As duas listas apresentam suas propostas para o núcleo do departamento de física da FCTUC. A Lista A foca-se em cultura, intervenção cívica e formação profissional, enquanto a Lista U defende maior acessibilidade e representatividade no núcleo. Ambas debatem suas ideias durante uma sessão de perguntas e respostas.
1. Debate Lista A - Lista U
Lista A
Somos um projecto inovador e honesto. Focado em três áreas essenciais: cultura,
intervenção cívica, formação e saídas profissionais (ponte mundo estudantil- mundo laboral).
Somos uma equipa diversificada, igual entre os três cursos. Esforço e trabalho conseguem
levar isto a bom rumo.
Lista U
Somos uma lista inovadora, renovada. As nossas principais figuras nunca estiveram
envolvidas no núcleo. Temos vontade de dar aos outros o que não nos deram a nós. Queremos
que toda a gente tem acesso ao núcleo, não só aos colaboradores do núcleo. Vamos ter seis
pelouros: desporto, cultura, GAPE (investir no apoio ao estudante de Erasmus), intervenção
cívica , acção-formação ( empreendedorismo), divulgação informática.
Pedro_ Mário o que é que te fez candidatar?
MR_ Fui convidado por duas pessoas muito envolvidas em associativismo, Gafeira e Danilo.
Achei um desafio muito interessante e decidi aceitá-lo.
Pedro_ Tiago o que é que te fez candidatar?
TN_ Queria criar uma proximidade entre todas as entidades do departamento (professor,
aluno, funcionário).
TN _ Mário, não seria melhor se o núcleo fosse rotativo? E não estivessem sempre as
mesmas pessoas?
MR_ Não somos um núcleo de continuidade, temos muita gente nova e diferente.
Pedro _ Qual é o projecto mais importante?
MR_ Temos três pontos fundamentais: Cultura, Intervenção cívica e Formação e saídas
profissionais.
TN – Mas vão se focar principalmente nesses? E os outros pelouros?
MR_ Não estamos a falar em pelouros, mas sim em áreas.
Pedro_ Qual é o projecto mais importante?
TN - Queremos um núcleo de todos, um departamento unido. Tal como se lê no nosso slogan.
Pedro – Tiago, porque é que as pessoas devem votar em ti?
TN – A minha experiência no núcleo não existe, e eu acredito que uma pessoa não é pior
porque nunca lá ter estado.
2. Eu acho que nunca me voltaria a candidatar, dava o lugar a outro. Acho que deve haver
rotatividade.
Pedro – Mário, porque é que as pessoas devem votar em ti?
MR – A diferença a nível pessoal é a experiencia. A diferença entre os planos de actividades
acho que é o facto de nós conseguimos inovar. O plano vai ser lançado hoje no nosso blog
oficial. A nossa equipa tem muita gente nova e irreverente ao contrário da ideia que tens feito
passar.
QUESTÕES DO PÚBLICO:
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Mário Gomes_ No vosso plano de actividades não incluíram o pelouro da pedagogia, não
achas que isso seria uma mais valia?
TN _ Acho que a pergunta não devia ter sido feita, dado que não tivemos acesso ao vosso
plano de actividades. O GAPE vai tentar esclarecer às pessoas as dúvidas que tenham a nível
pedagógico.
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Sérgio Pinto_ Parabéns às duas listas. Tenho pena que ambas as listas não tenham
apresentado as suas ideias. Mário, tu referiste que o vosso projecto de ideias vai ser lançado
hoje. Gostaria que me dissesses quais os pilares e métodos que vão fazer, em cada pelouro.
No pelouro da Cultura vamos ter: ciclo de palestras, debates, cinema, concurso de fotografia,
workshops (p.e. escrita criativa, softskills), terceira edição da feira do livro, concurso da t-shirt
do departamento, peddy-paper, jam sessions.
No pelouro da pedagogia vamos iniciar um caderno de críticas e sugestões. Vamos renovar a
B13, e aquele espaço na entrada ao lado das escadas. Vamos fazer um roteiro cultural e
tertúlias.
No pelouro de desporto vamos fazer um torneio futebol, sueca, um acampamento, jogos de
tabuleiro e descida do Mondego.
No pelouro da informática e divulgação vamos continuar com o Anti-Matéria e com o site do
NEDF.
3. _____
Luís Antunes_ Tiago estive atento ao que disseste, e tu dizes que o teu grande trunfo é seres
um candidato novo. No entanto, tens atrás de ti uma equipa experiente com bastantes
núcleos. Focaste-te bastante em ti, mas a apoiar-te tens uma equipa bastante experiente.
Não é um bocado ambíguo?
