O documento descreve uma ferramenta chamada TAToo que analisa dados de rastreamento de viagens de bicicleta e a pé para fornecer informações úteis sobre mobilidade suave. A ferramenta calcula indicadores como volume de usuários, velocidade média e nível de congestionamento para nodos, arcos, zonas e pares origem-destino na rede. Os dados de rastreamento tornam os usuários de bicicleta e pedestres mais visíveis e podem influenciar decisões políticas sobre infraestrutura para modos suaves.
MODELO DE ANÁLISE DAS ACESSIBILIDADES RODOVIÁRIAS DE MOÇAMBIQUEGuitts Isel
Moçambique é um país com grande potencial de desenvolvimento a nível socioeconómico, pelo que nos anos vindouros necessita de garantir acessibilidades adequadas e níveis de qualidade ajustados, compatíveis com essa aspiração. Esta comunicação apresenta um modelo de análise das acessibilidades rodoviárias, baseado em SIG e cobrindo todo o território de Moçambique, que poderá ajudar a materializar esse mesmo desenvolvimento futuro. O modelo foi construído de raiz, com base em informação geográfica cedida pela Administração Nacional de Estradas (ANE) e permite calcular diversos indicadores de acessibilidade rodoviária regional e nacional, tendo como base indicadores demográficos e económicos. Pretendeu-se elaborar um projeto inovador, que seja útil ao esforço futuro de Moçambique, contribuindo para a criação de valor. Pretendeu-se também disponibilizar algumas sugestões para a futura melhoria e sistematização da prática do planeamento rodoviário em Moçambique.
O modelo rodoviário e os exemplos apresentados foram desenvolvidos no âmbito da dissertação de mestrado da segunda autora, nacional de Moçambique, tendo o trabalho sido orientado pelo primeiro autor. O principal objetivo desta comunicação é o de dar a conhecer o modelo criado e divulgar também os resultados obtidos com base no mesmo, nomeadamente os indicadores de acessibilidade calculados. Os resultados foram obtidos a partir de uma viagem padrão de até 16 horas. Por esse motivo devem ser encarados como indicativos, podendo ser melhorados face à identificação de objetivos específicos de políticas e planeamento de transportes.
Deste modo, pretendeu-se criar um modelo para o estudo das acessibilidades rodoviárias, que funcione futuramente como uma ferramenta que permita analisar, diagnosticar e propor cenários de intervenção na Rede Rodoviária Nacional de Moçambique, de forma a contribuir para o estudo da melhoraria das acessibilidades no país. O modelo está disponível para ser utilizado num contexto não académico.
Em termos de perspetivas futuras, considera-se que o modelo desenvolvido é conceptualmente adequado e tem um excelente potencial para o suporte a estudos de acessibilidade sectorial ou regional em Moçambique. Existe a possibilidade de vir a fazer a integração multimodal, nomeadamente com o modo ferroviário e eventualmente, aéreo e marítimo, incluindo a simulação de ligações aéreas e portuárias.
Os modelos desenvolvidos abrem portas para o estudo técnico de uma multiplicidade de problemas relacionados com o planeamento rodoviário dos próprios sistemas de transporte regionais e nacionais, mas também da relocalização de equipamentos económicos e sociais, de forma a melhor servir as indústrias e as populações de Moçambique.
Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e re...Guitts Isel
Este conjunto de posters apresenta os desenvolvimentos iniciais da modelação em ArcGIS da rede de transportes públicos (TP) da Área Metropolitana de Lisboa, construída de raiz no âmbito de trabalhos académicos desenvolvidos por alunos do ISEL. A presente versão do modelo é composta por toda a malha ferroviária urbana, pelas várias linhas de Metro, por 18 linhas da Carris e pelas ligações fluviais no Rio Tejo. Adicionalmente foi usada uma rede rodoviária (ainda incompleta) como substituta da rede pedonal na ligação dos eixos de transportes públicos aos usos de solos.
O primeiro objetivo foi o de testar procedimentos e metodologias para o desenvolvimento de modelos de TP em SIG com elevado grau de detalhes na descrição dos percursos nos acessos locais e no próprio TP, na simulação da intermodalidade e da ligação do TP ao modo pedonal. O segundo objetivo prende-se com a criação de rotinas de análise em ArcGIS que permitam extrair indicadores de acessibilidade demográfica e económica para os modelos de TP. A possibilidade da realização de análises de tempos de viagem nas diversas opções modais consoante as necessidades dos utilizadores permite observar quais os percursos mais rápidos, os mais curtos e os percursos com menor número de transbordos, entre outros aspetos relacionados com a caracterização da oferta.
