Este documento discute o conceito de qualidade da educação superior considerando contextos emergentes. Apresenta três concepções de qualidade: qualidade isomórfica, que defende um modelo universal; qualidade da diversidade, que defende identidades diferentes; e qualidade da equidade, que emerge como mais substantiva. Conclui que o contexto de transição está tensionado pela relação local-global na educação superior.
Docencia na universidade maria isabel cunhaLiliane Barros
O documento discute a formação e a docência de professores universitários no Brasil. A formação docente tem sido entendida principalmente como aquisição de conhecimentos da área de ensino, em detrimento da formação pedagógica. Isso leva a uma "naturalização" da docência, baseada na reprodução das experiências dos professores como alunos. Além disso, o documento analisa como o modelo de avaliação implementado pelo MEC na década de 1990, focado em provas estandardizadas, pode ter impactado a identidade docente e a cultura
Tendências internacionais e política do ensino superior em cabo verde dez 13Bartolomeu Varela
1. O documento discute as tendências internacionais de internacionalização do ensino superior e como elas influenciam as políticas educacionais dos países, incluindo Cabo Verde.
2. A política de ensino superior de Cabo Verde adota um eclectismo que alinha-se com as tendências internacionais, mas também busca promover a cultura e identidade nacionais.
3. O documento defende que as universidades podem explorar as oportunidades de inovação trazidas pela internacionalização, ao mesmo tempo em que promovem o conhecimento local
Este documento discute os desafios da educação superior no Brasil e no mundo. Apresenta três desafios principais: 1) a expansão do acesso à educação superior, especialmente para grupos historicamente excluídos, 2) a melhoria da qualidade do ensino oferecido, e 3) a adequação da formação aos requisitos do mercado de trabalho. O documento analisa essas questões no contexto brasileiro e internacional e apresenta pesquisas sobre o tema.
"Centros de estudo e formação de professores e de outros agentes educativos".formacaobesmart
###
Este documento discute centros de estudo como espaços de educação não-formal e as necessidades de formação de professores e pais. Analisa como estes centros têm crescido e podem proporcionar aprendizagens complementares à educação formal. Também identifica a importância da formação contínua de professores e pais para acompanhar as mudanças sociais e melhor apoiar os estudantes.
O documento discute os desafios atuais da docência universitária, como a democratização do ensino superior e as demandas do mercado de trabalho. Isso tem implicações na qualidade da aprendizagem dos estudantes e levou a uma ênfase excessiva na pesquisa em detrimento do ensino. O documento defende uma reconfiguração do desenvolvimento profissional docente com base em valores humanistas e democráticos, promovendo uma maior articulação entre ensino, pesquisa e aprendizagem.
1) O artigo discute a participação política e os processos educativos nas organizações juvenis de uma universidade pública de Minas Gerais.
2) Analisa características dos jovens na educação superior no Brasil atual e a noção de organizações juvenis.
3) Conclui que as organizações juvenis oferecem processos educativos valiosos no seu cotidiano, utilizando metodologias participativas e democráticas.
Este documento discute a docência no ensino superior no Brasil. Apresenta a visão do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores da Universidade de São Paulo, que estuda modelos de formação de professores e projetos implementados em instituições de ensino superior. Também discute a importância da formação pedagógica e política de professores universitários para além do saber disciplinar, diante das transformações sociais e expansão do ensino superior.
01 freitas, l. c. de. a internalizac a o da exclusa_obecker462012
O documento discute como as políticas públicas neoliberais promovem a exclusão subjetiva em vez da exclusão objetiva na educação, transferindo a responsabilidade para o próprio aluno excluído. Ele apresenta três teses: 1) como a exclusão objetiva é convertida em subjetiva; 2) como a avaliação informal cria "trilhas de progressão diferenciadas"; 3) como as escolas se desresponsabilizam pela educação das classes populares.
Docencia na universidade maria isabel cunhaLiliane Barros
O documento discute a formação e a docência de professores universitários no Brasil. A formação docente tem sido entendida principalmente como aquisição de conhecimentos da área de ensino, em detrimento da formação pedagógica. Isso leva a uma "naturalização" da docência, baseada na reprodução das experiências dos professores como alunos. Além disso, o documento analisa como o modelo de avaliação implementado pelo MEC na década de 1990, focado em provas estandardizadas, pode ter impactado a identidade docente e a cultura
Tendências internacionais e política do ensino superior em cabo verde dez 13Bartolomeu Varela
1. O documento discute as tendências internacionais de internacionalização do ensino superior e como elas influenciam as políticas educacionais dos países, incluindo Cabo Verde.
2. A política de ensino superior de Cabo Verde adota um eclectismo que alinha-se com as tendências internacionais, mas também busca promover a cultura e identidade nacionais.
3. O documento defende que as universidades podem explorar as oportunidades de inovação trazidas pela internacionalização, ao mesmo tempo em que promovem o conhecimento local
Este documento discute os desafios da educação superior no Brasil e no mundo. Apresenta três desafios principais: 1) a expansão do acesso à educação superior, especialmente para grupos historicamente excluídos, 2) a melhoria da qualidade do ensino oferecido, e 3) a adequação da formação aos requisitos do mercado de trabalho. O documento analisa essas questões no contexto brasileiro e internacional e apresenta pesquisas sobre o tema.
"Centros de estudo e formação de professores e de outros agentes educativos".formacaobesmart
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Este documento discute centros de estudo como espaços de educação não-formal e as necessidades de formação de professores e pais. Analisa como estes centros têm crescido e podem proporcionar aprendizagens complementares à educação formal. Também identifica a importância da formação contínua de professores e pais para acompanhar as mudanças sociais e melhor apoiar os estudantes.
O documento discute os desafios atuais da docência universitária, como a democratização do ensino superior e as demandas do mercado de trabalho. Isso tem implicações na qualidade da aprendizagem dos estudantes e levou a uma ênfase excessiva na pesquisa em detrimento do ensino. O documento defende uma reconfiguração do desenvolvimento profissional docente com base em valores humanistas e democráticos, promovendo uma maior articulação entre ensino, pesquisa e aprendizagem.
1) O artigo discute a participação política e os processos educativos nas organizações juvenis de uma universidade pública de Minas Gerais.
2) Analisa características dos jovens na educação superior no Brasil atual e a noção de organizações juvenis.
3) Conclui que as organizações juvenis oferecem processos educativos valiosos no seu cotidiano, utilizando metodologias participativas e democráticas.
Este documento discute a docência no ensino superior no Brasil. Apresenta a visão do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores da Universidade de São Paulo, que estuda modelos de formação de professores e projetos implementados em instituições de ensino superior. Também discute a importância da formação pedagógica e política de professores universitários para além do saber disciplinar, diante das transformações sociais e expansão do ensino superior.
01 freitas, l. c. de. a internalizac a o da exclusa_obecker462012
O documento discute como as políticas públicas neoliberais promovem a exclusão subjetiva em vez da exclusão objetiva na educação, transferindo a responsabilidade para o próprio aluno excluído. Ele apresenta três teses: 1) como a exclusão objetiva é convertida em subjetiva; 2) como a avaliação informal cria "trilhas de progressão diferenciadas"; 3) como as escolas se desresponsabilizam pela educação das classes populares.
Este documento discute o papel da universidade na sociedade e sua relação com outros atores sociais. Aborda as crises de hegemonia, legitimidade e institucional que as universidades enfrentam, incluindo a perda de centralidade cultural, questionamento de sua democratização e autonomia versus responsabilidade social. Duas experiências universitárias no Nordeste brasileiro são analisadas para entender como responderam às demandas sociais.
A política pública de cotas en universidades, desempenho académico e incluso sociala política pública de cotas en universidades, desempenho académico e incluso social
Este documento apresenta o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória em Portugal. Define princípios, valores e áreas de competência que os alunos devem desenvolver, incluindo competências cognitivas, sociais, emocionais e práticas. Tem como objetivo orientar a educação para que os estudantes se tornem cidadãos autónomos, responsáveis e ativos.
O discurso da qualidade e a qualidade do discurso. Andreia Durães
Este documento discute a evolução do discurso sobre qualidade na educação ao longo do século XX. Começou focado na igualdade de oportunidades, depois mudou para enfatizar o individualismo dos alunos. Atualmente, busca equilibrar igualdade e ênfase na diferença, desenvolvimento e competição. Também critica as demandas atuais por "voltar aos fundamentos", argumentando que a escola já não cumpre sua função socializadora e que a sociedade pode não apoiar um ensino repetitivo e sem expectativas.
Presentamos este nuevo número de la revista académica “Avances de Investigación”. Se incluyen distintos artículos e investigaciones en progreso efectuados por los estudiantes de la Maestría en Educación de la Facultad de Ciencias de la Educación de nuestra Universidad.
Entre las líneas de investigación que se han establecido en la Facultad, los estudiantes, han trabajado en la producción de trabajos diversos en la asignatura Culturas, Saberes y Prácticas, que tiene como uno de sus cometidos la elaboración de un artículo científico, como parte del fomento de la investigación y de la producción, asidas en la información proveniente, tanto del aula como de la bibliografía recomendada, dando lugar al manejo de terminología apropiada y relacionamiento en aspectos importantes como la interculturalidad, la inclusión, la pedagogía, el currículo, las tecnologías de la información en la educación, la educación comparada y las políticas educativas.
Los artículos que aquí se exponen refieren a problemas de la educación vinculados a las diversas problemáticas tanto locales, regionales y estaduales del lugar de residencia de los estudiantes. Desde esta perspectiva efectúan un enriquecedor aporte al campo de la educación, en términos generales, y al área de las Ciencias Humanas y Sociales de manera particular.
Los avances de investigación que aquí se presentan, fueron efectuados por estudiantes que abordaron temáticas distintas de manera novedosa y siempre dentro del correspondiente rigor científico, bajo la supervisión del Docente.
En este número, específicamente se han barajado temas correspondientes a las políticas públicas educativas, programas específicos, y las tecnologías educativas.
