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I SIMPÓSIO INTERNACIONALO CULTIVO DO ARROZ E A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA 	É POSSIVEL A INTEGRAÇÃO DO CULTIVO DO ARROZ E A PAISAGEM DO BIOMA PAMPA? 			Claudio Mario Mundstock 			 Eng. Agrônomo Uruguaiana – Agosto 2010
ROTEIRO A leitura. Bioma Pampa. Recurso natural Solo. Recurso natural Água. Recurso natural Biodiversidade. Impactodalavoura de arroz.
I SIMPÓSIO INTERNACIONALO CULTIVO DO ARROZ E A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA Leituradiáriarecomendada: 	O LIVRO ABERTO DA NATUREZA
O LIVRO ABERTO DA NATUREZA 1o livrolançado, em tempos imemoriais. Diariamente é lançadauma nova edição. Não tem prazo de validade. Cadavezmenospessoas o lêem.
O LIVRO ABERTO DA NATUREZA 	Para sualeituraexige-se que: O leitordeveolhar e saber ver.
BIOMA PAMPA ESTEPE (E) arborizada(a),  parque (p), gramineo-lenhosa (g), contato com florestaestacional (N),  com formaçõespioneiras (P),  com influênciamarinha (Pm).
BIOMA PAMPA Area total: 176.000 km2 (62,64% do RS). Área com vegetaçãosuprimida (IBAMA): 53,96 % do Bioma = 95.000 km2. Área de arroz: 5,8 % do Bioma =         10.000 km2. % daárea de arrozsobre a área com vegetaçãosuprimida = 10,5%. 89,5 % daárea com vegetaçãosuprimidaestásendoutilizadoemquê?
RECURSO NATURAL SOLOS
ESTABILIDADE DOS SOLOS QUANDO ESTRESSADOS OU PERTURBADOS  Resistência a mudançasemfunçãoou forma durante um período de estresse. Resiliência: capacidade de recuperar a integridadefuncionalouestruturalapósumaperturbação.
RECURSO NATURAL SOLO Pontosfracos: Erodibilidade. Fluxo superficial e sub-superficial (horizontal) de água. Pontos fortes: Pequenapercolação de água no sentido vertical. Alta atividadebiológica.
SOLOS DO RS
Bioma Pampa no RS: 176.000 km2 Área de arroz aproximada: 7.000 km2
SOLOS
Área: 29.502 km2 Vacacaí Durasnal Pelotas Bagé São Gabriel Mangueira PLANOSSOLOS
A E Bt1 Planossolo Háplico Eutrófico arênico (Unidade Vacacaí). Bt2
A EB Btf Plintossolo Argilúvico Eutrófico abrúptico (Unidade Durasnal).
Área: 3.633 km2 Colégio Itapeva Banhado GLEISSOLOS
A Cg Gleissolo Háplico Ta Eutrófico vertissólico (Unidade Banhado).
Área: 5.164 km2 Uruguaiana Vila Formiga Ponche Verde CHERNOSSOLOS
A Bt C Chernossolo Ebânico Carbonático vertissólico (Unidade Uruguaiana). Ck
Área: 2.076 km2 Escobar Aceguá VERTISSOLOS
A Bv Vertissolo Ebânico Órtico típico (Unidade Escobar). C
A Cr R Neossolo Litólico Eutrófico típico (Unidade Pedregal).
RECURSO NATURAL ÁGUA
RECURSO NATURAL  ÁGUA Precipitação pluvial: 1.400 mm/ano Área do bioma Pampa: 176.000 km2 Volume de água: 246,4 km3 Deflúvio: 20 a 50%. Águaretida, evaporadaoupercolada: 50 a 80%.
RECURSO NATURAL ÁGUA ARROZ: áreacultivada: 1.000.000 ha = 10.000 km2 (5,4% daárea do Bioma Pampa). Águautilizadapeloarroz: 14.000m3/ha = 1.400.000 m3/km2 = 13.300.000.000 m3  no bioma = 13,3 km3 Percentualda precipitação:13,3/246,4 = 5,4 %.
RECURSO NATURAL ENERGIA SOLAR
RECURSO NATURAL ENERGIA SOLAR
RECURSO NATURALBIODIVERSIDADE
33 Diversidade de bastonetes Gram-negativos, em amostras de água, em lavoura de arroz de Camaquã, RS. Fonte: UNISINOS
ECOSSISTEMA Utilizaosrecursosnaturais: Biodiversidade,     Água,  Solo,  Radiação solar,  etc.
ESTABILIDADE DOS SISTEMAS QUANDO ESTRESSADOS OU PERTURBADOS  Resistênciaa mudançasemfunçãoou forma durante um período de estresse. Resiliência: capacidade de recuperar a integridadefuncionalouestruturalapósumaperturbação.
IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZ Licenciamentoambiental: Únicalavouraprodutora de grãoslicenciada. Controle de potenciaisagentescontaminantes dos recursosnaturais.
IMPACTOS ATRIBUÍDOS AO ARROZ Drenagem de extensas áreas de banhados, com drástica redução deste tipo de ambiente.  Incremento do uso de agrotóxicos, com contaminação da água e solo.  Erosão. Retirada de matas ciliares. Ruptura de cadeias tróficas.