TN – Quero esclarecer que isso não é um ponto contra mim, uma pessoa pode ser influenciada
pelo que já foi mal feito no departamento. Mas tenho uma grande equipa que me apoia, não
concordo com a ideia da desunião.
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Joana Melo_ O que é que vai acontecer ao Anti-Matéria e a Resistência?
MR_ Um dos nossos projectos é manter o Anti-Matéria sob a forma em como ele tem saído. E
tínhamos tudo a ganhar com uma complementaridade entre os dois, entraremos em diálogo
com a Resistance.
TN_ Não vamos acabar com o Anti-Matéria. Fizemos uma proposta a Resistance, que não foi
aceite. Acabámos por receber uma contra-proposta, muito boa. Acho que era muito útil
continuar com o Anti-Matéria e aproveitar pessoas que querem trabalhar e trabalham bem.
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Ricardo Gafeira_ Ainda bem que temos duas listas. Tiago, começaste por dizer que és uma
lista inovadora, porém os projectos são antigos (80% já foi feito). Se tens pessoas com
experiência no núcleo como é que não sabes isso? Por exemplo, expandir o Aprender a
Brincar a outras faculdades já foi feito.
TN_ Não foi a todas as faculdades. Optámos por fazer uma campanha mais realista, e prefiro
não prometer 1000 para fazer 100. Tendo em conta que não tenho noção da situação
económica do núcleo não quero prometer demasiado. Portanto tentei pegar no que já foi
feito, e melhorá-lo. Por exemplo temos uma ideia no pelouro Acção Formação: criar uma feira
de emprego, um espaço onde as pessoas consigam ter ideias do que passa nas empresas da
nossa área.
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Fernando Couto_ Acho que é importante referir a relação do aluno/núcleo, com as secções
culturais. Não vemos um grande envolvimento do núcleo nessas secções, qual é a vossa
proposta em relação a isso?
MR_ Estamos a falar com a secção de direitos humanos, SAC e secção de xadrez. Vamos tentar
aproximar o núcleo a outros espaços e a outras entidades.
TN_ Não sei até que ponto seria bem aceite intervirmos a esse nível. Nós não temos qualquer
ligação feita. Não quero prometer nada na Associação, prefiro falar com eles se for eleito. Mas
acho que temos todos a ganhar com isso.
4. _____
Pierre Barroca_ Soube através de fontes internas que no núcleo passado houve um caso
sobre as contas do núcleo, no qual tu eras tesoureiro. Uma questão de dinheiros, um caso
grave. Gostava que nos explicasses o que se passou e queria que nos mostrasses que és
capaz de liderar uma lista.
MR_ Foi um dinheiro que não tinha entrado na contabilidade, e nós pusemos o dinheiro numa
caixa bem guardada, porque não andamos sempre com a chave do cofre, e este desapareceu.
Averiguamos a situação, não foram apuradas responsabilidades, mas há suspeitos. Tenho um
relatório de contas no primeiro ano impecável e acho que te posso assegurar que sou
competente para o cargo, foi um caso isolado.
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João Abílio_ Qual é a função principal dos núcleos, na AAC? Quais são as funções que eles
tem de assegurar? Acho que os núcleos se perdem a realizar actividades pelas quais não são
responsáveis, em vez de fazer o que é realmente importante. O núcleo tem uma função de
santa casa da misericórdia? Achas que e assim um papel tão importante?
MR_ O núcleo é parte integrante da AAC, mas acima de tudo têm responsabilidades para com
os estudantes de física. Queremos aproveitar o melhor que as secções tem para nos oferecer.
TN_ O núcleo não vai ser a santa casa, mas não custa nada ajudar. Como pessoas da sociedade
e não como estudantes. É preciso alguém que coordene essas situações, porque ninguém
chega ao pé de um sem abrigo e lhe entrega um pacote de arroz.
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João Lima_ Uma vez que o representante do meu curso vai estar fora metade do ano, quem
vai ser o representante do curso de Engenharia Biomédica? Porquê três vice-presidentes?
MR_ Nós achamos bastante importante o facto de haver três vice-presidentes. É bastante
pertinente, ao nível da representatividade de cada curso.
Hugo Moreira_ Em princípio vou estar fora, mas ainda não está confirmado. No caso de não
estar em Coimbra vai haver um representante que me irá substituir. Ainda não decidimos
quem.
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Mário Gomes_ Sobre as actividades do Pelouro da Intervenção Cívica e Apoio ao Estudante
da Lista A, falaram maioritariamente sobre acções de caridade, mas pergunto o que vão
fazer em relação ao apoio ao nível de estudantes que precisem de bolsa?
