Este documento apresenta um resumo de 10 tópicos sobre os sacramentos da Igreja Católica, com foco particular na Eucaristia. Inclui slides sobre a instituição da Eucaristia por Jesus durante a Última Ceia, a presença real de Cristo na Eucaristia, os fins e frutos da missa, a estrutura da missa e as orações eucarísticas.
2. 1/26
Eucaristia
PÁSCOA: a festa mais importante do calendário judeu. Recordam como o
sangue de cordeiro com que tinham assinalado as suas casas os tinha livrado
do castigo.
Era o anúncio de outra Páscoa na
qual o sangue do “cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo”, Jesus
Cristo, nos libertaria da escravidão
do demónio e do pecado.
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Ordem
CERIMÓNIA DA PÁSCOA NO TEMPO DE JESUS
Antes de comer o cordeiro dizia-se uma bênção e bebia-se um copo de vinho
misturado com água..
Trazia-se para a mesa as ervas, o pão e o cordeiro assado.
Explicava-se o significado do que se fazia, recitavam-se salmos, tomava-se um
segundo copo de vinho.
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Abençoava-se, partia-se e comia-se o pão sem fermentar.
Depois de comer o cordeiro com as ervas, lavadas já as mãos, benzia-se um
terceiro copo de vinho e bebia-se.
Recitavam-se outros salmos.
7 Benzia-se e bebia-se um quarto copo de vinho.
8 Acção de graças final.
Em 4. Jesus disse: “isto é o meu corpo”. Em 5.: “este é o meu sangue”.Não se fez 7.: “recitado o
hino, saíram...” (Mt 26, 30).
4. 3/26
Eucaristia
Dá ao mesmo tempo aos seus
Apóstolos a capacidade de produzir
a transubstanciação, e o encargo de
continuar a oferecer este sacrifício
ao longo dos séculos.
Na mesma acção instituiu a eucaristia
e o sacerdócio ministerial (= de serviço).
Ao dar o cálice, disse: “Fazei-o em minha memória”.
5. 4/26
Eucaristia
Na eucaristia, Cristo está verdadeira,
real, substancialmente presente.
Fundamentado em 5 textos do Novo
Testamento: Jo 6, Mt 26, Mc 14, Lc 22,
1 Cor 11, 23.
PRESENÇA REAL
Cristo presente todo, completo, em
cada uma das espécies: posto que
ressuscitou, com o seu corpo está o
seu sangue, a sua alma e sua
divindade.
Presença ad modum substantiae =
completo em cada uma das partes das
espécies.
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Eucaristia
PÃO: - de trigo.
- licitude: rito latino: sem fermentar;
rito oriental: fermentado.
- feito recentemente: sem perigo de
corrupção.
VINHO: - da videira e não corrompido.
- obrigação grave de juntar-lhe um
pouco de água, como fez Cristo:
. Recorda que saiu água do seu
lado juntamente com o seu
sangue
. Representa a união do povo
fiel com a sua cabeça Jesus
Cristo.
MATÉRIA
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Eucaristia
SACRIFÍCIO DA MISSA, 1
De fé: a missa é um verdadeiro sacrifício.
Instituído por Cristo na Última Ceia, mas não só
nem principalmente uma renovação desta cena,
senão uma renovação mística e real da morte de
Cristo na Cruz.
De fé: é a renovação incruenta do sacrifício cruento
do Calvário.
8. 7/26
Eucaristia
SACRIFÍCIO DA MISSA, 2
- idêntica oferenda: Cristo (na missa realmente
presente de modo sacramental);
- idêntico sacerdote principal: Cristo (na missa
o ministro actua no nome e na pessoa de Cristo).
Só a maneira em que Cristo oferece o
sacrifício da cruz e o da missa difere:
na cruz sacrifício com derramamento de sangue,
na missa sacrifício incruento.
Identidade missa-cruz:
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Eucaristia
Diferenças acidentais entre a Cruz e a Missa:
Cruz Missa
Cristo oferece-se mortal e
passivamente
Cristo oferece-se imortal e
impassivamente
Cristo oferece-se directamente
Cristo oferece-se por meio do
sacerdote
Cristo redime-nos
Perpetua-se e aplica-se-nos a
redenção
SACRIFÍCIO DA MISSA, 3
10. 9/26
Eucaristia
SACRIFÍCIO DA MISSA, 4
A sua essência consiste na separação
sacramental entre o corpo e o sangue do
Senhor pela dupla consagração do pão e
do vinho, com o consequente significado
da sua morte, ainda que na realidade, sob
ambas as espécies está Cristo completo.
