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DOCENTES:
Arq. José Cochofel
Arq. Remígio Chilaúle
LABORATÓRIO
DE ARQUITECTURA II
UEM
Faculdade de Arquitectura e
Planeamento Físico
Jeremias Aminosse
Alfai Bene
MAPUTO
2015
CHARLES CORREA
ÍNDICE
Título: CHARLES CORREA
1.Prefácio
2.CHARLES CORREA, arquitecto
2.1. Princípios
2.2. PRINCIPAIS OBRAS
2.2.1. Memorial a Mahatma Gandhi
2.2.2. Edifício residencial Kanchanjunga
2.2.3. Centro Champalimaud para o Desconhecido
2.2.4. Edifício da British Council
2.2.5. Casa incremental
2.2.6. Casa Tubo
3. Outras obras
4. Últimas considerações
5. Bibliografia
CHARLES CORREA
1. Introdução
O documento retracta a vida, filosofia e obra do
homem que foi considerado o maior arquitecto da
Índia, celebrado pela sua sensibilidade aos pobres e no
uso de métodos e materiais tradicionais . Charles
Correa foi um arquitecto indiano, urbanista e
activista, nascido a 1 de Setembro de 1930, em
Secunderabad, e falecido a 16 Junho de 2015 em
Mumbai, Índia.
Correa começou seus estudos superiores em St. Faculdade de
Xavier, Mumbai na Universidade de Bombaim (actual Mumbai)
e passou a estudar nos Estados Unidos, na Universidade de
Michigan em Ann Arbor (1949-1953) e do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge,
Massachusetts (1953-1955).
CHARLES CORREA
O principal objectivo deste trabalho é dar a
conhecer as soluções e qualidades espaciais
presentes nas obras de Charles Correa.
Em 1958 regressou a Índia e estabeleceu-se como
arquitecto, pouco mais de uma década depois da
independência da Índia.
Ao longo da sua vida ele foi atribuído vários
prémios, com destaque ao da medalha de ouro pelo
Royal Institute of British Architects entre outros.
CHARLES CORREA
2. CHARLES CORREA
Arquitecto
2.1. Princípios
 Identidade;
 Geração de renda;
 Tentar explorar um local dentro de um ambiente moderno;
 Ênfase aos recursos existentes numa região, à energia, às alterações climáticas
como principais factores determinantes no processo de organização de espaço;
 Abertura ao céu – criando diferenças entre o habitat e claustrofobia (medo
de estar num lugar fechado ou apertado);
 A aplicação de terraços individuais foi incrementada em especial para os edifícios
de baixa renda bem como aos de grande altura em Mumbai;
 Aplicação de jardim em varandas, de preferência em edifícios de dupla altura.
CHARLES CORREA
2.2.1. Memorial ao Mahatma Gandhi (Gandhi Smarak Sangrahalaya)
AHMEDABAD, ÍNDIA (1958-1963)
Esta obra foi feita em homenagem ao pacifista
e líder do movimento pela independência da
Índia, Mahatma Gandhi.
Foi a primeira a lhe trazer fama internacional.
É um museu dedicado a preservar o trabalho e
a memória e comemorar a vida de Gandhi.
Pátio de água, refrescando o calor árido do
Ahmedabad
Consistia originalmente em 51
unidades modulares, cada uma
com 6x6 metros, em torno de
um pátio de água.PLANTA DO PISO TÉRREO
2.2. PRINCIPAIS OBRAS
CHARLES CORREA
Materiais usados:
-Mosaico;
-Tijolo (em paredes)
-pedra e de madeira (Chão)
PLANTA DE COBERTURA
CORTE E FACHADA
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
2.2.2. Edifício residencial Kanchanjunga
ÍNDIA, BOMBAIM, (1970-83)
O edifício está orientado de este-oeste para proporcionar a
brisa da praia e uma melhor vista à cidade: de um lado o
Mar Arábico e do outro o porto. Mas, infelizmente, essas são
a direções de sol quente, de chuva e ventos fortes.
Jardim terraço
CHARLES CORREA
Os antigos bangalós resolveram estes problemas por envolver uma camada
protectora de varanda das principais áreas de estar, proporcionando aos
ocupantes um elemento de defesa.
Kanchanjunga é
um condomínio de
32 apartamentos
de luxo de
diferentes tipos,
variando de 3 a 6
quartos cada. Tem
28 andares (85m
de altura) e cada
apartamento é
um quadrado de
441 m².
