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a ocupar um papel de
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mica Aplicada (lpea), que obter''e dados
inéditos em estudo com metodologia
pi,rtteira. que diL'rcncia 05 scr iÇ(' pr(-
tados aos residentes e aos visitantes. A
pesquisa traz unra análise clo pertil da
Regão t{orte tem o menor número de profissionais com formaqâo superior
máo-de-obra do turismo em sete seg-
mentos distintos e congruentes. São eles:
alojamento; agência de viagem; trans-
portes; aluguel de transportes; auxiliar
de transportes; alimentação e cultura e
lazer. Os ramos escolhidos sáo reco-
mendados pel a Organizaçao Mundial do
Turismo (OMT).
As relações de trabalho no setor de tu-
rismo apresentam surpresas. As estatísticas
revelam que trabalhar nessa área não é
garantia de bons salários, mas o conúiírio.
Embora prevaleçam no setor os ocupados
com maior faixa etária, do sexo masculino,
com maior estabiJidade no emprego e com
jornada de trabalho completa, ao se com-
parar o perfil dos empregados em ativi-
dades turísticas com o do total dos traba-
lhadores com carteira assinada do país, o
salário médio no turismo é 14,7o/o nferior
ao do conjunto dos empregados formais.
Foto Srcihu
O pesquisador Roberto Zamboni,
coordenador de pesquisas de turismo do
Ipea, tem o seguinte diagnóstico para a
problemática dos salários dos trabalha-
dores no turismo: 'A explicação deve ser
buscada principalmente no atributo esco-
laridade. As atividades turísticas empre-
gamproporção maior de pessoas com até a
oitava série comparativamente ao total dos
trabalhadores formais brasileiros e uma
proporção menor de pessoas com o ensino
médio e superior. Para esse panorama
contribui especialmente a atividade ali-
mentação, na qual se concentram os níveis
mais baixos de escolaridade".
O presidente da Federação Nacional de
Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares
(FNHRBS), Norton Luiz Lenhart, afirma
que essa fragiJidade vem sendo combati-
da: "Nós temos que avançar em qualifi-
caçáo. Hoje, só para se ter uma idéia, o
Senac vem qualificando mais de 100 mil
profissionais por ano. O Senac tem pres-
tado esse trabalho há muitos anos para o
nosso setor". Ele acrescenta que "as pes-
soas com baixa qualificação escolar e ten-
do pequenos cursos profissionalizantes
são aptas a trabalhar nas nossas empresas".
O salário nào é um fator que incen-
tiva o trabalho no turismo. A média
mensal da remuneraçáo de 712,2 mll
trabalhadores do setor, em dezembro de
2004, alcançava 3,1 salários mínimos da
época, patamar abaixo da média de
todos os setores, que chegava a 3,7 sa-
lários mínimos. O turismo é responsável
por 2,9o/o do total de empregos no país,
mas responde por apenas 2,5o/o dos
salários pagos aos 24,3 milhôes de tra-
balhadores com contrato sujeito à Con-
solidação das Leis do Trabalho (CLT),
aponta a pesquisa.
lá o representante dos empresários do
setor, Norton Lenhart, contrapÕe-se a es-
ses números dizendo que'b turismo
permite uma ascensão social extraordi-
nárid'. Quanto aos números de pessoas
ocupadas no setor em todo o país, Le-
nhart estima que "só o setor de hotéis,
restaurantes e bares gera no Brasil 8 mi-
42 orrut,or.ornmbro de 2oo7
.,.de outros países, que demandam profissionais mais qualificados, com conhecimento de idiomas
toto Sxc:hu
Desalios. dezembro de 2007
Cidades históricas de Minas e de Pernambuco
atraeÍn tanto o turismo interno quanto visitantês..
lhões de empregos diretos. Nós somos
em torno de I milhão de empresas. Se
contarmos oito empregos por empresa,
chega-se a esse número'.
