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Métodos de Exame e
Análise Laboratorial
CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR
ASSISTENTE DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO
0
Breve história
O que são os MEAL?
 Técnicas auxiliares;
 Conhecer o objeto;
 Diagnóstico;
 Aplicação da ciência na arte.
 Auxiliam o estudo da composição, datação e produção de arte
e património.
 Trabalho interdisciplinar !
1
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo
dos bens culturais
 Não tem propriamente um fundador.
 Não tem uma data precisa de início.
 Surgiu do interesse dos artistas e tratadistas do século XIX em
conhecer as técnicas materiais e experiências anteriores dos
grandes mestres.
2
https://fineartamerica.com/featured/1-chemistry-experiment-19th-century-science-photo-
library.html
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 Começaram por compilar livros de tratadística sobre como realizar
os pigmentos (receitas de pigmentos, por exemplo).
 Advém da Idade Média – Tratados de pigmentos.
3
Livro de Arte – Cennino Cennini, 1390
The Artist's Handbook of
Materials and
Techniques: Fifth Edition,
Revised and Updated
(Reference) Hardcover –
May 31, 1991
by Ralph Mayer (Author)
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 Em Portugal:
4
CASTRO, Machado de, 1731-
1822
Descripção analytica da
execução da estatua
equestre erigida em
Lisboa á gloria do Senhor
Rei Fidelissimo D. José I /
Machado de Castro. - Lisboa
: Imp. Regia, 1810. - [XVI],
XXXVI, 328, [VI] p., [24] f.
est. : est. ; 23 cm
Filipe Nunes 15---
16--
Arte da Pintura
/; introd. de
Leontina Ventura
facsimile da ed.
de 1615
Porto: Ed.
Paisagem, 1982
141 p.
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 No século XIX, com o desenvolvimento científico e tecnológico, a
manualidade é substituída por ready mades (produtos industriais).
 Os primeiros tubos de tinta em estanho encapsulados foram
inventados, por volta de 1841, pelo pintor John Goffe Rand.
5
a) Tubo metálico rígido
com pistões e
b) b) tubo de tinta
comum.
Primeiros tubos de tinta,
inventados por volta de
1841 pelo pintor John Goffe
Rand.
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 Para colmatar a “industrialidade”, os artistas e tratadistas
procuraram conhecer o fazer original.
6
Grinding Pigments Grinding
Pigments Jan van der Straet (also
known as Stradanus) (Dutch, 1523
– 1604), Painter’s Studio, woodcut.
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 O restauro teve uma fase, dita “restauro estilístico”, em que se
procurava devolver a originalidade aos objetos.
 Para isto, os restauradores apoiavam-se nos tratados antigos da
época da obra.
7
http://www.grashe.com/projects_in_progress_FrancescoZucarelliPainting.html
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 Com o avanço da Ciência, técnicas científicas foram aplicadas na
conservação e restauro.
8
A fotografia
http://oliverbrothersonline.com/dis
aster-response-recovery/
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 Com o avanço da Ciência, técnicas científicas foram aplicadas na
conservação e restauro.
9
A fotografia de
touristas para
reconstrução
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https://www.travelandleisure.com/c
ulture-design/architecture-
design/archeological-site-culture-
preservation-palmyra-syria-isis
https://www.newpalmyra.org/
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 Com o avanço da Ciência, técnicas científicas foram aplicadas na
conservação e restauro.
10
Fotografia
De
infravermelhos
https://daydreamtourist.com/2012/
08/22/the-painting-under-the-
painting/
Old Guitarist – Picasso, 1903
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 Com o avanço da Ciência, técnicas científicas foram aplicadas na
conservação e restauro.
11
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https://www.the-
scientist.com/foundations/the-first-
x-ray-1895-42279
Wilhelm Rontgen took
this radiograph of his wife's left hand
on December 22, 1895, shortly after his
discovery of X-rays.
Breve história
12
Fotografia de infravermelhos Vs Reflectografia de infravermelhos
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https://www.youtube.com/watch?v=VClbX-gUJQI
Luz Visível Radiação infravermelha
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 Os exames microscópicos de 1870 permitiram realizar estudos a
amostras muito pequenas, contribuindo para a criação
generalizada de laboratórios em museus.