Este documento discute a ambivalência da técnica e da tecnologia na profissionalização do ensino médio. Ele situa o papel dessas categorias na chamada "era tecnológica", destacando facetas atribuídas a elas. A apropriação desses conceitos permite uma abordagem mais consistente da profissionalização precoce do ensino médio. O texto conclui discutindo a dualidade educativa encoberta pela profissionalização, que se consolidou nas esferas profissional e propedêutica, pública e privada.
Este documento discute três tópicos importantes para a educação para a cidadania:
1) O acesso à literacia científica é importante, mas é necessário uma abordagem crítica para não limitar a formação dos estudantes;
2) As tecnologias de informação criam novas formas de inclusão e exclusão, e é importante educar os estudantes de forma crítica sobre esses temas;
3) A avaliação escolar deve ser repensada para promover uma política democrática do conhecimento.
Política educativa, multiculturalismo e práticas culturais democráticas nas s...Jurjo Torres Santomé
Jurjo Torres: «Política educativa, multiculturalismo e práticas culturais democráticas nas salas de aula» en Revista Brasileira de Educação. (São Paulo - Brasil), Nº. 4 (Janeiro-Abril, 1997) págs. 5-25.
Este documento discute a educação de adultos e como ela emerge no século XIX associada ao desenvolvimento de movimentos sociais e sistemas escolares nacionais. A educação de adultos é dividida em quatro subconjuntos: alfabetização, formação profissional, animação sociocultural e desenvolvimento local. O ensino recorrente insere-se nas estruturas formais da educação e visa fornecer uma educação escolar certificável para aqueles que não puderam concluir seu percurso escolar.
Resumo inclusão escolar pontos e contrapontos Mantoan♥Marcinhatinelli♥
Este documento discute a inclusão escolar no Brasil, abordando pontos a favor e contra. Analisa a relação entre igualdade e diferença no contexto educacional e como políticas inclusivas exigem atenção às peculiaridades de cada aluno sem discriminação. Também destaca a importância da formação de professores para atender a todos os estudantes e as mudanças necessárias no sistema de ensino para garantir a educação como direito de todos.
AMBIÊNCIA ESCOLAR: Aspectos físico, sócio-econômico, cultural e de gestão esc...UMINHO
O estudo possui como escopo descrever os aspectos atinentes à observação de campo realizada
numa organização de ensino público fundamental, do Município de Biguaçú, no Estado de
Santa Catarina. A instituição foi diagnosticada com base em três variáveis organizacionais,
primordialmente, considerando-se o ambiente físico, o ambiente sócio-econômico e cultural
e de gestão escolar. Destacou-se que a instituição apresenta problemas de adequação das
variáveis relacionadas ao design, socioeconômicas, culturais e de gestão escolar, inexistem
programas voltados à melhoria da ambiência escolar, como e.g., planos de excelência e à
qualidade de ensino, premiação para professores, programas que desenvolvam a participação
dos pais ou comunidade na questão da relevância do ensino para a melhoria da qualidade de
vida geral.
EDUCAÇAO, POBREZA E DESIGUALDEADE SOCIAL.Alle Steffen
O documento discute o papel da escola para crianças pobres, a reforma do ensino médio e o movimento "Escola sem Partido". A escola deve aproximar os alunos de sua realidade e interligar conhecimentos eruditos e populares. As condições de pobreza impactam a educação, exigindo intervenção pedagógica. O movimento "Escola sem Partido" promove uma educação excludente e limita a liberdade de cátedra.
Multiculturalismo, diferença e identidade implicações no ensinoda história pa...Wellington Oliveira
O documento discute como o ensino de história nas escolas pode incorporar uma perspectiva multicultural que reconheça a diversidade cultural e as questões de identidade e diferença. Aborda dois enfoques de multiculturalismo e defende que um enfoque crítico questiona como as diferenças são construídas por relações de poder, em vez de apenas tolerar a diversidade. O objetivo é que o currículo escolar analise criticamente como identidades são formadas e diferenças são produzidas.
O presente artigo tem a pretensão de fazer um debate sobre os impactos que os processos de exclusão social e econômica, bem como o desrespeito ao direito à diferença sobre o ambiente escolar, atingindo diretamente a formação intelectual, o aprendizado e a socialização de estudantes que vivem em uma condição de desigualdade social. Nessa perspectiva, tornou-se oportuno trazer duas famosas teorias educacionais que enxergam a escola, tanto como um aparelho ideológico do Estado, como também, um espaço propício à violência simbólica. Visto essas concepções, o estudo se debruça sobre algumas situações de fracasso escolar envolvendo estudantes negros, homossexuais e mulheres, mostrando o quanto o ambiente escolar não é capaz de se constituir como um espaço de aprendizagem, auto-estima e emancipação, em virtude dos princípios vigentes no sistema de ensino. E diante dessas concepções, espera-se trazer a baila uma visão mais crítica sobre os valores educacionais vigentes e como eles atuam para corroborar ainda mais para a solidificação de uma sociedade individualista e alicerçada por uma isonomia abstrata e uma cidadania que ao uniformizar às diferenças, acentua ainda mais as desigualdades.
Este documento discute a necessidade de reengenharia do modelo educacional tradicional devido à emergência da cultura digital no século 21. A integração da tecnologia no processo educacional requer adaptações para corresponder ao novo "habitus tecnológico" da sociedade. No entanto, existem resistências a essa mudança associadas aos processos cognitivos de assimilação digital. A plataforma digital pode ser um recurso complementar ao formato presencial tradicional se for usada de forma inclusiva e facilitadora.
Líneas de Investigación - Dra. Marie Lissette Canavesi Rimbaud ( Decana Facultad Ciencias de la Educación) - Docente de la Materia: Cultura, Saberes y Prácticas. Doctora en antropología
O documento discute a inclusão na escola, definindo-a como um processo contínuo de identificação e remoção de barreiras para promover a participação de todos os alunos. Apesar de princípios da inclusão serem amplamente aceitos, o conceito permanece ambíguo. As escolas enfrentam tensões entre competição e igualdade de oportunidades, e entre reconhecimento da diversidade versus padronização de currículos e avaliações.
1) O documento discute o papel da escola e como os atores escolares percebem seu papel. Foi realizada uma pesquisa com diretores e supervisores de escolas públicas para entender suas perspectivas.
2) A escola tem a função de inserir os alunos na sociedade, reconstruir o conhecimento de forma crítica e propor normas de convivência. No entanto, pensar o papel da escola na atualidade é um desafio complexo.
3) Ao longo da história, as expectativas em relação
1) O documento discute os desafios enfrentados pelas universidades brasileiras em tempos de incerteza e riscos constantes;
2) Uma das tarefas das universidades é formar indivíduos capazes de lidar com a imprevisibilidade da sociedade moderna ao invés de prometer sucesso profissional;
3) A universidade não deve se render à lógica do mercado de trabalho e dos diplomas, mas sim promover uma ampla formação intelectual.
O documento discute educação e educação superior. A educação é definida como um processo de desenvolvimento do ser humano e uma instituição social voltada para a disseminação do conhecimento e cultura. A educação superior objetiva formar profissionais de caráter com conhecimento, valores éticos e responsabilidade social. A universidade é apresentada como uma instituição social central para a transformação da sociedade por meio do ensino, pesquisa e extensão.
This document provides an overview of Verrex, a global provider of conferencing and communication solutions. It discusses Verrex's history of serving clients since 1947, with expertise in areas like videoconferencing, audio conferencing, digital signage and presentation systems. Verrex prides itself on superior performance and quality standards. It has offices around the world and provides global design, installation, and managed services to meet clients' conferencing and collaboration needs worldwide.
The document discusses strategies for marketing to different consumer groups by first targeting influencers at the "high ground" or top of a pyramid model. It advocates using Shanken Creative to develop content that spreads relevant ideas from opinion leaders down to early adopters and eventually the mass market. By credibly supporting brands with influencers at the top, it helps the core brand message reach wider audiences.
Este documento discute o papel da universidade na sociedade e sua relação com outros atores sociais. Aborda as crises de hegemonia, legitimidade e institucional que as universidades enfrentam, incluindo a perda de centralidade cultural, questionamento de sua democratização e autonomia versus responsabilidade social. Duas experiências universitárias no Nordeste brasileiro são analisadas para entender como responderam às demandas sociais.
A política pública de cotas en universidades, desempenho académico e incluso sociala política pública de cotas en universidades, desempenho académico e incluso social
Este documento apresenta o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória em Portugal. Define princípios, valores e áreas de competência que os alunos devem desenvolver, incluindo competências cognitivas, sociais, emocionais e práticas. Tem como objetivo orientar a educação para que os estudantes se tornem cidadãos autónomos, responsáveis e ativos.
O discurso da qualidade e a qualidade do discurso. Andreia Durães
Este documento discute a evolução do discurso sobre qualidade na educação ao longo do século XX. Começou focado na igualdade de oportunidades, depois mudou para enfatizar o individualismo dos alunos. Atualmente, busca equilibrar igualdade e ênfase na diferença, desenvolvimento e competição. Também critica as demandas atuais por "voltar aos fundamentos", argumentando que a escola já não cumpre sua função socializadora e que a sociedade pode não apoiar um ensino repetitivo e sem expectativas.
Presentamos este nuevo número de la revista académica “Avances de Investigación”. Se incluyen distintos artículos e investigaciones en progreso efectuados por los estudiantes de la Maestría en Educación de la Facultad de Ciencias de la Educación de nuestra Universidad.
Entre las líneas de investigación que se han establecido en la Facultad, los estudiantes, han trabajado en la producción de trabajos diversos en la asignatura Culturas, Saberes y Prácticas, que tiene como uno de sus cometidos la elaboración de un artículo científico, como parte del fomento de la investigación y de la producción, asidas en la información proveniente, tanto del aula como de la bibliografía recomendada, dando lugar al manejo de terminología apropiada y relacionamiento en aspectos importantes como la interculturalidad, la inclusión, la pedagogía, el currículo, las tecnologías de la información en la educación, la educación comparada y las políticas educativas.
Los artículos que aquí se exponen refieren a problemas de la educación vinculados a las diversas problemáticas tanto locales, regionales y estaduales del lugar de residencia de los estudiantes. Desde esta perspectiva efectúan un enriquecedor aporte al campo de la educación, en términos generales, y al área de las Ciencias Humanas y Sociales de manera particular.
