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De Brasemb Washington para Exteriores em 01/10/2020
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BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DEUA/DRUS/DCH II
DESCR=EUA-POIN
RTM/CLIC=GRPEUA
REF/ADIT=TEL 1833,TEL 1735,TEL 465
CATEG=MG
//
EUA. Política interna.
Eleições presidenciais de
2020. Primeiro debate entre os
candidatos à presidência.
Relato.
//
Nr. 01853
Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados
Unidos da América
RESUMO=
Informo. Relata o primeiro debate entre os candidatos
à presidência dos EUA, Donald Trump e Joe Biden.
Evento é marcado por tensão e desorganização. Biden
menciona o Brasil e alerta sobre "consequências
econômicas significativas" em relação ao tema de
manejo de florestas tropicais. Primeiras pesquisas
indicam que evento pouco terá feito para alterar a
trajetória da corrida presidencial.
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Realizou-se na noite de 29/9, na cidade de Cleveland
(Ohio), o primeiro debate entre os candidatos à
presidência dos Estados Unidos: o presidente Donald
Trump, indicado pelo Partido Republicano à reeleição,
e o ex-vice-presidente Joe Biden, do Partido
Democrata.
2. Analistas de ambos os espectros da política
norte-americana convergiram na análise de que o
primeiro debate presidencial foi um dos mais tensos e
desorganizados da história recente do país. Previa-se,
inicialmente, que o debate se dividiria em seis blocos
temáticos: a Suprema Corte, a pandemia de COVID-19, a
Economia, o histórico de Trump e Biden, racismo nos
EUA e integridade das eleições. Contudo, o elevado
grau de antagonismo pessoal entre os candidatos e
dificuldades do moderador Chris Wallace (âncora do
canal Fox News) em manter o controle do evento
tornaram fluidas as regras originalmente propostas.
Como resultado, o debate, por vezes, tornou-se
caótico, prevalecendo certa cacofonia na tentativa dos
candidatos de expressarem suas visões programáticas,
diante de provocações e insultos pessoais de parte a
parte. Em síntese, faltou decoro aos dois candidatos e
equilíbrio ao próprio mediador. Não por outra razão, a
Comissão de Debates Presidenciais anunciou hoje (30/9)
que modificará as regras para os próximos dois debates
presidenciais, agendados para 15 e 22/10. De acordo
com aquela comissão, os próximos encontros vão
requerer "estruturação adicional" para "assegurar uma
discussão mais ordenada".
3. Alguns posicionamentos substantivos foram, porém,
discerníveis ao longo do debate. O presidente Donald
Trump defendeu a nomeação de Amy Coney Barrett à
Suprema Corte (tel 1833), ato que teria "direito" de
realizar ("ganhamos a eleição [em 2016] por quatro
anos"; "temos a Casa Branca e o Senado"). Afirmou
estar promovendo reformas no acesso à saúde, em
particular na redução do custo de medicamentos (tel
1640). Defendeu suas ações na pandemia de COVID-19, em
particular a proibição de entrada de viajantes
chineses e o esforço para produção de uma vacina
(prometida para "as próximas semanas"). Realizou
defesa da reabertura da economia e das escolas,
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afirmando que as pessoas "saberiam o que fazer" para
proteger-se, como "usar máscaras" e "manter o
distanciamento social". Destacou que os EUA estariam
em rápida recuperação econômica, além dos feitos
econômicos de seu governo antes da chegada da "praga
da China". Sobre a questão racial no país, acusou
Biden de ser um dos artífices de política que resultou
no encarceramento em massa de negros, ao apoiar o
"Crime Bill", de 1994. Defendeu-se de recente
reportagem do jornal The New York Times, que aponta
ter o presidente pago somente US$ 750 de imposto de
renda em 2016 e 2017, ao afirmar ter pago "milhões de
dólares em impostos federais".
4. Biden, a seu turno, defendeu que a nomeação de
Barrett deveria aguardar os resultados eleitorais,
para que "o povo possa expressar sua visão". Mencionou
que a nomeação de Barrett colocaria em risco a
continuidade do "Affordable Care Act - ACA"
(popularmente conhecido como "Obamacare"), cuja
constitucionalidade se encontra sob exame da Suprema
Corte (tel 1833), e os "direitos das mulheres".
Afirmou que, "diferentemente" de Trump, "teria um
plano para a saúde", manteria a existência de seguros
privados e criaria uma opção pública de acesso à
saúde. Realizou defesa do histórico da "gestão
Obama-Biden" na recuperação econômica pós-crise de
2008 - afirmando que Trump teria herdado uma "economia
em expansão" - e na gestão de crises de saúde pública,
como o H1N1. Na economia, propôs a criação de uma
cláusula "Buy American" para todas as compras
realizadas pelas Forças Armadas, o aumento do imposto
sobre lucro empresarial ("corporate tax") para 28% e
de imposto de renda sobre cidadãos que recebam mais
que US$ 400 mil por ano. Sobre questões raciais,
rejeitou a proposta de reduzir o orçamento das
polícias e defendeu maior transparência para punir
"maus policiais". Minimizou o papel da organização
extremista Antifa em protestos violentos, pois seria,
"de acordo com o chefe do FBI", "uma ideia, não uma
organização". Sobre mudança do clima, renegou o
chamado "Green New Deal" (apoiado em sua plataforma
publicada), mas comprometeu-se com o "plano Biden"
para zerar emissões de carbono até 2035. Negou
acusação do presidente de ter-se rendido à esquerda do
partido, ao afirmar: "eu sou o Partido Democrata".
5. Maior destaque tiveram, no entanto, as perguntas
que os candidatos se recusaram a responder.
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Questionado sobre se estaria disposto a condenar a
violência por "supremacistas brancos", em particular o
grupo "Proud Boys", o presidente Trump reiterou a
condenação que já expressara inúmeras vezes, e instou
aquele grupo a "afastar-se, e aguardar" ("stand back
and stand by"). Afirmou que o real problema de
violência decorre das ações da "Antifa e a esquerda".
Tampouco se comprometeu a aceitar, desde já, os
resultados eleitorais e em transferir o poder, caso
derrotado: "isso [as eleições] será uma fraude nunca
antes vista" e "caso eu veja dezenas de milhares de
votos sendo manipulados, não poderei compactuar com
isso". Já Biden recusou-se a responder se, caso o
Partido Democrata vença as eleições presidenciais e
obtenha a maioria no Senado, apoiaria o fim do
"filibuster" (medida de obstrução utilizada na
ausência de maioria de 60 votos no Senado) e o aumento
do número de juízes na Suprema Corte, ações ora
defendidas por parte do Partido Democrata na esteira
da nomeação de Amy Barrett para a vaga de Ruth Bader
Ginsburg.
6. Prevaleceu, no entanto, ao longo de todo o debate,
a lógica de um embate "sem luvas": acusações e
insultos pessoais e às famílias dos candidatos, em que
cada lado tentou apresentar imagem negativa do
adversário. Para Trump, Biden seria mero títere de
"socialistas radicais" e pouco teria realizado em seus
"47 anos em Washington" para além de usar seu cargo em
benefício do filho, Hunter Biden, que teria recebido
dinheiro "da China, da Ucrânia e de Moscou". Para
Biden, Trump seria "o pior presidente que a América já
teve", o "cachorrinho de Putin", e a "ética" da
família Trump seria "assunto para a noite toda".
7. Durante debate sobre políticas sobre mudança do
clima, Biden mencionou o Brasil com teor crítico e
alertou sobre potenciais consequências econômicas.
Disse, em sua intervenção: "As florestas tropicais do
Brasil estão sendo derrubadas, desmanteladas. Mais
carbono é absorvido naquela floresta do que todo o
carbono que é emitido pelos EUA(...) Eu iria reunir os
países do mundo e garantir US$ 20 bilhões e dizer -
aqui estão US$ 20 bilhões, pare de derrubar a
floresta, e se você não parar, você terá consequências
econômicas significativas". Biden já havia feito as
mesmas acusações e ameaças, em termos essencialmente
idênticos, em março passado, durante debate contra
Bernie Sanders, no contexto das primárias do Partido
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Democrata (tel 465).
8. É provável que o debate pouco tenha influenciado a
grande maioria do eleitorado - cujas preferências
estariam, segundo as pesquisas, firmemente
estabelecidas - e o reduzido número de eleitores
indecisos (que costumam acompanhar o noticiário
político com menor avidez - tel 1735). As primeiras
pesquisas realizadas após o debate demonstram que
pouco teria mudado nas preferências do eleitorado. Por
exemplo, de acordo com pesquisa CBS/YouGov, 48% dos
entrevistados disseram que Biden venceu o debate, ao
passo que 41% indicaram o presidente Trump como o
vencedor, e 10%, que fora um empate - números que
pouco diferem das atuais médias de pesquisas nacionais
de intenção de voto. A audiência televisiva do debate
foi de 71 milhões de pessoas (inclusive plataformas de
"streaming" via aparelhos de TV) - 23% a menos do que
no primeiro debate de 2016 entre Trump e Hillary
Clinton, número que pode ter sido compensado pela
audiência na internet.
9. O real impacto do debate apenas poderá ser avaliado
ao longo dos próximos dias, mas não há, até o momento,
indícios de que o evento tenha alterado a atual
trajetória das eleições: altamente disputadas nos
estados-pêndulo cruciais e sujeitas a contestação após
3/11, devido a resultados que, conforme admitido por
ambos os candidatos durante o evento, poderão demorar
"meses". Já é certo, no entanto, que o rescaldo do
debate foi de generalizado mal-estar - como definido
por Karl Rove, ex-chefe de gabinete de George W. Bush,
"este foi o debate menos iluminado e edificante debate
presidencial da história dos EUA".
Nestor Forster Jr., encarregado de negócios, a.i.
GRR
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 26/10/2020 18:58:48 N.°: 02018
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De Brasemb Washington para Exteriores em 26/10/2020
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DEUA/DRUS/DCH II
DESCR=EUA-POIN
RTM=CHNBREM,SSRBREM
RTM/CLIC=GRPEUA
REF/ADIT=TEL 1947,TEL 1940,TEL 1853
CATEG=MG
//
EUA. Política interna.
Eleições presidenciais de
2020. Último debate entre os
candidatos à presidência.
Relato.
//
Nr. 02018
Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados
Unidos da América
Retransmissão automática para Brasemb Pequim e Brasemb
Moscou
RESUMO=
Informo. Relata o último debate entre os candidatos à
presidência dos EUA, Donald Trump e Joe Biden. De tom
mais ameno e substantivo que o encontro anterior, o
evento teve como destaque acusações recíprocas entre
os candidatos sobre possíveis benefícios pessoais
obtidos em negócios com países estrangeiros.
Pesquisas indicam que o debate não deverá alterar a
trajetória da corrida eleitoral.
Distribuído em: 26/10/2020 18:59:11 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 26/10/2020 18:58:48 N.°: 02018
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Realizou-se, na noite de 22/10, em Nashville, o
segundo e último debate entre o presidente Donald
Trump, indicado pelo Partido Republicano à reeleição,
e o ex-vice-presidente Joe Biden, do Partido
Democrata. O debate agendado para 15/10 havia sido
cancelado em razão do diagnóstico de COVID-19 do
presidente Trump e de discordância entre as campanhas
em relação às regras para o encontro (tel 1940).
2. Diferentemente das altercações e interrupções que
marcaram o primeiro debate entre os dois candidatos à
presidência dos Estados Unidos, em 29/9, os candidatos
mostraram maior civilidade no evento de 22/10,
deixando espaço para desejada discussão de políticas
públicas. O debate foi dividido em seis temas
principais: a pandemia de COVID-19; política externa e
interferência estrangeira nas eleições
norte-americanas; acesso à saúde; imigração; racismo;
e mudança do clima. Como mensagens gerais, os
candidatos buscaram definir suas distintas
identidades: Trump voltou a apresentar-se como um
"outsider" do sistema político norte-americano, em
contraste com Joe Biden ("olho para você e vejo um
político", disse o presidente), cujas quase cinco
décadas na vida política não teriam gerado resultados
palpáveis, e cujas palavras careceriam de
autenticidade. Biden, por sua vez, apresentou-se como
alguém capaz de reunificar os EUA ("não serei
presidente dos estados azuis ou vermelhos, mas dos
Estados Unidos"), sugerindo retorno a um imaginário
passado institucional recente, baseado nos paradigmas
do governo Obama.
Pandemia de Covid-19
3. Trump defendeu o desempenho de seu governo na
gestão da pandemia de Covid-19, em particular o
fechamento das fronteiras para viajantes vindos da
China em janeiro, o apoio para desenvolvimento rápido
de vacina, a parceria com as Forças Armadas para
distribuí-la rapidamente tão logo disponível e o
aumento da disponibilidade de testes e da produção de
equipamentos básicos de proteção e respiradores.
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 26/10/2020 18:58:48 N.°: 02018
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Enfatizou ser a Covid-19 um problema mundial, cujo fim
estaria próximo ("just around the corner"), e defendeu
a reabertura de negócios e de escolas, para que, em
suas palavras, "o remédio não seja pior do que a
doença". Biden, a seu turno, responsabilizou o
presidente pela morte de 220 mil pessoas nos EUA e
criticou-o pela falta de elaboração de um plano
abrangente para o combate à pandemia. Ao afirmar que
os EUA estão prestes a ingressar em um "inverno
sombrio" por conta da Covid-19, o candidato democrata
defendeu mandato nacional para uso de máscaras,
vultosos investimentos para disponibilizar testes
rápidos e recursos para que escolas e empresas possam
reabrir com segurança. Ao contrário do presidente,
admitiu a possibilidade de um novo "lockdown" se assim
recomendarem as autoridades científicas.
Política externa e interferência estrangeira nas
eleições norte-americanas
4. O segmento mais acalorado do debate foi dominado
por acusações recíprocas entre os candidatos,
relativas a possíveis benefícios pessoais obtidos em
negócios com países estrangeiros. O presidente Donald
Trump acusou Biden e sua família, como já fizera no
primeiro debate, de ter recebido US$ 3,5 milhões da
esposa de um ex-prefeito de Moscou Yuri Luzhkov, em
2014 - alegação que consta de relatório publicado pela
Comissão de Segurança Interna do Senado. O presidente
também aludiu a recentes denúncias contra Joe Biden e
seu filho, Hunter, segundo as quais os Biden teriam
usado sua influência para realizar negócios com firmas
ucranianas e chinesas (tel 1940), instando o
ex-vice-presidente a dar explicações ao povo
norte-americano. Biden, em reação, afirmou que jamais
recebeu "sequer um centavo" de qualquer nação
estrangeira e que as acusações relativas às relações
de seu filho Hunter com a empresa ucraniana Burisma
teriam sido desacreditadas no contexto do processo de
"impeachment" contra Trump (tel 1343/2019). Acusou o
advogado pessoal de Trump Rudolph Giuliani, de ser um
"marionete do aparato de desinformação russa". Também
acusou o presidente de ter conta bancária secreta na
China e de lucrar com negócios na Rússia e na China, e
voltou a cobrar a liberação, por Trump, de suas
declarações de imposto de renda.
5. Houve breves interações sobre relações com a China
e a Coreia do Norte. Biden afirmou, como em ocasiões
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 26/10/2020 18:58:48 N.°: 02018
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anteriores, que buscaria formar coalizão de aliados
para obrigar a China a cumprir com seus compromissos
internacionais, ao passo que Trump defendeu suas
políticas para o país asiático, como as pressões por
um acordo comercial e a imposição de tarifas sobre o
aço. No tocante à Coreia do Norte, Trump defendeu suas
boas relações com Kim Jong-un e considerou-as um ativo
para evitar um conflito armado. Já Biden criticou o
presidente por legitimar o regime norte-coreano.
Enfatizou que, caso eleito, só sentaria à mesa de
negociação com o mandatário daquele país se este
assumisse compromisso prévio de reduzir sua capacidade
nuclear.
Acesso à saúde
6. Ao comentar ação judicial de seu governo, sob
apreciação da Suprema Corte, que poderá levar à
revogação do "Affordable Care Act" (ACA, conhecido
como "Obamacare"), Trump afirmou que a parte mais
problemática daquela lei - a obrigatoriedade de
contratação de plano de saúde - já teria sido anulada.
Comprometeu-se a garantir o acesso continuado da
população a cobertura para doenças preexistentes, caso
o ACA seja revogado na Suprema Corte. Biden,
rejeitando a caracterização de seu plano como
"medicina socialista", afirmou que o "Bidencare"
consistirá do "Obamacare" acrescido de uma opção
pública de acesso à saúde. Rejeitou, ainda, a
possibilidade de extinção de planos de saúde privados.
Imigração
7. O debate sobre imigração centrou-se no tema de
separação de crianças de seus familiares na fronteira.
Biden cobrou do presidente solução para o caso das
pouco mais de quinhentas crianças que estariam
acolhidas em centro de detenção provisória e cujo
paradeiro dos pais seria desconhecido. Trump, a seu
turno, afirmou que a política de "construção de
jaulas" e de separação de crianças de seus pais foi
implementada na gestão Obama-Biden, e acusou Biden de
nada ter feito a respeito durante o governo de que
fora parte. Biden admitiu que o governo Obama tardou
em excesso para enviar projeto de reforma imigratória
ao Congresso, e comprometeu-se, caso eleito, a fazê-lo
nos cem primeiros dias de seu governo. Nesse contexto,
afirmou que tenciona definir um "caminho para a
cidadania" para mais de 11 milhões de imigrantes
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 26/10/2020 18:58:48 N.°: 02018
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indocumentados e permitir que imigrantes
indocumentados trazidos aos EUA quando crianças,
chamados de "dreamers" pelo lado democrata, possam
permanecer no país sem risco de deportação.
Racismo
8. Como em outros eventos, Trump repetiu que nenhum
presidente, com a possível exceção de Abraham Lincoln,
teria feito mais pela comunidade negra do que ele.
Citou como realizações de seu governo a reforma da
justiça criminal, o financiamento permanente de
universidades historicamente negras, o programa de
investimentos "Zonas de Oportunidade" e a menor taxa
de desemprego entre populações negras e latinas da
história do país, até o advento da pandemia de
Covid-19 (tel 1615). Biden, por sua vez, disse existir
racismo institucional nos EUA e zombou do paralelo
traçado pelo presidente com Lincoln. Acusou-o de
incitar maior divisão racial no país por meio de
comentários negativos sobre populações não-brancas e
criticou o que qualificou como acenos de Trump a
movimentos supremacistas brancos.
Mudança do clima
9. Trump rejeitou a ideia de "gastar trilhões" e de
sacrificar empregos e empresas por conta do Acordo de
Paris. Ressaltou que, mesmo fora daquele arranjo
multilateral, as emissões de gases de efeito estufa
nos EUA seriam, atualmente, as mais baixas em 35 anos
- em contraste com China e Índia, que são parte do
acordo e teriam "um ar imundo". Já Biden, voltando a
classificar a mudança do clima como ameaça existencial
à humanidade, enfatizou as oportunidades econômicas
que investimentos em energia limpa trariam para a
economia dos EUA. O ex-vice-presidente prometeu o fim
de subsídios às indústrias de petróleo e gás e um
período de transição para o fim do uso dessas fontes
na matriz energética norte-americana. Trump reagiu de
imediato, afirmando: "ouçam bem Texas e Pensilvânia",
em referência a estados em que as eleições
presidenciais devem ser competitivas e cujas economias
são baseadas na exploração de hidrocarbonetos.
Perspectivas
10. Cerca de 63 milhões de pessoas assistiram ao
último debate entre os candidatos à presidência dos
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 26/10/2020 18:58:48 N.°: 02018
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EUA, em comparação com os pouco mais de 73 milhões que
assistiram ao primeiro debate, em fins de setembro. As
pesquisas sobre o desempenho de Trump e Biden no
encontro indicam que este dificilmente deverá alterar,
por si só, a trajetória da corrida eleitoral. Nas
últimas semanas, mesmo eventos de grande impacto
potencial - como o diagnóstico de COVID-19 do
presidente e as novas e graves denúncias contra Joe
Biden e seu filho Hunter - geraram apenas pequenas
flutuações nas pesquisas de intenção de voto e índices
de aprovação dos candidatos. Nesse contexto, salvo
surpresas de última hora, a perspectiva é de uma
corrida eleitoral relativamente estável ao entrar em
sua reta final. Biden segue com vantagem nas pesquisas
nacionais (entre 8 e 10 pontos percentuais), a qual se
reduz para margem mais estreita nos principais
estados-pêndulo (tel 1947). Nesse contexto, qualquer
previsão sobre o resultado do pleito da próxima semana
segue sendo prematura.
Nestor Forster Jr., embaixador
GRR
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 18/11/2020 19:28:45 N.°: 02183
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De Brasemb Washington para Exteriores em 18/11/2020
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DEUA/DPTEC II
DESCR=POIN-EUA
REF/ADIT=TEL 1940,TEL 1461,TEL 1013
CATEG=MG
//
EUA. Política interna. Senado.
"Censura, Supressão e as
Eleições de 2020". Audiência
pública.
//
Nr. 02183
RESUMO=
Informo. Relata audiência pública na Comissão de
Assuntos Judiciários do Senado, intitulada "Censura,
Supressão e as Eleições de 2020", com a participação
dos CEOs do Facebook, Mark Zuckerberg, e do Twitter,
Jack Dorsey, realizada em 17/11.
Realizou-se ontem, 17/11, audiência pública na
Comissão de Assuntos Judiciários do Senado, intitulada
Distribuído em: 18/11/2020 19:28:55 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
Página 2/5
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 18/11/2020 19:28:45 N.°: 02183
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjE4M19jbWFjaGFsYV8xOC8xMS8yMDIw
"Censura, Supressão e as Eleições de 2020", com a
participação dos CEOs do Facebook, Mark Zuckerberg, e
do Twitter, Jack Dorsey. O objetivo da audiência
pública foi discutir o papel das grandes empresas de
mídia social na moderação de conteúdo
político-eleitoral postado por usuários de suas
plataformas. No entanto, o debate foi além do tema
inicialmente proposto e revelou linhas de convergência
e divergência entre republicanos e democratas em
relação às plataformas de mídias sociais.