13
Exames microscópicos https://blogs.zeiss.com/microscopy
/news/en/russian-arts-under-the-
microscope/
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 Nos últimos 50 anos, a investigação sistemática em obras de arte
tem desenvolvido e crescido.
 Os organismos internacionais em paralelo com os museus e
universidades mostram grande preocupação por este ema,
tentando criar um clima propício para que estes métodos possam
ser aplicados nas suas amplas possibilidades.
 Começa a publicação em revistas especializadas, disseminando o
conhecimento.
14
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 Trazer a Biologia para a Conservação e Restauro
15
Retábulo de Gante
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1368 e 1408
Breve história
Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos
bens culturais
 A História da Arte aproveita os conhecimentos que se abrem
através da investigação, mas adiciona-los como mais um capítulo,
que completa os dados históricos.
 A Conservação e Restauro também se vai apoiar não só na História
da Arte como na Ciência para desenvolver melhores tratamentos,
com intervenções mais adequadas.
 Há uma convergência de saberes multidisciplinares (várias áreas).
16
A RETER !
17
Os MEAL são a utilização da ciência
aplicada à conservação e restauro para
obter informação complementar na análise
material que nos ajude na realização de
diagnósticos para a Conservação e
Restauro.
Exame preliminar de bens culturais
 Tem como objetivo conhecer o objeto de forma a
escolher as melhores técnicas para aplicação
laboratorial.
 “Pré” desvendar os segredos técnicos a partir da
própria estrutura e composição material.
 No caso da pintura: pode-se definir como uma
superfície coberta de cores seguindo uma ordem
específica. – também se aplica a bens policromados.
18
19
20
Suporte
 Gama de superfícies sobre as quais se trabalham;
 Entre os diversos materiais, podemos contar com couro, metal,
madeira, cerâmica, papel, tecidos, pedra, cartão, etc.
 Os suportes mais antigos são a madeira, mural e tecidos, todos
eles devidamente preparados com elementos consolidantes
estruturantes: barras transversais, cunhas, junções metálicas, etc.
 Também podem apresentar reforços ou camadas protetoras no
reverso da obra-
21
Exame preliminar de bens culturais
Camada de preparação
 Dispõem-se nos materiais para dar corpo à aplicação posterior
cor.
 Obtenção de superfícies lisas e regulares, sobre as quais se
conseguem obter efeitos estruturais e óticos.
 Os suportes que não são tratados com estas camadas,
não se comportam bem, a sua superfície é irregular e absorvem
cor com diferentes intensidades – dificulta o trabalho e a sua
duração é mais curta.
22
Exame preliminar de bens culturais
Camada de preparação
 Os materiais que compõem estas camadas são aglutinantes –
animais, vinílicas, etc., materiais de enchimento como o gesso e
pigmentos opacos e um isolador como o aceite ou resinas.
 É nesta camada que se realizam os desenhos preparatórios.
 O desenho subjacente ou preparatório pode ser essencial para a
identificação de um pintor/escultor ou escola.
 Os materiais constituintes da camada de preparação podem ser
essenciais para a identificação de um pintor/escultor ou escola.
23
Exame preliminar de bens culturais
Camadas pictóricas – pigmentos e tintas
 Substâncias de coloração que transmitem efeitos a outros
materiais.
 Cores podem ser de origem orgânica, mineral ou sintética.
 Consoante a sua variedade podem agrupar-se em sete tipos:
brancos, amarelos, negros, roxos, azuis, verdes e ocres.
 As impurezas nos pigmentos podem ajudar a identificar a sua
proveniência.
 O estudo da nomenclatura, o uso histórico e a sua composição,
através dos tratados das técnicas de pintura podem ser
enriquecidos graças às análises químicas e físicas.
24
Exame preliminar de bens culturais
Camadas pictóricas – aglutinantes e emulsionantes
 Componentes de substâncias líquidas que solidificam passado
algum tempo.
 Água, goma, resina, cera, azeite, ovo, etc.
 Servem para fixar os pigmentos ao suporte ou camada
preparatória.
 Devem secar em camadas transparentes, contraírem-se pouco e
alterar o menos possível da cor aplicada.
 Tradicionalmente servem para dar nome à técnica pictórica
utilizada: têmpera, óleo, fresco, acrílico, etc..