Los avances de investigación que aquí se presentan, fueron efectuados por estudiantes que abordaron temáticas distintas de manera novedosa y siempre dentro del correspondiente rigor científico, bajo la supervisión del Docente.
En este número, específicamente se han barajado temas correspondientes a las políticas públicas educativas, programas específicos, y las tecnologías educativas.
Este documento discute a ambivalência da técnica e da tecnologia na profissionalização do ensino médio. Ele situa o papel dessas categorias na chamada "era tecnológica", destacando facetas atribuídas a elas. A apropriação desses conceitos permite uma abordagem mais consistente da profissionalização precoce do ensino médio. O texto conclui discutindo a dualidade educativa encoberta pela profissionalização, que se consolidou nas esferas profissional e propedêutica, pública e privada.
Este documento discute três tópicos importantes para a educação para a cidadania:
1) O acesso à literacia científica é importante, mas é necessário uma abordagem crítica para não limitar a formação dos estudantes;
2) As tecnologias de informação criam novas formas de inclusão e exclusão, e é importante educar os estudantes de forma crítica sobre esses temas;
3) A avaliação escolar deve ser repensada para promover uma política democrática do conhecimento.
Política educativa, multiculturalismo e práticas culturais democráticas nas s...Jurjo Torres Santomé
Jurjo Torres: «Política educativa, multiculturalismo e práticas culturais democráticas nas salas de aula» en Revista Brasileira de Educação. (São Paulo - Brasil), Nº. 4 (Janeiro-Abril, 1997) págs. 5-25.
Este documento discute a educação de adultos e como ela emerge no século XIX associada ao desenvolvimento de movimentos sociais e sistemas escolares nacionais. A educação de adultos é dividida em quatro subconjuntos: alfabetização, formação profissional, animação sociocultural e desenvolvimento local. O ensino recorrente insere-se nas estruturas formais da educação e visa fornecer uma educação escolar certificável para aqueles que não puderam concluir seu percurso escolar.
Resumo inclusão escolar pontos e contrapontos Mantoan♥Marcinhatinelli♥
Este documento discute a inclusão escolar no Brasil, abordando pontos a favor e contra. Analisa a relação entre igualdade e diferença no contexto educacional e como políticas inclusivas exigem atenção às peculiaridades de cada aluno sem discriminação. Também destaca a importância da formação de professores para atender a todos os estudantes e as mudanças necessárias no sistema de ensino para garantir a educação como direito de todos.
AMBIÊNCIA ESCOLAR: Aspectos físico, sócio-econômico, cultural e de gestão esc...UMINHO
O estudo possui como escopo descrever os aspectos atinentes à observação de campo realizada
numa organização de ensino público fundamental, do Município de Biguaçú, no Estado de
Santa Catarina. A instituição foi diagnosticada com base em três variáveis organizacionais,
primordialmente, considerando-se o ambiente físico, o ambiente sócio-econômico e cultural
e de gestão escolar. Destacou-se que a instituição apresenta problemas de adequação das
variáveis relacionadas ao design, socioeconômicas, culturais e de gestão escolar, inexistem
programas voltados à melhoria da ambiência escolar, como e.g., planos de excelência e à
qualidade de ensino, premiação para professores, programas que desenvolvam a participação
dos pais ou comunidade na questão da relevância do ensino para a melhoria da qualidade de
vida geral.
EDUCAÇAO, POBREZA E DESIGUALDEADE SOCIAL.Alle Steffen
O documento discute o papel da escola para crianças pobres, a reforma do ensino médio e o movimento "Escola sem Partido". A escola deve aproximar os alunos de sua realidade e interligar conhecimentos eruditos e populares. As condições de pobreza impactam a educação, exigindo intervenção pedagógica. O movimento "Escola sem Partido" promove uma educação excludente e limita a liberdade de cátedra.
Multiculturalismo, diferença e identidade implicações no ensinoda história pa...Wellington Oliveira
O documento discute como o ensino de história nas escolas pode incorporar uma perspectiva multicultural que reconheça a diversidade cultural e as questões de identidade e diferença. Aborda dois enfoques de multiculturalismo e defende que um enfoque crítico questiona como as diferenças são construídas por relações de poder, em vez de apenas tolerar a diversidade. O objetivo é que o currículo escolar analise criticamente como identidades são formadas e diferenças são produzidas.
O presente artigo tem a pretensão de fazer um debate sobre os impactos que os processos de exclusão social e econômica, bem como o desrespeito ao direito à diferença sobre o ambiente escolar, atingindo diretamente a formação intelectual, o aprendizado e a socialização de estudantes que vivem em uma condição de desigualdade social. Nessa perspectiva, tornou-se oportuno trazer duas famosas teorias educacionais que enxergam a escola, tanto como um aparelho ideológico do Estado, como também, um espaço propício à violência simbólica. Visto essas concepções, o estudo se debruça sobre algumas situações de fracasso escolar envolvendo estudantes negros, homossexuais e mulheres, mostrando o quanto o ambiente escolar não é capaz de se constituir como um espaço de aprendizagem, auto-estima e emancipação, em virtude dos princípios vigentes no sistema de ensino. E diante dessas concepções, espera-se trazer a baila uma visão mais crítica sobre os valores educacionais vigentes e como eles atuam para corroborar ainda mais para a solidificação de uma sociedade individualista e alicerçada por uma isonomia abstrata e uma cidadania que ao uniformizar às diferenças, acentua ainda mais as desigualdades.
Este documento discute a necessidade de reengenharia do modelo educacional tradicional devido à emergência da cultura digital no século 21. A integração da tecnologia no processo educacional requer adaptações para corresponder ao novo "habitus tecnológico" da sociedade. No entanto, existem resistências a essa mudança associadas aos processos cognitivos de assimilação digital. A plataforma digital pode ser um recurso complementar ao formato presencial tradicional se for usada de forma inclusiva e facilitadora.
Líneas de Investigación - Dra. Marie Lissette Canavesi Rimbaud ( Decana Facultad Ciencias de la Educación) - Docente de la Materia: Cultura, Saberes y Prácticas. Doctora en antropología
O documento discute a inclusão na escola, definindo-a como um processo contínuo de identificação e remoção de barreiras para promover a participação de todos os alunos. Apesar de princípios da inclusão serem amplamente aceitos, o conceito permanece ambíguo. As escolas enfrentam tensões entre competição e igualdade de oportunidades, e entre reconhecimento da diversidade versus padronização de currículos e avaliações.
1) O documento discute o papel da escola e como os atores escolares percebem seu papel. Foi realizada uma pesquisa com diretores e supervisores de escolas públicas para entender suas perspectivas.
2) A escola tem a função de inserir os alunos na sociedade, reconstruir o conhecimento de forma crítica e propor normas de convivência. No entanto, pensar o papel da escola na atualidade é um desafio complexo.
3) Ao longo da história, as expectativas em relação
1) O documento discute os desafios enfrentados pelas universidades brasileiras em tempos de incerteza e riscos constantes;
2) Uma das tarefas das universidades é formar indivíduos capazes de lidar com a imprevisibilidade da sociedade moderna ao invés de prometer sucesso profissional;
3) A universidade não deve se render à lógica do mercado de trabalho e dos diplomas, mas sim promover uma ampla formação intelectual.
O documento discute educação e educação superior. A educação é definida como um processo de desenvolvimento do ser humano e uma instituição social voltada para a disseminação do conhecimento e cultura. A educação superior objetiva formar profissionais de caráter com conhecimento, valores éticos e responsabilidade social. A universidade é apresentada como uma instituição social central para a transformação da sociedade por meio do ensino, pesquisa e extensão.
This document provides an overview of Verrex, a global provider of conferencing and communication solutions. It discusses Verrex's history of serving clients since 1947, with expertise in areas like videoconferencing, audio conferencing, digital signage and presentation systems. Verrex prides itself on superior performance and quality standards. It has offices around the world and provides global design, installation, and managed services to meet clients' conferencing and collaboration needs worldwide.
The document discusses strategies for marketing to different consumer groups by first targeting influencers at the "high ground" or top of a pyramid model. It advocates using Shanken Creative to develop content that spreads relevant ideas from opinion leaders down to early adopters and eventually the mass market. By credibly supporting brands with influencers at the top, it helps the core brand message reach wider audiences.
In 2009, when worked for the Region of Peel government, Canada, we successfully used patent mapping to identify US patent intensive companies as the potential employers for highly educated immigrants. Following this initiative, we have created and been maintaining a Canadian patent competitive intelligence (CI) database to track the latest patent competence of over 3000 Canadian entities on a weekly basis. This database provides intelligence for long-term strategic research planning and short-term tactics.
This document discusses the challenges facing social entrepreneurship in India's dynamic ecosystem. It notes that India has progressed through historical stages of feudalism, socialism, and now market capitalism. This creates challenges as inequalities rise and disadvantaged groups are impacted. Additionally, India has moved from isolated domestic policies to increased globalization, creating structural challenges from competing global interests and regulatory gaps. The document also discusses institutional challenges from expanded market forces, and behavioral challenges from rising expectations that outpace available resources. It outlines Udyogini's work promoting social enterprises in rural India across agriculture, forestry, and handicraft sectors to help alleviate poverty.
In 2009, when worked for the Region of Peel government, Canada, we successfully used patent mapping to identify US patent intensive companies as the potential employers for highly educated immigrants. Following this initiative, we have created and been maintaining a Canadian patent competitive intelligence (CI) database to track the latest patent competence of over 3000 Canadian entities on a weekly basis. This database provides intelligence for long-term strategic research planning and short-term tactics.
In 2009, when worked for the Region of Peel government, Canada, we successfully used patent mapping to identify US patent intensive companies as the potential employers for highly educated immigrants. Following this initiative, we have created and been maintaining a Canadian patent competitive intelligence (CI) database to track the latest patent competence of over 2900 Canadian entities on a weekly basis. This database provides intelligence for long-term strategic research planning and short-term tactics.
