Rp rede da conquista-parte01

Copyright © RoyalPlayer.com.br 2014. Todos os direitos
reservados. Nenhuma parte deste livro reproduzido sem a
autorização por escrito do autor.
www.royalplayer.com.br

AVISO!
É ilegal copiar, distribuir ou criar trabalhos derivados deste livro
em seu todo ou em parte ou contribuindo com a cópia,
distribuição, ou criação de trabalhos derivados deste livro. Ao
comprar este livro você entende o seguinte: Você entende que
a informação contida neste livro é uma opinião e, deve ser
usado somente como entretenimento pessoal. Você é
responsável pelo seu próprio comportamento e nada deste livro
deve ser considerado legal ou conselho pessoal.

Agradecimento
Ao longo da minha jornada tenho conhecido pessoas incríveis que me
fizeram enxergar o mundo de uma forma diferente, pude aprender com
cada uma delas e perceber o que realmente faz a diferença em nossas
vidas.
Hoje sou muito grato a amigos que marcaram momentos inesquecíveis
e que possibilitaram a existência deste livro.
Lembro-me perfeitamente do dia em que a minha vida tomaria um
rumo totalmente diferente. Se não fosse pelo meu amigo Leonardo, eu
jamais teria descoberto a arte da sedução.
Sem o Zé, este livro também não faria nenhum sentido, pois através
dele pude aprender com sua história (passamos por situações
diferentes, porém muito semelhantes sobre o mundo da sedução).
Não posso deixar de citar também pessoas como a Cíntia e o Bruno
Lima, que sempre acreditaram no potencial deste projeto e em como
isso poderia impactar a vida de muitas pessoas.

Quero agradecer também a todas as mulheres que fizeram parte deste
processo. Sem elas, seria impossível encarar grandes desafios que me
possibilitaram evoluir como pessoa.
Também quero fazer um agradecimento especial à minha companheira,
Jaqueline, que sempre me apoiou em todos os meus negócios e
entendeu a importância deste projeto. Sem ela, com certeza não
chegaria tão longe.
E por fim, quero agradecer a você leitor por me dar a chance de
mostrar um mundo secreto conhecido por poucos e que merece ser
revelado a todos os homens. Neste momento entrego a você a chave
para abrir uma porta chamada “o mundo da sedução”.

Dedicação
Para todos os homens que, apesar das diversidades, sonham e
acreditam que existe um caminho que os levará a grandes conquistas.

Sumário
Introdução....................................................................................................................... 9
Capítulo 1: Existe um jogo.............................................................................................12
A noite começou...........................................................................................................13
Capítulo 2: O tímido que não tinha chance com as mulheres ...................................27
A história de Hyde........................................................................................................28
Capítulo 3: Aprenda com os sedutores naturais..........................................................33
Sobre o Luy....................................................................................................................34
Sobre o Gabriel .............................................................................................................37
Capítulo 4: Buscando o sucesso com as mulheres.......................................................41
Reflexão.........................................................................................................................42
Novos caminhos ...........................................................................................................44
Capítulo 5: Desenvolvendo habilidades para conquistar mulheres..........................62
Mudanças.......................................................................................................................63

Capítulo 6: O jogo cibernético da sedução ..................................................................66
A nova era da conquista ..............................................................................................67
A rede da conquista......................................................................................................82
Capítulo 7: Tudo está interligado .................................................................................92
A carta............................................................................................................................93
A rede do amor .............................................................................................................95
Pontos de contato ......................................................................................................106
Arte de se jogar com a arte........................................................................................110

Introdução
Entender as mulheres é algo complicado e que não faz muito sentido
para a maioria de nós homens. Por que somente algumas pessoas são
excepcionalmente bem-sucedidas profissionalmente e outras não? Por
que alguns homens não conseguem atrair naturalmente as mulheres
mais desejadas? Por que muitos homens são simplesmente uma
negação com elas? O que está acontecendo?
Durante anos da minha vida fiquei sem entender os motivos que
levavam uma pessoa normal a ter sucesso em alguma coisa. Passei
anos acreditando que o meu destino já estava traçado. Para mim já era
comum assistir ao sucesso de alguns amigos com as garotas mais
atraentes da escola, das festas, das baladas, entre outros lugares que
pudessem ter mulheres interessantes.
Talvez neste momento você queira saber todas as respostas sobre como
conquistar as mulheres mais gatas assim como aconteceu comigo no
passado. Eu não tenho todas as respostas. Aliás, a arte da sedução não
é uma ciência exata, mas eu tenho algumas das respostas que vão fazer
uma grande diferença na sua vida.

Você já deve ter percebido que existem alguns homens naturalmente
sedutores, que desde a adolescência possuem habilidades naturais para
atrair as garotas mais atraentes.
Talvez aquele seu amigo que pegava todas as gatinhas da escola te
deixasse mais inseguro sobre você mesmo, criando uma falsa realidade
sobre ter a necessidade de possuir alguns pré-requisitos para se dar
bem com as mulheres mais gatas.
A verdade é que crescemos num ambiente onde acreditamos que a
nossa vida se resume em 4 etapas:
Primeira: nossos pais nos dizem que devemos estudar e tirar boas notas
na escola;
Segunda: ingressar numa boa faculdade;
Terceira: devemos formar para conseguirmos um bom emprego, pois
isso gera estabilidade;
Quarta: constituir uma família.
Não existe um diálogo sobre dinheiro ou relacionamentos dentro de um
ambiente familiar. Somos condicionados desde pequenos a acreditar
num único caminho.

Será mesmo que o nosso destino já está traçado? Através de uma longa
jornada, pude passar por diversas experiências desde situações
realmente difíceis financeiramente e também na minha vida amorosa,
como também desfrutei de momentos de conquista e de poder.
Você pode encarar este livro como um diário pessoal de um cara
tímido que decidiu revelar os caminhos percorridos no mundo das
sombras e que aprendeu a jogar um jogo diferente para ter sucesso com
as mulheres. Muitos ainda continuaram ignorando a existência de tudo
o que você está prestes a descobrir. Agora é a sua vez de ver por trás
dos bastidores e conhecer o mundo oculto da sedução.

Capítulo 1: Existe um jogo

A noite começou
Dia 21 de dezembro de 2013, sábado à noite, um dos melhores dias
para sair com os amigos. Combinei com o Fabio e o Rafa de irmos a
uma balada no centro de São Paulo. A essa altura, eu já tinha algum
conhecimento sobre a arte da sedução, e eles queriam a minha ajuda
para mudar o cenário que sempre se repetia. Deixei meu carro num
estacionamento próximo da Avenida Paulista e resolvi ir de metrô para
encontrá-los na catraca da Estação República.
Cheguei à estação por volta das 10 horas da noite e lá estava o Rafa me
esperando com alguns de seus amigos. Passado algum tempo, nós
avistamos o nosso amigo Fabio que logo se juntou a nós. Ficamos
conversando durante uns 20 minutos até que de repente, sinto uma mão
tocar em meus ombros. Olhei para trás e fiquei surpreso em saber que a
pessoa que me chamou era uma mulher que eu tinha ficado há alguns
anos atrás.
Ela abriu um leve sorriso ao me ver e ficou surpresa de me encontrar
exatamente naquele lugar, afinal já fazia um bom tempo que nós não
nos víamos.

Após dez minutos de conversa com ela, voltei para os meus amigos e
contei para eles quem era aquela garota. Ela era o tipo de mulher que a
maioria dos homens se sentiam muito atraídos, sua beleza, seu jeito
simpático e seu sorriso, eram fatores que encantavam qualquer cara.
O nome dela era Bruna, eu a conheci no Orkut uma antiga rede social
que bombava há alguns anos atrás. Quando eu a conheci, conversamos
pela internet por pouco tempo e logo perdemos o contato. Cerca de 5 a
6 anos mais tarde, voltamos a nos falar no momento em que o
Facebook era novidade. Não me recordo como a encontrei por lá, mas
depois que retomamos o contato, começamos a conversar e comentar
sobre algo que nunca havia acontecido entre a gente. Se conhecer
pessoalmente.
Naquela altura ela já se sentia à vontade e disposta a sair comigo,
afinal, de certa forma, ela me “conhecia” há anos. Resolvemos marcar
de sair logo na primeira conversa e, fomos nos encontrar num evento
conhecido como Festival do Japão.
Eu nem me importei de saber se ela estava solteira ou não, mas uma
coisa era fato eu estava disposto a conquistar aquela garota. O dia do
evento chegou, era numa sexta-feira por volta das duas horas da tarde,
estava eu e meu amigo Matheus procurando a Bruna e sua amiga.
Bombava: Forma de expressar algo como
uma grande novidade conhecida por muitas
pessoas.

Depois de andar por dez minutos dentro do evento, encontramos as
duas e começamos a interagir com elas.
Sem pensar, eu comecei a dar mais atenção para a amiga da Bruna do
que para ela mesma e, logo percebi que ela começou a se esforçar para
ganhar a minha atenção. Por mais que nós ainda não tivéssemos algum
grau de aproximação mais íntima, ela tinha ficado um pouco frustrada
por perceber que estava sendo deixada de lado e ainda por cima me
vendo dar mais atenção para sua amiga Gabi.
Naquele momento, eu realmente não me importava em ser um cara
atencioso para a Bruna embora eu quisesse ficar com ela. Isso fez com
que ela me enxergasse como um troféu que estava prestes a ser tomado
pela sua amiga. Ao final da tarde, fui embora com meu amigo e, na
hora de me despedir da Bruna, percebi a reação de desanimo dela, pois
ela tinha criado algum tipo de expectativa que acabou sendo mal
sucedida. Dias depois retomei o contato com ela e ao decorrer da
conversa, ela me confessou que tinha ficado com um pouco ciúmes de
sua amiga, pois esperava que eu fosse tentar agradá-la a todo o
momento.
Juro que não fiz de propósito, simplesmente agi naturalmente, eu
realmente não tinha consciência de que aquela atitude iria despertar

ainda mais o interesse dela por mim. Depois de retomarmos o contato,
Bruna e eu decidimos marcar um outro encontro, dessa vez sem
amigos, somente eu e ela. O dia chegou e para minha infelicidade eu
estava gripado e isso me deixou um pouco receoso para tomar alguma
atitude para beijá-la. Com todo esse acontecimento que houve entre
nós, ela simplesmente me atacou e nós nos beijamos loucamente.
Essa foi a breve história que contei para o Rafa e o Fabio, quando eles
me perguntaram quem era aquela garota que tinha vindo falar
alegremente comigo.
Após as apresentações, decidimos seguir nosso caminho até a balada
para começar a grande noite. Faltavam 20 minutos para entrarmos no
local, pude perceber a ansiedade estampada no rosto do Rafa. Ele tem
aproximadamente 1,75m de altura, cabelos grandes no estilo roqueiro,
magro com um jeito tímido, porém conseguia desenrolar uma boa
conversa com os amigos. Ele me disse que fazia aproximadamente dois
anos que não ficava com ninguém e morria de vergonha de falar com
mulheres desconhecidas.
A hora chegou! Era a nossa vez de entrarmos na balada. Logo no
começo fomos ao banheiro, pois o som estava exageradamente alto,

passei algumas dicas rápidas a ele e ao Fabio, que também queria fazer
daquele sábado uma noite diferente.
Entramos para a pista, era hora do jogo começar. Incentivei o Rafa a
começar a abordar algumas mulheres interessantes que estavam ao
nosso redor, mas ele ainda não se sentia preparado para atacar. Decidi
então entrar em campo para demonstrar na prática tudo o que eu havia
falado para ele e, rapidamente abordei 2 garotas próximas de nós.
Usei a regra dos 3 segundos e fui até elas sem hesitar. Ao me
aproximar delas, notei através da linguagem corporal, uma reação de
defesa, afinal é normal que elas pensem que qualquer cara que vá falar
com elas tente alguma coisa, principalmente quando o ambiente é uma
balada. No entanto, eu já estava ciente da possibilidade de reação
defensiva que elas adotariam (na maioria dos casos é normal que isso
aconteça) utilizei uma abordagem indireta sem demonstra nenhum tipo
de interesse e, resolvi abrir a conversa da seguinte maneira: -Oi
meninas eu vi vocês por perto e eu estou precisando de uma opinião
feminina. Cara! Imediatamente as duas abriram um sorriso e
demonstraram boa vontade em me ajudar.