TN_ Acho que esses problemas estão englobados nos problemas gerais. Para encaminhar as
pessoas e os estudantes O maior apoio é a nível monetário. No entanto ninguém vai doar
dinheiro enquanto comida não custa nada a dar.
5. _____
Paulo Brás_ Como é que surgiram as listas?
TN- A minha ideia de núcleo não tem duas semanas. É verdade que a nossa decisão final, de
formar lista, foi tomada poucos dias antes, mas eu e a minha equipa só fomos para a frente
porque sabíamos que éramos competentes. Eu sei que as pessoas que estão a minha volta
estariam comigo se tivesse criado a lista a dois anos.
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Afonso Bernardino_ Como representante da lista em vigor, que entrou em conflito com a
equipa da Resistance, porque é que não fizeste nada, ou o que fizeste? Porque é que queres
trabalhar com eles se ganharem?
MR_ O núcleo não toma essa decisão por uma pessoa. A decisão foi tomada porque o
presidente e o vice-presidente não concordaram com os moldes da Resistance. Por mim,
íamos tentar interagir com eles de forma construtiva.
Danilo Jesus_ Isso foi tudo planeado, o núcleo o que fez foi defender os interesses dos
estudantes. Foi uma decisão tomada pelo núcleo, pela maioria, e o Mário era a favor.
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Sérgio Pinto_ O papel principal papel principal do núcleo é dar apoio. A parte desportiva,
intervenção cívica e cultura depois ganhou valor. Não percebo porque é que é preciso haver
três vice-presidentes? Porque é que não podem ser coordenadores gerais? Até que ponto é
que podemos confiar em ti, se não andavas sempre com a chave núcleo, não era essa a tua
responsabilidade? Se o Gondomar vai sair vai cair sobre ti essa representação? Porque não
um pelouro de representatividade?
MR_ A nossa ideia de núcleo é uma ideia de complementaridade. É importante haverem três
vice-presidentes, mas é uma questão de nome. O objectivo é a representação dos cursos,
independentemente do nome que lhe queiram dar.
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Luís Antunes_ Tiago defendes um núcleo global, em que qualquer pessoas não tenha medo
de chegar lá e falar. O que é que não correu tão bem para tu não teres entrado no núcleo? E
o que tu farás para inverter a situação? Quais as tuas medidas para mudar o panorama?
TN_ Eu não sei se é só da minha parte, eu sempre senti o núcleo muito fechado. Não havia
muita conexão entre as pessoas de fora e as de dentro. Queremos dar a entender que estamos
completamente disponíveis para ouvir qualquer proposta. Eu nunca me senti parte integrante
do núcleo, e a nossa lista vai lutar por isso.
(São vinte horas, fecharam as inscrições para as perguntas.)
6. Hugo Moreira_ Tiago, disseste há pouco que se formasses a lista há dois anos tinhas as
mesmas pessoas contigo, o que é impossível dado que metade da tua lista ainda não tinha
entrado na Universidade. Apelas que a tua lista é bastante positiva por não teres
experiência. Porque é que um líder deve ser mais inexperiente que o resto da equipa?
TN_ Eu quando falei em dois anos estava a exagerar. Eu não acho que a minha inexperiência
deva ser vista como negativa, pode ser visto como positiva. E acho que devemos deixar outras
pessoas ocuparem esses cargos, deve haver rotatividade.
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Ricardo Gafeira_ Já foi posta em causa a confiança do Mário e, a meu ver, é um pouco injusto
dizer isso porque ele já foi o meu tesoureiro e não houve problema nenhum. A associação
nacional de física e de biomédica está parada, o que pretendem fazer em relação a isso?
TN_ Eu não tenho conhecimento disso.
José Pina_ Também não estou muito a par….
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Mariana Ramos_ Tiago, quando andavam a recolher assinaturas para a lista diziam que era
na brincadeira, o que mudou? Porque é que devo votar em ti?
TN_ Mudou muita coisa. A ideia das pessoas responsáveis porque recolher assinaturas era uma
ideia de inovação. Se não fosse assim, não estávamos aqui com esta seriedade. E sim, isso foi
dito. Mas a partir do momento em que eu, e as pessoas que eu trouxe para a lista, entramos
neste projecto assumimos um compromisso sério.
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João Lima_ Continuo com a mesma dúvida, quem é que vai representar Eng. Biomédica?
MR_ Nós temos mais que pessoas competentes para representar o nosso curso. Não achas
que são pessoas suficientes?
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João Abílio_ Acerca da questão da reestruturação dos departamentos, o nosso departamento
vai acolher vários departamentos da FCTUC, qual é a posição das listas? Vamos aceitar de
bom agrado? Vamos interagir com eles de forma construtiva?
