já encontraram novos empregos. A precariedade e o desemprego em Portugal, aliados ao desejo de enfrentar novos desafios, levaram ambos a concorrer ao programa de estágios internacionais Inov Contacto. “Não podia calhar melhor: em termos de negócios, estamos no centro do mundo, ainda por cima no ano da Expo 2010”, destaca Gisela Almeida. A jovem natural do Porto vai trabalhar em Xangai até ao final do ano e depois planeia continuar a lidar com a exportação de vinhos, mas já em Lisboa. David Ortigoso, da Marinha Grande, tem outros planos: “Tenho uma espécie de espírito de missão e quero ajudar a implantar os produtos portugueses em Xangai”, onde não existe um único restaurante ou espaço português - sendo que italianos, brasileiros ou espanhóis, por exemplo, são às dezenas. Os dois garantem que “o mercado chinês compensa” em quase qualquer tipo de aposta que seja feita e Portugal pode não ter escala para fornecer grandes quantidades, “mas pode responder com produtos de qualidade”. “Não sei se as empresas portuguesas já acordaram para essa realidade”, sublinha David Ortigoso. As extensas burocracias e a barreira da língua, dado que poucas pessoas falam inglês ou outra língua para além do chinês, podem tornar o país ainda menos apetecível, “mas o português desenrasca-se”. “Notamos que os portugueses estão habituados a desenrascar-se, ou seja, adaptam-se melhor às situações complicadas na China do que outros estrangeiros que seguem planos rigorosos”, acrescentam. E nem o regime comunista parece ser obstáculo no dia-a-dia. “Há otimismo entre os chineses e eles têm mais sentido de união e solidariedade” do que em Portugal ou noutros países europeus. São características com que os dois jovens definem Xangai, onde também admiram a eficiência e disciplina dos trabalhadores chineses. “Às 17:30, saem todos, ninguém faz horas extra, mas enquanto trabalham não se dispersam”, descreve Gisela Almeida. “São muito disciplinados e focados nas tarefas que têm entre mãos”, acrescenta David Ortigoso. No caso dos portugueses, as horas extra são quase obrigatórias, dada a diferença horária: Xangai está adiantada oito horas no inverno relativamente a Lisboa e sete no verão (a China não tem hora de verão). Quando a noite começa a cair em Xangai, “vai a manhã a meio em Portugal e é a altura em que se estabelecem muitos contactos empresariais”. Até para conversar com a família e amigos na Internet é difícil, mas como ilustra Gisela Almeida, sempre se arranja uma maneira: “O meu namorado costuma acordar-me pelas sete da manhã e ficamos um pouco à conversa. É a hora a que se está a deitar em Portugal”. David Ortigoso | Portfolio
  • 22. Navio-Escola Sagres atracado no porto de Shanghai por ocasião da sua 3ª Circum-navegação e visita à Exposição Mundial de Shanghai – Agosto de 2010