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RELATÓRIO PARCIAL 02
abril/23
REALIZAÇÃO E PARCEIROS FASE 2
SUMÁRIO
1. As atividades criativas segundo o Sistema de
Informações e Indicadores Culturais - SIIC -IBGE e
UNESCO e suas correlações com CNAE 2.0 (2002)
2. A correspondência dos Domínios Criativos e as
atividades econômicas da CNAE 2.0/IBGE com base no
Panorama da Economia Criativa do DF
3. Desafios
4. Aspectos Gerais da Economia Criativa
4.1 Metodologia e dados
4.1 Os Agentes por CNAE
4.3 Dados levantados pelo Panorama
5. Apontamentos e indicativos dos dados quantitativos
6. Apresentação da pesquisa de campo
7. Metodologia para pesquisa de campo
7.1 Círculos Comunitários
7.2 Formação dos Círculos Comunitários
7.3 Safari Fotográfico
8. Relato parcial dos Círculos Comunitários e Safari
Fotográfico
9. Apontamentos dos dados quantitativos
10. Referências
FASE 2
FICHA TÉCNICA
Professores
Alberto Marques - Pesquisador fase 1
Alexandre Schirmer Kieling - Coordenação Geral
Ciro Inácio - Pesquisador fase 3
Clarissa Motter - Pesquisadora fases 2 e 4
Florence Dravet - Líder fase 1
Gilberto Josemin - Pesquisador fase 3
Leandro Bessa - Líder fase 2
Robson Dias - Pesquisador fases 3 e 4
Victor Laus - Líder fase 3
Weslley R. Sepúlvida - Pesquisador fase 2
Pesquisadores bolsistas
André Mendes
Bárbara Fragoso Silva
Beatriz Chaves de Lima
Beatriz Ramos Brandão de Faria
Gabriela Fonseca Costa
Gesiane do Socorro Andrade Leão Farias
Marcela Rocha Mendonça Ribeiro
Rodolfa Rocha
Iniciação científica
Amanda Oliveira Parrini Soares - Publicidade e Propaganda
Breno Melo Vieira Sousa - Administração
Gabriela Pereira - Jornalismo
Felipe Olimpio Fonseca - Engenharia de Software
Letícia Dantas De Abreu - Publicidade e Propaganda
Maria Eduarda Álvares Zaranza - Jornalismo
Pedro Mendes Borges - Publicidade e Propaganda
Paulo Cesar de Moura Fonseca - Engenharia de Software
Tatielen Rodrigues Dutra Pereira - Engenharia de Software
Yasmin Vitoria Costa de lima - Ciências da computação
Yasmin Santos Rodrigues - Design Visual
Yatimpou Jeanine-Pascale - Jornalismo
Outros colaboradores
Davi Botelho - Estatístico
Lucas Rodrigues- Administrativo
Juliana Monteiro - Consultora de Gestão
Maíra Sardinha - Pesquisadora voluntária
Lecir Nascimento - Consultor
Gustavo Vidigal - Consultor
Letícia Lourenço - ilustração (Studio Cajuí Collab)
Vanessa Barros - ilustração (Studio Cajuí Collab)
FASE 2
O relatório apresenta os resultados da pesquisa quantitativa com base nos dados oficiais de
registros do IBGE, Ministério do Trabalho, da Previdência, da Receita Federal, da Fazenda do GDF,
do Instituto de Pesquisa Estatística do DF (CODEPLAN), das Secretarias de Turismo e da Cultura,
das organizações e associações de atividades criativas.
E também os resultados parciais da pesquisa qualitativa, executada por meio de coletas de
campo por meio da Círculos Comunitários nos quais houve rodas de conversas com os agentes de
Regiões administrativas do Distrito Federal e Safaris Fotográficos em busca de flagrantes das
manifestações criativas nos espaços e territórios das mesmas RAs.