Uma delas me respondeu: - O que você precisa saber? Eu respondi: - É
o seguinte meninas, eu sou novo por aqui e eu queria saber o que vai
rolar essa noite, pois eu e meus amigos estamos pretendendo ir para
outro lugar.
A interação começou a se desenvolver naturalmente e o detalhe que fez
toda a diferença é que eu estava interagindo com a mulher menos
interessante dentre as duas garotas, ou seja, isso fez com que a mulher
mais atraente se sentisse um pouco isolada o que estimularia ela a
querer a minha atenção e isso a deixaria totalmente receptiva a minha
abordagem.
Bingo! A reação da mais atraente foi exatamente o que eu esperava.
Pude notar que ela ficou um pouco confusa, talvez por estar
acostumada a ser a mais notada e, para surpresa dela, isso foi à última
coisa que aconteceu naquele momento. Após algum tempo de
conversa, eu disse a elas que precisava voltar para os meus amigos.
Elas agiram como se não quisessem que eu fosse embora, mas acabei
indo.
O meu objetivo naquela noite era demonstrar para o Rafa que abordar
mulheres desconhecidas era mais fácil, divertido e prazeroso do que
parecia ser e, assim que eu voltei, pude notar uma leve diferença no

rosto dos meus amigos após eles presenciarem a minha atitude para
falar com as garotas.
Eles pareciam ainda não acreditar que tudo o que eu fiz era algo tão
simples e que funcionava poderosamente. A grande maioria dos
homens quando vão à balada acabam se precipitando e já chegam
“encoxando” ou pedindo para ficar com as mulheres, isso apenas
demonstra o porquê eles estão ali.
Embora muitas mulheres queiram ficar com alguém dentro de um
ambiente como uma balada, a maioria delas buscam por homens que
possuem status. Elas não querem parecer que são fáceis demais ou que
são vadias, filtram os homens fracos que demonstram interesse sexual
e ficam com aqueles que conseguem se destacar de alguma forma.
Frase: A grande maioria dos homens quando vão à balada acabam se
precipitando e já chegam “encoxando” ou pedindo para ficar com as
mulheres, isso apenas demonstra o porquê eles estão ali.
Existem diversas formas de status, porém muitos homens acreditam
que o status está apenas relacionado com fama, dinheiro e poder. É
verdade que esses três elementos geram uma certa vantagem no
começo, mas tudo isso não passa de poder superficial. Depender de
fatores externos como o dinheiro, pode te colocar à falência e ainda
Encoxando: Significa intimar
fisicamente uma mulher. Pegar na
cintura, abraçar, chegar por trás.

sim, te faz acreditar que você é foda porque tem todas as mulheres aos
seus pés. O que você prefere? Conquistar as garotas porque você tem
dinheiro ou porque você é um cara foda que sabe envolver
emocionalmente uma mulher? Eu prefiro a segunda opção.
Foi exatamente isso que eu quis demonstrar ao Fabio e ao Rafa quando
estávamos na balada, pois eles tinham a crença de que precisavam ter
algum tipo de status para se dar bem com as mulheres. Após
demonstrar como funcionava uma abordagem indireta, incentivei o
Rafa a escolher um alvo e fazer a abordagem, no entanto, percebi que
ele ainda estava um pouco receoso para tomar algum tipo de atitude.
Procurei motivá-lo e mostrar que tudo isso fazia parte de um jogo e
que a rejeição não está intimamente ligada ao homem em particular.
Afinal, todos nós já possuímos o “não” das mulheres. Naquele
momento de alguma forma consegui motivá-lo, ele foi à luta e resolveu
abordar a primeira mulher da noite.
Não pude ouvir exatamente o que ele disse a ela até porque o som
estava alto demais, porém percebi que ele havido sido ignorado, pois
ela tinha achado que ele era apenas mais um cara querendo algo com
ela. Ele estava nervoso, inseguro, mas foi corajoso por tomar uma
iniciativa diferente. Percebi então que ele precisava de ajuda e lá fui eu

falar com a garota, a princípio ela também me ignorou afinal em clima
de balada é normal uma mulher achar que todos os homens querem
apenas ficar com elas para satisfazer seus impulsos sexuais.
Contudo, após algum tempo, consegui me aproximar da garota e
ganhei sua atenção para iniciarmos uma conversa. No entanto, algo
inesperado acontece, de repente, surge um cara mal humorado em meio
àquela multidão e, ele começa a me encarar e me dá um empurrão. Sua
mensagem estava clara, ele queria me intimidar para sair fora.
Sabe aquele tipo de cara que vai pra balada com as amigas e se faz de
protetor fingindo estar acompanhado de alguma delas? Pois é, dei de
cara com um desses.
Eu tenho uma leve teoria sobre caras como esse, eles geralmente são o
tipo de homem que fazem amizade facilmente com as mulheres, fazem
o papel de bonzinho e dão carona para suas amigas, sendo que uma
delas é aquela mulher que ele tanto deseja ficar mais não sabe como
conseguir. Então, quando eles vão para a balada decidem dar uma de
amigo super protetor para impressionar as garotas.
Quando o valentão apareceu querendo me ameaçar, eu já estava
preparado para uma situação como essa. A pior coisa que você pode
fazer nesse momento é tentar encará-lo e mostrar quem é que manda

no pedaço. A grande sacada é você virar amigo desse cara, tornar dele
um aliado estratégico para que você possa chegar até ao seu alvo. Eu
tentei conversar com ele, mas logo seus amigos nos separaram achando
que era briga. Não perdi meu tempo, segui em frente rumo a outras
abordagens com os meus amigos.
Olhei para o relógio e para minha surpresa já eram por volta das 2:20h
da manhã. No entanto, estávamos dispostos a abordar quantas
mulheres fossem necessárias. Com os olhos atentos, o Rafa me puxa e
disse que viu uma mulher interessante. Ela era de estatura baixa,
cabelos pretos, mestiça parecendo ser descendente de oriental. Agora
era hora do Rafa entrar no jogo, ele encheu o peito, tomou a iniciativa
e foi falar com ela, os dois tiveram um breve diálogo, até que eu vejo
as mãos dela tocarem carinhosamente a cintura do Rafa. Pensei comigo
“dessa vez vai!”.
Praticamente o jogo já estava ganho, ela estava gostando da presença
dele, estava sorridente e permitiu que ele pegasse na cintura dela sem
hesitar. Praticamente a bola estava na marca do pênalti e era só chutar
para marcar o gol. Embora os sinais de interesse estivessem muito
claros, ainda sim o Rafa se deixou abater por sua timidez e demorou
para tomar uma iniciativa. Ela logo desanimou e se retirou com a
amiga.

Por um momento ele ficou chateado, mas feliz por saber que o sucesso
tinha passado pelas suas mãos. “Não foi dessa vez, mais ela estava na
sua”, disse eu para o Rafa.
Ele me responde: - Caralho! Eu vacilei muito! Estava prestes a beijar
ela, mas fiquei com medo de ser rejeitado, eu só precisava tomar
atitude, eu só precisava ter feito isso!
Se nós não tomarmos nenhuma atitude para abordar as mulheres,
vacilarmos na interação ou sermos rejeitados vão dar tudo na mesma.
Lembre-se do seguinte: o “não” nós já temos, então que diferença faz
se uma mulher que eu mal conheço me rejeitar? Nenhuma!
Você já percebeu como muitas pessoas adoram assistir jogos de
futebol? Muitas delas vão aos estádios e ficam na arquibancada
torcendo pelo seu time favorito, outras preferem assistir aos jogos no
conforto de suas casas, mas ainda sim fazem parte do grupo de pessoas
que estão na arquibancada. Elas gritam, falam mal, torcem e pedem
para fazer uma substituição, mas a pergunta que eu te faço é: será que
os jogadores que estão em campo estão ouvindo essas pessoas?
Com certeza não! Eles só irão ouvir quem também está em campo, ou
seja, o técnico de futebol. Muitas pessoas apenas sobrevivem e

assistem ao filme de suas vidas através da arquibancada. Então, elas
esperam que as coisas aconteçam e adivinha. Nada acontece.
Muitos homens querem fazer muito sucesso com as mulheres, eles até
chegam a ir a shoppings, avenidas movimentadas, bares, baladas e
sempre se deparam com alguma mulher interessante, mas eles ainda
estão na arquibancada.
Se você quer ter sucesso com as mulheres, entre em campo e comece a
jogar! Muitos vão me dizer que precisam esperar o tempo ideal para
entrar em campo. Pensar dessa forma só vai fazer com que você viva
no futuro e adivinha. Esse dia nunca irá chegar.
Naquela noite de sábado quando eu estava com meus amigos, estava
disposto a fazê-los entrar em campo. Não tinha como ensinar tudo o
que aprendi, nos 45 do segundo tempo. Eu precisava apenas passar
dicas rápidas que fizessem eles agirem naquele exato momento com as
mulheres.
Coisas interessantes aconteceram naquela noite. Pude constatar o quão
poderoso é o poder da decisão ao ver um de meus amigos chamado
Fábio, entrar em campo sem ter quase nenhuma noção em como se
jogar com as mulheres.

Esse cara realmente me surpreendeu! Pense num cara tímido. Pensou?
Agora multiplique isso por cem. Esse era o Fabio. Ele não é alto e
também nem muito baixo, sua altura é de aproximadamente 1,65m,
descendente de oriental e super tímido para falar com as mulheres. Mas
naquela noite, ele estava disposto a entrar em campo.
Ele abordou um grupo de mulheres no balcão do bar, na pista de dança,
na escada que dava acesso ao lobby. Além disso, o Fabio mal sabia o
que falar e muito menos como ser um cara interessante. Entretanto, ele
vestiu a camisa e foi pra cima da mulherada! O mais interesse é que
não importava o que ele falava às mulheres, elas não o rejeitavam logo
de cara.
Pude perceber diversas circunstâncias ao ver o Fabio agir naquela
noite. O simples fato de você ter uma energia positiva, demonstrar
confiança e ser um cara divertido é o suficiente para conseguir um
novo contato e encontros promissores com mulheres interessantes num
futuro próximo. Embora ele fosse um pouco desajeitado, sua vontade
de querer ser bem-sucedido foi o suficiente para abordar as mulheres
mais gatas e assim iniciar o jogo de conquista com elas.
Lembro-me do momento em que ele foi abordar uma loira de
aproximadamente 1,75m de altura e que tinha uma tatuagem grande

“Se você quer ter sucesso
com as mulheres, entre no
campo e comece a jogar o
jogo!”
nas costas. Mas antes disso acontecer, pude perceber de longe alguns
caras chegarem nela e logo serem ignorados, quando de repente, lá vai
o Fabio falar com ela.
Inesperadamente ele diz algo completamente fora do senso comum e
que eu achei que não iria dar certo. O cara chega na gata e diz: -E essa
tatuagem aí? Confesso que ri demais e ao mesmo achei que ela iria
ignorá-lo, assim como fez com os outros. Para minha surpresa, ela foi
super receptiva com a abordagem dele.
Isso aconteceu porque ele foi engraçado, autêntico e era apenas o jeito
dele ser. A loira caiu na risada, não de desprezo, mas sim porque o
achou divertido e engraçado. Ele conquistou a empatia dela em
minutos e depois de uma breve conversa, pegou seu telefone.
Naquela noite pude constatar algo que nunca tinha acontecido na
minha vida: a simplicidade de se jogar o jogo da conquista. Pude ver o
brilho nos olhos dos meus amigos, eles estavam satisfeitos de algum
modo. A questão não era nem pelo fato de terem conseguido ficar com
essa ou aquela mulher, mas sim por fazer momentos memoráveis
acontecerem.