TRÂ}|SP0RTE o estudo publicado pelo
Ipea em novembro deste ano, intitulado
"Caraclerização da Mão-de-Obra do
Mercado Formal de Tiabalho do Setor
Turismo - Estimativas Baseadas nos Da-
dos da Rais de2004", de autoria da pes-
quisadora Maria Alice Cunha Barbosa,
do Ipea, em parceria comAlfonso Rodri-
guezÁrias, mostra o mercado de trabalho
do setor de turismo por meio dos perfis
de emprego e das remunerações. com
a finalidade de fornecer informações pa-
ra os diagnósticos setoriais e, sobretudo,
o planejamento e a implementação de
ações públicas e privadas.
A Relaçáo Anual de Informações So-
ciais (Rais) é um registro administrativo
com informação prestada anualmente,
desde 1976, por todas as empresas brasi-
leiras, e é administrada pelo Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE). Uma das
revelações da pesquisa mostra que, em
?004, entre as sete atividades caracterís-
ticas do turismo, transportes é a que
apresentâ o maior peso, sendo responsá-
vel, por exemplo, por 47o/o do pessoal
empregado. Em seguida estão os seg-
mentos de alojamento e de alimentação,
com22o/o e 1870, respectivamente.
O trabalho se insere, segundo seu
texto introdutório, no esforço empreen-
dido pelo governo para ampliar a capa-
cidade de an:ílise de um setor que nos
últimos anos passou â ocupâr um papel
de destaque no conjunto das políticas
públicas brasileiras e, por isso, demanda
informações confiáveis e oportunas para
a formulaçào de diagnósticos e eslra-
tégias de ação.
A pesquisa foirealizada com algumas
parcerias, principalmente com o Institu-
to Brasileiro de Turismo (Ernbratur), do
Ministério do Turismo. Com esse apoio,
o Ipea estruturou o Sistema Integrado de
Informações sobre o Mercado de Tia-
baiho no Setor de Turismo (SIMT). A
parceria começou em 2003, quando foi
feito um diagnóstico das informaçôes e
fontes existentes e definiu-se a metodo-
logia. O trabalho enfrentou a ausência de
informações sobre a proporção dos ser-
viços prestados aos turistas e aos residen-
tes nas atividades características do turis-
mo. Essa foi uma investigação pioneira
nas pesquisas sobre o setor.
A pesquisadora Maria Alice qualifica
como "pioneirismo a elaboração da me-
todologia pelo Ipea, que permitiu o cál-
culo de coeficientes técnicos que distin-
guissem os atendimentos prestados aos
residentes daqueles destinados aos visi-
tantes. fossem nacionais ou estrangei-
ros". Entre os documentos que subsidia-
ram a pesquisa está a evoluçâo dessas
atividades. Em breve, segundo o Ipea, se-
rá publicada a próxima fase da análise,
em texto que vai mostrar o dinamismo
do setor nas regioes brasileiras.
Até a elaboração desse estr-r
do, não estavam claramente separados
nas Atividades Características do Türismo
(AC'ls) o emprego associaclo ao consumo
43
mais estáveis n0 emprsgo e jornada c0mpleta, mas salári0s sa0 baixos
I
Entre janeiro de 2005 e maio de 2006 o setor gerou 54,6 mil novos postos
de turistas e ao consumo de residentes.
Por exemplo, geralmente atribuia-se ao
turismo todos os trabalhadores da área da
alimentapo, sem distinção entre o que era
destinado aos turistas e aos habitantes do
local. A opção dos pesquisadores foi
realzar uma pesquisa de campo por meio
Arquitetura futurista de Brasília e o charme do Rio
mostram a diversidade de atrações que 0 país tem
de uma empresa de telemarketing. Foram
consultados cerca de 8 mil estabelecimen-
tos situados em 1.195 municípios entre os
anos de 2004 e 2005.
Com a metodologia adotada, desco-
briu-se que é grande o abismo entre as
percentagens de atendimento turístico e
não-turístico, em algumas atividades
como a alimentação e cultura e lazer.
