1. Corpo, gênero e sexualidade: discussões
Corpo,
Corpo, gênero e sexualidade: relações entre o aumento do número de mulheres
que trabalham fora do âmbito doméstico e o
um debate contemporâneo na crescimento da obesidade na população norte-
educação. americana, Dagmar Estermann Meyer defende,
no primeiro capítulo, o conceito de gênero como
instrumento teórico e político para o
LOURO, Guacira Lopes; NECKEL, Jane
estranhamento das desigualdades sociais, bem
Felipe; GOELLNER, Silvana Vilodre como um recurso para os educadores na medida
(Orgs.). em que possibilita a desnaturalização das
verdades (incluindo as produzidas pelo discurso
científico). Para sustentar esses argumentos, Meyer
Petrópolis: Vozes, 2003. 191 p. retoma o conceito de gênero sob o enfoque do
feminismo pós-estruturalista, que compreende a
linguagem como, para além de representação,
Essa obra, composta por 13 capítulos, é de
produção de corpos femininos e masculinos.
autoria de pesquisadores participantes de dois
Nessa perspectiva, gênero é ferramenta para a
grupos de estudos, a saber: Geerge (Grupo de
desnaturalização, apontando para a polissemia
Estudos de Educação e Relações de Gênero,
de masculinidades e feminilidades que se
ligado ao Programa de Pós-graduação em
articulam a muitas ‘marcas’ sociais como classe,
Educação da Universidade Federal do Rio Grande
etnia, entre outras. Finalmente, a autora exercita
do Sul) e Grecco (Grupo de Estudos sobre Cultura
esse olhar tecendo questões no âmbito educativo,
e Corpo, ligado ao Programa de Pós-graduação
para então retornar à notícia com que abre seu
em Ciências do Movimento Humano da
texto, destacando como as pedagogias culturais
Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
podem, ao veicular determinadas ‘descobertas
Tendo como ponto de par tida (e de
científicas’, mascarar suas condições de
chegada!) um artigo de jornal que estabelece
186 Estudos Feministas, Florianópolis, 13(1): 179-199, janeiro-abril/2005
2. produção, reproduzindo representações de mais do que revelar múltiplas posições de sujeito,
gênero em vez de fomentar reflexões que as não devem ser tomadas como novo centro, pois
concebam como historicamente constituídas. tal movimento corresponderia simplesmente à
No segundo capítulo, Silvana Vilodre inversão dos pólos margem e núcleo. Por outro
Goellner, tendo como referência os Estudos lado, não se pode desconsiderar o caráter
Culturais e a História do Corpo, igualmente referencial – ainda que da ordem da ficção –
defende que a linguagem constrói o corpo (sendo que o padrão central assume na construção dos
este não apenas organismo, mas também os currículos: ser homem, por exemplo, acaba sendo
adereços e gestos que o formatam), conferindo- naturalizado na medida em que se consolida
lhe marcas de feiúra ou beleza, anormalidade como a norma, em relação à qual se estabelece,
ou normalidade. Se por um lado a autora atesta como excêntrico, alternativo, “o dia da mulher”.
a historicidade do corpo, ressalta também que a A tolerância, logo, é assimétrica. Louro propõe
classificação é sempre política, já que implica uma mudança epistemológica: que sejam
exclusão de uns corpos e aceitação de outros. questionados os discursos de ‘aceitação’ das
Goellner aponta, ainda, que atualmente o corpo diferenças, em prol de uma reflexão acerca das
ocupa lugar central na definição do sujeito: criar condições de produção dessas diferenças, dos
um corpo esbelto, sarado, é marcar uma modos pelos quais elas são construídas; que as
identidade. Além disso, o cuidado para tornar o identidades culturais que parecem estranhas em
corpo saudável – tal como prescrito pelas sala de aula sejam apreendidas na sua
pedagogias culturais – é dever, tarefa que, se transitoriedade e complexidade, e possibilitem a
não cumprida, revela ‘desleixo’. Goellner educadoras e educadores reconhecer o caráter
historiciza as práticas sociais de cuidado com o igualmente inventivo, produzido historicamente,
corpo; lembra que se nos séculos XVI e XVII os de suas próprias ‘figuras’.
