SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 1
Baixar para ler offline
Rua Alberto Guizo, 799 - CEP 13347-402 Indaiatuba - SP - Brasil
Tel.: +55-19-39365121 - Fax: +55-19-39359003 - www.isoflama.com.br - isoflama@isoflama.com.br
1
ISO 9001
www.isoflama.com.br
"Haikai 俳句" Técnico Ano V – 056 – 2015
Têmpera e Martempera
O processo térmico Têmpera consiste de resfriamento direto.
O processo térmico Martempera consiste de resfriamento com parada intermediária.
Para os aços ferramenta os dois processos podem ser aplicados. A análise critica para a
seleção de um, ou outro processo térmico, deve levar em conta a geometria da peça,
dimensões, peso e, principalmente, a tecnologia de resfriamento a ser utilizada para
permitir correto controle e monitoramento.
No resfriamento em óleo, geralmente, recomendável adotar a Martempera para peças
de grandes dimensões / peso em razão do elevado risco de trinca no resfriamento
direto (alta taxa de extração de calor no óleo); e quando resfriamento com gás
nitrogênio sob pressão, mesmo peças de grandes dimensões, a Têmpera seria preferível
(menor taxa de extração de calor em relação ao óleo) se condições de construção da
peça sem “grandes riscos” para trincas e deformações.
A Martempera pode ser realizada com gás nitrogênio sob pressão e boa opção na
peça de grande dimensão com pouco sobremetal e na situação da análise crítica das
condições de construção desta identificar riscos de trinca em razão de: 1) projeto de
desbaste por usinagem mal executado; 2) riscos profundos na superfície; 3)
acabamento grosseiro; 4) rebarbas; 5) cantos vivos, ou pequenos raios de
concordância; 6) furos de paredes finas; e outras situações mostradas no Haikai 031-
Geometrias Perigosas , 2012. O processo Martempera mitigaria os possíveis efeitos não
desejáveis nas situações descritas acima. As ilustrações abaixo mostram os processos (a)
Têmpera; e (b) Martempera:
A Figura acima ilustra três diferentes modos de resfriamento: contínuo, Têmpera Convencional,
até a temperatura pouco acima de ambiente; com parada intermediária acima da
temperatura “Ms” (“martensite start”), Martempera Convencional, para aguardar a redução da
diferença de temperatura superfície e núcleo até 0 °C, ou algum valor, por exemplo, da ordem
100 °C (recomendação “Nadca”-North American Die Casting Association”); e parada
intermediária pouco abaixo da temperatura “Ms” e antes da “Me” (“Martensite end”),
Martempera Modificada, processo utilizado pela tecnologia de resfriamento em “sal fundido”.
Os três processos produzem ao final o microconstituinte “martensita”, posteriormente “martensita
revenida”.
Comentários, críticas, ou sugestões, envie email < vendramim@isoflama.com.br >
“Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar. A busca da excelência não deve ser um objetivo, mas sim um hábito”. Filósofo Aristóteles

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a 056 haikai 俳句 tempera martempera.rv01

025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01João Carmo Vendramim
 
025 haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025 haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01025 haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025 haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01João Carmo Vendramim
 
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01João Carmo Vendramim
 
061 haikai 俳句 têmpera aço rápido
061 haikai 俳句 têmpera aço rápido061 haikai 俳句 têmpera aço rápido
061 haikai 俳句 têmpera aço rápidoJoão Carmo Vendramim
 
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01João Carmo Vendramim
 
027.haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde
027.haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde027.haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde
027.haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do moldeJoão Carmo Vendramim
 
027 haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde
027 haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde027 haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde
027 haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do moldeJoão Carmo Vendramim
 
031.haikai 俳句 geometrias perigosas têmpera
031.haikai 俳句 geometrias perigosas têmpera031.haikai 俳句 geometrias perigosas têmpera
031.haikai 俳句 geometrias perigosas têmperaJoão Carmo Vendramim
 
029 haikai 俳句 distorção e trinca aço aisi h13
029 haikai 俳句 distorção e trinca aço aisi h13029 haikai 俳句 distorção e trinca aço aisi h13
029 haikai 俳句 distorção e trinca aço aisi h13João Carmo Vendramim
 
Uma revisão do problema da romboidade no lingotamento contínuo de tarugos
Uma revisão do problema da romboidade no lingotamento contínuo de tarugosUma revisão do problema da romboidade no lingotamento contínuo de tarugos
Uma revisão do problema da romboidade no lingotamento contínuo de tarugosJorge Madias
 
03 conformação (1)
03 conformação (1)03 conformação (1)
03 conformação (1)alex martins
 
Conforma -o dos metais - parte1
Conforma -o dos metais - parte1Conforma -o dos metais - parte1
Conforma -o dos metais - parte1formold
 