O presidente da FNHRBS, Norton Luiz
t enhart, aflrma que "é muito dtfrcl. fazer
uma avaliação e a própria OMT não faz
esse tipo de conta. É claro, tem alguns
lugares em que não vai turista mesmo, ou
ele só vai esporadicamentd'. Ouúo ques-
úonamento de Lenhart é sobre adefinição
de turista. Segundo ele, "turista é todo
indiúduo que sai da sua cidade para uma
outra cidade e pemoita, e tanto faz se ele
vai namorar, úabalhar ou se vai passear.
Todas essas pessoas são turistas", provoca.
Se, por um lado, trabalhar à beira da
praia pode ser mais prazeroso do que ga-
nhar a vida em um escritório, por outro,
a média salarial nacional dos trabalhado-
res do setor de turismo, comparado com
os demais regidos pela CLI no setor
privado, era 14,7o/omenot em2004.
Os turistas podem contar com
atendimento mais qualificado em termos
de escolaridade na região Sudeste, onde
31olo dos que trabalham em agências de
viagem possuem grau superior, sendo
ainda mais elevado o percentual quando
se considera isoladamente o Estado de
São Paulo, com 350/0. No outro extremo,
três estados da regiâo Norte - Acre,
Tocantins e Rondônia - lideram o lado
negativo, com baixíssimo número de
trabalhadores com formação superior.
No que diz respeito ao menor grau de
escolaridade (até a 4u série), as ACTs que
mais empregam são transporte, aloja-
mento e alimentação. Essa ordem, refe-
rente ao Brasil como um todo, se altera de
acordo com a região e o estado, mas as
Homens X mulheres na ocupação das vagas
A majoria do segmento é composta por
trabalhadores do sexo mascul n0, que c0rres-
p0r0pm a 68 8oo do lotal A u0-stala!ào sp re-
pete em todos os estados, Porém, a grande
ma or a dos homens traba hadores do turismo
se corcentra no setor de lransportes os nÚ-
meros chegam a marcar BB,l %,
Já as mulheres predominam nas áreas de
alolamento, agências de viagem e aluquel de
transportes Na área de alimentação um dado
na qt]estão de gênero chamou a atenção dos
pesqulsadores, No Brasil como um lodo, o
setor é exatamente div d do ao me o entre ho-
mens e mulheres, com 50% de cada em res-
taurantes, anchoneles e aÍ ns No entanto, n0
Su o número de mulheres trabalhando no
segmento dá um salto no gráÍ co, chegando a
72% lsso 0c0rre s mu taneamente no Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Su,
A diÍerença sa ara entre homens e mu-
lheres segue 0 que 0c0rte em outros setores,
Homens têm melhores sa árlos, 'No caso do
tur sm0, esses valores são de 3,5 salários
mÍnimos para os homens e 2,4 para as
lheres ao pass0 que para a totalldade dos
empregados com carteira assinada eles cor-
respondem a 4,0 e 3,1 salários mÍnimos" re-
vela a pesquisa
'As diferenças salariais entre os gêne-
ros não demonstram, necessar amente, qLle n0
mercado de traba ho do turismo pratica-se
uma dlscr minação salaria em preluízo das
m-.herps, Esse assunto deve se ern-i'a-
do mais detalhadamente p0r ocasião da aná-
lise de algumas ocupações especíÍicas", ex-
Foio: S emens P ess Phoio
44 nr*mr.dezembro de 2oo7
)
Sr,
r
r
i..
de 7,6% em 17 mBSBS
crescimento
de
0
merca
0 rabalho flormal, com
brio, os autores da
atividades permanecem as mesmas em
todos os domínios geográficos.
lDÂllE A maioria dos trabalhadores do tu-
rismo tem mais de 25 anos. Desta forma, o
setor emprega bem menos jovens que
outros setores da economia. A pesquisa
apurou que ap enas 124,7 mtl. empregados
formais do turismo são menores de 25
anos, o. eqüvalente a 17,5o/o do total de
empregos do setor. Essa percentagem é
significativamente inferior aos 23,2o/o que
têm menos de 25 anos entre todos os tra-
balhadores com carteira assinada existen-
tes no país. Para que houvesse um equilí-
Jo-
vens. Segundo a pesquisa, a média de
idade dos trabalhadores no setor é de 35,3
anos, incluindo os empregos formais.