In 2009, when worked for the Region of Peel government, Canada, we successfully used patent mapping to identify US patent intensive companies as the potential employers for highly educated immigrants. Following this initiative, we have created and been maintaining a Canadian patent competitive intelligence (CI) database to track the latest patent competence of over 3000 Canadian entities on a weekly basis. This database provides intelligence for long-term strategic research planning and short-term tactics.
In 2009, when worked for the Region of Peel government, Canada, we successfully used patent mapping to identify US patent intensive companies as the potential employers for highly educated immigrants. Following this initiative, we have created and been maintaining a Canadian patent competitive intelligence (CI) database to track the latest patent competence of over 2800 Canadian entities on a weekly basis. This database provides intelligence for long-term strategic research planning and short-term tactics.
The document outlines similarities and differences between Mahara and Moodle development. It discusses that while Mahara was initially based on Moodle code, the systems have since diverged. Key similarities include the use of DML and XMLDB, upgrades, language packs and config.php. Key differences include the database structure, forms, error handling and use of exceptions. The document also covers Mahara plugin types and code organization.
This document discusses personal evolution and human physiology. It notes that Roy Bryan has degrees in biology, chemistry, management and an MD, and Luke Huggett has degrees in applied physics and an MBA. It also discusses concepts like calories in vs. calories out for weight management and how factors like carbohydrates, proteins, fats, metabolism, activity level, muscle, fat, appetite and willpower impact this. Finally, it outlines how human evolution has occurred from 2 million BC to 2010 and notes hormones like insulin, glucagon, cortisol and testosterone can control factors such as weight loss, heart health, mood, energy level and gastrointestinal health.
The document provides a market summary and analysis from Paycall Trading's Swing Trader Newsletter dated June 4, 2010. It discusses the positive performance of global markets, with the Sensex ending above 17,000 and Nifty closing at a two-week high, supported by strong global cues and short covering. Technical analysis identifies levels for the Nifty to watch. Specific stock recommendations are provided, identified as blockbuster, jackpot, and Paycall stocks based on technical factors like patterns and breakouts. A disclaimer notes this should not be considered solicitation and views may differ from Paycall Research.
This is a due diligence directory of Canadian US patents holders. It has the latest information about who has US patents in Canada, where the US patent holders are, what they patented in the US market and the trends of their US patents.
In 2009, when I was working for the Region of Peel government, Canada, I successfully used patent mapping to identify 20 US patent intensive companies as the potential employers for highly educated immigrants. Following this initiative, I created a Canadian patent competitive intelligence (CI) database to track the latest patent competence of over 5000 Canadian entities, in all sector throughout Canada, on a weekly basis. My work with Region of Peel from 2010 to 2012 showed that this database can provide the "no-older-than-7-day" intelligence for long-term strategic research/planning and short-term tactics. This is also the first attempt in Canada to use patent landscape as a regional economic strength indicator and a baseline for policy harmonization and policy performance evaluation.
In 2009, when worked for the Region of Peel government, Canada, we successfully used patent mapping to identify US patent intensive companies as the potential employers for highly educated immigrants. Following this initiative, we have created and been maintaining a
Canadian patent competitive intelligence (CI) database to track the latest patent competence of over 2800 Canadian entities on a weekly basis. This database provides intelligence for long-term strategic research planning and short-term tactics.
This is a directory of Canadian US patents holders. It has the latest information about who has US patents in Canada, where the US patent holders are, what they patented in the US market and the trends of their US patents.
In 2009, when I was working for the Region of Peel government, Canada, I successfully used patent mapping to identify 20 US patent intensive companies as the potential employers for highly educated immigrants. Following this initiative, I created a Canadian patent competitive intelligence (CI) database to track the latest patent competence of over 4500 Canadian entities, in all sector throughout Canada, on a weekly basis. My work with Region of Peel from 2010 to 2012 showed that this database can provide the "no-older-than-7-day" intelligence for long-term strategic research/planning and short-term tactics. This is also the first attempt in Canada to use patent landscape as a regional economic strength indicator and a baseline for policy harmonization and policy performance evaluation.
In 2009, when worked for the Region of Peel government, Canada, we successfully used patent mapping to identify US patent intensive companies as the potential employers for highly educated immigrants. Following this initiative, we have created and been maintaining a Canadian patent competitive intelligence (CI) database to track the latest patent competence of over 3000 Canadian entities on a weekly basis. This database provides intelligence for long-term strategic research planning and short-term tactics.
This is a due diligence directory of Canadian US patents holders. It has the latest information about who has US patents in Canada, where the US patent holders are, what they patented in the US market and the trends of their US patents.
In 2009, when I was working for the Region of Peel government, Canada, I successfully used patent mapping to identify 20 US patent intensive companies as the potential employers for highly educated immigrants. Following this initiative, I created a Canadian patent competitive intelligence (CI) database to track the latest patent competence of Canadian entities, in all sector throughout Canada, on a weekly basis. There has been the information of 6,000+ Canadian companies in this information repository now. My work with Region of Peel from 2010 to 2012 showed that this database can provide the "no-older-than-7-day" intelligence for long-term strategic research/planning and short-term tactics. This is also the first attempt in Canada to use patent landscape as a regional economic strength indicator and a baseline for policy harmonization and policy performance evaluation.
Candau, vera didática entre saberes, sujeitos e práticasjessicabiopires
1) O documento discute diferentes abordagens sobre qualidade da educação, incluindo uma perspectiva focada em conteúdos cognitivos, outra em habilidades técnicas e uma terceira sócio-crítica e intercultural.
2) A autora defende a terceira perspectiva e propõe princípios para uma didática intercultural que promova a construção de sujeitos capazes de atuação cidadã.
3) Também levanta questões sobre a formação inicial e contínua de educadores considerando essa proposta.
Este documento discute o conceito de qualidade da educação considerando suas múltiplas dimensões e significados. Aponta que a qualidade da educação envolve fatores internos e externos à escola e depende de contextos históricos, políticos e sociais. Também ressalta desafios para a garantia de uma educação de qualidade para todos no Brasil.
1. O documento discute os desafios da didática no ensino superior contemporâneo, incluindo a articulação interdisciplinar, a formação docente e a promoção de práticas de ensino inclusivas e críticas.
2. É destacada a importância do professor universitário ter qualificação científica e pedagógica para exercer a docência de forma reflexiva e competente.
3. A didática do ensino superior emerge da necessidade de qualificar a aula universitária e formar professores capazes de articular saberes específicos com
Este documento discute a docência no ensino superior no Brasil. Ele apresenta as reflexões do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores da Universidade de São Paulo sobre os modelos formativos atuais e novos projetos implementados para valorizar a atividade docente. Também analisa experiências em algumas instituições para aprimorar a formação e desenvolvimento profissional dos professores universitários.
A avaliação lógica classificatória e emancipatória 1ntecaxias
O documento analisa duas abordagens da avaliação escolar: a classificatória, que domina atualmente, e a emancipatória. A avaliação classificatória visa selecionar e classificar alunos, justificando desigualdades sociais, enquanto a avaliação emancipatória busca a formação do aluno e sua aprendizagem. O texto defende que a escola deve superar a lógica classificatória e adotar uma abordagem mais formativa e emancipatória.
O uso responsável do celular na sala de aulaEdison Paulo
Este documento discute a importância de se adotar uma abordagem globalizadora no ensino que considere a complexidade da realidade. Defende que a escola deve ter como objetivo principal a formação integral dos estudantes para a vida, e não apenas a transmissão de conteúdos. Também argumenta que as disciplinas escolares devem ser usadas de forma integrada para ajudar os alunos a compreenderem a realidade de forma holística.
Este documento discute a importância da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão nas universidades. Defende que o ensino deve ser aprimorado pela pesquisa e difundido pela extensão, enquanto a pesquisa deve ser direcionada pelas demandas da sociedade por meio da extensão. A extensão leva os conhecimentos produzidos na universidade para a comunidade e aponta novos caminhos para o ensino e a pesquisa.
O livro discute a inclusão escolar no Brasil e defende mudanças profundas nos conceitos e práticas educacionais para garantir acesso e aprendizagem de todos os alunos, reconhecendo suas diferenças. As autoras analisam a legislação e desafios da educação inclusiva no país.
O documento discute diversos tópicos relacionados à educação superior, incluindo seu papel no desenvolvimento econômico e social, novas concepções de conhecimento, mudanças no ensino e aprendizagem, e inovações como a educação a distância.
O documento discute as novas exigências para a formação de professores diante das transformações sociais contemporâneas, como a globalização e o avanço das tecnologias. Apesar dos questionamentos sobre o futuro da profissão docente, o texto argumenta que professores ainda são necessários para preparar estudantes para os desafios da sociedade atual e garantir o acesso igualitário ao conhecimento. Novas habilidades são requeridas dos professores para integrar as tecnologias e mídias no ensino e formar cidadãos críticos.
O documento discute a necessidade de repensar o currículo escolar para que ele considere a diversidade cultural e atenda melhor às demandas dos estudantes. Atualmente, o currículo serve para homogeneizar culturalmente a sociedade e adaptar os estudantes ao sistema capitalista. É preciso uma educação que emancipe os estudantes e torne-os sujeitos ativos na sociedade.
Este documento discute a docência no ensino superior. Apresenta concepções de ensino superior, paradigmas pedagógicos, características da ensinagem, funções do professor e do aluno, e reflexões sobre a formação continuada de professores e questões culturais e políticas relacionadas à educação e ao desenvolvimento.
O documento discute a educação entre a cidadania e a liberdade de uma perspectiva filosófica. Aborda o histórico da educação no Brasil e como ela evoluiu para chegar no modelo atual. Também discute a importância da filosofia na educação e como ela pode ser usada para promover transformações sócio-educacionais.
1) O texto discute os desafios e tensões na construção de uma educação de qualidade e currículo relevante.
2) Defende-se uma visão sócio-cultural de qualidade que capacite os alunos a compreender e transformar seu contexto social.
3) Há tensões entre capacitar os alunos para seu cotidiano e subsidiá-los para mudanças sociais, e entre foco no conhecimento escolar versus foco na cultura.
