1) A Comissão de Trabalhadores da TAP critica a falta de transparência do Governo nas negociações para vender a TAP.
2) A proposta de compra da TAP por um empresário da Bolívia, Brasil, Colômbia e Polônia é vista como desvantajosa para Portugal.
3) A privatização da TAP só trará benefícios para o comprador e não para os trabalhadores ou Portugal.
1. Portaria/Recepção-Edifício 57 – 2º
TELEFONES: 35926-34631-34450
TELEFONES EXTERNOS:218415926/218480762
FAX: 218480762 / E-mail: ct@tap.pt COMUNICADO Nº 15/CT/2012
Comissão de Trabalhadores / TAP Portugal
TAP
Cada vez há mais razões para NÃO PRIVATIZAR A TAP
Face às mais recentes notícias sobre a proposta apresentada para aquisição da TAP, a Comissão de
Trabalhadores considera fundamental tornar públicos os seguintes alertas:
1. Lamentamos profundamente que questões desta importância para o futuro dos milhares de
trabalhadores da TAP continuem a ser tratadas no segredo dos gabinetes ao arrepio da lei e da
Constituição, não tendo até ao presente esta CT recebido qualquer informação concreta sobre a
,
proposta apresentada de compra da TAP. É lamentável que o Governo continue a preferir comunicar
com os trabalhadores através das fugas de informação seleccionada para a Comun
Comunicação Social em
vez de optar pela completa e transparente informação às Organizações Representativas dos
Trabalhadores.
2. Com base na informação publicada sobre essa proposta de compra, é notório que o Empresário
Boliviano-Brasileiro-Colombiano-Polaco s propõe a dar uma esmola ao Go
Polaco se Governo português, ficando
em contrapartida detentor da TAP recebendo ainda dividendos do Governo referentes ao real valor
TAP,
da referida empresa.
3. A facilidade com que o Governo e o dito empresário contornaram as leis comunitcomunitárias que
impediam esta compra deveriam ser, para todos os portugueses, a prova final que as directivas
comunitárias servem apenas os interesses do grande capital - durante 15 anos a TAP não recebeu de
volta uma pequena parte do que deu a ganhar ao Estado porque as directivas comunitárias o
impediam (promovendo a concentração no sector aéreo em benefício da Lufthansa, Air France e
British) mas agora que é preciso contornar a proibição comunitária de vender mais de 49% a
Empresas não europeias (e porque tal também interessa à Lufthansa), para contornar essa directiva
basta uma quarta naturalização manhosa e um testa de ferro no Luxemburgo. Esta situação só vem
demonstrar que o caminho que sempre defendemos - que o Estado assuma a capitalização da TAP - é
possível desde que para tal haja vontade política e um governo patriótico capaz de enfrentar as
ível
potências neocoloniais.
4. Temos assistido a uma impressionante campanha de charme do Empresário Boliviano
Boliviano-Brasileiro-
Colombiano-Polaco. Relembrando as campanhas com que há 10 anos nos apresentavam o futuro da
om
TAP na Swissair (que recordamos, faliu arrastando só a Sabena porque a TAP acabou por não lhe ser
oferecida) e as que há menos tempo apresentavam o negócio com a British como a salvação da Ibéria
(que está entretanto a ser desmantelada!). Faz-nos lembrar as promessas com que têm enganado
retanto
tanta gente na véspera de cada eleição. Mas os trabalhadores da TAP não se deixam iludir - a
privatização da TAP só será positiva para quem a receber e para quem receber as habituais
comissões, mas será muito negativa para os trabalhadores da TAP, para Portugal e para o povo
tiva
português.
5.Temos ainda notado que o Governo tem fingido muita preocupação com as exportações,
nomeadamente quando se trata de justificar a repressão da justa luta dos estivadores contra a
precarização das relações laborais nos Portos. O que nos espanta é que o mesmo governo se prepare
ecarização
para abdicar do maior exportador nacional por 20 milhões de euros, menos de 1% das exportações que
a TAP garante num ano!
6. Apelamos a todos os patriotas travar a privatização da TAP, o que deve ser considerado um dever
nacional.
Lisboa, 11 de Dezembro de 2012
20 A Comissão de Trabalhado da TAP Portugal
dores