25
Exame preliminar de bens culturais
Camada de proteção
 Geralmente são transparentes ou translúcidas e cumprem duas
funções:
 Proteger as camadas da pintura subjacente dos agentes atmosféricos
 Dar luminosidade à obra.
 Na sua maioria são vernizes – resina natural ou artificial.
 As camadas originais de proteção de pinturas antigas são pouco
conhecidas e necessitam de maior estudo.
26
Exame preliminar de bens culturais
Diferença entre análises de superfície e análises pontuais
27
Exame preliminar de bens culturais
Superfície Pontuais
Conhecer a estrutura da obra através
de radiações, sem necessidade de
tocar a pintura.
Aprofundar a identificação dos
materiais e a sua distribuição na
Utilização acessível e de fácil leitura
permitem sujeitar-se à forma de
observar a obra por parte do
historiador.
O estudo necessita de micro-
amostras extraídas da obra ou
utilizam equipamentos portáteis.
Devem proceder sempre a análises
pontuais e combinar os resultados
obtidos
Preparação do trabalho laboratorial
 Todos os componentes da obra podem ser estudados através
MEAL – desde o suporte até à camada de proteção.
28
Exame preliminar de bens culturais
Preparação do trabalho laboratorial
 O trabalho inicia-se com a informação histórica da obra, somente
depois se devem proceder aos MEAL!
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Primeira aula de introdução aos métodos de exame e análise laboratorial

  • 1. Métodos de Exame e Análise Laboratorial CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR ASSISTENTE DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO 0
  • 2. Breve história O que são os MEAL?  Técnicas auxiliares;  Conhecer o objeto;  Diagnóstico;  Aplicação da ciência na arte.  Auxiliam o estudo da composição, datação e produção de arte e património.  Trabalho interdisciplinar ! 1
  • 3. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  Não tem propriamente um fundador.  Não tem uma data precisa de início.  Surgiu do interesse dos artistas e tratadistas do século XIX em conhecer as técnicas materiais e experiências anteriores dos grandes mestres. 2 https://fineartamerica.com/featured/1-chemistry-experiment-19th-century-science-photo- library.html
  • 4. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  Começaram por compilar livros de tratadística sobre como realizar os pigmentos (receitas de pigmentos, por exemplo).  Advém da Idade Média – Tratados de pigmentos. 3 Livro de Arte – Cennino Cennini, 1390 The Artist's Handbook of Materials and Techniques: Fifth Edition, Revised and Updated (Reference) Hardcover – May 31, 1991 by Ralph Mayer (Author)
  • 5. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  Em Portugal: 4 CASTRO, Machado de, 1731- 1822 Descripção analytica da execução da estatua equestre erigida em Lisboa á gloria do Senhor Rei Fidelissimo D. José I / Machado de Castro. - Lisboa : Imp. Regia, 1810. - [XVI], XXXVI, 328, [VI] p., [24] f. est. : est. ; 23 cm Filipe Nunes 15--- 16-- Arte da Pintura /; introd. de Leontina Ventura facsimile da ed. de 1615 Porto: Ed. Paisagem, 1982 141 p.
  • 6. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  No século XIX, com o desenvolvimento científico e tecnológico, a manualidade é substituída por ready mades (produtos industriais).  Os primeiros tubos de tinta em estanho encapsulados foram inventados, por volta de 1841, pelo pintor John Goffe Rand. 5 a) Tubo metálico rígido com pistões e b) b) tubo de tinta comum. Primeiros tubos de tinta, inventados por volta de 1841 pelo pintor John Goffe Rand.
  • 7. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  Para colmatar a “industrialidade”, os artistas e tratadistas procuraram conhecer o fazer original. 6 Grinding Pigments Grinding Pigments Jan van der Straet (also known as Stradanus) (Dutch, 1523 – 1604), Painter’s Studio, woodcut.