banhos eram considerados como danosos à pele, Partindo dos Estudos Culturais e das
e que a partir do século XVIII o asseio é visto como contribuições de Michel Foucault para os Estudos
fator fundamental para a conservação do corpo Feministas, Jane Felipe Neckel se propõe, no
– um corpo que, tal como as máquinas a vapor quarto capítulo, a discutir a erotização das
desse período, foi objeto da ciência para que se imagens femininas, especialmente no que se
tornasse limpo, produtivo, trabalhando sem refere às meninas. Mesmo as pequenas se
desperdício de energia. Convergiam para esse deparam com a construção cultural de um corpo
fim medidas educativas que condicionavam os pela mídia que, através de sacrifícios e múltiplas
gestos; a ginástica dava forma ao físico, aos formatações, seria a materialização de uma
sentimentos e ao caráter. O escrutínio médico beleza inerente ao feminino, naturalmente fútil e
hierarquizava sujeitos de acordo com pistas fetichizada. A autora retoma Shirley Steinberg1
biológicas: cor de pele, sexo anatômico, formato para localizar na década de 1950 o
do crânio. A autora sinaliza que ainda hoje direcionamento de produtos específicos para o
estamos sujeitos a alguns desses valores, cuidado com o corpo das/para as crianças. Ao
enquanto outros se perderam. Alerta que próteses, consumo são associadas imagens que articulam
implantes, vitaminas oferecem restrições e infância e desejo, o que Tatiana Landini2 explicita
liberdade, pois ampliam funções e expressões como a existência de uma “erótica infantil”. Assim
corporais, sendo também formas de disciplina e sendo, Neckel aponta uma contradição, pois, ao
controle. mesmo tempo que se condenam
Guacira Lopes Louro, no terceiro capítulo, veementemente atos sexuais que envolvam
inicia reconhecendo a imprevisibilidade e a crianças e adultos, cria-se uma esfera
metamorfose constante como marcadores, comercializável na qual as crianças e a sedução
desde a década de 1960, para nosso tempo. se entrelaçam, em um tipo de ‘pedofilização’
Refutando o imobilismo que pode resultar de um generalizada. Partindo desse ponto, Neckel
retorno ao passado, propõe que educadoras e historiciza a pedofilia, passando pelos conceitos
educadores assumam essas mutações que os dicionarizados e por práticas sexuais com
confrontam, como mola propulsora para discutir crianças em diferentes tempos e culturas. A autora
idéias como a de ‘tolerância’ e ‘aceitação da rompe com noções estereotipadas e
diferença”, com o intuito de refletir sobre os naturalizantes, afirmando que a eleição do alvo
currículos e a prática pedagógica. A autora sexual é construída historicamente por um
salienta que as novas identidades culturais (que determinado coletivo. As imagens que povoam
se distinguem do modelo central de homem nosso cotidiano, portanto, devem levar a um
branco ocidental, classe média e heterossexual), questionamento acerca dos processos de
Estudos Feministas, Florianópolis, 13(1): 179-199, janeiro-abril/2005 187
3. constituição das identidades de gênero de aquilo que a escola nega e produz, para
adultos e crianças. identidades sociais marcadas por etnia, classe,
Jimena Furlani, no quinto capítulo, busca geração e gênero que ali se constituem.
