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REFERÊNCIA INDUSTRIAL PRINCIPAL
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CA-B
chega
ao Brasil
CA-B now
in Brazil
O ano de 2013 entra para a
história do setor de madeira
tratada no Brasil, afinal foi
inaugurada a usina mais
inovadora do país. A unidade
passa a operar com um novo
produto preservativo eficiente e
aceito internacionalmente
Por Giovana Massetto
ABRIL | 35
Foto:ValterciSantos
the year of 2013 will become part of
the history of the wood treatment
sector of Brazil, because the most
innovative plant of the country was
inaugurated. The unity starts operation
with a new efficient and internationally
accepted preserver product
ABRIL | 37www.referenciaindustrial.com.br36 |
he inauguration of the new plant of CM Ventur-
oli, in the municipality of Camaçari (BA), was
characterized by a feeling of accomplished duty,
but, beyond that, of greater environmental conscience.
This treatment unit meets a new perception of the mar-
ket that came to view more than a decade ago in the global
scenario of the wood preservation sector. It represents a
first step for a new vision in the Brazilian market, involving
the preservation plants, the enterprises that make preserv-
ers available, the government and the consumers. This new
installation traduces the meaning of innovation through a
process of maturing all the involved parts – CM Ventur-
oli, Arxo and Lonza. “We were pursuing the CA-B (Copper
Azoles) for practically three years. But until the end of the
last year the opportunity of establishing a plant with the
necessary technology yet hadn’t come. When it happened
we decided to bet on it”, remembers the president of CM
Venturoli, Paulo Venturoli.
The company, acting since its foundation in supplying
wood to the construction market, had realized a certain un-
ease of the consumer market in the search for alternative
products. According to Paulo, the support of all involved
companies was essential. “Lonza already commercializes
the consolidated product throughout the world for more
than 15 years and comprises its efficiency in relation to tra-
ditional products”, states Paulo. However, in Brazil the de-
cision was motivated by anticipation spirit. “Driven by this
perception, CM Venturoli matured this idea after partici-
pating in international meetings and analyzing deeply the
market. We realized it is requiring something new in what
respects the use of treated wood in constructive systems”,
defends Paulo Venturoli.
Partnership
Once the decision had been taken, partnership among
entre CM Venturoli, Lonza, Arxo and Prisma was defined.
Along with the preserver products technology supplied by
Lonza, the enterprise united a capacitated company that
elaborated the project - which, due to the characteristics
of CA-B, required some adjustments when compared to tra-
ditional projects -, and another company to fabricate and
mount the equipment, specially developed for using with
this new product.
The plant installed at CM Venturoli is unique in Brazil
and Latin America and counts on a more specific automa-
tion and control of processes system. “It incorporates a
series of technical innovations for control with rules pre-
viewed in norms. It is an equipment capable of establishing,
diadainauguraçãodanovaplantadaCMVentu-
roli,nomunicípiodeCamaçari(BA)foimarcado
por um sentimento de dever cumprido, mas,
além disto, de maior consciência ambiental. Essa unidade
de tratamento vai ao encontro de uma nova percepção do
mercado, despertada há mais de uma década no cenário
mundial do setor de preservação de madeiras. Representa
um primeiro passo para uma nova visão no mercado bra-
sileiro, envolvendo as usinas de preservação, as empresas
que disponibilizam os produtos preservativos, o governo
e os consumidores.
Esta nova instalação traduz o sentido da inovação por
meio de um processo de amadurecimento de todas as par-
tes envolvidas – CMVeturoli, Arxo, Prisma e Lonza. “Está-
vamos namorando oCA-B (CobreAzoles) há praticamente
3 anos. Mas até o final do ano passado a oportunidade de
montarmos uma usina com a tecnologia necessária ainda
não tinha aparecido. Quando ela aconteceu decidimos
apostar”, relembra o presidente da CM Venturoli, Paulo
Venturoli.
A CM Venturoli, atuante desde a sua fundação no
suprimento predominante de madeiras ao mercado da
construção,haviapercebidocertainquietaçãodomercado
consumidorpelabuscadeprodutosalternativos.Osuporte
das empresas envolvidas foi essencial segundo Paulo. “A
Lonzajácomercializaoprodutoconsolidadopelomundohá
maisde15anosecomprovaasuaeficiênciaemrelaçãoaos
produtostradicionais”,afirma. Mas,no Brasil,a decisãofoi
motivada pelo espírito de antecipação no que diz respeito
ao futuropróximo.“Impulsionadaporessapercepção,aCM
Venturolifoiamadurecendoessaideiadepoisdeparticipar
de encontros internacionais e analisar profundamente o
mercado.Eleestáexigindoalgonovonoquedizrespeitoao
usodamadeiratratadaemsistemasconstrutivos”,defende
PauloVenturoli.
Parceria
Depois da decisão tomada, definiu-se a parceria entre
CMVenturoli,Lonza,ArxoePrisma.Juntocomatecnologia
do produto preservativo fornecida pela Lonza, a iniciativa
uniu uma empresa capacitada para a elaboração do pro-
jeto - que em função das características do CA-B, exigiu
adequações quando comparado a projetos tradicionais -,
e outra para fabricação e montagem desse equipamento,
especialmente desenvolvido para a utilização desse novo
produto.
A usina instalada na CM Venturoli é única no Brasil e
na América Latina com sistema de automação e controle
de processo mais específicos. “Ela incorpora uma série de
inovaçõestecnológicasdecontrolecomregrasprevistasem
normas. É um equipamento capaz de estabelecer, regular
e controlar o processo de tratamento de forma segura,
apresentando resultados, gráficos e relatórios para que o
controlefiqueregistradodentrodoequipamento”,destaca
CidemarDallaZen,diretorcomercialdaArxo.Segundoele,
o principal objetivo da Arxo e Prisma era desenvolver um
projeto que contemplasse todos os aspectos relacionados
às novas tecnologias e segurança, não só dos operadores,
Maíra, Paulo, Christina,Toti e GabrielVenturoli
A jornalista da
Revista REFERÊNCIA
INDUSTRIAL, Giovana
Massetto com Maíra e
PauloVenturoli e
Joseane Knop, ge-
rente comercial da
Revista REFERÊNCIA
INDUSTRIAL
O T
REFERÊNCIA INDUSTRIAL PRINCIPAL
www.referenciaindustrial.com.br36 |
Luiz Bueno da Prisma, PauloVenturoli da CMVenturoli, Flavio Geraldo, PaoloVodopivic
e Elcio Lana da Lonza, MaíraVenturoli da CMVenturoli e Cidemar Dalla Zen da Arxo
Foto:GM/REFERÊNCIA
Foto:GM/REFERÊNCIA
Foto:GM/REFERÊNCIA
Foto:GM/REFERÊNCIA
ABRIL | 39www.referenciaindustrial.com.br38 |
masquetambémpermitisseafirmarqueesteéumequipa-
mento que opera em um circuito fechado. “Independente
do produto preservativo utilizado, ele fica restrito à área
de produção, podendo ser constantemente controlado”,
explica.