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
Núcleo central
Fachada
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
2.2.3. Centro Champalimaud para o Desconhecido
LISBOA, PORTUGAL (2007-2010)
A Fundação Champalimaud é uma fundação
portuguesa de apoio à investigação biomédica.
O Centro ocupa uma área de 60.000 m², em
uma área exclusiva da cidade de Lisboa, à
beira-mar de Pedrouços, perto da magnífica
Torre de Belém .
Contém uma forma curva de pedra
com vãos circulares.
É composto por dois edifícios, cujo
primeiro é constituído por laboratórios de
pesquisa e salas de tratamento e no
segundo por um auditório e área de
exposição.
Tem um passeio central que cruza o
espaço entre os edifícios, que dá acesso a
duas estruturas monolíticas feitas de
pedras e um anfiteatro exterior.
CHARLES CORREA
Em cima do passeio há
um corredor cilíndrico
que interliga os dois
edifícios.
Ponte de Vidro
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
2.2.4. Edifício da British Council
DELI, INDIA, (1987-92)
Este novo prédio para o British Council abriga um
número de funções diversas, incluindo uma
biblioteca, um auditório e uma galeria de artes e a
sede dos seus escritórios na Índia. Estes elementos
estão dispostos em uma série de camadas,
recordando o histórico das relações existentes entre
a Índia e a Grã-Bretanha ao longo dos últimos
séculos.
Portão de entrada Planta baixa
CHARLES CORREA
Do principal portão de entrada, há um
eixo principal que move-se para baixo
estendendo-se até ao jardim das
traseiras na parede. Os três pontos
fulcrais ao longo deste eixo estão
estruturados em torno de três eixos
mundi, cada recordando um dos
princípios ou crenças dos sistemas que
existem no sub-continente indiano.
O mais distante é o eixo mundi do hinduísmo, uma espiral que simboliza
Bindu- o centro de energia do Cosmos. O próximo ponto nodal, localizado no
pátio principal, centrado em torno de outro imagem mítica: a islâmica
tradicional Char Bagh, ou seja Jardim do Paraíso. O terceiro ponto nodal ao
longo deste eixo é um ícone, feito de mármore e granito, usado para
representar a época das luzes. Incluindo o valores mítico da Ciência e do
progresso.
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
2.2.5. Casa incremental
BELAPUR, NOVA BOMBAIM, (1983-86)
Este projecto, localizado a cerca de 2km
do centro da cidade de Bombaim, possui
uma área de 5,4 hectares desenvolvidos
para abrigar 500 pessoas (100 famílias)
por hectare - um total de cerca de 550
famílias.
O projecto utiliza um princípio
primordial: cada unidade está em seu
próprio terreno para permitir a expansão.
O terreno do projecto é constituído por uma
hierarquia de espaços comunitários, começando
com um pequeno pátio com jardim comum de
8m x 8m em torno das quais sete casas estão
agrupadas.
CHARLES CORREA
Cada uma destas casas é constituída
por uma parte de terra, para que as
famílias possam ter a uma grande
vantagem ao criarem espaços abertos
ao céu.
Além disso, eles não compartilham
qualquer parte de paredes com os seus
vizinhos - que faz dessas casas
verdadeiramente incremental, uma vez
que cada família pode alargar
independentemente a sua própria casa
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
2.2.6. Casa Tubo
AHMEDABAD, INDIA, (1961-62)
A Casa tubo, para o Gujarat Housing Board,
também conhecido "tube house", foi o
primeiro ganhador do prêmio na Índia para
habitação de baixo custo. Essas filas de casas
tem mesma densidade e extensão do espaço
habitado por família. Cada unidade é
concebida de forma que o ar quente saia da
parte superior, criando uma convenção de
correntes permitindo a ventilação natural.
Corte (dia) Corte (noite)
CHARLES CORREA
Planta baixa
CHARLES CORREA
3. Outras obras
HINDUSTAN LEVER PAVILION
Delhi, 1961
JAWAHAR KALA KENDRA
Jaipur, 1986-92
LIC BUILDING
Delhi, 1986
VIDHAN BHAVAN
Bhopal, 1980
CASA PREVI
Lima, Perú, 1969-73
KOVALAM BEACH RESORT
Kerala, 1969-74
CHARLES CORREA
CHARLES CORREA
CASA PAREKH
Ahmedabad, 1976-68
MUSEU NACIONAL DE
ARTESANATO
Delhi, 1975-90
MRF HEADQURTERS
Madras, 1987-92
PLANEAMENTO DE
BOMBAIM
Bombaim, 1964
RAMKRISHNA HOUSING
Ahmedabad, 1969
TARA GROUP HOUSING
Delhi, 1975-78
INDIA PAVILION
Osaka, Japao, 1969
CHARLES CORREA
4. Conclusão
Charles Correa dedicou- se a diferentes vertentes do seu ofício, entre
projectos residenciais, planeamento urbano, desenvolvimento de habitações
sociais e de ensino académico. As suas obras não foram feitas somente na
Índia, como também foram realizadas em diferentes partes do mundo.