Os trabalhadores acima de 50 anos
estão mais concentrados no Rio de )anei-
ro, com 15%o do total dos empregados no
turismo no estado, seguidos pelo Paraná
e Rio Grande do Sul, com l2o/o, sempre
com relação ao total do próprio estado,
e São Paulo, com 1 17o.
Do ponto de vista da remuneração, a
concentração é ainda maior na atividade
transporte, responsável por 607o dos me-
thores salários no turismo. Quem traba-
lha com um ônibus de turismo ganha
muito mais do que quem trabalha, por
exemplo, em um restaurante - segmento
responsável por apenas 97o da remunera-
ção. Outra comparação em termos de sa-
lários se dá com a atividade alojamento,
responsável por 22o/o dos trabalhos for-
mais, mas responde por apenas 160/o da
remuneração.
Um período que ala-
vâncou os empregos no setor de trans-
portes foi entre jarreiro de 2005 e maio de
2006, com a criação de 54,6 mil novos
postos. Nessa epoca. o setor teve cresci-
mento de 7,67o nos 17 meses. Segr-rndct
dos pelo Ministério do Tiabalho, o es-
tudo produzirá novas análises muito
mais atualizadas.
A pesquisa sobre o perfil da ocupa-
ção formal vai ganhar o reforço dos dados
sobre a ocupação informal do turismo,
no começo de 2008, formando, assim,
um quadro completo da atividade no
país. Os dados estão em fase final de com-
pilação, revela MariaAlice Cunha Barbo-
sa, uma das responsáveis pelo estudo.
Os trabalhadores do turismo têm co-
mo característica uma permanência
maior nos empregos. Segundo a pesqui-
sa, um de cada três trabalhadores do tu-
rísmo (32,4o/o) tem menos de 12 meses
de trabalho na firma. Os dados, compa-
rados com a agricultura e o comércio,
mostram que esses setores registram per-
centagens de trabalhadores com menos
de 12 meses na frma superiores a40o/o,
e na construção civil sobe para 55,7o/o -
ou seja, é maior o número de trabalha-
dores no turismo com longo período
atuando no mesmo local.
Já entre os trabalhadores com cinco
anos no mesmo local, os números mos-
tram uma inversão."Do total dos empre-
gados no setor de turismo, 25,40/o en-
contram-se com 60 meses e mais de
tempo de emprego: a totalidade dos tra-
balhadores formais, na mesma faixa de
tempo, constitli32,3o/o; no gruPo trans-
portes essa proporção se eleva a 34,7o/o,
enquanto nos grupos alimentação e alu-
guel de transportes ela é ligeiramente
superior a 1 17o".