A nova planta contou também com a instalação de um
laboratório equipado com aparelhos específicos que per-
mitem analisar imediatamente os resultados do processo,
retenção,assimcomoasconcentraçõesdassoluçõesantes
dotratamentopreservativo.Olaboratórioéequipadocom
o analisador Oxford, cujas operações são apoiadas por
equipamentos adicionais, como moedor e estufa, tudo
em ambiente climatizado. Trata-se de análises realizadas
através de técnicas de espectrometria de raio-x, que pro-
porcionam a segurança necessária para oferecer garantias
ao mercado consumidor.
eXceÇÃO
Para Elcio Lana, supervisor comercial da Lonza, o
lançamento da nova usina da CM Venturoli é um marco
no setor, caracterizado pelo pioneirismo, que permite unir
um produto inovador a uma nova concepção de usina de
tratamento. O CA-B atende aos requisitos regulatórios
necessários quanto ao registro junto ao Ibama e já consta
nasprincipaisnormasdaAbnt.“Estefoiumpassomuitoim-
portante, pois, hoje, aCMVenturoli é uma exceção.Temos
a certeza de que o mercado vai evoluir gradativamente e
outras empresas seguirão pelo mesmo caminho.”
ApartirdeagoraaequipedevendasdaCMVenturolijá
está sendo devidamente treinada para oferecer a madeira
tratada com este novo produto.
regulating and controlling the treatment process in a safe
way, presenting results, graphics and reports so that the
control gets to be recorded inside the equipment”, high-
lights Cidemar Dalla Zen, commercial director of Arxo.
According to him, the main goal of Arxo and Prisma
was to develop a project that contemplated all the aspects
related to the new safety technologies, not only of the op-
erators, but also a technology that would allow to state
that this equipment operates in a closed circuit. It means
that “Independently of the used preserver product, it is re-
strained to the area of production, being constantly con-
trolled”, explains.
The new plant counted also with the installation of an
equipped lab with specific apparatus that allows analyz-
ing immediately the processes results, retentions, as well
as the solutions concentration before the preserving treat-
ment. The lab is equipped with Oxford analyzer, whose op-
erations are supported by additional equipments such as
grinder and stove, all in an acclimatized environment. It
offers a detailed analysis accomplished through X-ray spec-
trometry techniques which enable necessary safety to offer
guarantees to the consumer market.
eXCePtiOn
For Elcio Lana, Lonza commercial supervisor, the
launching of the new plant of CM Venturoli is a milestone in
the sector, characterized by pioneering, that allows uniting
an innovative product to a new conception of plant treat-
ment. The CA-B attends the necessary regulatory requests
concerning the registration with Ibama (Brazilian Institute
for the Environment and Natural Resources) and already
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cOMeÇa a HiSTÓria Da cM VeNTUrOLi
acMVenturoli iniciou suas atividades há 25 anos, no
interior de São Paulo, como uma empresa fabricante de
cruzetasdemadeiradelei.aempresadeorigemfamiliar
acompanhouociclodamadeiracomserrariasnooestede
SãoPaulo,depoisnonortedoParaná,suldeMatoGrosso
e Bahia. Foi por meio de um convite feito pela coelba
(companhia de eletricidade do estado da Bahia) que a
família abriu uma filial na Bahia em 1984 para produzir
cruzetas. anos depois começou a pressão internacional
em relação à sustentabilidade e a busca por madeiras
alternativas.em2000,aprimeirausinadetratamentode
madeira foi instalada e se iniciou o plantio de eucalipto
na região dearaçás (Ba). Hoje de forma inovadora, acM
Venturoli é a primeira usina brasileira a tratar madeira
utilizando a nova formulação à base de cobre azoles, um
produto eficiente e mais amigável ao meio ambiente.
makes part of the main Abnt (Brazilian Association of Tech-
nical Standards) norms. “This was a very important step
because today CM Venturoli is an exception. We are sure
that the market will gradually evolve and other companies
will follow the same path”. CM Venturoli personnel are al-
ready being properly trained to offer wood treated with
this new product. “The plan contemplates the creation of
a new brand that will characterize specific product lines of
wood treated with CA-B, offering alternative products ac-
cording to important differentials. Besides the innovative
treatment, that might sum a water-repellent addictive to
the process, the pieces will be selected regarding species,
density, processing, warranty, etc., a joint of very positive
characteristics that will attend a more demanding public,
which is willing to value what is new and tuned with what
is friendly to the environment”, explained the owner of the
company.
“O plano contempla a criação de uma nova marca que
caracterizará linhas específicas de produtos de madeiras
tratadas com o CA-B, oferecendo produtos alternativos
aos convencionais em função de importantes diferenciais.
Além do tipo de tratamento inovador, que poderá agregar
no processo um aditivo repelente à água, as peças serão
selecionadas quanto à espécie, densidade, beneficiamen-
to, garantia, enfim, um conjunto de características muito
positivas que atenderão a um público mais exigente, que
está disposto a valorizar o que é novo e está em sintonia
com o que é ainda mais amigável ao ambiente”, explicou
o presidente da empresa.
REFERÊNCIA INDUSTRIAL PRINCIPAL
ParaDiGM shiFt
With the launching of the new CM Venturoli plant, the
use of formula based on copper azoles in Brazil is no longer
a possibility, which have been addressed since 2009 at Re-
vista REFERÊNCIA (97 edition), but becomes a reality. The
product is already registered with Ibama and makes part of
NBR (Brazilian Norm) 16.143, recently published by Abnt,
which contemplates a category system for wood use, pre-
senting products and processes details in accordance with
the type of wood and the uses conditions. According to El-
cio Lana, the Brazilian market lived a repressed demand. In
face of poverty relating to alternatives, the market would
limit to consume what was available. “Some professionals
have even imported treated wood with CA-B from other
countries. That’s why the launching of this plant is so im-
portant”.
QUeBra De ParaDiGMaS
Com o lançamento da nova planta da CM Venturoli, o
uso de formulação a base de cobre azoles no Brasil deixa
de ser uma perspectiva, abordada desde 2009 na Revista
REFERÊNCIA (edição 97), e passa a ser uma realidade. O
produtojáestáregistradonoIbamaetambémfazparteda
NBR 16.143, recém-publicada pela Abnt, que contempla o
Sistema de Categoria de Usos, apresentando detalhes de
produtos e processos em função do tipo de madeira e da
condição de uso.
