1. ESCOLA SECUNDÁRIA DE VENDAS NOVAS
Cursos EFA – N.S. – C.E.
2010/2011
CLC1: Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicacionais
STC1: Equipamentos: princípios de funcionamento
DOCUMENTO UM
Resultado de Aprendizagem 1 – Contexto Privado
Competências:
• Lidar com equipamentos e sistemas técnicos em contexto privado reconhecendo a
multiplicidade de funções utilitárias e dimensão criativa dos mesmos.
• Opera com equipamentos e sistemas técnicos em contextos domésticos,
identificando e compreendendo as suas normas de boa utilização e os seus
diferentes utilizadores.
Máquinas fotográficas
Cientistas norte-americanos desenvolveram o protótipo de uma máquina fotográfica
que tem um campo de visão muito semelhante ao olho humano e representa mais um passo
para criar uma retina artificial, informa esta quinta-feira a revista Nature, de acordo com a
Lusa.
O protótipo tem aproximadamente o tamanho e forma de um olho, e uma «retina»
curva sensível à luz, segundo a equipa investigadores em ciência de materiais das
Universidades de Illinois e Northwestern responsável pelo projecto.
As câmaras convencionais usam lentes curvas para focar imagens numa superfície
plana onde a luz é captada por filme ou sensores digitais. Todavia, essa focagem distorce a
imagem, sendo necessárias mais lentes para reduzir as distorções, o que aumenta o volume
e preço do dispositivo.
Nova tecnologia ajudará a simplificar e a aperfeiçoar o desenho de
minicâmaras fotográficas
Em comparação, a visão humana usa uma única lente e não faz distorção porque
foca as imagens numa superfície curva na parte de trás do olho. A chave da invenção
consistiu em vencer os obstáculos técnicos à colocação de fotodetectores de silicone
(píxeis) em superfícies curvas, em vez de planas, o que permitiu obter melhor nitidez de
imagem e maior campo visual.

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Este material fotossensível só se podia aplicar até agora em superfícies planas por
ser muito frágil e não ter flexibilidade suficiente para se curvar. Segundo os cientistas, esta
nova tecnologia ajudará a simplificar e a aperfeiçoar o desenho de minicâmaras fotográficas
e ser também usado em imagiologia biológica.
Poderá ainda ser aplicado em robôs como olhos artificiais, fazendo lembrar o
computador que no filme «2001: Uma Odisseia no Espaço», de Stanley Kubrick, espiava a
tripulação da nave espacial.
O protótipo actual tem apenas 256 píxeis, mas, segundo os investigadores, é
possível desenvolver outros com muito maior densidade.
A fotografia
A fotografia exerce nas pessoas uma magia ao capturar um instante da realidade,
ficamos encantados e emocionados e até chocados com determinadas imagens. Este texto
pretende demonstrar como estas imagens são capturadas e transformados em fotografias.
Para isso iremos em busca de informações sobre essa técnica e como foi inventada a
primeira máquina fotográfica e sua evolução até as modernas máquinas digitais

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A fotografia possibilita o acesso à produção cultural da humanidade e expressa uma
visão particular da imagem, levando o seu observador a entender melhora seu tempo. Por
meio dessas imagens é possível conhecer o comportamento, roupas, cores, construções,
instrumentos, os ideais e as ideias de outras sociedades podendo assim apropriar-se da
história do homem e entender melhor nossa caminhada.
A maquina fotográfica humana
É pelo sentido da visão que obtemos a maior parte das informações a respeito do
mundo que nos cerca. Percebemos distâncias, profundidade, cores, texturas, tamanhos e
formas. Todas essas informações chegam até nós pela luz, uma forma de energia radiante
que provém dos objectos e atinge os nossos olhos (uma estrutura magnífica, o mais belo
e perfeito dos instrumentos ópticos). A luz é uma fonte de energia electromagnética que
se propaga em linha recta a partir de uma fonte luminosa. Quando os raios luminosos
incidem sobre um objecto ele é reflectido em todas as direcções. Ao atingir os nossos
olhos, a luz atravessa o globo ocular, operando-se então o fenómeno das sensações
visuais. O funcionamento da máquina fotografia é semelhante ao do olho. O
cristalino é a lente, a pupila é o diafragma e a retina faz a função do filme fotográfico em
cores.
A primeira focalização das imagens no olho é feita pela córnea, que tem formato
curvo e actua como uma lente. O cristalino é a lente gelatinosa que fica atrás da pupila e
é responsável pela focalização fina. A sua curvatura pode ser modificada pela acção dos
músculos presos ao seu redor. Para focalizar um objecto distante, os músculos relaxam-
se, provocando tensão nos ligamentos; o cristalino torna-se fino e achatado e para
focalizar um objecto que esta mais próximo os músculos contraem-se, aliviando a tensão
sobre os ligamentos: o cristalino assume, então, uma forma mais esférica. A mudança da

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curvatura do cristalino possibilita a acomodação visual, ou seja, a formação da
imagem exactamente sobre a retina. A imagem que nossos olhos focalizam aparece
invertida, e quem vê realmente é nosso cérebro que se encarrega de inverter a imagem e a
recoloca no lugar do objecto.