O trabalho no turismo oferece maior
perspectiva de estabilidade. Pelo menos é
o que mostram os números. No setor
a permanência média dos emprega-
dos formais em termos nacionais é de
47,2 meses. O setor que puxa essa Perma-
nência maior dos trabalhadores no
mesmo local no turismo é o de trans-
portes. São nos ônibus, aviões e outros
que a média de permanência dos tra-
balhadores é de 60,7 meses. O
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Foto: Sxc hu
Nordeste tem patrimônio natural incomparável, mas em suas praias há muito emprego informal
Desafios'dezembiode 2(J01 45
I
I
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Trabalho e Turismo

  • 1. ''ts§rft. s<,ç*-.-ü},tksãf,&'"' $Ê *.;;,F '§iir "q5P" +{s- --^*.cri'i; -s.,'-".pgr.ç -- ' i-.-, kt-+ , _*. *t a::.;.;: w,t".. 1i a-b,*' 3 wltLe.m". n I :, : :- 40 Dcsafios. dezembru de 2007 l t i { t I
  • 2. il Por Ricardo Wegrzyn0vski, de BrasÍlia 0 segmento de transportes é o grande empregador dentro do setor turÍstico, retrela urna pesqttisa do lpea sobre as relaçoes de trabalho n0 setotl abrangendo 0s ernpregos formais, 0 estudo se insere no esforço ernpreendido pelo gotlerno para ampliar a capacidade de análise de um setor que nos últimos anos passou a ocupar um papel de destaque no coryunto das políticas públicas brasileiras e demanda informaç0es para a formulação de diagnósticos e estrategias de açâo Fotoi Sxc hu Desafios. dezembru de 2007 1 -r;:r-, -..r,i'l*it;.". 4 "' Foto: Sxc:hu l 4 0 ú
  • 3. Prevalecem n0 setor 0s 0cupad0s c0m maior faixa etária, d0 sexo masculino, indas praias de águas transparen- tes, montanhas, áreas rurais, his- tória, religião, descanso, paz ou festas. Estas são algumas das fon- tes clo turismo adrniradas por incorrtá- veis visitantes todos os dias. O setor moe a economia de di'".ersos estados brasilei- ros e dele centenas cle rnilhares cle famí- lias tiram o seu sustentLl. O rerão está aí, as lérias de trm de ano, e Ílca â pergunta para os consumidores sobre a qualifi- cação da mão-de-obra clessa indirstria:' como está o mercaclo de traLralho nesses lugarcs saídos cle cartôes-postais? L) sclor loi esmiuçado por pcsqtri- sadores clo lnstituto de Pesquisa Econô- mica Aplicada (lpea), que obter''e dados inéditos em estudo com metodologia pi,rtteira. que diL'rcncia 05 scr iÇ(' pr(- tados aos residentes e aos visitantes. A pesquisa traz unra análise clo pertil da Regão t{orte tem o menor número de profissionais com formaqâo superior máo-de-obra do turismo em sete seg- mentos distintos e congruentes. São eles: alojamento; agência de viagem; trans- portes; aluguel de transportes; auxiliar de transportes; alimentação e cultura e lazer. Os ramos escolhidos sáo reco- mendados pel a Organizaçao Mundial do Turismo (OMT). As relações de trabalho no setor de tu- rismo apresentam surpresas. As estatísticas revelam que trabalhar nessa área não é garantia de bons salários, mas o conúiírio. Embora prevaleçam no setor os ocupados com maior faixa etária, do sexo masculino, com maior estabiJidade no emprego e com jornada de trabalho completa, ao se com- parar o perfil dos empregados em ativi- dades turísticas com o do total dos traba- lhadores com carteira assinada do país, o salário médio no turismo é 14,7o/o nferior ao do conjunto dos empregados formais. Foto Srcihu O pesquisador Roberto Zamboni, coordenador de pesquisas de turismo do Ipea, tem o seguinte diagnóstico para a problemática dos salários dos trabalha- dores no turismo: 'A explicação deve ser buscada principalmente no atributo esco- laridade. As atividades turísticas empre- gamproporção maior de pessoas com até a oitava série comparativamente ao total dos trabalhadores formais brasileiros e uma proporção menor de pessoas com o ensino médio e superior. Para esse panorama contribui especialmente a atividade ali- mentação, na qual se concentram os níveis mais baixos de escolaridade". O presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS), Norton Luiz Lenhart, afirma que essa fragiJidade vem sendo combati- da: "Nós temos que avançar em qualifi- caçáo. Hoje, só para