De acordo com Elcio Lana, o mercado brasileiro vivia
uma demanda reprimida. Diante das limitações quanto a
alternativas, o mercado se limitava ao consumo do que
estavadisponível.“Algunsprofissionaischegaraminclusive
a importar madeira tratada com CA-B de outros países.
Por este motivo, o lançamento da usina é tão importante.”
O presidente da Lonza na América Latina, Paolo
Vodopivic, lembra um aspecto essencial que motivou a
Analisador Oxford
Foto:ValterciSantos
Foto:ValterciSantos
Foto:ValterciSantos
Foto:ValterciSantos
CM VentUrOLi histOrY BeGins
CM Venturoli started its operations 25 years ago, in
São Paulo inland, as a company that manufactured tim-
ber crossbars. the family business accompanied the wood
cycle with sawmills in the west of são Paulo, then in the
north of Paraná, south of Mato Grosso and Bahia. the
invitation to open a branch in Bahia in 1984 to produce
crossbars was made through Coelba (Bahia State Electric-
ity Company). Years later the international pressure re-
lating to sustainability and to the search for alternative
woods, started. In 2000, the first wood treatment plant
was installed and eucalyptus planting initiated in Araçás
(BA) region. Today in an innovative form, CM Venturoli
is the first Brazilian plant to treat wood using this new
formula based in copper azoles, an efficient product and
a friendlier one to the environment.
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL PRINCIPAL
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The president of Lonza Latin America, Paolo Vodopivic,
remembers an essential aspect that motivated the adop-
tion of new alternatives in the markets of some countries,
especially the Unites Stated and some European nations. In
these regions there was a strong reaction regarding signifi-
cantly changes in the markets’ perception.
Such changes motivated the restrictions to traditional
adoção de novas alternativas nos mercados de alguns pa-
íses, em especial nos EUA (Estados Unidos da América) e
naçõeseuropeias.Nessasregiões,houveumafortereação
em função de significativas mudanças na percepção do
mercado. Tais mudanças motivaram as restrições ao uso
do tradicional CCA (Arseniato de Cobre Cromatado) para
certas finalidades em sistemas construtivos. “Quando se
use of CCA (Arsenate of Chromate Copper) for certain pur-
poses in constructive systems. “When you compare mar-
kets where the copper azole is already been used for many
years, as in Europe and in the United Sates, we realize that
the use on widespread basis only happened due to the re-
action of the industry to imposed restrictions, which made
available to the market, almost in an immediate way, prod-
ucts with friendlier rear and that fully attended the new
requirements.”
When we talk about finance the price of the CA-B is
quite disputed, but the president of Lonza Latin America,
tranquilizes the property owners. “The problem related to
a difference in costs between the CCA and the CA-B does
not exist in the USA anymore. Due to these restrictions, a
huge demand for products based on copper azoles made
this transition viable in a definite way. When the market
reaches this level, the price of the CA-B gets very close of
the actual prices offered for the CCA, with the possibility
of even being lower”, explains. Flavio Geraldo remembers
that it is important to highlight that after the restrictions to
the CCA in the USA it has been agreed to divide the market
of treated wood in two segments. “For practical reasons
and for a better understanding of the consumer, the market
was divided in industrial and residential. In the industrial
market we find posts, crossties, fence posts for agriculture,
faz comparações com mercados onde o cobre azoles já é
utilizadohámuitosanos,comoaEuropaeEUA,percebe-se
que o uso em grande escala só ocorreu em função da rea-
ção da indústria às restrições impostas, que disponibilizou
ao mercado, de forma quase que imediata, produtos com
retaguarda mais amigável e que atendiam plenamente as
novas exigências.”
Já quando o assunto se torna financeiro e o preço do
CA-Béquestionado,opresidentedaLonzanaAmericaLati-
na,tranquilizaosusineiros.“Osproblemasrelacionadosaos
custosentreoCCAeCA-BjánãoexistemmaisnosEUA.Em
funçãodessasrestrições,aenormedemandaporprodutos
baseados nas formulações base cobre azoles viabilizou de
forma definitiva essa transição, podendo-se afirmar que
quando o mercado atinge esse patamar, o preço do CA-B
aproxima-semuitodosatuaispreçosofertadosparaoCCA,
podendo até mesmo ficar mais baixos”, exemplifica.
Flavio Geraldo lembra que é importante destacar que
apósasrestriçõesaoCCAnosEUA,convencionou-sedividir
o mercado da madeira tratada em dois segmentos. “Por
questões práticas e para um melhor entendimento do
consumidor, ele ficou dividido em industrial e residencial.
Dentrodomercadoindustrialficaramosusoscomopostes,
dormentes,mourõesdecercasparaagricultura,peçaspara
fundações, entre outros usos onde as possibilidades de
PaOLO VODOPiVic, presidente da Lonza na américa Latina
“Há 20 anos aVenturoli veio para a Bahia e desenvolveu o mercado de madeira tratada na região.
Este pioneirismo se repete hoje. A empresa acreditou nesta nova tecnologia e deu um passo à
frente na busca da sustentabilidade”
PaULO VeNTUrOLi, presidente da cMVenturoli
“O projeto de implantação da nova usina faz parte de uma das metas da empresa, que é a busca
constante por novas tecnologias.Temos orgulho em ser a primeira usina brasileira a utilizar uma
nova operação de preservativo de madeira com um produto mais sustentável”
ciDeMar DaLLa ZeN, diretor comercial da arxo
“A Arxo fica muito feliz e satisfeita com a aposta feita pelaVenturoli em uma nova tecnologia e em
um equipamento novo desenvolvido por nós, o mais moderno da América Latina para o tratamento
de madeira”
FLaViO GeraLDO, gerente de mercado da Lonza na américa Latina
“Participar do lançamento desta usina é uma satisfação. Ressalvo o pioneirismo da CMVenturoli que,
sem dúvida alguma, está em plena sintonia com todos os preceitos da tão falada sustentabilidade. Já
para o setor de preservação de madeiras, posso afirmar que entramos em uma nova dimensão”
aDeMar DeLGaDO DaS cHaGaS, Prefeito de camaçari (Ba)
“A sociedade em seu passado explorou de forma ilegal grande parte da madeira nativa disponível.