IMPACTOS ATRIBUÍDOS AO ARROZ Utilização excessiva de energia. Utilização excessiva de combustíveis. Utilização excessiva de água. Utilização excessiva de insumos.  Utilização de métodos inadequados, considerando-se as características ambientais.
IMPACTOS ATRIBUÍDOS AO ARROZ Formas de manejo do solo na agricultura intensiva causa o processo de arenização.  Municípios de Quarai, Uruguaiana, Livramento, Alegrete, Itaqui, São Borja, Maçambará, S. Francisco de Assis, Manuel Viana e Santiago.
IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZENERGIA Massa seca de lavoura de arroz: 10 t de grãos/ha + 15 t/ha de palha e raizes = 25 t de massaseca/ha. 2% dos grãos (200 kg/ha) permanecemnalavoura (fonte de amido e proteinas). 15 t/ha de palha e raizessãofonte de energiaparamicroorganismos.
IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZENERGIA CADEIAS ALIMENTARES A partirdaenergiaacumulada no solo, iniciam as cadeiasalimentares. Primeiroselosdacadeia: microorganismos no solo.
IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZENERGIA
IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZENERGIA Produção de energia: papelnascadeiasalimentares
44 IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZ A passagem de água contaminada pela lavoura de arroz diminui os Coliformes Totais e elimina as bactérias patogênicas, como Escherichiacoli Cachoeirinha Camaquã Entra Classe 3 Entra Classe 4 Classes de água (CONAMA, 2005) Saída Classe 1 Fonte; UNISINOS
IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZ Gases efeitoestufa: CO2 Metano N2O Outros
IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZ Sequestro de carbono: 10 t de grãos/ha + 15 t/ha de palha e raizes = 25 t de massaseca/ha. A massasecapossui 40% de carbono. Remoção de carbono do ar: 10 t/ha em 120 diasou40 t CO2/ha. Para cadamolécula de gáscarbônicoremovida do ar, sãoliberadosátomos de oxigênio.
IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZ Gases efeitoestufa: metano Qualquerambiente com material orgânico e baixaconcentração de oxigênioproduzmetano. Áreas de arrozproduzemmetanodurante o períodoemqueacontece a irrigaçãoporinundação. No decorrer de um ano, osbanhadosnãodrenadosproduzemmaismetanoque o arroz, porunidade de área.
OBRIGADO claudiomm@terra.com.br

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  • 1. I SIMPÓSIO INTERNACIONALO CULTIVO DO ARROZ E A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA É POSSIVEL A INTEGRAÇÃO DO CULTIVO DO ARROZ E A PAISAGEM DO BIOMA PAMPA? Claudio Mario Mundstock Eng. Agrônomo Uruguaiana – Agosto 2010
  • 2. ROTEIRO A leitura. Bioma Pampa. Recurso natural Solo. Recurso natural Água. Recurso natural Biodiversidade. Impactodalavoura de arroz.
  • 3. I SIMPÓSIO INTERNACIONALO CULTIVO DO ARROZ E A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA Leituradiáriarecomendada: O LIVRO ABERTO DA NATUREZA
  • 4. O LIVRO ABERTO DA NATUREZA 1o livrolançado, em tempos imemoriais. Diariamente é lançadauma nova edição. Não tem prazo de validade. Cadavezmenospessoas o lêem.
  • 5. O LIVRO ABERTO DA NATUREZA Para sualeituraexige-se que: O leitordeveolhar e saber ver.
  • 6.
  • 7. BIOMA PAMPA ESTEPE (E) arborizada(a), parque (p), gramineo-lenhosa (g), contato com florestaestacional (N), com formaçõespioneiras (P), com influênciamarinha (Pm).
  • 8. BIOMA PAMPA Area total: 176.000 km2 (62,64% do RS). Área com vegetaçãosuprimida (IBAMA): 53,96 % do Bioma = 95.000 km2. Área de arroz: 5,8 % do Bioma = 10.000 km2. % daárea de arrozsobre a área com vegetaçãosuprimida = 10,5%. 89,5 % daárea com vegetaçãosuprimidaestásendoutilizadoemquê?
  • 10. ESTABILIDADE DOS SOLOS QUANDO ESTRESSADOS OU PERTURBADOS Resistência a mudançasemfunçãoou forma durante um período de estresse. Resiliência: capacidade de recuperar a integridadefuncionalouestruturalapósumaperturbação.
  • 11. RECURSO NATURAL SOLO Pontosfracos: Erodibilidade. Fluxo superficial e sub-superficial (horizontal) de água. Pontos fortes: Pequenapercolação de água no sentido vertical. Alta atividadebiológica.
  • 13. Bioma Pampa no RS: 176.000 km2 Área de arroz aproximada: 7.000 km2
  • 14.
  • 15. SOLOS
  • 16.
  • 17. Área: 29.502 km2 Vacacaí Durasnal Pelotas Bagé São Gabriel Mangueira PLANOSSOLOS
  • 18. A E Bt1 Planossolo Háplico Eutrófico arênico (Unidade Vacacaí). Bt2
  • 19. A EB Btf Plintossolo Argilúvico Eutrófico abrúptico (Unidade Durasnal).