Capítulo 2: O tímido que
não tinha chance com as
mulheres

A história de Hyde
Se você tivesse me conhecido há alguns anos atrás, com certeza nunca
imaginaria que eu fosse me tornar um cara de sucesso com as
mulheres. Eu não era o tipo de garoto popular que chamava a atenção
das menininhas do colégio e grande parte da minha vida fiquei na
arquibancada observando o sucesso que alguns amigos faziam com as
garotas.
Eu tinha a autoestima extremamente baixa, minha aparência era bem
razoável e eu estava convencido de que dificilmente alguma garota se
interessaria por mim. As situações do passado me fizeram acreditar em
alguns paradigmas que apenas me cegaram e me impediram de
progredir. Naquela época eu podia perceber claramente que só existia
uma forma de fazer sucesso com as garotas: ter nascido com uma
aparência de um deus grego.
Meus amigos eram homens de boa aparência física, era fácil para eles
atraírem os olhares das garotas da escola e essa era a imagem que se
fixava na minha mente. Eu tentava entender quais eram as chances de
um cara como eu conseguir conquistar as garotas e querendo ou não eu
ficava me comparando com os meus amigos fodões.

O problema era que pensar dessa forma apenas fazia com que eu não
me achasse bom o suficiente para conseguir o mesmo tipo de resultado
que eles tinham. Eu não era bonito e meus dentes eram horríveis. Se
alguém pudesse me dar um apelido não seria abridor de lata, seria
abridor de capô de carro. Realmente a situação sobre minha aparência
era foda.
Eu tinha medo até de comprar pão na padaria. Isso já te dá uma boa
noção do quão inseguro e tímido era a minha pessoa. Praticamente o
meu destino já estava fadado ao fracasso, estava convencido de que
ficaria sozinho pra sempre. Lembro-me de uma garota da 6º série, seu
nome era Susan e, de alguma forma me apaixonei por ela. Foi tipo um
amor platônico. Porém, nunca fui corajoso o suficiente para falar com
ela. O máximo que consegui foi ser apenas o seu novo amiguinho de
classe.
Também me recordo de me aproximar timidamente dela e, de alguma
forma ela me deu um pouco de atenção. Mesmo assim, me sentia
incapaz de tentar algo principalmente por ter medo de perder sua
“amizade”.

Às vezes, a escola onde eu estudava promovia algumas festas e eu até
que me animava na esperança de que se comparecesse nas festas,
alguma garota se interessasse por mim, mas raramente isso aconteceu e
quando ouvia alguém dizer que uma pessoa estava afim de mim, não
eram as mais gatinhas que queriam algo comigo.
Além disso, de tempos em tempos, outras festas eram organizadas lá
no meu bairro e grande parte das pessoas que compareciam eram
alunos(as) da escola onde eu estudava.
Os garotos populares sempre estavam presentes. Eles eram o tipo de
cara que as garotas se orgulhavam de estar por perto e eles sempre
conseguiam ficar com alguma gatinha no decorrer das festas.
Para mim era normal ver um rosto conhecido e saber que aquela pessoa
iria ficar com alguma garota. Estava conformado de que alguns caras
nasceram com sorte, enquanto outros como eu estavam fadados ao
fracasso com as mulheres.
Era foda e a minha situação estava realmente foda. Além disso, fiquei
tão acostumado de ver os meus amigos pegarem as garotas mais
gatinhas que comecei a me conformar com a situação.
Pegar: Conseguir beijar
uma mulher.

Por muito tempo eu me ceguei por acreditar que a beleza era um forte
pré-requisito para fazer sucesso com as mulheres, porém depois de um
longo tempo, comecei a perceber o que não havia percebido há anos!
Nem todos os caras de destaque eram atraentes fisicamente, mas o
detalhe que pude perceber e que fez toda a diferença é que todos eles
tinham algo em comum. Eles possuíam uma desenvoltura incrível para
lidar com qualquer pessoa.
Eles não eram tímidos, chegavam abraçando as garotas na cara de pau
e conversavam com todo mundo. Era tão obvio o que eles faziam que
eu não consegui me dar conta de que a habilidade de interagir com as
pessoas era o principal fator que faziam eles serem poderosamente
atraentes para qualquer garota.
A questão não era sobre ser bonitão, mas sim como ter status social.
Durante anos me ceguei em focar na coisa errada.
Tentei entender de todas as maneiras o que fazer para melhorar a
minha aparência e eu me sabotava a todo o momento sobre ter que me
tornar de alguma forma um cara extremamente atraente fisicamente.

No entanto, mesmo alguns amigos meus que eram “boa pinta”, só
faziam sucesso porque eles também sabiam se relacionar com as
pessoas.
Quem você acha que se dá bem? Aquele cara que toma a atitude e
chama as pessoas para formar alianças sociais, ou, aquele cara
bonzinho e tímido que fica esperando as pessoas o chamarem?
Eu até entendia o que estava acontecendo, talvez eu não quisesse
acreditar.
A única diferença é que por anos a minha ficha ainda não tinha caído
sobre o fato de que o que fazia a diferença entre os caras populares e os
que viviam nas sombras assim como eu, era que eles não tinham medo
de mostrar quem eles realmente eram.

Capítulo 3: Aprenda com
os sedutores naturais

Sobre o Luy
- Desculpa, mas é melhor a gente parar por aqui. – era o que o Luy
costumava falar às garotas que queriam algo sério com ele. Era incrível
seu jeito natural de ser divertido, espontâneo e ter a habilidade
fascinante de fazer amizade com qualquer tipo de pessoa. As garotas
adoravam esse cara!
Diferente de mim, ele sempre foi extrovertido e não se sentia
intimidado em ficar num grupo cheio de garotas. Ele era o tipo de cara
que corria atrás do que queria. Se aparecesse uma garota interessante,
ele não se importava em tentar algo com ela e ver no que iria dar.
O Luy era um cara totalmente seguro de si, me lembro de certa vez ir à
balada com ele, quando de repente, uma loira de cabelos ondulados
pediu que a amiga desse um recado a ele que queria ficar com ele. O
cara simplesmente ignorou o pedido.
Essa atitude me fez olhá-lo com outros olhos. Sempre acreditei que os
fodões eram aqueles que conseguiam ficar com qualquer mulher ou
pelo menos com a maioria delas, mas percebi que os mestres
simplesmente escolhiam com quem queriam ficar.

O Luy acabara de me surpreender com sua atitude, pois ele rejeitou
uma garota que muitos não pensariam duas vezes em aceitar ficar ela.
Pude comprovar seu sucesso durante alguns bons anos, mas o
inevitável aconteceu com ele.
Posso me lembrar perfeitamente do dia em que ele ficou com uma das
garotas mais requisitadas do colégio, seu nome era Bianca. No entanto,
só tinha um pequeno detalhe: ele começou a se apaixonar.
Ele queria agradá-la de todas as maneiras. Isso só fez ela se cansar
rapidamente e perder o interesse por ele. A experiência não foi das
melhores: ele correu atrás, tentou se declarar, escreveu cartas de amor,
mas a única coisa que aconteceu foi vê-la se afastar cada vez mais.
Naquele momento fiquei confuso e sem entender o que levaria uma
garota a rejeitá-lo. Afinal, aparentemente ele dava todos os motivos do
mundo para fazer a Bianca se apaixonar. Mas, nada como o tempo para
apagar as mágoas que ficou para trás.
Para a minha surpresa, o Luy ainda teve outras decepções amorosa.
Comecei até a achar que ele era um tanto quanto azarado quando a
questão era gostar de alguém.
“A paixão é uma
zona perigosa que
faz você se perder
e que te
impulsiona a fazer
o que for
necessário para
agradar a mulher
desejada.”

Algumas de suas decepções amorosas foram praticamente histórias
parecidas. No entanto, isso só o fez ficar ainda mais forte. A vida lhe
ensinou que o jogo não é fácil e que é preciso aprender quando se cai.
Ele foi a primeira pessoa a me dar uma dica que até então eu nunca
tinha parado para pensar. Lembro-me como se fosse hoje ele me
dizendo: “Hyde, se você quer se dar bem com as mulheres, nunca
demonstre seus sentimentos e interesse mais do que elas, pois isso só
fará com que elas pisem em cima de você. Elas não querem que você
seja bonzinho, não querem que você dê tudo a elas facilmente. Deixe
que elas desejem sua atenção, que corram atrás de você e não o
contrário”.
Depois da dura lição que a vida havia lhe pregado a cena de insucesso
nunca mais se repetiu. Agora era ele que estava no domínio das
situações, eram elas que corriam atrás dele.
Posso lhe dizer que aprendi muito com o Luy. Ele era um cara
naturalmente bem-sucedido com as mulheres. Sua ousadia era um
grande diferencial para abraçar as melhores oportunidades por onde ele
passava.

Melzudo: Homem que faz
sucesso com muitas mulheres.
Sobre o Gabriel
Dentre diversos momentos memoráveis que eu posso recordar,
acompanhei de perto o sucesso de muitos caras naturalmente bem-
sucedidos com as mulheres. No entanto, não posso deixar de
mencionar um dos maiores galanteadores que já conheci. Seu nome?
Gabriel.
Ele era um cara de boa aparência, bem articulado, popular entre as
garotas, convencido, mas ainda sim, um bom amigo. Esse cara era o
famoso “melzudo” da turma, as meninas simplesmente queriam ficar
com ele.
Sua habilidade em lidar com as pessoas também era um fator que o
deixava em evidência. O cara era popular. Durante muitas festas, pude
presenciar seus momentos de glória com as mulheres, elas logo
notavam sua presença e pediam para as amigas apresentarem ele.
A palavra timidez não fazia parte do seu vocabulário e ele tinha uma
personalidade forte. Sua habilidade em seduzir as mulheres era
impressionante. Todas as festas ou baladas que íamos juntos, o cara
sempre conseguia ficar com alguma mulher.

Além disso, tenho que admitir que ele possuía grandes vantagens: era
um cara alto, se comunicava bem com as pessoas, tinha uma boa
aparência e sabia como envolver as garotas emocionalmente.
Ele era o cara! Lembro-me de uma vez em que fomos à balada: não
deu 5 minutos e já tinha uma mulher gata querendo ficar com ele. No
entanto, o Gabriel também não media esforços para abordar qualquer
tipo de mulher que despertasse o seu interesse.
Nem todas as garotas caiam em seus braços logo de primeira, mas
mesmo assim ele conseguia encantá-las minutos depois. Ele começava
a falar mais devagar, pegava suavemente nos braços das garotas, fazia
contato visual e ele se tornava cada vez mais carinhoso com elas. Era
só questão de tempo até elas aceitarem ficar com ele.
Era incrível como as pessoas respeitavam o Gabriel só pelo fato de ele
fazer tanto sucesso com o sexo feminino. Eu o invejava por isso.
Quando ele e o Luy me chamavam para alguma festa, a conversa
inicial sempre era a mesma: “Quantas garotas vamos pegar hoje? E
você, Hyde, vai chegar nas garotas junto com a gente né?!”