Ver o lançamento desta nova usina representa um salto de qualidade pensando na sustentabilidade”
Paulo Venturoli, president of CM Venturoli
“The installation of the new plant makes part of one of the goals of the company, which is to constantly search for
new technologies. We are proud to be the first Brazilian plant to use a new wood preserver operation with a more
sustainable product”
Cidemar Dalla Zen, commercial director of Arxo
“Arxo is very pleased and satisfied with Venturoli’s investment in a new technology and in equipment
developed by us, which is the most modern of Latin America for wood treatment”
Paolo Vodopivic, president of Lonza in Latin America
“20 years ago Venturoli came to Bahia and developed the treated wood market of the region. This
pioneering repeats today. The company believed in this new technology, and stepped forward in the
search for sustainability”
Flavio Geraldo, market manager of Lonza in Latin America
“To make part of the launching of this plant is a great satisfaction. I would emphasize the pioneering of CM
Venturoli that with no doubt is fully in line with all the requirements of the so much talked-of sustainability. In
what concerns the wood preservation sector, I can state that we are entering a new dimension”
Ademar Delgado das Chagas, Mayor of Camaçari (BA)
“In the past our societies explored in an illegal way great part of the native wood available. To accompany the
launching of this new plant represents a genuine leap forward when we think about sustainability”
Foto:ValterciSantos
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contato com seres humanos é nula ou pouco frequente.
Já, no mercado denominado residencial ficaram as peças
destinadas a vários usos em sistemas construtivos como
decks, inclusive nos pilares de sustentação, equipamentos
de playgrounds, cercas residenciais, pisos, painéis, entre
outros usos onde as possibilidades de contato do usuário
são maiores.”
eVOLUÇÃO DO USO DOS
PreSerVaTiVOS NO BraSiL
A preservação industrial de madeiras no Brasil teve o
seuiníciocombasenasnecessidadesdesuprimentodema-
deirastratadasparadormentesferroviários,estendendo-se
rapidamenteparaotratamentodeposteseposteriormente
para mourões de cerca. Pode-se afirmar que em sistemas
construtivos, comparativamente, a utilização da madeira
tratada é recente.
O creosoto, um derivado do alcatrão da hulha confun-
de-se com o início da preservação de madeiras no Brasil,
seguido do pentaclorofenol e posteriormente de formu-
lações de natureza hidrossolúvel, em especial o CCA e o
CCB (Borato de Cobre Cromatado), ambos iniciados em
escala comercial há mais de 35 anos. A evolução do uso
desses preservativos teve alguns marcos significativos que
impulsionaramotratamentodemadeiras.Umdeles,afun-
daçãodaAbpm(AssociaçãoBrasileiradePreservadoresde
Madeira) no final dos anos 60 e a publicação das primeiras
normasbrasileirasquecomeçaramasuportartecnicamente
omercado,noiníciodosanos70,comdestaqueparapostes
e mourões.
No final da década de 80 inicio de 90, vale lembrar do
surgimento da Portaria Interministerial 292 e Instrução
Normativa 05, que surgiram para disciplinar e amparar
as atividades de preservação de madeiras no país. Todo
pieces for foundations, among other uses where the pos-
sibility of contact with human beings is null or infrequent.
In the residential market we find pieces destined to several
uses in constructive systems such as decks, supporting pil-
lars, playground equipment, residential fences, floors, pan-
els among other uses with greater user contact.”
eVOLUtiOn in the Use OF
PreserVers in BraZiL
The industrial preservation of woods in Brazil was initi-
ated based on the supply need of treated wood for railroad
crossties rapidly extending to the treatment of posts and
subsequently to fence posts. We can state that in construc-
tive systems, comparatively, the use of treated wood is very
recent. The creosote, originated from coal tar, was pres-
ent in the beginning of the history of wood preservation
in Brazil, followed by pentachlorophenol and subsequently
water soluble formulations, in particular CCA and the CCB
(Borate Chromate Copper), both sold in commercial scale
for more than 35 years. The evolution of the use of these
preservers had some main milestones that pushed up the
wood treatment. One of them was the foundation of Abpm
(Brazilian Association of Wood Preservers) in the late 60s,
and the publication of the first Brazilian norms that served
as technical support to the market in the beginning of the
70s, with highlights for posts and fence posts. At the end of
the 80s and beginning of the 90s it is worthwhile recalling
the appearance of the Portaria Interministerial 292 e In-
strução Normativa 05 (Interministerial Ordinance 292 and
Normative Instruction 05), which emerged to discipline and
give support to the wood preservation activities all over the
country. Every single wood preserver had to undergo a rig-
orous assessment through environmental and toxicological
tests in order to be used.
e qualquer preservativo de madeiras tinha de passar por
uma rigorosa triagem através de ensaios de natureza to-
xicológica e ambiental para que pudessem ser utilizados.
Hoje constam no Ibama 42 formulações destinadas à
preservação de madeiras das quais 12 são permitidas para
o tratamento industrial em autoclave (informações do site
do Ibama/base junho 2012).
O mercado não tem novos produtos destinados ao
tratamento em autoclave desde os anos 70 e a introdução
do CA-B no Brasil não significa necessariamente um pro-
cesso de substituição aos produtos já existentes. Trata-se
apenas de um processo de evolução, natural em qualquer
segmento industrial, acelerado no mundo em função das
restrições sofridas pelo uso da madeira tratada para certos
finscomoCCA.Nomomentoemqueamadeiratratadavai
ganhandoespaçonomercadodaconstruçãonoBrasil,nada
mais natural do que o surgimento de novas formulações
mais harmonizadas com o mercado mundial. Sem moti-
vos para preocupações, trata-se sim da abertura de uma
enormeoportunidade,umavezqueamadeiratratadacom
o CA-B não conflita com os mercados hoje existentes da
madeira tratada com oCCA, uma vez que mourões, postes
e dormentes representam ao redor de 90% do volume de
madeira tratada anualmente no Brasil e nestes segmentos
as restrições são inexistentes.
Nowadays Ibama counts 42 formulations destined to
wood preservation of which 12 are allowed for treatment
of wood in an autoclave system. The market does not have
products destined for treatment in an autoclave since the
70s, and the introduction of the CA-B in Brazil does not
mean necessarily a process of substitution of the already
existent products. It’s about an evolutional process, natural
in any industrial segment, accelerated in the world due to
the occasion of restrictions to the use of treated wood for
certain purposes with CCA. At a time when treated wood
gains space in the construction market in Brazil, there is
nothing more natural than the emergence of new formu-
lations more harmonized with the global market. With no
reasons for concern, it is actually a great opportunity once
the wood treated with CA-B does not come into conflict
with the already existing markets of CCA treated wood,
once fence posts, posts, crossties represent around 90% of
the volume of treated wood annually in Brazil and at these
segments there are no restrictions.
