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                                               O consumo das drogas<br />O consumo de drogas aumentou no Brasil nos últimos anos, na contramão da tendência mundial de estabilidade. O país também se consolidou como centro de distribuição da cocaína colombiana e boliviana para os principais mercados consumidores. As conclusões estão em um relatório do Escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) contra Drogas e Crime, que será divulgado nesta terça-feira (26). Segundo o estudo, a proporção da população brasileira que consome cocaína cresceu de 0,4%, em 2001, para 0,7%, em 2005 - o que corresponde a 860 mil pessoas de 15 a 64 anos. Os estados do Sul e Sudeste são os que concentram maiores índices de consumidores. <br /> <br />O uso crescente da droga no Brasil elevou os índices da América Latina. O percentual da população dessa região que diz ter consumido cocaína ao menos uma vez na vida passou de 2,3% para 2,9%, no mesmo intervalo. Enquanto o consumo brasileiro aumentou, a produção de cocaína na América Latina sofreu uma queda de 2% entre 2005 e 2006, embora os números por país não sejam homogêneos. O cultivo de coca na Colômbia caiu 9%, mas aumentou 8% na Bolívia e 7% no Peru. Mas foi o consumo de maconha o que mais cresceu no Brasil. Em 2001, 1% dos brasileiros entre 15 e 65 anos consumia a droga. O índice subiu para 2,6% em 2005. Por outro lado, a ONU indica que o número de consumidores de maconha no mundo caiu de 162 milhões, em 2004, para 159 milhões, em 2005. <br /> <br />Houve também aumento no consumo de anfetaminas, que chega a 0,7% dos brasileiros, e de ecstasy, consumido por 0,2% da população. As informações são do jornal quot;
O Estado de S. Pauloquot;
. <br />O CULTIVO DOS VALORES<br />Por isto mesmo, a gravidade desta enfermidade, que debilita a saúde do corpo, do espírito e da vida de milhões de pessoas pelo mundo, exige, além da consciência e da competência a nível profissional e humano, o cultivo dos verdadeiros valores da vida. Aqui se situa a compreensão mais interna de toda problemática das drogas, um problema de desamor com a vida, de frustração existencial e de sentido, gerando o vazio e as compensações em todos os níveis, de modo todo particular a compensação pelas drogas, isolando as pessoas de si próprias, dos outros e de Deus. Todo usuário de drogas, na prática, é um impotente, um fracassado, onde, além dos cuidados para um sadio tratamento, se exige muito amor, compreensão e carinho.<br />Depressao das drogas e substancias <br />TRANSTORNO DO HUMOR SECUNDÁRIO A DOENÇAS E DROGAS<br /> <br />Muitas doenças leves ou graves podem causar depressão importante. Artrite reumatóide, esclerose múltipla e doença cardíaca crônica são particularmente associadas com depressão, assim como outras doenças crônicas. <br /> <br />Alterações hormonais claramente têm lugar em alguns quadros depressivos. Vários graus de depressão ocorrem em pacientes esquizofrênicos, pacientes com problemas neurológicos e estados mentais orgânicos (delirium).<br /> <br />A dependência de álcool frequentemente coexiste com depressão severa.<br /> <br />O modelo clássico de depressão induzida por droga se baseia na reserpina (um anti-hipertensivo), tanto clinica como neuroquimicamente.<br /> <br />Corticóides e contraceptivos orais são comumente associados com alterações do humor. <br /> <br />Anti-hipertensivos como metildopa, guanetidina e clonidina têm sido associadas a síndromes depressivas, assim como digitálicos e antiparkinsonianos (como levodopa).<br /> <br />È incomum betabloqueadores produzirem depressão quando dados por um curto período de tempo, como no tratamento da ansiedade, ao contrário do uso continuo dos mesmos para hipertensão.<br />Raramente, dissulfiram (anti-álcool) e anticolinesterásicos (drogas para Alzheimer) podem estar associadas a depressão.