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BRILHO ENTRE LETRAS E LINHAS

                                                        Bruna Bringhentti Dalmagro

        Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça, é ela menina que vem
que passa, num doce balanço a caminho da vitória. Fora o automobilismo e as
lutas, tudo gira em torno da bola.
        De várias cores e tamanhos, ela é a dona da festa. De basquete à gude,
bola é bola. Com os pés, mãos, dedos ou cabeça, não importa, se sozinho ou
acompanhado, quando ela passa, o mundo sorrindo, se enche de graça.
        Lá vai ela. Direita, esquerda, passou, e... é ponto, é match point, é gol.
Se ela demora a ansiedade toma conta, empurra-empurra, gritos, suor, raiva e
alegria misturados para ver o seu show. Quando ela chega, vem com ela uma
magia, e todos param para ver seu balançado. Quem está com ela vira estrela
e a guia num sobe e descem acelerado. Como a caneta no papel, ela vai
escrevendo seu poema.
Tem quem de nome a ela, como uma companheira inseparável. Não importa se
é de couro, de plástico, ou uma bola de meias. Ela é a força que move o
esporte. Crianças, jovens, adultos ou idosos, ao vê-la não se contêm, parece
que dá uma coceirinha incontrolável em pegá-la. É um sentimento mais forte.
Não importa se o jogo é na rua, no campinho de terra, na quadra. Não importa
se é entre amigos ou um grande clássico. Se é só por jogar ou a disputa de
uma grande final. Sem ela não existe a festa.
        Sem bola, não há jogo, sem caneta não existe poesia. Assim como o
poeta, a bola brilha entre letras e linhas.

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