  • 20. Área: 3.633 km2 Colégio Itapeva Banhado GLEISSOLOS
  • 21. A Cg Gleissolo Háplico Ta Eutrófico vertissólico (Unidade Banhado).
  • 22. Área: 5.164 km2 Uruguaiana Vila Formiga Ponche Verde CHERNOSSOLOS
  • 23. A Bt C Chernossolo Ebânico Carbonático vertissólico (Unidade Uruguaiana). Ck
  • 24. Área: 2.076 km2 Escobar Aceguá VERTISSOLOS
  • 25. A Bv Vertissolo Ebânico Órtico típico (Unidade Escobar). C
  • 26. A Cr R Neossolo Litólico Eutrófico típico (Unidade Pedregal).
  • 28. RECURSO NATURAL ÁGUA Precipitação pluvial: 1.400 mm/ano Área do bioma Pampa: 176.000 km2 Volume de água: 246,4 km3 Deflúvio: 20 a 50%. Águaretida, evaporadaoupercolada: 50 a 80%.
  • 29. RECURSO NATURAL ÁGUA ARROZ: áreacultivada: 1.000.000 ha = 10.000 km2 (5,4% daárea do Bioma Pampa). Águautilizadapeloarroz: 14.000m3/ha = 1.400.000 m3/km2 = 13.300.000.000 m3 no bioma = 13,3 km3 Percentualda precipitação:13,3/246,4 = 5,4 %.
  • 33. 33 Diversidade de bastonetes Gram-negativos, em amostras de água, em lavoura de arroz de Camaquã, RS. Fonte: UNISINOS
  • 34. ECOSSISTEMA Utilizaosrecursosnaturais: Biodiversidade, Água, Solo, Radiação solar, etc.
  • 35. ESTABILIDADE DOS SISTEMAS QUANDO ESTRESSADOS OU PERTURBADOS Resistênciaa mudançasemfunçãoou forma durante um período de estresse. Resiliência: capacidade de recuperar a integridadefuncionalouestruturalapósumaperturbação.
  • 36. IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZ Licenciamentoambiental: Únicalavouraprodutora de grãoslicenciada. Controle de potenciaisagentescontaminantes dos recursosnaturais.
  • 37. IMPACTOS ATRIBUÍDOS AO ARROZ Drenagem de extensas áreas de banhados, com drástica redução deste tipo de ambiente. Incremento do uso de agrotóxicos, com contaminação da água e solo. Erosão. Retirada de matas ciliares. Ruptura de cadeias tróficas.
  • 38. IMPACTOS ATRIBUÍDOS AO ARROZ Utilização excessiva de energia. Utilização excessiva de combustíveis. Utilização excessiva de água. Utilização excessiva de insumos. Utilização de métodos inadequados, considerando-se as características ambientais.
  • 39. IMPACTOS ATRIBUÍDOS AO ARROZ Formas de manejo do solo na agricultura intensiva causa o processo de arenização. Municípios de Quarai, Uruguaiana, Livramento, Alegrete, Itaqui, São Borja, Maçambará, S. Francisco de Assis, Manuel Viana e Santiago.
  • 40. IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZENERGIA Massa seca de lavoura de arroz: 10 t de grãos/ha + 15 t/ha de palha e raizes = 25 t de massaseca/ha. 2% dos grãos (200 kg/ha) permanecemnalavoura (fonte de amido e proteinas). 15 t/ha de palha e raizessãofonte de energiaparamicroorganismos.
  • 41. IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZENERGIA CADEIAS ALIMENTARES A partirdaenergiaacumulada no solo, iniciam as cadeiasalimentares. Primeiroselosdacadeia: microorganismos no solo.
  • 42. IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZENERGIA
  • 43. IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZENERGIA Produção de energia: papelnascadeiasalimentares
  • 44. 44 IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZ A passagem de água contaminada pela lavoura de arroz diminui os Coliformes Totais e elimina as bactérias patogênicas, como Escherichiacoli Cachoeirinha Camaquã Entra Classe 3 Entra Classe 4 Classes de água (CONAMA, 2005) Saída Classe 1 Fonte; UNISINOS
  • 45. IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZ Gases efeitoestufa: CO2 Metano N2O Outros
  • 46. IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZ Sequestro de carbono: 10 t de grãos/ha + 15 t/ha de palha e raizes = 25 t de massaseca/ha. A massasecapossui 40% de carbono. Remoção de carbono do ar: 10 t/ha em 120 diasou40 t CO2/ha. Para cadamolécula de gáscarbônicoremovida do ar, sãoliberadosátomos de oxigênio.
  • 47. IMPACTO DA LAVOURA DE ARROZ Gases efeitoestufa: metano Qualquerambiente com material orgânico e baixaconcentração de oxigênioproduzmetano. Áreas de arrozproduzemmetanodurante o períodoemqueacontece a irrigaçãoporinundação. No decorrer de um ano, osbanhadosnãodrenadosproduzemmaismetanoque o arroz, porunidade de área.