Ouvir esses tipos de perguntas já era o suficiente para me deixar com
um frio na barriga e ao mesmo tempo com uma falsa expectativa de
que algum milagre poderia acontecer, como por exemplo, alguma
garota se interessar por mim.
Enquanto algumas se sentiam atraídas pelo jeito brincalhão e divertido
do Luy, outras se atraíam pela aparência física, popularidade e
autoconfiança do Gabriel. Já no meu caso, eu não sentia que poderia
dar algo de valor no qual as mulheres iriam se interessar.
E o pior de tudo é que eu tinha muita vergonha de pedir algumas dicas
a eles. Afinal, não queria ser conhecido como “o cara que fracassa com
as mulheres”. Meu orgulho masculino falava muito mais alto e eu
precisava manter isso a todo custo.
Praticamente eu vivia com uma máscara e fazia com que os meus
amigos acreditassem que de alguma forma eu era bem-sucedido com as
garotas. Nós homens por natureza possuímos instintos de
competitividade e queremos sempre nos destacar entre os demais. Mas
até que ponto vale a pena ser orgulhoso e continuar sempre na mesma?

Durante um bom tempo essa pergunta ficou martelando dentro da
minha cabeça. Meus amigos achavam que eu não tinha problema com
as mulheres, mas a verdade é que eu tinha centenas de dificuldades,
dentre elas o pavor de falar um simples “oi” para qualquer garota.
O mais foda de tudo isso é que ninguém poderia entender como
exatamente eu me sentia. Por exemplo, não recordo de nenhuma vez
em que o Gabriel não sabia o que fazer para conquistar uma garota. Ele
sempre dava um jeito de conseguir algo, mesmo que fosse um
relacionamento relâmpago.
Talvez naquela época eu não entendesse muito bem os verdadeiros
motivos que levavam os meus amigos a serem tão bem-sucedidos com
as garotas, mas olhando para trás, hoje percebo que seus segredos nada
mais eram do que a forma de saber conversar com as mulheres.
Eles não eram ricos, tinha boa aparência, porém nada algo fora do
normal. No entanto seus maiores segredos estavam na forma de como
eles se comportavam com qualquer pessoa. De alguma forma, o valor
deles era colocado em evidência.

Capítulo 4: Buscando o
sucesso com as mulheres

Reflexão
Como você pôde notar, durante anos convivi com caras que faziam
sucesso naturalmente com as mulheres mais gatas dos lugares que eu
costumava frequentar. Observei cada passo desses caras e isso só
alimentava a minha vontade de querer chegar no mesmo nível que eles.
Mas, como seria possível alguém como eu conseguir os mesmos
resultados que os meus amigos fodões?
Eles chamavam a atenção das mulheres de todas as formas possíveis.
Embora não fossem nenhum “Brad Pitt”, eles sabiam despertar os
gatilhos da atração com o sexo feminino. Nem de longe eu tinha algo
parecido com eles.
Minha aparência era um tanto razoável, me vestia mal, era
extremamente tímido, meus dentes eram tortos. Sem chances para um
cara como esse, não é mesmo? Não foi fácil ver tantas histórias de
sucesso acontecendo com o Luy e o Gabriel, porém menos comigo.
Infelizmente, naquela época eu não conhecida a arte da sedução e se
pedisse ajuda a algum deles, certamente eles me zoariam e meu
fracasso com as mulheres ficaria em evidência. O que mais me
preocupava é que se eu pedisse ajuda a eles sobre o que faziam para
Zoar: Significa tirar
sarro de alguém.

conquistar as mulheres era como se arriscasse a minha reputação,
mesmo que no fundo eu não tivesse nenhuma imagem de fama a zelar.
Além do mais, meus amigos não contavam exatamente o que eles
faziam, o que falavam, como falavam e como conseguiam beijar as
garotas. Eles apenas deixavam claro para mim que era preciso ter boa
aparência e atitude. Essa resposta era óbvia demais, é como se somente
alguns homens pudessem realmente fazer sucesso com as mulheres.
Isso só alimentava a minha crença de que a aparência física era tudo o
que eu precisava ter para me dar bem com as garotas.
Então, aproximadamente 4 anos mais tarde, decidi cuidar da minha
aparência, algo que eu considerava como uma maldição. Decidi iniciar
um tratamento no dentista e coloquei o famoso aparelho fixo. Alguns
meses depois, surpreendentemente o meu rosto estava bem diferente.
Agora eu poderia sorrir e já não tinha aquelas “janelonas” enormes na
minha boca. Estava mais seguro e pronto para iniciar uma nova jornada
na minha vida amorosa. Agora não havia mais desculpas para me sentir
inseguro com as mulheres, pois minha aparência estava melhor do que
antes.

Novos caminhos
Em outubro de 2001, por algum motivo meu pai decidiu me transferir
para um colégio que ele julgava ser a melhor escolha para o meu
futuro. Fiquei um pouco incomodado no começo, pois fazer uma
transferência em pleno mês de setembro não era algo tão normal de
acontecer, ainda mais por ter que adaptar as notas do outro colégio, me
adaptar, etc.
Contudo, ao ter que fazer essa mudança radical, acabei criando uma
leve expectativa de conhecer novas garotas. Logo no meu primeiro dia
de aula tive uma enorme surpresa. Por incrível que pareça só tinham 13
alunos (12 caras e uma única garota na minha nova sala de aula).
-Fodeu! - pensei comigo. Achei que no novo colégio teriam várias
garotas interessantes e que eu seria notado por alguma delas
principalmente por ser um novo aluno no pedaço. Mas, como você
pôde reparar, caí de cara no chão. Contei os dias para que o próximo
ano chegasse e assim novas alunas se matriculassem. Infelizmente, não
foi o que aconteceu.
O ano chegou, porém poucas novidades no quesito mulher. Minha
situação estava cada vez mais crítica, pois enquanto o Luy e o Gabriel
faziam a festa no outro colégio em que eles estudavam, no meu caso já

faziam aproximadamente 3 anos que eu não sabia o que era beijar uma
garota. A essa altura do campeonato eu estava com 16 para 17 anos de
idade e ainda sem ninguém.
Apesar de a maioria dos alunos serem homens na unidade em que eu
estudava, comecei a fazer grandes amizades, dentre eles um cara
chamado Bruno. Ele era magro, tinha aproximadamente 1,80m de
altura, era extrovertido com pessoas que ele já conhecia, porém uma
negação com as mulheres.
E por incrível que pareça ele era mais tímido do que eu se tratando de
mulheres. Posso me lembrar do dia em que ele começou a gostar de
uma garota chamada Jéssica, ela era do tipo que fazia amizade
facilmente com os homens e sempre que íamos a aula de educação
física numa outra unidade da escola, acabávamos encontrando ela.
Já tinha um tempo que o Bruno estava de olho na Jéssica, quando num
belo dia, ele resolveu tentar algo com ela e para a surpresa de alguns
(inclusive eu), ele conseguiu beijá-la. Eles tiveram um relacionamento
relâmpago, foi tudo muito rápido, porém o suficiente para deixá-lo
apaixonado por ela.

Naquele momento não pude entender como alguém poderia se
apaixonar tão facilmente por uma pessoa que mal acabou de conhecer.
Num futuro não muito distante eu saberia exatamente o que fizera o
Bruno se apaixonar tão rapidamente por uma garota.
Conforme o tempo foi passando, por algum motivo a Jéssica não
queria mais ficar com o Bruno e para a minha enorme surpresa ela
estava afim de mim. Eu não dava moral para ela e quanto mais eu a
ignorava mais ela ficava afim.
Para mim essa situação era um tanto quanto engraçada, ironicamente
falando, pois as garotas que não me interessavam queriam algo
comigo, e as que eu mais desejava ficar, não davam nenhuma moral
para mim. Não conseguia entender os motivos que levavam isso a
acontecer.
No final das contas, o Bruno não conseguiu prolongar o
relacionamento com a Jéssica, e eu não dei nenhuma moral para ela. E
assim, cada um de nós seguimos com as nossas vidas.
Praticamente a minha rotina era acordar cedo, ir à escola e voltar para
casa. Nessa época a minha vida ainda não tinham muitas novidades,
exceto o interesse de algumas garotas por mim, mas nada que me

deixasse tão otimista. Eu buscava por algo maior, queria me tornar um
cara popular entre as garotas e ficar com as mais gatinhas.
O mais foda disso tudo é que eu estava numa situação muito pior do
que a do Bruno, pois ele não estava anos sem beijar uma garota.
Num belo dia, recebo uma ligação do Bruno me dizendo que um amigo
dele tinha chamado para ir a uma balada conhecida como Storm, que
ficava localizada no Brooklin, uma região nobre de São Paulo.
Combinamos então de ir nessa tal de Storm e eu mal sabia o que esse
lugar significava. No entanto, eu estava disposto a conhecer novos
ambientes. Marcamos de nos encontrar as 14 horas de um domingo,
nosso ponto de referência foi num ponto de ônibus localizado na frente
de um hipermercado.
Algumas horas mais tarde encontrei o Bruno e ele me apresentou seu
amigo, conhecido como Thiba. Esperamos aproximadamente por uns
15 minutos o transporte público passar e partimos rumo a Storm.
Chegando lá, comecei a ver uma grande movimentação de pessoas
indo para a balada e, a maioria eram garotas extremamente lindas.

- Como eu não pude conhecer este lugar antes? - pensei comigo. Os
portões se abriram, expectativa grande, chiclete no bolso, coração
acelerado, era hora do show. Estamos dentro, hoje o dia promete!
Logo no início da balada, pude observar os casaizinhos já se formando
nos cantos da parede da Storm. Até que de repente eu ouço o Thiba
dizer: “E aí, cara, vamos chegar numas minas aê”. Caralho! Meu
coração disparou na hora, eu não sabia o que fazer e não queria admitir
para eles que eu não sabia abordar as garotas e muito menos queria que
eles descobrissem que eu estava há quase 3 anos na seca. Embora
houvesse aproximadamente 3 horas de amizade, eu já considerava o
Thiba como um grande amigo.
Ele era extrovertido, gente boa e não tinha vergonha de falar com as
garotas. O único problema é que ele também não levava jeito com elas.
Nós três parecíamos os três mosqueteiros na balada, porém apenas o
Thiba tentava alguma coisa com as gatinhas da Storm. Eu e o Bruno
ficávamos só olhando a atitude dele, nos lamentando pelos cantos por
não termos a mesma coragem que ele.
A balada estava chegando ao fim e nada de algum de nós
conseguirmos ficar com alguma garota. Confesso que fiquei mais uma
Mina: Gíria usada para dizer
garota, mulher.

vez decepcionado comigo mesmo. No entanto, eu tinha gostado
daquele lugar.
No dia seguinte, o Bruno e eu ficamos comentando sobre tudo que
havia acontecido na Storm. Falamos sobre o ambiente e principalmente
sobre o nível das garotas que frequentavam aquele local. Decidimos
então ir novamente no domingo seguinte e de novo criei aquela mesma
expectativa maldita de que iriamos sair de mãos dadas com algumas
garotas.
O dia chegou e para nossa surpresa, outra vez saímos de mãos
abanando. Por que será que era tão foda chegar nas garotas? Por que
será que tínhamos um pavor ridículo de ser rejeitado? De onde surgia
toda aquela insegurança? O Bruno e eu ainda não tínhamos essa
resposta. Saímos da Storm mais uma vez frustrados por não termos
nem ao menos tentado conversar com uma garota.
No dia seguinte, mais uma vez comentávamos sobre a balada e
estávamos novamente decididos a voltar lá novamente. Começamos a
divulgar o lugar para alguns amigos e nosso time de caçadores foram
aumentando aos poucos. Chamei o Luy, o Gabriel, o Diogo e o Denis,
enquanto que o Bruno chamou o Thiba, o Tabux, o Juninho e cia.
Chegar: Significa abordar
uma mulher.