  • 8. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  O restauro teve uma fase, dita “restauro estilístico”, em que se procurava devolver a originalidade aos objetos.  Para isto, os restauradores apoiavam-se nos tratados antigos da época da obra. 7 http://www.grashe.com/projects_in_progress_FrancescoZucarelliPainting.html
  • 9. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  Com o avanço da Ciência, técnicas científicas foram aplicadas na conservação e restauro. 8 A fotografia http://oliverbrothersonline.com/dis aster-response-recovery/
  • 10. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  Com o avanço da Ciência, técnicas científicas foram aplicadas na conservação e restauro. 9 A fotografia de touristas para reconstrução #NEWPALMYRA https://www.travelandleisure.com/c ulture-design/architecture- design/archeological-site-culture- preservation-palmyra-syria-isis https://www.newpalmyra.org/
  • 11. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  Com o avanço da Ciência, técnicas científicas foram aplicadas na conservação e restauro. 10 Fotografia De infravermelhos https://daydreamtourist.com/2012/ 08/22/the-painting-under-the- painting/ Old Guitarist – Picasso, 1903
  • 12. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  Com o avanço da Ciência, técnicas científicas foram aplicadas na conservação e restauro. 11 Radiografia https://www.the- scientist.com/foundations/the-first- x-ray-1895-42279 Wilhelm Rontgen took this radiograph of his wife's left hand on December 22, 1895, shortly after his discovery of X-rays.
  • 13. Breve história 12 Fotografia de infravermelhos Vs Reflectografia de infravermelhos https://digital-photography-school.com/enhancing-black-and-white-infrared-photography/ VIDEO 01 https://www.youtube.com/watch?v=VClbX-gUJQI Luz Visível Radiação infravermelha
  • 14. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  Os exames microscópicos de 1870 permitiram realizar estudos a amostras muito pequenas, contribuindo para a criação generalizada de laboratórios em museus. 13 Exames microscópicos https://blogs.zeiss.com/microscopy /news/en/russian-arts-under-the- microscope/
  • 15. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  Nos últimos 50 anos, a investigação sistemática em obras de arte tem desenvolvido e crescido.  Os organismos internacionais em paralelo com os museus e universidades mostram grande preocupação por este ema, tentando criar um clima propício para que estes métodos possam ser aplicados nas suas amplas possibilidades.  Começa a publicação em revistas especializadas, disseminando o conhecimento. 14
  • 16. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  Trazer a Biologia para a Conservação e Restauro 15 Retábulo de Gante Jan van Eyck 1430-1432 Dendrocronologia https://www.nytimes.com/2016/12/ 19/science/ghent-altarpiece- restoration.html Árvores de entre 1368 e 1408
  • 17. Breve história Breve história da investigação científica aplicada ao estudo dos bens culturais  A História da Arte aproveita os conhecimentos que se abrem através da investigação, mas adiciona-los como mais um capítulo, que completa os dados históricos.  A Conservação e Restauro também se vai apoiar não só na História da Arte como na Ciência para desenvolver melhores tratamentos, com intervenções mais adequadas.  Há uma convergência de saberes multidisciplinares (várias áreas). 16
  • 18. A RETER ! 17 Os MEAL são a utilização da ciência aplicada à conservação e restauro para obter informação complementar na análise material que nos ajude na realização de diagnósticos para a Conservação e Restauro.
  • 19. Exame preliminar de bens culturais  Tem como objetivo conhecer o objeto de forma a escolher as melhores técnicas para aplicação laboratorial.  “Pré” desvendar os segredos técnicos a partir da própria estrutura e composição material.  No caso da pintura: pode-se definir como uma superfície coberta de cores seguindo uma ordem específica. – também se aplica a bens policromados. 18
  • 20. 19
  • 21. 20
  • 22. Suporte  Gama de superfícies sobre as quais se trabalham;  Entre os diversos materiais, podemos contar com couro, metal, madeira, cerâmica, papel, tecidos, pedra, cartão, etc.  Os suportes mais antigos são a madeira, mural e tecidos, todos eles devidamente preparados com elementos consolidantes estruturantes: barras transversais, cunhas, junções metálicas, etc.  Também podem apresentar reforços ou camadas protetoras no reverso da obra- 21 Exame preliminar de bens culturais
