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OFICINA

                     Futebol: Produção Literária Pernambucana.

                                                                               Por: Thiago Azevedo.
                                                                                 Diego Albuquerque.
Autores/torcedores pernambucanos no campo da bola.
“A Firula Poética do Futebol-arte” - José Miguel Wisnik.


Gilberto Freyre –
Artigo “Foot-ball mulato”, em 18.06. 1938.
Prefácio para o livro “O negro no futebol brasileiro”

        "O nosso estilo de jogar futebol me parece contrastar com o dos europeus por um conjunto
        de qualidades de surpresa, de manha, de astúcia, de ligeireza e, ao mesmo tempo, de brilho
        e de espontaneidade individual em que se exprime o mesmo mulatismo de que Nilo Peçanha
        foi até hoje a melhor afirmação na arte política. Os nossos passes, os nossos pitus, os
        nossos despistamentos, os nossos floreios com a bola, há alguma coisa de dança e de
        capoeiragem que marca o estilo brasileiro de jogar futebol, que arredonda e às vezes adoça
        o jogo inventado pelos ingleses e por eles e por outros europeus jogado tão angulosamente,
        tudo isso parece exprimir de modo interessantíssimo para os psicólogos e os sociólogos o
        mulatismo flamboyant e, ao mesmo tempo, malandro que está hoje em tudo que é afirmação
        verdadeira do Brasil".

       "[...] nosso futebol mulato, com seus floreios artísticos cuja eficiência - menos na defesa que
        no ataque - ficou demonstrada brilhantemente nos encontros deste ano com os poloneses e
        os tcheco-eslovacos, é uma expressão de nossa formação social, democrática como nenhuma
        e rebelde a excessos de ordenação interna e externa; a excessos de uniformização, de
        geometrização, de estandardização; a totalitarismos que façam desaparecer a variação
        individual ou espontaneidade pessoal.

Artigo “A propósito do futebol brasileiro”, de 18.06.1955,

Artigo “Ainda a propósito do futebol brasileiro”. Destaca o caráter individualista do estilo brasileiro.

Artigo “Futebol desbrasileirado?”, publicado no Diário de Pernambuco de 30.06.1974. Nele, criticou o
estilo da Seleção na primeira fase da Copa de 1974.

Artigo “A propósito de Pelé”, na Folha de S. Paulo de 03.09.1977. Nele, comparou Pelé aos escritores
Machado de Assis e Euclides da Cunha, ao compositor Heitor Villa-Lobos, ao arquiteto Oscar
Niemeyer ao bailarino russo Nijinski. O que une todos eles? Responde o autor: a genialidade.




José Lins do Rêgo –
O escritor pernambucano – e flamenguista fanático afirmava que o futebol “liga os homens no
amor e no ódio. Faz com que eles gritem as mesmas palavras, e admirem e exaltem os mesmos
heróis”. José Lins do Rego dizia que, ao assistir um jogo de futebol, “vejo e escuto o povo em
plena criação”.



João Cabral de Melo Neto – O poeta da bola

"Ah, eu gosto de futebol! A grande vantagem do futebol brasileiro é que é o único futebol que você assiste sem
estar interessado na vitória de um clube. Só consigo me interessar pelo futebol brasileiro. Há os que gostam de
ver futebol porque gostam de ver o time predileto ganhar. Então, gosto de futebol não para ganhar. Gosto pelo
espetáculo.”




Nelson Rodrigues

"A verdade incontestável é que ninguém ganha da forma como nós ganhamos. As vitórias dos outros são simples,
quase sem graça. Algumas beiram a banalidade, o ridículo, as nossas não. As nossas são cardíacas. As dos outros
são previsíveis, esquecidas ao apito do primeiro jogo do próximo campeonato, as nossas são inesquecíveis. Por
todos, por nós, pelos adversários e até pelo mais indiferente leigo. As nossas vão da extrema falta de
perspectiva, do máximo sofrimento, da crueldade, ao êxtase, ao épico, ao apoteótico. Tudo junto, quase sem
fronteiras entre esses opostos."

O que interessa a Nelson Rodrigues no futebol nunca é o esporte em si. O estádio, os
jogadores e a multidão não passam de um grande cenário, um pano de fundo para o que
realmente tal arte representa. Na visão do autor, uma partida de futebol é a mais sublime
metáfora da batalha vital de paixões e de tragédias que movem a existência humana para a
imprevisibilidade que permeia o ambiente dos fanáticos que vivem o Futebol e o torna
instrumento                                            do                                        literário.


Mauro Mota

                                                             Ilumina-se o campo
                                                         para o futebol na aldeia.
                                                          Aparece a bola branca,
                                                          feita de algodão e meia.
                                                           Meninos poetas jogam
                                                          com a bola da lua cheia.



   Esta iniciativa é parte integrante do Projeto de Iniciação Científica TDA Litterae via FACEPE/PIBIC/CNPq: “No País do Futebol, Meu Canto é a
      Literatura!”,supervisionado pela Profª.Drª. Avanilda Torres, docente coordenadora do MEL. Para mais informações, acesse o Portal TDA –
                                                                  www.TDALitterae.com.