discutir a educação sexual para crianças sob Alex Branco Fraga, no sétimo capítulo, parte
uma perspectiva em que a sexualidade constitui de uma matéria publicada pela revista Veja que
o sujeito em todas as etapas de sua existência, o traz uma entrevista com João Paulo Diniz sobre
que requer da escola uma dedicação um acidente de helicóptero por ele vivenciado,
continuada a essa temática, e não apenas em que culminou com a morte de sua namorada, a
atividades localizadas. Esta proposta tem como modelo Fernanda Vogel. O autor não visa a
norte a desconstrução de padrões acerca da investigar outro possível desfecho para o acidente,
sexualidade; partindo da linguagem com a qual tampouco identificar supostos culpados, mas sim
educadoras e educadores introduzem as atentar ‘ao texto’. Fraga enfoca a sutil
discussões em sala de aula, Furlani enfatiza que contraposição entre o estilo de vida de João,
a escola não apenas reproduz modelos de calcado em uma rigorosa e intensa rotina de
normalidade, mas também os engendra. Para a exercícios, e o de Fernanda, que aparece
autora, a escolha do vocabulário que se utiliza caracterizado pelo pedido do namorado para
está atravessada pelas relações de poder. O uso que deixe de fumar. Para o autor, esse discurso
do ‘homem’, enquanto genérico, para tratar da sintetiza de certa forma algo disseminado na
espécie humana é criticado por Furlani, que o contemporaneidade, a saber, a valorização de
localiza em um momento histórico anterior ao um estilo de vida no qual o sujeito investe em si
movimento feminista. De modo semelhante, a mesmo por meio da ‘boa forma’. Esse discurso
frase “meninos têm pênis, meninas têm vagina” hoje vem tomando um rumo um tanto ‘mórbido’,
pontua na menina um órgão que não é visível, o responsabilizando o sedentário pelo próprio
que traz mais confusão do que explicação sobre destino infeliz. Assim, a despeito da imagem de
as diferenças anatômicas. Por outro lado, esse top model estampada nas revistas, Fernanda
modo de associar a sexualidade à reprodução perdeu pela fraqueza na corrida pela saúde.
implica manter a heterossexualidade como Fraga destaca esse episódio na medida em que
modelo, bem como menosprezar o prazer e outras põe em relevo, de um lado, o modelo
práticas sexuais que não a penetração vaginal. hegemônico de masculinidade e, de outro, a
Seguindo a autora, a ênfase no ‘aparelho repetição de um padrão que recita que a mulher,
reprodutor’ desconsidera que a sexualidade está ‘por ter menos fôlego’, submerge.
presente em crianças e idosos, favorecendo a O oitavo capítulo, de Sandra dos Santos
cristalização de preconceitos. Andrade, inicia pela análise de uma seção da
No sexto capítulo, Rosimeri Aquino da Silva revista Boa Forma intitulada “Desafio de verão”.
e Rosângela Soares pretendem discutir as O referido segmento revela exercícios de poder,
relações entre a escola e as concepções de dado o caráter disciplinador e prescritivo
juventude produzidas pela mídia, através de assumido pela revista. O controle do corpo
exemplos da emissora MTV e dados coletados em feminino, materializado nas rotinas de atividades
uma pesquisa realizada em uma escola pública físicas e restrições alimentares, incita a um
de Porto Alegre. O artigo busca problematizar as determinado tipo de consumismo, pois não seria
falas de professoras e professores que focalizam o ascetismo o caminho para o corpo ideal, mas
a influência da mídia sobre a juventude e o consumo de produtos específicos que adquirem
advogam que os interesses dos jovens estariam o rótulo de ‘saudáveis’. Aliás, Andrade destaca
predominantemente fora dos muros da escola. que continuamente o modelo de beleza se funde
Por um lado, as autoras destacam que as relações ao de saúde. A autora salienta ainda que, embora
entre mídia, juventude e escola são complexas; as palavras enfatizem que para seguir adiante em
se a tendência escolar é sustentar algumas uma dieta basta força de vontade e autocontrole,
normas, concordando com Guacira Louro3 que as imagens de alimentos veiculadas pela revista
os currículos podem fixar, por exemplo, um são manipuladas cuidadosamente para mobilizar
modelo de heterossexualidade, a televisão pode o desejo. Andrade localiza a importância de
explorar outras possibilidades, como a refletir sobre esses aspectos na medida em que o
homossexualidade. De outra parte, a escola não corpo, não sendo separado da mente, está
se resume à esfera cognitiva, potencializando implicado nesses processos educativos das
espaços sociais de encontros e exercício da pedagogias culturais.