Para Charles Correa, o pátio, como o contacto com o céu aberto, além de
remediar uma condição precária da súbita metropolização da cidade indiana,
retracta uma tradição cultural de realização das actividades diárias -
preparar a comida, elaborar festas ou mesmo os encontros mais prosaicos - e
da escala religiosa da cultura local.
Preocupado desde o início da sua carreira em melhorar a qualidade de vida
do seu país, ele realizou feitos que lhe garantiram o título de maior
incentivador do movimento moderno da arquitectura indiana.
CHARLES CORREA
5. Bibliografia
• FRAMPTON, Kenneth, Charles Correa, Editora Thames Hundson ltd, Londres,
1996
• http://www.archdaily.com/151844/ad-classics-kanchanjunga-apartments-
charles-correa
• https://es.wikipedia.org/wiki/Charles_Correa
• www.charlescorea.net
• http://pt.slideshare.net/AnantNautiyal/ar-charles-correa?qid=a1475665-
f449-420b-b0c2-75f33cddde1b&v=default&b=&from_search=3
• www.publico.net/culturaipsilon/noticia/morreu-o-arquitecto-charles-corea-
1699235
• http://visao.sapo.pt/morreu-arquiteto-indiano-charles-correa-autor-do-
centro-champalimaud=f822897
• http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/arquitetos/falece-charles-
correa-considerado-o-maior-arquiteto-da-india-355617-1.aspx
CHARLES CORREA
• http://www.fa.ulisboa.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=3247
%3Ahomenagem-a-charles-correa&catid=212%3Apress-
release&Itemid=380&lang=en
• http://www.archdaily.com/373265/charles-correa-india-s-greatest-
architect/5193c2f4b3fc4bc96a0000ec-charles-correa-india-s-greatest-
architect-photo
• http://casavogue.globo.com/Arquitetura/Gente/noticia/2015/06/morre-o-
indiano-charles-correa.html
• http://archnet.org/publications/7087

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Charles correa

  • 1. DOCENTES: Arq. José Cochofel Arq. Remígio Chilaúle LABORATÓRIO DE ARQUITECTURA II UEM Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico Jeremias Aminosse Alfai Bene MAPUTO 2015
  • 2. CHARLES CORREA ÍNDICE Título: CHARLES CORREA 1.Prefácio 2.CHARLES CORREA, arquitecto 2.1. Princípios 2.2. PRINCIPAIS OBRAS 2.2.1. Memorial a Mahatma Gandhi 2.2.2. Edifício residencial Kanchanjunga 2.2.3. Centro Champalimaud para o Desconhecido 2.2.4. Edifício da British Council 2.2.5. Casa incremental 2.2.6. Casa Tubo 3. Outras obras 4. Últimas considerações 5. Bibliografia
  • 3. CHARLES CORREA 1. Introdução O documento retracta a vida, filosofia e obra do homem que foi considerado o maior arquitecto da Índia, celebrado pela sua sensibilidade aos pobres e no uso de métodos e materiais tradicionais . Charles Correa foi um arquitecto indiano, urbanista e activista, nascido a 1 de Setembro de 1930, em Secunderabad, e falecido a 16 Junho de 2015 em Mumbai, Índia. Correa começou seus estudos superiores em St. Faculdade de Xavier, Mumbai na Universidade de Bombaim (actual Mumbai) e passou a estudar nos Estados Unidos, na Universidade de Michigan em Ann Arbor (1949-1953) e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge, Massachusetts (1953-1955).
  • 4. CHARLES CORREA O principal objectivo deste trabalho é dar a conhecer as soluções e qualidades espaciais presentes nas obras de Charles Correa. Em 1958 regressou a Índia e estabeleceu-se como arquitecto, pouco mais de uma década depois da independência da Índia. Ao longo da sua vida ele foi atribuído vários prémios, com destaque ao da medalha de ouro pelo Royal Institute of British Architects entre outros.