2. Por um lado, parece existir um consenso amplo,
entre representantes de ambos os partidos, a respeito
da necessidade de atualização das normas que regulam
as atividades de empresas de mídia social, a fim de
melhor refletir a natureza específica de suas
atividades e a sua crescente influência sobre diversos
aspectos da economia, da política, da vida em
sociedade e mesmo da saúde mental da população. Por
outro lado, cada partido prioriza distintos aspectos
do comportamento e da influência de tais empresas,
apresentando visões diametralmente opostas em relação
a políticas de moderação de conteúdo. Os democratas
concentraram-se na atuação tida como insuficiente das
mídias sociais no controle de desinformação e de
notícias falsas. Já os republicanos denotaram
inquietação com os riscos à liberdade de expressão e
com a imunidade de responsabilidade das plataformas
quanto à "editorialização", por parte das empresas, de
conteúdos nelas postados por usuários - como, por
exemplo, a censura ou a inclusão de "etiquetas"
virtuais com alerta sobre o conteúdo postado por
lideranças conservadoras.
3. O tom da crítica às plataformas de redes sociais
foi dado no início da audiência pública pelo
presidente da Comissão de Assuntos Judiciários,
senador Lindsey Graham (R-SC). Ao recordar que o
Twitter censurou, durante 24 horas, reportagem do New
York Post relativa a informações obtidas de computador
pessoal do filho de Joe Biden, Hunter (tel 1940),
Graham afirmou: "não quero que o governo assuma o
poder de dizer ao povo americano quais tuítes são
legítimos ou não, mas quando há companhias com poder
de governo, com muito mais poder que mídias
tradicionais, algo tem de ceder".
4. Senadores republicanos afirmaram haver indícios de
um viés político e ideológico no exercício da
Distribuído em: 18/11/2020 19:28:55 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 18/11/2020 19:28:45 N.°: 02183
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjE4M19jbWFjaGFsYV8xOC8xMS8yMDIw
moderação e censura de conteúdos. O senador Mike Lee
(R-UT), por exemplo, associou a percepção de maior
frequência de edição de conteúdos postados por
políticos e comunicadores conservadores ao perfil dos
funcionários das empresas do Vale do Silício: segundo
Lee, 92% dos funcionários do Facebook e 99% dos
funcionários do Twitter que doaram dinheiro para
campanhas políticas o fizeram para candidatos do
Partido Democrata. Além de Lee, o senador Ted Cruz
(R-TX) solicitou que as empresas forneçam,
oportunamente, informações sobre quantos perfis de
tendência republicana e democrata teriam sido objeto
de moderação de conteúdo, para que se possa cotejar a
possível existência do alegado viés.
5. Os senadores democratas, a seu turno, sugeriram que
Twitter e Facebook não estariam fazendo o suficiente
para combater alegados discurso de ódio e
desinformação em suas plataformas. O líder da minoria
democrata na comissão, senador Richard Blumenthal
(D-CT), mencionou que o Facebook - diferentemente do
Twitter - não suspendeu a conta de Stephen K. Bannon,
que teria sugerido "a decapitação" de Anthony Fauci,
diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças
Infecciosas. Aproveitou sua fala para criticar o
presidente Donald Trump, que estaria disseminando, no
Twitter, "mentiras perversas e teorias da conspiração
[sobre fraudes eleitorais] que contradizem autoridades
eleitorais e seus próprios advogados".
6. Dorsey e Zuckerberg admitiram que a preferência
política de funcionários "em tempo integral" das
empresas, objeto do levantamento citado pelo senador
Lee, tende a ser mais progressista; porém, recordaram
que a moderação de conteúdo não é realizada apenas por
tais funcionários. No caso do Facebook, segundo
Zuckerberg, a moderação e a checagem de fatos passam
por algoritmos (cabendo, em alguns casos, decisão de
moderação baseada exclusivamente em inteligência
artificial), por mais de 35 mil funcionários,
distribuídos pelo mundo, bem como por empresas com
quem o Facebook firmara parceria, como Reuters,
Associated Press, Agência France Presse, USA Today e
PolitiFact.
7. Dorsey, em particular, reconheceu que a censura à
reportagem do New York Post sobre Hunter Biden fora
"um erro", baseado em avaliação preliminar de que as
informações seriam objeto de hackeamento, o que
Distribuído em: 18/11/2020 19:28:55 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 18/11/2020 19:28:45 N.°: 02183
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violaria as políticas e termos de serviço do Twitter.
No processo eleitoral, Dorsey afirmou que 2,2% de
todos os tuítes relativos ao processo eleitoral, entre
27/10 e ontem, receberam algum tipo de "sinalização"
sobre conteúdo. O objetivo dessa sinalização - ora
restringindo seu acesso, ora inserindo "links" às
postagens que direcionam leitores ao "debate público
mais amplo" - seria evitar tentativas de minar a
integridade civil das eleições e conter o espraiamento
de publicações que levassem a informações "incorretas,
manipuladoras ou contenciosas".
8. Zuckerberg e Dorsey reconheceram que o processo de
moderação de conteúdos publicados em suas plataformas
necessita de maior grau de transparência com relação
aos critérios utilizados para censurar ou indicar tais
informações como controversas - algo que já estaria
sendo feito. Ressaltaram que a dinâmica de moderação
de conteúdos é fenômeno recente e que ainda passa por
aprimoramento, pelo que se comprometeram a trabalhar
em conjunto com os parlamentares para abrir
informações, colher sugestões e contribuir com
eventuais atualizações legais sobre o tema. Rejeitaram
a possibilidade de que mídias sociais sejam
equiparadas à imprensa - e, assim, possam ser
responsabilizadas judicialmente pelo conteúdo nelas
publicado -, argumentando tratar-se de um novo setor,
cuja escala demanda medidas legislativas e
regulatórias específicas. Na opinião dos empresários,
a promoção de transparência deveria ser o foco de
qualquer nova medida legal.
9. Restou claro, ao final da audiência, que
parlamentares de ambos os lados do espectro político e
os CEOs do Twitter e do Facebook concordaram em pelo
menos uma ideia-síntese: seria necessário atualizar a
Seção 230 da Lei sobre Decoro nas Comunicações
("Communications Decency Act"), que: i) garante
proteções e imunidades a plataformas de redes sociais
caso algum usuário publique conteúdo ofensivo ou
criminoso - diferentemente de empresas de mídia, como
jornais e revistas, que podem ser processadas caso
conteúdo de tal natureza seja publicado em suas
páginas; e ii) possibilita que as plataformas de redes
sociais moderem conteúdo publicado por usuários, caso
seja de natureza "objetável". Não há consenso,
contudo, sobre que tipo de reforma seria necessária,
prenunciando-se, em 2021, uma disputa entre
democratas, que desejam maior grau de intervenção de
Distribuído em: 18/11/2020 19:28:55 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 18/11/2020 19:28:45 N.°: 02183
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plataformas de redes sociais em conteúdo nelas
publicado, e republicanos, ciosos de percebidas
limitações à liberdade de expressão.
10. Embora a maior parte dos questionamentos de
parlamentares democratas tenha recaído sobre o tema da
moderação de conteúdo, a natureza das intervenções dos
parlamentares ao longo da audiência demonstrou que não
seria essa a prioridade do partido em reformas
legislativas voltadas a plataformas de redes sociais.
A preocupação maior, do lado democrata, consistiria na
concentração oligopolista, na falta de competição e
nas barreiras à entrada de "startups", que confeririam
excessivo poder de mercado e de influência a empresas
como Twitter e Facebook. Nas palavras da senadora Amy
Klobuchar (D-MN), "estamos vendo uma crise nas
startups, estamos vendo cada vez mais fusões e
aquisições, e ao longo da história, vimos que isso não
é bom para pequenos negócios, para os consumidores e
para o capitalismo".
Nestor Forster Jr., embaixador.
GRR
Distribuído em: 18/11/2020 19:28:55 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 18/11/2020 19:28:45 N.°: 02183
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 24/11/2020 12:03:47 N.°: 02215
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De Brasemb Washington para Exteriores em 24/11/2020
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DEUA/DPIND
DESCR=EUA
RTM/CLIC=GRPEUA
CATEG=MG
//
EUA. Eleições presidenciais.
Carta pública de CEOs ao
Presidente Trump. Transição.
//
Nr. 02215
Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados
Unidos da América
RESUMO=
Informo. CEOs de 164 empresas americanas assinam
carta pública instando o Presidente Donald Trump a
dar início a processo de transição no Governo
federal.
Altos executivos de 164 empresas, com sede em Nova
York, assinaram ontem, 23/11, carta pública ao
Presidente Donald Trump instando-o a permitir o início
Distribuído em: 24/11/2020 12:04:08 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 24/11/2020 12:03:47 N.°: 02215
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjIxNV9jbWFjaGFsYV8yNC8xMS8yMDIw
de processo de transição para administração de Joe
Biden/Kamala Harris. Assinaram o documento, entre
outros, os CEOs de grandes grupos empresariais como
BlackRock, Carlyle Group, Mastercard, Visa, MetLife,
AIG, Moody`s, HSBC Bank USA, Goldman Sachs, Guggenheim
Partners, Accenture, Deloitte, Bloomberg, ViacomCBS,
Cushman & Wakefield, PwC, Rockefeller Group, WeWork,
Saks Fifth Ave e Condé Nast.
2. A carta de três parágrafos aborda os seguintes
temas:
- A atenção dos líderes dos setores público e privado
deve se concentrar, neste momento, inteiramente no
combate ao coronavírus, no auxílio àqueles mais
afetados pela pandemia e na recuperação econômica.
- A retenção de recursos e informações para a próxima
administração coloca em risco a saúde e a segurança
econômica da população americana.
- Atrasos na transição política "enfraquecem" a
democracia nos EUA e a estatura do país no plano
internacional.
- O interesse nacional e o respeito pela integridade
do processo democrático requerem que a "General
Services Administration"(GSA) determine ("ascertain")
a vitória da chapa Biden-Harris, permitindo o início
de uma transição política.
3. Reproduzo, a seguir, o teor da carta pública dos
executivos:
"164 New York business leaders urge the Trump
Administration to Move Forward with Transition
Open Letter on Presidential Transition
America is being ravaged by a deadly pandemic with
enormous social and economic consequences. The
attention and energy of public and private sector
leaders should be entirely focused on uniting our
country to fight the coronavirus, provide aid to those
in need, prevent further business disruption and loss
of jobs, and invest in our economic recovery and
revitalization.
Every day that an orderly presidential transition
Distribuído em: 24/11/2020 12:04:08 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 24/11/2020 12:03:47 N.°: 02215
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjIxNV9jbWFjaGFsYV8yNC8xMS8yMDIw
process is delayed, our democracy grows weaker in the
eyes of our own citizens and the nation`s stature on
the global stage is diminished.Our national interest
and respect for the integrity of our democratic
process requires that the administrator of the federal
General Services Administration immediately ascertain
that Joseph R. Biden and Kamala D.Harris are the
president-elect and vice president- elect so that a
proper transition can begin. Withholding resources and
vital information from an incoming administration puts
the public and economic health and security of America
at risk.
As business and civic leaders who reflect the
political diversity of the country, we urge respect
for the democratic process and unified support for our
duly elected leadership. There is not a moment to
waste in the battle against the pandemic and for the
recovery and healing of our nation to begin".
Nestor Forster Jr., embaixador
ANM/LFVP
.
Distribuído em: 24/11/2020 12:04:08 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 24/11/2020 12:03:47 N.°: 02215
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjIxNV9jbWFjaGFsYV8yNC8xMS8yMDIw
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 03/10/2020 12:20:55 N.°: 01880
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg4MF9jbWFjaGFsYV8wMy8xMC8yMDIw
De Brasemb Washington para Exteriores em 03/10/2020
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DEUA/DCID
DESCR=EUA-POIN
RTM/CLIC=GRPEUA
REF/ADIT=TEL 1853,TEL 1833,TEL 1832
CATEG=MG
//
EUA. Política interna.
Presidente Donald Trump.
Diagnóstico de COVID-19.
Impacto na campanha.
//
Nr. 01880
Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados
Unidos da América
RESUMO=
Informo. Presidente Donald Trump e primeira-dama
Melania Trump testam positivo para COVID-19.
Confirmação adiciona elemento de incerteza adicional
à corrida eleitoral. Campanha presencial do
presidente é suspensa por tempo indeterminado e há
dúvidas sobre realização do próximo debate na data
prevista (15/10). Pandemia de COVID-19 poderá voltar
ao centro do debate político-eleitoral.
Distribuído em: 03/10/2020 12:22:05 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
Página 2/3
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 03/10/2020 12:20:55 N.°: 01880
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg4MF9jbWFjaGFsYV8wMy8xMC8yMDIw
O presidente Donald Trump anunciou, na madrugada desta
sexta-feira (2/10), que ele e a primeira-dama, Melania
Trump, testaram positivo para COVID-19.
Colaboradoras próximas do presidente também receberam
diagnóstico positivo para o vírus, como sua assessora
especial, Hope Hicks, e a presidente do Comitê
Nacional Republicano, Ronna McDaniel. Ambas
acompanharam o presidente em seu mais recente comício,
realizado na cidade de Duluth (Minnesota), na
quarta-feira (2/10).
2. A convalescência do presidente introduz elemento de
incerteza na corrida eleitoral. Não há registro
histórico de presidente que tenha enfrentado problema
de saúde em momento tão próximo às eleições. Como
impacto político-eleitoral de curto prazo, o
presidente terá de suspender suas atividades
presenciais de campanha em momento crucial, a apenas
32 dias do dia das eleições gerais, quando a maioria
dos estados já iniciou processo de votação antecipada.
Desde o início de setembro, o presidente havia voltado
a realizar comícios - sua estratégia de preferência
para a mobilização de sua base eleitoral -, quase que
diariamente, em estados-pêndulo. Os eventos de
campanha presenciais passarão a ser protagonizados
pelo vice-presidente Mike Pence, que testou negativo
para o vírus na manhã de hoje. Há dúvida, ainda, sobre
a realização de novo debate presencial entre os
candidatos, agendado para 15/10, em Miami. A
realização de novo debate já se encontrava em risco,
diante da recusa pela campanha do presidente, na noite
de ontem (1/10) de aceitar novas regras para o evento
(tel 1853).
3. O diagnóstico de Trump também tenderá a afetar a
campanha de Joe Biden, que esteve em contato próximo
com o presidente e a primeira-dama no debate realizado
na noite de terça-feira, 29/9. Biden vinha realizando
maior número de viagens e eventos presenciais nas
últimas semanas, após manter, ao longo do verão, sua
campanha em bases essencialmente digitais (tel 1300).
Devido à idade avançada (78 anos), poderão ser
renovados os incentivos para que Biden reduza o ritmo
de eventos que possam expô-lo à contaminação pelo
vírus. No momento, contudo, a campanha do
ex-vice-presidente declara, a princípio, "não ter
Distribuído em: 03/10/2020 12:22:05 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 03/10/2020 12:20:55 N.°: 01880
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg4MF9jbWFjaGFsYV8wMy8xMC8yMDIw
planos de reduzir o ritmo da campanha", à luz do
diagnóstico negativo que Biden recebeu para COVID-19
no início da tarde de hoje.
4. A atenção pública passará a concentrar-se na
recuperação do presidente, o que trará a pandemia de
COVID-19 novamente ao centro do debate
político-eleitoral. Embora a crise sanitária e
econômica causada pelo vírus nunca tenha deixado de
ser um dos principais focos de atenção do eleitorado,
nas últimas semanas outros temas haviam alcançado
protagonismo, como o processo de nomeação de Amy Coney
Barrett para a Suprema Corte (tel 1833) e os riscos à
higidez do processo eleitoral (tel 1832). De acordo
com médias de pesquisas (FiveThirtyEight), 56,5% da
população desaprova a gestão da pandemia de COVID-19
pelo presidente Trump e 40,4% a aprovam, índices que
se têm mantido estáveis desde maio.
5. O diagnóstico do presidente também poderá ter
impactos no funcionamento do Senado, que se prepara
para o processo de confirmação de Barrett, em dez
dias. Aumentam pressões pelo uso de testes rápidos
para detecção de COVID-19 e obrigatoriedade de uso de
máscaras no Capitólio. Na manhã de hoje, o senador
Mike Lee (R-UT) também recebeu diagnóstico positivo
para o vírus, o que tende a afastar o senador
republicano do processo inicial de confirmação. Mesmo
à luz do caso, o líder da maioria republicana, senador
Mitch McConnell, tenciona manter o calendário de
sabatina de Barrett, mas disse que "está revendo as
precauções de segurança".
Nestor Forster Jr., encarregado de negócios, a.i.
GRR
Distribuído em: 03/10/2020 12:22:05 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
Página 1/1
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 03/10/2020 12:20:55 N.°: 01880
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Página 1/5
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:50:37 N.°: 01908
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De Brasemb Washington para Exteriores em 09/10/2020
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DEUA/DCH II
DESCR=EUA-POIN
RTM/CLIC=GRPEUA
REF/ADIT=TEL 1853,TEL 1833
CATEG=MG
//
EUA. Política interna.
Eleições presidenciais de
2020. Debate entre os
candidatos à vice-presidência
(7/10).
//
Nr. 01908
Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados
Unidos da América
RESUMO=
Informo. Relata o único debate entre os candidatos à
vice-presidência dos EUA, Mike Pence e Kamala Harris.
A interação respeitosa entre os participantes
contrastou com o tom adotado no primeiro debate entre
os cabeças de chapa. Apesar de oferecer oportunidade
para que o eleitorado pudesse comparar as plataformas
políticas de ambas as candidaturas, o evento não
deverá alterar a trajetória da corrida presidencial.
Distribuído em: 09/10/2020 17:51:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
Página 2/5
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:50:37 N.°: 01908
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Realizou-se, na noite de 7/10, na cidade de Salt Lake
City, em Utah, o primeiro e único debate entre os
candidatos à vice-presidência dos Estados Unidos: o
vice-presidente Mike Pence, que concorre à reeleição
pela chapa republicana, e a senadora Kamala Harris,
representante da cédula democrata.
2. Em meio à excepcionalidade das condições que
permeiam o atual panorama político norte-americano, o
debate entre os vice-presidentes foi enaltecido por
ter representado um exemplo de "normalidade" na
corrida eleitoral ora em curso. Se no debate
presidencial teria faltado decoro na avaliação de
analistas (tel 1853), o tom adotado pelos candidatos à
vice-presidência e a firme atitude da moderadora
(Susan Page, do "USA Today") permitiram uma discussão
substantiva, que terá favorecido a comparação entre as
respectivas plataformas políticas. Tais condições
permitiram que, por um lado, Pence avançasse a
estratégia republicana de retratar o programa
democrata como "demasiadamente esquerdista" e, por
outro, que Harris buscasse enquadrar as eleições de
novembro como um "referendo" à atual administração,
atacando-a por suas escolhas políticas.
Economia
3. Nas palavras de Kamala Harris, os programas
econômicos constituem a diferença "mais fundamental"
entre o presidente Donald Trump e o ex-vice-presidente
Joe Biden. Ao buscar caracterizar o atual presidente
como defensor dos interesses do grande capital, Harris
afirmou que, caso a chapa democrata vença as eleições,
"no primeiro dia, Joe Biden vai acabar" com a ampla
reforma tributária promulgada por Trump em 2017. Por
sua vez, Pence esclareceu que a referida reforma gerou
significativo aumento da renda disponível para a
família americana de classe média. A esse respeito,
afirmou: "vocês escutaram - no primeiro dia, Joe Biden
aumentará seus impostos". Após considerar o programa
democrata como sinônimo de "mais impostos, mais
regulações e entreguismo para a China", vaticinou: "a
economia americana estará na cédula nas próximas
eleições".
Distribuído em: 09/10/2020 17:51:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
Página 3/5
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:50:37 N.°: 01908
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwOF9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw
A pandemia de COVID-19
4. Talvez em seu momento de maior destaque durante o
debate, Harris repisou as críticas democratas ao
manejo da pandemia de COVID-19 por parte da atual
administração, o qual representaria, segundo ela, "o
maior fracasso de qualquer governo na história de
nosso país". Acusou Trump e Pence (à frente da
força-tarefa governamental em resposta ao coronavírus)
de conhecerem os riscos envolvidos e as possibilidades
de transmissão da doença desde 28 de janeiro, mas
terem optado por informar a população apenas em 13 de
março. Pence, por seu turno, defendeu a resposta
governamental frente à pandemia, em particular a
proibição de entrada de viajantes chineses adotada nos
últimos dias de janeiro e o esforços para a produção
de uma vacina.
Justiça norte-americana
5. Em linha com suas manifestações prévias sobre o
assunto, Pence defendeu e Harris criticou a tentativa
de aprovação, neste momento, do nome de Amy Coney
Barrett para a Suprema Corte dos Estados Unidos (tel
1833). Ao defender a reforma do aparato policial e da
justiça criminal, Harris afirmou que "não aceita a
violência, mas que sempre lutará por seus direitos".
Em contraste, Pence atacou a ideia de que existiria um
"racismo sistêmico" nos Estados Unidos e reafirmou sua
crença no sistema judicial deste país. Ao diferenciar
os casos das mortes de Breonna Taylor e de George
Floyd, ponderou "não haver desculpa para o que
aconteceu com Floyd, mas tampouco há desculpa para
motins e saqueadores".
Respostas evasivas
6. Tal como no debate entre os candidatos à
presidência, foram reveladoras as perguntas que os
candidatos se recusaram a responder. Assim como Biden
havia feito naquela ocasião, Harris recusou-se a
posicionar-se sobre eventual apoio à ampliação do
número de juízes na Suprema Corte, proposta que ganha
tração em parte do Partido Democrata na esteira do
processo de nomeação de Amy Coney Barrett para a vaga
da ex-magistrada Ruth Bader Ginsburg. Também se
recusou a indicar diferenças entre o programa
ambiental da chapa democrata e o "Green New Deal"
avançado por suas alas mais radicais, embora tenha
Distribuído em: 09/10/2020 17:51:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
Página 4/5
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:50:37 N.°: 01908
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwOF9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw
sido questionada a respeito tanto pela moderadora
quanto por seu oponente. Pence, por sua vez, deixou de
responder perguntas sobre como uma segunda
administração Trump ofereceria cobertura de saúde a
americanos com "condições pré-existentes" caso o
"Affordable Care Act" (popularmente conhecido como
"Obamacare") venha a ser considerado inconstitucional
pela Suprema Corte (tel 1833). Os candidatos também
tergiversaram sobre eventuais conversas com seus
colegas de chapa sobre a possibilidade de assumirem o
cargo nas hipóteses de falecimento ou incapacidade
daqueles.