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de açoJoão Carmo Vendramim
 
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de açoJoão Carmo Vendramim
 
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de açoJoão Carmo Vendramim
 
Metalurgia-da-Soldagem1.pdf
Metalurgia-da-Soldagem1.pdfMetalurgia-da-Soldagem1.pdf
Metalurgia-da-Soldagem1.pdfguizucka
 

Semelhante a 056 haikai 俳句 tempera martempera.rv01 (20)

In tec 036_manual.tt
In tec 036_manual.ttIn tec 036_manual.tt
In tec 036_manual.tt
 
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
 
025 haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025 haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01025 haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025 haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
 
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
 
061 haikai 俳句 têmpera aço rápido
061 haikai 俳句 têmpera aço rápido061 haikai 俳句 têmpera aço rápido
061 haikai 俳句 têmpera aço rápido
 
TT.Moldes.Injeção.Alumínio
TT.Moldes.Injeção.AlumínioTT.Moldes.Injeção.Alumínio
TT.Moldes.Injeção.Alumínio
 
Workshop.Moldes.ABM.03.11
Workshop.Moldes.ABM.03.11Workshop.Moldes.ABM.03.11
Workshop.Moldes.ABM.03.11
 
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
025.haikai 俳句 pvd para aço trabalho a frio.rv01
 
027.haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde
027.haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde027.haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde
027.haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde
 
027 haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde
027 haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde027 haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde
027 haikai 俳句 injeção al e bom desempenho do molde
 
031.haikai 俳句 geometrias perigosas têmpera
031.haikai 俳句 geometrias perigosas têmpera031.haikai 俳句 geometrias perigosas têmpera
031.haikai 俳句 geometrias perigosas têmpera
 
HAIKA Nº 010 Tensões na Usinagem
HAIKA Nº 010 Tensões na UsinagemHAIKA Nº 010 Tensões na Usinagem
HAIKA Nº 010 Tensões na Usinagem
 
029 haikai 俳句 distorção e trinca aço aisi h13
029 haikai 俳句 distorção e trinca aço aisi h13029 haikai 俳句 distorção e trinca aço aisi h13
029 haikai 俳句 distorção e trinca aço aisi h13
 
Uma revisão do problema da romboidade no lingotamento contínuo de tarugos
Uma revisão do problema da romboidade no lingotamento contínuo de tarugosUma revisão do problema da romboidade no lingotamento contínuo de tarugos
Uma revisão do problema da romboidade no lingotamento contínuo de tarugos
 
03 conformação (1)
03 conformação (1)03 conformação (1)
03 conformação (1)
 
Conforma -o dos metais - parte1
Conforma -o dos metais - parte1Conforma -o dos metais - parte1
Conforma -o dos metais - parte1
 
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
 
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
 
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
050 haikai 俳句 resfriamento bloco de aço
 
Metalurgia-da-Soldagem1.pdf
Metalurgia-da-Soldagem1.pdfMetalurgia-da-Soldagem1.pdf
Metalurgia-da-Soldagem1.pdf
 

Mais de João Carmo Vendramim

14h25 20140807 moldes2014 abinfer_christian_dihlmann
14h25  20140807 moldes2014 abinfer_christian_dihlmann14h25  20140807 moldes2014 abinfer_christian_dihlmann
14h25 20140807 moldes2014 abinfer_christian_dihlmannJoão Carmo Vendramim
 
Arame nitretado resistencia a fadiga
Arame nitretado resistencia a fadigaArame nitretado resistencia a fadiga
Arame nitretado resistencia a fadigaJoão Carmo Vendramim
 
Tensões residuais térmicas obtidas da têmpera e martêmpera (3)
Tensões residuais térmicas obtidas da têmpera e martêmpera (3)Tensões residuais térmicas obtidas da têmpera e martêmpera (3)
Tensões residuais térmicas obtidas da têmpera e martêmpera (3)João Carmo Vendramim
 

Mais de João Carmo Vendramim (20)

Surface.Engeenering.
Surface.Engeenering.Surface.Engeenering.
Surface.Engeenering.
 
HT Textos diversos
HT Textos diversosHT Textos diversos
HT Textos diversos
 
Estudo.influencia.criogenia.h13
Estudo.influencia.criogenia.h13Estudo.influencia.criogenia.h13
Estudo.influencia.criogenia.h13
 
Ferramentaria do futuro.gm
Ferramentaria do futuro.gmFerramentaria do futuro.gm
Ferramentaria do futuro.gm
 
14h25 20140807 moldes2014 abinfer_christian_dihlmann
14h25  20140807 moldes2014 abinfer_christian_dihlmann14h25  20140807 moldes2014 abinfer_christian_dihlmann
14h25 20140807 moldes2014 abinfer_christian_dihlmann
 
TT aços ferramenta
TT aços ferramentaTT aços ferramenta
TT aços ferramenta
 
Arame nitretado resistencia a fadiga
Arame nitretado resistencia a fadigaArame nitretado resistencia a fadiga
Arame nitretado resistencia a fadiga
 