se ter uma idéia, o Senac vem qualificando mais de 100 mil profissionais por ano. O Senac tem pres- tado esse trabalho há muitos anos para o nosso setor". Ele acrescenta que "as pes- soas com baixa qualificação escolar e ten- do pequenos cursos profissionalizantes são aptas a trabalhar nas nossas empresas". O salário nào é um fator que incen- tiva o trabalho no turismo. A média mensal da remuneraçáo de 712,2 mll trabalhadores do setor, em dezembro de 2004, alcançava 3,1 salários mínimos da época, patamar abaixo da média de todos os setores, que chegava a 3,7 sa- lários mínimos. O turismo é responsável por 2,9o/o do total de empregos no país, mas responde por apenas 2,5o/o dos salários pagos aos 24,3 milhôes de tra- balhadores com contrato sujeito à Con- solidação das Leis do Trabalho (CLT), aponta a pesquisa. lá o representante dos empresários do setor, Norton Lenhart, contrapÕe-se a es- ses números dizendo que'b turismo permite uma ascensão social extraordi- nárid'. Quanto aos números de pessoas ocupadas no setor em todo o país, Le- nhart estima que "só o setor de hotéis, restaurantes e bares gera no Brasil 8 mi- 42 orrut,or.ornmbro de 2oo7
  • 4. .,.de outros países, que demandam profissionais mais qualificados, com conhecimento de idiomas toto Sxc:hu Desalios. dezembro de 2007 Cidades históricas de Minas e de Pernambuco atraeÍn tanto o turismo interno quanto visitantês.. lhões de empregos diretos. Nós somos em torno de I milhão de empresas. Se contarmos oito empregos por empresa, chega-se a esse número'. TRÂ}|SP0RTE o estudo publicado pelo Ipea em novembro deste ano, intitulado "Caraclerização da Mão-de-Obra do Mercado Formal de Tiabalho do Setor Turismo - Estimativas Baseadas nos Da- dos da Rais de2004", de autoria da pes- quisadora Maria Alice Cunha Barbosa, do Ipea, em parceria comAlfonso Rodri- guezÁrias, mostra o mercado de trabalho do setor de turismo por meio dos perfis de emprego e das remunerações. com a finalidade de fornecer informações pa- ra os diagnósticos setoriais e, sobretudo, o planejamento e a implementação de ações públicas e privadas. A Relaçáo Anual de Informações So- ciais (Rais) é um registro administrativo com informação prestada anualmente, desde 1976, por todas as empresas brasi- leiras, e é administrada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Uma das revelações da pesquisa mostra que, em ?004, entre as sete atividades caracterís- ticas do turismo, transportes é a que apresentâ o maior peso, sendo responsá- vel, por exemplo, por 47o/o do pessoal empregado. Em seguida estão os seg- mentos de alojamento e de alimentação, com22o/o e 1870, respectivamente. O trabalho se insere, segundo seu texto introdutório, no esforço empreen- dido pelo governo para ampliar a capa- cidade de an:ílise de um setor que nos últimos anos passou â ocupâr um papel de destaque no conjunto das políticas públicas brasileiras e, por isso, demanda informações confiáveis e oportunas para a formulaçào de diagnósticos e eslra- tégias de ação. A pesquisa foirealizada com algumas parcerias, principalmente com o Institu- to Brasileiro de Turismo (Ernbratur), do Ministério do Turismo. Com esse apoio, o Ipea estruturou o Sistema Integrado de Informações sobre o Mercado de Tia- baiho no Setor de Turismo (SIMT). A parceria começou em 2003, quando foi feito um diagnóstico das informaçôes e fontes existentes e definiu-se a metodo- logia. O trabalho enfrentou a ausência de informações sobre a proporção dos ser- viços prestados aos turistas e aos residen- tes nas atividades características do turis- mo. Essa foi uma investigação pioneira nas pesquisas sobre o setor. A pesquisadora Maria Alice qualifica como "pioneirismo a elaboração da me- todologia pelo Ipea, que permitiu o cál- culo de coeficientes técnicos que distin- guissem os atendimentos prestados aos residentes daqueles destinados aos visi- tantes. fossem nacionais ou estrangei- ros". Entre os documentos que subsidia- ram a pesquisa está a evoluçâo dessas atividades. Em breve, segundo o Ipea, se- rá publicada a próxima fase da análise, em texto que vai mostrar o dinamismo do setor nas regioes brasileiras. Até a elaboração desse estr-r do, não estavam claramente separados nas Atividades Características do Türismo (AC'ls) o emprego associaclo ao consumo 43 mais estáveis n0 emprsgo e jornada c0mpleta, mas salári0s sa0 baixos I