O momento essencial da missa é portanto
a consagração.
A comunhão do sacerdote não pertence à
essência da missa, ainda que sim à integridade
do rito: por isso há-de sumir ambas as espécies.
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Eucaristia
Os sacerdotes devem celebrar o sacrifício eucarístico “com frequência; mais,
recomenda-se encarecidamente a celebração diária, mesmo que não
se possa fazê-lo com assistência de fiéis” (CIC 904).
Antiga disciplina: obrigação várias vezes
cada ano; recomendava-se pelo menos
nos domingos e festas de preceito.
OBRIGAÇÃO DE CELEBRAR MISSA
Por razão do ofício eclesiástico, obrigação
de dizê-la e oferecê-la pelo povo todos os
domingos e dias importantes assinalados
em geral e para cada diocese.
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Eucaristia
FINS DA SANTA MISSA
São quatro:
1) latrêutico (adoração)
2) eucarístico (acção de graças)
3) propiciatório (desagravo pelos
pecados)
4) impetratório (petição)
1 e 2 produzem-se infalivelmente
(referência directa a Deus). 3 e 4,
não (dependem dos homens:
disposições, pedir o conveniente, etc.).
Correspondem aos fins do sacrifício
do Calvário.
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Eucaristia
FRUTOS DA SANTA MISSA
São quatro:
1) Geral (aproveita ao conjunto da Igreja
militante e purgante)
2) Especial (aproveita aos assistentes)
3) Especialíssimo (aproveita ao sacerdote
celebrante)
4) Ministerial (aproveita àqueles por quem
se oferece a missa).
A aplicação do ministerial só a pode fazer
o sacerdote celebrante: pelos vivos ou
pelos defuntos (a modo de sufrágio).
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Eucaristia
ESTRUTURA DA MISSA, 1
Fundamentalmente, a missa consiste em representar
(“voltar a tornar presente”) o sacrifício de Cristo na
cruz, oferecido de uma vez para sempre a Deus Pai
em remissão dos pecados.
O sacrifício da cruz é sempre actual: renova-se em
cada missa por meio dos sinais sacramentais (tornam
realmente presente o corpo e o sangue de Cristo e
misticamente os separam, como se separaram
fisicamente na sua morte).
No altar, o sacerdote ministro faz as vezes de Cristo,
actua em seu nome e pessoa.
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Eucaristia
ESTRUTURA DA MISSA, 2
Duas grandes partes que formam uma unidade
indissolúvel:
1. Liturgia eucarística: núcleo central, actualização
do sacrifício da cruz;
2. Liturgia da palavra: prévia reunião dos fiéis através
da leitura e consideração da palavra de Deus contida
nas Escrituras.
Constituem um só acto de culto
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Eucaristia
ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 1
Elementos que nunca faltam :
1. Uma acção de graças: prefácio;
2. Uma invocação ao Espírito Santo: epiclese;
3. Um relato da instituição da eucaristia, com as palavras de
Cristo sobre o pão e vinho, ditas com sentido de presente,
e que os convertem no corpo e sangue de Cristo: consagração;
4. Uma recordação da paixão e ressurreição de Cristo: anamnese;
5. Uma oblação pela qual a Igreja oferece a Deus Pai o sacrifício
do seu Filho;
6. Algumas intercessões a favor dos vivos e os defuntos;
7. Uma última acção de graças à Trindade: doxologia.
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Eucaristia
São quatro principais e várias mais de
recente incorporação.
O. E. 1:- formação até ao século IV;
- forma definitiva no século VI;
- em toda a Igreja do rito latino: pelos
séculos IX a XI.
O. E. 2: inspira-se na de Santo Hipólito: de
dois ou três séculos anterior ao cânone romano
e é compartilhada com alguns ritos orientais.
ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 2
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Eucaristia
O. E. 3: - com reminiscências de antigas liturgias;
- acentua o aspecto sacrificial da eucaristia;
- nela se destacam a universalidade, o
ecumenismo e a escatologia, assim como o
sacerdócio comum dos fiéis.