China
7. Sobressaiu, ainda, a ausência de resposta direta de
ambos à pergunta da moderadora sobre "a melhor maneira
de descrever as relações dos Estados Unidos com a
China: competidores, adversários ou inimigos?". Apesar
de evitarem semelhante caracterização, a China foi o
centro do debate relativo à política externa. Como tem
sido praxe na cúpula governamental estadunidense,
Pence responsabilizou a China pela disseminação do
coronavírus e realizou defesa da postura de
enfrentamento frente à segunda maior economia do
mundo, sobretudo na área comercial ("guerra
tarifária"). Adicionalmente, buscou representar Biden
como um admirador ("cheerleader") do Partido Comunista
Chinês. Harris, por sua vez, centrou as críticas na
abordagem do governo Trump em relação a Pequim, a qual
teria "custado vidas, empregos e prestígio
internacional" aos Estados Unidos.
Imigração
8. Além das perguntas sem respostas, outro ponto que
chamou a atenção de analistas foi a ausência de
referências a dossiês que, no passado recente, tinham
elevado apelo popular. Exemplo foi a temática
migratória, apontada como um dos elementos definidores
da disputa eleitoral de 2016 e que, até o momento, não
foi objeto de qualquer menção nos debates
televisionados deste ano, tanto dos candidatos a
presidente quanto a vice.
Alcance do debate
9. Com 58 milhões de telespectadores, o debate entre
os vice-presidentes realizado na última quarta-feira
Distribuído em: 09/10/2020 17:51:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:50:37 N.°: 01908
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despertou maior interesse do que em edições
anteriores, tendo sido superado apenas pelo debate
entre os então candidatos a vice-presidente Joe Biden
e Sarah Palin em 2008. Ao menos três fatores
contribuem para explicar a atenção conferida ao embate
Pence-Harris: a incerteza quanto à realização de novos
debates entre os cabeças-de-chapa, a avançada idade
dos candidatos à presidência (ambos septuagenários) e
os riscos inerentes à pandemia da COVID-19. Segundo
analistas, contudo, a maioria do eleitorado tende a
não tomar sua decisão de voto baseada nos debates
entre candidatos à vice-presidência e, a apenas 24
dias das eleições, as preferências eleitorais já
estariam firmemente estabelecidas (tel 1735).
Nestor Forster Jr., embaixador
CGCFV
Distribuído em: 09/10/2020 17:51:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
Página 1/1
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:50:37 N.°: 01908
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwOF9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw
Página 1/5
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:38:38 N.°: 01906
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwNl9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw
De Brasemb Washington para Exteriores em 09/10/2020
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DEUA/DAM III/DCH II
DESCR=PEXT-BRAS-EUA
RTM=CHNBREM
REF/ADIT=TEL 1821,TEL 1526,TEL 1509
CATEG=MG
//
Brasil-EUA. Eleições
norte-americanas. Perspectivas
para as relações bilaterais.
Evento do Wilson Center.
//
Nr. 01906
Retransmissão automática para Brasemb Pequim
RESUMO=
Relata evento organizado pelo Wilson Center sobre
potenciais consequências das eleições
norte-americanas para as relações Brasil-Estados
Unidos.
O Wilson Center realizou, em 6/10, seminário virtual
sobre as potenciais consequências das eleições
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norte-americanas para as relações Brasil-Estados
Unidos. Intitulado "Trump or Biden: What Will it Mean
for Brazil and Bolsonaro?", o evento contou com a
participação de Ricardo Mendes, sócio-gerente da
Prospectiva Consultoria, de Brian Winter, editor da
revista "Americas Quarterly", e de Patrícia Campos
Mello, repórter da Folha de São Paulo. O moderador foi
Ricardo Zúñiga, diretor interino do Instituto Brasil
daquele centro de estudos.
2. O colóquio foi aberto com a submissão aos
painelistas de duas perguntas previamente enviadas por
mim, a convite do Wilson Center, àquela instituição:
(i) quais aspectos do relacionamento bilateral
deveriam permanecer robustos, independentemente dos
resultados eleitorais; e (ii) quais dos avanços
concretos obtidos nos últimos dois anos deveriam ter
efeitos mais duradouros para as relações bilaterais. A
gentileza da nova direção do Wilson Center, ao
convidar a Embaixada a participar com questões logo no
início, favoreceu que o debate tenha sido, em grande
medida, orientado à discussão de temas estruturantes
das relações bilaterais, a exemplo (i) do lastro
histórico que ampara as relações Brasil-Estados
Unidos, (ii) do vigor da interação entre os setores
privados de ambos os países, (iii) do interesse comum
em prol da restauração democrática na Venezuela e (d)
da discussão sobre os modelos de engajamento com a
China.
3. Coube a Ricardo Mendes sublinhar que "a maior parte
da agenda bilateral seguirá vigente, independentemente
de quem vença as eleições" nos Estados Unidos, devido
às "históricas e estáveis" relações bilaterais, à
"permanência de interesses e valores compartilhados" e
à "densa e madura" rede estabelecida entre
representantes dos setores privados brasileiro e
estadunidense. Aquele analista afirmou esperar avanços
nas áreas econômico-comercial (no que chamou de "the
improving landscape agenda"), de segurança e de
cooperação financeira. Devido à "desafiadora situação
fiscal" que se antevê para os próximos anos, Mendes
considerou ser a disponibilização de mecanismos de
financiamento de projetos a "chave" para o
fortalecimento das relações bilaterais.
4. Brian Winter, por sua vez, assinalou o "grande
entusiasmo" com as relações bilaterais durante os
governos dos presidentes Donald Trump e Jair
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Bolsonaro, que geraria um ímpeto de realização ("get
things done"). Considerou injustas as críticas de que
o atual momento poderia ser descrito como "uma amizade
em busca de uma agenda", elencando os progressos
alcançados nos últimos dois anos, como a assinatura e
posterior promulgação do Acordo de Salvaguardas
Tecnológicas, o firme apoio norte-americano à acessão
brasileira à OCDE, a designação do Brasil como Aliado
Prioritário Extra-OTAN, bem como os atuais avanços na
agenda comercial. A esse respeito, comentou a
expectativa de que haja um "significativo" acordo
comercial entre Brasil e Estados Unidos no caso de
reeleição do atual presidente estadunidense.
5. Patrícia Campos Mello considerou que,
independentemente de eventuais alterações nas
dinâmicas internas de cada país, interessaria aos
Estados Unidos a manutenção das linhas de convergência
com a política brasileira em relação à China e à
Venezuela. Ao recordar que as sanções contra o regime
venezuelano tiveram início ainda durante o governo do
presidente Barack Obama, avaliou que eventual
administração Biden não deverá alterar
substancialmente a atual política estadunidense para
aquele país sul-americano. Apesar de considerar que o
Brasil poderia aprimorar sua política externa em
relação à Venezuela, Campos Mello ressaltou seu
"orgulho" pela exemplar acolhida, pelo governo
brasileiro, de refugiados venezuelanos.
6. Ricardo Mendes avançou a tese de que a preocupação
com o envolvimento da China no hemisfério ocidental
deve favorecer a relação entre os Estados Unidos e o
Brasil, independentemente de quem venha a ocupar a
Casa Branca. Ponderou, no entanto, que a
diversificação de parcerias - "inclusive na área
militar" - constitui eixo tradicional da inserção
internacional brasileira e que o Brasil permaneceria
"aberto a negócios" com a China. Em suas palavras, a
dependência de capital externo por parte do Brasil
impede-o de ser "demasiadamente exigente" na escolha
de seus parceiros.
7. Na avaliação de Brian Winter, a evolução no
posicionamento do Partido Democrata em relação àquela
potência asiática teria permitido o atual consenso
bipartidário neste país de que "a China é considerada
um rival, para não dizer uma ameaça". No Brasil, por
sua vez, "o poder é mais difuso" e a relação com a
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China seria "mais complexa", por envolver diferentes
grupos de interesse, muitos dos quais com perspectivas
e projetos nem sempre convergentes. Aquele analista
procurou ilustrar com dados a importância da China
para o comércio exterior brasileiro: no acumulado do
ano, as exportações brasileiras para a China são 3,5
vezes maiores do que aquelas para os EUA, sendo que
apenas as vendas de soja àquele país asiático (US$
19,8 bilhões) superam a soma de todas as exportações
brasileiras para os Estados Unidos (US$ 15,1 bilhões).
Ao alertar para a diferença no nível de valor agregado
dos produtos da pauta exportadora brasileira para os
Estados Unidos e para a China, o moderador, Ricardo
Zúñiga, considerou que a esperada relocalização de
empresas instaladas na Ásia para países das Américas
("nearshoring") pode representar uma "oportunidade
real" para o Brasil.
8. A respeito da disputa geopolítica envolvendo a
adoção da tecnologia 5G, Patrícia Campos Mello aludiu
à possibilidade de que o Brasil venha a adotar o
"modelo indiano", que busca excluir, de fato e não "de
jure", a participação de empresas chinesas na
infraestrutura dessa tecnologia. Não deixou de
criticar, ademais, a abordagem norte-americana em
relação a essa questão. Sob sua perspectiva, os EUA
vinham oferecendo a seus parceiros "just sticks and no
carrots", embora agora sinalizem que poderão oferecer
alternativas mais atraentes, com o potencial
envolvimento da "International Development Finance
Corporation" (DFC). A esse respeito, Brian Winter
aludiu à possibilidade de que a decisão brasileira
sobre a rede 5G poderá vir a ser influenciada pelos
resultados das eleições norte-americanas.
9. Conforme esperado, também foram abordados
desenvolvimentos que poderiam tornar mais complexa a
manutenção da notável sintonia no mais alto nível das
relações bilaterais em caso de uma hipotética
presidência democrata. Para Patrícia Campos Mello, os
potenciais pontos de fricção neste cenário adviriam da
identificação entre os presidentes Jair Bolsonaro e
Donald Trump e das diferenças de abordagem na
implementação de políticas ambientais e de proteção
aos direitos humanos. Para Ricardo Mendes, o
presidente Bolsonaro tem-se mostrado "muito
pragmático" e disposto a alterar algumas de suas
políticas, mas dificilmente alteraria "sua forma de
pensar a Amazônia como uma região a ser desenvolvida",
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tendo sublinhado "o elemento nacionalista" subjacente
a esse tema.
10. Brian Winter reconheceu ter havido uma "evolução"
na postura do governo brasileiro no tratamento público
da questão ambiental, do que seria prova o inédito
emprego das Forças Armadas no combate às queimadas em
território nacional. Considerou, não obstante, que "a
questão amazônica" seria a única com o potencial de
"ganhar importância" em eventual governo democrata e
"contaminar" o excelente estado das relações
bilaterais. Segundo ele, o risco não viria do próprio
ex-vice-presidente Joe Biden, que, "ao menos no
começo, buscaria manter relações cordiais com o
presidente Bolsonaro". Em sua avaliação, as relações
bilaterais passariam por "problemas" caso dinâmicas de
política interna venham a ser incorporadas às
considerações de política externa norte-americana e o
Brasil passe a ser "alvo" das alas mais progressistas
do Partido Democrata ("if Alexandria Ocasio-Cortez
starts tweeting about Bolsonaro, the relationship will
be in trouble"). Nesse cenário, Winter avaliou que a
melhor maneira de preservar abertas as avenidas de
cooperação existentes entre o Brasil e os Estados
Unidos seria "tentar baixar a temperatura" e "evitar
entrar em confrontos verbais".
11. A íntegra do evento encontra-se disponível em
https://bit.ly/34AKIsQ.
Nestor Forster Jr., embaixador
CGCFV
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:38:38 N.°: 01906
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 04/11/2020 19:10:32 N.°: 02088
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De Brasemb Washington para Exteriores em 04/11/2020
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DEUA
DESCR=POIN-EUA
RTM/CLIC=GRPEUA
REF/ADIT=TEL 2067,TEL 2054,TEL 1947
CATEG=MG
//
EUA. Política interna.
Eleições presidenciais de
2020. Situação preliminar em
04/11.
//
Nr. 02088
Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados
Unidos da América
RESUMO=
Informo. Disputa presidencial segue indefinida.
Resultado dependerá de Arizona, Nevada, Geórgia,
Michigan, Wisconsin e Pensilvânia. Pesquisas
fracassam em delinear corretamente cenário eleitoral.
No Senado, republicanos são favoritos para manter o
controle. Na Câmara, democratas devem manter a
maioria, mas aumento de assentos republicanos é
cenário provável.
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Página 2/6
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 04/11/2020 19:10:32 N.°: 02088
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As eleições presidenciais de 2020 confirmaram-se como
a disputa mais acirrada desde o ano 2000, quando
George W. Bush venceu Al Gore por 271 votos a 269 no
Colégio Eleitoral. Mais de 12 horas após o fechamento
das últimas urnas no país, não há resultado conclusivo
em qualquer das principais corridas eleitorais
(presidência, Senado e Câmara dos Deputados).
PRESIDÊNCIA
2. Até o início da tarde de hoje (4/11), nenhum dos
dois candidatos à presidência atingiu os 270 votos
necessários no Colégio Eleitoral. As disputas
continuam em aberto em sete estados: Alasca, Arizona,
Carolina do Norte, Nevada, Geórgia, Michigan e
Pensilvânia (que juntos totalizam 87 votos no Colégio
Eleitoral ainda em aberto). Em Wisconsin, estado
vencido por Joe Biden após a finalização da apuração,
haverá recontagem de votos, por solicitação da
campanha do presidente Trump, uma vez que a diferença
entre os candidatos foi inferior a 1%. Até o momento,
segundo a Associated Press, o candidato democrata à
presidência, Joe Biden, soma 248 votos no Colégio
Eleitoral contra 214 do presidente Donald Trump. O
cômputo da Associated Press, já inclui, apesar da
indefinição, o Arizona (com seus 11 votos eleitorais)
como vencido por Biden.
3. O caminho para a vitória, ainda possível para ambos
os candidatos, depende agora da apuração de votos
recebidos pelo correio em seis estados (dá-se como
certa a vitória de Trump no Alasca):
- Arizona (11 votos no Colégio Eleitoral): apesar de
alguns veículos de imprensa (como a Fox News, a
Associated Press e a NBC) terem considerado Biden como
vencedor no estado, a disputa segue em aberto, com 86%
dos votos apurados. Biden lidera com 51%, contra 47,6%
do presidente. Restam, em maioria, votos recebidos
pelo correio a apurar, modalidade até agora com maior
peso de participação democrata - razão pela qual se
atribui a Biden algum favoritismo para vencer o
estado. É provável que o resultado seja totalizado
ainda hoje;
- Carolina do Norte (15 votos no Colégio Eleitoral):
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 04/11/2020 19:10:32 N.°: 02088
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com 95% dos votos apurados, restam apenas votos pelo
correio a serem apurados (que serão aceitos pelo
estado até o dia 12/11). O presidente Trump lidera com
50,1% dos votos, contra 48,7% de Joe Biden. Mesmo à
luz da pendência na apuração, analistas consideram que
Biden terá dificuldade em superar a vantagem do
presidente Trump;
- Geórgia (16 votos no Colégio Eleitoral): com 93% dos
votos apurados, Trump lidera (50,3% a 48,5%). Apesar
da vantagem do presidente, a disputa segue indefinida,
uma vez que a maior parte dos votos ainda não
contabilizados advém da região metropolitana de
Atlanta, com maior peso do eleitorado democrata.
Espera-se possível anúncio do resultado no estado
ainda hoje;
- Michigan (16 votos no Colégio Eleitoral): com 94%
das urnas apuradas, Biden lidera com 49,6%, contra
48,7% do presidente Trump. Como na Geórgia, Biden
segue com chances no estado, já que a maior parte dos
votos pelo correio (expediente usado sobretudo pelo
eleitorado democrata) a serem apurados são da região
metropolitana de Detroit, e tendem a favorecer o
ex-vice-presidente. De acordo com o governo do estado,
"espera-se um resultado claro, senão final, até a
noite de hoje";
- Nevada (seis votos no Colégio Eleitoral): com 86%
dos votos estimados apurados, Biden (49,3%) está
ligeiramente à frente de Trump (48,7%). Todos os votos
presenciais já foram apurados, restando apenas votos
enviados pelo correio. Não são esperados novos
resultados de apuração até o início da tarde de
quinta-feira (5/11);
- Pensilvânia (20 votos no Colégio Eleitoral): de mais
lenta apuração entre os estados mais competitivos, tem
80% das urnas apuradas, com ampla, porém decrescente,
vantagem do presidente (53,4% a 45,2%). A maioria dos
votos pendentes são de regiões metropolitanas, de
maioria democrata, mas há também votos não
contabilizados de regiões de tendência republicana, o
que prenuncia mais uma possível disputa voto a voto. O
governo do estado afirmou na manhã de hoje haver
"milhões de votos" ainda por apurar. Não é esperado um
resultado final antes da próxima sexta-feira (6/11);
4. Com a provável vitória de Trump no Alasca e na
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 04/11/2020 19:10:32 N.°: 02088
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Carolina do Norte (que o levariam a 231 votos no
Colégio Eleitoral), e a de Biden no Arizona (chegando
como indicado acima a 248 votos), estima-se que a
reeleição do presidente dependeria de êxito em todos
os quatro estados mais disputados: Michigan, Geórgia,
Nevada e Pensilvânia. Já Biden teria mais caminhos em
aberto, a depender da combinação de dois a três desses
estados. Em cenário de acirrada disputa e exíguas
margens, a campanha do presidente Donald Trump
prepara-se para a possibilidade de solicitar a
recontagem de votos nestes e em outros estados, a
exemplo do que ocorrerá em Wisconsin.
5. Os resultados acima, embora preliminares, indicam
que as pesquisas eleitorais, assim como em 2016,
falharam, uma vez mais, em delinear corretamente o
cenário eleitoral. Se na eleição passada as pesquisas
foram relativamente precisas na indicação do resultado
no voto popular, dentro da margem de erro (2,1% de
vantagem para Hillary Clinton), agora o desvio é muito
superior: as médias das pesquisas indicavam 8,4% de
vantagem para Biden, que, no momento, encontra-se,
somente 2,1% à frente de Trump no voto popular.
Equívoco da mesma ordem de grandeza ocorreu na
Flórida, onde uma melhora no desempenho do presidente
Donald Trump de cerca de 20% entre eleitores latinos
(de ascendência cubana, colombiana e venezuelana,
sobretudo na região de Miami) garantiu a vitória no
maior estado-pêndulo do país com 3,4% de vantagem
(contra vantagem de 2,5% prevista para Biden, pela
média das pesquisas às vésperas do pleito). Pode-se
antecipar, mesmo antes de totalizados os resultados,
que haverá renovado escrutínio sobre as pesquisas como
método primordial para projeções político-eleitorais
neste país.
6. Ambos os candidatos à presidência manifestaram-se
durante a madrugada de hoje. Joe Biden, em sua breve
alocução, afirmou estar "no caminho para vencer as
eleições" e mostrou-se otimista, defendendo que "todos
os votos sejam contados". Já o presidente Donald
Trump, também demonstrando confiança em um resultado
favorável, indicou que questionará o seguimento de
contagem de votos recebidos pelo correio. Em
manifestação, censurada pelo Twitter, na madrugada de
ontem, Trump afirmou que "estamos à frente, mas estão
tentando roubar as eleições" e criticou a
possibilidade de que votos "sejam depositados" após o
fechamento das urnas.
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SENADO
7. A disputa pela maioria do Senado também segue
indefinida, embora esteja claro - diferentemente do
previsto por analistas tradicionais - que os
republicanos são os favoritos para manter o controle
daquela Casa. Até a manhã de hoje, 5 das 35 disputas
seguiam indefinidas.
8. Os principais resultados, que implicam mudança de
partido no controle de assento senatorial, ocorreram,
como esperado, no Arizona, Colorado e Alabama (tel
2054). No Arizona, o ex-astronauta Mark Kelly venceu
contra a senadora republicana, Martha McSally. No
Colorado, o governador John Hickenlooper prevaleceu na
disputa contra o senador Cory Gardner. Já no Alabama,
o republicano Tommy Tuberville venceu a disputa contra
o senador democrata Doug Jones.
9. Nas demais corridas principais, a tendência é de
manutenção dos assentos republicanos. Confirmou-se a
reeleição de senadores republicano em Iowa (Joni
Ernst), Montana (Steve Daines) e Maine (Susan
Collins). Na Carolina do Norte, o senador republicano
Thom Tillis está em vantagem, embora ainda não tenha
sido concluída a apuração. Nas duas disputas em curso
na Geórgia, há diferentes resultados: o republicano
David Perdue poderá ser reeleito em primeiro turno; na
disputa pelo segundo assento, a senadora republicana
Kelly Loeffler concorrerá em segundo turno com o
candidato democrata, o pastor Raphael Warnock, em
janeiro de 2021. Em Michigan, o republicano John James
encontra-se em disputa acirrada com o senador Gary
Peters.
10. No momento com 48 assentos, com cinco ainda
indefinidos, uma maioria democrata no Senado (51
assentos) dependeria: i) de uma vitória no segundo
turno da eleição na Geórgia, em janeiro; ii) da
manutenção do assento em Michigan; ii) de uma virada
na Carolina do Norte; de uma melhora na posição do
candidato democrata, Jon Ossof, na Geórgia, a fim de
forçar um segundo turno contra David Perdue; e iv) de
uma, no momento, improvável vitória na disputa do
Senado do Alasca. Caso Biden vença as eleições, a
prerrogativa de "voto de Minerva" que sua vice, Kamala
Harris, teria na condição de presidente do Senado,
demandaria a obtenção de apenas três assentos - o que
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também é improvável, no momento.
CÂMARA DOS DEPUTADOS
11. Embora menos otimista que as projeções iniciais,
estima-se que os democratas manterão a maioria da
Câmara dos Deputados. Porém, não é mais descartado que
os democratas tenham uma perda líquida em relação aos
232 assentos que controlam na atual legislatura.
Nestor Forster Jr., embaixador
GRR
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 12:51:41 N.°: 02090
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5MF9jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw
De Brasemb Washington para Exteriores em 05/11/2020
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DEUA
DESCR=POIN-EUA
RTM/CLIC=GRPEUA
REF/ADIT=TEL 2088,TEL 2067,TEL 2054
CATEG=MG
//
EUA. Política interna.
Eleições presidenciais de
2020. Situação preliminar em
04/11.
//
Nr. 02090
Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados
Unidos da América
RESUMO=
Informo. Disputa presidencial segue indefinida.
Resultado dependerá de Arizona, Nevada, Geórgia,
Michigan, Wisconsin e Pensilvânia. Pesquisas
fracassam em delinear corretamente cenário eleitoral.
No Senado, republicanos são favoritos para manter o
controle. Na Câmara, democratas devem manter a
maioria, mas aumento de assentos republicanos é
cenário provável.