Este documento discute o papel das tecnologias na educação contemporânea. Questiona se as tecnologias podem garantir qualidade na educação por si só e argumenta que uma educação de qualidade requer uma visão crítica dos processos educacionais e usos criteriosos das novas tecnologias. Também examina como a globalização influencia a educação através da homogeneização cultural e da adoção de políticas educacionais definidas por organizações internacionais.
Este documento apresenta uma introdução sobre os processos históricos do gestor escolar na escola atual. Aborda como os projetos de gestão democrática têm promovido uma nova forma de pensar a gestão das escolas, permitindo a participação democrática da comunidade escolar. Também discute como os avanços tecnológicos têm exigido novas competências dos docentes e gestores. Por fim, reflete sobre a importância de analisar a realidade educacional considerando o contexto histórico, social e político, e como isso influencia a organização
O documento discute concepções de docência no ensino superior. Apresenta objetivos como refletir sobre práticas pedagógicas e a função social da universidade. Discutem-se paradigmas como o verticalista e o democrático, e características da "ensinagem" como dialogar com diferentes campos do saber. Também aborda desafios da docência como a crise de identidade dos professores e a importância da formação continuada.
1. O documento discute a educação especial na perspectiva da inclusão escolar, com foco na escola comum inclusiva.
2. Aborda temas como identidade e diferenças na escola, a escola dos diferentes versus a escola das diferenças, e mudanças necessárias na escola para ser inclusiva.
3. Também discute o Atendimento Educacional Especializado e a articulação entre a escola comum e a educação especial, com ações e responsabilidades compartilhadas.
1. O documento discute a educação especial na perspectiva da inclusão escolar, com foco na escola comum inclusiva.
2. Aborda temas como identidade e diferenças na escola, a escola dos diferentes versus a escola das diferenças, e mudanças necessárias na escola para ser inclusiva.
3. Também discute o Atendimento Educacional Especializado e a articulação entre a escola comum e a educação especial para promover a inclusão.
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Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
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Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
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Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
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QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E CONTEXTOS EMERGENTES
1. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014 385
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E CONTEXTOS EMERGENTES
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
E CONTEXTOS EMERGENTES
Marilia Costa Morosini*
Recebido: 5 mar. 2014 Aprovado: 30 maio 2014
* Pontifícia Universidade Católica Rio Grande Sul. Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: marilia.morosini@
pucrs.br
Resumo:A qualidade da educação superior tem sido tema de frequentes produções científicas. Identifica-
-se a forte presença de posições em defesa do rankeamento e da garantia da qualidade de siste-
mas, instituições e cursos de educação superior defendendo um modelo universal de avaliação
da qualidade, bem como posições que defendem a não comparabilidade entre tais elementos
pela crença em diferentes identidades universitárias. Este texto tem como objetivo apresentar
uma reflexão sobre o conceito de qualidade da educação superior, neste século, considerando
como base para essa compreensão a noção de contextos emergentes. Retoma, resumidamente,
as diferentes concepções de qualidade da educação superior apresentada em artigos anteriores
(MOROSINI, 2001 e 2009) e identifica a consolidação da noção isomórfica, corroborada pelo
processo de internacionalização transnacional; e a emergência de uma noção, mais substantiva
e defensável, da equidade na qualidade da educação superior. Conclui pela complexidade da
temática e reforça a relação entre contexto emergente e qualidade da educação superior, neste
momento de transição, tensionada pela relação local-global.
Palavras-chave: Qualidade da educação superior. Contextos emergentes. Equidade educativa.
QUALITY OF HIGHER EDUCATION AND EMERGING CONTEXTS
Abstract: The quality of higher education has been a frequent topic of scientific productions. We identify a
strong presence of positions in defense of rankings and of quality assurance of the system, higher
education institutions and courses defending a universal model of quality evaluation, as well as
positions that defend the non-comparability of such elements due to a belief in different university
identities. The objective of this paper is to present a reflection on the concept of quality in higher
education, in this century, considering the notion of emerging contexts as a basis for this under-
standing. We briefly review the different conceptions of quality in higher education presented in
previous articles (MOROSINI 2001 and 2009) and identify the establishment of this isomorphic
notion, corroborated by the process of transnational internationalization; and the emergence of a
more substantial and defendable notion of the equity of quality in higher education. We conclude
with the complexity of the topic and reinforce the relationship between the emerging context and the
quality of higher education, in this moment of transition, constrained by the local-global relationship.
Key words: Quality of Higher Education. Emerging contexts. Educational equity.
2. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014386
Marilia Costa Morosini
1 INTRODUÇÃO
AEducação Superior vive um momento singular no contexto sócio-histórico
e econômico mundial.Além de desafios às funções de ensino, pesquisa e exten-
são de qualidade, novos desafios estão postos dos quais se destaca considerar
as demandas locais num contexto global. Subjaz a este desafio um
estado de mutação que se encontra em todas as partes e tem pon-
tos de contato, de domínio e de diferenciação, mas como se trata
de uma transição histórica de longo prazo, se apresenta muito
complexo e congregador de forças que chegam de todos os lados
e têm efeitos e causas desiguais entre o que está determinado e o
que está surgindo. (DIDRIKSSON, 2008, p. 5).
Esse estado de mutação traz consigo Contextos Emergentes da Educação
Superior: configurações em construção na educação superior observadas em
sociedades contemporâneas e que convivem em tensão com concepções pré-
-existentes, refletoras de tendências históricas. (RIES, 2013). São contextos que
tem o ethos do desenvolvimento humano e social na globalização, em que há
interação com outras formas de contextos, mesmo que exista “uma relutância
estranha e inexplicável por parte das IES em todo o planeta de assumir o fato
de que são, acima de tudo, agências de desenvolvimento humano e social”.
(BAWDEN, 2013, p. 49). Reforça esta noção a postura de conhecimento,
cidadania e reflexão:
Ao distinguirmos entre globalização e cosmopolitismo, este último
pode ser visto como expressão de certa resistência às forças do mer-
cado global e, dessa forma, mais próximo do desenvolvimento social.
Central à universidade é a cidadania cosmopolita, isto é, novos tipos
de cidadania que incluam uma racionalidade não instrumentalizada
(DELANTY, 2013, p. 62).
Os contextos emergentes ocupariam um espaço de transição entre um
modelo tipo ideal weberiano de educação tradicional e um outro de educação
superior neo-liberal. Espinoza e Gonzalez (2012) sintetizam o modelo tradi-
cional de uma educaçao superior voltada ao bem social, na qual a ciência
e a tecnologia estão orientadas para o desenvolvimento científico, para a
promoção da cultura e do serviço à comunidade e onde a gestão institucio-
nal prioriza o acadêmico sem controle da produção. A preocupação maior é
com a relevância e com o financiamento estatal às atividades universitárias
e à gratuidade para os estudantes. A universidade representa um espaço de
3. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014 387
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E CONTEXTOS EMERGENTES
geração de conhecimento para a sociedade e a reprodução de esquemas
culturais da nação.
No outro extremo, coloca-se o modelo tipo ideal ����������������������neoliberal de uma uni-
versidade orientada ao bem individual e espaço de realização pessoal, satisfa-
zendo os perfis do mercado de trabalho, centrada na transferência de tecnologia
demandada pelo setor produtivo e pela prestaçao de serviços ao setor estatal e
com uma gestão priorizando a eficiência e o autofinanciamento. Há o privilégio
da rentabilidade privada e da satisfação da demanda privada por educação.
Apesar dessa bipolaridade, Altbach (2013, p. 36) alerta:
No início do século XXI, o pêndulo tem suas preferências fortemente
voltadas para o governo e o mercado, à custa da tradicional autonomia
da academia.Asociedade estaria mais bem servida por um ambiente
acadêmico mais equilibrado no qual as universidades pudessem
estar mais afinadas com um interesse público mais amplo e valores
tradicionais de autonomia e independência acadêmica.
Os modelos propostos voltam-se ao mercado ou buscam construir a
cidadania, com forte presença nas questões sociais; são extremos de uma
curva que tem inúmeras possibilidades de hibridismo (GUMPORT, 2007).
Na América Latina (DIDRIKSSON, 2012, p. 62), os contextos emergentes
são caracterizados por: sistema de educação superior complexo, heterogêneo,
segmentado socialmente; Sistema de Educação Superior em expansão e interiori-
zado; Macro Universidades; Multicampos de estruturas diferenciadas; Institutos
Tecnológicos Fundamental, Médio, Médio Superior e Superior; Concentração
da Empresa Privada no acesso social e no número de instituições; Investigação
com multiplicidade de laboratórios e institutos de ciência que abarcam todas as
áreas de pensamento humano e suas fronteiras; Massificação da demanda social
por educação superior e uma forte presença da internacionalização.
No Brasil, além de muitas especificidades acima apontadas, o contexto de
transição, na educação superior, está sendo marcado pela expansão acelerada,
por políticas de diversificação, pela privatização e por tendências demo-
cratizantes, comandadas pela centralização estatal. A inovação é buscada,
paralelamente. Antevemos um sistema de educação superior que não é de
modelo único e quase imutável como aquele a que estávamos acostumados,
decorrente de raízes históricas, presentes em nossa realidade desde o século
XIX. Embora, hoje, a educação superior seja ainda de elite (a taxa de edu-
cação superior é 17,6%), convivemos, ao lado do já existente, com novos
formatos de IES, novos docentes, novos discentes, novos currículos, novas
4. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014388
Marilia Costa Morosini
exigências da sociedade, do mercado e da globalização à educação superior.
A par disso um processo de internacionalização regional (transfronteiriço)
e transnacional, sul-norte e sul-sul marca presença.
Nas regiões em desenvolvimento, heterogêneas e desiguais os cenários dos
contextos emergentes estão ligados à complexidade da educação superior. É
reconhecida a melhoria do sistema educativo, mas também a necessidade
de enfrentamento de inúmeros desafios:
financiamentos; equilibrar as consequências da massificação com a
manutenção de qualidade; contratar professores de nível internacio-
nal; formar uma cultura acadêmica que se dedica à liberdade acadê-
mica, concorrência e meritocracia intelectual; e oferecer educação
de qualidade aos estudantes dos cursos de graduação. Os países em
desenvolvimento, assim como o resto do mundo, exigem um sistema
acadêmico diferenciado, com acesso em massa na base e um pequeno
setor focalizado em pesquisa, no topo.Adiferenciação das missões é
difícil de ser conseguida onde nunca existiu, mas é essencial para um
sistema acadêmico de sucesso (ALTBACH, 2013, p. 36).