Foto:ValterciSantos
Foto:ValterciSantos

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CA-B chega ao Brasil

  • 1. REFERÊNCIA INDUSTRIAL PRINCIPAL www.referenciaindustrial.com.br34 | CA-B chega ao Brasil CA-B now in Brazil O ano de 2013 entra para a história do setor de madeira tratada no Brasil, afinal foi inaugurada a usina mais inovadora do país. A unidade passa a operar com um novo produto preservativo eficiente e aceito internacionalmente Por Giovana Massetto ABRIL | 35 Foto:ValterciSantos the year of 2013 will become part of the history of the wood treatment sector of Brazil, because the most innovative plant of the country was inaugurated. The unity starts operation with a new efficient and internationally accepted preserver product
  • 2. ABRIL | 37www.referenciaindustrial.com.br36 | he inauguration of the new plant of CM Ventur- oli, in the municipality of Camaçari (BA), was characterized by a feeling of accomplished duty, but, beyond that, of greater environmental conscience. This treatment unit meets a new perception of the mar- ket that came to view more than a decade ago in the global scenario of the wood preservation sector. It represents a first step for a new vision in the Brazilian market, involving the preservation plants, the enterprises that make preserv- ers available, the government and the consumers. This new installation traduces the meaning of innovation through a process of maturing all the involved parts – CM Ventur- oli, Arxo and Lonza. “We were pursuing the CA-B (Copper Azoles) for practically three years. But until the end of the last year the opportunity of establishing a plant with the necessary technology yet hadn’t come. When it happened we decided to bet on it”, remembers the president of CM Venturoli, Paulo Venturoli. The company, acting since its foundation in supplying wood to the construction market, had realized a certain un- ease of the consumer market in the search for alternative products. According to Paulo, the support of all involved companies was essential. “Lonza already commercializes the consolidated product throughout the world for more than 15 years and comprises its efficiency in relation to tra- ditional products”, states Paulo. However, in Brazil the de- cision was motivated by anticipation spirit. “Driven by this perception, CM Venturoli matured this idea after partici- pating in international meetings and analyzing deeply the market. We realized it is requiring something new in what respects the use of treated wood in constructive systems”, defends Paulo Venturoli. Partnership Once the decision had been taken, partnership among entre CM Venturoli, Lonza, Arxo and Prisma was defined. Along with the preserver products technology supplied by Lonza, the enterprise united a capacitated company that elaborated the project - which, due to the characteristics of CA-B, required some adjustments when compared to tra- ditional projects -, and another company to fabricate and mount the equipment, specially developed for using with this new product. The plant installed at CM Venturoli is unique in Brazil and Latin America and counts on a more specific automa- tion and control of processes system. “It incorporates a series of technical innovations for control with rules pre- viewed in norms. It is an equipment capable of establishing, diadainauguraçãodanovaplantadaCMVentu- roli,nomunicípiodeCamaçari(BA)foimarcado por um sentimento de dever cumprido, mas, além disto, de maior consciência ambiental. Essa unidade de tratamento vai ao encontro de uma nova percepção do mercado, despertada há mais de uma década no cenário mundial do setor de preservação de madeiras. Representa um primeiro passo para uma nova visão no mercado bra- sileiro, envolvendo as usinas de preservação, as empresas que disponibilizam os produtos preservativos, o governo e os consumidores. Esta nova instalação traduz o sentido da inovação por meio de um processo de amadurecimento de todas as par- tes envolvidas – CMVeturoli, Arxo, Prisma e Lonza. “Está- vamos namorando oCA-B (CobreAzoles) há praticamente 3 anos. Mas até o final do ano passado a oportunidade de montarmos uma usina com a tecnologia necessária ainda não tinha aparecido. Quando ela aconteceu decidimos apostar”, relembra o presidente da CM Venturoli, Paulo Venturoli. A CM Venturoli, atuante desde a sua fundação no suprimento predominante de madeiras ao mercado da construção,haviapercebidocertainquietaçãodomercado consumidorpelabuscadeprodutosalternativos.Osuporte das empresas envolvidas foi essencial segundo Paulo. “A Lonzajácomercializaoprodutoconsolidadopelomundohá maisde15anosecomprovaasuaeficiênciaemrelaçãoaos produtostradicionais”,afirma. Mas,no Brasil,a decisãofoi motivada pelo espírito de antecipação no que diz respeito ao futuropróximo.“Impulsionadaporessapercepção,aCM Venturolifoiamadurecendoessaideiadepoisdeparticipar de encontros internacionais e analisar profundamente o mercado.Eleestáexigindoalgonovonoquedizrespeitoao usodamadeiratratadaemsistemasconstrutivos”,defende PauloVenturoli. Parceria Depois da decisão tomada, definiu-se a parceria entre CMVenturoli,Lonza,ArxoePrisma.Juntocomatecnologia do produto preservativo fornecida pela Lonza, a iniciativa uniu uma empresa capacitada para a elaboração do pro- jeto - que em função das características do CA-B, exigiu adequações quando comparado a projetos tradicionais -, e outra para fabricação e montagem desse equipamento, especialmente desenvolvido para a utilização desse novo produto. A usina instalada na CM Venturoli é única no Brasil e na América Latina com sistema de automação e controle de processo mais específicos. “Ela incorpora uma série de inovaçõestecnológicasdecontrolecomregrasprevistasem normas. É um equipamento capaz de estabelecer, regular e controlar o processo de tratamento de forma segura, apresentando resultados, gráficos e relatórios para que o controlefiqueregistradodentrodoequipamento”,destaca CidemarDallaZen,diretorcomercialdaArxo.Segundoele, o principal objetivo da Arxo e Prisma era desenvolver um projeto que contemplasse todos os aspectos relacionados às novas tecnologias e segurança, não só dos operadores, Maíra, Paulo, Christina,Toti e GabrielVenturoli A jornalista da Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL, Giovana Massetto com Maíra e PauloVenturoli e Joseane Knop, ge- rente comercial da Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL O T REFERÊNCIA INDUSTRIAL PRINCIPAL www.referenciaindustrial.com.br36 | Luiz Bueno da Prisma, PauloVenturoli da CMVenturoli, Flavio Geraldo, PaoloVodopivic e Elcio Lana da Lonza, MaíraVenturoli da CMVenturoli e Cidemar Dalla Zen da Arxo Foto:GM/REFERÊNCIA Foto:GM/REFERÊNCIA Foto:GM/REFERÊNCIA Foto:GM/REFERÊNCIA