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 12:51:41 N.°: 02090
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REPETIÇÃO PARA CORREÇÃO DE TEXTO
As eleições presidenciais de 2020 confirmaram-se como
a disputa mais acirrada desde o ano 2000, quando
George E. Bush venceu Al Gore por 271 votos a 266 no
Colégio Eleitoral. Mais de 12 horas após o fechamento
das últimas urnas no país, não há resultado conclusivo
em qualquer das principais corridas eleitorais
(presidência, Senado e Câmara dos Deputados).
PRESIDÊNCIA
2. Até o início da tarde de hoje (4/11), nenhum dos
dois candidatos à presidência atingiu os 270 votos
necessários no Colégio Eleitoral. As disputas
continuam em aberto em sete estados: Alasca, Arizona,
Carolina do Norte, Nevada, Geórgia, Michigan e
Pensilvânia (que juntos totalizam 87 votos no Colégio
Eleitoral ainda em aberto). Em Wisconsin, estado
vencido por Joe Biden após a finalização da apuração,
haverá recontagem de votos, por solicitação da
campanha do presidente Trump, uma vez que a diferença
entre os candidatos foi inferior a 1%. Até o momento,
segundo a Associated Press, o candidato democrata à
presidência, Joe Biden, soma 248 votos no Colégio
Eleitoral contra 214 do presidente Donald Trump. O
cômputo da Associated Press, já inclui, apesar da
indefinição, o Arizona (com seus 11 votos eleitorais)
como vencido por Biden.
3. O caminho para a vitória, ainda possível para ambos
os candidatos, depende agora da apuração de votos
recebidos pelo correio em seis estados (dá-se como
certa a vitória de Trump no Alasca):
- Arizona (11 votos no Colégio Eleitoral): apesar de
alguns veículos de imprensa (como a Fox News, a
Associated Press e a NBC) terem considerado Biden como
vencedor no estado, a disputa segue em aberto, com 86%
dos votos apurados. Biden lidera com 51%, contra 47,6%
do presidente. Restam, em maioria, votos recebidos
pelo correio a apurar, modalidade até agora com maior
peso de participação democrata - razão pela qual
atribui-se a Biden algum favoritismo para vencer o
estado. É provável que o resultado seja totalizado
ainda hoje;
Distribuído em: 05/11/2020 12:52:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
Página 3/6
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 12:51:41 N.°: 02090
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- Carolina do Norte (15 votos no Colégio Eleitoral):
com 95% dos votos apurados, restam apenas votos pelo
correio a serem apurados (que serão aceitos pelo
estado até o dia 12/11). O presidente Trump lidera com
50,1% dos votos, contra 48,7% de Joe Biden. Mesmo à
luz da pendência na apuração, analistas consideram que
Biden terá dificuldade em superar a vantagem do
presidente Trump;
- Geórgia (16 votos no Colégio Eleitoral): com 93% dos
votos apurados, Trump lidera (50,3% a 48,5%). Apesar
da vantagem do presidente, a disputa segue indefinida,
uma vez que a maior parte dos votos ainda não
contabilizados advém da região metropolitana de
Atlanta, com maior peso do eleitorado democrata.
Espera-se possível anúncio do resultado no estado
ainda hoje;
- Michigan (16 votos no Colégio Eleitoral): com 94%
das urnas apuradas, Biden lidera com 49,6%, contra
48,7% do presidente Trump. Como na Geórgia, Biden
segue com chances no estado, já que a maior parte dos
votos pelo correio (expediente usado sobretudo pelo
eleitorado democrata) a serem apurados são da região
metropolitana de Detroit, e tendem a favorecer o
ex-vice-presidente. De acordo com o governo do estado,
"espera-se um resultado claro, senão final, até a
noite de hoje";
- Nevada (seis votos no Colégio Eleitoral): com 86%
dos votos estimados apurados, Biden (49,3%) está
ligeiramente à frente de Trump (48,7%). Todos os votos
presenciais já foram apurados, restando apenas votos
enviados pelo correio. Não são esperados novos
resultados de apuração até o início da tarde de
quinta-feira (5/11);
- Pensilvânia (20 votos no Colégio Eleitoral): de mais
lenta apuração entre os estados mais competitivos, tem
80% das urnas apuradas, com ampla, porém decrescente,
vantagem do presidente (53,4% a 45,2%). A maioria dos
votos pendentes são de regiões metropolitanas, de
maioria democrata, mas há também votos não
contabilizados de regiões de tendência republicana, o
que prenuncia mais uma possível disputa voto a voto. O
governo do estado afirmou na manhã de hoje haver
"milhões de votos" ainda por apurar. Não é esperado um
resultado final antes da próxima sexta-feira (6/11);
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 12:51:41 N.°: 02090
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4. Com a provável vitória de Trump no Alasca e na
Carolina do Norte (que o levariam a 231 votos no
Colégio Eleitoral), e a de Biden no Arizona (chegando
como indicado acima a 248 votos), estima-se que a
reeleição do presidente dependeria de êxito em todos
os quatro estados mais disputados: Michigan, Geórgia,
Nevada e Pensilvânia. Já Biden teria mais caminhos em
aberto, a depender da combinação de dois a três desses
estados. Em cenário de acirrada disputa e exíguas
margens, a campanha do presidente Donald Trump
prepara-se para a possibilidade de solicitar a
recontagem de votos nestes e em outros estados, a
exemplo do que ocorrerá em Wisconsin.
5. Os resultados acima, embora preliminares, indicam
que as pesquisas eleitorais, assim como em 2016,
falharam, uma vez mais, em delinear corretamente o
cenário eleitoral. Se, ema eleição passada, as
pesquisas foram relativamente precisas na indicação do
resultado no voto popular, dentro da margem de erro
(2,1% de vantagem para Hillary Clinton), agora o
desvio é muito superior: as médias das pesquisas
indicavam 8,4% de vantagem para Biden, que, no
momento, encontra-se, somente 2,1%, à frente de Trump
no voto popular. Equívoco da mesma ordem de grandeza
ocorreu na Flórida, onde uma melhora no desempenho do
presidente Donald Trump de cerca de 20% entre
eleitores latinos (de ascendência cubana, colombiana e
venezuelana, sobretudo na região de Miami) garantiu a
vitória no maior estado-pêndulo do país com 3,4% de
vantagem (contra vantagem de 2,5% prevista para Biden,
pela média das pesquisas às vésperas do pleito).
Pode-se antecipar, mesmo antes de totalizados os
resultados, que haverá renovado escrutínio sobre as
pesquisas como método primordial para projeções
político-eleitorais neste país.
6. Ambos os candidatos à presidência manifestaram-se
durante a madrugada de hoje. Joe Biden, em sua breve
alocução, afirmou estar "no caminho para vencer as
eleições" e mostrou-se otimista, defendendo que "todos
os votos sejam contados". Já o presidente Donald
Trump, também demonstrando confiança em um resultado
favorável, indicou que questionará o seguimento de
contagem de votos recebidos pelo correio. Em
manifestação, censurada pelo Twitter, na madrugada de
ontem, Trump afirmou que "estamos à frente, mas estão
tentando roubar as eleições" e criticou a
possibilidade de que votos "sejam depositados" após o
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fechamento das urnas.
SENADO
7. A disputa pela maioria do Senado também segue
indefinida, embora esteja claro - diferentemente do
previsto por analistas tradicionais - que os
republicanos são os favoritos para manter o controle
daquela Casa. Até a manhã de hoje, 5 das 35 disputas
seguiam indefinidas.
8. Os principais resultados, que implicam mudança de
partido no controle de assento senatorial, ocorreram,
como esperado no Arizona, Colorado e Alabama (tel
2054). No Arizona, o ex-astronauta Mark Kelly venceu
contra a senadora republicana, Martha McSally. No
Colorado, o governador John Hickenlooper prevaleceu na
disputa contra o senador Cory Gardner. Já no Alabama,
o republicano Tommy Tuberville venceu a disputa contra
o senador democrata Doug Jones.
9. Nas demais corridas principais, a tendência é de
manutenção dos assentos republicanos. Confirmou-se a
reeleição de senadores republicano em Iowa (Joni
Ernst), Montana (Steve Daines) e Maine (Susan
Collins). Na Carolina do Norte, o senador republicano
Thom Tillis está em vantagem, embora ainda não tenha
sido concluída a apuração. Nas duas disputas em curso
na Geórgia, há diferentes resultados: o republicano
David Perdue poderá ser reeleito em primeiro turno; na
disputa pelo segundo assento, a senadora republicana
Kelly Loeffler concorrerá em segundo turno com o
candidato democrata, o pastor Raphael Warnock, em
janeiro de 2021. Em Michigan, o republicano John James
encontra-se em disputa acirrada com o senador Gary
Peters.
10. No momento com 48 assentos, com cinco ainda
indefinidos, uma maioria democrata no Senado (51
assentos) dependeria: i) de uma vitória no segundo
turno da eleição na Geórgia, em janeiro; ii) da
manutenção do assento em Michigan; ii) de uma virada
na Carolina do Norte; de um melhora na posição do
candidato democrata, Jon Ossof, na Geórgia, a fim de
forçar um segundo turno contra David Perdue; e iv) de
uma, no momento, improvável vitória na disputa do
Senado do Alasca. Caso Biden vença as eleições, a
prerrogativa de "voto de Minerva" que sua vice, Kamala
Harris, teria na condição de presidente do Senado,
Distribuído em: 05/11/2020 12:52:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 12:51:41 N.°: 02090
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demandaria a obtenção de apenas três assentos - o que
também é improvável, no momento.
CÂMARA DOS DEPUTADOS
11. Embora menos otimista que as projeções iniciais,
estima-se que os democratas manterão a maioria da
Câmara dos Deputados. Porém, não é mais descartado que
os democratas tenham uma perda líquida em relação aos
232 assentos que controlam na atual legislatura.
Nestor Forster Jr., embaixador
GRR
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De Brasemb Washington para Exteriores em 05/11/2020
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DEUA
DESCR=POIN-EUA
RTM/CLIC=GRPEUA
REF/ADIT=TEL 2090,TEL 2054,TEL 1947
CATEG=MG
//
EUA. Política interna.
Eleições presidenciais de
2020. Situação em 5/11.
//
Nr. 02097
Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados
Unidos da América
RESUMO=
Informo. Apuração de votos nos EUA segue em compasso
lento. Há estados em que Trump tem vantagem (Alasca e
Carolina do Norte), em que Biden é favorito (Nevada)
e que seguem indefinidos (Geórgia, Arizona e
Pensilvânia). Ações judiciais e pedidos de recontagem
passam a fazer parte do processo. Possibilidade de
maioria democrata no Senado persiste, mas depende de
pouco provável confluência de fatores.
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 18:48:34 N.°: 02097
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5N19jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw
Informo. Apuração de votos nos EUA segue em compasso
lento. Há estados em que Trump tem vantagem (Alasca e
Carolina do Norte), em que Biden é favorito (Nevada) e
que seguem indefinidos (Geórgia, Arizona e
Pensilvânia). Ações judiciais e pedidos de recontagem
republicanas passam a fazer parte do processo de
apuração. Possibilidade de maioria democrata no Senado
persiste, mas depende de pouco provável confluência de
fatores.
Aditel 2090. Dois dias após as eleições gerais de
3/11, apesar do avanço na apuração dos votos nos
estados mais competitivos, persiste a indefinição em
relação aos principais resultados eleitorais, em
particular o vencedor das eleições presidenciais e o
controle do Senado.
PRESIDÊNCIA
2. Até o final da manhã de hoje (5/11), as projeções
mais cautelosas indicam que Biden lidera a corrida
eleitoral, com 253 votos no Colégio Eleitoral, contra
214 do presidente Donald Trump. Desde ontem (4/11),
atribuiu-se ao candidato democrata a vitória em
Michigan, com 16 votos no Colégio Eleitoral. A disputa
pelo patamar mínimo de 270 votos depende, assim, da
definição dos resultados nos seguintes estados:
- Alasca (três votos no Colégio Eleitoral): com 56%
dos votos apurados e tido como praticamente certa a
vitória do presidente, o Alasca iniciará a contagem de
cédulas enviadas pelo correio apenas na semana que
vem, o que deverá tardar a divulgação do cômputo
final;
- Arizona (onze votos no Colégio Eleitoral): desde
ontem, houve pouco avanço na apuração dos votos. Com
cerca de 86% dos votos contabilizados, Biden lidera
com 50,5%, contra 48,1% de Trump. A vantagem de Biden
reduziu-se desde ontem, e espera-se que a diferença
entre os candidatos se reduza ainda mais quando da
divulgação da próxima leva de resultados, às 21 horas
de hoje. Para ultrapassar Biden, Trump teria de obter
cerca de 60% dos votos ainda não tabulados no estado;
- Carolina do Norte (15 votos no Colégio Eleitoral):
não houve mudanças desde ontem, tendo o estado apurado
Distribuído em: 05/11/2020 18:48:57 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 18:48:34 N.°: 02097
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cerca de 95% dos votos. O presidente Trump segue
liderando com margem de 1,4 pontos percentuais. Votos
pelo correio enviados até o dia 3/11 e recebidos até o
dia 12/11 serão contabilizados, e não há indicação se
o governo divulgará novos resultados antes dessa data.
- Geórgia (16 votos no Colégio Eleitoral): com 98% dos
votos apurados, Trump lidera por apenas 13 mil votos
(0,3% de vantagem sobre Biden). A vantagem vem-se
reduzindo, à medida que são tabulados votos pelo
correio da região metropolitana de Atlanta. A Geórgia
é o estado com melhores chances de concluir sua
apuração hoje; porém, as estreitas margens não
garantem um resultado definitivo, que poderá ser
submetido a recontagem em caso de margem inferior a
0,5% - desfecho mais provável, neste momento.
- Nevada (6 votos no Colégio Eleitoral): com 88% dos
votos apurados, Biden está à frente no estado, com
pouco mais de 11 mil votos de vantagem (0,9%) sobre o
presidente. Não se sabe se o governo do estado
divulgará números adicionais ainda hoje, embora essa
possibilidade não esteja descartada.
- Pensilvânia (20 votos no Colégio Eleitoral): o maior
estado-pêndulo ainda em jogo é palco de disputa cada
vez mais acirrada. A tabulação de votos pelo correio
(últimos a serem contabilizados no estado, já conclusa
a apuração de votos presenciais) implicou a redução da
vantagem de Trump sobre Biden. Com estimados 91% dos
votos apurados, Trump lidera com 50,4%, contra 48,3%
de Biden. Os votos pelo correio ainda a serem
contabilizados são de regiões metropolitanas,
majoritariamente democratas. Qualquer que seja o lado
favorecido, a vitória no estado deverá ser por margem
pequena, e o resultado final da poderá não ser
conhecido antes do final da semana, inclusive à luz da
concentração de processos judiciais de autoria
republicana no estado, que já gerou suspensão da
contagem de votos em ao menos um condado. A secretária
de estado da Pensilvânia, contudo, não excluiu a
possibilidade de divulgação de resultado ainda na
noite de hoje.
4. À luz dos resultados preliminares e das trajetórias
de apuração, pode-se agrupar os estados ainda em
processo de contagem em três grupos: i) estados em que
Trump é favorecido (Alasca e Carolina do Norte); ii)
Distribuído em: 05/11/2020 18:48:57 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 18:48:34 N.°: 02097
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estados em que Biden tem vantagem (Nevada, onde vem
ampliando sua liderança); e iii) estados indefinidos
(Geórgia e Pensilvânia, onde Trump lidera, mas com
margem decrescente em relação a Biden; e Arizona, onde
Biden lidera, mas também com margens decrescentes).
5. As estreitas margens nos estados e a vantagem
preliminar de Biden, bem como algumas denúncias de
irregularidades, já mobilizaram a campanha do
presidente a entrar com ações judiciais. À Suprema
Corte, solicitou-se que votos pelo correio recebidos
após 3/11 em condados da Pensilvânia não sejam
contabilizados. A campanha também entrou com pedidos
semelhantes em cortes estaduais da Pensilvânia. Nas
cortes de Michigan, pediu-se a suspensão dos votos,
até que medidas adicionais de observação eleitoral
sejam implementadas. Na Geórgia, entrou-se com
processo relativo a cerca de 500 votos supostamente
recebidos após o prazo legal. Realizaram-se, também,
pedidos de recontagem em Michigan e Wisconsin.
6. Na noite de ontem, o presidente Trump declarou
vitória em Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte,
além de Michigan, caso se comprove que houve fraude. O
presidente também tem realizado apelos para que a
contagem de votos seja interrompida.
7. Em discurso realizado ontem à noite, o
ex-vice-presidente Joe Biden afirmou "estar claro" que
estaria vencendo em número suficiente de estados para
alcançar os 270 votos no Colégio Eleitoral necessários
para vencer a disputa pela presidência, e fez apelo
para que "todos os votos sejam contados".
SENADO
8. Com quatro disputas ainda indefinidas, os
democratas ganharam um assento em relação à
legislatura atual (somando 48 no total), após
confirmação da reeleição de Gary Peters, em Michigan,
na noite de ontem. Os republicanos também têm 48
assentos e lideram nas disputas em curso no Alasca e
na Carolina do Norte (tel 2090).
9. O estado decisivo para o controle do Senado será a
Geórgia, onde há duas disputas pelo Senado. Como se
sabe, uma delas tem segundo turno já definido, e se
dará entre a senadora Kelly Loeffler (republicana) e
o pastor Raphael Warnock. A segunda disputa poderá
Distribuído em: 05/11/2020 18:48:57 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 18:48:34 N.°: 02097
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ainda ser decidida no primeiro turno, caso um dos
candidatos obtenha mais de 50% dos votos, mas ainda
não há clareza sobre o resultado. O senador
republicano David Perdue lidera com 49,99% dos votos
contra o candidato democrata, Jon Ossoff. A margem de
Perdue tem decrescido, e um outro segundo turno no
estado, em 5/1, torna-se possível.
10. Nesse contexto, a confirmar-se o favoritismo
republicano no Alasca e na Carolina do Norte, o único
cenário em que o Senado poderia passar ao controle
democrata dependeria: i) da efetiva realização do
segundo turno entre Perdue e Ossoff; ii) de vitória
democrata nos dois segundos turnos na Geórgia; e iii)
da eleição de Joe Biden como presidente, o que
tornaria sua vice, Kamala Harris, presidente daquela
casa legislativa, apta a romper impasses em um Senado
com 50 assentos da bancada democrata, e 50, da
republicana.
Nestor Forster Jr., embaixador
GRR
Distribuído em: 05/11/2020 18:48:57 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
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De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 18:48:34 N.°: 02097
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Página 1/4
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 06/11/2020 20:29:49 N.°: 02114
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De Brasemb Washington para Exteriores em 06/11/2020
CODI=
CARAT=Ostensivo
DEXP=
BLEGIS=
PRIOR=Normal
DISTR=DEUA
DESCR=POIN-EUA
REF/ADIT=TEL 2090,TEL 2054
CATEG=MG
//
EUA. Política interna.
Eleições presidenciais de
2020. Denúncias de fraudes e
irregularidades no processo de
apuração.
//
Nr. 02114
RESUMO=
Informo. Denúncias relatam alegadas fraudes e
irregularidades eleitorais de pequena escala no
processo de apuração de votos das eleições
presidenciais. Presidente designa David Bossie como
coordenador dos esforços judiciais e de recontagem de
votos de sua campanha. Autoridades republicanas
defendem maior transparência e rejeição de votos
recebidos após fechamento das urnas na Pensilvânia.
Distribuído em: 06/11/2020 20:29:52 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
Página 2/4
De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 06/11/2020 20:29:49 N.°: 02114
CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjExNF9jbWFjaGFsYV8wNi8xMS8yMDIw
Denúncias que tem emergido ao longo dos últimos dias
relatam alegadas fraudes e irregularidades eleitorais
de pequena escala no processo de apuração de votos das
eleições presidenciais.
2. As denúncias de maior escopo deram-se em dois
estados: Nevada, onde ação judicial da campanha do
presidente Donald Trump questiona cerca de três mil
votos ilegais, supostamente depositados por indivíduos
falecidos ou residentes de fora do estado; e na
Pensilvânia, onde ação judicial da "Public Interest
Legal Foundation (PILF)" alega haver 21 mil falecidos
nos registros eleitorais da Pensilvânia. Neste último
caso, não está claro se votos teriam sido depositados
em nome dos registrados falecidos.
3. Também de importante escala seriam denúncias de
envio de milhares de cédulas eleitorais para endereços
incorretos. O caso de maior escala seria no condado de
Allegheny, na Pensilvânia, onde alegado erro
operacional teria levado ao extravio de 29 mil cédulas
eleitorais, enviadas a endereços incorretos.
4. Além dessas denúncias, há diversos relatos
individuais em Michigan, Pensilvânia, Arizona e
Nevada, alegando: i) tráfico de cédulas eleitorais em
pequena escala; ii) intimidação e restrição de acesso
de observadores eleitorais a locais de contagem de
votos; iii) critérios de segurança insuficientes para
verificação de assinaturas de eleitores em envelopes
que enviam cédulas pelo correio; e iv) correção de
cédulas preenchidas incorretamente por eleitores, de
modo indevido, por mesários.
5. Caberá observar quais dessas denúncias ainda não
levadas aos poderes judiciários estaduais serão
encampadas pela campanha republicana. O presidente
Donald Trump designou hoje, 6/11, David Bossie
(diretor adjunto de sua campanha em 2016 e presidente
do grupo de "lobby" "Citizens United") como
coordenador dos esforços judiciais e de recontagem de
votos de sua campanha.