Este texto objetiva uma reflexão sobre o conceito de qualidade da educação
superior, neste século, considerando como fator de compreensão a noção de
contextos emergentes. Retoma as diferentes concepções de qualidade da edu-
cação superior (Isomórfica, diversidade e equidade) e identifica a consolidação
da posição isomórfica, corroborada pelo processo de internacionalização global,
e a emergência de uma posição, mais defensável e substantiva, da qualidade da
equidade da educação superior.
2 QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
A noção de qualidade da educaçao superior está associada ao conceito
de sociedade do conhecimento. Conceito ambíguo, voltado à formação de
recursos humanos de alto nível em instituições universitárias, tendo como
ponto comum de diálogo, entre os diferentes campos do conhecimento, a
certeza de que o sólido edifício intelectual revela uma variedade e diversi-
dade de abordagens e diferenças fundamentais na interpretação do que seria
a alma da Torre de Babel (NEAVE, 2006, p. 14).
Aconcepção de Sociedade do Conhecimento mantém tensões já existentes
entre posturas transnacionais e posturas regionais e locais. Aquelas que estão
voltadas à proteção de benefícios a minorias e a empresas transnacionais em
detrimento da população como um todo, classificadas como sociedade contra-
5. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014 389
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E CONTEXTOS EMERGENTES
ditória do conhecimento. Há também a sociedade nominal do conhecimento
(p. 46), na qual a consecução decorre mais por acidente do que por planeja-
mento, e ainda outros tipos de Sociedade do Conhecimento, aquelas voltadas
a propiciar uma melhor qualidade de vida à população de forma geral. Este
tipo de sociedade é denominado de “Smart Knowledge Society” - Sociedade
Inteligente do Conhecimento - onde o padrão de mudança tem sido entendido
e posto em prática. As mudanças institucionais abrem amplos caminhos para
o desenvolvimento ilimitado das pessoas e das informações, bem como para a
reconstrução das organizações sociais na direção da produção e utilização do
conhecimento pela massa. Em uma democracia, o poder público está voltado
ao interesse da sociedade como um todo. O mercado produz sem perda para a
sociedade como um todo. Ações estão em sintonia com os valores e um pro-
cesso político aberto acompanha o ajuste entre os resultados, valores e ações
(UNITED NATIONS, 2005, p. 46).
É sobre essas concepções que as IES vêm se expandindo de forma acele-
rada, segundo o movimento de influências e de concepções paradigmáticas,
que se alocam entre tais concepções. As tensões se fazem presentes e estão
ligadas à assunção de uma identidade para a educação superior na sociedade,
tais como: instituições reativas versus instituições proativas e antecipadoras;
lucratividade versus valor social do conhecimento; economia do conhecimen-
to versus sociedade do conhecimento; bens públicos versus bens privados,
e relevância versus competição e competitividade (GUNI, 2013).
Tais contextos emergentes, situados entre um modelo de universidade
tradicional e um modelo de universidade neoliberal foram, no início do sé-
culo, registrados por Morosini (2001) a partir da construção de um estado de
conhecimento internacional, identificando a noção de qualidade na educação
superior em três tipos, segundo o tipo ideal weberiano: a qualidade isomórfica,
a qualidade da especificidade e a qualidade da equidade. Posteriormente, em
2009, num segundo trabalho, constatou-se a manutenção da tipologia, com o
predomínio da concepção isomórfica e o surgimento de defesas substantivas à
equidade da educação superior.
3 QUALIDADE ISOMÓRFICA E O MODELO UNIVERSAL DO
CONHECIMENTO
A qualidade isomórfica pode ser sintetizada como a qualidade de modelo
único. Harvey (1999) propunha cinco tipos de qualidade (excelência, perfeição,
atendimento a objetivo, valor financeiro e transformação) analisados segundo os
6. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014390
Marilia Costa Morosini
diversos padrões existentes, a saber: padrão acadêmico, padrão de competência,
padrão organizacional e padrão de serviços.Aqualidade isomórfica é a voz mais
forte em processos avaliativos. Em tempos de modernização e racionalidade a
comparação e a busca de standards se consolidam.
Uma das agências fundamentadoras dessa concepção é o World Bank (2008,
2013), que busca uma relação direta entre formação acadêmica e empregabi-
lidade com foco num profissional competitivo.
O Banco Mundial está trabalhando para incentivar não só os resulta-
dos de melhor qualidade de ensino superior em todo o mundo, mas
também para promover instituições de ensino superior mais eficientes
que inovem e respondam positivamente à significativa alocação de re-
cursos baseada no desempenho e em sistemas de prestação de contas.
Tais melhorias podem estimular o crescimento econômico e ajudar
a conter o fluxo de saída de capital humano altamente qualificado,
apoiando culturas de qualidade e produtividade (MARMOLEJO,
2013, p. 2).
Esta concepção tem por suporte um processo de internacionalização
voltado à transnacionalização e a educação como mercadoria orientada por
organismos multilaterais, como a OMC, WB, UNESCO, OCDE, entre outros.
Esta corrente dá prioridade a projetos e programas que podem trazer desenvol-
vimento e inovação pelo/a: aumento da diversificação institucional na educação
superior, fortalecimento e desenvolvimento de capacidade da pesquisa científica
e tecnológica, melhoria da qualidade e relevância do ensino superior; Maior
promoção de mecanismos de capital para ajudar os alunos menos favorecidos;
Estabelecimento de sistemas sustentáveis de financiamento para incentivar a
capacidade de resposta e flexibilidade, reforço das capacidades de gestão, e
reforço e expansão da capacidade das TICs para reduzir o fosso digital.
Até meados da primeira década deste século, a concepção da qualidade da
educação superior se detinha no estudo do conceito de qualidade e nas suas
estratégias, a partir de standards internacionais. Acompanhando a consolida-
ção do processo de internacionalização universitária, fortifica-se a noção de
Garantia da Qualidade, compreendida como uma expressão do ato formal de
certificação de uma instituição ou programa para efeitos de informação pública
e fins burocráticos jurídicos. Em termos gerais, os processos de acreditação
vigentes em quase todas as partes do mundo são muito mais valorizados que os
processos de avaliação para efeito de melhoramento (DIAS SOBRINHO, 2008).
A OCDE publica inumeros estudos (OECD, 2008a; OCDE/IMHE, 2008;
OCDE, 2008b) e afirma a importância da educação na contemporaneidade,
7. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014 391
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E CONTEXTOS EMERGENTES
bem como aponta a necessidade de agências-chave para atestar a garantia de
qualidade e para assumir a responsabilidade global da garantia de qualidade.
Essas agências podem ser de responsabilidade de autoridades educacionais,
grupos do governo e de agências autônomas.AOCDE também destaca o papel
da sociedade civil na garantia da qualidade da educação superior e a crescente
importância dos rankings (MOROSINI, 2010, p. 38), como:
The Carnegie Classification of institutions – USA: agrupa as IES
segundo a atividade e segundo o mérito de seus docentes, a partir
de dados do US Department of Education, The National Science
Foundation e o College Board;
Shanghai Jiao Tong University - World´s Best Universities: iden-
tifica as mais potentes bases de pesquisa e os valores intelectuais para
a mobilidade de cientistas. (http://www.arwu.org/ARWU2009.jsp.)
Times Higher Education Supplement - THES: utiliza indica-
dores quantitativos: excelência da pesquisa, excelência do ensino,
professores e alunos internacionais, revisão de pares acadêmicos e
pesquisa com empregadores. http://www.timeshighereducation.co.uk/
Rankings-Top200.html;
The Higher Education Evaluation and Accreditation Council of
Taiwan - (HEEACT, 2008): Classifica as 500 melhores universidades
pelo seu desempenho na pesquisa. http://ranking.heeact.edu.tw/en-
-us/2009/Page/Methodology;
The Webometrics - Ranking Mundial Web de Universidades:
Avalia a visibilidade e atividade da IES, principalmente de pesquisa;
e Rankings de periódicos - Thomson-ISI and Elsevier-Scopus .
Marginson (2009, p. 24), chama a atenção para
onde setores particulares têm primariamente missão local, não estão
envolvidos em circuitos globais de pesquisa ou mercado de ensino
e estão isolados de interesse para setores de outras nações, nada se
ganhará pela aplicação de dados globais comparativos que poderão
não estar assegurados pela administração de desempenho nacional.
Na Conferência Mundial da Educação Superior - CMES/UNESCO de 2009,
foi afirmada a importância da garantia de qualidade (UVALIC-TRUMBIC,
2010) com a nova dinâmica da educação superior, caracterizada como a Garantia
de qualidade do local para o global.
8. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014392
Marilia Costa Morosini
Agarantia de qualidade global vem acompanhada da discussão da educação
superior como serviço educacional. Essa querela tem como um dos foros o
General Agreement on Trade in Services (GATS) na World Trade Organiza-
tion (WTO) através de possibilidades de educação comercial transnacional
como a prestação e o consumo de serviços educacionais internacionais
e a presença comercial e de pessoas fisicas no exterior. Atualmente esta
discussão é dependente dos resultados da Rodada de Doha que vem se
mostrando bastante complexa. Paralelamente, estão se fortificando as
negociações individualizadas entre paises mais do que as negociações
entre blocos de países.
O Comunicado final da CMES 2009 traz uma fragmentação da garantia
de qualidade refletida em múltiplas menções, tais como: Expansão do aces-
so e qualidade é o maior desafio; Mecanismos regulatórios e de garantia da
qualidade estão destinados a todo o setor de Educação Superior e têm como
desafio a diversificação. Aponta-se que o reconhecimento da garantia de
qualidade atrai e retém professores qualificados, é o primeiro fator de defesa
contra fraudes e diplomas falsos e, no nível regional, é importante passo na
aquisição de resultados efetivos.