sexualidade para os jovens. Dessa feita, as autoras No nono capítulo, Márcia Luiza Machado
retomam Louro:4 é preciso que se atente para Figueira propõe abordar a revista Capricho no
188 Estudos Feministas, Florianópolis, 13(1): 179-199, janeiro-abril/2005
4. que se refere à constituição do corpo adolescente público não possa estranhar e estabelecer outras
feminino na contemporaneidade. Isso porque, se relações e formas de compreender o que está
ao tratar das atividades físicas, dicas de moda e sendo transmitido.
embelezamento o corpo editorial da revista se A autora do décimo segundo capítulo,
coloca como orientador da adolescente para Claudia Cordeiro Rael, utiliza três desenhos
que se produza como um sujeito singular, Figueira animados da Disney a fim de discutir de que
considera que se ‘produzem’ saberes que ‘criam’ forma os discursos de gênero são veiculados,
um determinado modelo de corpo, de menina construindo um modo (ideal) de feminilidade. Rael
de classe média, branca e heterossexual. As top afirma que tais desenhos se valem de diversos
models são tomadas como norte, ‘glamourizando’ recursos simbólicos, como por exemplo o uso de
um estilo de vida no qual a vigilância constante cores claras e traços finos e suaves para
da própria aparência surge como naturalmente representar as heroínas e cores escuras e linhas
feminina. A autora enfatiza que a revista educa grossas conformando o grotesco para designar
não apenas pelo que afirma, mas ainda pelo que as vilãs e os vilões. As heroínas são consideradas
nega: o corpo obeso, ameaça vislumbrada que como diferentes pelo coletivo, e esse coletivo é
sustenta o autocontrole, não é retratado nas porta-voz do discurso que define o que é ser
páginas da revista. Figueira aponta também que mulher, discurso esse que parte do binarismo
a revista classifica como ‘defeitos’ aspectos que masculino/ feminino, no qual a mulher aparece
constituem o humano no corpo da grande como aquela que ocupa o espaço doméstico,
maioria das mulheres: estrias, celulite, rugas ou embelezando-o, e responsabiliza-se pela
espinhas são apresentadas como ‘anomalias’ que educação e cuidado do marido. A autora
precisam ser urgentemente extirpadas. reconhece aí a reprodução de padrões
Rosângela Soares, autora do décimo dominantes de sexualidade e a produção de
capítulo, discute, através da análise da versão identidades.
gay do programa Fica comigo da MTV, a Edvaldo Souza Couto, autor do décimo
dimensão política da sexualidade, já que terceiro capítulo, explicita o debate sobre as
relacionada à normatização e jogos de poder intervenções tecnológicas não apenas na
que a sustentam. A autora destaca as medidas atividade humana, mas também nos corpos.
cautelosas tomadas pela emissora para a Dada a complexidade da atualidade, alguns
realização do programa, como escolha autores defendem que seria necessário um novo
minuciosa dos participantes (tanto os corpo, mesclado à cibernética, para a
protagonistas como a platéia) e abordagem sobrevivência. Couto traz à tona a reflexão
prévia da temática da homossexualidade em filosófica sobre o que definiria o ser humano nessa
outros programas da grade. Essas condições, de perspectiva. O autor apresenta práticas de
acordo com Soares, engendraram um paradoxo, modificação das microestruturas corporais, bem
pois, ao mesmo tempo que marcaram a como discursos que preconizam a presença de
diferença do episódio gay em relação aos nano-robôs reguladores dos processos de
demais, maquiaram uma semelhança com os alimentação e funcionamento interno do corpo,
programas em que os casais eram heterossexuais. redimensionando o papel dos próprios órgãos.