  • 5. Entre janeiro de 2005 e maio de 2006 o setor gerou 54,6 mil novos postos de turistas e ao consumo de residentes. Por exemplo, geralmente atribuia-se ao turismo todos os trabalhadores da área da alimentapo, sem distinção entre o que era destinado aos turistas e aos habitantes do local. A opção dos pesquisadores foi realzar uma pesquisa de campo por meio Arquitetura futurista de Brasília e o charme do Rio mostram a diversidade de atrações que 0 país tem de uma empresa de telemarketing. Foram consultados cerca de 8 mil estabelecimen- tos situados em 1.195 municípios entre os anos de 2004 e 2005. Com a metodologia adotada, desco- briu-se que é grande o abismo entre as percentagens de atendimento turístico e não-turístico, em algumas atividades como a alimentação e cultura e lazer. O presidente da FNHRBS, Norton Luiz t enhart, aflrma que "é muito dtfrcl. fazer uma avaliação e a própria OMT não faz esse tipo de conta. É claro, tem alguns lugares em que não vai turista mesmo, ou ele só vai esporadicamentd'. Ouúo ques- úonamento de Lenhart é sobre adefinição de turista. Segundo ele, "turista é todo indiúduo que sai da sua cidade para uma outra cidade e pemoita, e tanto faz se ele vai namorar, úabalhar ou se vai passear. Todas essas pessoas são turistas", provoca. Se, por um lado, trabalhar à beira da praia pode ser mais prazeroso do que ga- nhar a vida em um escritório, por outro, a média salarial nacional dos trabalhado- res do setor de turismo, comparado com os demais regidos pela CLI no setor privado, era 14,7o/omenot em2004. Os turistas podem contar com atendimento mais qualificado em termos de escolaridade na região Sudeste, onde 31olo dos que trabalham em agências de viagem possuem grau superior, sendo ainda mais elevado o percentual quando se considera isoladamente o Estado de São Paulo, com 350/0. No outro extremo, três estados da regiâo Norte - Acre, Tocantins e Rondônia - lideram o lado negativo, com baixíssimo número de trabalhadores com formação superior. No que diz respeito ao menor grau de escolaridade (até a 4u série), as ACTs que mais empregam são transporte, aloja- mento e alimentação. Essa ordem, refe- rente ao Brasil como um todo, se altera de acordo com a região e o estado, mas as Homens X mulheres na ocupação das vagas A majoria do segmento é composta por trabalhadores do sexo mascul n0, que c0rres- p0r0pm a 68 8oo do lotal A u0-stala!ào sp re- pete em todos os estados, Porém, a grande ma or a dos homens traba hadores do turismo se corcentra no setor de lransportes os nÚ- meros chegam a marcar BB,l %, Já as mulheres predominam nas áreas de alolamento, agências de viagem e aluquel de transportes Na área de alimentação um dado na qt]estão de gênero chamou a atenção dos pesqulsadores, No Brasil como um lodo, o setor é exatamente div d do ao me o entre ho- mens e mulheres, com 50% de cada em res- taurantes, anchoneles e aÍ ns No entanto, n0 Su o número de mulheres trabalhando no segmento dá um salto no gráÍ co, chegando a 72% lsso 0c0rre s mu taneamente no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Su, A diÍerença sa ara entre homens e mu- lheres segue 0 que 0c0rte em outros setores, Homens têm melhores sa árlos, 'No caso do tur sm0, esses valores são de 3,5 salários mÍnimos para os homens e 2,4 para as lheres ao pass0 que para a totalldade dos empregados com carteira assinada eles cor- respondem a 4,0 e 3,1 salários mÍnimos" re- vela a pesquisa 'As diferenças salariais entre os gêne- ros não demonstram, necessar amente, qLle n0 mercado de traba ho do turismo pratica-se uma dlscr minação salaria em preluízo das m-.herps, Esse assunto deve se ern-i'a- do mais detalhadamente p0r ocasião da aná- lise de algumas ocupações especíÍicas", ex- Foio: S emens P ess Phoio 44 nr*mr.dezembro de 2oo7 ) Sr, r r i..
