2. Biografia
René François Ghislain Magritte, o mais velho de três irmãos, nasceu
a 21 de Novembro de 1898 em Lessines, Bélgica, e morreu vitima de
cancro no pâncreas no dia 15 de Agosto de 1967 na capital do país Bruxelas.
Desde cedo revelou ter dotes artísticos, nomeadamente para o
desenho, e com o incentivo proporcionado pelo seu pai
Léopold, começou a pintar com apenas 12 anos de idade.
A sua mãe, Régina, suicidou-se por afogamento no rio Sambre em
1912, quando este tinha 14 anos. René terá estado no local quando o
corpo foi retirado das águas, acontecimento que definitivamente o
marcou como é possível constatar em algumas das obras que este
viria a produzir no futuro.
Em 1913, num parque de diversões em Charleroi, conheceu pela
primeira vez Georgette Berger, a mulher com quem iria casar mais
tarde em 1922.
3. René era fã da série de filmes Fantômas realizados entre 1913 e
1914, inspirados pelos livros de ficção policial de 1911, criados
por Marcel Allain e Pierre Souvestre. A figura de Fantômas tornouse o seu alter ego e é perceptível a sua influência em algumas das
obras deste artista.
Mudou-se sozinho de Châtelet (onde viveu a sua juventude) para
Bruxelas em Novembro de 1915, para estudar na Academia de Belas
Artes da cidade, e no ano seguinte a sua família juntou-se a ele na
capital.
Juntamente com o poeta e amigo de academia Pierre
Bourgeois, cumpriu o serviço militar obrigatório na Bélgica desde
dezembro de 1920 a setembro de 1921.
De 1922 a 1926 trabalhou em uma fábrica de papel de parede, como
designer de cartazes e anúncios, altura em que consegue um
contrato com a Galerie la Centaure e faz da pintura a sua principal
atividade.
4. Algures entre 1922 e 1925, René faz uma descoberta que viria a
mudar a sua vida, um quadro de Giorgio de Chirico's intitulado “The
Song of Love“ (1914). Esta obra metafísica mostrou-lhe as
possibilidades poéticas da pintura e ficou de tal maneira inspirado
que, posteriormente, este adotou um estilo de pintura semelhante.
Em 1927 muda-se para Paris, França, onde começa o seu
envolvimento com o movimento surrealista já que se torna amigo de
André Breton, Paul Éluard, Salvador Dalí, Marcel Duchamp, Joan Miró
e outros artistas plásticos e escritores dessa corrente estética.
Em 1930, o fim de contrato com a Galerie la Centaure e um
desentendimento com Breton, faz com que volte para Bruxelas onde
permaneceria até ao fim da sua carreira, à exceção de um periodo de
três meses em que se refugiou em França devido à invasão alemã
durante a Segunda Guerra Mundial no seu país.
5. Técnicas
"A minha pintura são imagens visíveis que nada escondem, elas evocam
mistério e, de facto, quando alguém vê uma das minhas imagens, esse
alguém pergunta a si mesmo a simples pergunta: " O que significa isto? “.
Não significa nada, porque mistério também não quer dizer nada, é
desconhecido.“ – René Magritte
• Com recurso a ilusionismos, a justaposições de imagens e objetos, as
suas obras são metáforas que se apresentam como representações
realistas mas que porém são cenários impossíveis de encontrar na vida
real.
• Expressa livremente a sua imaginação, sem condicionalismos racionais
ou lógicos.
• Recorre ao inconsciente, ao insólito, ao absurdo, ao paradoxo, como
fonte da sua criação artística.
16. Nome e número: João Damião; 59119
Unidade Curricular: História das Artes Visuais e Contemporâneas
Professor: Pedro Coutinho Martins Colaço Rosário
Curso: Comunicação e Multimédia
ECT/UTAD
Ano de realização: 2013