SINTAC denuncia venda da TAP por 10 milhões como um crime
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SINTACSINDICATO NACIONAL DOS TRABALHADORES DA AVIAÇÃO CIVIL
O NÚMERO 10 DIZ-LHE ALGUMA COISA?
10 – Número em milhões que este Governo aceitou para vender a TAP.
10 – Número de anos em que se garantem ligações com a diáspora.
10 – Número de vezes o que TAP pagou pela PGA relativamente ao agora anunciado
para a TAP.
Foi este o cenário publicitado pelo Governo com pompa e circunstância. A TAP pronunciou-
se em menos de 3 dias e a Parpública dentro dos 5 dias que tinha ao seu dispor, a TAP
SGPS, o Grupo de Empresas de ligações de grande complexidade financeira foi assim posto
à disposição do Governo para num ápice anunciar a venda por 10 Milhões e dizer que tem
pressa na assinatura do contrato de promessa de compra e venda.
Nem precisaríamos de recordar os atropelos constantes deste Governo à Lei e à
Constituição da República Portuguesa, bastam bem as últimas sobre a TAP para se perceber
que esta privatização aparenta ser um caso de polícia, pois atenta contra os interesses
nacionais, dos Portugueses e não salvaguarda em nada os Trabalhadores. O obscurantismo
que envolve todo o processo é uma constante, um Caderno de Encargos que não
estabelece sanções pecuniárias, um caderno ao qual bastará invocar complexidade de
execução para ser metido na gaveta e deixar caminho livre para o desbaste.
A PGA foi comprada ao BES por 140 Milhões, a PGA não tinha uma frota moderna, o
material de assistência em escala estava obsoleto para não dizer fora de prazo (nalguns
casos, sucata) a PGA representava ligações aéreas dentro da Europa unicamente, a PGA
tinha um passivo monstro e mesmo assim foi comprada por 10 vezes mais o valor agora
aceite como pagamento pela TAP.
Se isto não é crime, o que será?
Que fique bem claro, mesmo com o decorrer de acções do foro jurídico contra a
reprivatização, os Trabalhadores não podem agora, mais do que nunca, descurar a defesa
deste importante activo nacional, descurar os postos de trabalho, as condições de vida de
cada um, das famílias, dos seus lares. Exortam-se assim os trabalhadores do Grupo TAP
para unidos fazerem frente a esta “privataria”. É imperativo criar condições para em
conjunto com o SINTAC e outras Organizações mobilizar e fazer frente a este atentado de
colarinho branco, a esta ofensa nacional, a esse crime de número 10.
DEFENDER O GRUPO TAP É UMA OBRIGAÇÃO
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A Direcção
COMUNICADO TAP/SGPS 12/06/2015