  • 6. de 7,6% em 17 mBSBS crescimento de 0 merca 0 rabalho flormal, com brio, os autores da atividades permanecem as mesmas em todos os domínios geográficos. lDÂllE A maioria dos trabalhadores do tu- rismo tem mais de 25 anos. Desta forma, o setor emprega bem menos jovens que outros setores da economia. A pesquisa apurou que ap enas 124,7 mtl. empregados formais do turismo são menores de 25 anos, o. eqüvalente a 17,5o/o do total de empregos do setor. Essa percentagem é significativamente inferior aos 23,2o/o que têm menos de 25 anos entre todos os tra- balhadores com carteira assinada existen- tes no país. Para que houvesse um equilí- Jo- vens. Segundo a pesquisa, a média de idade dos trabalhadores no setor é de 35,3 anos, incluindo os empregos formais. Os trabalhadores acima de 50 anos estão mais concentrados no Rio de )anei- ro, com 15%o do total dos empregados no turismo no estado, seguidos pelo Paraná e Rio Grande do Sul, com l2o/o, sempre com relação ao total do próprio estado, e São Paulo, com 1 17o. Do ponto de vista da remuneração, a concentração é ainda maior na atividade transporte, responsável por 607o dos me- thores salários no turismo. Quem traba- lha com um ônibus de turismo ganha muito mais do que quem trabalha, por exemplo, em um restaurante - segmento responsável por apenas 97o da remunera- ção. Outra comparação em termos de sa- lários se dá com a atividade alojamento, responsável por 22o/o dos trabalhos for- mais, mas responde por apenas 160/o da remuneração. Um período que ala- vâncou os empregos no setor de trans- portes foi entre jarreiro de 2005 e maio de 2006, com a criação de 54,6 mil novos postos. Nessa epoca. o setor teve cresci- mento de 7,67o nos 17 meses. Segr-rndct dos pelo Ministério do Tiabalho, o es- tudo produzirá novas análises muito mais atualizadas. A pesquisa sobre o perfil da ocupa- ção formal vai ganhar o reforço dos dados sobre a ocupação informal do turismo, no começo de 2008, formando, assim, um quadro completo da atividade no país. Os dados estão em fase final de com- pilação, revela MariaAlice Cunha Barbo- sa, uma das responsáveis pelo estudo. Os trabalhadores do turismo têm co- mo característica uma permanência maior nos empregos. Segundo a pesqui- sa, um de cada três trabalhadores do tu- rísmo (32,4o/o) tem menos de 12 meses de trabalho na firma. Os dados, compa- rados com a agricultura e o comércio, mostram que esses setores registram per- centagens de trabalhadores com menos de 12 meses na frma superiores a40o/o, e na construção civil sobe para 55,7o/o - ou seja, é maior o número de trabalha- dores no turismo com longo período atuando no mesmo local. Já entre os trabalhadores com cinco anos no mesmo local, os números mos- tram uma inversão."Do total dos empre- gados no setor de turismo, 25,40/o en- contram-se com 60 meses e mais de tempo de emprego: a totalidade dos tra- balhadores formais, na mesma faixa de tempo, constitli32,3o/o; no gruPo trans- portes essa proporção se eleva a 34,7o/o, enquanto nos grupos alimentação e alu- guel de transportes ela é ligeiramente superior a 1 17o". O trabalho no turismo oferece maior perspectiva de estabilidade. Pelo menos é o que mostram os números. No setor a permanência média dos emprega- dos formais em termos nacionais é de 47,2 meses. O setor que puxa essa Perma- nência maior dos trabalhadores no mesmo local no turismo é o de trans- portes. São nos ônibus, aviões e outros que a média de permanência dos tra- balhadores é de 60,7 meses. O o I E -a rD (] Foto: Sxc hu Nordeste tem patrimônio natural incomparável, mas em suas praias há muito emprego informal Desafios'dezembiode 2(J01 45 I I I