1. LEITURA
Estamos acostumados a ouvir que os jovens não gostam de ler. Entretanto, as bienais e feiras
do livro têm mostrado, ano após ano, que esta idéia não tem qualquer respaldo na realidade, uma
vez que nunca se publicou tantos títulos infanto-juvenis, nem os jovens leram tanto quanto nos
últimos anos. Um dos exemplos do potencial deste mercado está nos números do fenômeno Harry
Potter, de J.K.Rowling: 50 milhões de exemplares vendidos no mundo todo até agosto/2000, sendo
que, no Brasil, o segundo título da série (Harry Potter e a Câmara Secreta) chegou às livrarias com
uma tiragem inicial recorde de 100.000 exemplares.
É claro que a leitura tem lá os seus "concorrentes": a televisão, o computador, os vídeo games.
Mas também tem particularidades que são só suas, como a interação entre a palavra escrita e a
imaginação do leitor, o doce exercício de solitude que a leitura demanda, o muito que se aprende
quando se lê. Estes são alguns dos fatores que, todos os dias, transformam em leitores vorazes até
mesmo os alunos que não tiveram acesso aos livros antes de chegar à escola, nem trouxeram de casa
o exemplo de pais que gostassem de ler.
Os mais comodistas e os mais agitados, entretanto, tendem a preferir as informações mais
prontas e "pasteurizadas" da televisão, do rádio, dos filmes e da internet. O que leva o professor a
assumir uma das duas posturas possíveis: assumir como verdadeira a generalização de que os jovens
de fato não gostam de ler, ou se empenhar em desenvolver nos seus alunos o gosto pela leitura
através de atividades diversificadas, lúdicas e sobretudo adequadas ao nível de maturidade e
interesses dos alunos. Se você estiver no segundo ti_e, este capítulo foi escrito sob medida para
você.