<br /> <br />Todos os estimulantes  podem resultar numa síndrome depressiva em sua abstinência. Álcool, sedativos, opiáceos e a maioria dos psicodélicos (LSD) são depressores e, paradoxalmente, utilizados na auto-medicação da depressão (tentativa do paciente de aliviar seu sofrimento).<br />PROPORÇÕES ASTRONÔMICAS<br />Os dados mostram que, apesar dos esforços feitos até agora, o consumo das drogas vem atingindo formas e proporções cada vez mais preocupantes. Mas é preciso ir além dos fatos, precisamos procurar as causas e atacá-las.<br />O consumo abusivo de drogas não deve ser visto apenas como resultado de patologias individuais, mas como um fato social. E aqui está um grande indicativo de causa: uma sociedade como a nossa, cada vez mais pragmática, insensível, competitiva, consumista e individualista, é uma sociedade que favorece o uso de drogas.<br />Ela gerou um mundo onde a existência cotidiana se tornou tão árdua e tão vazia de sentido, que os tóxicos funcionam como “amortecedores” nas relações do ser humano consigo mesmo e com o mundo. Há quem use a expressão “civilização química”, para falar desta sociedade destituída de sentido verdadeiro para a vida humana.<br />Valores como a amizade, a solidariedade, a busca do bem comum tornam-se “caretas”, ultrapassados. A via longa, reflexiva, dialógica e comprometida é substituída pelo caminho fácil da satisfação individual. O compromisso de vida dá lugar ao evento instantâneo. O sentimento dá lugar à sensação.<br />A sensação de vazio e de infelicidade é o resultado dessa experiência sem profundidade afetiva, sem carinho e sem diálogo. A existência perde o tempero e o brilho, abrindo o caminho para a busca ilusória do prazer imediato. Mas este só faz aumentar a desilusão, o vazio e a infelicidade.<br />Daí a depressão, as despesas com infindáveis tratamentos e o recurso ao artifício das drogas, com todas as suas trágicas conseqüências. Mas não haverá droga suficiente para preencher esse poço sem fundo. Ao contrário, quanto mais drogas, mais ele se aprofunda, até à destruição total da pessoa.<br />
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  • 1. O consumo das drogas<br />O consumo de drogas aumentou no Brasil nos últimos anos, na contramão da tendência mundial de estabilidade. O país também se consolidou como centro de distribuição da cocaína colombiana e boliviana para os principais mercados consumidores. As conclusões estão em um relatório do Escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) contra Drogas e Crime, que será divulgado nesta terça-feira (26). Segundo o estudo, a proporção da população brasileira que consome cocaína cresceu de 0,4%, em 2001, para 0,7%, em 2005 - o que corresponde a 860 mil pessoas de 15 a 64 anos. Os estados do Sul e Sudeste são os que concentram maiores índices de consumidores. <br /> <br />O uso crescente da droga no Brasil elevou os índices da América Latina. O percentual da população dessa região que diz ter consumido cocaína ao menos uma vez na vida passou de 2,3% para 2,9%, no mesmo intervalo. Enquanto o consumo brasileiro aumentou, a produção de cocaína na América Latina sofreu uma queda de 2% entre 2005 e 2006, embora os números por país não sejam homogêneos. O cultivo de coca na Colômbia caiu 9%, mas aumentou 8% na Bolívia e 7% no Peru. Mas foi o consumo de maconha o que mais cresceu no Brasil. Em 2001, 1% dos brasileiros entre 15 e 65 anos consumia a droga. O índice subiu para 2,6% em 2005. Por outro lado, a ONU indica que o número de consumidores de maconha no mundo caiu de 162 milhões, em 2004, para 159 milhões, em 2005. <br /> <br />Houve também aumento no consumo de anfetaminas, que chega a 0,7% dos brasileiros, e de ecstasy, consumido por 0,2% da população. As informações são do jornal quot; O Estado de S. Pauloquot; . <br />O CULTIVO DOS VALORES<br />Por isto mesmo, a gravidade desta enfermidade, que debilita a saúde do corpo, do espírito e da vida de milhões de pessoas pelo mundo, exige, além da consciência e da competência a nível profissional e humano, o cultivo dos verdadeiros valores da vida. Aqui se situa a compreensão mais interna de toda problemática das drogas, um problema de desamor com a vida, de frustração existencial e de sentido, gerando o vazio e as compensações em todos os níveis, de modo todo particular a compensação pelas drogas, isolando as pessoas de si próprias, dos outros e de Deus. Todo usuário de drogas, na prática, é um impotente, um fracassado, onde, além dos cuidados para um sadio tratamento, se exige muito amor, compreensão e carinho.