  • 5. CHARLES CORREA 2. CHARLES CORREA Arquitecto 2.1. Princípios  Identidade;  Geração de renda;  Tentar explorar um local dentro de um ambiente moderno;  Ênfase aos recursos existentes numa região, à energia, às alterações climáticas como principais factores determinantes no processo de organização de espaço;  Abertura ao céu – criando diferenças entre o habitat e claustrofobia (medo de estar num lugar fechado ou apertado);  A aplicação de terraços individuais foi incrementada em especial para os edifícios de baixa renda bem como aos de grande altura em Mumbai;  Aplicação de jardim em varandas, de preferência em edifícios de dupla altura.
  • 6. CHARLES CORREA 2.2.1. Memorial ao Mahatma Gandhi (Gandhi Smarak Sangrahalaya) AHMEDABAD, ÍNDIA (1958-1963) Esta obra foi feita em homenagem ao pacifista e líder do movimento pela independência da Índia, Mahatma Gandhi. Foi a primeira a lhe trazer fama internacional. É um museu dedicado a preservar o trabalho e a memória e comemorar a vida de Gandhi. Pátio de água, refrescando o calor árido do Ahmedabad Consistia originalmente em 51 unidades modulares, cada uma com 6x6 metros, em torno de um pátio de água.PLANTA DO PISO TÉRREO 2.2. PRINCIPAIS OBRAS
  • 7. CHARLES CORREA Materiais usados: -Mosaico; -Tijolo (em paredes) -pedra e de madeira (Chão) PLANTA DE COBERTURA CORTE E FACHADA
  • 10. CHARLES CORREA 2.2.2. Edifício residencial Kanchanjunga ÍNDIA, BOMBAIM, (1970-83) O edifício está orientado de este-oeste para proporcionar a brisa da praia e uma melhor vista à cidade: de um lado o Mar Arábico e do outro o porto. Mas, infelizmente, essas são a direções de sol quente, de chuva e ventos fortes. Jardim terraço
  • 11. CHARLES CORREA Os antigos bangalós resolveram estes problemas por envolver uma camada protectora de varanda das principais áreas de estar, proporcionando aos ocupantes um elemento de defesa. Kanchanjunga é um condomínio de 32 apartamentos de luxo de diferentes tipos, variando de 3 a 6 quartos cada. Tem 28 andares (85m de altura) e cada apartamento é um quadrado de 441 m².
  • 18. CHARLES CORREA 2.2.3. Centro Champalimaud para o Desconhecido LISBOA, PORTUGAL (2007-2010) A Fundação Champalimaud é uma fundação portuguesa de apoio à investigação biomédica. O Centro ocupa uma área de 60.000 m², em uma área exclusiva da cidade de Lisboa, à beira-mar de Pedrouços, perto da magnífica Torre de Belém . Contém uma forma curva de pedra com vãos circulares. É composto por dois edifícios, cujo primeiro é constituído por laboratórios de pesquisa e salas de tratamento e no segundo por um auditório e área de exposição. Tem um passeio central que cruza o espaço entre os edifícios, que dá acesso a duas estruturas monolíticas feitas de pedras e um anfiteatro exterior.
  • 19. CHARLES CORREA Em cima do passeio há um corredor cilíndrico que interliga os dois edifícios. Ponte de Vidro
  • 25. CHARLES CORREA 2.2.4. Edifício da British Council DELI, INDIA, (1987-92) Este novo prédio para o British Council abriga um número de funções diversas, incluindo uma biblioteca, um auditório e uma galeria de artes e a sede dos seus escritórios na Índia. Estes elementos estão dispostos em uma série de camadas, recordando o histórico das relações existentes entre a Índia e a Grã-Bretanha ao longo dos últimos séculos. Portão de entrada Planta baixa
  • 26. CHARLES CORREA Do principal portão de entrada, há um eixo principal que move-se para baixo estendendo-se até ao jardim das traseiras na parede. Os três pontos fulcrais ao longo deste eixo estão estruturados em torno de três eixos mundi, cada recordando um dos princípios ou crenças dos sistemas que existem no sub-continente indiano. O mais distante é o eixo mundi do hinduísmo, uma espiral que simboliza Bindu- o centro de energia do Cosmos. O próximo ponto nodal, localizado no pátio principal, centrado em torno de outro imagem mítica: a islâmica tradicional Char Bagh, ou seja Jardim do Paraíso. O terceiro ponto nodal ao longo deste eixo é um ícone, feito de mármore e granito, usado para representar a época das luzes. Incluindo o valores mítico da Ciência e do progresso.