Para a criação do modelo utilizou-se a plataforma ArcGIS Desktop 10.2 da ESRI devido à sua versatilidade e por ser uma ferramenta que permite abordar o planeamento e a gestão do território em níveis adequados aos objetivos propostos, sendo um instrumento adequado para responder às questões propostas, ensaiar soluções e avaliá-las.
O modelo na sua fase atual incorpora a Linha de Cascais, Linha de Sintra-Azambuja, Linha do Sado e Linha do Oeste da CP, a Linha Norte/Sul da Fertagus, as linhas do Metro de Lisboa e do Metro Transportes do Sul, os Barcos da Transtejo/Soflusa e ainda parcialmente as carreiras rodoviárias e uma linha de elétrico da Carris. Os resultados apresentados no segundo poster são focados numa área onde ocorre o encontro de vários modos de transporte e existe uma boa cobertura da rede pedonal, para que sejam consideradas as mais variadas opções dos utentes. Por fim, descreve-se como com a utilização deste modelo será possível caracterizar melhor as funcionalidades intermodais oferecidas pela rede de transportes públicos da AML, permitindo quantificar diversos tipos de indicadores para o suporte dessa análise.
Os desenvolvimentos futuros preconizados para este projeto correspondem por um lado à ampliação da oferta modelada: conclusão da rede da Carris, inclusão de carreiras rodoviárias de outros operadores, nomeadamente daqueles que fazem rebatimento no transporte ferroviário e potenciam a intermodalidade. Por outro lado serão investigadas e desenvolvidas novas características do modelo, nomeadamente a inclusão de horários de serviço e a importação/ex
MODELO DE ANÁLISE DAS ACESSIBILIDADES RODOVIÁRIAS DE MOÇAMBIQUEGuitts Isel
Moçambique é um país com grande potencial de desenvolvimento a nível socioeconómico, pelo que nos anos vindouros necessita de garantir acessibilidades adequadas e níveis de qualidade ajustados, compatíveis com essa aspiração. Esta comunicação apresenta um modelo de análise das acessibilidades rodoviárias, baseado em SIG e cobrindo todo o território de Moçambique, que poderá ajudar a materializar esse mesmo desenvolvimento futuro. O modelo foi construído de raiz, com base em informação geográfica cedida pela Administração Nacional de Estradas (ANE) e permite calcular diversos indicadores de acessibilidade rodoviária regional e nacional, tendo como base indicadores demográficos e económicos. Pretendeu-se elaborar um projeto inovador, que seja útil ao esforço futuro de Moçambique, contribuindo para a criação de valor. Pretendeu-se também disponibilizar algumas sugestões para a futura melhoria e sistematização da prática do planeamento rodoviário em Moçambique.
O modelo rodoviário e os exemplos apresentados foram desenvolvidos no âmbito da dissertação de mestrado da segunda autora, nacional de Moçambique, tendo o trabalho sido orientado pelo primeiro autor. O principal objetivo desta comunicação é o de dar a conhecer o modelo criado e divulgar também os resultados obtidos com base no mesmo, nomeadamente os indicadores de acessibilidade calculados. Os resultados foram obtidos a partir de uma viagem padrão de até 16 horas. Por esse motivo devem ser encarados como indicativos, podendo ser melhorados face à identificação de objetivos específicos de políticas e planeamento de transportes.
Deste modo, pretendeu-se criar um modelo para o estudo das acessibilidades rodoviárias, que funcione futuramente como uma ferramenta que permita analisar, diagnosticar e propor cenários de intervenção na Rede Rodoviária Nacional de Moçambique, de forma a contribuir para o estudo da melhoraria das acessibilidades no país. O modelo está disponível para ser utilizado num contexto não académico.
Em termos de perspetivas futuras, considera-se que o modelo desenvolvido é conceptualmente adequado e tem um excelente potencial para o suporte a estudos de acessibilidade sectorial ou regional em Moçambique. Existe a possibilidade de vir a fazer a integração multimodal, nomeadamente com o modo ferroviário e eventualmente, aéreo e marítimo, incluindo a simulação de ligações aéreas e portuárias.
Os modelos desenvolvidos abrem portas para o estudo técnico de uma multiplicidade de problemas relacionados com o planeamento rodoviário dos próprios sistemas de transporte regionais e nacionais, mas também da relocalização de equipamentos económicos e sociais, de forma a melhor servir as indústrias e as populações de Moçambique.
Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e re...Guitts Isel
Este conjunto de posters apresenta os desenvolvimentos iniciais da modelação em ArcGIS da rede de transportes públicos (TP) da Área Metropolitana de Lisboa, construída de raiz no âmbito de trabalhos académicos desenvolvidos por alunos do ISEL. A presente versão do modelo é composta por toda a malha ferroviária urbana, pelas várias linhas de Metro, por 18 linhas da Carris e pelas ligações fluviais no Rio Tejo. Adicionalmente foi usada uma rede rodoviária (ainda incompleta) como substituta da rede pedonal na ligação dos eixos de transportes públicos aos usos de solos.
O primeiro objetivo foi o de testar procedimentos e metodologias para o desenvolvimento de modelos de TP em SIG com elevado grau de detalhes na descrição dos percursos nos acessos locais e no próprio TP, na simulação da intermodalidade e da ligação do TP ao modo pedonal. O segundo objetivo prende-se com a criação de rotinas de análise em ArcGIS que permitam extrair indicadores de acessibilidade demográfica e económica para os modelos de TP. A possibilidade da realização de análises de tempos de viagem nas diversas opções modais consoante as necessidades dos utilizadores permite observar quais os percursos mais rápidos, os mais curtos e os percursos com menor número de transbordos, entre outros aspetos relacionados com a caracterização da oferta.
Para a criação do modelo utilizou-se a plataforma ArcGIS Desktop 10.2 da ESRI devido à sua versatilidade e por ser uma ferramenta que permite abordar o planeamento e a gestão do território em níveis adequados aos objetivos propostos, sendo um instrumento adequado para responder às questões propostas, ensaiar soluções e avaliá-las.
O modelo na sua fase atual incorpora a Linha de Cascais, Linha de Sintra-Azambuja, Linha do Sado e Linha do Oeste da CP, a Linha Norte/Sul da Fertagus, as linhas do Metro de Lisboa e do Metro Transportes do Sul, os Barcos da Transtejo/Soflusa e ainda parcialmente as carreiras rodoviárias e uma linha de elétrico da Carris. Os resultados apresentados no segundo poster são focados numa área onde ocorre o encontro de vários modos de transporte e existe uma boa cobertura da rede pedonal, para que sejam consideradas as mais variadas opções dos utentes. Por fim, descreve-se como com a utilização deste modelo será possível caracterizar melhor as funcionalidades intermodais oferecidas pela rede de transportes públicos da AML, permitindo quantificar diversos tipos de indicadores para o suporte dessa análise.
Os desenvolvimentos futuros preconizados para este projeto correspondem por um lado à ampliação da oferta modelada: conclusão da rede da Carris, inclusão de carreiras rodoviárias de outros operadores, nomeadamente daqueles que fazem rebatimento no transporte ferroviário e potenciam a intermodalidade. Por outro lado serão investigadas e desenvolvidas novas características do modelo, nomeadamente a inclusão de horários de serviço e a importação/ex
Ações voltadas para reduzir acidentes viários no Rio de Janeiro - Cláudia Baptista, Gerente de Informações de Tráfego da Diretoria de Desenvolvimento da CET-Rio
-
EMBARQ
Active Design & Projetos Urbanos: diagnóstico na região do JaraguáHelena Degreas
Análise e diagnóstico da Avenida Deputado Cantídio Sampaio junto à intersecção com a Avenida Fernando Mendes de Almeida, bairro do Jaraguá na cidade de São Paulo, apresentado ao Escritório Modelo do curso de Arquitetura e Urbanismo do FIAM-FAAM Centro Universitário sob orientação da Profª Drª Helena Degreas utilizando o Active Design para desenvolvimento de projetos urbanos. O trabalho é parte do Projeto de Pesquisa Sistemas de Espaços Livres: projeto, produção e gestão do espaço urbano do FIAM-FAAM Centro Universitário em parceria com a organização social Cidade Ativa. Alunos: Ligia Frediani da Silva, Kristie Yuka Yokoyama, Renan F. Ribeiro Zupelli, Wagner Godoy
Trabalho apresentado no Terceiro Semestre do Curso de Tecnologia em Sistemas para Internet - IFC Camboriú
Disciplina de Fundamento de Redes de Computadores.
comunicação realizada na Conferência ‘(Planear) O Lazer e o Turismo Ciclável em Portugal’ (6NOV09, Auditório da Reitoria da Universidade de Aveiro) – link http://turismociclavel.blogs.sapo.pt/
PROJETO DE REESTRUTURAÇÃO DE ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO - DETRAN RJ
Pós Graduação: Especialização em Ergodesing de Interfaces: Usabilidade e Arquitetura da Informação
Disciplina: Arquitetura da Informação
Professores: Luiz Agner e Cinthia Ruiz
Este trabalho tem como objetivo o Desenvolvimento de Um projeto de Terminais para a Copa do Mundo e Também as Olimpíadas, ao qual os turistas teriam a possibilidade de se informar sobre serviços disponíveis nas cidades sedes.