Arame nitretado resistencia fadiga
Arame nitretado resistencia fadigaArame nitretado resistencia fadiga
Arame nitretado resistencia fadiga
 
Tres.rotas.tt.h13
Tres.rotas.tt.h13Tres.rotas.tt.h13
Tres.rotas.tt.h13
 
Tensões residuais térmicas obtidas da têmpera e martêmpera (3)
Tensões residuais térmicas obtidas da têmpera e martêmpera (3)Tensões residuais térmicas obtidas da têmpera e martêmpera (3)
Tensões residuais térmicas obtidas da têmpera e martêmpera (3)
 
Materiais.e.seleção.rj
Materiais.e.seleção.rjMateriais.e.seleção.rj
Materiais.e.seleção.rj
 
Apresentação cintec 2014.rev01
Apresentação cintec 2014.rev01Apresentação cintec 2014.rev01
Apresentação cintec 2014.rev01
 
Meios de resfriamento lauralice.usp
Meios de resfriamento   lauralice.uspMeios de resfriamento   lauralice.usp
Meios de resfriamento lauralice.usp
 
Coluna manual do tt.revisão1
Coluna manual do tt.revisão1Coluna manual do tt.revisão1
Coluna manual do tt.revisão1
 
Coluna manual do tt.parte ii
Coluna manual do tt.parte iiColuna manual do tt.parte ii
Coluna manual do tt.parte ii
 
2014.06 ih.vácuo.parte iii
2014.06 ih.vácuo.parte iii2014.06 ih.vácuo.parte iii
2014.06 ih.vácuo.parte iii
 
Revista ferramental molde inj al
Revista ferramental molde inj alRevista ferramental molde inj al
Revista ferramental molde inj al
 
Principais tipos pvd
Principais tipos pvdPrincipais tipos pvd
Principais tipos pvd
 
Fluxograma tt aço 420
Fluxograma tt aço 420Fluxograma tt aço 420
Fluxograma tt aço 420
 
Kit.haikai.inj.al
Kit.haikai.inj.alKit.haikai.inj.al
Kit.haikai.inj.al
 

056 haikai 俳句 tempera martempera.rv01

  • 1. Rua Alberto Guizo, 799 - CEP 13347-402 Indaiatuba - SP - Brasil Tel.: +55-19-39365121 - Fax: +55-19-39359003 - www.isoflama.com.br - isoflama@isoflama.com.br 1 ISO 9001 www.isoflama.com.br "Haikai 俳句" Técnico Ano V – 056 – 2015 Têmpera e Martempera O processo térmico Têmpera consiste de resfriamento direto. O processo térmico Martempera consiste de resfriamento com parada intermediária. Para os aços ferramenta os dois processos podem ser aplicados. A análise critica para a seleção de um, ou outro processo térmico, deve levar em conta a geometria da peça, dimensões, peso e, principalmente, a tecnologia de resfriamento a ser utilizada para permitir correto controle e monitoramento. No resfriamento em óleo, geralmente, recomendável adotar a Martempera para peças de grandes dimensões / peso em razão do elevado risco de trinca no resfriamento direto (alta taxa de extração de calor no óleo); e quando resfriamento com gás nitrogênio sob pressão, mesmo peças de grandes dimensões, a Têmpera seria preferível (menor taxa de extração de calor em relação ao óleo) se condições de construção da peça sem “grandes riscos” para trincas e deformações. A Martempera pode ser realizada com gás nitrogênio sob pressão e boa opção na peça de grande dimensão com pouco sobremetal e na situação da análise crítica das condições de construção desta identificar riscos de trinca em razão de: 1) projeto de desbaste por usinagem mal executado; 2) riscos profundos na superfície; 3) acabamento grosseiro; 4) rebarbas; 5) cantos vivos, ou pequenos raios de concordância; 6) furos de paredes finas; e outras situações mostradas no Haikai 031- Geometrias Perigosas , 2012. O processo Martempera mitigaria os possíveis efeitos não desejáveis nas situações descritas acima. As ilustrações abaixo mostram os processos (a) Têmpera; e (b) Martempera: A Figura acima ilustra três diferentes modos de resfriamento: contínuo, Têmpera Convencional, até a temperatura pouco acima de ambiente; com parada intermediária acima da temperatura “Ms” (“martensite start”), Martempera Convencional, para aguardar a redução da diferença de temperatura superfície e núcleo até 0 °C, ou algum valor, por exemplo, da ordem 100 °C (recomendação “Nadca”-North American Die Casting Association”); e parada intermediária pouco abaixo da temperatura “Ms” e antes da “Me” (“Martensite end”), Martempera Modificada, processo utilizado pela tecnologia de resfriamento em “sal fundido”. Os três processos produzem ao final o microconstituinte “martensita”, posteriormente “martensita revenida”. Comentários, críticas, ou sugestões, envie email < vendramim@isoflama.com.br > “Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar. A busca da excelência não deve ser um objetivo, mas sim um hábito”. Filósofo Aristóteles