PANORAMA DA ECONOMIA CRIATIVA DO DF FASE 2
Economia Criativa corresponde às atividades, bens e relações econômicas
que envolvem a geração de bens culturais, artísticos e inovadores
(tecnológicos e científicos) resultantes da criatividade, ou seja, aquelas
atividades que utilizam a criatividade, o capital intelectual e a inovação (bens
passíveis de proteção, por meio de proteção intelectual) como insumo
produtivo, capaz de gerar empregos, renda e produção de bens e serviço
(KIELING, DRAVET, MARQUES, 2022).
DEFINIÇÃO FASE 2
25 DOMÍNIOS CRIATIVOS FASE 2
25 DOMÍNIOS CRIATIVOS
TRANSBORDAMENTO FASE 2
TRANSBORDAMENTO FASE 2
CONTAGEM DE CNAE 2.0
LEVANTADAS POR CÍRCULOS
(NÍVEL DE COMPLEXIDADE) E
DOMÍNIOS CRIATIVOS
QUADRO GERAL DE FONTES E DADOS FASE 2
QUADRO SOCIODEMOGRÁFICO LEVANTADO POR CÍRCULOS E DOMÍNIOS
CRIATIVOS
SEGUNDO RECORTE: FASE 2
CNAEs (34.598) e CNPJs (34.781)
Indústrias Criativas Complexas - C3 (25.823)
Indústrias Culturais - C2 (6.292).
Atividades Criativas Primárias - C1 (1.387)
FASE 2
SEGUNDO RECORTE: CNAEs (34.598) e CNPJs (34.781)
SEGUNDO RECORTE: CNAEs (34.598) e CNPJs (34.781)
Quantidade Vínculos
Ativos até 31/12/2021 de
Empresas e
Empresários Formais
Levantados em 2022, da
Economia Criativa no
Distrito Federal em
2021, por Nível,
Domínio Criativo e
Porte da Empresa.
CNAE 2.0 DA ECONOMIA CRIATIVA LEVANTADAS NA RAIS (2021) 22.109 CNPJs FASE 2
FASE 2
CNAE 2.0 DA ECONOMIA CRIATIVA LEVANTADAS NA RAIS (2021)
OCUPAÇÕES (CBO) DA ECONOMIA CRIATIVA LEVANTADOS DA RAIS (2020) 84.793 agentes FASE 2
FASE 2
OCUPAÇÕES (CBO) DA ECONOMIA CRIATIVA LEVANTADOS DA RAIS (2020)
REGIÕES DA ECONOMIA CRIATIVA / DOMÍNIOS (base 34 mil CNPJs) FASE 2
Domínios Publicidade (13.096),
Moda (3.324), Audiovisual (2.378),
Pesquisa/Educação (1.550), Turismo
(1.498), Eventos (1.083), Arquitetura
(1.082), Software (855), Gastronomia
(590), Mídias (360).
Empresas - Plano Piloto (4.869),
Ceilândia (2.493), Taguatinga (2.440),
Águas Claras (1.970), Guará (1.663),
Samambaia (1.610), Sobradinho
(1.098), Gama (1.002).
UMA VISÃO GERAL
Mais de 90 mil agentes criativos registrados no DF;
3,5% do PIB do Distrito Federal;
Mais de 9 bilhões de reais.
FASE 2
ÚLTIMOS LEVANTAMENTOS: CODEPLAN
FASE 2
PANORAMA DA ECONOMIA CRIATIVA DO DF
PANORAMA DA ECONOMIA CRIATIVA DO DF FASE 2
➔ Mais de 90 mil agentes
criativos registrados no
DF
➔ 3,5% do PIB do Distrito
Federal
➔ Mais de 9 bilhões de reais
➔ 1,5 bi de arrecadação
R E S U L T A D O S // Desde outubro de 2022, realizamos grupos de discussão (círculos
comunitários) e pesquisas de observação participativa (safaris fotográficos) em todas as Regiões
Administrativas do Distrito Federal. Apresentaremos, a seguir, um relatório preliminar das RAs: Águas
Claras, Samambaia, Núcleo Bandeirante, Plano Piloto, Guará, Arniqueira, Santa Maria, Cruzeiro, Gama
e Recanto das Emas:
63 (sessenta e três) pontos culturais visitados nos Safaris Fotográficos
10 (dez) Círculos Comunitários executados
66 agentes criativos participantes
+de 75 horas de atividade
PESQUISA DE CAMPO FASE 2
A pesquisa-ação ou pesquisa de intervenção envolve cooperação e participação entre os pesquisadores
e representantes da situação para produzir conhecimento e ações em conjunto.