Ir à Storm todos os domingos se tornou um novo ritual para nós. A
ansiedade para que os finais de semana se aproximassem era cada vez
maior. Após um mês indo todos os domingos à balada era de se esperar
que uma hora ou outra alguma coisa diferente tinha que acontecer. É
aquela famosa frase “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”,
e foi justamente isso que aconteceu comigo.
Chegou mais um domingão, dia de ir à Storm. Estávamos eu, o Thiba e
o Bruno. E como sempre dizíamos entre nós: “Hoje o dia promete!”.
Sinceramente eu já estava cansado de ser um completo medroso para
abordar as garotas, mas era incrivelmente inevitável a forma de como o
medo tomava conta do meu ser!
Bastava apenas eu pensar em abordar alguma garota que o medo
tomava conta do mim. Entretanto, a cada decepção a minha vontade de
fazer as coisas acontecerem apenas aumentava e dessa vez decidi
encarar as situações com as garotas de uma forma diferente. Antes de
chegar na balada, fui mentalizando coisas do tipo “Hoje eu vou chegar
em várias minas! Hoje eu vou chegar em várias minas!”.
Eu estava realmente disposto a tomar vergonha na cara e abordar
muitas garotas. Chegamos no local, os portões se abriram e lá vamos
nós de novo. Como sempre, visualizamos cada canto do local para

verificar quantas gatinhas estavam presentes e quais eram as que
pareciam estar mais dispostas a ficar com alguém.
Nós estávamos dançando próximo do balcão que vendia bebidas, até
que de repente, eu percebo o olhar de uma garota olhando para a minha
direção. Ela tinha cabelos pretos, pele bronzeada, 160 de altura
aproximadamente e sim, estava me olhando.
Comentei com o Bruno sobre a hipótese de ela estar realmente me
encarando, pedi para que ele a observasse disfarçadamente para
confirmar a minha teoria. Ele virou-se pra mim e disse: -Cara, ela tá te
secando! Vai lá falar com ela!
Eu não queria acreditar, estava inseguro e imediatamente respondi a
ele: - Eu acho que ela tá olhando pra mim pelo fato de eu estar olhando
pra ela. De repente o Thiba entra na conversa e logo me dá uma dura: –
Cara chega logo naquela gata, ela não para de te olhar!
Meu coração começou a disparar, a pressão psicológica era grande,
minhas mãos suavam feito uma cachoeira e a combinação disso tudo
me deixou extremamente tímido para falar com ela. Além do mais, ela
estava num grupo de 3 garotas e 2 caras e, isso me deixou ainda mais
ervoso para falar com ela.

O final dessa história você já deve presumir, eu não fui falar com ela.
No entanto, minutos depois ela passou do meu lado e o inesperado
acontece! O Thiba puxa ela e diz que eu queria falar com ela. –Fodeu!
Fodeu! Fodeu! Eu pensei.
Ela olhou para mim e disse “eu vou pegar água para minhas amigas e
já volto para falar com você”. Ao ouvir essa resposta dela,
imediatamente perdi a esperança de que ela voltasse, mas ao mesmo
tempo me senti aliviado pelo fato de não precisar falar com ela. Estava
conformado com a ideia de que aquilo que ela tinha me dito nada mais
era do que uma bela desculpa para me dispensar.
Após cinco minutos o inexplicável acontece! Ela voltou e rapidamente
me puxou, em seguida, perguntou o que eu queria falar para ela.
Puta que pariu! Eu estava realmente nervoso, não sabia o que dizer e as
únicas palavras que saíram da minha boca foram “Quer ficar
comigo?”. Ela perguntou a minha idade antes de responder essa
pergunta, eu estava com 17, porém com aparência de 14 anos de idade.
Eu tinha por volta de 163 de altura e meu corpo era extremamente
raquítico, eu pesava aproximadamente 48 kg. Isso já te dá uma boa
noção de como eu era.

Após ela perguntar minha idade tive a brilhante ideia de mostrar o meu
RG para ela, pois eu queria comprovar que tinha 17 anos. Em seguida,
perguntei seu nome, ela somente me disse que poderia chamá-la de
Sassa. Ela olhou para a minha identidade, deu um breve sorriso e, ficou
muda por alguns instantes. Sem saber o que fazer, conduzi ela até o
balcão para comprar um pacote de Halls. Em seguida, sugeri que
retornássemos para o mesmo lugar onde meus amigos estavam.
Caralho como eu era inocente!
Ao caminharmos em direção aos meus amigos, ela deu uma breve
parada e me puxou para a parede. –Quero ficar com você aqui e agora!
Disse ela sussurrando em meus ouvidos. O tabu finalmente tinha sido
quebrado, pude sentir seus lábios carnudos, seu perfume, seu abraço e,
naquele momento eu era o cara mais feliz do mundo!
Algo dentro de mim tinha sido modificado. A partir daquele momento
eu me senti como se pudesse conquistar qualquer mulher do mundo.
Porém, no final das contas tudo aquilo não passava de mera questão de
sorte. Se não fosse pela atitude do Thiba em ter puxado o braço dela,
nada daquilo teria acontecido.
Mesmo assim, eu estava feliz e fiquei pensando o tempo inteiro nela e
em tudo que tinha acontecido naquele dia. Eu queria mais, estava

empolgado e louco para que o próximo domingo chegasse. Tudo
aquilo me fez enxergar que sim, era possível conquistar garotas
interessantes!
Ao perceber o meu “resultado” do domingo passado, meus amigos
ficaram um tanto quanto animados, afinal nós estávamos no mesmo
patamar de escassez em relação às mulheres e, de alguma forma, eu
acabei inspirando eles a tomarem uma atitude para fazer abordagens.
Confesso a você que mesmo após ter ficado com a Sassa, de fato
demorou alguns outros meses para eu desenvolver uma confiança
consistente para abordar outras garotas na balada. Só para você ter uma
noção, eu estava indo literalmente de domingo a domingo na Storm.
Conforme o tempo se passava, mais e mais amigos começaram a ir à
balada comigo e com isso, a competitividade começou a rolar nas
nossas conversas.
Sempre que estávamos a caminho da Storm, a conversa era “vamos ver
quem vai pegar mais mulheres!”. Um queria ser melhor que o outro,
parecia que estávamos fazendo parte de uma competição e queríamos
ser reconhecidos para ver quem eram os melhores com as mulheres.
Pegar: Beijar uma mulher.

A cada domingo, a situação exigia mais de cada um de nós. A Storm
tinha se tornado uma referência para muitos caras pelo fato de muitas
garotas gatas frequentarem aquele local. Era incrível a quantidade
crescente de homens que começaram aparecer.
Após alguns meses me considerei um certo tipo de veterano daquela
balada matinê e comecei a fazer as primeiras abordagens por conta
própria.
Cheguei nas garotas das formas mais erradas que você possa imaginar
e para piorar, eu e meus amigos inventávamos cantadas prontas para
tentar ficar com as garotas. Lembro-me até de uma frase que me fez
ficar com uma garota muito gata.
Eu simplesmente cheguei até ela e disse “Oi posso te dar um beijo? Se
você não gostar pode me devolver”, ela não tinha entendido direito a
pergunta, exceto a parte que eu queria dar um beijo nela. Simplesmente
a beijei.
Meus amigos começaram a me ver com outros olhos. Eu estava
tomando mais atitude e ainda por cima tinha conseguido ficar com uma
garota extremamente gata!

No domingo seguinte, logo no começo da balada já comecei abordando
outras garotas, falava coisas erradas, frases ridículas, mas aos poucos
fui evoluindo. Comecei a treinar break (dança de rua da cultura hip
hop) para ver se conseguia conquistar mais gatinhas e realmente isso
me ajudou bastante a atrair os olhares da mulherada.
Naquela altura do campeonato eu comecei a levar a sério os treinos de
dança e ensaiava alguns passinhos básicos com alguns amigos meus,
dentre eles o Bruno, o Thiba, o Denis, o Tabux e o Wesllen.
Começamos então a apelar para a dança na Storm. Afinal, a
concorrência tinha aumentado e muito! Agora a tática era mostrar
nossa ginga para seduzir as garotas. Eu e meus amigos formávamos
uma rodinha e começávamos a dançar, não estávamos nem aí se
dançávamos bem ou não (até então eu achava que estava abalando
kkk), o fato é que a dança me tornou uma pessoa um tanto convencida
e de alguma forma as garotas adoravam isso.
Houve um momento em que eu e o meu amigo Wesllen começamos a
dançar no meio da pista, quando de repente, uma garota me puxa e diz
“Oi, minha amiga quer muito te conhecer”, eu retruquei, “Quem é sua
amiga?” Um minuto depois lá estava eu e a amiga daquela
desconhecida conversando no canto da balada.

O nome dela era Kátia e ela estava muito tímida, parecia que as
palavras não saiam de sua boca. Assim que começamos a desenrolar
um diálogo, ela me disse que me notou desde o momento em que me
viu dançando. Ela e suas amigas simplesmente adoraram os passinhos
de dança que eu e meu amigo estávamos fazendo.
Eu e o Wesllen estávamos longes de ser profissionais da dança de rua
e, a forma de como nós dançávamos eram apenas passinhos básicos,
porém o suficiente para atrair a atenção das garotas.
Pegamos a base das coreografias do filme You Got Served e
mandamos ver na balada, ou pelo menos achávamos que sim.
Eureca! Descobrimos como a dança era poderosa para chamar a
atenção das garotas. A Kátia era a prova viva disso e, não deu outra,
minutos depois eu e ela já estávamos na parede dando alguns
“amassos”. No final do dia, peguei o contato dela e de suas amigas e
em seguida, fui embora com meus amigos.
Na volta para casa, ficamos comentando o efeito que a dança tinha
gerado e decidimos montar um grupo de dança. Foi um desastre, nem
todo mundo levava jeito. Mas no fim das contas, nos divertimos muito
e construímos momentos incríveis no qual tenho orgulho de me
recordar.

Alguns dias depois comecei a conversar com a Kátia pela internet,
depois troquei uma ideia com a irmã dela, depois com a Lary (menina
que tinha me puxado para falar da Kátia) e, assim os dias foram se
passando.
Eu e meus amigos começamos a conversar bastante com as amigas da
Kátia e através dessa aproximação relâmpago, decidimos marcar um
encontro juntando todos nossos amigos para a próxima balada da
semana.
Era domingão novamente e lá estávamos eu e meus amigos, a Kátia e
suas amigas. Tudo parecia bem até que começo a sentir uma breve
atração pela Lary, o foda era que a Kátia queria ficar comigo
novamente e para piorar o meu amigo Wesllen estava muito afim da
Lary.
Era uma situação um pouco complicada, não sabia o que fazer e, no
final das contas acabei ficando novamente com a Kátia. Na semana
seguinte, comecei a conversar bastante com a Lary, porém me disse
que a Kátia não parava de falar de mim. O foda é que eu e a Lary
começamos a ficar cada vez mais próximos e isso acabou gerando uma
atração mútua entre nós.
Trocar ideia: Ter uma
rápida conversa com
alguém.