  • 28. CHARLES CORREA 2.2.5. Casa incremental BELAPUR, NOVA BOMBAIM, (1983-86) Este projecto, localizado a cerca de 2km do centro da cidade de Bombaim, possui uma área de 5,4 hectares desenvolvidos para abrigar 500 pessoas (100 famílias) por hectare - um total de cerca de 550 famílias. O projecto utiliza um princípio primordial: cada unidade está em seu próprio terreno para permitir a expansão. O terreno do projecto é constituído por uma hierarquia de espaços comunitários, começando com um pequeno pátio com jardim comum de 8m x 8m em torno das quais sete casas estão agrupadas.
  • 29. CHARLES CORREA Cada uma destas casas é constituída por uma parte de terra, para que as famílias possam ter a uma grande vantagem ao criarem espaços abertos ao céu. Além disso, eles não compartilham qualquer parte de paredes com os seus vizinhos - que faz dessas casas verdadeiramente incremental, uma vez que cada família pode alargar independentemente a sua própria casa
  • 31. CHARLES CORREA 2.2.6. Casa Tubo AHMEDABAD, INDIA, (1961-62) A Casa tubo, para o Gujarat Housing Board, também conhecido "tube house", foi o primeiro ganhador do prêmio na Índia para habitação de baixo custo. Essas filas de casas tem mesma densidade e extensão do espaço habitado por família. Cada unidade é concebida de forma que o ar quente saia da parte superior, criando uma convenção de correntes permitindo a ventilação natural. Corte (dia) Corte (noite)
  • 34. 3. Outras obras HINDUSTAN LEVER PAVILION Delhi, 1961 JAWAHAR KALA KENDRA Jaipur, 1986-92 LIC BUILDING Delhi, 1986 VIDHAN BHAVAN Bhopal, 1980 CASA PREVI Lima, Perú, 1969-73 KOVALAM BEACH RESORT Kerala, 1969-74 CHARLES CORREA
  • 35. CHARLES CORREA CASA PAREKH Ahmedabad, 1976-68 MUSEU NACIONAL DE ARTESANATO Delhi, 1975-90 MRF HEADQURTERS Madras, 1987-92 PLANEAMENTO DE BOMBAIM Bombaim, 1964 RAMKRISHNA HOUSING Ahmedabad, 1969 TARA GROUP HOUSING Delhi, 1975-78 INDIA PAVILION Osaka, Japao, 1969
  • 36. CHARLES CORREA 4. Conclusão Charles Correa dedicou- se a diferentes vertentes do seu ofício, entre projectos residenciais, planeamento urbano, desenvolvimento de habitações sociais e de ensino académico. As suas obras não foram feitas somente na Índia, como também foram realizadas em diferentes partes do mundo. Para Charles Correa, o pátio, como o contacto com o céu aberto, além de remediar uma condição precária da súbita metropolização da cidade indiana, retracta uma tradição cultural de realização das actividades diárias - preparar a comida, elaborar festas ou mesmo os encontros mais prosaicos - e da escala religiosa da cultura local. Preocupado desde o início da sua carreira em melhorar a qualidade de vida do seu país, ele realizou feitos que lhe garantiram o título de maior incentivador do movimento moderno da arquitectura indiana.
  • 37. CHARLES CORREA 5. Bibliografia • FRAMPTON, Kenneth, Charles Correa, Editora Thames Hundson ltd, Londres, 1996 • http://www.archdaily.com/151844/ad-classics-kanchanjunga-apartments- charles-correa • https://es.wikipedia.org/wiki/Charles_Correa • www.charlescorea.net • http://pt.slideshare.net/AnantNautiyal/ar-charles-correa?qid=a1475665- f449-420b-b0c2-75f33cddde1b&v=default&b=&from_search=3 • www.publico.net/culturaipsilon/noticia/morreu-o-arquitecto-charles-corea- 1699235 • http://visao.sapo.pt/morreu-arquiteto-indiano-charles-correa-autor-do- centro-champalimaud=f822897 • http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/arquitetos/falece-charles- correa-considerado-o-maior-arquiteto-da-india-355617-1.aspx
  • 38. CHARLES CORREA • http://www.fa.ulisboa.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=3247 %3Ahomenagem-a-charles-correa&catid=212%3Apress- release&Itemid=380&lang=en • http://www.archdaily.com/373265/charles-correa-india-s-greatest- architect/5193c2f4b3fc4bc96a0000ec-charles-correa-india-s-greatest- architect-photo • http://casavogue.globo.com/Arquitetura/Gente/noticia/2015/06/morre-o- indiano-charles-correa.html • http://archnet.org/publications/7087