O documento descreve a história da empresa LOMO e do movimento da lomografia, que encoraja fotografar de forma espontânea e criativa usando câmeras LOMO. O texto apresenta estratégias de marketing para promover as câmeras LOMO em São Paulo, incluindo ações de guerrilha com fotógrafos cegos e uma exposição itinerante de suas fotos.
2. LOMO
• Empresa russa, fabricante de
equipamentos ópticos. As
primeiras câmeras foram
fabricadas em 1930. Em 1982, um
general russo ordenou à fábrica
que produzisse máquinas
fotográficas pequenas, baratas e
fáceis de usar, para que todas as
famílias pudessem ter uma. As
câmeras começaram a ser
produzidas com o nome de LC-A
mas, com o fim do
comunismo, foram esquecidas.
3. Lomografia
• Em 1991 dois austríacos compraram câmeras LOMO em um mercado de pulgas na
República Tcheca. Na hora de revelar as fotos, se espantaram com as cores bem
saturadas, imagens desfocadas e luzes em movimento. O fascínio por esse resultado se
espalhou rapidamente e, em 1994, nasceu a Sociedade de Lomografia, em Viena, com o
objetivo de afirmar o valor artístico da lomografia. Esta sociedade foi a responsável por
impedir que a fábrica LOMO parasse de produzir suas câmeras, fazendo um acordo com
Vladimir Putin que dizia que, se as câmeras continuassem a ser produzidas, a Sociedade de
Lomografia faria com que elas fossem vendidas.
4. Lomografia
• Sinônimo para efeitos obtidos através de câmeras de qualidade
duvidosa;
• Surge como um grito de anarquia, uma tentativa de retardar o
inevitável mundo novo com suas câmeras digitais;
• É, acima de tudo, a descoberta do instinto do olhar;
• Novo estilo de fotografia experimental artística com cliques
rápidos pouco ortodoxos;
• Usar a fotografia como uma abordagem criativa para comunicar,
absorver e capturar o mundo
5. Regras
• Leve sua LOMO sempre com você.
•Seja rápido.
• Use-a o tempo todo a qualquer hora – dia
e noite. •Você não precisa saber o que vai ser
capturado no filme antecipadamente.
• Lomografia não interfere em sua vida, faz
parte dela. •E nem depois.
• Aproxime-se o máximo que puder de seu •Fotografe sem olhar no visor.
objeto de desejo lomográfico.
•Não ligue para regras.
• Não pense.
6. Objetivo
• Apesar de difundida na
Europa, a Lomografia é
pouco conhecida no
Brasil, principalmente a
câmera que deu início ao
movimento. Com a
abertura de uma loja da
marca no país, queremos
expandir os conhecedores
e compradores da LOMO
LC-A. Paulistanos são
difusores ideais de novos
objetos e práticas.
7. Target
• Homens e mulheres, classes A/B,
moradores de São Paulo,
essencialmente entre 22 e 28 anos.
• Gostam de arte, fotografia, design.
• São um pouco flâneurs, dão valor às
coisas simples, observam o mundo de
forma mais apreciadora que a maioria
da população.
• Acham excesso de modernidade e hi-
tech sem graça, preferem a surpresa e
até mesmo os pequenos defeitos do
retrô analógico.
• Usam internet para fazer compras (a
loja fica no RJ, mas há venda pelo
site).
8. Estratégia
• Mostrar o que se pode
“ver” somente através de
uma câmera LOMO, e o
que se pode fazer através
da lomografia, que quebra
paradigmas da fotografia
tradicional e se torna mais
interessante por se
permitir ser imperfeito.
• As ações serão realizadas
em locais de grande
circulação. O objetivo é
gerar buzz com as ações.
10. Com a LOMO podemos tirar Queremos cegos fotografando
fotos como essas ao lado. com LC-As. Eles seguem as
Diferentes, imperfeitas e mais regras que traduzem a alma do
artísticas. Qualquer um pode movimento e representam essa
conseguir imagens como essas experiência fotográfica mais
com a LC-A. A lomografia diz rica. Ainda teremos o lado social
que da inclusão de portadores de
deficiências especiais em uma
área na qual eles não
•Você fotografa sem olhar imaginavam poder entrar.
•Você não precisa saber o que
vai ser capturado no filme
antecipadamente
•E nem depois
•Não devemos ligar para regras
ao fotografar
Lomografia tem muito mais a ver
com sentir o mundo do que com
o desejo de que ele saia perfeito
na foto. Queremos uma ação
que transpareça este espírito e
transgrida todas as regras da
fotografia.
12. Guerrilha
• Contratação de 20 atores que
andarão por 3 grandes avenidas de
São Paulo e pelo parque Ibirapuera
simulando a deficiência visual.
Serão responsáveis por ajudar os
20 reais fotógrafos cegos, os quais
receberão treinamento previamente
para manipular corretamente o
equipamento. Todos estarão
portando câmeras LC-A.
• Os fotógrafos com deficiência
visual deverão registrar da forma
que lhes parecer melhor o que
estiver à sua volta, sendo permitida
a interação com os transeuntes e
com todo o ambiente ao seu redor.
• Em paralelo, haverá um esforço de
PR para a divulgação da ação, que
deve gerar Buzz em cima dessa
movimentação sem dizer do que se
trata exatamente.
14. Evento cultural
• Faremos uma exposição itinerante
com as fotos tiradas pelos
deficientes visuais durante as
caminhadas. A exposição passará
Além das fotos, haverá alguns pequenos
pelos mesmos locais que foram
textos escritos pelos próprios deficientes
fotografados anteriormente.
visuais, explicando como foi a experiência
de fotografar e de usar aquelas câmeras.
• No local da exposição haverá 3
pessoas explicando para os
Para complementar a experiência de
transeuntes a forma como essas
venda das LC-A, os interessados poderão
fotos foram tiradas, mostrando a
realizar um pequeno workshop chamado
câmera usada, suas características
“Como explorar o máximo de sua LC-
e as diferenciações das fotos
A”, realizado uma vez por semana, no
tiradas por ela e por câmeras
mesmo local da exposição.
tradicionais. Também haverá um
material informativo impresso
sobre a câmera disponível para os
interessados.