A Lary confessou que desde o momento em que me viu dançando e me
puxou para falar da Kátia, sentiu uma forte atração por mim. –Que
diabos está acontecendo? Pensei comigo. Meses atrás eu era um
fracassado com as mulheres agora me encontro numa situação em que
eu tenho que decidir com qual garota ficar.
Realmente eu não sabia o que fazer, estava atraído pela Lary que era
nada mais do que a melhor amiga da Kátia e, para piorar a Kátia estava
gostando de mim. A Lary queria ficar comigo, mas não queria magoar
sua melhor amiga, tínhamos um desafio grande para lidar.
Tentei conversar com a Kátia e disse a ela que eu já não estava mais
afim de continuar com ela, pois não estava no meu momento de iniciar
um relacionamento sério. Além disso, eu queria ficar com sua amiga.
A princípio ela ficou mal quando dei a notícia de que não queria mais
continuar com ela e, para piorar, ela estava disposta a tentar cada vez
mais.
Enquanto isso, a minha aproximação com a Lary só aumentava e, isso
fez nós combinarmos de nos encontrar outra vez na Storm. O problema
é que as amigas dela queriam ir também, inclusive a Kátia.
O dia chegou e logo avistei a Lary com suas amigas. Ela veio falar
rapidamente comigo, estava confusa e, juntos nós estávamos

procurando uma solução rápida para conseguirmos ficar juntos.
Estávamos numa grande enrascada.
Kátia não desistia, suas amigas queriam me convencer a ficar com ela
de qualquer jeito e, por outro lado o meu amigo Wesllen não parava de
falar que o quanto ele queria ficar com a Lary.
Lembro-me exatamente do momento em que ele chegou até mim e
disse “Cara fica com a Kátia só desta vez, senão a Lary não vai ficar
comigo”. O foda é que ele ficou me enchendo o saco a todo momento,
não parava quieto e, começou a apelar pro lado emocional.
Amigo é foda! Você se preocupa e fica com medo de dar alguma
mancada. Chamei a Kátia de canto e no mesmo instante o Wesllen
puxou a Lary, olhei para o lado e lá estava ele tentando conquistar ela a
todo custo.
Estava nítido como a Lary não queria ficar com ele através de suas
reações, pois além de não permitir a aproximação dele, ela ficava
olhando para mim o tempo todo!

De repente, o inesperado acontece! A Kátia me beijou e, foi tão rápido
que não deu nem tempo para mim raciocinar o que estava acontecendo.
Era tarde demais, a Lary viu a cena e, logo se rendeu aos braços do
Wesllen.
Ele saiu de lá extremamente feliz, mas no final das contas, eu me senti
totalmente frustrado. Isso me rendeu um bom aprendizado, não
devemos nos render mesmo se um amigo ficar afim da mesma garota
que nós, vá até o final e deixe claro o seu posicionado em relação ao
seu objetivo.
O final de toda essa história confusa é que eu não continuei mais com a
Kátia, não consegui ficar com a Lary e, acabei perdendo o contato das
duas.

Capítulo 5:
Desenvolvendo
habilidades para
conquistar mulheres

Mudanças
A cada abordagem e a cada conquista, fui ganhando mais e mais
confiança e percebi que flertar com garotas desconhecidas não era algo
de outro mundo no qual apenas caras fodões poderiam fazer.
Flertar com garotas na balada agora fazia parte da minha rotina, algo
que um dia eu jamais pensei que seria possível para mim. Demorei
anos para me desenvolver como um homem de sucesso com as
mulheres. De alguma forma ou de outra, a vida nos ensina. O problema
é que ela não tem pressa para nos preparar para os mais diversos
desafios que a vida nos oferece.
Talvez você pense que a minha jornada na sedução tenha começado
cedo demais, ou até mesmo achar que começou tarde.
A grande questão é que homens percebem que mulheres são
interessantes no final do ensino fundamental. Hoje já acredito que essa
percepção sobre o sexo oposto começa bem mais cedo.
Os meios de comunicação evoluíram numa velocidade extremamente
rápida e isso contribui claramente com o desenvolvimento da
humanidade.

Eu acho até engraçado ver como garotos de 10 anos de idade da nova
geração tentam ser homens de 20. Eles já possuem celular, usam
whatsapp, facebook e marcam de ir ao McDonald’s com as garotinhas
da idade deles.
Nessa época eu só pensava em jogar bola, jogar vídeo game e ir ao
parque com os meus amigos. Mas uma coisa é fato: se eu soubesse
tudo o que estou lhe mostrando neste momento, minha vida teria sido
muito mais fácil com as garotas.
A adolescência é uma parte interessante da nossa vida, pois é nela que
descobrimos o quanto as mulheres são importantes para nós.
Começamos a nos tornar mais competitivos e queremos nos destacar
no nosso círculo social.
Infelizmente, muitos homens não aprendem a serem homens com as
mulheres desde a adolescência e isso irá se tornar um peso enorme no
futuro.

Além do mais, o condicionamento social presente em filmes, músicas e
até em desenhos da Disney contribui para que nós acreditemos que
existe apenas duas categorias de homens que fazem sucesso com as
mulheres: os que já nascem em uma família privilegiada e os que
possuem uma beleza de um deus grego.
Se você quer ser bem-sucedido com as mulheres, comece pelo
autoconhecimento. Descubra as suas maiores qualidades, trabalhe sua
individualidade e reflita sobre o que realmente te impede de conquistar
as mulheres.
O segredo de um grande sedutor está na forma de como ele age e se
comporta com as mulheres através das suas características próprias, e
isso não tem nada a ver com destino.

Capítulo 6: O jogo
cibernético da sedução

A nova era da conquista
A ascensão da internet foi uma das épocas mais interessantes da minha
vida dentro dessa jornada para conquistar mulheres. Em 2003, a
internet era a novidade do momento. Eu e meus amigos achávamos
simplesmente o máximo conversar com as garotas nas salas de bate-
papo do Ig.
Quando uma garota retornava a mensagem para nós, era como se
ganhássemos algum tipo de recompensa. As interações duravam horas
e no final de cada conversa, pedíamos o número de ICQ delas.
Naquela época a internet era extremamente lenta e era comum que a
conexão caísse de tempos em tempos. Quando isso acontecia, tínhamos
que remover o cabo link da tomada, plugá-lo novamente, discar o
provedor e voltar para cena online. Além disso, só podíamos entrar na
internet depois da meia-noite ou nos finais de semana, senão aja conta
para pagar.
De certa forma, essa escassez de tempo para utilizar a internet era até
uma certa vantagem, uma vez que não corríamos o risco de ficar 24
horas por dia tentando falar com a mesma garota.

Mesmo que a conversa estivesse ótima, precisávamos obrigatoriamente
esperar uma semana para entrar em contato novamente com ela.
Nesses 5 dias de espera até chegar o final de semana, fazia as pessoas
refletirem um pouco sobre suas vidas durante esse curto espaço de
tempo e isso gerava algo muito poderoso, porém pouco conhecido nos
dias de hoje. Estou falando da saudade.
A saudade é um dos sentimentos mais fortes que eu conheço e que
possui dois lados distintos. Por um lado, esse sentimento desencadeia o
aumento de outros sentimentos, principalmente da paixão e do amor,
por outro, gera uma mistura de substâncias químicas que nos faz sentir
dependentes de algo.
Quando você se apaixona por uma mulher, por exemplo, algo dentro
de você faz sentir um aperto no coração e a ansiedade para falar com
ela aumenta cada vez mais até chegar ao ponto de você não aguentar
mais e isso faz com que você acabe procurando ela de todas as
maneiras possíveis.

Mas se você for capaz de aprimorar seu controle emocional,
conseguirá racionalizar melhor as circunstâncias. É claro que esperar
alguns dias para falar com aquela garota agradável da semana passada
gera uma grande ansiedade para falar novamente com ela, mas o
interessante é que a partir de uma interação agradável as sensações
tendem a ser recíprocas.
Digo isso porque as mulheres são seres sentimentais e ter uma
conversa extremamente agradável com elas, fará com que pensem
sobre o que aconteceu. Além disso, sem ter a possibilidade de se
falarem todos os dias, fará com que elas sintam falta de algo e
despertem a saudade de falar com você, mesmo que seja um cara que
elas mal acabaram de conhecer.
Era exatamente isso que estava acontecendo no começo das interações
pela internet. Pude constatar literalmente que a cada interação parecia
que eu e a garota que tinha acabado de conhecer, estávamos mais
próximos emocionalmente em relação às poucas conversas anteriores
que tivemos.

Imagine o seguinte: você conhece uma garota super simpática hoje,
conversa 4 horas seguidas com ela e de repente você precisa sair da
internet por ter limite de tempo. Isso faria você pensar no quão bom foi
conversar com aquela pessoa, estimularia sua curiosidade e faria você
ficar pensando em “N” situações sobre o que ela poderia estar fazendo
naquele tempo em que vocês não estavam se falando. Aí chega o
bendito final de semana, você está louco para falar com ela.
Acontece que ela teve que viajar de última hora e não conseguiu te
avisar, ou então lhe enviou um e-mail de última hora. Você fica triste,
pois estava contando as horas para chegar o final de semana para falar
com ela.
Mais uma semana se passa e a sua ansiedade simplesmente está
explodindo, a vontade de continuar a conversa com ela é extremamente
forte, algo quase que incontrolável. O dia chega e você consegue falar
com ela novamente, a conversa fica ainda melhor.
O tempo simplesmente voou, já é segunda-feira e lá se vai mais uma
semana de espera. E de novo, você começa a ficar ansioso para chegar
o sábado, porém ela demora para entrar e seus pensamentos começam
a te torturar, uma voz surge no seu inconsciente: “será que ela está com
uma outra pessoa?”.

É assim que grande parte das pessoas se apaixonam pela internet. O
segredo? O segredo é o curto espaço de tempo que você tem para
interagir com uma mulher interessante. Isso gera escassez e é um
gatilho mental extremamente poderoso.
Quando existe menos de alguma coisa, o nosso desejo cresce
intensamente por esse algo. Se você conheceu uma mulher hoje, ficou
horas conversando com ela na fila do banco, telefone ou qualquer coisa
do tipo e de repente vocês precisem se despedir.
Você vai pensar imediatamente que o tempo passou voando, sendo que
vocês ficaram horas e horas conversando. Isso vai lhe dar um gostinho
de quero mais e o seu desejo por ela vai crescer intensamente. Você
mal espera para falar com ela novamente.
Daí ela não aparece no dia em que vocês combinaram de se falar, ou
então, não atende suas ligações. Mil coisas começam a passar pela sua
cabeça: “Será que ela está com outro?”, “Talvez ela não tenha gostado
de mim”.

Após algumas horas ela te liga e diz que tinha ido ao médico com a
mãe dela. Você se sente totalmente aliviado por saber que não era nada
demais. Contudo, o seu sentimento já aumentou, ela não é do tipo que
está a todo momento disponível e você se sente privilegiado ao ouvir a
voz dela pela segunda vez.
Isso se transforma numa bola de neve e cada vez mais você passa a
gostar dessa garota até criar uma obsessão por ela.
Foi exatamente isso que aconteceu comigo há 10 anos aos 17 anos.
Minhas primeiras tentativas de paquera na internet foram em salas de
bate-papo como a do Ig, Humortadela e Uol.
Cara, isso era a maior novidade do momento! Eu e meus amigos
parecíamos idiotas quando recebíamos a resposta de alguma garota
respondendo as nossas mensagens: –Que muito louco! Ela me
respondeu! – pensávamos nós.
Além do mais, quando uma conversa engrenava, era hábito
finalizarmos a interação pedindo o número do ICQ das garotas (Nossa!
que coisa antiga! Talvez você nem saiba do que estou falando).