MANIFESTAÇÕES OFICIAIS DE AUTORIDADES DO PARTIDO
REPUBLICANO
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Telegramas Washington - Eleições

  • 1. Página 1/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 01/10/2020 16:58:01 N.°: 01853 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg1M19jbWFjaGFsYV8wMS8xMC8yMDIw De Brasemb Washington para Exteriores em 01/10/2020 CODI= CARAT=Ostensivo DEXP= BLEGIS= PRIOR=Normal DISTR=DEUA/DRUS/DCH II DESCR=EUA-POIN RTM/CLIC=GRPEUA REF/ADIT=TEL 1833,TEL 1735,TEL 465 CATEG=MG // EUA. Política interna. Eleições presidenciais de 2020. Primeiro debate entre os candidatos à presidência. Relato. // Nr. 01853 Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados Unidos da América RESUMO= Informo. Relata o primeiro debate entre os candidatos à presidência dos EUA, Donald Trump e Joe Biden. Evento é marcado por tensão e desorganização. Biden menciona o Brasil e alerta sobre "consequências econômicas significativas" em relação ao tema de manejo de florestas tropicais. Primeiras pesquisas indicam que evento pouco terá feito para alterar a trajetória da corrida presidencial. Distribuído em: 01/10/2020 16:58:32 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 2. Página 2/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 01/10/2020 16:58:01 N.°: 01853 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg1M19jbWFjaGFsYV8wMS8xMC8yMDIw Realizou-se na noite de 29/9, na cidade de Cleveland (Ohio), o primeiro debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos: o presidente Donald Trump, indicado pelo Partido Republicano à reeleição, e o ex-vice-presidente Joe Biden, do Partido Democrata. 2. Analistas de ambos os espectros da política norte-americana convergiram na análise de que o primeiro debate presidencial foi um dos mais tensos e desorganizados da história recente do país. Previa-se, inicialmente, que o debate se dividiria em seis blocos temáticos: a Suprema Corte, a pandemia de COVID-19, a Economia, o histórico de Trump e Biden, racismo nos EUA e integridade das eleições. Contudo, o elevado grau de antagonismo pessoal entre os candidatos e dificuldades do moderador Chris Wallace (âncora do canal Fox News) em manter o controle do evento tornaram fluidas as regras originalmente propostas. Como resultado, o debate, por vezes, tornou-se caótico, prevalecendo certa cacofonia na tentativa dos candidatos de expressarem suas visões programáticas, diante de provocações e insultos pessoais de parte a parte. Em síntese, faltou decoro aos dois candidatos e equilíbrio ao próprio mediador. Não por outra razão, a Comissão de Debates Presidenciais anunciou hoje (30/9) que modificará as regras para os próximos dois debates presidenciais, agendados para 15 e 22/10. De acordo com aquela comissão, os próximos encontros vão requerer "estruturação adicional" para "assegurar uma discussão mais ordenada". 3. Alguns posicionamentos substantivos foram, porém, discerníveis ao longo do debate. O presidente Donald Trump defendeu a nomeação de Amy Coney Barrett à Suprema Corte (tel 1833), ato que teria "direito" de realizar ("ganhamos a eleição [em 2016] por quatro anos"; "temos a Casa Branca e o Senado"). Afirmou estar promovendo reformas no acesso à saúde, em particular na redução do custo de medicamentos (tel 1640). Defendeu suas ações na pandemia de COVID-19, em particular a proibição de entrada de viajantes chineses e o esforço para produção de uma vacina (prometida para "as próximas semanas"). Realizou defesa da reabertura da economia e das escolas, Distribuído em: 01/10/2020 16:58:32 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 3. Página 3/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 01/10/2020 16:58:01 N.°: 01853 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg1M19jbWFjaGFsYV8wMS8xMC8yMDIw afirmando que as pessoas "saberiam o que fazer" para proteger-se, como "usar máscaras" e "manter o distanciamento social". Destacou que os EUA estariam em rápida recuperação econômica, além dos feitos econômicos de seu governo antes da chegada da "praga da China". Sobre a questão racial no país, acusou Biden de ser um dos artífices de política que resultou no encarceramento em massa de negros, ao apoiar o "Crime Bill", de 1994. Defendeu-se de recente reportagem do jornal The New York Times, que aponta ter o presidente pago somente US$ 750 de imposto de renda em 2016 e 2017, ao afirmar ter pago "milhões de dólares em impostos federais". 4. Biden, a seu turno, defendeu que a nomeação de Barrett deveria aguardar os resultados eleitorais, para que "o povo possa expressar sua visão". Mencionou que a nomeação de Barrett colocaria em risco a continuidade do "Affordable Care Act - ACA" (popularmente conhecido como "Obamacare"), cuja constitucionalidade se encontra sob exame da Suprema Corte (tel 1833), e os "direitos das mulheres". Afirmou que, "diferentemente" de Trump, "teria um plano para a saúde", manteria a existência de seguros privados e criaria uma opção pública de acesso à saúde. Realizou defesa do histórico da "gestão Obama-Biden" na recuperação econômica pós-crise de 2008 - afirmando que Trump teria herdado uma "economia em expansão" - e na gestão de crises de saúde pública, como o H1N1. Na economia, propôs a criação de uma cláusula "Buy American" para todas as compras realizadas pelas Forças Armadas, o aumento do imposto sobre lucro empresarial ("corporate tax") para 28% e de imposto de renda sobre cidadãos que recebam mais que US$ 400 mil por ano. Sobre questões raciais, rejeitou a proposta de reduzir o orçamento das polícias e defendeu maior transparência para punir "maus policiais". Minimizou o papel da organização extremista Antifa em protestos violentos, pois seria, "de acordo com o chefe do FBI", "uma ideia, não uma organização". Sobre mudança do clima, renegou o chamado "Green New Deal" (apoiado em sua plataforma publicada), mas comprometeu-se com o "plano Biden" para zerar emissões de carbono até 2035. Negou acusação do presidente de ter-se rendido à esquerda do partido, ao afirmar: "eu sou o Partido Democrata". 5. Maior destaque tiveram, no entanto, as perguntas que os candidatos se recusaram a responder. Distribuído em: 01/10/2020 16:58:32 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 4. Página 4/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 01/10/2020 16:58:01 N.°: 01853 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg1M19jbWFjaGFsYV8wMS8xMC8yMDIw Questionado sobre se estaria disposto a condenar a violência por "supremacistas brancos", em particular o grupo "Proud Boys", o presidente Trump reiterou a condenação que já expressara inúmeras vezes, e instou aquele grupo a "afastar-se, e aguardar" ("stand back and stand by"). Afirmou que o real problema de violência decorre das ações da "Antifa e a esquerda". Tampouco se comprometeu a aceitar, desde já, os resultados eleitorais e em transferir o poder, caso derrotado: "isso [as eleições] será uma fraude nunca antes vista" e "caso eu veja dezenas de milhares de votos sendo manipulados, não poderei compactuar com isso". Já Biden recusou-se a responder se, caso o Partido Democrata vença as eleições presidenciais e obtenha a maioria no Senado, apoiaria o fim do "filibuster" (medida de obstrução utilizada na ausência de maioria de 60 votos no Senado) e o aumento do número de juízes na Suprema Corte, ações ora defendidas por parte do Partido Democrata na esteira da nomeação de Amy Barrett para a vaga de Ruth Bader Ginsburg. 6. Prevaleceu, no entanto, ao longo de todo o debate, a lógica de um embate "sem luvas": acusações e insultos pessoais e às famílias dos candidatos, em que cada lado tentou apresentar imagem negativa do adversário. Para Trump, Biden seria mero títere de "socialistas radicais" e pouco teria realizado em seus "47 anos em Washington" para além de usar seu cargo em benefício do filho, Hunter Biden, que teria recebido dinheiro "da China, da Ucrânia e de Moscou". Para Biden, Trump seria "o pior presidente que a América já teve", o "cachorrinho de Putin", e a "ética" da família Trump seria "assunto para a noite toda". 7. Durante debate sobre políticas sobre mudança do clima, Biden mencionou o Brasil com teor crítico e alertou sobre potenciais consequências econômicas. Disse, em sua intervenção: "As florestas tropicais do Brasil estão sendo derrubadas, desmanteladas. Mais carbono é absorvido naquela floresta do que todo o carbono que é emitido pelos EUA(...) Eu iria reunir os países do mundo e garantir US$ 20 bilhões e dizer - aqui estão US$ 20 bilhões, pare de derrubar a floresta, e se você não parar, você terá consequências econômicas significativas". Biden já havia feito as mesmas acusações e ameaças, em termos essencialmente idênticos, em março passado, durante debate contra Bernie Sanders, no contexto das primárias do Partido Distribuído em: 01/10/2020 16:58:32 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 5. Página 5/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 01/10/2020 16:58:01 N.°: 01853 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg1M19jbWFjaGFsYV8wMS8xMC8yMDIw Democrata (tel 465). 8. É provável que o debate pouco tenha influenciado a grande maioria do eleitorado - cujas preferências estariam, segundo as pesquisas, firmemente estabelecidas - e o reduzido número de eleitores indecisos (que costumam acompanhar o noticiário político com menor avidez - tel 1735). As primeiras pesquisas realizadas após o debate demonstram que pouco teria mudado nas preferências do eleitorado. Por exemplo, de acordo com pesquisa CBS/YouGov, 48% dos entrevistados disseram que Biden venceu o debate, ao passo que 41% indicaram o presidente Trump como o vencedor, e 10%, que fora um empate - números que pouco diferem das atuais médias de pesquisas nacionais de intenção de voto. A audiência televisiva do debate foi de 71 milhões de pessoas (inclusive plataformas de "streaming" via aparelhos de TV) - 23% a menos do que no primeiro debate de 2016 entre Trump e Hillary Clinton, número que pode ter sido compensado pela audiência na internet. 9. O real impacto do debate apenas poderá ser avaliado ao longo dos próximos dias, mas não há, até o momento, indícios de que o evento tenha alterado a atual trajetória das eleições: altamente disputadas nos estados-pêndulo cruciais e sujeitas a contestação após 3/11, devido a resultados que, conforme admitido por ambos os candidatos durante o evento, poderão demorar "meses". Já é certo, no entanto, que o rescaldo do debate foi de generalizado mal-estar - como definido por Karl Rove, ex-chefe de gabinete de George W. Bush, "este foi o debate menos iluminado e edificante debate presidencial da história dos EUA". Nestor Forster Jr., encarregado de negócios, a.i. GRR Distribuído em: 01/10/2020 16:58:32 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 6. Página 1/1 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 01/10/2020 16:58:01 N.°: 01853 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg1M19jbWFjaGFsYV8wMS8xMC8yMDIw
  • 7. Página 1/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 26/10/2020 18:58:48 N.°: 02018 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjAxOF9jbWFjaGFsYV8yNi8xMC8yMDIw De Brasemb Washington para Exteriores em 26/10/2020 CODI= CARAT=Ostensivo DEXP= BLEGIS= PRIOR=Normal DISTR=DEUA/DRUS/DCH II DESCR=EUA-POIN RTM=CHNBREM,SSRBREM RTM/CLIC=GRPEUA REF/ADIT=TEL 1947,TEL 1940,TEL 1853 CATEG=MG // EUA. Política interna. Eleições presidenciais de 2020. Último debate entre os candidatos à presidência. Relato. // Nr. 02018 Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados Unidos da América Retransmissão automática para Brasemb Pequim e Brasemb Moscou RESUMO= Informo. Relata o último debate entre os candidatos à presidência dos EUA, Donald Trump e Joe Biden. De tom mais ameno e substantivo que o encontro anterior, o evento teve como destaque acusações recíprocas entre os candidatos sobre possíveis benefícios pessoais obtidos em negócios com países estrangeiros. Pesquisas indicam que o debate não deverá alterar a trajetória da corrida eleitoral. Distribuído em: 26/10/2020 18:59:11 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 8. Página 2/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 26/10/2020 18:58:48 N.°: 02018 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjAxOF9jbWFjaGFsYV8yNi8xMC8yMDIw Realizou-se, na noite de 22/10, em Nashville, o segundo e último debate entre o presidente Donald Trump, indicado pelo Partido Republicano à reeleição, e o ex-vice-presidente Joe Biden, do Partido Democrata. O debate agendado para 15/10 havia sido cancelado em razão do diagnóstico de COVID-19 do presidente Trump e de discordância entre as campanhas em relação às regras para o encontro (tel 1940). 2. Diferentemente das altercações e interrupções que marcaram o primeiro debate entre os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos, em 29/9, os candidatos mostraram maior civilidade no evento de 22/10, deixando espaço para desejada discussão de políticas públicas. O debate foi dividido em seis temas principais: a pandemia de COVID-19; política externa e interferência estrangeira nas eleições norte-americanas; acesso à saúde; imigração; racismo; e mudança do clima. Como mensagens gerais, os candidatos buscaram definir suas distintas identidades: Trump voltou a apresentar-se como um "outsider" do sistema político norte-americano, em contraste com Joe Biden ("olho para você e vejo um político", disse o presidente), cujas quase cinco décadas na vida política não teriam gerado resultados palpáveis, e cujas palavras careceriam de autenticidade. Biden, por sua vez, apresentou-se como alguém capaz de reunificar os EUA ("não serei presidente dos estados azuis ou vermelhos, mas dos Estados Unidos"), sugerindo retorno a um imaginário passado institucional recente, baseado nos paradigmas do governo Obama. Pandemia de Covid-19 3. Trump defendeu o desempenho de seu governo na gestão da pandemia de Covid-19, em particular o fechamento das fronteiras para viajantes vindos da China em janeiro, o apoio para desenvolvimento rápido de vacina, a parceria com as Forças Armadas para distribuí-la rapidamente tão logo disponível e o aumento da disponibilidade de testes e da produção de equipamentos básicos de proteção e respiradores. Distribuído em: 26/10/2020 18:59:11 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 9. Página 3/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 26/10/2020 18:58:48 N.°: 02018 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjAxOF9jbWFjaGFsYV8yNi8xMC8yMDIw Enfatizou ser a Covid-19 um problema mundial, cujo fim estaria próximo ("just around the corner"), e defendeu a reabertura de negócios e de escolas, para que, em suas palavras, "o remédio não seja pior do que a doença". Biden, a seu turno, responsabilizou o presidente pela morte de 220 mil pessoas nos EUA e criticou-o pela falta de elaboração de um plano abrangente para o combate à pandemia. Ao afirmar que os EUA estão prestes a ingressar em um "inverno sombrio" por conta da Covid-19, o candidato democrata defendeu mandato nacional para uso de máscaras, vultosos investimentos para disponibilizar testes rápidos e recursos para que escolas e empresas possam reabrir com segurança. Ao contrário do presidente, admitiu a possibilidade de um novo "lockdown" se assim recomendarem as autoridades científicas. Política externa e interferência estrangeira nas eleições norte-americanas 4. O segmento mais acalorado do debate foi dominado por acusações recíprocas entre os candidatos, relativas a possíveis benefícios pessoais obtidos em negócios com países estrangeiros. O presidente Donald Trump acusou Biden e sua família, como já fizera no primeiro debate, de ter recebido US$ 3,5 milhões da esposa de um ex-prefeito de Moscou Yuri Luzhkov, em 2014 - alegação que consta de relatório publicado pela Comissão de Segurança Interna do Senado. O presidente também aludiu a recentes denúncias contra Joe Biden e seu filho, Hunter, segundo as quais os Biden teriam usado sua influência para realizar negócios com firmas ucranianas e chinesas (tel 1940), instando o ex-vice-presidente a dar explicações ao povo norte-americano. Biden, em reação, afirmou que jamais recebeu "sequer um centavo" de qualquer nação estrangeira e que as acusações relativas às relações de seu filho Hunter com a empresa ucraniana Burisma teriam sido desacreditadas no contexto do processo de "impeachment" contra Trump (tel 1343/2019). Acusou o advogado pessoal de Trump Rudolph Giuliani, de ser um "marionete do aparato de desinformação russa". Também acusou o presidente de ter conta bancária secreta na China e de lucrar com negócios na Rússia e na China, e voltou a cobrar a liberação, por Trump, de suas declarações de imposto de renda. 5. Houve breves interações sobre relações com a China e a Coreia do Norte. Biden afirmou, como em ocasiões Distribuído em: 26/10/2020 18:59:11 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 10. Página 4/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 26/10/2020 18:58:48 N.°: 02018 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjAxOF9jbWFjaGFsYV8yNi8xMC8yMDIw anteriores, que buscaria formar coalizão de aliados para obrigar a China a cumprir com seus compromissos internacionais, ao passo que Trump defendeu suas políticas para o país asiático, como as pressões por um acordo comercial e a imposição de tarifas sobre o aço. No tocante à Coreia do Norte, Trump defendeu suas boas relações com Kim Jong-un e considerou-as um ativo para evitar um conflito armado. Já Biden criticou o presidente por legitimar o regime norte-coreano. Enfatizou que, caso eleito, só sentaria à mesa de negociação com o mandatário daquele país se este assumisse compromisso prévio de reduzir sua capacidade nuclear. Acesso à saúde 6. Ao comentar ação judicial de seu governo, sob apreciação da Suprema Corte, que poderá levar à revogação do "Affordable Care Act" (ACA, conhecido como "Obamacare"), Trump afirmou que a parte mais problemática daquela lei - a obrigatoriedade de contratação de plano de saúde - já teria sido anulada. Comprometeu-se a garantir o acesso continuado da população a cobertura para doenças preexistentes, caso o ACA seja revogado na Suprema Corte. Biden, rejeitando a caracterização de seu plano como "medicina socialista", afirmou que o "Bidencare" consistirá do "Obamacare" acrescido de uma opção pública de acesso à saúde. Rejeitou, ainda, a possibilidade de extinção de planos de saúde privados. Imigração 7. O debate sobre imigração centrou-se no tema de separação de crianças de seus familiares na fronteira. Biden cobrou do presidente solução para o caso das pouco mais de quinhentas crianças que estariam acolhidas em centro de detenção provisória e cujo paradeiro dos pais seria desconhecido. Trump, a seu turno, afirmou que a política de "construção de jaulas" e de separação de crianças de seus pais foi implementada na gestão Obama-Biden, e acusou Biden de nada ter feito a respeito durante o governo de que fora parte. Biden admitiu que o governo Obama tardou em excesso para enviar projeto de reforma imigratória ao Congresso, e comprometeu-se, caso eleito, a fazê-lo nos cem primeiros dias de seu governo. Nesse contexto, afirmou que tenciona definir um "caminho para a cidadania" para mais de 11 milhões de imigrantes Distribuído em: 26/10/2020 18:59:11 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 11. Página 5/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 26/10/2020 18:58:48 N.°: 02018 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjAxOF9jbWFjaGFsYV8yNi8xMC8yMDIw indocumentados e permitir que imigrantes indocumentados trazidos aos EUA quando crianças, chamados de "dreamers" pelo lado democrata, possam permanecer no país sem risco de deportação. Racismo 8. Como em outros eventos, Trump repetiu que nenhum presidente, com a possível exceção de Abraham Lincoln, teria feito mais pela comunidade negra do que ele. Citou como realizações de seu governo a reforma da justiça criminal, o financiamento permanente de universidades historicamente negras, o programa de investimentos "Zonas de Oportunidade" e a menor taxa de desemprego entre populações negras e latinas da história do país, até o advento da pandemia de Covid-19 (tel 1615). Biden, por sua vez, disse existir racismo institucional nos EUA e zombou do paralelo traçado pelo presidente com Lincoln. Acusou-o de incitar maior divisão racial no país por meio de comentários negativos sobre populações não-brancas e criticou o que qualificou como acenos de Trump a movimentos supremacistas brancos. Mudança do clima 9. Trump rejeitou a ideia de "gastar trilhões" e de sacrificar empregos e empresas por conta do Acordo de Paris. Ressaltou que, mesmo fora daquele arranjo multilateral, as emissões de gases de efeito estufa nos EUA seriam, atualmente, as mais baixas em 35 anos - em contraste com China e Índia, que são parte do acordo e teriam "um ar imundo". Já Biden, voltando a classificar a mudança do clima como ameaça existencial à humanidade, enfatizou as oportunidades econômicas que investimentos em energia limpa trariam para a economia dos EUA. O ex-vice-presidente prometeu o fim de subsídios às indústrias de petróleo e gás e um período de transição para o fim do uso dessas fontes na matriz energética norte-americana. Trump reagiu de imediato, afirmando: "ouçam bem Texas e Pensilvânia", em referência a estados em que as eleições presidenciais devem ser competitivas e cujas economias são baseadas na exploração de hidrocarbonetos. Perspectivas 10. Cerca de 63 milhões de pessoas assistiram ao último debate entre os candidatos à presidência dos Distribuído em: 26/10/2020 18:59:11 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 12. Página 6/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 26/10/2020 18:58:48 N.°: 02018 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjAxOF9jbWFjaGFsYV8yNi8xMC8yMDIw EUA, em comparação com os pouco mais de 73 milhões que assistiram ao primeiro debate, em fins de setembro. As pesquisas sobre o desempenho de Trump e Biden no encontro indicam que este dificilmente deverá alterar, por si só, a trajetória da corrida eleitoral. Nas últimas semanas, mesmo eventos de grande impacto potencial - como o diagnóstico de COVID-19 do presidente e as novas e graves denúncias contra Joe Biden e seu filho Hunter - geraram apenas pequenas flutuações nas pesquisas de intenção de voto e índices de aprovação dos candidatos. Nesse contexto, salvo surpresas de última hora, a perspectiva é de uma corrida eleitoral relativamente estável ao entrar em sua reta final. Biden segue com vantagem nas pesquisas nacionais (entre 8 e 10 pontos percentuais), a qual se reduz para margem mais estreita nos principais estados-pêndulo (tel 1947). Nesse contexto, qualquer previsão sobre o resultado do pleito da próxima semana segue sendo prematura. Nestor Forster Jr., embaixador GRR Distribuído em: 26/10/2020 18:59:11 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 13. Página 1/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 18/11/2020 19:28:45 N.°: 02183 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjE4M19jbWFjaGFsYV8xOC8xMS8yMDIw De Brasemb Washington para Exteriores em 18/11/2020 CODI= CARAT=Ostensivo DEXP= BLEGIS= PRIOR=Normal DISTR=DEUA/DPTEC II DESCR=POIN-EUA REF/ADIT=TEL 1940,TEL 1461,TEL 1013 CATEG=MG // EUA. Política interna. Senado. "Censura, Supressão e as Eleições de 2020". Audiência pública. // Nr. 02183 RESUMO= Informo. Relata audiência pública na Comissão de Assuntos Judiciários do Senado, intitulada "Censura, Supressão e as Eleições de 2020", com a participação dos CEOs do Facebook, Mark Zuckerberg, e do Twitter, Jack Dorsey, realizada em 17/11. Realizou-se ontem, 17/11, audiência pública na Comissão de Assuntos Judiciários do Senado, intitulada Distribuído em: 18/11/2020 19:28:55 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 14. Página 2/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 18/11/2020 19:28:45 N.°: 02183 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjE4M19jbWFjaGFsYV8xOC8xMS8yMDIw "Censura, Supressão e as Eleições de 2020", com a participação dos CEOs do Facebook, Mark Zuckerberg, e do Twitter, Jack Dorsey. O objetivo da audiência pública foi discutir o papel das grandes empresas de mídia social na moderação de conteúdo político-eleitoral postado por usuários de suas plataformas. No entanto, o debate foi além do tema inicialmente proposto e revelou linhas de convergência e divergência entre republicanos e democratas em relação às plataformas de mídias sociais. 