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Roteiro futebol - produção literária pernambucana

  • 1. OFICINA Futebol: Produção Literária Pernambucana. Por: Thiago Azevedo. Diego Albuquerque. Autores/torcedores pernambucanos no campo da bola. “A Firula Poética do Futebol-arte” - José Miguel Wisnik. Gilberto Freyre – Artigo “Foot-ball mulato”, em 18.06. 1938. Prefácio para o livro “O negro no futebol brasileiro” "O nosso estilo de jogar futebol me parece contrastar com o dos europeus por um conjunto de qualidades de surpresa, de manha, de astúcia, de ligeireza e, ao mesmo tempo, de brilho e de espontaneidade individual em que se exprime o mesmo mulatismo de que Nilo Peçanha foi até hoje a melhor afirmação na arte política. Os nossos passes, os nossos pitus, os nossos despistamentos, os nossos floreios com a bola, há alguma coisa de dança e de capoeiragem que marca o estilo brasileiro de jogar futebol, que arredonda e às vezes adoça o jogo inventado pelos ingleses e por eles e por outros europeus jogado tão angulosamente, tudo isso parece exprimir de modo interessantíssimo para os psicólogos e os sociólogos o mulatismo flamboyant e, ao mesmo tempo, malandro que está hoje em tudo que é afirmação verdadeira do Brasil". "[...] nosso futebol mulato, com seus floreios artísticos cuja eficiência - menos na defesa que no ataque - ficou demonstrada brilhantemente nos encontros deste ano com os poloneses e os tcheco-eslovacos, é uma expressão de nossa formação social, democrática como nenhuma e rebelde a excessos de ordenação interna e externa; a excessos de uniformização, de geometrização, de estandardização; a totalitarismos que façam desaparecer a variação individual ou espontaneidade pessoal. Artigo “A propósito do futebol brasileiro”, de 18.06.1955, Artigo “Ainda a propósito do futebol brasileiro”. Destaca o caráter individualista do estilo brasileiro. Artigo “Futebol desbrasileirado?”, publicado no Diário de Pernambuco de 30.06.1974. Nele, criticou o estilo da Seleção na primeira fase da Copa de 1974. Artigo “A propósito de Pelé”, na Folha de S. Paulo de 03.09.1977. Nele, comparou Pelé aos escritores Machado de Assis e Euclides da Cunha, ao compositor Heitor Villa-Lobos, ao arquiteto Oscar Niemeyer ao bailarino russo Nijinski. O que une todos eles? Responde o autor: a genialidade. José Lins do Rêgo –
  • 2. O escritor pernambucano – e flamenguista fanático afirmava que o futebol “liga os homens no amor e no ódio. Faz com que eles gritem as mesmas palavras, e admirem e exaltem os mesmos heróis”. José Lins do Rego dizia que, ao assistir um jogo de futebol, “vejo e escuto o povo em plena criação”. João Cabral de Melo Neto – O poeta da bola "Ah, eu gosto de futebol! A grande vantagem do futebol brasileiro é que é o único futebol que você assiste sem estar interessado na vitória de um clube. Só consigo me interessar pelo futebol brasileiro. Há os que gostam de ver futebol porque gostam de ver o time predileto ganhar. Então, gosto de futebol não para ganhar. Gosto pelo espetáculo.” Nelson Rodrigues "A verdade incontestável é que ninguém ganha da forma como nós ganhamos. As vitórias dos outros são simples, quase sem graça. Algumas beiram a banalidade, o ridículo, as nossas não. As nossas são cardíacas. As dos outros são previsíveis, esquecidas ao apito do primeiro jogo do próximo campeonato, as nossas são inesquecíveis. Por todos, por nós, pelos adversários e até pelo mais indiferente leigo. As nossas vão da extrema falta de perspectiva, do máximo sofrimento, da crueldade, ao êxtase, ao épico, ao apoteótico. Tudo junto, quase sem fronteiras entre esses opostos." O que interessa a Nelson Rodrigues no futebol nunca é o esporte em si. O estádio, os jogadores e a multidão não passam de um grande cenário, um pano de fundo para o que realmente tal arte representa. Na visão do autor, uma partida de futebol é a mais sublime metáfora da batalha vital de paixões e de tragédias que movem a existência humana para a imprevisibilidade que permeia o ambiente dos fanáticos que vivem o Futebol e o torna instrumento do literário. Mauro Mota Ilumina-se o campo para o futebol na aldeia. Aparece a bola branca, feita de algodão e meia. Meninos poetas jogam com a bola da lua cheia. Esta iniciativa é parte integrante do Projeto de Iniciação Científica TDA Litterae via FACEPE/PIBIC/CNPq: “No País do Futebol, Meu Canto é a Literatura!”,supervisionado pela Profª.Drª. Avanilda Torres, docente coordenadora do MEL. Para mais informações, acesse o Portal TDA – www.TDALitterae.com.