Foram centenas de interações com garotas totalmente desconhecidas
através de salas de bate-papo e acredite se quiser, coisas realmente
inesperadas aconteceram comigo.
Lembro-me até hoje do dia em que marquei de sair com uma garota
que conversei por cerca de um ano. Devo tê-la conhecido em algum
momento de 2002.
Eu estava começando a desenvolver um sentimento por ela,
conversávamos por horas, trocamos telefone e ela morava num bairro
bem próximo de onde eu morava. Fiquei bem receoso de encontrá-la.
Além da minha insegurança sobre ela não me achar tão atraente,
também fiquei receoso de acabar me encontrando com uma pessoa
diferente da garota que eu criei dentro da minha própria realidade.
Só para garantir a minha segurança, decidi fazer amizade com uma de
suas amigas que se chamava Amanda. Começamos a flertar, o papo era
bom e digamos que consegui conquistar a empatia dela.
Na época eu pensei o seguinte: se eu me decepcionar quando me
encontrar com a Fernanda (garota que eu estava afim no começo),
poderei ficar com a Amanda.

Tudo isso porque eu estava preocupado pelo fato de estar
desenvolvendo um sentimento por uma garota que eu nunca vi na
minha vida.
Depois de meses conversando com a Fernanda, decidimos marcar de se
ver, porém chamei alguns amigos para irem junto comigo. Ao chegar
no local do encontro fiquei surpreso, ela não era nem um pouco
parecida com a pessoa que eu achei que fosse. Sua bela voz no telefone
foi o suficiente para me confundir e acreditar que estava falando com
uma princesa encantada.
No final das contas decidimos ser bons amigos. Depois desse
acontecimento, adivinha o que eu fiz? Começo a flertar novamente
com sua amiga Amanda. Alguns meses mais tarde decidimos nos
conhecer pessoalmente. Tive a mesma surpresa, ela não era tão
atraente o quanto eu imaginava que fosse. Agora sim, tinha aprendido
a lição.
A internet é um mundo confuso onde você precisa procurar evidências
do que realmente é verdadeiro. Tenha certeza sobre a mulher que está
conversando, procure provas de que ela é quem diz ser. Prefira as que
ligam a webcam e não se importam de mostrar quem elas realmente
são.

Naquela época da internet discada quase ninguém tinha fotos no
computador ou se sentia à vontade para mostrá-las. Depois de um
tempo o ICQ se tornou uma ferramenta obsoleta, agora a bola da vez
era o Windows Messenger ou MSN, se você preferir. Essa nova
ferramenta de comunicação instantânea revolucionou a forma como as
pessoas interagiam entre si. Novas atualizações surgiam, agora era
possível compartilhar fotos e conectar a webcam para as pessoas te
verem em tempo real. Uau! Isso que era novidade hein?!
O interessante é que todo aquele progresso do mundo digital estava
acontecendo na mesma época que eu comecei a frequentar a Storm.
Mesmo assim, eu ainda não era tão viciado em internet por dois
motivos:
- Primeiro: eu estava frequentando a Storm todos os domingos;
- Segundo: era a escassez de tempo.
Além disso, como você já deve estar cansado de saber, eu só tinha
acesso à internet depois da meia-noite, ou então, nos finais de semana.

No site da Storm havia uma espécie de mural, lá você deixava seu Msn
e também poderia adicionar pessoas que compartilharam seus contatos
online. Resolvi deixar o meu e-mail para ver se alguma gatinha me
adicionava, mas também decidi adicionar alguns contatos no meu Msn
para ver no que iria dar.
Na minha cabeça todas as garotas que deixavam o e-mail delas no
mural da balada, obviamente eram porque frequentavam aquele local.
Logo, eu poderia flertar com alguma gatinha antecipadamente. Vi a
oportunidade de tornar as minhas investidas mais fáceis, uma vez que
eu conquistasse a empatia das garotas antes de vê-las pessoalmente na
Storm.
Adicionei uns 40 contatos no meu Msn, porém sem muito sucesso.
Decidi então fazer uma limpeza na minha lista, pois nessa brincadeira
de adicionar poucas pessoas, acabei construindo uma lista de
aproximadamente 500 contatos, mas conversava apenas com umas 30
pessoas. Comecei então a fazer a manutenção da lista até que me
deparo com uma garota interessante. O nome dela era Beatriz.

Resolvi iniciar uma conversa com ela e perguntei de qual lugar nós
havíamos nos conhecido, eu realmente não fazia ideia de quem era ela.
Conversa vai, conversa vem, descobri que ela era uma das centenas de
garotas que havia deixado o contato no mural da Storm.
Começamos a conversar sobre a balada, o ambiente, as pessoas, os
nossos gostos musicais. Ficamos horas teclando pelo Msn. Aquela
conversa realmente tinha sido agradável, eu estava disposto a conhecê-
la pessoalmente. Ela era mestiça descendente de japonês, até então eu
nunca tinha ficado com nenhuma japa ou descendente de orientais.
Além disso, embora eu também seja descendente de japonês não me
sentia tão atraído por japonesas, exceto quando conheci a Beatriz. A
cada conversa parecia que nós havíamos nos conhecido há anos e, após
um mês, já estávamos compartilhando coisas intimas sobre nossas
vidas.
Minha vontade de conhecê-la pessoalmente estava cada vez maior e
isso também era recíproco da parte dela.
Teclar: Conversar com
alguém através da internet.

Eu só não entendia o porquê que sempre nos 45 do segundo tempo ela
inventava algumas desculpas para não nos encontrar. Ela era real,
conversávamos com a webcam ligada e eu estava louco para encontrá-
la na Storm.
Embora nossa relação não fosse oficial, estávamos cada vez mais
próximos sentimentalmente, começamos a conversar por telefone,
enviávamos cartas um para o outro, porém era foda não conseguir
marcar algo concreto. Algo estava errado.
Alguns meses se passaram e ela só me enrolava. Caralho, eu estava
realmente gostando daquela garota, ela era diferente. extrovertida,
divertida e atraente. Até então, eu nunca tive uma namorada ou fiquei
com alguém durante um ou mais meses.
A Beatriz era a primeira pessoa que tinha conseguido me fisgar, o
único problema é que eu ainda não a conhecia pessoalmente.
Praticamente nossas conversas não saiam do mundo digital. Depois de
um tempo pedi ela em namoro mesmo sem nos conhecer pessoalmente,
ela aceitou e até apresentou a mãe dela para mim (via webcam).
Sua mãe era uma mulher muito simpática e bem atraente, não me
recordo qual era exatamente sua idade, mas tenho certeza de que ela
tinha aproximadamente 36 anos.

Depois que comecei a conversar com ela descobri que o verdadeiro
motivo que fazia a Beatriz inventar inúmeras desculpas para não me
ver pessoalmente era simplesmente pelo fato de que ela morava em
outro estado.
Naquele momento eu fiquei muito puto! Afinal me iludi por uma
pessoa que morava do outro lado do país. No entanto, meu sentimento
já havia sido desenvolvido e era mais forte do que eu esperava, dessa
forma, perdoei a Beatriz por suas mentiras.
E assim, durante um ano levamos nosso relacionamento através de
cartas, conversas pela internet ou telefone. Ficávamos contando os dias
para nos encontrarmos pessoalmente.
Em 2006, finalmente consegui conhecer a Beatriz pessoalmente e
desde então começamos um relacionamento sério no mundo real. Ela
se mudou para São Paulo, nada poderia nos impedir de ser felizes.
Exceto a minha falta de experiência sobre relacionamentos sérios.
Cai na armadilha da paixão, fazia de tudo para agradar a minha mais
nova namorada e o pior, me tornei um cara extremamente ciumento.
Brigas e mais brigas começaram a surgir e com elas a minha
insegurança de nunca mais encontrar uma pessoa a altura dela.

O final dessa história é que o relacionamento foi por água abaixo. No
momento em que tudo tinha terminado me vem uma breve lembrança
deixada pelo meu amigo Luy. “Elas não querem que você seja
bonzinho com elas, não querem que você de tudo a elas facilmente.”
Eu sabia disso a todo momento, porém a paixão me cegou e me fez
esquecer deste pequeno detalhe. Até mesmo o Luy e o Gabriel que
eram caras naturalmente fodões com as mulheres experimentaram essa
fase de estar sob o controle delas.
Por mais que eles ficassem com muitas garotas, houve alguns
momentos em que eles se interessaram por mulheres que simplesmente
não faziam questão de ficar com eles. Logo, foram dispensados por
elas.
A paixão é um sentimento extremamente poderoso. No começo ela te
seduz, te faz viajar, pensar longe e te torna dependente. Um espaço em
branco surge dentro da nossa mente e a única forma de preencher essa
lacuna é sendo correspondido pelo nosso desejo de obter aquela
determinada mulher.

Se for correspondido, ótimo! Você vai exigir mais dedicação, mais
comprometimento e sem perceber acabará se tornando uma pessoa
egoísta. Queremos ser donos da verdade, nada mais importa a não ser
que a mulher viva por você. Nós acabamos vivendo uma falsa
realidade que nós mesmos construímos e queremos que os nossos
próprios desejos sejam a única lei dentro desse mundo ilusório.
A grande questão é que as mulheres vivem a realidade. Elas querem
espaço e querem descobrir por si próprias os mistérios que habitam
dentro de nós. Elas querem explorar o nosso mundo e descobrir coisas
fascinantes dentro dele. No entanto, a paixão faz com que nós
revelemos a parte fragilizada do nosso mundo.
Só nos damos conta de toda essa fantasia criada pela nossa própria
mente quando nos desconectamos dessa paixão tenebrosa. Não é fácil,
mas quando recomeçarmos, novos horizontes se abrem e nos tornamos
homens mais sábios e maduros.
Fracassar com as mulheres nada mais é do que recomeçar uma nova
jornada de forma mais inteligente.

A rede da conquista
Em setembro de 2006, comecei a dar bastante atenção para uma rede
social que era o auge das interações online. Estou falando do Orkut.
Uma das coisas mais interessantes e poderosa dessa rede era as
comunidades, elas funcionavam como fóruns e lá tinham uma série de
tópicos criados pelos próprios usuários do Orkut.
Comecei então a participar de diversas comunidades que me davam a
oportunidade de conhecer muitas mulheres. O mais engraçado é que a
maioria ou senão todas as comunidades possuíam tópicos do tipo
“Qual nota você daria para a pessoa acima?”, “Quem é o mais bonito
da página?”, “Beijaria a pessoa acima?”. Enfim eram diversos tópicos
desse gênero e isso se tornou uma grande oportunidade para conhecer
mulheres.
Se uma mulher dissesse que ficaria comigo ou que eu era um dos caras
mais atraentes da página, não pensava duas vezes em adicioná-la e
começar a interagir com ela. Se eu encontrasse uma garota
interessante, não dava respostas diretas para elevar o ego dela, eu
preferia fazer elogios indiretos. Se o tópico era sobre “Você ficaria
com a pessoa acima?” minha resposta era “Hum...quem sabem =)” ou
então, “Estou curioso para saber se vai ser bom”.