Sistema digital de informações de ônibus de Curitiba para iphone - ApresentaçãoGuilherme Storck
Projeto de graduação em Design Gráfico:
interface de um app de ônibus para iPhone na cidade de Curitiba, Paraná.
Apresentação para a banca
--
Universidade Federal do Paraná - UFPR
Orientação: Prof. Carla G. Spinillo
Novembro de 2010
Documento completo (TCC) aqui:
https://www.slideshare.net/gstorck/sistema-digital-de-informaes-de-nibus-de-curitiba-para-iphone-documento
Ações voltadas para reduzir acidentes viários no Rio de Janeiro - Cláudia Baptista, Gerente de Informações de Tráfego da Diretoria de Desenvolvimento da CET-Rio
-
EMBARQ
Active Design & Projetos Urbanos: diagnóstico na região do JaraguáHelena Degreas
Análise e diagnóstico da Avenida Deputado Cantídio Sampaio junto à intersecção com a Avenida Fernando Mendes de Almeida, bairro do Jaraguá na cidade de São Paulo, apresentado ao Escritório Modelo do curso de Arquitetura e Urbanismo do FIAM-FAAM Centro Universitário sob orientação da Profª Drª Helena Degreas utilizando o Active Design para desenvolvimento de projetos urbanos. O trabalho é parte do Projeto de Pesquisa Sistemas de Espaços Livres: projeto, produção e gestão do espaço urbano do FIAM-FAAM Centro Universitário em parceria com a organização social Cidade Ativa. Alunos: Ligia Frediani da Silva, Kristie Yuka Yokoyama, Renan F. Ribeiro Zupelli, Wagner Godoy
Trabalho apresentado no Terceiro Semestre do Curso de Tecnologia em Sistemas para Internet - IFC Camboriú
Disciplina de Fundamento de Redes de Computadores.
comunicação realizada na Conferência ‘(Planear) O Lazer e o Turismo Ciclável em Portugal’ (6NOV09, Auditório da Reitoria da Universidade de Aveiro) – link http://turismociclavel.blogs.sapo.pt/
PROJETO DE REESTRUTURAÇÃO DE ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO - DETRAN RJ
Pós Graduação: Especialização em Ergodesing de Interfaces: Usabilidade e Arquitetura da Informação
Disciplina: Arquitetura da Informação
Professores: Luiz Agner e Cinthia Ruiz
Este trabalho tem como objetivo o Desenvolvimento de Um projeto de Terminais para a Copa do Mundo e Também as Olimpíadas, ao qual os turistas teriam a possibilidade de se informar sobre serviços disponíveis nas cidades sedes.
Sistema digital de informações de ônibus de Curitiba para iphone - ApresentaçãoGuilherme Storck
Projeto de graduação em Design Gráfico:
interface de um app de ônibus para iPhone na cidade de Curitiba, Paraná.
Apresentação para a banca
--
Universidade Federal do Paraná - UFPR
Orientação: Prof. Carla G. Spinillo
Novembro de 2010
Documento completo (TCC) aqui:
https://www.slideshare.net/gstorck/sistema-digital-de-informaes-de-nibus-de-curitiba-para-iphone-documento
TAToo – the Tracking Analysis Tool – transforms GPS cycling and walking data into meaningful indicators on the local mobility network. This is the demonstration presentation held in CIVITAS Forum on September 28th.
Performance analysis of a public transport interchange from the pedestrian ci...
Ver para crer. Uma ferramenta para ver e analisar viagens em modos suaves!
1.
2. Ver para crer.
Uma ferramenta para ver
e analisar viagens
em modos suaves!