  • 3. ABRIL | 39www.referenciaindustrial.com.br38 | masquetambémpermitisseafirmarqueesteéumequipa- mento que opera em um circuito fechado. “Independente do produto preservativo utilizado, ele fica restrito à área de produção, podendo ser constantemente controlado”, explica. A nova planta contou também com a instalação de um laboratório equipado com aparelhos específicos que per- mitem analisar imediatamente os resultados do processo, retenção,assimcomoasconcentraçõesdassoluçõesantes dotratamentopreservativo.Olaboratórioéequipadocom o analisador Oxford, cujas operações são apoiadas por equipamentos adicionais, como moedor e estufa, tudo em ambiente climatizado. Trata-se de análises realizadas através de técnicas de espectrometria de raio-x, que pro- porcionam a segurança necessária para oferecer garantias ao mercado consumidor. eXceÇÃO Para Elcio Lana, supervisor comercial da Lonza, o lançamento da nova usina da CM Venturoli é um marco no setor, caracterizado pelo pioneirismo, que permite unir um produto inovador a uma nova concepção de usina de tratamento. O CA-B atende aos requisitos regulatórios necessários quanto ao registro junto ao Ibama e já consta nasprincipaisnormasdaAbnt.“Estefoiumpassomuitoim- portante, pois, hoje, aCMVenturoli é uma exceção.Temos a certeza de que o mercado vai evoluir gradativamente e outras empresas seguirão pelo mesmo caminho.” ApartirdeagoraaequipedevendasdaCMVenturolijá está sendo devidamente treinada para oferecer a madeira tratada com este novo produto. regulating and controlling the treatment process in a safe way, presenting results, graphics and reports so that the control gets to be recorded inside the equipment”, high- lights Cidemar Dalla Zen, commercial director of Arxo. According to him, the main goal of Arxo and Prisma was to develop a project that contemplated all the aspects related to the new safety technologies, not only of the op- erators, but also a technology that would allow to state that this equipment operates in a closed circuit. It means that “Independently of the used preserver product, it is re- strained to the area of production, being constantly con- trolled”, explains. The new plant counted also with the installation of an equipped lab with specific apparatus that allows analyz- ing immediately the processes results, retentions, as well as the solutions concentration before the preserving treat- ment. The lab is equipped with Oxford analyzer, whose op- erations are supported by additional equipments such as grinder and stove, all in an acclimatized environment. It offers a detailed analysis accomplished through X-ray spec- trometry techniques which enable necessary safety to offer guarantees to the consumer market. eXCePtiOn For Elcio Lana, Lonza commercial supervisor, the launching of the new plant of CM Venturoli is a milestone in the sector, characterized by pioneering, that allows uniting an innovative product to a new conception of plant treat- ment. The CA-B attends the necessary regulatory requests concerning the registration with Ibama (Brazilian Institute for the Environment and Natural Resources) and already www.referenciaindustrial.com.br38 | cOMeÇa a HiSTÓria Da cM VeNTUrOLi acMVenturoli iniciou suas atividades há 25 anos, no interior de São Paulo, como uma empresa fabricante de cruzetasdemadeiradelei.aempresadeorigemfamiliar acompanhouociclodamadeiracomserrariasnooestede SãoPaulo,depoisnonortedoParaná,suldeMatoGrosso e Bahia. Foi por meio de um convite feito pela coelba (companhia de eletricidade do estado da Bahia) que a família abriu uma filial na Bahia em 1984 para produzir cruzetas. anos depois começou a pressão internacional em relação à sustentabilidade e a busca por madeiras alternativas.em2000,aprimeirausinadetratamentode madeira foi instalada e se iniciou o plantio de eucalipto na região dearaçás (Ba). Hoje de forma inovadora, acM Venturoli é a primeira usina brasileira a tratar madeira utilizando a nova formulação à base de cobre azoles, um produto eficiente e mais amigável ao meio ambiente. makes part of the main Abnt (Brazilian Association of Tech- nical Standards) norms. “This was a very important step because today CM Venturoli is an exception. We are sure that the market will gradually evolve and other companies will follow the same path”. CM Venturoli personnel are al- ready being properly trained to offer wood treated with this new product. “The plan contemplates the creation of a new brand that will characterize specific product lines of wood treated with CA-B, offering alternative products ac- cording to important differentials. Besides the innovative treatment, that might sum a water-repellent addictive to the process, the pieces will be selected regarding species, density, processing, warranty, etc., a joint of very positive characteristics that will attend a more demanding public, which is willing to value what is new and tuned with what is friendly to the environment”, explained the owner of the company. “O plano contempla a criação de uma nova marca que caracterizará linhas específicas de produtos de madeiras tratadas com o CA-B, oferecendo produtos alternativos aos convencionais em função de importantes diferenciais. Além do tipo de tratamento inovador, que poderá agregar no processo um aditivo repelente à água, as peças serão selecionadas quanto à espécie, densidade, beneficiamen- to, garantia, enfim, um conjunto de características muito positivas que atenderão a um público mais exigente, que está disposto a valorizar o que é novo e está em sintonia com o que é ainda mais amigável ao ambiente”, explicou o presidente da empresa. REFERÊNCIA INDUSTRIAL PRINCIPAL ParaDiGM shiFt With the launching of the new CM Venturoli plant, the use of formula based on copper azoles in Brazil is no longer a possibility, which have been addressed since 2009 at Re- vista REFERÊNCIA (97 edition), but becomes a reality. The product is already registered with Ibama and makes part of NBR (Brazilian Norm) 16.143, recently published by Abnt, which contemplates a category system for wood use, pre- senting products and processes details in accordance with the type of wood and the uses conditions. According to El- cio Lana, the Brazilian market lived a repressed demand. In face of poverty relating to alternatives, the market would limit to consume what was available. “Some professionals have even imported treated wood with CA-B from other countries. That’s why the launching of this plant is so im- portant”. QUeBra De ParaDiGMaS Com o lançamento da nova planta da CM Venturoli, o uso de formulação a base de cobre azoles no Brasil deixa de ser uma perspectiva, abordada desde 2009 na Revista REFERÊNCIA (edição 97), e passa a ser uma realidade. O produtojáestáregistradonoIbamaetambémfazparteda NBR 16.143, recém-publicada pela Abnt, que contempla o Sistema de Categoria de Usos, apresentando detalhes de produtos e processos em função do tipo de madeira e da condição de uso. De acordo com Elcio Lana, o mercado brasileiro vivia uma demanda reprimida. Diante das limitações quanto a alternativas, o mercado se limitava ao consumo do que estavadisponível.“Algunsprofissionaischegaraminclusive a importar madeira tratada com CA-B de outros países. Por este motivo, o lançamento da usina é tão importante.” O presidente da Lonza na América Latina, Paolo Vodopivic, lembra um aspecto essencial que motivou a Analisador Oxford Foto:ValterciSantos Foto:ValterciSantos Foto:ValterciSantos Foto:ValterciSantos CM VentUrOLi histOrY BeGins CM Venturoli started its operations 25 years ago, in São Paulo inland, as a company that manufactured tim- ber crossbars. the family business accompanied the wood cycle with sawmills in the west of são Paulo, then in the north of Paraná, south of Mato Grosso and Bahia. the invitation to open a branch in Bahia in 1984 to produce crossbars was made through Coelba (Bahia State Electric- ity Company). Years later the international pressure re- lating to sustainability and to the search for alternative woods, started. In 2000, the first wood treatment plant was installed and eucalyptus planting initiated in Araçás (BA) region. Today in an innovative form, CM Venturoli is the first Brazilian plant to treat wood using this new formula based in copper azoles, an efficient product and a friendlier one to the environment.