De alguma forma, esses tipos de respostas estimulavam as garotas a me
responderem de tal forma que elas buscassem algum tipo de
aprovação. Elas respondiam coisas do tipo “Você só vai saber se
experimentar” ou “Tenho certeza que você não vai se arrepender”.
Conforme o tempo foi passando e eu me viciando nessa nova onda do
Orkut, comecei a conhecer muitas mulheres interessantes e além disso,
eu aplicava poderosos gatilhos mentais que elevavam, e muito, o meu
valor social para as mulheres mesmo que elas nunca tivessem me visto
pessoalmente.
Uma das coisas mais poderosas que eu usei em meu favor foram os
famosos “scraps”, que eram recados que as pessoas deixavam no seu
mural particular.
Além disso, havia a possibilidade das pessoas fazerem um testemunho
para dizer algo sobre você. O mais interessante de tudo é que os
testemunhos eram exibidos diretamente no seu perfil, ou seja, quem
aterrissasse lá, daria de cara com os testemunhos deixados por pessoas
que supostamente gostam de você.

Ali vi uma grande oportunidade para aumentar o meu valor para
qualquer mulher que clicasse no meu perfil. A estratégia era simples,
porém muito eficiente. Eu interagia com muitas garotas que eram
realmente bonitas e mesmo que não tivesse algum tipo de chance com
elas, de alguma forma fazia com que elas deixassem algum tipo de
recado carinhoso em forma de testemunho.
Adicionei várias mulheres gatas, não interessava de onde elas eram, se
moravam longe, mas de certa forma, eu conseguia conquistar a empatia
delas, as elogiava como pessoas e não pela beleza. Depois, eu pedia
para que deixasse um testemunho sobre o que elas achavam de mim lá
no meu perfil.
Elas faziam isso por 3 motivos:
- Primeiro: elas não queriam passar uma imagem negativa de si
próprias já que eu havia feito elogios sobre a personalidade delas;
- Segundo: elas poderiam pedir para que eu fizesse um testemunho
para elas também;
- Terceiro: se sentiam valorizadas por serem escolhidas para deixarem
suas marcas no meu mural. Afinal, eu já tinha centenas de testemunhos
de outras garotas.

Sem saber racionalmente o que estava fazendo, apliquei 3 tipos de
gatilhos mentais extremamente poderosos. Meu objetivo inicial era
conquistar a empatia das mulheres através do gatilho do elogio. Todas
as pessoas adoram receber elogios. No entanto, há um detalhe
importante. Eu não fazia elogios óbvios sobre a aparência delas, mas
sim sobre o jeito carinhoso e especial que só elas tinham. Dessa forma,
eu fazia as garotas se sentirem especiais por simplesmente serem quem
elas realmente eram.
A grande sacada disso tudo é que uma vez que elas eram elogiadas,
elas não queriam desfazer a imagem que eu estava criando sobre elas.
Se você diz a uma pessoa o quanto você a acha generosa, ela estará
mais propensa a lhe fazer um pequeno favor assim que você pedir.
Um outro exemplo que eu poderia citar é dentro do ambiente de
trabalho. Por exemplo, você já está abitolado de trabalhos para fazer e
o pior é que existe um prazo de entrega a ser cumprido. Então, seu
chefe decide mais uma vez te explorar (afinal você está um cargo
abaixo dele na empresa), e você já não aguenta mais ter que fazer
trabalhos que não eram bem suas obrigações.

Você odeia seu chefe, acha-o folgado, literalmente você não vai com a
cara do sujeito. Contudo, ele chega até você e diz o seguinte: - E aí,
Fernando, beleza? Cara, eu tenho observado os seus trabalhos e percebi
que você é uma pessoa extremamente criativa. Infelizmente eu não
tenho todo esse talento. Será que você poderia me ajudar neste projeto
que estou desenvolvendo?
Mesmo que a vida toda você tenha construído uma imagem negativa
sobre seu chefe, basta receber um simples elogio dele que você
começará a refletir e criar uma outra percepção sobre ele.
Provavelmente, você vai pensar algo do tipo “Até que ele é uma pessoa
legal. Vou ajudá-lo”. Consegue perceber o quão poderoso é o gatilho
do elogio? Sem dúvidas é um dos gatilhos mais poderosos para fazer
qualquer pessoa se tornar mais receptiva a você.
Era dessa forma que eu interagia com as mulheres na internet. Após a
primeira etapa de conquistar a empatia da gata, o segundo gatilho
utilizado para estimular ou aumentar a atração dela por mim foi aplicar
a prova social. Quando as mulheres fuçavam meu mural, percebiam
que existiam diversas outras mulheres deixando recados para mim em
forma de elogios.

E, para reforçar ainda mais essa estratégia, haviam centenas de
depoimentos ou comentários nas minhas fotos. Isso significava que
qualquer pessoa que fuçasse meu Orkut, imediatamente acharia que eu
era muito popular com as garotas.
A prova social é tão poderosa que mesmo que a minha vida amorosa
fosse um fiasco, ainda sim me tornaria um homem bem atraente. Sendo
assim, eu seria “o cara” entre as mulheres e isso me daria a chance de
utilizar mais um poderoso gatilho mental para fechar a interação com
chave de ouro.
Esse último gatilho é conhecido como pré-seleção e isso é
extremamente poderoso! A essa altura, a mulher com quem eu
estivesse flertando já teria fuçado todo o meu perfil do Orkut. Ela
comprovaria por si mesma o quão requisitado eu era com as mulheres.
Logo, ela pensaria algo do tipo “Tem um monte de garota afim dele e
eu estou tendo a oportunidade de sair com esse cara! Preciso agarrar
essa chance agora mesmo!”

Ela acabará caindo no gatilho da pré-seleção. Agora era só marcar de
encontrar pessoalmente e curtir a noite com a gata, pois os beijos e
abraços já estavam garantidos. Talvez você até pense que isso só pode
ser possível para apenas alguns tipos de homens, principalmente
aqueles que possuem uma beleza privilegiada.
No entanto, eu sou a prova viva de que não é necessário ser famoso ou
extremamente atraente fisicamente para fazer sucesso com as
mulheres. É claro que um homem “boa pinta” fisicamente tem mais
facilidade, mais isso não é tudo.
As mulheres simplesmente não escolhem por quem elas vão se sentir
atraídas. A atração não ocorre num nível sexual lógico, se você
perguntar a alguma mulher os motivos que levaram ela a ficar com tal
fulano, muito provavelmente ela dirá que rolou uma química entre eles.
Elas não sabem qual é o verdadeiro motivo que as fizeram ficar afim
desse ou daquele cara. Mas, se elas falarem algo sobre isso é possível
que comecem dizendo que o jeito de ser do cara que elas escolheram
ficar foi o fator que mais lhe encantou.

Quando eu interagia com as mulheres através do Orkut minha intenção
não era a de deixar claro que eu queria algo com elas, mas também não
deixava claro que queria sua amizade.
Eu sabia que não poderia fazer algum tipo de apelo sobre minha
aparência física, até porque eu não tinha a beleza de um deus grego.
Sabendo disso, o meu objetivo era deixar as mulheres confusas sobre
quais eram as minhas reais intenções.
Primeiro eu analisava o perfil da gata que eu estava prestes a interagir
por alguns bons motivos. Um deles era o cuidado que eu tinha de
perceber se aquela garota era real ou apenas fake (perfil falso), o outro
motivo era para ver qual era o nível de popularidade dela entre os
homens. Se a mulher fosse muito requisitada era comum encontrar
recados de diversos homens elogiando sua aparência física.
Feito a análise do perfil da gata, eu a adicionava e começava a interagir
sem muito compromisso. Às vezes eu dava algumas indiretas, mas de
repente elas se deparavam com outras mulheres interagindo comigo no
mural do meu perfil. Algumas até chegavam a demonstrar um pouco
de ciúmes, pois queriam atenção exclusiva.Fake: Perfil falso

Eu não era apenas mais um cara babando o ovo de mulheres atraentes,
pelo contrário, queria demonstrar o quanto eu não dependia delas para
ter uma vida prazerosa. Praticamente eu me colocava como o troféu e
não o contrário.
Depois de algumas horas de conversa, dava a desculpa de que eu quase
não estava entrando na internet. Com isso, pedia para ela me passar o
número do celular.
Essa era a minha maior estratégia para me aproximar fortemente das
mulheres que conheci no Orkut, mas com um detalhe muito
importante: de certa forma, interagir com as mulheres através da
internet é um pouco complicado, pois é preciso ter muito cuidado, você
deve comprovar se aquela pessoa realmente é real e é quem diz ser.
Depois temos o obstáculo dos concorrentes, muitos homens no pé da
garota.
De alguma forma, você precisa se destacar e a melhor forma para que
isso aconteça é a de não fazer exatamente o que a maioria dos homens
fazem como: chamar as mulheres de lindas ou buscarem algum tipo de
aprovação para que elas te achem um cara legal.

Faça com que elas percebam o seu valor, façam-nas se sentirem
especiais por terem sido escolhidas por você e não ao contrário.
Depois, fique atento para não invadir o espaço da mulher. Nos
momentos iniciais você é uma pessoa estranha para ela e é obviamente
que ela não vai se sentir tão à vontade para falar com você.
Sendo assim, conquiste a empatia dela e encontre pontos em comum.
Pode ser através de assuntos que envolvam música, estilo de filme,
lugares para viajar, baladas ou algo do tipo.
O terreno está preparado. Consiga o número dela através de boas
desculpas, demonstre cavalheirismo, comece com mensagens de texto
agradáveis, deseje bom dia a elas.
Em pouco tempo, não me surpreenderá se vocês estiverem
conversando sobre coisas mais íntimas pelo telefone. Agora não existe
mais segredo, apenas marque o dia e o horário para você sair com a
gata.
Foi assim que eu saí com a Fernanda, Luana, Jéssica, Andreia, Carina,
Daniela, Ayumi, Yumi, Priscila, Débora, Naomi entre outras.

Capítulo 7: Tudo está
interligado

A carta
Durante um bom tempo observei o sucesso dos meus amigos fodões
pegando as garotas mais gatas desde a época do colégio até o momento
em que eu comecei a ir à Storm.
Depois de alguns meses, finalmente fiquei com uma garota na balada
graças a atitude do meu amigo Thiba. Aos poucos isso me encorajou a
começar a fazer algumas abordagens e assim fui pegando o jeito da
coisa.
Cheguei nas garotas das formas mais improváveis que alguém poderia
imaginar: com cantadas prontas, fraca linguagem corporal e até mal
vestido. Isso fez com que eu desenvolvesse a minha confiança e a
minha habilidade de interagir com as mulheres.
Em seguida, comecei um relacionamento sério através da internet que
passou para o mundo real depois de um ano. Como era minha primeira
namorada, achei que precisava ser perfeito. Me tornei um cara
extremamente ciumento e inseguro. Depois de brigas e mais brigas,
voltei a ficar solteiro.

Me tornei um homem mais maduro, dessa forma, decidi então que iria
ficar sozinho por um bom tempo. Essa é uma nova fase e totalmente
diferente na minha vida. Quero conhecer muitas mulheres e
logicamente ficar com muitas delas.
Sou um homem livre e agora posso sair com meus amigos sem nenhum
tipo de preocupação. Neste momento estou com 19 anos e acabo de
voltar às pistas de dança. Olhando para trás, existia apenas uma pessoa
diferente e totalmente sem esperanças de que um dia seria capaz de
fazer sucesso com as mulheres.
Agora tudo é diferente. Fiz novas amizades e estou conhecendo muitas
mulheres interessantes. Por incrível que pareça, estou conhecendo
muitas delas através da internet. Quem diria que essa reviravolta iria
acontecer na minha vida.
Em algum momento de Janeiro de 2007.
Assinado: Daniel (Hyde).

Rp rede da conquista-parte01

Recomendados

Recomendados

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (19)

Semelhante a Rp rede da conquista-parte01

Semelhante a Rp rede da conquista-parte01 (20)

Rp rede da conquista-parte01