Em Gante (Bélgica), os técnicos do município decidiram colocar um sinal a apontar
para o percurso que ia dar a uma “autoestrada” para bicicletas. Essa decisão veio
na sequência de terem observado os dados GPS das trajetórias de utilizadores
de bicicleta que estavam a usar a aplicação de telemóvel B-Riders. Parte dos ciclistas,
não compreenderam os técnicos, continuam a fazer o seu caminho habitual, paralelo
e do outro lado do canal, sem se aperceberem que podiam chegar de forma bem mais
rápida e confortável se seguissem pela nova “autoestrada”!
reção à Baixa. Uma simples visualização do
mapa de calor da aplicação Strava permitiu
perceber que, apesar dos constrangimen-
tos, era ali mesmo, na Av. Fontes Pereira de
Melo, que os ciclistas preferiam passar.
O tipo de questões que a observação e aná-
A QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA ciclá-
vel faz toda a diferença na rapidez, con-
forto e segurança de quem se desloca de
bicicleta. Já em Lisboa, nas discussões que
precederam a realização do percurso ciclá-
vel no Eixo Central, houve também uma in-
fluência importante dos dados de tracking,
que revelaram por onde é que os ciclistas
preferiam passar ao fazer o percurso em di-
www.transportesemrevista.com26 TR 172 JUNHO 2017
ATUALIDADES
modos suaves
André Ramos / João Bernardino
andre.ramos@tis.pt / joao.bernardino@tis.pt
3. A equipa
O TAToo foi um esforço conjunto da
TIS (especificações e UI), do INESC-ID
(módulo de conversão de mapas OSM)
e da PTV SISTeMA (mapmatching e
cálculo de indicadores). Os parceiros
do projeto TRACE encontram-se já a
testar a ferramenta, mas se pretender
também conhecer melhor o seu po-
tencial e utilizá-la para conhecer mais
eficazmente a mobilidade em modos
suaves na sua cidade ou área metro-
politana, pode contactar a equipa atra-
vés do seguinte endereço eletrónico:
tatoo@tis.pt
A especificação destes indicadores foi realiza-
da pela TIS e o desenvolvimento dos módulos
de mapmatching e cálculo de indicadores foi
feito pela PTV SISTeMA.
lise de dados de tracking suscitam varia bas-
tante conforme o nível de adesão à bicicle-
ta. Nas cidades “principiantes”, as questões
são mais básicas, como perceber de onde e
para onde devemos criar percursos cicláveis
ou, como aconteceu em Bologna (Itália),
definir os locais para instalação prioritária
de estacionamentos para bicicleta. Em ci-
dades “avançadas”, as questões tendem a
relacionar-se mais com a fluidez, como em
Eindhoven (Holanda), onde se procurou ca-
librar com dados reais os impactos de uma
nova “autoestrada” para bicicletas.
Contudo, foi surpreendente verificar, no
inquérito desenvolvido no âmbito do pro-
jeto europeu TRACE – Walking and Cycling
Tracking Services (http://h2020-trace.eu/),
que a utilidade percecionada deste tipo de
ferramenta pelos stakeholders consultados
era mais “política” do que técnica: a razão
número um para passar a usar dados de
trajetórias era “comunicar com os decisores
políticos” – só depois disso apareciam as ra-
zões técnicas! A verdade é que os dados de
tracking tornam os utilizadores de bicicleta
e os peões visíveis, e isso aumenta a consi-
deração pelas suas necessidades!
O projeto TRACE e a ferramenta
TAToo
O projeto TRACE, do Programa Horizon-
te 2020, a decorrer desde 2015, tem como
missão avaliação do potencial de ferramen-
tas que possibilitem a análise das trajetórias
pedonais e cicláveis e criar ferramentas que
promovam a mudança de comportamento e
a melhoria dos processos de planeamento e
decisão.
Uma das vertentes do TRACE é o incentivo à
utilização dos modos suaves, através das apps
Biklio (desenvolvida pela TIS e INESC-ID) e Po-
sitive Drive, que oferecem benefícios a quem
se deslocar de forma sustentável.
Este tipo de apps geram dados GPS de traje-
tórias das viagens realizadas a pé ou de bici-
cleta, que podem ser muito valiosas para efei-
tos de planeamento e definição de políticas
relacionadas com os modos suaves por parte
de autarquias, autoridades de transportes ou
outro tipo de utilizadores. Para o efeito, é ne-
cessário que os dados disponíveis se transfor-
mem em informação clara e legível, pelo que
se criou também (e se encontra a ser testada)
a ferramenta TAToo – Tracking Analysis Tool,
destinada a transformar os dados de tracking
de peões e ciclistas em informação relevante.