2. Por um lado, parece existir um consenso amplo, entre representantes de ambos os partidos, a respeito da necessidade de atualização das normas que regulam as atividades de empresas de mídia social, a fim de melhor refletir a natureza específica de suas atividades e a sua crescente influência sobre diversos aspectos da economia, da política, da vida em sociedade e mesmo da saúde mental da população. Por outro lado, cada partido prioriza distintos aspectos do comportamento e da influência de tais empresas, apresentando visões diametralmente opostas em relação a políticas de moderação de conteúdo. Os democratas concentraram-se na atuação tida como insuficiente das mídias sociais no controle de desinformação e de notícias falsas. Já os republicanos denotaram inquietação com os riscos à liberdade de expressão e com a imunidade de responsabilidade das plataformas quanto à "editorialização", por parte das empresas, de conteúdos nelas postados por usuários - como, por exemplo, a censura ou a inclusão de "etiquetas" virtuais com alerta sobre o conteúdo postado por lideranças conservadoras. 3. O tom da crítica às plataformas de redes sociais foi dado no início da audiência pública pelo presidente da Comissão de Assuntos Judiciários, senador Lindsey Graham (R-SC). Ao recordar que o Twitter censurou, durante 24 horas, reportagem do New York Post relativa a informações obtidas de computador pessoal do filho de Joe Biden, Hunter (tel 1940), Graham afirmou: "não quero que o governo assuma o poder de dizer ao povo americano quais tuítes são legítimos ou não, mas quando há companhias com poder de governo, com muito mais poder que mídias tradicionais, algo tem de ceder". 4. Senadores republicanos afirmaram haver indícios de um viés político e ideológico no exercício da Distribuído em: 18/11/2020 19:28:55 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 15. Página 3/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 18/11/2020 19:28:45 N.°: 02183 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjE4M19jbWFjaGFsYV8xOC8xMS8yMDIw moderação e censura de conteúdos. O senador Mike Lee (R-UT), por exemplo, associou a percepção de maior frequência de edição de conteúdos postados por políticos e comunicadores conservadores ao perfil dos funcionários das empresas do Vale do Silício: segundo Lee, 92% dos funcionários do Facebook e 99% dos funcionários do Twitter que doaram dinheiro para campanhas políticas o fizeram para candidatos do Partido Democrata. Além de Lee, o senador Ted Cruz (R-TX) solicitou que as empresas forneçam, oportunamente, informações sobre quantos perfis de tendência republicana e democrata teriam sido objeto de moderação de conteúdo, para que se possa cotejar a possível existência do alegado viés. 5. Os senadores democratas, a seu turno, sugeriram que Twitter e Facebook não estariam fazendo o suficiente para combater alegados discurso de ódio e desinformação em suas plataformas. O líder da minoria democrata na comissão, senador Richard Blumenthal (D-CT), mencionou que o Facebook - diferentemente do Twitter - não suspendeu a conta de Stephen K. Bannon, que teria sugerido "a decapitação" de Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas. Aproveitou sua fala para criticar o presidente Donald Trump, que estaria disseminando, no Twitter, "mentiras perversas e teorias da conspiração [sobre fraudes eleitorais] que contradizem autoridades eleitorais e seus próprios advogados". 6. Dorsey e Zuckerberg admitiram que a preferência política de funcionários "em tempo integral" das empresas, objeto do levantamento citado pelo senador Lee, tende a ser mais progressista; porém, recordaram que a moderação de conteúdo não é realizada apenas por tais funcionários. No caso do Facebook, segundo Zuckerberg, a moderação e a checagem de fatos passam por algoritmos (cabendo, em alguns casos, decisão de moderação baseada exclusivamente em inteligência artificial), por mais de 35 mil funcionários, distribuídos pelo mundo, bem como por empresas com quem o Facebook firmara parceria, como Reuters, Associated Press, Agência France Presse, USA Today e PolitiFact. 7. Dorsey, em particular, reconheceu que a censura à reportagem do New York Post sobre Hunter Biden fora "um erro", baseado em avaliação preliminar de que as informações seriam objeto de hackeamento, o que Distribuído em: 18/11/2020 19:28:55 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 16. Página 4/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 18/11/2020 19:28:45 N.°: 02183 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjE4M19jbWFjaGFsYV8xOC8xMS8yMDIw violaria as políticas e termos de serviço do Twitter. No processo eleitoral, Dorsey afirmou que 2,2% de todos os tuítes relativos ao processo eleitoral, entre 27/10 e ontem, receberam algum tipo de "sinalização" sobre conteúdo. O objetivo dessa sinalização - ora restringindo seu acesso, ora inserindo "links" às postagens que direcionam leitores ao "debate público mais amplo" - seria evitar tentativas de minar a integridade civil das eleições e conter o espraiamento de publicações que levassem a informações "incorretas, manipuladoras ou contenciosas". 8. Zuckerberg e Dorsey reconheceram que o processo de moderação de conteúdos publicados em suas plataformas necessita de maior grau de transparência com relação aos critérios utilizados para censurar ou indicar tais informações como controversas - algo que já estaria sendo feito. Ressaltaram que a dinâmica de moderação de conteúdos é fenômeno recente e que ainda passa por aprimoramento, pelo que se comprometeram a trabalhar em conjunto com os parlamentares para abrir informações, colher sugestões e contribuir com eventuais atualizações legais sobre o tema. Rejeitaram a possibilidade de que mídias sociais sejam equiparadas à imprensa - e, assim, possam ser responsabilizadas judicialmente pelo conteúdo nelas publicado -, argumentando tratar-se de um novo setor, cuja escala demanda medidas legislativas e regulatórias específicas. Na opinião dos empresários, a promoção de transparência deveria ser o foco de qualquer nova medida legal. 9. Restou claro, ao final da audiência, que parlamentares de ambos os lados do espectro político e os CEOs do Twitter e do Facebook concordaram em pelo menos uma ideia-síntese: seria necessário atualizar a Seção 230 da Lei sobre Decoro nas Comunicações ("Communications Decency Act"), que: i) garante proteções e imunidades a plataformas de redes sociais caso algum usuário publique conteúdo ofensivo ou criminoso - diferentemente de empresas de mídia, como jornais e revistas, que podem ser processadas caso conteúdo de tal natureza seja publicado em suas páginas; e ii) possibilita que as plataformas de redes sociais moderem conteúdo publicado por usuários, caso seja de natureza "objetável". Não há consenso, contudo, sobre que tipo de reforma seria necessária, prenunciando-se, em 2021, uma disputa entre democratas, que desejam maior grau de intervenção de Distribuído em: 18/11/2020 19:28:55 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 17. Página 5/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 18/11/2020 19:28:45 N.°: 02183 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjE4M19jbWFjaGFsYV8xOC8xMS8yMDIw plataformas de redes sociais em conteúdo nelas publicado, e republicanos, ciosos de percebidas limitações à liberdade de expressão. 10. Embora a maior parte dos questionamentos de parlamentares democratas tenha recaído sobre o tema da moderação de conteúdo, a natureza das intervenções dos parlamentares ao longo da audiência demonstrou que não seria essa a prioridade do partido em reformas legislativas voltadas a plataformas de redes sociais. A preocupação maior, do lado democrata, consistiria na concentração oligopolista, na falta de competição e nas barreiras à entrada de "startups", que confeririam excessivo poder de mercado e de influência a empresas como Twitter e Facebook. Nas palavras da senadora Amy Klobuchar (D-MN), "estamos vendo uma crise nas startups, estamos vendo cada vez mais fusões e aquisições, e ao longo da história, vimos que isso não é bom para pequenos negócios, para os consumidores e para o capitalismo". Nestor Forster Jr., embaixador. GRR Distribuído em: 18/11/2020 19:28:55 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 18. Página 1/1 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 18/11/2020 19:28:45 N.°: 02183 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjE4M19jbWFjaGFsYV8xOC8xMS8yMDIw
  • 19. Página 1/3 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 24/11/2020 12:03:47 N.°: 02215 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjIxNV9jbWFjaGFsYV8yNC8xMS8yMDIw De Brasemb Washington para Exteriores em 24/11/2020 CODI= CARAT=Ostensivo DEXP= BLEGIS= PRIOR=Normal DISTR=DEUA/DPIND DESCR=EUA RTM/CLIC=GRPEUA CATEG=MG // EUA. Eleições presidenciais. Carta pública de CEOs ao Presidente Trump. Transição. // Nr. 02215 Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados Unidos da América RESUMO= Informo. CEOs de 164 empresas americanas assinam carta pública instando o Presidente Donald Trump a dar início a processo de transição no Governo federal. Altos executivos de 164 empresas, com sede em Nova York, assinaram ontem, 23/11, carta pública ao Presidente Donald Trump instando-o a permitir o início Distribuído em: 24/11/2020 12:04:08 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 20. Página 2/3 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 24/11/2020 12:03:47 N.°: 02215 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjIxNV9jbWFjaGFsYV8yNC8xMS8yMDIw de processo de transição para administração de Joe Biden/Kamala Harris. Assinaram o documento, entre outros, os CEOs de grandes grupos empresariais como BlackRock, Carlyle Group, Mastercard, Visa, MetLife, AIG, Moody`s, HSBC Bank USA, Goldman Sachs, Guggenheim Partners, Accenture, Deloitte, Bloomberg, ViacomCBS, Cushman & Wakefield, PwC, Rockefeller Group, WeWork, Saks Fifth Ave e Condé Nast. 2. A carta de três parágrafos aborda os seguintes temas: - A atenção dos líderes dos setores público e privado deve se concentrar, neste momento, inteiramente no combate ao coronavírus, no auxílio àqueles mais afetados pela pandemia e na recuperação econômica. - A retenção de recursos e informações para a próxima administração coloca em risco a saúde e a segurança econômica da população americana. - Atrasos na transição política "enfraquecem" a democracia nos EUA e a estatura do país no plano internacional. - O interesse nacional e o respeito pela integridade do processo democrático requerem que a "General Services Administration"(GSA) determine ("ascertain") a vitória da chapa Biden-Harris, permitindo o início de uma transição política. 3. Reproduzo, a seguir, o teor da carta pública dos executivos: "164 New York business leaders urge the Trump Administration to Move Forward with Transition Open Letter on Presidential Transition America is being ravaged by a deadly pandemic with enormous social and economic consequences. The attention and energy of public and private sector leaders should be entirely focused on uniting our country to fight the coronavirus, provide aid to those in need, prevent further business disruption and loss of jobs, and invest in our economic recovery and revitalization. Every day that an orderly presidential transition Distribuído em: 24/11/2020 12:04:08 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 21. Página 3/3 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 24/11/2020 12:03:47 N.°: 02215 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjIxNV9jbWFjaGFsYV8yNC8xMS8yMDIw process is delayed, our democracy grows weaker in the eyes of our own citizens and the nation`s stature on the global stage is diminished.Our national interest and respect for the integrity of our democratic process requires that the administrator of the federal General Services Administration immediately ascertain that Joseph R. Biden and Kamala D.Harris are the president-elect and vice president- elect so that a proper transition can begin. Withholding resources and vital information from an incoming administration puts the public and economic health and security of America at risk. As business and civic leaders who reflect the political diversity of the country, we urge respect for the democratic process and unified support for our duly elected leadership. There is not a moment to waste in the battle against the pandemic and for the recovery and healing of our nation to begin". Nestor Forster Jr., embaixador ANM/LFVP . Distribuído em: 24/11/2020 12:04:08 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 22. Página 1/1 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 24/11/2020 12:03:47 N.°: 02215 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjIxNV9jbWFjaGFsYV8yNC8xMS8yMDIw
  • 23. Página 1/3 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 03/10/2020 12:20:55 N.°: 01880 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg4MF9jbWFjaGFsYV8wMy8xMC8yMDIw De Brasemb Washington para Exteriores em 03/10/2020 CODI= CARAT=Ostensivo DEXP= BLEGIS= PRIOR=Normal DISTR=DEUA/DCID DESCR=EUA-POIN RTM/CLIC=GRPEUA REF/ADIT=TEL 1853,TEL 1833,TEL 1832 CATEG=MG // EUA. Política interna. Presidente Donald Trump. Diagnóstico de COVID-19. Impacto na campanha. // Nr. 01880 Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados Unidos da América RESUMO= Informo. Presidente Donald Trump e primeira-dama Melania Trump testam positivo para COVID-19. Confirmação adiciona elemento de incerteza adicional à corrida eleitoral. Campanha presencial do presidente é suspensa por tempo indeterminado e há dúvidas sobre realização do próximo debate na data prevista (15/10). Pandemia de COVID-19 poderá voltar ao centro do debate político-eleitoral. Distribuído em: 03/10/2020 12:22:05 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 24. Página 2/3 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 03/10/2020 12:20:55 N.°: 01880 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg4MF9jbWFjaGFsYV8wMy8xMC8yMDIw O presidente Donald Trump anunciou, na madrugada desta sexta-feira (2/10), que ele e a primeira-dama, Melania Trump, testaram positivo para COVID-19. Colaboradoras próximas do presidente também receberam diagnóstico positivo para o vírus, como sua assessora especial, Hope Hicks, e a presidente do Comitê Nacional Republicano, Ronna McDaniel. Ambas acompanharam o presidente em seu mais recente comício, realizado na cidade de Duluth (Minnesota), na quarta-feira (2/10). 2. A convalescência do presidente introduz elemento de incerteza na corrida eleitoral. Não há registro histórico de presidente que tenha enfrentado problema de saúde em momento tão próximo às eleições. Como impacto político-eleitoral de curto prazo, o presidente terá de suspender suas atividades presenciais de campanha em momento crucial, a apenas 32 dias do dia das eleições gerais, quando a maioria dos estados já iniciou processo de votação antecipada. Desde o início de setembro, o presidente havia voltado a realizar comícios - sua estratégia de preferência para a mobilização de sua base eleitoral -, quase que diariamente, em estados-pêndulo. Os eventos de campanha presenciais passarão a ser protagonizados pelo vice-presidente Mike Pence, que testou negativo para o vírus na manhã de hoje. Há dúvida, ainda, sobre a realização de novo debate presencial entre os candidatos, agendado para 15/10, em Miami. A realização de novo debate já se encontrava em risco, diante da recusa pela campanha do presidente, na noite de ontem (1/10) de aceitar novas regras para o evento (tel 1853). 3. O diagnóstico de Trump também tenderá a afetar a campanha de Joe Biden, que esteve em contato próximo com o presidente e a primeira-dama no debate realizado na noite de terça-feira, 29/9. Biden vinha realizando maior número de viagens e eventos presenciais nas últimas semanas, após manter, ao longo do verão, sua campanha em bases essencialmente digitais (tel 1300). Devido à idade avançada (78 anos), poderão ser renovados os incentivos para que Biden reduza o ritmo de eventos que possam expô-lo à contaminação pelo vírus. No momento, contudo, a campanha do ex-vice-presidente declara, a princípio, "não ter Distribuído em: 03/10/2020 12:22:05 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 25. Página 3/3 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 03/10/2020 12:20:55 N.°: 01880 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg4MF9jbWFjaGFsYV8wMy8xMC8yMDIw planos de reduzir o ritmo da campanha", à luz do diagnóstico negativo que Biden recebeu para COVID-19 no início da tarde de hoje. 4. A atenção pública passará a concentrar-se na recuperação do presidente, o que trará a pandemia de COVID-19 novamente ao centro do debate político-eleitoral. Embora a crise sanitária e econômica causada pelo vírus nunca tenha deixado de ser um dos principais focos de atenção do eleitorado, nas últimas semanas outros temas haviam alcançado protagonismo, como o processo de nomeação de Amy Coney Barrett para a Suprema Corte (tel 1833) e os riscos à higidez do processo eleitoral (tel 1832). De acordo com médias de pesquisas (FiveThirtyEight), 56,5% da população desaprova a gestão da pandemia de COVID-19 pelo presidente Trump e 40,4% a aprovam, índices que se têm mantido estáveis desde maio. 5. O diagnóstico do presidente também poderá ter impactos no funcionamento do Senado, que se prepara para o processo de confirmação de Barrett, em dez dias. Aumentam pressões pelo uso de testes rápidos para detecção de COVID-19 e obrigatoriedade de uso de máscaras no Capitólio. Na manhã de hoje, o senador Mike Lee (R-UT) também recebeu diagnóstico positivo para o vírus, o que tende a afastar o senador republicano do processo inicial de confirmação. Mesmo à luz do caso, o líder da maioria republicana, senador Mitch McConnell, tenciona manter o calendário de sabatina de Barrett, mas disse que "está revendo as precauções de segurança". Nestor Forster Jr., encarregado de negócios, a.i. GRR Distribuído em: 03/10/2020 12:22:05 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 26. Página 1/1 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 03/10/2020 12:20:55 N.°: 01880 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTg4MF9jbWFjaGFsYV8wMy8xMC8yMDIw
  • 27. Página 1/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:50:37 N.°: 01908 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwOF9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw De Brasemb Washington para Exteriores em 09/10/2020 CODI= CARAT=Ostensivo DEXP= BLEGIS= PRIOR=Normal DISTR=DEUA/DCH II DESCR=EUA-POIN RTM/CLIC=GRPEUA REF/ADIT=TEL 1853,TEL 1833 CATEG=MG // EUA. Política interna. Eleições presidenciais de 2020. Debate entre os candidatos à vice-presidência (7/10). // Nr. 01908 Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados Unidos da América RESUMO= Informo. Relata o único debate entre os candidatos à vice-presidência dos EUA, Mike Pence e Kamala Harris. A interação respeitosa entre os participantes contrastou com o tom adotado no primeiro debate entre os cabeças de chapa. Apesar de oferecer oportunidade para que o eleitorado pudesse comparar as plataformas políticas de ambas as candidaturas, o evento não deverá alterar a trajetória da corrida presidencial. Distribuído em: 09/10/2020 17:51:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 28. Página 2/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:50:37 N.°: 01908 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwOF9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw Realizou-se, na noite de 7/10, na cidade de Salt Lake City, em Utah, o primeiro e único debate entre os candidatos à vice-presidência dos Estados Unidos: o vice-presidente Mike Pence, que concorre à reeleição pela chapa republicana, e a senadora Kamala Harris, representante da cédula democrata. 2. Em meio à excepcionalidade das condições que permeiam o atual panorama político norte-americano, o debate entre os vice-presidentes foi enaltecido por ter representado um exemplo de "normalidade" na corrida eleitoral ora em curso. Se no debate presidencial teria faltado decoro na avaliação de analistas (tel 1853), o tom adotado pelos candidatos à vice-presidência e a firme atitude da moderadora (Susan Page, do "USA Today") permitiram uma discussão substantiva, que terá favorecido a comparação entre as respectivas plataformas políticas. Tais condições permitiram que, por um lado, Pence avançasse a estratégia republicana de retratar o programa democrata como "demasiadamente esquerdista" e, por outro, que Harris buscasse enquadrar as eleições de novembro como um "referendo" à atual administração, atacando-a por suas escolhas políticas. Economia 3. Nas palavras de Kamala Harris, os programas econômicos constituem a diferença "mais fundamental" entre o presidente Donald Trump e o ex-vice-presidente Joe Biden. Ao buscar caracterizar o atual presidente como defensor dos interesses do grande capital, Harris afirmou que, caso a chapa democrata vença as eleições, "no primeiro dia, Joe Biden vai acabar" com a ampla reforma tributária promulgada por Trump em 2017. Por sua vez, Pence esclareceu que a referida reforma gerou significativo aumento da renda disponível para a família americana de classe média. A esse respeito, afirmou: "vocês escutaram - no primeiro dia, Joe Biden aumentará seus impostos". Após considerar o programa democrata como sinônimo de "mais impostos, mais regulações e entreguismo para a China", vaticinou: "a economia americana estará na cédula nas próximas eleições". Distribuído em: 09/10/2020 17:51:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 29. Página 3/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:50:37 N.°: 01908 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwOF9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw A pandemia de COVID-19 4. Talvez em seu momento de maior destaque durante o debate, Harris repisou as críticas democratas ao manejo da pandemia de COVID-19 por parte da atual administração, o qual representaria, segundo ela, "o maior fracasso de qualquer governo na história de nosso país". Acusou Trump e Pence (à frente da força-tarefa governamental em resposta ao coronavírus) de conhecerem os riscos envolvidos e as possibilidades de transmissão da doença desde 28 de janeiro, mas terem optado por informar a população apenas em 13 de março. Pence, por seu turno, defendeu a resposta governamental frente à pandemia, em particular a proibição de entrada de viajantes chineses adotada nos últimos dias de janeiro e o esforços para a produção de uma vacina. Justiça norte-americana 5. Em linha com suas manifestações prévias sobre o assunto, Pence defendeu e Harris criticou a tentativa de aprovação, neste momento, do nome de Amy Coney Barrett para a Suprema Corte dos Estados Unidos (tel 1833). Ao defender a reforma do aparato policial e da justiça criminal, Harris afirmou que "não aceita a violência, mas que sempre lutará por seus direitos". Em contraste, Pence atacou a ideia de que existiria um "racismo sistêmico" nos Estados Unidos e reafirmou sua crença no sistema judicial deste país. Ao diferenciar os casos das mortes de Breonna Taylor e de George Floyd, ponderou "não haver desculpa para o que aconteceu com Floyd, mas tampouco há desculpa para motins e saqueadores". Respostas evasivas 6. Tal como no debate entre os candidatos à presidência, foram reveladoras as perguntas que os candidatos se recusaram a responder. Assim como Biden havia feito naquela ocasião, Harris recusou-se a posicionar-se sobre eventual apoio à ampliação do número de juízes na Suprema Corte, proposta que ganha tração em parte do Partido Democrata na esteira do processo de nomeação de Amy Coney Barrett para a vaga da ex-magistrada Ruth Bader Ginsburg. Também se recusou a indicar diferenças entre o programa ambiental da chapa democrata e o "Green New Deal" avançado por suas alas mais radicais, embora tenha Distribuído em: 09/10/2020 17:51:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 30. Página 4/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:50:37 N.°: 01908 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwOF9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw sido questionada a respeito tanto pela moderadora quanto por seu oponente. Pence, por sua vez, deixou de responder perguntas sobre como uma segunda administração Trump ofereceria cobertura de saúde a americanos com "condições pré-existentes" caso o "Affordable Care Act" (popularmente conhecido como "Obamacare") venha a ser considerado inconstitucional pela Suprema Corte (tel 1833). Os candidatos também tergiversaram sobre eventuais conversas com seus colegas de chapa sobre a possibilidade de assumirem o cargo nas hipóteses de falecimento ou incapacidade daqueles. China 7. Sobressaiu, ainda, a ausência de resposta direta de ambos à pergunta da moderadora sobre "a melhor maneira de descrever as relações dos Estados Unidos com a China: competidores, adversários ou inimigos?". Apesar de evitarem semelhante caracterização, a China foi o centro do debate relativo à política externa. Como tem sido praxe na cúpula governamental estadunidense, Pence responsabilizou a China pela disseminação do coronavírus e realizou defesa da postura de enfrentamento frente à segunda maior economia do mundo, sobretudo na área comercial ("guerra tarifária"). Adicionalmente, buscou representar Biden como um admirador ("cheerleader") do Partido Comunista Chinês. Harris, por sua vez, centrou as críticas na abordagem do governo Trump em relação a Pequim, a qual teria "custado vidas, empregos e prestígio internacional" aos Estados Unidos. Imigração 8. Além das perguntas sem respostas, outro ponto que chamou a atenção de analistas foi a ausência de referências a dossiês que, no passado recente, tinham elevado apelo popular. Exemplo foi a temática migratória, apontada como um dos elementos definidores da disputa eleitoral de 2016 e que, até o momento, não foi objeto de qualquer menção nos debates televisionados deste ano, tanto dos candidatos a presidente quanto a vice. Alcance do debate 9. Com 58 milhões de telespectadores, o debate entre os vice-presidentes realizado na última quarta-feira Distribuído em: 09/10/2020 17:51:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 31. Página 5/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:50:37 N.°: 01908 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwOF9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw despertou maior interesse do que em edições anteriores, tendo sido superado apenas pelo debate entre os então candidatos a vice-presidente Joe Biden e Sarah Palin em 2008. Ao menos três fatores contribuem para explicar a atenção conferida ao embate Pence-Harris: a incerteza quanto à realização de novos debates entre os cabeças-de-chapa, a avançada idade dos candidatos à presidência (ambos septuagenários) e os riscos inerentes à pandemia da COVID-19. Segundo analistas, contudo, a maioria do eleitorado tende a não tomar sua decisão de voto baseada nos debates entre candidatos à vice-presidência e, a apenas 24 dias das eleições, as preferências eleitorais já estariam firmemente estabelecidas (tel 1735). Nestor Forster Jr., embaixador CGCFV Distribuído em: 09/10/2020 17:51:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 32. Página 1/1 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:50:37 N.°: 01908 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwOF9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw
  • 33. Página 1/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:38:38 N.°: 01906 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwNl9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw De Brasemb Washington para Exteriores em 09/10/2020 CODI= CARAT=Ostensivo DEXP= BLEGIS= PRIOR=Normal DISTR=DEUA/DAM III/DCH II DESCR=PEXT-BRAS-EUA RTM=CHNBREM REF/ADIT=TEL 1821,TEL 1526,TEL 1509 CATEG=MG // Brasil-EUA. Eleições norte-americanas. Perspectivas para as relações bilaterais. Evento do Wilson Center. // Nr. 01906 Retransmissão automática para Brasemb Pequim RESUMO= Relata evento organizado pelo Wilson Center sobre potenciais consequências das eleições norte-americanas para as relações Brasil-Estados Unidos. O Wilson Center realizou, em 6/10, seminário virtual sobre as potenciais consequências das eleições Distribuído em: 09/10/2020 17:38:54 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 34. Página 2/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:38:38 N.°: 01906 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwNl9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw norte-americanas para as relações Brasil-Estados Unidos. Intitulado "Trump or Biden: What Will it Mean for Brazil and Bolsonaro?", o evento contou com a participação de Ricardo Mendes, sócio-gerente da Prospectiva Consultoria, de Brian Winter, editor da revista "Americas Quarterly", e de Patrícia Campos Mello, repórter da Folha de São Paulo. O moderador foi Ricardo Zúñiga, diretor interino do Instituto Brasil daquele centro de estudos. 2. O colóquio foi aberto com a submissão aos painelistas de duas perguntas previamente enviadas por mim, a convite do Wilson Center, àquela instituição: (i) quais aspectos do relacionamento bilateral deveriam permanecer robustos, independentemente dos resultados eleitorais; e (ii) quais dos avanços concretos obtidos nos últimos dois anos deveriam ter efeitos mais duradouros para as relações bilaterais. A gentileza da nova direção do Wilson Center, ao convidar a Embaixada a participar com questões logo no início, favoreceu que o debate tenha sido, em grande medida, orientado à discussão de temas estruturantes das relações bilaterais, a exemplo (i) do lastro histórico que ampara as relações Brasil-Estados Unidos, (ii) do vigor da interação entre os setores privados de ambos os países, (iii) do interesse comum em prol da restauração democrática na Venezuela e (d) da discussão sobre os modelos de engajamento com a China. 3. Coube a Ricardo Mendes sublinhar que "a maior parte da agenda bilateral seguirá vigente, independentemente de quem vença as eleições" nos Estados Unidos, devido às "históricas e estáveis" relações bilaterais, à "permanência de interesses e valores compartilhados" e à "densa e madura" rede estabelecida entre representantes dos setores privados brasileiro e estadunidense. Aquele analista afirmou esperar avanços nas áreas econômico-comercial (no que chamou de "the improving landscape agenda"), de segurança e de cooperação financeira. Devido à "desafiadora situação fiscal" que se antevê para os próximos anos, Mendes considerou ser a disponibilização de mecanismos de financiamento de projetos a "chave" para o fortalecimento das relações bilaterais. 4. Brian Winter, por sua vez, assinalou o "grande entusiasmo" com as relações bilaterais durante os governos dos presidentes Donald Trump e Jair Distribuído em: 09/10/2020 17:38:54 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 35. Página 3/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:38:38 N.°: 01906 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwNl9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw Bolsonaro, que geraria um ímpeto de realização ("get things done"). Considerou injustas as críticas de que o atual momento poderia ser descrito como "uma amizade em busca de uma agenda", elencando os progressos alcançados nos últimos dois anos, como a assinatura e posterior promulgação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, o firme apoio norte-americano à acessão brasileira à OCDE, a designação do Brasil como Aliado Prioritário Extra-OTAN, bem como os atuais avanços na agenda comercial. A esse respeito, comentou a expectativa de que haja um "significativo" acordo comercial entre Brasil e Estados Unidos no caso de reeleição do atual presidente estadunidense. 5. Patrícia Campos Mello considerou que, independentemente de eventuais alterações nas dinâmicas internas de cada país, interessaria aos Estados Unidos a manutenção das linhas de convergência com a política brasileira em relação à China e à Venezuela. Ao recordar que as sanções contra o regime venezuelano tiveram início ainda durante o governo do presidente Barack Obama, avaliou que eventual administração Biden não deverá alterar substancialmente a atual política estadunidense para aquele país sul-americano. Apesar de considerar que o Brasil poderia aprimorar sua política externa em relação à Venezuela, Campos Mello ressaltou seu "orgulho" pela exemplar acolhida, pelo governo brasileiro, de refugiados venezuelanos. 6. Ricardo Mendes avançou a tese de que a preocupação com o envolvimento da China no hemisfério ocidental deve favorecer a relação entre os Estados Unidos e o Brasil, independentemente de quem venha a ocupar a Casa Branca. Ponderou, no entanto, que a diversificação de parcerias - "inclusive na área militar" - constitui eixo tradicional da inserção internacional brasileira e que o Brasil permaneceria "aberto a negócios" com a China. Em suas palavras, a dependência de capital externo por parte do Brasil impede-o de ser "demasiadamente exigente" na escolha de seus parceiros. 7. Na avaliação de Brian Winter, a evolução no posicionamento do Partido Democrata em relação àquela potência asiática teria permitido o atual consenso bipartidário neste país de que "a China é considerada um rival, para não dizer uma ameaça". No Brasil, por sua vez, "o poder é mais difuso" e a relação com a Distribuído em: 09/10/2020 17:38:54 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 36. Página 4/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:38:38 N.°: 01906 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwNl9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw China seria "mais complexa", por envolver diferentes grupos de interesse, muitos dos quais com perspectivas e projetos nem sempre convergentes. Aquele analista procurou ilustrar com dados a importância da China para o comércio exterior brasileiro: no acumulado do ano, as exportações brasileiras para a China são 3,5 vezes maiores do que aquelas para os EUA, sendo que apenas as vendas de soja àquele país asiático (US$ 19,8 bilhões) superam a soma de todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos (US$ 15,1 bilhões). Ao alertar para a diferença no nível de valor agregado dos produtos da pauta exportadora brasileira para os Estados Unidos e para a China, o moderador, Ricardo Zúñiga, considerou que a esperada relocalização de empresas instaladas na Ásia para países das Américas ("nearshoring") pode representar uma "oportunidade real" para o Brasil. 8. A respeito da disputa geopolítica envolvendo a adoção da tecnologia 5G, Patrícia Campos Mello aludiu à possibilidade de que o Brasil venha a adotar o "modelo indiano", que busca excluir, de fato e não "de jure", a participação de empresas chinesas na infraestrutura dessa tecnologia. Não deixou de criticar, ademais, a abordagem norte-americana em relação a essa questão. Sob sua perspectiva, os EUA vinham oferecendo a seus parceiros "just sticks and no carrots", embora agora sinalizem que poderão oferecer alternativas mais atraentes, com o potencial envolvimento da "International Development Finance Corporation" (DFC). A esse respeito, Brian Winter aludiu à possibilidade de que a decisão brasileira sobre a rede 5G poderá vir a ser influenciada pelos resultados das eleições norte-americanas. 9. Conforme esperado, também foram abordados desenvolvimentos que poderiam tornar mais complexa a manutenção da notável sintonia no mais alto nível das relações bilaterais em caso de uma hipotética presidência democrata. Para Patrícia Campos Mello, os potenciais pontos de fricção neste cenário adviriam da identificação entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump e das diferenças de abordagem na implementação de políticas ambientais e de proteção aos direitos humanos. Para Ricardo Mendes, o presidente Bolsonaro tem-se mostrado "muito pragmático" e disposto a alterar algumas de suas políticas, mas dificilmente alteraria "sua forma de pensar a Amazônia como uma região a ser desenvolvida", Distribuído em: 09/10/2020 17:38:54 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 37. Página 5/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:38:38 N.°: 01906 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwNl9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw tendo sublinhado "o elemento nacionalista" subjacente a esse tema. 10. Brian Winter reconheceu ter havido uma "evolução" na postura do governo brasileiro no tratamento público da questão ambiental, do que seria prova o inédito emprego das Forças Armadas no combate às queimadas em território nacional. Considerou, não obstante, que "a questão amazônica" seria a única com o potencial de "ganhar importância" em eventual governo democrata e "contaminar" o excelente estado das relações bilaterais. Segundo ele, o risco não viria do próprio ex-vice-presidente Joe Biden, que, "ao menos no começo, buscaria manter relações cordiais com o presidente Bolsonaro". Em sua avaliação, as relações bilaterais passariam por "problemas" caso dinâmicas de política interna venham a ser incorporadas às considerações de política externa norte-americana e o Brasil passe a ser "alvo" das alas mais progressistas do Partido Democrata ("if Alexandria Ocasio-Cortez starts tweeting about Bolsonaro, the relationship will be in trouble"). Nesse cenário, Winter avaliou que a melhor maneira de preservar abertas as avenidas de cooperação existentes entre o Brasil e os Estados Unidos seria "tentar baixar a temperatura" e "evitar entrar em confrontos verbais". 11. A íntegra do evento encontra-se disponível em https://bit.ly/34AKIsQ. Nestor Forster Jr., embaixador CGCFV Distribuído em: 09/10/2020 17:38:54 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 38. Página 1/1 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 09/10/2020 17:38:38 N.°: 01906 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MTkwNl9jbWFjaGFsYV8wOS8xMC8yMDIw
  • 39. Página 1/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 04/11/2020 19:10:32 N.°: 02088 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA4OF9jbWFjaGFsYV8wNC8xMS8yMDIw De Brasemb Washington para Exteriores em 04/11/2020 CODI= CARAT=Ostensivo DEXP= BLEGIS= PRIOR=Normal DISTR=DEUA DESCR=POIN-EUA RTM/CLIC=GRPEUA REF/ADIT=TEL 2067,TEL 2054,TEL 1947 CATEG=MG // EUA. Política interna. Eleições presidenciais de 2020. Situação preliminar em 04/11. // Nr. 02088 Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados Unidos da América RESUMO= Informo. Disputa presidencial segue indefinida. Resultado dependerá de Arizona, Nevada, Geórgia, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia. Pesquisas fracassam em delinear corretamente cenário eleitoral. No Senado, republicanos são favoritos para manter o controle. Na Câmara, democratas devem manter a maioria, mas aumento de assentos republicanos é cenário provável. Distribuído em: 04/11/2020 19:10:56 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 40. Página 2/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 04/11/2020 19:10:32 N.°: 02088 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA4OF9jbWFjaGFsYV8wNC8xMS8yMDIw As eleições presidenciais de 2020 confirmaram-se como a disputa mais acirrada desde o ano 2000, quando George W. Bush venceu Al Gore por 271 votos a 269 no Colégio Eleitoral. Mais de 12 horas após o fechamento das últimas urnas no país, não há resultado conclusivo em qualquer das principais corridas eleitorais (presidência, Senado e Câmara dos Deputados). PRESIDÊNCIA 2. Até o início da tarde de hoje (4/11), nenhum dos dois candidatos à presidência atingiu os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral. As disputas continuam em aberto em sete estados: Alasca, Arizona, Carolina do Norte, Nevada, Geórgia, Michigan e Pensilvânia (que juntos totalizam 87 votos no Colégio Eleitoral ainda em aberto). Em Wisconsin, estado vencido por Joe Biden após a finalização da apuração, haverá recontagem de votos, por solicitação da campanha do presidente Trump, uma vez que a diferença entre os candidatos foi inferior a 1%. Até o momento, segundo a Associated Press, o candidato democrata à presidência, Joe Biden, soma 248 votos no Colégio Eleitoral contra 214 do presidente Donald Trump. O cômputo da Associated Press, já inclui, apesar da indefinição, o Arizona (com seus 11 votos eleitorais) como vencido por Biden. 3. O caminho para a vitória, ainda possível para ambos os candidatos, depende agora da apuração de votos recebidos pelo correio em seis estados (dá-se como certa a vitória de Trump no Alasca): - Arizona (11 votos no Colégio Eleitoral): apesar de alguns veículos de imprensa (como a Fox News, a Associated Press e a NBC) terem considerado Biden como vencedor no estado, a disputa segue em aberto, com 86% dos votos apurados. Biden lidera com 51%, contra 47,6% do presidente. Restam, em maioria, votos recebidos pelo correio a apurar, modalidade até agora com maior peso de participação democrata - razão pela qual se atribui a Biden algum favoritismo para vencer o estado. É provável que o resultado seja totalizado ainda hoje; - Carolina do Norte (15 votos no Colégio Eleitoral): Distribuído em: 04/11/2020 19:10:56 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 41. Página 3/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 04/11/2020 19:10:32 N.°: 02088 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA4OF9jbWFjaGFsYV8wNC8xMS8yMDIw com 95% dos votos apurados, restam apenas votos pelo correio a serem apurados (que serão aceitos pelo estado até o dia 12/11). O presidente Trump lidera com 50,1% dos votos, contra 48,7% de Joe Biden. Mesmo à luz da pendência na apuração, analistas consideram que Biden terá dificuldade em superar a vantagem do presidente Trump; - Geórgia (16 votos no Colégio Eleitoral): com 93% dos votos apurados, Trump lidera (50,3% a 48,5%). Apesar da vantagem do presidente, a disputa segue indefinida, uma vez que a maior parte dos votos ainda não contabilizados advém da região metropolitana de Atlanta, com maior peso do eleitorado democrata. Espera-se possível anúncio do resultado no estado ainda hoje; - Michigan (16 votos no Colégio Eleitoral): com 94% das urnas apuradas, Biden lidera com 49,6%, contra 48,7% do presidente Trump. Como na Geórgia, Biden segue com chances no estado, já que a maior parte dos votos pelo correio (expediente usado sobretudo pelo eleitorado democrata) a serem apurados são da região metropolitana de Detroit, e tendem a favorecer o ex-vice-presidente. De acordo com o governo do estado, "espera-se um resultado claro, senão final, até a noite de hoje"; - Nevada (seis votos no Colégio Eleitoral): com 86% dos votos estimados apurados, Biden (49,3%) está ligeiramente à frente de Trump (48,7%). Todos os votos presenciais já foram apurados, restando apenas votos enviados pelo correio. Não são esperados novos resultados de apuração até o início da tarde de quinta-feira (5/11); - Pensilvânia (20 votos no Colégio Eleitoral): de mais lenta apuração entre os estados mais competitivos, tem 80% das urnas apuradas, com ampla, porém decrescente, vantagem do presidente (53,4% a 45,2%). A maioria dos votos pendentes são de regiões metropolitanas, de maioria democrata, mas há também votos não contabilizados de regiões de tendência republicana, o que prenuncia mais uma possível disputa voto a voto. O governo do estado afirmou na manhã de hoje haver "milhões de votos" ainda por apurar. Não é esperado um resultado final antes da próxima sexta-feira (6/11); 4. Com a provável vitória de Trump no Alasca e na Distribuído em: 04/11/2020 19:10:56 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 42. Página 4/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 04/11/2020 19:10:32 N.°: 02088 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA4OF9jbWFjaGFsYV8wNC8xMS8yMDIw Carolina do Norte (que o levariam a 231 votos no Colégio Eleitoral), e a de Biden no Arizona (chegando como indicado acima a 248 votos), estima-se que a reeleição do presidente dependeria de êxito em todos os quatro estados mais disputados: Michigan, Geórgia, Nevada e Pensilvânia. Já Biden teria mais caminhos em aberto, a depender da combinação de dois a três desses estados. Em cenário de acirrada disputa e exíguas margens, a campanha do presidente Donald Trump prepara-se para a possibilidade de solicitar a recontagem de votos nestes e em outros estados, a exemplo do que ocorrerá em Wisconsin. 5. Os resultados acima, embora preliminares, indicam que as pesquisas eleitorais, assim como em 2016, falharam, uma vez mais, em delinear corretamente o cenário eleitoral. Se na eleição passada as pesquisas foram relativamente precisas na indicação do resultado no voto popular, dentro da margem de erro (2,1% de vantagem para Hillary Clinton), agora o desvio é muito superior: as médias das pesquisas indicavam 8,4% de vantagem para Biden, que, no momento, encontra-se, somente 2,1% à frente de Trump no voto popular. Equívoco da mesma ordem de grandeza ocorreu na Flórida, onde uma melhora no desempenho do presidente Donald Trump de cerca de 20% entre eleitores latinos (de ascendência cubana, colombiana e venezuelana, sobretudo na região de Miami) garantiu a vitória no maior estado-pêndulo do país com 3,4% de vantagem (contra vantagem de 2,5% prevista para Biden, pela média das pesquisas às vésperas do pleito). Pode-se antecipar, mesmo antes de totalizados os resultados, que haverá renovado escrutínio sobre as pesquisas como método primordial para projeções político-eleitorais neste país. 6. Ambos os candidatos à presidência manifestaram-se durante a madrugada de hoje. Joe Biden, em sua breve alocução, afirmou estar "no caminho para vencer as eleições" e mostrou-se otimista, defendendo que "todos os votos sejam contados". Já o presidente Donald Trump, também demonstrando confiança em um resultado favorável, indicou que questionará o seguimento de contagem de votos recebidos pelo correio. Em manifestação, censurada pelo Twitter, na madrugada de ontem, Trump afirmou que "estamos à frente, mas estão tentando roubar as eleições" e criticou a possibilidade de que votos "sejam depositados" após o fechamento das urnas. Distribuído em: 04/11/2020 19:10:56 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 43. Página 5/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 04/11/2020 19:10:32 N.°: 02088 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA4OF9jbWFjaGFsYV8wNC8xMS8yMDIw SENADO 7. A disputa pela maioria do Senado também segue indefinida, embora esteja claro - diferentemente do previsto por analistas tradicionais - que os republicanos são os favoritos para manter o controle daquela Casa. Até a manhã de hoje, 5 das 35 disputas seguiam indefinidas. 8. Os principais resultados, que implicam mudança de partido no controle de assento senatorial, ocorreram, como esperado, no Arizona, Colorado e Alabama (tel 2054). No Arizona, o ex-astronauta Mark Kelly venceu contra a senadora republicana, Martha McSally. No Colorado, o governador John Hickenlooper prevaleceu na disputa contra o senador Cory Gardner. Já no Alabama, o republicano Tommy Tuberville venceu a disputa contra o senador democrata Doug Jones. 9. Nas demais corridas principais, a tendência é de manutenção dos assentos republicanos. Confirmou-se a reeleição de senadores republicano em Iowa (Joni Ernst), Montana (Steve Daines) e Maine (Susan Collins). Na Carolina do Norte, o senador republicano Thom Tillis está em vantagem, embora ainda não tenha sido concluída a apuração. Nas duas disputas em curso na Geórgia, há diferentes resultados: o republicano David Perdue poderá ser reeleito em primeiro turno; na disputa pelo segundo assento, a senadora republicana Kelly Loeffler concorrerá em segundo turno com o candidato democrata, o pastor Raphael Warnock, em janeiro de 2021. Em Michigan, o republicano John James encontra-se em disputa acirrada com o senador Gary Peters. 10. No momento com 48 assentos, com cinco ainda indefinidos, uma maioria democrata no Senado (51 assentos) dependeria: i) de uma vitória no segundo turno da eleição na Geórgia, em janeiro; ii) da manutenção do assento em Michigan; ii) de uma virada na Carolina do Norte; de uma melhora na posição do candidato democrata, Jon Ossof, na Geórgia, a fim de forçar um segundo turno contra David Perdue; e iv) de uma, no momento, improvável vitória na disputa do Senado do Alasca. Caso Biden vença as eleições, a prerrogativa de "voto de Minerva" que sua vice, Kamala Harris, teria na condição de presidente do Senado, demandaria a obtenção de apenas três assentos - o que Distribuído em: 04/11/2020 19:10:56 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 44. Página 6/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 04/11/2020 19:10:32 N.