<br />Depressao das drogas e substancias <br />TRANSTORNO DO HUMOR SECUNDÁRIO A DOENÇAS E DROGAS<br /> <br />Muitas doenças leves ou graves podem causar depressão importante. Artrite reumatóide, esclerose múltipla e doença cardíaca crônica são particularmente associadas com depressão, assim como outras doenças crônicas. <br /> <br />Alterações hormonais claramente têm lugar em alguns quadros depressivos. Vários graus de depressão ocorrem em pacientes esquizofrênicos, pacientes com problemas neurológicos e estados mentais orgânicos (delirium).<br /> <br />A dependência de álcool frequentemente coexiste com depressão severa.<br /> <br />O modelo clássico de depressão induzida por droga se baseia na reserpina (um anti-hipertensivo), tanto clinica como neuroquimicamente.<br /> <br />Corticóides e contraceptivos orais são comumente associados com alterações do humor. <br /> <br />Anti-hipertensivos como metildopa, guanetidina e clonidina têm sido associadas a síndromes depressivas, assim como digitálicos e antiparkinsonianos (como levodopa).<br /> <br />È incomum betabloqueadores produzirem depressão quando dados por um curto período de tempo, como no tratamento da ansiedade, ao contrário do uso continuo dos mesmos para hipertensão.<br />Raramente, dissulfiram (anti-álcool) e anticolinesterásicos (drogas para Alzheimer) podem estar associadas a depressão.<br /> <br />Todos os estimulantes  podem resultar numa síndrome depressiva em sua abstinência. Álcool, sedativos, opiáceos e a maioria dos psicodélicos (LSD) são depressores e, paradoxalmente, utilizados na auto-medicação da depressão (tentativa do paciente de aliviar seu sofrimento).<br />PROPORÇÕES ASTRONÔMICAS<br />Os dados mostram que, apesar dos esforços feitos até agora, o consumo das drogas vem atingindo formas e proporções cada vez mais preocupantes. Mas é preciso ir além dos fatos, precisamos procurar as causas e atacá-las.<br />O consumo abusivo de drogas não deve ser visto apenas como resultado de patologias individuais, mas como um fato social. E aqui está um grande indicativo de causa: uma sociedade como a nossa, cada vez mais pragmática, insensível, competitiva, consumista e individualista, é uma sociedade que favorece o uso de drogas.<br />Ela gerou um mundo onde a existência cotidiana se tornou tão árdua e tão vazia de sentido, que os tóxicos funcionam como “amortecedores” nas relações do ser humano consigo mesmo e com o mundo. Há quem use a expressão “civilização química”, para falar desta sociedade destituída de sentido verdadeiro para a vida humana.<br />Valores como a amizade, a solidariedade, a busca do bem comum tornam-se “caretas”, ultrapassados. A via longa, reflexiva, dialógica e comprometida é substituída pelo caminho fácil da satisfação individual. O compromisso de vida dá lugar ao evento instantâneo. O sentimento dá lugar à sensação.<br />A sensação de vazio e de infelicidade é o resultado dessa experiência sem profundidade afetiva, sem carinho e sem diálogo. A existência perde o tempero e o brilho, abrindo o caminho para a busca ilusória do prazer imediato. Mas este só faz aumentar a desilusão, o vazio e a infelicidade.<br />Daí a depressão, as despesas com infindáveis tratamentos e o recurso ao artifício das drogas, com todas as suas trágicas conseqüências. Mas não haverá droga suficiente para preencher esse poço sem fundo. Ao contrário, quanto mais drogas, mais ele se aprofunda, até à destruição total da pessoa.<br />