Wim Vandekeybus é um coreógrafo e diretor belga reconhecido por seu estilo violento, enérgico e sensual. Fundou a Companhia Última Vez em 1986 e criou mais de vinte espetáculos. Seu trabalho explora temas humanos como paixão, caos e vulnerabilidade através do movimento do corpo.
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Wim Vandekeybus, coreógrafo belga da dança contemporânea
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Centro de Artes
Curso: Dança - Licenciatura
Disciplina: História e Teoria da Dança III
Profº.: Thiago Amorim
WIM VANDEKEYBUS
Denise Anjos Azevedo
Pelotas, Maio de 2011.
2. DENISE ANJOS AZEVEDO
WIM VANDEKEYBUS
Trabalho desenvolvido na Disciplina
de História e Teoria da Dança III, do
Curso de Dança – Licenciatura da
Universidade Federal de Pelotas, sob
orientação do Profº. Thiago Amorim.
Pelotas, Maio de 2011.
3. Wim Vandekeybus
Wim Vandekeybus, nasceu em 30 de Junho de 1963, na Bélgica, bailarino, diretor,
coreógrafo, ator, fotógrafo e cineasta, é um dos nomes mais destacados na dança
contemporânea européia, consolidou-se como um dos mais importantes criadores de sua
geração.
Quando estudava psicologia na Universidade de Louven, já era envolvido com o
teatro, fotografia e filme, mas nunca havia se aprofundado nestas áreas.
Em 1985, fez um teste na Companhia de Jan Fabre, começou numa peça de cinco
horas de duração, que tinha 14 atores no palco, sendo que Vandekeybus participou como
ator e bailarino.
Mas como Fabre costumava trabalhar com bailarinos clássicos, o que não era o
caso de Vandekeybus, ele resolveu se desligar da Companhia e começou a participar de
workshops na Espanha e na Itália.
Foi em Madri no ano de 1986, com 12 jovens colaboradores, que Vandekeybus
fundou a Companhia Última Vez, sendo que na época, ainda não havia desenvolvido um
bom vocabulário de dança, então, escolheu partir do chão e usá-lo para desenvolver a
movimentação que viria a distingui-lo, como uma movimentação: violenta, veloz, poderosa
e sensual. Suas movimentações eram pautadas em torno do risco, como nas lutas
orientais, a força do outro servia para construir a relação dos bailarinos com o chão.
O movimento de Vandekeybus tem muito a ver com a sua infância, filho de um
veterinário criado no campo, que observava as reações instintivas e a confiança dos
animais na sua força física.
Embora a sua formação seja em cinema, a sua obra se desenvolve sobretudo na
área da dança, pois sem formação convencional em dança, Vandekeybus lançou novos
parâmetros de linguagem ao recusar a dança pura como recurso principal. Além disso,
procura estabelecer "confrontos e encontros" entre dança, teatro, cinema, literatura e
pessoas.
Wim Vandekeybus se projetou em 1987, quando seu grupo apresentou sua
primeira produção, What the Body Does not Remember (O que o Corpo não Lembra).
Valendo-se de reações precisas e instintivas, o elenco do espetáculo arremessava pedras
no ar e escapava de ser atingido por elas, desde que um bailarino tirasse o outro do lugar
ou agarrasse, em tempo, o bloco de rocha em queda.
4. Tanto no cinema como na dança, a obra de Wim Vandekeybus desenvolve-se no
seio das paixões humanas, no caos, evocando poderosamente o corpo para criar
movimentos que hoje marcam na quase totalidade a sua obra: violento, enérgico, poderoso
e sensual.
Dos 14 filmes, todos relacionados com as suas danças, nove são sobre seus
espetáculos e cinco foram feitos para fazer parte deles.
Companhia Última Vez
Foi criada em 1986, e desde o início de sua Cia, com sede em Bruxelas, Wim
Vandekeybus criou mais de vinte espetáculos, têm vários filmes e curtas-metragens. Sua
ligação com o cinema permeia a sua produção em dança.
Desde a sua fundação, tem desenvolvido uma intensa programação internacional de
dança contemporânea. Embora que por muitos anos incidiu essencialmente sobre a
produção, promoção e difusão do trabalho de Wim Vandekeybus (dança, teatro, cinema),
cada vez mais o grupo vem integrando muitas outras atividades e possui estrutura
autônoma e independente, porém, conta com uma rede de co-produtores e parceiros para
concretizar os seus projetos.
Os artistas da companhia são selecionados através de inúmeras audições em todo
o mundo. Na audição, experiência ou formação em dança não são os critérios mais
importantes, pois Vandekeybus está mais interessado na personalidade dos bailarinos e
intérpretes, que trazem ao longo de suas carreiras, uma linguagem muito pessoal do
mundo e do movimento.