°: 02088 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA4OF9jbWFjaGFsYV8wNC8xMS8yMDIw também é improvável, no momento. CÂMARA DOS DEPUTADOS 11. Embora menos otimista que as projeções iniciais, estima-se que os democratas manterão a maioria da Câmara dos Deputados. Porém, não é mais descartado que os democratas tenham uma perda líquida em relação aos 232 assentos que controlam na atual legislatura. Nestor Forster Jr., embaixador GRR Distribuído em: 04/11/2020 19:10:56 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 45. Página 1/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 12:51:41 N.°: 02090 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5MF9jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw De Brasemb Washington para Exteriores em 05/11/2020 CODI= CARAT=Ostensivo DEXP= BLEGIS= PRIOR=Normal DISTR=DEUA DESCR=POIN-EUA RTM/CLIC=GRPEUA REF/ADIT=TEL 2088,TEL 2067,TEL 2054 CATEG=MG // EUA. Política interna. Eleições presidenciais de 2020. Situação preliminar em 04/11. // Nr. 02090 Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados Unidos da América RESUMO= Informo. Disputa presidencial segue indefinida. Resultado dependerá de Arizona, Nevada, Geórgia, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia. Pesquisas fracassam em delinear corretamente cenário eleitoral. No Senado, republicanos são favoritos para manter o controle. Na Câmara, democratas devem manter a maioria, mas aumento de assentos republicanos é cenário provável. Distribuído em: 05/11/2020 12:52:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 46. Página 2/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 12:51:41 N.°: 02090 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5MF9jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw REPETIÇÃO PARA CORREÇÃO DE TEXTO As eleições presidenciais de 2020 confirmaram-se como a disputa mais acirrada desde o ano 2000, quando George E. Bush venceu Al Gore por 271 votos a 266 no Colégio Eleitoral. Mais de 12 horas após o fechamento das últimas urnas no país, não há resultado conclusivo em qualquer das principais corridas eleitorais (presidência, Senado e Câmara dos Deputados). PRESIDÊNCIA 2. Até o início da tarde de hoje (4/11), nenhum dos dois candidatos à presidência atingiu os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral. As disputas continuam em aberto em sete estados: Alasca, Arizona, Carolina do Norte, Nevada, Geórgia, Michigan e Pensilvânia (que juntos totalizam 87 votos no Colégio Eleitoral ainda em aberto). Em Wisconsin, estado vencido por Joe Biden após a finalização da apuração, haverá recontagem de votos, por solicitação da campanha do presidente Trump, uma vez que a diferença entre os candidatos foi inferior a 1%. Até o momento, segundo a Associated Press, o candidato democrata à presidência, Joe Biden, soma 248 votos no Colégio Eleitoral contra 214 do presidente Donald Trump. O cômputo da Associated Press, já inclui, apesar da indefinição, o Arizona (com seus 11 votos eleitorais) como vencido por Biden. 3. O caminho para a vitória, ainda possível para ambos os candidatos, depende agora da apuração de votos recebidos pelo correio em seis estados (dá-se como certa a vitória de Trump no Alasca): - Arizona (11 votos no Colégio Eleitoral): apesar de alguns veículos de imprensa (como a Fox News, a Associated Press e a NBC) terem considerado Biden como vencedor no estado, a disputa segue em aberto, com 86% dos votos apurados. Biden lidera com 51%, contra 47,6% do presidente. Restam, em maioria, votos recebidos pelo correio a apurar, modalidade até agora com maior peso de participação democrata - razão pela qual atribui-se a Biden algum favoritismo para vencer o estado. É provável que o resultado seja totalizado ainda hoje; Distribuído em: 05/11/2020 12:52:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 47. Página 3/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 12:51:41 N.°: 02090 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5MF9jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw - Carolina do Norte (15 votos no Colégio Eleitoral): com 95% dos votos apurados, restam apenas votos pelo correio a serem apurados (que serão aceitos pelo estado até o dia 12/11). O presidente Trump lidera com 50,1% dos votos, contra 48,7% de Joe Biden. Mesmo à luz da pendência na apuração, analistas consideram que Biden terá dificuldade em superar a vantagem do presidente Trump; - Geórgia (16 votos no Colégio Eleitoral): com 93% dos votos apurados, Trump lidera (50,3% a 48,5%). Apesar da vantagem do presidente, a disputa segue indefinida, uma vez que a maior parte dos votos ainda não contabilizados advém da região metropolitana de Atlanta, com maior peso do eleitorado democrata. Espera-se possível anúncio do resultado no estado ainda hoje; - Michigan (16 votos no Colégio Eleitoral): com 94% das urnas apuradas, Biden lidera com 49,6%, contra 48,7% do presidente Trump. Como na Geórgia, Biden segue com chances no estado, já que a maior parte dos votos pelo correio (expediente usado sobretudo pelo eleitorado democrata) a serem apurados são da região metropolitana de Detroit, e tendem a favorecer o ex-vice-presidente. De acordo com o governo do estado, "espera-se um resultado claro, senão final, até a noite de hoje"; - Nevada (seis votos no Colégio Eleitoral): com 86% dos votos estimados apurados, Biden (49,3%) está ligeiramente à frente de Trump (48,7%). Todos os votos presenciais já foram apurados, restando apenas votos enviados pelo correio. Não são esperados novos resultados de apuração até o início da tarde de quinta-feira (5/11); - Pensilvânia (20 votos no Colégio Eleitoral): de mais lenta apuração entre os estados mais competitivos, tem 80% das urnas apuradas, com ampla, porém decrescente, vantagem do presidente (53,4% a 45,2%). A maioria dos votos pendentes são de regiões metropolitanas, de maioria democrata, mas há também votos não contabilizados de regiões de tendência republicana, o que prenuncia mais uma possível disputa voto a voto. O governo do estado afirmou na manhã de hoje haver "milhões de votos" ainda por apurar. Não é esperado um resultado final antes da próxima sexta-feira (6/11); Distribuído em: 05/11/2020 12:52:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 48. Página 4/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 12:51:41 N.°: 02090 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5MF9jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw 4. Com a provável vitória de Trump no Alasca e na Carolina do Norte (que o levariam a 231 votos no Colégio Eleitoral), e a de Biden no Arizona (chegando como indicado acima a 248 votos), estima-se que a reeleição do presidente dependeria de êxito em todos os quatro estados mais disputados: Michigan, Geórgia, Nevada e Pensilvânia. Já Biden teria mais caminhos em aberto, a depender da combinação de dois a três desses estados. Em cenário de acirrada disputa e exíguas margens, a campanha do presidente Donald Trump prepara-se para a possibilidade de solicitar a recontagem de votos nestes e em outros estados, a exemplo do que ocorrerá em Wisconsin. 5. Os resultados acima, embora preliminares, indicam que as pesquisas eleitorais, assim como em 2016, falharam, uma vez mais, em delinear corretamente o cenário eleitoral. Se, ema eleição passada, as pesquisas foram relativamente precisas na indicação do resultado no voto popular, dentro da margem de erro (2,1% de vantagem para Hillary Clinton), agora o desvio é muito superior: as médias das pesquisas indicavam 8,4% de vantagem para Biden, que, no momento, encontra-se, somente 2,1%, à frente de Trump no voto popular. Equívoco da mesma ordem de grandeza ocorreu na Flórida, onde uma melhora no desempenho do presidente Donald Trump de cerca de 20% entre eleitores latinos (de ascendência cubana, colombiana e venezuelana, sobretudo na região de Miami) garantiu a vitória no maior estado-pêndulo do país com 3,4% de vantagem (contra vantagem de 2,5% prevista para Biden, pela média das pesquisas às vésperas do pleito). Pode-se antecipar, mesmo antes de totalizados os resultados, que haverá renovado escrutínio sobre as pesquisas como método primordial para projeções político-eleitorais neste país. 6. Ambos os candidatos à presidência manifestaram-se durante a madrugada de hoje. Joe Biden, em sua breve alocução, afirmou estar "no caminho para vencer as eleições" e mostrou-se otimista, defendendo que "todos os votos sejam contados". Já o presidente Donald Trump, também demonstrando confiança em um resultado favorável, indicou que questionará o seguimento de contagem de votos recebidos pelo correio. Em manifestação, censurada pelo Twitter, na madrugada de ontem, Trump afirmou que "estamos à frente, mas estão tentando roubar as eleições" e criticou a possibilidade de que votos "sejam depositados" após o Distribuído em: 05/11/2020 12:52:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 49. Página 5/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 12:51:41 N.°: 02090 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5MF9jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw fechamento das urnas. SENADO 7. A disputa pela maioria do Senado também segue indefinida, embora esteja claro - diferentemente do previsto por analistas tradicionais - que os republicanos são os favoritos para manter o controle daquela Casa. Até a manhã de hoje, 5 das 35 disputas seguiam indefinidas. 8. Os principais resultados, que implicam mudança de partido no controle de assento senatorial, ocorreram, como esperado no Arizona, Colorado e Alabama (tel 2054). No Arizona, o ex-astronauta Mark Kelly venceu contra a senadora republicana, Martha McSally. No Colorado, o governador John Hickenlooper prevaleceu na disputa contra o senador Cory Gardner. Já no Alabama, o republicano Tommy Tuberville venceu a disputa contra o senador democrata Doug Jones. 9. Nas demais corridas principais, a tendência é de manutenção dos assentos republicanos. Confirmou-se a reeleição de senadores republicano em Iowa (Joni Ernst), Montana (Steve Daines) e Maine (Susan Collins). Na Carolina do Norte, o senador republicano Thom Tillis está em vantagem, embora ainda não tenha sido concluída a apuração. Nas duas disputas em curso na Geórgia, há diferentes resultados: o republicano David Perdue poderá ser reeleito em primeiro turno; na disputa pelo segundo assento, a senadora republicana Kelly Loeffler concorrerá em segundo turno com o candidato democrata, o pastor Raphael Warnock, em janeiro de 2021. Em Michigan, o republicano John James encontra-se em disputa acirrada com o senador Gary Peters. 10. No momento com 48 assentos, com cinco ainda indefinidos, uma maioria democrata no Senado (51 assentos) dependeria: i) de uma vitória no segundo turno da eleição na Geórgia, em janeiro; ii) da manutenção do assento em Michigan; ii) de uma virada na Carolina do Norte; de um melhora na posição do candidato democrata, Jon Ossof, na Geórgia, a fim de forçar um segundo turno contra David Perdue; e iv) de uma, no momento, improvável vitória na disputa do Senado do Alasca. Caso Biden vença as eleições, a prerrogativa de "voto de Minerva" que sua vice, Kamala Harris, teria na condição de presidente do Senado, Distribuído em: 05/11/2020 12:52:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 50. Página 6/6 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 12:51:41 N.°: 02090 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5MF9jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw demandaria a obtenção de apenas três assentos - o que também é improvável, no momento. CÂMARA DOS DEPUTADOS 11. Embora menos otimista que as projeções iniciais, estima-se que os democratas manterão a maioria da Câmara dos Deputados. Porém, não é mais descartado que os democratas tenham uma perda líquida em relação aos 232 assentos que controlam na atual legislatura. Nestor Forster Jr., embaixador GRR Distribuído em: 05/11/2020 12:52:01 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 51. Página 1/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 18:48:34 N.°: 02097 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5N19jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw De Brasemb Washington para Exteriores em 05/11/2020 CODI= CARAT=Ostensivo DEXP= BLEGIS= PRIOR=Normal DISTR=DEUA DESCR=POIN-EUA RTM/CLIC=GRPEUA REF/ADIT=TEL 2090,TEL 2054,TEL 1947 CATEG=MG // EUA. Política interna. Eleições presidenciais de 2020. Situação em 5/11. // Nr. 02097 Retransmitido via clic para os demais Postos nos Estados Unidos da América RESUMO= Informo. Apuração de votos nos EUA segue em compasso lento. Há estados em que Trump tem vantagem (Alasca e Carolina do Norte), em que Biden é favorito (Nevada) e que seguem indefinidos (Geórgia, Arizona e Pensilvânia). Ações judiciais e pedidos de recontagem passam a fazer parte do processo. Possibilidade de maioria democrata no Senado persiste, mas depende de pouco provável confluência de fatores. Distribuído em: 05/11/2020 18:48:57 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 52. Página 2/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 18:48:34 N.°: 02097 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5N19jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw Informo. Apuração de votos nos EUA segue em compasso lento. Há estados em que Trump tem vantagem (Alasca e Carolina do Norte), em que Biden é favorito (Nevada) e que seguem indefinidos (Geórgia, Arizona e Pensilvânia). Ações judiciais e pedidos de recontagem republicanas passam a fazer parte do processo de apuração. Possibilidade de maioria democrata no Senado persiste, mas depende de pouco provável confluência de fatores. Aditel 2090. Dois dias após as eleições gerais de 3/11, apesar do avanço na apuração dos votos nos estados mais competitivos, persiste a indefinição em relação aos principais resultados eleitorais, em particular o vencedor das eleições presidenciais e o controle do Senado. PRESIDÊNCIA 2. Até o final da manhã de hoje (5/11), as projeções mais cautelosas indicam que Biden lidera a corrida eleitoral, com 253 votos no Colégio Eleitoral, contra 214 do presidente Donald Trump. Desde ontem (4/11), atribuiu-se ao candidato democrata a vitória em Michigan, com 16 votos no Colégio Eleitoral. A disputa pelo patamar mínimo de 270 votos depende, assim, da definição dos resultados nos seguintes estados: - Alasca (três votos no Colégio Eleitoral): com 56% dos votos apurados e tido como praticamente certa a vitória do presidente, o Alasca iniciará a contagem de cédulas enviadas pelo correio apenas na semana que vem, o que deverá tardar a divulgação do cômputo final; - Arizona (onze votos no Colégio Eleitoral): desde ontem, houve pouco avanço na apuração dos votos. Com cerca de 86% dos votos contabilizados, Biden lidera com 50,5%, contra 48,1% de Trump. A vantagem de Biden reduziu-se desde ontem, e espera-se que a diferença entre os candidatos se reduza ainda mais quando da divulgação da próxima leva de resultados, às 21 horas de hoje. Para ultrapassar Biden, Trump teria de obter cerca de 60% dos votos ainda não tabulados no estado; - Carolina do Norte (15 votos no Colégio Eleitoral): não houve mudanças desde ontem, tendo o estado apurado Distribuído em: 05/11/2020 18:48:57 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 53. Página 3/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 18:48:34 N.°: 02097 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5N19jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw cerca de 95% dos votos. O presidente Trump segue liderando com margem de 1,4 pontos percentuais. Votos pelo correio enviados até o dia 3/11 e recebidos até o dia 12/11 serão contabilizados, e não há indicação se o governo divulgará novos resultados antes dessa data. - Geórgia (16 votos no Colégio Eleitoral): com 98% dos votos apurados, Trump lidera por apenas 13 mil votos (0,3% de vantagem sobre Biden). A vantagem vem-se reduzindo, à medida que são tabulados votos pelo correio da região metropolitana de Atlanta. A Geórgia é o estado com melhores chances de concluir sua apuração hoje; porém, as estreitas margens não garantem um resultado definitivo, que poderá ser submetido a recontagem em caso de margem inferior a 0,5% - desfecho mais provável, neste momento. - Nevada (6 votos no Colégio Eleitoral): com 88% dos votos apurados, Biden está à frente no estado, com pouco mais de 11 mil votos de vantagem (0,9%) sobre o presidente. Não se sabe se o governo do estado divulgará números adicionais ainda hoje, embora essa possibilidade não esteja descartada. - Pensilvânia (20 votos no Colégio Eleitoral): o maior estado-pêndulo ainda em jogo é palco de disputa cada vez mais acirrada. A tabulação de votos pelo correio (últimos a serem contabilizados no estado, já conclusa a apuração de votos presenciais) implicou a redução da vantagem de Trump sobre Biden. Com estimados 91% dos votos apurados, Trump lidera com 50,4%, contra 48,3% de Biden. Os votos pelo correio ainda a serem contabilizados são de regiões metropolitanas, majoritariamente democratas. Qualquer que seja o lado favorecido, a vitória no estado deverá ser por margem pequena, e o resultado final da poderá não ser conhecido antes do final da semana, inclusive à luz da concentração de processos judiciais de autoria republicana no estado, que já gerou suspensão da contagem de votos em ao menos um condado. A secretária de estado da Pensilvânia, contudo, não excluiu a possibilidade de divulgação de resultado ainda na noite de hoje. 4. À luz dos resultados preliminares e das trajetórias de apuração, pode-se agrupar os estados ainda em processo de contagem em três grupos: i) estados em que Trump é favorecido (Alasca e Carolina do Norte); ii) Distribuído em: 05/11/2020 18:48:57 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 54. Página 4/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 18:48:34 N.°: 02097 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5N19jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw estados em que Biden tem vantagem (Nevada, onde vem ampliando sua liderança); e iii) estados indefinidos (Geórgia e Pensilvânia, onde Trump lidera, mas com margem decrescente em relação a Biden; e Arizona, onde Biden lidera, mas também com margens decrescentes). 5. As estreitas margens nos estados e a vantagem preliminar de Biden, bem como algumas denúncias de irregularidades, já mobilizaram a campanha do presidente a entrar com ações judiciais. À Suprema Corte, solicitou-se que votos pelo correio recebidos após 3/11 em condados da Pensilvânia não sejam contabilizados. A campanha também entrou com pedidos semelhantes em cortes estaduais da Pensilvânia. Nas cortes de Michigan, pediu-se a suspensão dos votos, até que medidas adicionais de observação eleitoral sejam implementadas. Na Geórgia, entrou-se com processo relativo a cerca de 500 votos supostamente recebidos após o prazo legal. Realizaram-se, também, pedidos de recontagem em Michigan e Wisconsin. 6. Na noite de ontem, o presidente Trump declarou vitória em Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte, além de Michigan, caso se comprove que houve fraude. O presidente também tem realizado apelos para que a contagem de votos seja interrompida. 7. Em discurso realizado ontem à noite, o ex-vice-presidente Joe Biden afirmou "estar claro" que estaria vencendo em número suficiente de estados para alcançar os 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para vencer a disputa pela presidência, e fez apelo para que "todos os votos sejam contados". SENADO 8. Com quatro disputas ainda indefinidas, os democratas ganharam um assento em relação à legislatura atual (somando 48 no total), após confirmação da reeleição de Gary Peters, em Michigan, na noite de ontem. Os republicanos também têm 48 assentos e lideram nas disputas em curso no Alasca e na Carolina do Norte (tel 2090). 9. O estado decisivo para o controle do Senado será a Geórgia, onde há duas disputas pelo Senado. Como se sabe, uma delas tem segundo turno já definido, e se dará entre a senadora Kelly Loeffler (republicana) e o pastor Raphael Warnock. A segunda disputa poderá Distribuído em: 05/11/2020 18:48:57 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 55. Página 5/5 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 18:48:34 N.°: 02097 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5N19jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw ainda ser decidida no primeiro turno, caso um dos candidatos obtenha mais de 50% dos votos, mas ainda não há clareza sobre o resultado. O senador republicano David Perdue lidera com 49,99% dos votos contra o candidato democrata, Jon Ossoff. A margem de Perdue tem decrescido, e um outro segundo turno no estado, em 5/1, torna-se possível. 10. Nesse contexto, a confirmar-se o favoritismo republicano no Alasca e na Carolina do Norte, o único cenário em que o Senado poderia passar ao controle democrata dependeria: i) da efetiva realização do segundo turno entre Perdue e Ossoff; ii) de vitória democrata nos dois segundos turnos na Geórgia; e iii) da eleição de Joe Biden como presidente, o que tornaria sua vice, Kamala Harris, presidente daquela casa legislativa, apta a romper impasses em um Senado com 50 assentos da bancada democrata, e 50, da republicana. Nestor Forster Jr., embaixador GRR Distribuído em: 05/11/2020 18:48:57 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 56. Página 1/1 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 05/11/2020 18:48:34 N.°: 02097 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjA5N19jbWFjaGFsYV8wNS8xMS8yMDIw
  • 57. Página 1/4 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 06/11/2020 20:29:49 N.°: 02114 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjExNF9jbWFjaGFsYV8wNi8xMS8yMDIw De Brasemb Washington para Exteriores em 06/11/2020 CODI= CARAT=Ostensivo DEXP= BLEGIS= PRIOR=Normal DISTR=DEUA DESCR=POIN-EUA REF/ADIT=TEL 2090,TEL 2054 CATEG=MG // EUA. Política interna. Eleições presidenciais de 2020. Denúncias de fraudes e irregularidades no processo de apuração. // Nr. 02114 RESUMO= Informo. Denúncias relatam alegadas fraudes e irregularidades eleitorais de pequena escala no processo de apuração de votos das eleições presidenciais. Presidente designa David Bossie como coordenador dos esforços judiciais e de recontagem de votos de sua campanha. Autoridades republicanas defendem maior transparência e rejeição de votos recebidos após fechamento das urnas na Pensilvânia. Distribuído em: 06/11/2020 20:29:52 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33
  • 58. Página 2/4 De: BRASEMB WASHINGTON Recebido em: 06/11/2020 20:29:49 N.°: 02114 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: MjExNF9jbWFjaGFsYV8wNi8xMS8yMDIw Denúncias que tem emergido ao longo dos últimos dias relatam alegadas fraudes e irregularidades eleitorais de pequena escala no processo de apuração de votos das eleições presidenciais. 2. As denúncias de maior escopo deram-se em dois estados: Nevada, onde ação judicial da campanha do presidente Donald Trump questiona cerca de três mil votos ilegais, supostamente depositados por indivíduos falecidos ou residentes de fora do estado; e na Pensilvânia, onde ação judicial da "Public Interest Legal Foundation (PILF)" alega haver 21 mil falecidos nos registros eleitorais da Pensilvânia. Neste último caso, não está claro se votos teriam sido depositados em nome dos registrados falecidos. 3. Também de importante escala seriam denúncias de envio de milhares de cédulas eleitorais para endereços incorretos. O caso de maior escala seria no condado de Allegheny, na Pensilvânia, onde alegado erro operacional teria levado ao extravio de 29 mil cédulas eleitorais, enviadas a endereços incorretos. 4. Além dessas denúncias, há diversos relatos individuais em Michigan, Pensilvânia, Arizona e Nevada, alegando: i) tráfico de cédulas eleitorais em pequena escala; ii) intimidação e restrição de acesso de observadores eleitorais a locais de contagem de votos; iii) critérios de segurança insuficientes para verificação de assinaturas de eleitores em envelopes que enviam cédulas pelo correio; e iv) correção de cédulas preenchidas incorretamente por eleitores, de modo indevido, por mesários. 5. Caberá observar quais dessas denúncias ainda não levadas aos poderes judiciários estaduais serão encampadas pela campanha republicana. O presidente Donald Trump designou hoje, 6/11, David Bossie (diretor adjunto de sua campanha em 2016 e presidente do grupo de "lobby" "Citizens United") como coordenador dos esforços judiciais e de recontagem de votos de sua campanha. MANIFESTAÇÕES OFICIAIS DE AUTORIDADES DO PARTIDO REPUBLICANO Distribuído em: 06/11/2020 20:29:52 Impresso em: 07/12/2020 - 15:33