Os círculos comunitários são baseados na metodologia de grupos de discussão, que visam reunir
construções narrativas, contradições, ideologias e tensões discursivas. Eles fornecem um espaço para
líderes de diferentes domínios criativos discutirem e trocarem experiências e ideias, fomentando uma
relação não hierárquica entre o conhecimento acadêmico e a expertise dos agentes criativos.
A abordagem cartográfica, utilizada como metodologia para os safaris fotográficos, permite uma
condução aberta e sensível da fala, gestos, movimentos e afetos que surgem na relação pesquisador-
participante e entre pesquisadores e paisagens/imagens.
PESQUISA DE CAMPO: METODOLOGIAS FASE 2
PESQUISA DE CAMPO: CÍRCULOS COMUNITÁRIOS FASE 2
Rastreio ➔ Toque ➔ Pouso ➔ Reconhecimento atento
A atitude cartográfica pressupõe uma atenção aberta e flutuante que prepara para o acolhimento do
inesperado. Durante a atividade, o pesquisador deve se predispor a ver e registrar e ouvir e registrar,
enquanto atravessa quatro variedades do funcionamento atencional: o rastreio, o toque, o pouso e o
reconhecimento atento. O rastreio envolve uma exploração assistemática do terreno até que a atenção
seja tocada por algo. O toque é uma rápida sensação que aciona o processo de seleção. O pouso é um
gesto que indica que a percepção realiza uma parada e o campo se fecha, enquanto o reconhecimento
atento implica em um trabalho fino e preciso no sentido de um acréscimo na magnitude e intensidade.
LOCAIS VISITADOS: Instituto Moinho de Vento- Família Hip Hop
Domínios observados: Criação musical (C1); Criação Visual e Plástica (C1); Eventos, feiras e festas (C3).
LOCAIS VISITADOS: Instituto Moinho de Vento- Família Hip Hop
Considerações Safári Fotográfico Santa Maria
A história do Centro Cultural Moinho, construído pelo coletivo Família Hip Hop, simboliza a forma
como a cultura se relaciona com o tecido político e social da cidade. O espaço foi ocupado e, mesmo
com atividades sólidas de incentivo e desenvolvimento da economia criativa há mais de uma década,
não é reconhecido como espaço cultural legalizado. O cenário de instabilidade de apoio financeiro e
político à cultura em Santa Maria é, portanto, uma das principais características que se observa neste
estudo.
Isso se contrapõe ao segundo fator que mais se destacou na visita à cidade, o impacto geracional
existente devido às iniciativas de agentes criativos que uniram a educação de base e ações culturais.
Conhecemos jovens que foram impactados ainda crianças com projetos musicais e artísticos que os
ajudou a desenvolver noção de coletividade, pertencimento e expressão da subjetividade. Tudo isso
através da cultura. E hoje eles são os novos agentes culturais da cidade, que trazem uma energia renovada
para se unirem aos que já estão há tempos se esforçando para manter a cultura de Santa Maria, apesar da
falta de apoio da administração regional e distrital. Esse encontro de gerações, e o forte senso de
comunidade desenvolvido nos jovens, mostra o impacto positivo que a economia criativa pode ter de fato
na sociedade.
LOCAL VISITADO: ARUC
Domínio observado: Criação musical (C1).