  • 4. www.referenciaindustrial.com.br40 | REFERÊNCIA INDUSTRIAL PRINCIPAL www.referenciaindustrial.com.br40 | The president of Lonza Latin America, Paolo Vodopivic, remembers an essential aspect that motivated the adop- tion of new alternatives in the markets of some countries, especially the Unites Stated and some European nations. In these regions there was a strong reaction regarding signifi- cantly changes in the markets’ perception. Such changes motivated the restrictions to traditional adoção de novas alternativas nos mercados de alguns pa- íses, em especial nos EUA (Estados Unidos da América) e naçõeseuropeias.Nessasregiões,houveumafortereação em função de significativas mudanças na percepção do mercado. Tais mudanças motivaram as restrições ao uso do tradicional CCA (Arseniato de Cobre Cromatado) para certas finalidades em sistemas construtivos. “Quando se use of CCA (Arsenate of Chromate Copper) for certain pur- poses in constructive systems. “When you compare mar- kets where the copper azole is already been used for many years, as in Europe and in the United Sates, we realize that the use on widespread basis only happened due to the re- action of the industry to imposed restrictions, which made available to the market, almost in an immediate way, prod- ucts with friendlier rear and that fully attended the new requirements.” When we talk about finance the price of the CA-B is quite disputed, but the president of Lonza Latin America, tranquilizes the property owners. “The problem related to a difference in costs between the CCA and the CA-B does not exist in the USA anymore. Due to these restrictions, a huge demand for products based on copper azoles made this transition viable in a definite way. When the market reaches this level, the price of the CA-B gets very close of the actual prices offered for the CCA, with the possibility of even being lower”, explains. Flavio Geraldo remembers that it is important to highlight that after the restrictions to the CCA in the USA it has been agreed to divide the market of treated wood in two segments. “For practical reasons and for a better understanding of the consumer, the market was divided in industrial and residential. In the industrial market we find posts, crossties, fence posts for agriculture, faz comparações com mercados onde o cobre azoles já é utilizadohámuitosanos,comoaEuropaeEUA,percebe-se que o uso em grande escala só ocorreu em função da rea- ção da indústria às restrições impostas, que disponibilizou ao mercado, de forma quase que imediata, produtos com retaguarda mais amigável e que atendiam plenamente as novas exigências.” Já quando o assunto se torna financeiro e o preço do CA-Béquestionado,opresidentedaLonzanaAmericaLati- na,tranquilizaosusineiros.“Osproblemasrelacionadosaos custosentreoCCAeCA-BjánãoexistemmaisnosEUA.Em funçãodessasrestrições,aenormedemandaporprodutos baseados nas formulações base cobre azoles viabilizou de forma definitiva essa transição, podendo-se afirmar que quando o mercado atinge esse patamar, o preço do CA-B aproxima-semuitodosatuaispreçosofertadosparaoCCA, podendo até mesmo ficar mais baixos”, exemplifica. Flavio Geraldo lembra que é importante destacar que apósasrestriçõesaoCCAnosEUA,convencionou-sedividir o mercado da madeira tratada em dois segmentos. “Por questões práticas e para um melhor entendimento do consumidor, ele ficou dividido em industrial e residencial. Dentrodomercadoindustrialficaramosusoscomopostes, dormentes,mourõesdecercasparaagricultura,peçaspara fundações, entre outros usos onde as possibilidades de PaOLO VODOPiVic, presidente da Lonza na américa Latina “Há 20 anos aVenturoli veio para a Bahia e desenvolveu o mercado de madeira tratada na região. Este pioneirismo se repete hoje. A empresa acreditou nesta nova tecnologia e deu um passo à frente na busca da sustentabilidade” PaULO VeNTUrOLi, presidente da cMVenturoli “O projeto de implantação da nova usina faz parte de uma das metas da empresa, que é a busca constante por novas tecnologias.Temos orgulho em ser a primeira usina brasileira a utilizar uma nova operação de preservativo de madeira com um produto mais sustentável” ciDeMar DaLLa ZeN, diretor comercial da arxo “A Arxo fica muito feliz e satisfeita com a aposta feita pelaVenturoli em uma nova tecnologia e em um equipamento novo desenvolvido por nós, o mais moderno da América Latina para o tratamento de madeira” FLaViO GeraLDO, gerente de mercado da Lonza na américa Latina “Participar do lançamento desta usina é uma satisfação. Ressalvo o pioneirismo da CMVenturoli que, sem dúvida alguma, está em plena sintonia com todos os preceitos da tão falada sustentabilidade. Já para o setor de preservação de madeiras, posso afirmar que entramos em uma nova dimensão” aDeMar DeLGaDO DaS cHaGaS, Prefeito de camaçari (Ba) “A sociedade em seu passado explorou de forma ilegal grande parte da madeira nativa disponível. Ver o lançamento desta nova usina representa um salto de qualidade pensando na sustentabilidade” Paulo Venturoli, president of CM Venturoli “The installation of the new plant makes part of one of the goals of the company, which is to constantly search for new technologies. We are proud to be the first Brazilian plant to use a new wood preserver operation with a more sustainable product” Cidemar Dalla Zen, commercial director of Arxo “Arxo is very pleased and satisfied with Venturoli’s investment in a new technology and in equipment developed by us, which is the most modern of Latin America for wood treatment” Paolo Vodopivic, president of Lonza in Latin America “20 years ago Venturoli came to Bahia and developed the treated wood market of the region. This pioneering repeats today. The company believed in this new technology, and stepped forward in the search for sustainability” Flavio Geraldo, market manager of Lonza in Latin America “To make part of the launching of this plant is a great satisfaction. I would emphasize the pioneering of CM Venturoli that with no doubt is fully in line with all the requirements of the so much talked-of sustainability. In what concerns the wood preservation sector, I can state that we are entering a new dimension” Ademar Delgado das Chagas, Mayor of Camaçari (BA) “In the past our societies explored in an illegal way great part of the native wood available. To accompany the launching of this new plant represents a genuine leap forward when we think about sustainability” Foto:ValterciSantos Rua Arlindo Baccin, 559 • Bento Gonçalves • RS • Fone / Fax 54 2521.4598 www.maquinapack.com.br • comercial@maquinapack.com.br Conheça também o sistema de paletização para volumes de até 20 caixas por minuto Túnel Encolhimento 45 mts/min e sistema com baixo consumo de Energia/Gás Seladora com esteira alinhadora de volume e troca inteligente de bobina Processo da Linha de embalagem com sistema de crimpagem que REDUZ O CUSTO de sua embalagem em até 30% A MARCA QUE FEZ SUCESSO NA FIMMA 2013 de volume e troca inteligente de bobina Túnel Encolhimento 45 mts/min e Máquina formadora funda da Caixa Robô para Paletização de 7 a 12 caixas / minuto Desenvolvemos projetos de acordo com sua necessidade