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A captura da imagem através da máquina fotografia
A câmara escura de orifício é a precursora das máquinas fotográficas actuais,
e ilustra o princípio básico de seu funcionamento. A câmara escura é uma caixa cujo
dispositivo tem no seu interior paredes de material opaco, sendo que, em uma das paredes
há um orifício por onde a luz passa, projectando imagens invertidas dos objectos externos
na parede oposta à abertura. Para melhorar sua projecção, no final do século XVI, foram
colocadas lentes no seu orifício, e um espelho foi utilizado para reflectir a imagem numa
tela.
A câmara escura era usada pelos artistas para copiar imagens da natureza, objectos e
cenas. Os artistas construíam caixas grandes para trabalhar dentro delas, com vários
aperfeiçoamentos. Estas caixas foram ficando cada vez menores, e os artistas tracejavam a
imagem protegidos por um pano escuro.

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Visão da parte translúcida da câmara escura. É
nesse lado que se forma a imagem inversa. Do lado
Visão lateral de uma câmara obscura.
oposto existe um orifício por onde a luz entra.
A fotografia
“Fotografia é o procedimento que permite, com a ajuda da luz e de produtos químicos,
a imagem de um objecto e a descrição precisa de momento em um determinado estado”.
O químico francês Joseph Nicéphore Niepce é considerado a primeira pessoa a tirar
uma fotografia. Em 1816 conseguiu registar imagens num material recoberto com cloreto
de prata. Este processo chamado de heliógrafo, era impróprio para reproduções. Em 1926
conseguiu fixar a primeira imagem fotográfica de que se tem notícia. A experiência foi o
primeiro passo prático para a fotografia em toda a Europa, possibilitando combinar a chapa
fotossensível (filme) e a câmara escura (máquina fotográfica). Por volta da década de 1820
o, pintor, desenhista e cenógrafo Louis-Jacques Mande Daguerre descobriu o processo que
o consagrou como inventor da fotografia prática. Ele guardou casualmente num armário
uma chapa sensibilizada com iodeto e, no dia seguinte, ao abrir o armário, encontrou uma
imagem revelada. Esse acaso pode ter ocorrido devido a um termómetro quebrado. Niepce
e Daguerre associaram-se e desenvolveram uma chapa de prata que, tratada com vapor de

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iodo, criava uma camada superficial de iodeto de prata, substância capaz de mudar de cor
quando submetida à luz.
A primeira foto foi tirada da janela da casa de campo de Niépe em 1826 e tem como
titulo: “Punto de Vista desde las ventanas del Grãs”. Ele usou betume de Judeia para fixar a
fotografia em metal, colocou uma placa sensibilizada quimicamente dentro de uma câmara
escura com orifício para exposição à luz, processo que demorou, na época, oito horas.
Através de vários experimentos Daguerre desenvolve um processo que chamou de
DAGUERREÓTIPO (imagens visíveis após a exposição ao vapor de mercúrio feitas a
partir de placas de cobre cobertas com sais de prata), no qual fixa imagens em pouco
tempo de exposição aproximadamente 30 minutos, com este processo não era possível fazer
cópias.
O físico britânico Willian Henry Fox Talbot obteve uma imagem fotográfica
inalterável em máquina-padrão em 1833; só em 1840, ele inventou o primeiro processo de
cópias, usando uma matriz negativa, na qual é possível fazer cópias positivas, esse
processo era muito lento, continuando as experiências, Talbot inventou o Calotipo,
processo que utilizava folhas de papel cobertas com cloreto de prata, em contacto com
outro papel, produzia uma imagem positiva, este processo mais rápido, produziu um
negativo que pode ser usado mais vezes. Esse inventou foi sendo aperfeiçoado até os dias
actuais.
Várias foram as experiências envolvendo a fotografia e a partir de 1888 se
popularizou através da comercialização da primeira câmara portátil, desenvolvida pelo
George Eastman, a máquina continha um rolo de papel suficiente para tirar 100
fotografias Esse filme de rolo tinha uma base de papel, coberto com uma emulsão
fotossensível. Após um ano Eastman substituiu o papel por um plástico transparente á
base de nitrocelulose.

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Da fotografia colorida as câmaras digitais
Após a popularização da fotografia, o mercado fotográfico foi evoluindo cada vez
mais. A criação da primeira foto colorida permanente feita pelo físico James ClerK
Maxwell, o primeiro filme colorido, o Autódromo, que se baseava em pontos tingidos por
extracto de batata e o filme moderno feito pela Kodak denominado Kodachrome, e ainda,
o filme colorido instantâneo introduzido no mercado pelo Polaroid até a revolução na
captura de imagens que se deu com a criação das máquinas digitais (que em alguns
modelos mais sofisticados além de fotografar também fazem vídeos).
Máquina digital
A máquina digital regista as imagens utilizando um sensor CCD, dispositivo de
carregamento duplo, ou CMOS, sensor semicondutor complementar de óxido metálico,
que transforma a luz em um mapa de impulsos eléctricos, que são armazenados em um
cartão de memória.
Estas imagens são visualizadas instantaneamente e caso o resultado não seja
satisfatório podem ser apagadas. Estas imagem podem ser visualizadas em computadores,
através de álbum virtual, e-mail ou em telas de tv e ainda ser reveladas por impressão
digital.
Como a imagem é capturada se transforma em fotografia
A imagem pode ser capturada de diferentes formas: utilizando a câmara escura de
orifício, os raios de luz, passam pelo orifício e a imagem é reflectida na parede oposta do
orifício de forma invertida. Nas máquinas fotográficas o processo é o mesmo, mas a

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imagem é fixada primeiro a um negativo e transformada em fotografia através de processos
químicos que foram sendo aperfeiçoados até, a evolução tecnológica das máquinas digitais,
que captura a imagem através de um sensor que a grava em um cartão de memória, essa
imagem pode ser visualizada na própria câmara ou em outro dispositivo electrónico como o
computador.