LOCAL VISITADO: Instituto Proeza
Domínios observados: Artesanato (C1), Criação Visual e Plástica (C1); Eventos, Feiras e Festas (C3);
Gastronomia (C3)
ARNIQUEIRA GAMA GUARÁ
PLANO PILOTO
SAMAMBAIA
➔ Carência de escuta em relação aos entes do
estado com os trabalhadores da Economia
Criativa: falta espaço de fala, de construção
partilhada, de planejamento
colaborativos;
➔ Necessidade de implementação de políticas
públicas que incentivem o trabalho de
pequenos agentes criativos;
➔ Possibilidade de atuação dos conselhos de
Cultura em duas frentes: 1) Espaço de escuta
(Fórum); 2) Frente estratégica e executiva.
CÍRCULOS COMUNITÁRIOS: APONTAMENTOS INICIAIS FASE 2
➔ Demanda reprimida por espaços
formativos e educativos para a
qualificação dos agentes e produtores
locais;
➔ Formalização dos agentes criativos
(Recanto das Emas e Gama);
➔ Preconceito de classe e território
relacionado à arte e cultura (Gama);
➔ Separação entre cultura popular e cultura
“erudita” ainda presente,
subvalorizando o trabalho dos
agentes criativos locais (Gama).
CÍRCULOS COMUNITÁRIOS: APONTAMENTOS INICIAIS FASE 2
➔ Falta de reconhecimento ou compreensão do valor
intangível dos produtos criativos por parte dos
consumidores. (Possibilidade de articulação entre
iniciativa privada e iniciativa pública apresentando
o trabalho criativo e educando sobre tal.)
➔ Predominância branca e masculina nos domínios
criativos, apontando para a invisibilidade e
subvalorização do trabalho criativo feminino
(Recanto das Emas, Gama e Cruzeiro)
CÍRCULOS COMUNITÁRIOS: APONTAMENTOS INICIAIS FASE 2
➔ Dificuldade em reconhecer o trabalho feminino
para além de determinados domínios como
artesanato ou gastronomia;
➔ Promoção de editais que atendam às
necessidades daqueles que atuam no âmbito da
Economia Criativa (Recanto das Emas, Gama,
Cruzeiro e Arniqueira);
CÍRCULOS COMUNITÁRIOS: APONTAMENTOS INICIAIS FASE 2
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Panorama da Economia Criativa do DF Fase 2

  • 2.
  • 3.
  • 5. SUMÁRIO 1. As atividades criativas segundo o Sistema de Informações e Indicadores Culturais - SIIC -IBGE e UNESCO e suas correlações com CNAE 2.0 (2002) 2. A correspondência dos Domínios Criativos e as atividades econômicas da CNAE 2.0/IBGE com base no Panorama da Economia Criativa do DF 3. Desafios 4. Aspectos Gerais da Economia Criativa 4.1 Metodologia e dados 4.1 Os Agentes por CNAE 4.3 Dados levantados pelo Panorama 5. Apontamentos e indicativos dos dados quantitativos 6. Apresentação da pesquisa de campo 7. Metodologia para pesquisa de campo 7.1 Círculos Comunitários 7.2 Formação dos Círculos Comunitários 7.3 Safari Fotográfico 8. Relato parcial dos Círculos Comunitários e Safari Fotográfico 9. Apontamentos dos dados quantitativos 10. Referências FASE 2