Em síntese, a qualidade da educação superior isomórfica se consolida no
decorrer do século apresentandoum aprimoramento de estratégias que nos
leva a refletir sobre o predomínio do processo avaliativo como um fim e não
como como um meio para atingir a qualidade (BRANDENBURG; WIT, 2011).
A qualidade da especificidade é um segundo tipo de qualidade que pode
ser sintetizada como a presença de indicadores standardizados paralelos à
preservação do especifico. Esta concepção reflete a realidade da União Eu-
ropeia, pela necessidade de preservar os estados-membros, respeitando suas
caracteristicas e integrando os países pela suas diferenças. Assim, aceita-se
a ideia de que não há um único padrão de qualidade da educação superior,
mas que a base é o princípio de qualidade de melhor adaptação para aquele
país.Aavaliação tem como fundamento a crença nos mecanismos avaliativos
de cada pais e no reconhecimento do(s) órgão(s) que realiza(m) a avaliação.
Em termos de tipo ideal, não é mais identificada a separação nítida entre
os tipos de qualidade isomórfica, da especificidade e da equidade. Há uma
tendência de permanecer, embora com força menor, a concepção da quali-
dade isomórfica e da qualidade da equidade. A tensão maior se aloca entre
esses dois conceitos, porque representam visões diferenciadas de sistema
educativo e de sociedade. A qualidade da especificidade perde sua força
como conceito.
9. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014 393
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E CONTEXTOS EMERGENTES
4 QUALIDADE DA EQUIDADE, NOÇÃO SUBSTANTIVA
E DEFENSÁVEL
A qualidade da educação superior na perspectiva da equidade está centrada
na concepção de tratamento diferenciado para quem é diferenciado. Ela reflete
concepções presentes em regiões com larga diferença entre os estratos sociais,
como o caso do Brasil e daAmérica Latina. Postula-se que a qualidade está para
além da simples padronização de indicadores, abarcando estudos qualitativos
e quantitativos refletores da complexidade do local.
À medida que os contextos emergentes se fortificam também se fortifica o
conceito de equidade na educação superior. Torna-se substantivo e defensavel:
isto pode ser identificado pela sua trajetória recente. Numa visão pós-2005
(MOROSINI, 2009), a produção científica sobre Educação Superior é pro-
pagada, por organismos multilaterais importantes, como compromisso com o
desenvolvimento humano e social.
A meta da UNESCO para 2005 – 2014 é a Educação para o Desenvolvi-
mento Sustentável. A IESALC/UNESCO na América Latina e Caribe adota
o princípio educação como bem público em consonância com os valores de
qualidade, pertinência, inserção e equidade (UFMG, out. 2007). Da mesma
forma, a GUNI – Global University Network of Innovation, ligada à
Unesco, defende o conceito de Responsabilidade Social Universitária
-RSU (GUNI, 2013, JARA, 2006), com compromisso com a verdade,
com a excelência, com a interdependência e com a transdisciplinaridade
(UNESCO PRESSE, 2001). A noção de RSU apresenta variabilidade
na concepção de IES privadas e públicas: nas primeiras há uma ligação
com noções de modernização e de gestão universitária, enquanto nas
segundas traz consigo a noção de equidade pela reflexão da comunidade
na qual está inserida.
A concepção de qualidade como equidade se volta prioritariamente à edu-
cação básica, detalhando índices quantitativos para a universalização deste
nível educacional e ao fracasso e abandono escolar
Equidade, na área da educação, significa que circunstâncias pessoais
ou sociais como o gênero, a origem étnica ou o meio familiar, não
representam nenhum obstáculo para a realização do potencial edu-
cacional (equidade) e que todos os indivíduos atingem pelo menos
um nível mínimo básico de formação (inclusão) (OCDE, 2012, p. 2).
Com o destaque à educação superior na Sociedade do Conhecimento, a
noção de equidade passa a ser conceituada para este nível. É de ressaltar a
10. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014394
Marilia Costa Morosini
fragilidade inicial desta defesa frente à consolidação do conceito de qualidade
universal.
A OCDE discorre sobre esta temática:
Sistemas terciários equitativos são aqueles que asseguram que o acesso,
a participação e o resultado do ensino superior são baseados somente na
habilidade inata do indivíduo e no esforço do estudo. Eles asseguram que o
potencial educativo, em nível superior, não é o resultado de circunstâncias
pessoais e sociais, incluindo fatores como situação socioeconômica, sexo,
origem étnica, status de imigrante, local de residência, idade ou deficiência
(SANTIAGO et al., 2008, p. 74).
É de ressaltar que os estudos sobre o tema da equidade da educação su-
perior continuam. O World Bank (2013) vem realizando um, denominado de
Equity of Access and Success in Tertiary Education, e busca a criação de rede
em diversos países para a manutenção de diagnósticos e análises. Para o WB,
equidade consiste em providenciar iguais oportunidades de acesso e sucesso
na educação superior. Ambos os conceitos são menos amplos na avaliação dos
resultados. Eles se limitam a reconhecer as disparidades e afirmam a necessidade
de oferecer oportunidades.
Mas a equidade não é um conceito unívoco. Para alguns autores ela vem
associada à ideia de igualdade. “Representa a igualdade entre os indivíduos
em algum atributo. E a capacidade de uma pessoa se define como as distintas
combinações de funções que esta pode chegar a alcançar” (FORMICHELLA,
2014, p. 7).
Nesta mesma linha de pensamento
la idea de equidad aparece como un proyecto político de búsqueda de
la igualdad a partir del reconocimiento de las desigualdades iniciales.
La propuesta de equidad en la educación es una propuesta doblemente
política, pues por un lado implica la definición de un proyecto político
de búsqueda de igualdad, y por el otro nos obliga a tomar posición
acerca de qué igualdad debe ser definida como fundamental en el
campo educativo (LOPEZ, [s/d.], p. 69).
O autor aponta quatro critérios de igualdade: acesso, condições e meios de
aprendizagem, ganhos educativos, e o impacto social dos ganhos educativos
nos cenários onde os indivíduos vivem.
Sen (1979), citado por Formichella (2014) afirma que todas as pessoas
podem alcançar os mesmos objetivos. Isso deixa implícito que são necessárias
medidas compensatórias para a obtenção dos mesmos resultados. A igualdade
11. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014 395
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E CONTEXTOS EMERGENTES
que nos leva à equidade é a igualdade de resultados. Esta concepção identifica
um compromisso do estado e das IES com os individuos para que ao término
de sua formação tenham igualdade de atributos. Trata-se que sejam estabe-
lecidas as condições e comprometidos os recursos materiais e não materiais
(MORDUCHOWICZ, 2004).
O sistema educacional estará sendo equitativo quando os resultados da
educação e da formação do alunado não dependerem de fatores geradores de
“características iniciais” e quando o tratamento em relação à aprendizagem
corresponder às necessidades específicas de cada um (FELICETTI; MORO-
SINI, 2009).
Isto quer dizer que a equidade na educação superior não se restringe ao acesso
e nem mesmo à permanência no sistema para atingir o sucesso, que correspon-
de à conclusão de um determinado nível de estudo. A avaliação da equidade
não se restringe ao número de anos que um indivíduo cursou, mas se amplia
para o exame das estratégias e suporte ofertados para que o indivíduo consiga
sucesso na vida pessoal, estudantil e profissional. A equidade se relaciona com
conclusão de um determinado nível em igualdade a outros sujeitos. Mas, uma
das grandes questões que se põe é como avaliar a posse de tais atributos? Não
há certeza quando a essa resposta: alguns afirmam que exames standartizados
dariam conta, outros apontam que tais exames não abarcam o total da população
a ser avaliada. A questão está posta e busca uma solução.
Ampliando um pouco mais a reflexão, constatamos que o conceito de equi-
dade educativa pode ser diferenciado entre equidade educativa interna (dentro
do sistema de educação) e externa (voltado ao mercado de trabalho). Em relação
à equidade educativa externa são muito poucos os estudos realizados.
Alguns autores medem a equidade da qualidade da educação superior com
foco nas desigualdades e o papel da educação superior na perpetuação das
desigualdades na sociedade como um todo e na educação superior, especifi-
camente, ou seja,
na ordem social estratificada que associa marcas de status com estu-
dantes, professores, e IES... O estudo da desigualdade se estende para
a pesquisa sobre a preparação acadêmica dos estudantes; modelos
de acesso e suporte financeiro; e politicas com impacto direto na
desigualdade anterior, durante e depois de ter a educação superior
(GUMPORT, 2007, p. 248).
Nesta perspectiva a avaliação da qualidade da educação superior tem como
ponto de análise o abandono, conceito multidimensional que implica na evasão
12. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014396
Marilia Costa Morosini
do sistema educativo, de uma universidade em particular, de uma carreira, ou
mesmo de uma disciplina. Aí está incluído o abandono prematuro, aquele que
ocorre anterior à entrada no sistema de educação superior. Seidman (2013)
classifica o abandono em voluntário e involuntário, caso em que a universida-
de se desinteressa pelo estudante. Há outros entendimentos mais amplos, só
considerando abandono quando o indivíduo, após um determinado tempo, em
torno de 2 anos, não retorna ao sistema educativo (ALFAGUIA, 2012).
Os eixos referenciais para avaliar a qualidade com equidade objetivam, no
caso do estudante, detalhar perfil (socioeconômico, incluindo a escolaridade e
formação pública e/ou privada, identificando a primeira geração na educação
superior, participação em programas de ação afirmativa, como o de cotas e
outros); experiência internacional, como a mobilidade nacional e internacional,
sul-norte e sul-sul, ações afirmativas para o acesso e para a permanência (pro-
gramas de apoio à aprendizagem, à sobrevivência física, psíquica e estudantil)
e outras dimensões correlatas. Inclui-se ai exames standartizados ao final da
graduação, bem como os realizados por corporações profissionais.
Nesta perspectiva estão incluídos estudos que avaliam a qualidade através
da inclusão do local no global, com a preservação da cultura nacional.
sua concepção se origina da prática cotidiana da universidade, da sala
de aula, da gestão, da formação docente, da inovação e da pedagogia
universitária. Tais temas dificilmente são abordados na literatura
que organiza indicadores, até mesmo porque são temas subjetivos
cuja restrita objetividade dificulta sua matematização (MOROSINI
et al., 2014).