Assim, ‘criou-se’ um homossexual próximo da As cirurgias estéticas reparadoras, então, seriam
normalidade, em uma tolerância que negou superadas pelas cirurgias transgressoras. O autor
outras formas de viver a homossexualidade, destaca como concepções de saúde e doença
mantendo o ponto de vista da heterossexualidade metamorfoseiam-se nesse contexto pós-humano
como padrão regulatório. e pós-biológico.
Ruth Sabat, no décimo primeiro capítulo, Finda a leitura da obra, penso que o fio
reflete acerca da publicidade, naquilo que ela condutor (apesar das dissonâncias entre autores)
representa enquanto modelos hegemônicos de é uma concepção do corpo como social e
masculinidade e feminilidade. Ainda que historicamente construído em discursos,
apareçam sob a égide do prazer e da atravessado pelas relações de poder. As
descontração, informes publicitários educam: pedagogias culturais e suas implicações na
partem de concepções existentes na sociedade, constituição das identidades de gênero, de
fixando-as, de modo que o público possa modos de experienciar, configurando a
compreendê-las e tomá-las como parâmetros corporeidade, foram igualmente uma constante.
reguladores da vida social. Assim, a unidade entre A linguagem é questionada como mero reflexo
imagem e palavra da publicidade delimita especular do real, sendo concebida como
significações, embora isso não garanta que o processo que normatiza e constitui sujeitos.
Estudos Feministas, Florianópolis, 13(1): 179-199, janeiro-abril/2005 189
5. Recortes de jornal e revista, desenhos animados... Notas
todos são reconhecidos como produtos e 1
STEINBERG, 1997.
produtores de saberes, sendo, portanto, 2
LANDINI, 2000.
importantes objetos de investigação. 3
LOURO, 2000.
Fundamental essa perspectiva, na medida em 4
LOURO, 1997.
que nos incita ao estranhamento: fecho o livro, R eferências bibliográficas
coloco-o na estante e ligo a televisão. Em uma
emissora, uma propaganda de desodorante LANDINI, Tatiana Savóia. Pornografia infantil na
mostra homens com vestidos vermelhos Internet: proliferação e visibilidade. 2000.
dançando e pessoas em uma arquibancada Dissertação (Mestrado em Sociologia) –
tampando os narizes, e aparece a mensagem Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
(escrita): “Por que os homens não são líderes de Humanas, Universidade de São Paulo.
torcida? Por que transpiram mais que as LOURO, Guacira. Gênero, sexualidade e
mulheres”. Penso... Trata-se então, simplesmente, educação: uma perspectiva pós-
de uma questão biológica, de odor e suor, o que estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997.
designa às mulheres vestidinhos justos e ______. “Corpo, escola e identidade”. Educação
movimentos sensuais, que ocupam o centro da & Realidade, Porto Alegre, v. 25, p. 59-76,
quadra para entreter o público enquanto o jul./dez. 2000.
(verdadeiro?) jogo não começa? Aciono o STEINBERG, Shirley. “Kindercultura: a construção
controle remoto, outra emissora; em um comercial da infância pelas grandes corporações”. In:
de novela, o ator José Mayer pergunta a Susana SILVA, Luiz Heron da et al (Org.). Identidade
Vieira: “O que te faz ter tanta certeza que tua social e a construção do conhecimento.
filha está por perto?” “Meu coração de mãe”. Porto Alegre: PMPA, 1997. p. 98-145.
Penso no poder desse (suposto) instinto materno,
que ‘naturalmente’ transpõe todas as barreiras e Kelly Bedin França
infalivelmente identifica, pelo sentimento, um filho Universidade Federal de Santa Catarina
perdido... Sorrio e desligo a televisão.
190 Estudos Feministas, Florianópolis, 13(1): 179-199, janeiro-abril/2005