  • 6. FICHA TÉCNICA Professores Alberto Marques - Pesquisador fase 1 Alexandre Schirmer Kieling - Coordenação Geral Ciro Inácio - Pesquisador fase 3 Clarissa Motter - Pesquisadora fases 2 e 4 Florence Dravet - Líder fase 1 Gilberto Josemin - Pesquisador fase 3 Leandro Bessa - Líder fase 2 Robson Dias - Pesquisador fases 3 e 4 Victor Laus - Líder fase 3 Weslley R. Sepúlvida - Pesquisador fase 2 Pesquisadores bolsistas André Mendes Bárbara Fragoso Silva Beatriz Chaves de Lima Beatriz Ramos Brandão de Faria Gabriela Fonseca Costa Gesiane do Socorro Andrade Leão Farias Marcela Rocha Mendonça Ribeiro Rodolfa Rocha Iniciação científica Amanda Oliveira Parrini Soares - Publicidade e Propaganda Breno Melo Vieira Sousa - Administração Gabriela Pereira - Jornalismo Felipe Olimpio Fonseca - Engenharia de Software Letícia Dantas De Abreu - Publicidade e Propaganda Maria Eduarda Álvares Zaranza - Jornalismo Pedro Mendes Borges - Publicidade e Propaganda Paulo Cesar de Moura Fonseca - Engenharia de Software Tatielen Rodrigues Dutra Pereira - Engenharia de Software Yasmin Vitoria Costa de lima - Ciências da computação Yasmin Santos Rodrigues - Design Visual Yatimpou Jeanine-Pascale - Jornalismo Outros colaboradores Davi Botelho - Estatístico Lucas Rodrigues- Administrativo Juliana Monteiro - Consultora de Gestão Maíra Sardinha - Pesquisadora voluntária Lecir Nascimento - Consultor Gustavo Vidigal - Consultor Letícia Lourenço - ilustração (Studio Cajuí Collab) Vanessa Barros - ilustração (Studio Cajuí Collab) FASE 2
  • 7. O relatório apresenta os resultados da pesquisa quantitativa com base nos dados oficiais de registros do IBGE, Ministério do Trabalho, da Previdência, da Receita Federal, da Fazenda do GDF, do Instituto de Pesquisa Estatística do DF (CODEPLAN), das Secretarias de Turismo e da Cultura, das organizações e associações de atividades criativas. E também os resultados parciais da pesquisa qualitativa, executada por meio de coletas de campo por meio da Círculos Comunitários nos quais houve rodas de conversas com os agentes de Regiões administrativas do Distrito Federal e Safaris Fotográficos em busca de flagrantes das manifestações criativas nos espaços e territórios das mesmas RAs. PANORAMA DA ECONOMIA CRIATIVA DO DF FASE 2
  • 8. Economia Criativa corresponde às atividades, bens e relações econômicas que envolvem a geração de bens culturais, artísticos e inovadores (tecnológicos e científicos) resultantes da criatividade, ou seja, aquelas atividades que utilizam a criatividade, o capital intelectual e a inovação (bens passíveis de proteção, por meio de proteção intelectual) como insumo produtivo, capaz de gerar empregos, renda e produção de bens e serviço (KIELING, DRAVET, MARQUES, 2022). DEFINIÇÃO FASE 2
  • 13. CONTAGEM DE CNAE 2.0 LEVANTADAS POR CÍRCULOS (NÍVEL DE COMPLEXIDADE) E DOMÍNIOS CRIATIVOS
  • 14. QUADRO GERAL DE FONTES E DADOS FASE 2
  • 15. QUADRO SOCIODEMOGRÁFICO LEVANTADO POR CÍRCULOS E DOMÍNIOS CRIATIVOS
  • 16. SEGUNDO RECORTE: FASE 2 CNAEs (34.598) e CNPJs (34.781)
  • 17. Indústrias Criativas Complexas - C3 (25.823) Indústrias Culturais - C2 (6.292). Atividades Criativas Primárias - C1 (1.387) FASE 2 SEGUNDO RECORTE: CNAEs (34.598) e CNPJs (34.781)
  • 18. SEGUNDO RECORTE: CNAEs (34.598) e CNPJs (34.781) Quantidade Vínculos Ativos até 31/12/2021 de Empresas e Empresários Formais Levantados em 2022, da Economia Criativa no Distrito Federal em 2021, por Nível, Domínio Criativo e Porte da Empresa.
