O documento discute novas orientações para a literatura comparada, incluindo a intertextualidade, influência e recepção de obras, e a relação entre literatura e dependência cultural. Aborda teóricos como Tinianov, Mukarovsky e Bakhtin e suas ideias sobre as relações diferenciais na literatura e como os textos escutam as vozes da história. Também discute questões culturais como analogia, dependência, diferença e a antropofagia, concluindo como o comparativismo pode apoiar a descolonização.
1. UNIDAD 2 Nuevas orientaciones comparatista.
1 Teoria literaria y comparatismo;
2 Lo propio y el ajeno: la intertextualidad;
3 Influência y recepción;
4 Literatura comparada y dependencia culturtal.
As reflexões sobre a natureza e funcionamento dos textos e sua relação com outros sistemas semióticos levou a reformulação de alguns conceitos básicos da literatura comparda tradicional.
Tinianov alerta que um elemento retirado de seu contexto original para integrar outro contexto já não pode ser considerado idêntico. Sua inserção em um novo sistema altera sua natureza.
Isso faz mudar a visão comparatista que perseguia um tema, uma imagem ou um simples verso ao longo de diferentes textos. Além do elementos em si, importa a função que ele exerce em cada contexto. A obra literária se constrói numa rede de relações diferenciais com outros textos antecedentes, simultâneos e com sistemas não-literários.
Jan Mukarovsky, Círculo de Parga. Noções de função e de Dominante de Tinianov. A obra literária está isolada, mas faz parte de um grande sistema de correlações.
Estuda as relações reciprocas entre a estrutura da obra literária mas com relação a outras estruturas.
Bakhtin vai resgatar as relações da obra com a história, seu objetivo não é elucidar como a obra é feita, mas situá-la “no interior de uma tipologia dos sistemas significantes na história”
Ao Estabelecer os estudos de fontes, fortuna na Literatura Comparada Clássica, também se estabelecia uma relação de débito e, com ela, a noção de dependência cultural.
Essa cultura “recebida” era sempre tardia, estabelecendo uma relação de atraso de uma nação frente a outra.
Uma avaliação crítica desse estado de coisas, leva a própria crítica latino-americana a valorizar a diferença.
A diferença não é somente um recurso que substitui a analogia, ela passa a ser um recurso de afirmação da identidade nacional. A inserção no universal já não é mais pela analogia e sim pela diferença.
Comparar é contrastar.
A literatura comparada que caminhava da Europa para a América, passa, agora, a caminhar da América para a Europa.
Oswald de Andrade, 1928: “Tupy, or not tupy, that is the question”.
Devorar todo o passado e o estrangeiro, assimilando somente o que convém, o que lhe serve.
Para isso é necessário uma capacidade crítica de seleção, não basta com devorar.
Identificação com o Universal e afirmação do particular. – Antonio Candido.
“Sou um tupi tangendo um alaúde” Mario de Andrade. Contradição inevitável.
Valor do processo está na diferença que se pode inaugurar.
As literatura periféricas ganham relevância e passam a se confrontar com as europeias ao enriquecê-las, ao dar novas respostas.
A autonomia cultural não está na recusa do alheio e sim na mirada crítica a esse alheio.
Olhar dialeticamente a questões entre o localismo e o cosmopolitismo.