Para comemorar vinte anos da Cia em 2006, Wim Vandekeybus compôs Spiegel,
um espetáculo com cenas de seus primeiros trabalhos e das mais recentes produções.
Principais Obras Coreográficas
2011: Radical Wrong
2010: Monkey Sandwich
2009: NieuZwart
5. 2008: Menske
2006: Spiegel
2005: Puur
2003: Sonic Boom
2002: Blush
2002: It avec Sidi Larbi Cherkaoui
2001: Scratching the Inner Fields
2000: Inasmuch As Life Is Borrowed
1999: In the Spite of Wishing and Wanting
1997: Seven for a Secret Never To Be Told
1996: Bereft of Blissful Union
1995: Alle Grossen decken sich zu
1994: Mountains Made of Barking
1993: Her Body Doesn't Fit Her Soul
1991: Immer das selbe gelogen
1990: The Weight of a Hand
1989: Les Porteuses de mauvaises nouvelles
1987: What the Body Does Not Remember
Principais Filmes
1990: Roseland
1992: La Mentira
1993: Elba et Fédérico (curta-metragem)
1994: Mountains Made of Barking (curta-metragem)
1996: Bereft of a Blissful Union Dust (curta-metragem)
1997: Body, Body on the Wall (curta-metragem)
1999: The Last Words (curta-metragem)
2000: Inasmush... (curta-metragem)
2001: Silver d'après Seven for a Secret Never To Be Told (curta-metragem)
2002: In the Spite of Wishing and Wanting
2005: Blush
6. 2006: Don't Rewind Completely
2007: Here After et Sonic Boom
2010: Monkey Sandwich
Algumas citações de Wim Vandekeybus ao longo de sua carreira
"Sou um destruidor de formas".
“Acho necessário destruir o que parece seguro, para ter a chance de recomeçar sempre”.
"A violência presente nas minhas obras vem desse meu desejo de ir até ao desconhecido.
Desconstruir as formas habituais de contar histórias e de dançar. Quero ser puxado para a
frente, mas também para trás, para o passado”.
“Para mim, o que interessa é manter ativa a possibilidade de mudança. A energia e a força
precisam aparecer junto com a vulnerabilidade e a fragilidade. Intimidade e ternura
exploradas como um outro tipo de risco”.
"Para mim, a dança é sobretudo um meio para comunicar certas experiências, mas de uma
forma abstrata, sem juízos de moral, onde cada pessoa pode encontrar qualquer coisa sua
e pode se surpreender“.
"O cinema quer dizer algo com o movimento, e a dança, também. O cinema é um pouco
mais livre no seu modo de dizer, e isso me intriga. Continuo apaixonado pela diferença
entre as duas linguagens e acho que o cinema me ajuda a ver que a minha dança, não é
exatamente o que se chama de 'dança contemporânea', pois talvez seja mais como o
movimento em um viés cinematográfico".
“Os títulos dos meus espetáculos costumam ser frases e são muito importantes. Algumas
frases eu invento, outras vêm de coisas que leio ou escuto. Às vezes surgem como um
estalo. Mas são frases abertas. Gosto de trabalhar com os títulos, não gosto de nomes
abstratos”.
7. Referências Bibliográficas
KATZ, Helena. Wim Vandekeybus dança com sua companhia Ultima Vez em SP.
Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,wim-vandekeybus-danca-
com-sua-companhia-ultima-vez-em-sp,261820,0.htm.
Acesso em 16/05/2011 às 14:15h.
MARQUES. Joana Emídio. Wim Vandekeybus: a dança em busca da
origem e do renascimento. Disponível em:
<http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1500866&seccao=Teatro
Acesso em 16/05/2011 às 14:30h.
PONZIO. Ana Francisca. Quatro Mestres e um Propósito. Disponível em:
<http://bravonline.abril.com.br/conteudo/teatroedanca/teatroedancamateria_346092.shtml
Acesso em 16/05/2011 às 10:10h.
PRATA, Ivo. “Realizar Cinema com a Dança por Perto”. Disponível em:
<http://www.avanca.com/Festival/A_workshops.html.
Acesso em 16/05/2011 às 15:10h.
Spiegel (Espelho). Disponível em:
<http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/mostrasesc08/ultimavez.cfm.
Acesso em 16/05/2011 às 09:45h.´
Última Vez – Wim Vandekeybus. Disponível em: <http://www.ultimavez.com/
Acesso em 16/05/2011 às 09:00h.
Wim Vandekeybus: a dança em busca da origem e do renascimento. Disponível em:
<http://www.culturaonline.net/danca/noticias/17623-wim-vandekeybus-a-danca-em-busca-
da-origem-e-do-renascimento.html.
Acesso em 16/05/2011às 15:30h.
Wim Vandekeybus. Disponível em: <http://fr.wikipedia.org/wiki/Wim_Vandekeybus.
Acesso em 16/05/2011 às 09:20h.