O documento discute os benefícios ambientais das lâmpadas fluorescentes em comparação às lâmpadas incandescentes, incluindo economia de energia e redução de emissões de CO2. No entanto, também destaca os riscos do lixo tóxico gerado e a necessidade de programas de coleta e tratamento adequados antes de uma ampla substituição. O documento usa como exemplo o programa italiano de substituição gradual e coleta de lâmpadas.
1. Management consultants
UM BUSINESS VERDE!
LAMPADAS ECONOMICAS X INCANDESCENTES - OS IMPACTOS SOBRE A
NATUREZA
A utilização de lâmpadas fluorescentes compactas de alta eficiência, em
substituição às tradicionais incandescentes, tem sem dúvida várias vantagens
ambientais: com mesmo fluxo luminoso consomem até 80% menos, duram cerca
de 8 vezes mais em relação às incandescentes que permite não somente uma
consistente economia de energia na sua conta de energia elétrica, o que
amortiza rapidamente o valor superior investido, mas também na redução do
aquecimento global devido a sua baixa emissão de calor.
A este propósito a entidade que agrupa a grande maioria dos fabricantes
europeus de lâmpadas sustenta que a substituição das lâmpadas
incandescentes até 2015 permitiria reduzir 23 milhões de toneladas de emissão
de CO2 na Europa, além dos 7 bilhões de Euros em energia.
Mas como sempre temos o reverso da medalha. As lâmpadas modernas
contem substancias altamente poluidoras (mercúrio e pó fluorescente) que, se
não recolhidas e tratadas corretamente, podem produzir mais danos ao
ambiente do que os benefícios citados anteriormente.
Seria preciso então que mecanismos de gestão de coleta e refugo fossem
bem preparados, antes que a difusão das lâmpadas eletrônicas fossem
difundidas em massa.
No Brasil seu uso foi amplamente difundido desde a época do “apagão” e
não me parece que tenhamos até o momento um programa de coleta e
tratamento deste tipo de lixo industrial que passa por nossas casas, mesmo
para as lâmpadas incandescentes.
Colocar a responsabilidade somente sob as costas dos
Fabricantes/Importadores também pode ser demasiada, todavia com o
envolvimento dos consumidores, lojistas, revendedores e das comunidades algo
deveria ser colocado em prática. Existem modelos a serem observados na
Europa.
Desde 2008 o governo italiano, por exemplo, decidiu vetar o uso de
lâmpadas incandescentes, porém isto se mostrou impraticável e o cenário mais
provável é a substituição gradual das tecnologias menos eficientes.
Atualmente, na Itália, o mercado total é de cerca de 200 milhões de
lâmpadas além de cerca de 135 milhões de lâmpadas à descarga. Dentre estas,
cerca de 40 milhões são consideradas compactas fluorescentes com reator
integrado, conhecidas como “lâmpada econômica”.
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São Paulo – SP CNPJ 08.603.101/0001-69
2. Management consultants
Ainda em território italiano a redução de emissão de CO2 poderia atingir
uma redução de consumo de energia total por volta de 12 bilhões de kWh,
considerando uma potencia média de 60W por lâmpada, em um mercado anual
de 200 milhões de lâmpadas onde todas estivessem acesas por 1.000 horas/ano
e que cada kWh consumido gere cerca de 0,5 kg de CO2 (parâmetro para um
país que a geração de energia é feita sobretudo sobre a queima de combustíveis
fósseis).
As lâmpadas incandescentes seriam então responsáveis por 6 milhões de
toneladas de CO2. Sua substituição por lâmpadas florescentes compactas por
100% por todos os consumidores residenciais, comerciais e industriais, como
hipótese, fariam reduzir de 80% desta emissão, ou seja, quase 5 milhões de
toneladas de CO2 por ano!
Isto por si só justificou a criação de um programa nacional que suportem
estas iniciativas: substituição paulatina, coleta e tratamento do lixo industrial.
A criação de centros de coleta municipais é a chave para o
funcionamento do sistema italiano. Os fabricantes, organizados em sistemas de
coleta estão prontos já há algum tempo: na medida em que as comunidades
inscrevem seus centros de coleta no site da associação dos fabricantes estes
dispõem meios para iniciar a coleta nestes centros. Até o final de Março 2009
1.000 centros de coleta eram plenamente operacionais.
Evidentemente que uma rede de transporte devidamente credenciada,
com equipamentos adequados ao transporte de produtos perigosos, para
oferecer a máxima proteção contra rupturas acidentais destas lâmpadas.
Seis centros de tratamento especializados na separação dos
componentes e na recuperação do mercúrio. Estes 6 centros são em grau de
acolher e tratar todo o material proveniente dos 4 cantos do país.
Ainda não foram medidos os ganhos com o reuso dos materiais
separados, um ganho em fase de avaliação.
Evidente os números referem-se à Itália, que em termos de população
representa ¼ da população brasileira e nossa matriz de geração de energia
elétrica felizmente não é a mesma, porém já é possível imaginar a ordem de
grandeza dos impactos no Brasil.
E tudo isto já está a nosso alcance, bastaríamos seguir alguns passos:
. nunca substituir um produto antes do fim de sua vida útil, salvo ele
apresente riscos à vida ou à saúde. Seria um desperdício dos recursos naturais
que foram utilizados para sua fabricação.
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3. Management consultants
. privilegie produtos de boa procedência, de marcas/empresas que
tenham compromisso com sua imagem e alinhadas com as exigencias
ambientais. Eles têm uma marca a zelar!
. ao comprar novas lâmpadas prefira as que tem embalagem que causem
menor impacto ao descartar
. procure locais de coleta seletiva de lixo, crie um em seu condomínio ou
vizinhança
. passe estas idéias adiante!
Como toda grande distancia é percorrida à partir de um primeiro passo
cabe a todos nós darmos o nosso, substituindo as lâmpadas de maneira
criteriosa, incentivando sua comunidade, vizinhos e amigos a promover o
descarte com responsabilidade sócio-ambiental.
Depende de você, de sua capacidade de promover estas idéias, do
simples ato de dar um primeiro passo e do governo federal, estadual e municipal
prover os instrumentos necessários para que a Política Nacional dos Resíduos
Sólidos seja uma realidade.
Valmir Mondejar mais sobre....
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