  • 23. Camada de preparação  Dispõem-se nos materiais para dar corpo à aplicação posterior cor.  Obtenção de superfícies lisas e regulares, sobre as quais se conseguem obter efeitos estruturais e óticos.  Os suportes que não são tratados com estas camadas, não se comportam bem, a sua superfície é irregular e absorvem cor com diferentes intensidades – dificulta o trabalho e a sua duração é mais curta. 22 Exame preliminar de bens culturais
  • 24. Camada de preparação  Os materiais que compõem estas camadas são aglutinantes – animais, vinílicas, etc., materiais de enchimento como o gesso e pigmentos opacos e um isolador como o aceite ou resinas.  É nesta camada que se realizam os desenhos preparatórios.  O desenho subjacente ou preparatório pode ser essencial para a identificação de um pintor/escultor ou escola.  Os materiais constituintes da camada de preparação podem ser essenciais para a identificação de um pintor/escultor ou escola. 23 Exame preliminar de bens culturais
  • 25. Camadas pictóricas – pigmentos e tintas  Substâncias de coloração que transmitem efeitos a outros materiais.  Cores podem ser de origem orgânica, mineral ou sintética.  Consoante a sua variedade podem agrupar-se em sete tipos: brancos, amarelos, negros, roxos, azuis, verdes e ocres.  As impurezas nos pigmentos podem ajudar a identificar a sua proveniência.  O estudo da nomenclatura, o uso histórico e a sua composição, através dos tratados das técnicas de pintura podem ser enriquecidos graças às análises químicas e físicas. 24 Exame preliminar de bens culturais
  • 26. Camadas pictóricas – aglutinantes e emulsionantes  Componentes de substâncias líquidas que solidificam passado algum tempo.  Água, goma, resina, cera, azeite, ovo, etc.  Servem para fixar os pigmentos ao suporte ou camada preparatória.  Devem secar em camadas transparentes, contraírem-se pouco e alterar o menos possível da cor aplicada.  Tradicionalmente servem para dar nome à técnica pictórica utilizada: têmpera, óleo, fresco, acrílico, etc.. 25 Exame preliminar de bens culturais
  • 27. Camada de proteção  Geralmente são transparentes ou translúcidas e cumprem duas funções:  Proteger as camadas da pintura subjacente dos agentes atmosféricos  Dar luminosidade à obra.  Na sua maioria são vernizes – resina natural ou artificial.  As camadas originais de proteção de pinturas antigas são pouco conhecidas e necessitam de maior estudo. 26 Exame preliminar de bens culturais
  • 28. Diferença entre análises de superfície e análises pontuais 27 Exame preliminar de bens culturais Superfície Pontuais Conhecer a estrutura da obra através de radiações, sem necessidade de tocar a pintura. Aprofundar a identificação dos materiais e a sua distribuição na Utilização acessível e de fácil leitura permitem sujeitar-se à forma de observar a obra por parte do historiador. O estudo necessita de micro- amostras extraídas da obra ou utilizam equipamentos portáteis. Devem proceder sempre a análises pontuais e combinar os resultados obtidos
  • 29. Preparação do trabalho laboratorial  Todos os componentes da obra podem ser estudados através MEAL – desde o suporte até à camada de proteção. 28 Exame preliminar de bens culturais
  • 30. Preparação do trabalho laboratorial  O trabalho inicia-se com a informação histórica da obra, somente depois se devem proceder aos MEAL! 29 Exame preliminar de bens culturais

Notas do Editor

  1. Colocar slides sozinhos com balões com as definicções e principais pontos a reter!
  2. Science in Art: The Chemistry of Art Materials and Conservation - edx
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  7. Science in Art: The Chemistry of Art Materials and Conservation - edx
  8. Science in Art: The Chemistry of Art Materials and Conservation - edx
  9. Nalguns caso deu para registar o original antes da perda total.
  10. Science in Art: The Chemistry of Art Materials and Conservation - edx
  11. Science in Art: The Chemistry of Art Materials and Conservation - edx
  12. Science in Art: The Chemistry of Art Materials and Conservation - edx
  13. Science in Art: The Chemistry of Art Materials and Conservation - edx
  14. Science in Art: The Chemistry of Art Materials and Conservation - edx
  15. Dendrocronologia é um método científico de estabelecer a idade de uma árvore baseado nos padrões dos anéis em seu tronco.
  16. Dendrocronologia é um método científico de estabelecer a idade de uma árvore baseado nos padrões dos anéis em seu tronco.
  17. Science in Art: The Chemistry of Art Materials and Conservation - edx
  18. Science in Art: The Chemistry of Art Materials and Conservation - edx
  19. Science in Art: The Chemistry of Art Materials and Conservation - edx
  20. Science in Art: The Chemistry of Art Materials and Conservation - edx
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