No Brasil, a rede RIES – Rede Sul-Brasileira de Investigadores da Educação
superior, estudou sistematicamente durante seis anos a proposição de indica-
dores e eixos que relacionam qualidade da educação superior. A perspectiva
adotada foi enfrentar o desafio de propor indicadores que não estivessem res-
tritos à logica de mercado, mas que buscassem avaliar o local na perspectiva do
aprimoramento da educaçao superior. Essas estão relatadas a seguir (CUNHA;
BROILO, 2013): Internacionalização: Transnacionalização, Nacional / Regio-
nal e Institucional; Gestão: Projeto e Planejamento Institucional, Financeira,
Formação e Ensino, Pesquisa, Extensão e Serviços, Atendimento ao Aluno,
Avaliação; Ensino: na perspectiva do processo, analisando a instituição, Corpo
Docente, e Corpo Discente e na perspectiva do produto analisando o Currículo,
Práticas Pedagógicas, eAvaliação; Inovação pedagógica: Memória Educativa,
Protagonismo, Territorialidade, Ruptura, Historicidade do Conhecimento e
13. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014 397
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E CONTEXTOS EMERGENTES
Democracia Pedagógica; e o Desenvolvimento profissional docente: Docên-
cia Universitária, Ambiência Institucional/Docente, Aprendizagem Docente e
Interatividade, Inclusão e Diversidade.
A qualidade da equidade, neste século, passa a ocupar um lugar importante
nos estudos de avaliação, mas na perspectiva de Bourdieu ainda necessita de
muitos investimentos para a clarificação do conceito entre seus defensores
bem como para a quebra da hegemonia da noção de qualidade isomórfica, a
predominante no campo científico.
5 QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E
INTERNACIONALIZAÇÃO
Atipologia identificada da qualidade isomórfica, da especificidade e da equi-
dade, vem sofrendo transformações à medida que a globalização interfere bem
como a medida que as políticas públicas nacionais e institucionais se adequam
a tais determinações, tanto na perspectiva de resposta ou de proposição. Neste
entender um dos principais fatores que tem interferido na noção de qualidade
é a internacionalização.
Para os países desenvolvidos, há o predomínio do intercâmbio sul – norte.
Identificam-se claramente indicadores de dimensão transnacional, nacional (de
Estado) e institucional (SARRICO, 2010). Os institucionais, em maior número,
tendem a seguir os princípios da qualidade isomórfica de internacionalização
das funções universitárias como: docência, pesquisa, extensão, e desenvolvi-
mento organizacional (MADERA, 2006); e outros ainda se constituem em um
checklist, avaliando: redes e acreditação; liderança, mobilidade e intercâmbio:
relações corporativas e intervenções; docentes; estudantes; pesquisa e trans-
ferência de conhecimento; conteúdo, pedagogia e facilidades do curriculum;
desenvolvimento internacional e expansão (REEB-GRUBER, 2009).
Ao lado da métrica de indicadores, Robson (2011, p. 619) considera o
conceito de internacionalização transformadora, que exige uma abordagem
holística em que as universidades se tornam comunidades de espírito interna-
cional, e não simplesmente instituições com aumento do número de estudantes
internacionais e atividades internacionais. A estratégia de internacionalização
responsável far-se-á pela incorporação de abordagens inovadoras para o de-
senvolvimento curricular, de apoio ao estudante e de mecanismos e iniciativas
de desenvolvimento acadêmico (p. 614).
A identificação dos indicadores de qualidade no âmbito da internacionali-
zação reflete o momento de transição que caracteriza os contextos emergentes:
14. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014398
Marilia Costa Morosini
indicadores produzidos por e para uma realidade sócio-histórica desenvolvida;
indicadores, poucos, nos quais a equidade é o princípio dominante. Esses últimos
são���������������������������������������������������������������������������oriundos de realidades, algumas subdesenvolvidas e outras emergentes, mar-
cadas por contradições socioeconômicas internas, referimo-nos a cooperação
sul-sul, entre paises, em sua maioria subdesenvolvidos. Nesses a internacio-
nalização tem a potencialidade de exercer um papel de auxilio à construção de
uma identidade local e ao desenvolvimento socioeconômico (quadro abaixo).
Ações e finalidades da Internacionalização sul-sul, em contextos emergentes
Dimensões Ação Finalidade
Política e
planejamento
Política de diálogo e intercâmbio
de informações sobre temas e
experiências comuns.
Ambiente de colaboração
e responsabilidades
compartilhadas
Abrangência da
internacionalização
Nacional e transnacional. Trabalho
em redes interinstitucionais e
internacionais de acadêmicos e de
gestores.
Projetos conjuntos que
relacionem as comunidades
acadêmicas e diretivas entre sí e
com outras regiões do mundo
Estratégias de
internacionalização
Aumento de trabalho e dos fomentos
dos organismos multilaterais da
região.
Novas formas de cooperação e
integração.
Compromissos e
diretrizes
Intensificação da solidariedade
internacional e do mútuo
reconhecimento.
Legitimação da qualidade
universitária.
Relações com
o mercado e a
comunidade
Colaboração interinstitucional,
entre associações profissionais,
autoridades, empresas e organismos.
Melhoria das condições de
ensino e investigação.
Formação
de Recursos
Humanos
Capacitação de experts e de
técnicos na gestão e na administração
de recursos multilaterais.
Cooperação horizontal
compartilhada.
Gestão -
Mobilidade
Reconhecimento de créditos, cursos,
estudos e diplomas.
Mobilidade acadêmica e
estudantil (confiança mútua e
equivalencias de qualidade).
Gestão - recursos Elaboração e execução de programas
de colaboração e convênios.
Compartilhar recursos de
todo tipo para articular ações
acadêmicas comuns.
Relações
internacionais
Participação das IES da região
nos foros internacionais,
multilaterais, governamentais e não
governamentais.
Serviço educativo como
responsabilidade de toda a
sociedade.
Fonte: DIDRIKSSON, A. Reformulación de la cooperación internacional en la educación superior de
América Latina y el Caribe. México: Fondo de Cultura, 2008.
15. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014 399
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E CONTEXTOS EMERGENTES
É importante que pensemos em uma tipologia que contemple essa realidade
local e que não se restrinja à avaliação de desempenho e prestação de contas.
A qualidade da educação superior na perspectiva da internacionalização
prevê um cunho qualitativo, analisando princípios, atores, estratégias, relações
e foco da internacionalização. Engloba não somente a internacionalização sul-
-norte, mas a internacionalização sul – sul; implica capacitar atores (alunos,
docentes e funcionários), construir redes, baseadas numa política de diálogo,
estendidas às IES com inclusão democrática e participação da sociedade, e con-
fiança mútua, na captação e compartilhamento de recursos (MOROSINI, 2012).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Anoção de qualidade da educação superior sofre um embate refletor da ideia
de universidade que se defende e, que aflora. E torna-se mais complexa ainda
com a expansão flexível e acelerada da Educação Superior.
Aanálise das produções leva-nos a identificar um crescimento da importância
do conceito de qualidade da educação superior bem como das transformações
no desenrolar de sua trajetória. Esta é marcada por tensões entre os modelos de
compreensão da sociedade e mais especificamente da educação superior: um
modelo de universidade tradicional, oriunda de princípios do período feudal,
enclausurada na sua torre de marfim, voltada a uma elite de pessoas, e um
modelo de universidade neoliberal voltada à formação de recursos humanos
para o mercado e à prestação de contas à sociedade via avaliação, tendo como
critério a qualidade da educação superior.
A sociedade do conhecimento, conceito ambíguo, subjaz aos contextos
emergentes. Estes enfrentam dificuldades e são caracterizados por um processo
de exclusão social. Apresentam-se eivados de tensões para a legitimação de
uma autoridade científica que permitirá o domínio do campo científico. Como
afirma Bourdieu, é um sistema de relações objetivas entre posições adquiridas.
É o lugar, o espaço de jogo de uma luta concorrencial.
Numa fase inicial identificamos três tipos ideais de qualidade da educação
superior: qualidade isomórfica, qualidade da especificidade e qualidade da
equidade. Predomina claramente a qualidade isomórfica – de modelo único,
universal, passando da avaliação qualidade per se e, após, para a garantia de
qualidade, com a instauração de todo um aparato de agências reguladoras bu-
rocráticas. Este movimento é corroborado pelo desenvolvimento da perspectiva
da internacionalização transnacional, que necessita de standards comuns para
possibilitar a mobilidade entre países e blocos. Nessa trajetória, a qualidade
16. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 19, n. 2, p. 385-405, jul. 2014400
Marilia Costa Morosini
da especificidade, inicialmente considerada para atender a cooperação entre
os estados-membro da UE, baseada na legitimidade das formas diversas de
avaliação da qualidade, fica integrada à noção de garantia da qualidade.
A qualidade da equidade na fase inicial é muito frágil, pois é oriunda de
um grupo não dominante que, no desenrolar da primeira década deste século,
vem adquirindo força, embora o modelo isomórfico ainda seja o dominante. A
qualidade da equidade avalia não só a entrada e a manutenção no sistema de
educação superior (acesso e permanência), mas os atributos de igualdade de
formação e, numa perspectiva mais ampliada, a equidade externa, que implica
a posse da igualdade na sociedade e no mercado de trabalho. Mantém-se o pre-
domínio da internacionalização isomórfica, mas verifica-se também a influência
da internacionalização numa perspectiva de solidariedade.
Na primeira década dos 2000 constatamos a imbricação, em determinados
momentos, entre as noções de isomorfia e de equidade. Mais claramente, não
encontramos tipos ideais puro mas o hibridismo proposto por Gumport ocorre
na prática. O futuro tende a nos apontar a manutenção da complexidade da
qualidade da educação superior com tensões e lutas simbólicas na busca do
domínio do campo científico nos contextos emergentes. A certeza que temos
é que qualidade é um construto imbricado ao contexto das sociedades e con-
sequentemente aos paradigmas de interpretação da sociedade e do papel da
educação superior na construção de uma sociedade.
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