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Já, no mercado denominado residencial ficaram as peças destinadas a vários usos em sistemas construtivos como decks, inclusive nos pilares de sustentação, equipamentos de playgrounds, cercas residenciais, pisos, painéis, entre outros usos onde as possibilidades de contato do usuário são maiores.” eVOLUÇÃO DO USO DOS PreSerVaTiVOS NO BraSiL A preservação industrial de madeiras no Brasil teve o seuiníciocombasenasnecessidadesdesuprimentodema- deirastratadasparadormentesferroviários,estendendo-se rapidamenteparaotratamentodeposteseposteriormente para mourões de cerca. Pode-se afirmar que em sistemas construtivos, comparativamente, a utilização da madeira tratada é recente. O creosoto, um derivado do alcatrão da hulha confun- de-se com o início da preservação de madeiras no Brasil, seguido do pentaclorofenol e posteriormente de formu- lações de natureza hidrossolúvel, em especial o CCA e o CCB (Borato de Cobre Cromatado), ambos iniciados em escala comercial há mais de 35 anos. A evolução do uso desses preservativos teve alguns marcos significativos que impulsionaramotratamentodemadeiras.Umdeles,afun- daçãodaAbpm(AssociaçãoBrasileiradePreservadoresde Madeira) no final dos anos 60 e a publicação das primeiras normasbrasileirasquecomeçaramasuportartecnicamente omercado,noiníciodosanos70,comdestaqueparapostes e mourões. No final da década de 80 inicio de 90, vale lembrar do surgimento da Portaria Interministerial 292 e Instrução Normativa 05, que surgiram para disciplinar e amparar as atividades de preservação de madeiras no país. Todo pieces for foundations, among other uses where the pos- sibility of contact with human beings is null or infrequent. In the residential market we find pieces destined to several uses in constructive systems such as decks, supporting pil- lars, playground equipment, residential fences, floors, pan- els among other uses with greater user contact.” eVOLUtiOn in the Use OF PreserVers in BraZiL The industrial preservation of woods in Brazil was initi- ated based on the supply need of treated wood for railroad crossties rapidly extending to the treatment of posts and subsequently to fence posts. We can state that in construc- tive systems, comparatively, the use of treated wood is very recent. The creosote, originated from coal tar, was pres- ent in the beginning of the history of wood preservation in Brazil, followed by pentachlorophenol and subsequently water soluble formulations, in particular CCA and the CCB (Borate Chromate Copper), both sold in commercial scale for more than 35 years. The evolution of the use of these preservers had some main milestones that pushed up the wood treatment. One of them was the foundation of Abpm (Brazilian Association of Wood Preservers) in the late 60s, and the publication of the first Brazilian norms that served as technical support to the market in the beginning of the 70s, with highlights for posts and fence posts. At the end of the 80s and beginning of the 90s it is worthwhile recalling the appearance of the Portaria Interministerial 292 e In- strução Normativa 05 (Interministerial Ordinance 292 and Normative Instruction 05), which emerged to discipline and give support to the wood preservation activities all over the country. Every single wood preserver had to undergo a rig- orous assessment through environmental and toxicological tests in order to be used. e qualquer preservativo de madeiras tinha de passar por uma rigorosa triagem através de ensaios de natureza to- xicológica e ambiental para que pudessem ser utilizados. Hoje constam no Ibama 42 formulações destinadas à preservação de madeiras das quais 12 são permitidas para o tratamento industrial em autoclave (informações do site do Ibama/base junho 2012). O mercado não tem novos produtos destinados ao tratamento em autoclave desde os anos 70 e a introdução do CA-B no Brasil não significa necessariamente um pro- cesso de substituição aos produtos já existentes. Trata-se apenas de um processo de evolução, natural em qualquer segmento industrial, acelerado no mundo em função das restrições sofridas pelo uso da madeira tratada para certos finscomoCCA.Nomomentoemqueamadeiratratadavai ganhandoespaçonomercadodaconstruçãonoBrasil,nada mais natural do que o surgimento de novas formulações mais harmonizadas com o mercado mundial. Sem moti- vos para preocupações, trata-se sim da abertura de uma enormeoportunidade,umavezqueamadeiratratadacom o CA-B não conflita com os mercados hoje existentes da madeira tratada com oCCA, uma vez que mourões, postes e dormentes representam ao redor de 90% do volume de madeira tratada anualmente no Brasil e nestes segmentos as restrições são inexistentes. Nowadays Ibama counts 42 formulations destined to wood preservation of which 12 are allowed for treatment of wood in an autoclave system. The market does not have products destined for treatment in an autoclave since the 70s, and the introduction of the CA-B in Brazil does not mean necessarily a process of substitution of the already existent products. It’s about an evolutional process, natural in any industrial segment, accelerated in the world due to the occasion of restrictions to the use of treated wood for certain purposes with CCA. At a time when treated wood gains space in the construction market in Brazil, there is nothing more natural than the emergence of new formu- lations more harmonized with the global market. With no reasons for concern, it is actually a great opportunity once the wood treated with CA-B does not come into conflict with the already existing markets of CCA treated wood, once fence posts, posts, crossties represent around 90% of the volume of treated wood annually in Brazil and at these segments there are no restrictions. Foto:ValterciSantos Foto:ValterciSantos