O. E. 4: - prefácio fixo: não se pode usar quando as
rubricas exigem um diferente;
- antes do sanctus: contempla Deus em si
mesmo, antes da criação;
- depois: longa acção de graças pelo
conjunto da história da salvação.
ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 3
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Eucaristia
Ao receber a eucaristia se estabelece
uma íntima união entre o homem e
Deus (Jo 6, 57). A isto alude o nome de
comunhão que recebe este sacramento.
Por esta união com Cristo, os cristãos
que participam na eucaristia se unem
além disso entre si.
RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 1
20. 19/26
Eucaristia
RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 2
É o perfeito alimento da vida sobrenatural:
a. sustenta a vida espiritual como o fazem os alimentos materiais com a vida
corporal. Ao robustecê-la, afasta do perigo de cometer pecados;
b. ao aumentar a graça santificante, aumentam todas as virtudes, especialmente
a caridade;
c. perdoa as culpas veniais e reduz as penas temporais;
d. é dádiva de vida eterna, que incoa;
e. como resultado da união com o Senhor, constrói a Igreja, corpo místico de
Cristo, e é vínculo de unidade com os outros cristãos.
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Eucaristia
É capaz de receber com fruto a eucaristia qualquer homem vivo e baptizado
que não levante obstáculo à graça por pecado mortal.
Jejum eucarístico
RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 3
Rito latino: desde o século XII, não se dá a comunhão às
crianças antes do uso de razão. Também não aos
dementes e aos que estão sem consciência.
Se há consciência de pecado mortal, não basta para
comungar fazer um acto de contrição perfeito, a não ser
no caso de necessidade grave, o que raramente sucede.
22. 21/26
Eucaristia
Não é necessário, com necessidade de meio, recebê-la de facto.
Com necessidade de preceito eclesiástico: que todos
os católicos que fizeram a primeira comunhão a recebam
ao menos uma vez ao ano, e precisamente no tempo
pascal, se isto é possível (amplo: desde a quarta-feira de
Cinzas até ao domingo da Santíssima Trindade).
RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 4
É necessário in voto, isto é, desejar recebê-la, para o
cristão baptizado com uso de razão.
Com necessidade de preceito divino: algumas vezes na
vida e ante a iminência da morte.
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Eucaristia
Primeira comunhão das crianças: quando tenham suficiente conhecimento
(preparação cuidadosa) de maneira que entendam o mistério de Cristo na
medida da sua capacidade, e possam receber o corpo do Senhor com fé e
devoção (cfr. CIC 913).
Primeira confissão antes de receber a primeira
comunhão (cfr. CIC 914).
RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 5
Perigo de morte: basta que sejam capazes de
distinguir o Corpo de Cristo do alimento comum
e de receber a comunhão com reverência.
Suficiente conhecimento = uso de razão
(presume-se que seja pelos 7 anos).
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Eucaristia
Ordinário: não comungar mais de uma vez num mesmo dia.
RECEPÇÃO DA EUCARISTIA, 5
Quem já comungou pode voltar a fazê-lo no mesmo dia sempre que seja
dentro de uma missa a que assista.
(Ex.: matrimónio, funeral; na manhã depois da missa da meia-noite (Natal,
Páscoa); incêndio; profanação; perigo de morte.
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Eucaristia
Ministros ordinários: bispo, presbítero, diácono.
Ministro extraordinário: acólito ou outro fiel que “onde o aconselhe a necessidade
da Igreja e não haja ministro” tenha sido legitimamente delegado (cfr. CIC 910 e
230).
DISTRIBUIÇÃO DA EUCARISTIA
Critérios para se ver a necessidade de delegar
num leigo:
1) ausência de ministro ordinário e acólito;
2) exigência do ministério pastoral, doença ou
velhice;
3) grande número de pessoas.
Bispo pode conceder a faculdade de delegar:
bispos auxiliares, vigários episcopais e
delegados episcopais. Outros: 1 vez
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Eucaristia
RESERVA DA EUCARISTIA
Só num lugar digno e seguro;
Num tabernáculo, dentro de uma píxide sobre um corporal;
Com lâmpada continuamente ardendo diante dele;
Renovar as formas consagradas com frequência, pelo menos cada
quinze dias.
(CIC 934-944)
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Ficha técnica
Bibliografia
Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação
Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel)
Slides
Original em português europeu - disponível em inicteol.googlepages.com