  • 19. CNAE 2.0 DA ECONOMIA CRIATIVA LEVANTADAS NA RAIS (2021) 22.109 CNPJs FASE 2
  • 20. FASE 2 CNAE 2.0 DA ECONOMIA CRIATIVA LEVANTADAS NA RAIS (2021)
  • 21. OCUPAÇÕES (CBO) DA ECONOMIA CRIATIVA LEVANTADOS DA RAIS (2020) 84.793 agentes FASE 2
  • 22. FASE 2 OCUPAÇÕES (CBO) DA ECONOMIA CRIATIVA LEVANTADOS DA RAIS (2020)
  • 23. REGIÕES DA ECONOMIA CRIATIVA / DOMÍNIOS (base 34 mil CNPJs) FASE 2 Domínios Publicidade (13.096), Moda (3.324), Audiovisual (2.378), Pesquisa/Educação (1.550), Turismo (1.498), Eventos (1.083), Arquitetura (1.082), Software (855), Gastronomia (590), Mídias (360). Empresas - Plano Piloto (4.869), Ceilândia (2.493), Taguatinga (2.440), Águas Claras (1.970), Guará (1.663), Samambaia (1.610), Sobradinho (1.098), Gama (1.002).
  • 24. UMA VISÃO GERAL Mais de 90 mil agentes criativos registrados no DF; 3,5% do PIB do Distrito Federal; Mais de 9 bilhões de reais.
  • 26. FASE 2 PANORAMA DA ECONOMIA CRIATIVA DO DF
  • 27. PANORAMA DA ECONOMIA CRIATIVA DO DF FASE 2 ➔ Mais de 90 mil agentes criativos registrados no DF ➔ 3,5% do PIB do Distrito Federal ➔ Mais de 9 bilhões de reais ➔ 1,5 bi de arrecadação
  • 28. R E S U L T A D O S // Desde outubro de 2022, realizamos grupos de discussão (círculos comunitários) e pesquisas de observação participativa (safaris fotográficos) em todas as Regiões Administrativas do Distrito Federal. Apresentaremos, a seguir, um relatório preliminar das RAs: Águas Claras, Samambaia, Núcleo Bandeirante, Plano Piloto, Guará, Arniqueira, Santa Maria, Cruzeiro, Gama e Recanto das Emas: 63 (sessenta e três) pontos culturais visitados nos Safaris Fotográficos 10 (dez) Círculos Comunitários executados 66 agentes criativos participantes +de 75 horas de atividade PESQUISA DE CAMPO FASE 2
  • 29. A pesquisa-ação ou pesquisa de intervenção envolve cooperação e participação entre os pesquisadores e representantes da situação para produzir conhecimento e ações em conjunto. Os círculos comunitários são baseados na metodologia de grupos de discussão, que visam reunir construções narrativas, contradições, ideologias e tensões discursivas. Eles fornecem um espaço para líderes de diferentes domínios criativos discutirem e trocarem experiências e ideias, fomentando uma relação não hierárquica entre o conhecimento acadêmico e a expertise dos agentes criativos. A abordagem cartográfica, utilizada como metodologia para os safaris fotográficos, permite uma condução aberta e sensível da fala, gestos, movimentos e afetos que surgem na relação pesquisador- participante e entre pesquisadores e paisagens/imagens. PESQUISA DE CAMPO: METODOLOGIAS FASE 2
  • 30. PESQUISA DE CAMPO: CÍRCULOS COMUNITÁRIOS FASE 2 Rastreio ➔ Toque ➔ Pouso ➔ Reconhecimento atento A atitude cartográfica pressupõe uma atenção aberta e flutuante que prepara para o acolhimento do inesperado. Durante a atividade, o pesquisador deve se predispor a ver e registrar e ouvir e registrar, enquanto atravessa quatro variedades do funcionamento atencional: o rastreio, o toque, o pouso e o reconhecimento atento. O rastreio envolve uma exploração assistemática do terreno até que a atenção seja tocada por algo. O toque é uma rápida sensação que aciona o processo de seleção. O pouso é um gesto que indica que a percepção realiza uma parada e o campo se fecha, enquanto o reconhecimento atento implica em um trabalho fino e preciso no sentido de um acréscimo na magnitude e intensidade.
  • 31.
  • 32.
  • 33. LOCAIS VISITADOS: Instituto Moinho de Vento- Família Hip Hop Domínios observados: Criação musical (C1); Criação Visual e Plástica (C1); Eventos, feiras e festas (C3).