OpenStreetMap
Map
OSM to TRACE conversion tool
Map-matching
engine
KPI
engine
GIS analyses Statistics
+
Tracking data
TAToo User Interface
Indicadores TAToo
O processo de seleção dos indicadores a cons-
tar no TAToo baseou-se numa consulta de
stakeholders (predominantemente técnicos de
mobilidade e representantes de utilizadores),
através dos inquéritos e de um workshop, que
resultou numa lista de indicadores desejáveis.
Graças à operação de mapmatching (perceber
e registar a que elementos da rede de mobi-
lidade pertencem os pontos das trajetórias
registadas), o TAToo permite calcular indica-
dores para quatro “dimensões” de análise
da rede: os nós, os arcos, as zonas e os pa-
res origem/destino. Os indicadores oferecidos
pela ferramenta são o volume de utilizadores,
a velocidade média, a distância de viagem, o
tempo de espera e, em função deste, o nível
de serviço e o congestionamento.
Indicador Nó Arco Zona Par OD
Volume de utilizadores
Número de viagens iniciadas/terminadas
Velocidade média
Nível de serviço
Distância média
Tempo médio de viagem
Congestionamento
Tempo de espera
Outros inputs permitidos
pelo TAToo...
Um dos pontos fortes da ferramenta é per-
mitir utilizar tanto um mapa próprio como
aplicar um mapa baseado no OpenStreetMap
(OSM), que está disponível para todo o mun-
27www.transportesemrevista.comJUNHO 2017 TR 172
ATUALIDADES
modos suaves
4. do, e cuja conversão é realizada por um mó-
dulo do TAToo desenvolvido pelo INESC-ID.
O TAToo permite também a utilização de zo-
namentos definidos pelo utilizador (p.e., bair-
ros, freguesias ou cidades). No caso de o uti-
lizador não possuir um zonamento próprio, a
ferramenta cria um automaticamente.
É permitida ainda a segmentação por tipo de
utilizador, com dados de género, idade, enti-
dade patronal ou qualquer outro parâmetro
que seja útil para perceber o comportamento
de diferentes segmentos de utilizadores. As
análises realizadas podem também ser vistas
separadamente para cada dia da semana e
horário. Uma vez filtrada a informação pre-
tendida, os resultados podem ser visualizados
com recurso a softwares SIG e gráficos pro-
duzidos pelo próprio TAToo. Para facilitar a vi-
sualização em SIG e potenciar a sua utilização
por utilizadores não proficientes, a ferramen-
ta produz automaticamente um conjunto de
mapas temáticos que podem ser visualizados
no software gratuito QGIS.
portes; imagine-se, por isso, o potencial – a
vários níveis – de uma ferramenta capaz de
tratar esta informação e produzir resultados
visíveis.
A um nível “macro”, o TAToo possibilita o
cálculo de indicadores globais descritivos da
mobilidade pedonal e ciclável numa deter-
minada área, que podem ser comparados
com outros locais.
Podem também analisar-se características
específicas dos fluxos numa área, e quais os
percursos mais escolhidos; esta informação
poderá ser especialmente importante na
preparação de planos de mobilidade susten-
táveis, ou ainda na definição de uma hie-
rarquia da rede ciclável ou planeamento de
uma rede de bikesharing.
A um nível “micro”, é possível retirar do TA-
Too conclusões relevantes sobre eventuais
estrangulamentos na rede ou identificar lo-
cais com menor qualidade de circulação. É
também possível monitorizar o efeito de in-
tervenções na rede, ou cruzar os indicadores
da ferramenta com outro tipo de informação
disponível (como a influência dos usos do
solo na utilização).
FILTERS
SEGMENTS
bicycle Sunday
Monday
Tuesday
Wednesday
Thursday
Friday
Saturday
00:00 - 00:15
00:15 - 00:30
00:30 - 00:45
00:45 - 01:00
01:00 - 01:15
01:15 - 01:30
01:30 - 01:45
01:45 - 02:00
02:00 - 02:15
02:15 - 02:30
02:30 - 02:45
DAYS PERIODS
< 5 sec.
5 to 10 sec.
10 to 20 sec.
20 to 60 sec.
> 60 sec.
Average Waiting
Time per Node
58%
19%
12%
9%
... e o seu enorme potencial!
De acordo com os inquéritos realizados no
âmbito do projeto TRACE, as trajetórias GPS
de deslocações em bicicleta (“em bruto”) já
são, hoje em dia, uma valiosa fonte de infor-
mação para 62% dos consultores de trans-
www.transportesemrevista.com28 TR 172 JUNHO 2017
ATUALIDADES
modos suaves