Autora do vídeo: Karen Alessandra Hüsemann
Professora do Projeto de Apoio à Aprendizagem da Escola Estadual Francisco de Assis.
Tema do Projeto: África
Este vídeo é parte integrante do Projeto África, aprovado pela Escola Estadual Francisco de Assis - Campinas/SP
APRESENTAÇÃO:
Esse trabalho foi idealizado a partir de reflexões sobre a questão étnica e social em nossa escola e sobre a miscigenação do povo brasileiro, em particular a de nossos alunos.
Amparadas na Lei n° 10.639/03-MEC, "que institui a obrigatoriedade do ensino da história da África e dos africanos no currículo escolar do ensino fundamental e médio" (Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, p.8/2005), este plano bimestral busca desenvolver um projeto voltado para nossas raízes, resgatando a cultura e história da África, para com isso, entendermos nossa relação estreita com esse continente e identificarmos a nossa identidade afro-brasileira.
Ao estudar a África não se pode entender "como volta ao passado, mas como necessidade fundamental para construção de uma identidade própria" (Elisa Larkin, p.17/1994), história viva e com uma perspectiva de futuro próspero para todos nós descendentes do continente africano.
2. Quando ouvimos a
palavra África várias
imagens nos surgem no
pensamento, não é
mesmo?
Talvez para a maioria dos brasileiros o
termo África faça imediatamente a ligação
com a escravidão, mas também pode nos
fazer pensar em um continente onde ainda
existe vida selvagem, onde existem
enormes desertos, condições sub-humanas
de vida, onde surgiu a AIDS e também o
homo erectus.
3. Aprender sobre a África é muito
importante para nós humanos!
Imagina-se ser estimulante conhecer um pouco mais de perto o continente africano em seus
vários aspectos sociais e humanos, que o caracterizam e também deixaram suas marcas na
sociedade brasileira decorrente da miscigenação provocada pela escravidão durante o período
colonial.
4. Nova construção da África
Vamos então tentar entender o que é realmente a África?
Quais são os seus principais símbolos?
O que a África tem de bom? E de melhor?
O que tem de ruim?
E o que precisa melhorar?
O que ela pode nos ensinar?
Qual a influência da cultura africana na cultura brasileira?
5. A África não é um país e sim um
continente
Isso parece óbvio, mas não é. Muitos falam do continente como se fosse uma região homogênea
habitada por um único povo.
"Há uma tendência em falar da África como se todos que ali vivem tivessem os mesmos hábitos
e tradições", diz Rafael Sânzio Araújo dos Anjos, coordenador do Centro de Cartografia Aplicada
e Informação Geográfica da UnB.
Problemas existem em todo o mundo
Miséria, epidemias e guerras civis existem hoje nos diversos países da África. Mas também estão
presentes em outros lugares.
9. A ORIGEM DO HOMEM
Os primeiros seres humanos
provavelmente surgiram na África. Os mais
antigos fósseis de hominídeos foram
encontrados na África e têm cerca de cinco
milhões de anos.
O Egito foi provavelmente o primeiro
estado a constituir-se na África, há cerca de
5000 anos, mas muitos outros reinos ou
cidades-estados foram sucedendo-se
naquele continente, ao longo dos séculos.
Além disso, a África foi, desde a antiguidade,
procurada por povos de outros continentes,
que buscavam as suas riquezas, como sal,
ouro, diamantes, marfim ...
10. AIDS NA ÁFRICA
Uma questão muito discutida nas últimas décadas se refere à disseminação da AIDS em todo
mundo.
A pobreza, a falta de informação e as guerras produziram uma bomba de efeito retardado que
está dizimando a África: nas duas últimas décadas, a AIDS matou 17 milhões de pessoas no
continente, quase tanto quanto catástrofes históricas como a gripe espanhola do início do século
passado (20 milhões) e a peste negra, na Idade Média (25 milhões).
De cada três infectados pela AIDS no planeta, dois vivem na África. A cada minuto, oito novos
doentes surgem no continente. Países como Zimbábue convivem com índices de contaminação de
25% da população. Para se ter uma ideia do que isso representa, o Brasil tem 540 mil pessoas
infectadas, uma taxa de contaminação de 0,35% da população.
Na África do Sul, a incidência de estupros é epidêmica como a própria síndrome, e as duas estão
vinculadas. Em certas regiões, cultiva-se a lenda de que um portador do HIV pode curar-se ao
violentar uma virgem. Oficialmente, ocorrem 50 mil estupros por ano - há estimativas de que esse
número seja superior a 1 milhão.