  • 34. LOCAIS VISITADOS: Instituto Moinho de Vento- Família Hip Hop Considerações Safári Fotográfico Santa Maria A história do Centro Cultural Moinho, construído pelo coletivo Família Hip Hop, simboliza a forma como a cultura se relaciona com o tecido político e social da cidade. O espaço foi ocupado e, mesmo com atividades sólidas de incentivo e desenvolvimento da economia criativa há mais de uma década, não é reconhecido como espaço cultural legalizado. O cenário de instabilidade de apoio financeiro e político à cultura em Santa Maria é, portanto, uma das principais características que se observa neste estudo. Isso se contrapõe ao segundo fator que mais se destacou na visita à cidade, o impacto geracional existente devido às iniciativas de agentes criativos que uniram a educação de base e ações culturais. Conhecemos jovens que foram impactados ainda crianças com projetos musicais e artísticos que os ajudou a desenvolver noção de coletividade, pertencimento e expressão da subjetividade. Tudo isso através da cultura. E hoje eles são os novos agentes culturais da cidade, que trazem uma energia renovada para se unirem aos que já estão há tempos se esforçando para manter a cultura de Santa Maria, apesar da falta de apoio da administração regional e distrital. Esse encontro de gerações, e o forte senso de comunidade desenvolvido nos jovens, mostra o impacto positivo que a economia criativa pode ter de fato na sociedade.
  • 35.
  • 36.
  • 37. LOCAL VISITADO: ARUC Domínio observado: Criação musical (C1).
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  • 40. LOCAL VISITADO: Instituto Proeza Domínios observados: Artesanato (C1), Criação Visual e Plástica (C1); Eventos, Feiras e Festas (C3); Gastronomia (C3)
  • 41. ARNIQUEIRA GAMA GUARÁ PLANO PILOTO SAMAMBAIA
  • 42. ➔ Carência de escuta em relação aos entes do estado com os trabalhadores da Economia Criativa: falta espaço de fala, de construção partilhada, de planejamento colaborativos; ➔ Necessidade de implementação de políticas públicas que incentivem o trabalho de pequenos agentes criativos; ➔ Possibilidade de atuação dos conselhos de Cultura em duas frentes: 1) Espaço de escuta (Fórum); 2) Frente estratégica e executiva. CÍRCULOS COMUNITÁRIOS: APONTAMENTOS INICIAIS FASE 2
  • 43. ➔ Demanda reprimida por espaços formativos e educativos para a qualificação dos agentes e produtores locais; ➔ Formalização dos agentes criativos (Recanto das Emas e Gama); ➔ Preconceito de classe e território relacionado à arte e cultura (Gama); ➔ Separação entre cultura popular e cultura “erudita” ainda presente, subvalorizando o trabalho dos agentes criativos locais (Gama). CÍRCULOS COMUNITÁRIOS: APONTAMENTOS INICIAIS FASE 2
  • 44. ➔ Falta de reconhecimento ou compreensão do valor intangível dos produtos criativos por parte dos consumidores. (Possibilidade de articulação entre iniciativa privada e iniciativa pública apresentando o trabalho criativo e educando sobre tal.) ➔ Predominância branca e masculina nos domínios criativos, apontando para a invisibilidade e subvalorização do trabalho criativo feminino (Recanto das Emas, Gama e Cruzeiro) CÍRCULOS COMUNITÁRIOS: APONTAMENTOS INICIAIS FASE 2
  • 45. ➔ Dificuldade em reconhecer o trabalho feminino para além de determinados domínios como artesanato ou gastronomia; ➔ Promoção de editais que atendam às necessidades daqueles que atuam no âmbito da Economia Criativa (Recanto das Emas, Gama, Cruzeiro e Arniqueira); CÍRCULOS COMUNITÁRIOS: APONTAMENTOS INICIAIS FASE 2
  • 46.
  • 47.
  • 48. MANUAL DO GIFTING NAS EMPRESAS