MR_ Esse assunto é bastante pertinente e bastante polémico. Contra decisões da reitoria é
difícil fazer algo. Podemos fazer um manifesto ou recolher assinaturas. Mas não sei até que
ponto podemos agir nessa situação.
TN_ Posso dar-te a minha opinião pessoal. Primeiro tinham de ser analisadas a quantidade de
7. pessoas que realmente vêm, o departamento de física pode perder a sua identidade. Na minha
opinião podemos exercer um pouco de pressão, mas isso é uma questão fora do núcleo.
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João Tondela_ Mário, vocês estão sempre a dizer que tem os três vice-presidentes para haver
representatividade. Porquê a escolha do Hugo? E quem é que vai fazer o papel de vice na
realidade?
MR_ Falei com ele em primeiro lugar, é uma pessoa de extrema competência (como já
mostrou na jeKnowledge) apesar de existir a possibilidade de ele fazer erasmus no próximo
ano. Acho que no mundo em que vivemos isso é ultrapassável. Tenho a certeza que ele vai lá
estar sempre que for solicitado. É claro que podem dividir o trabalho entre eles. E no caso de
eu não estar disponível um deles assumirá o cargo de presidente.
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Ana Margarida Martins_ Mário, acho que o teu conceito de experiência não deve ser igual ao
meu porque, não vamos ser hipócritas, o núcleo não tem funcionado bem. Acho que a
experiencia num núcleo que não tem funcionado bem, não é boa. Gostava que me dissesses,
na lista A, quem é que tem experiência em organizações fora núcleo de estudantes.
MR_ Tens por exemplo a Natacha, Luis, Hugo, Marina, Afonso, Gonçalo, Cristiana. Pessoas que
já realizaram um bom trabalho na jeKnowledge e na SAC.
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Pierre Barroca_ Só para esclarecer, de que tipo de valores relativos à perda do dinheiro
estamos a falar? Para mim a responsabilidade do que mete contas será sempre do
tesoureiro. Como é que justificas isto ter acontecido?
MR_ Isso é um caso grave que já foi discutido várias vezes. Esse dinheiro foram trocos que
vieram da latada, e quando me dirigi a sala o núcleo não tinha conhecimento que era para
receber dinheiro. Estamos a falar da quantia de 70€.
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João Anastácio_ Tiago, tu disseste que tens pessoal a tua volta de confiança. Será que tens
pessoas que têm valores? Um caso específico é o caso do Carvalheira que era coordenador
de um pelouro na nossa lista, depois disse que não queria fazer parte, e depois aparece na
vossa. O que é que pensas sobre isto?
TN- Nós não somos amiguinhos que queremos poder, senão tínhamos subido devagarinho.
Começávamos como colaboradores e íamos subindo até chegar a direcção. O nosso objectio
não é tentar sair daqui para a AAC.
André Carvalheira_ Como vocês sabem eu sou caloiro, não tenho qualquer experiência em
núcleo. O Cortez foi falar comigo para ver se eu queira pertencer, mas eu não quis participar,
não dei a minha palavra a ninguém. O projecto não era aliciante, decidi sair. Depois quando
apareceu esta lista foi um projecto mais aliciante e decidi participar.
8. _____
Danilo Jesus_ Eu acho piada que queiram falar sobre renovar o pessoal, as pessoas que estão
na tua equipa sempre estiveram no núcleo. A melhor liga de futebol desde que eu me
lembro foi feita por um colaborador, que não era nada na lista.
(Confusão no anfiteatro, João Tondela abandona o debate)
Se tinhas isso tudo planeado, se o projecto estava planeado, porque é que no ultimo dia
andas a mandar mensagens a pessoas para pôr na lista?
TN_ Mudar comportamentos e fazer alguma coisa de jeito. Os colaboradores não são nada?
Eu não concordo. Temos hierarquias, mas não vamos tratar as pessoas como nada. Andamos a
mandar mensagens, porque que existem espaços que são necessários preencher. Sabes tão
bem quanto eu, o que é que ganha umas eleições?
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Ricardo Gafeira_ Na lista do Mário existem três pessoas para representarem os diferentes
cursos. Tiago, como vai ser complementado o facto de não teres ninguém em mestrados de
Física e Engenharia Física?
TN_ A resposta é lógica. Quantas pessoas existem no mestrado em Física/Astrofísica e em
Engenharia Física, comparativamente ao de Engenharia Biomédica? Eu contactei pessoas mas
não quiseram entrar. Mas acho que as pessoas em licenciaturas conseguem assegurar isso.
Terminou o debate.