1. Em meio à imensidão cósmica,
coube-nos participar da dança da vida terrena
por um breve instante.

2. Na roda do tempo, por entre dias e noites, nos equilibramos.
Por quanto tempo, não o sabemos.

3. Setenta anos
– pouco mais, pouco menos –
é a duração desta fugidia
jornada terrena.
Breves décadas que, feito grãos de areia
na ampulheta, ligeiro dissiparão.

4. Seremos
suficientemente sábios para
descobrir nossa missão,
nosso papel, na dança da vida?
Tantos outros tomaram sua parte anteriormente,
e tantos outros nos sucederão, nesta dança sem fim.

5. Seremos
suficientemente humanos,
capazes de conjugar os verbos
amar, partilhar, doar e servir?
Estaremos abertos à inspiração
– o princípio que orienta toda ação?

6. Pudéssemos vislumbrar os mistérios
que jazem sob a superfície dos dias e das horas,
como viveríamos a nossa vida?

7. Compreenderemos algum dia o significado do verso que diz:
“O que segue a justiça e a bondade achará a vida.” ?
Provérbios 21:21

8. Haveremos de sondar o significado da seguinte passagem:
“Quem for cego neste mundo, será cego também no Além,
e estará mais longe ainda do caminho.” ?
Sagrado Alcorão 17:72

9. “Aplica à disciplina o teu coração
e os teus ouvidos às palavras do conhecimento.”
Provérbios 23,12

10. “O que ama a pureza do coração,
e tem graça nos seus lábios, terá por seu amigo o rei.”
Provérbios 22,11

11. Cada novo dia desvela a oportunidade de mantermos viva
em nosso coração a chama do amor divino.

12. A chama divina que consome toda falta e impureza,
capacitando-nos a manifestar, sem nada esperar em troca,
a Pureza, a Bondade, a Compaixão, e a Caridade.

13. Que serventia terão tido os bens e os dons,
materiais e espirituais, que a vida nos agraciou,
se falharmos em partilhá-los com nossos irmãos de jornada?

14. O futuro
deve estar sempre
na mente do viajante,
– é sempre
uma presença
no agora.

15. Viver é navegar mares.

16. Viver é atravessar desertos,
rumo à nossa bem-aventurança,
nossa paz, nossa plenitude.

17. O tempo é nosso,
porque somos um fragmento de infinito
limitado pelas circunstâncias terrenas.

18. Avançar pela escadaria da nossa interioridade
em direção à nossa bem-aventurança,
– em busca da melhor versão de nós mesmos.

19. Avançar, um degrau que seja, a cada novo dia,
rumo ao que torna pleno o nosso existir.

20. Avançar, um degrau que seja, a cada novo dia,
rumo à criança que fomos um dia,
– a criança que entesoura sabedoria, simplicidade e felicidade.

21. É preciso refinar o olhar e o sentir
para captar o eterno que jaz no instante presente.

22. “Bem-aventurado e feliz é aquele que se levanta para
promover os melhores interesses dos povos e raças da terra.”
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Bahá’u’lláh