SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
                                                   Sonho ou realidade? 
      Era  uma  vez  uma  escola  encerrada  há  muitos  anos,  numa  pequena  aldeia 
minhota…  
      Era uma vez um livro muito especial, esquecido numa das prateleiras da biblioteca 
da velha escola…  
      Tomás  veio  passar  as  férias  de  verão  à  aldeia  com  o  seu  avô  paterno.  Era  um 
menino muito inteligente, muito curioso e muito irrequieto.    
      Certo  dia,  perguntou  ao  seu  avô  por  que  motivo  estava  a  escola  fechada.  Ele 
explicou‐lhe  que  as  crianças,  que  em  tempos  lhe  deram  vida,  eram  agora  adultos  a 
viverem  nas  grandes  cidades.  Na  aldeia,  moravam  apenas  pessoas  idosas  que  nunca 
quiseram abandonar a terra que os viu nascer.  
     Tomás  apressou‐se  a  pedir‐lhe  que  o  levasse  a  visitar  o  velho  edifício,  mas  o  seu 
desejo teve de ser adiado, porque o avô era um homem bastante ocupado e tinha uma 
reunião  marcada  na  associação  «Esperança»,  uma  pequena  e  humilde  instituição  da 
aldeia que acolhia os idosos sem lar.   
      Impaciente, Tomás não resistiu e resolveu partir à aventura sozinho.  
      As  paredes exteriores da escola estavam cobertas de hera, um manto de verdura 
densa que lhe dava um aspeto misterioso. As portas eram velhas. As janelas tinham os 
vidros partidos. Tomás entrou por uma janela e logo sentiu o cheiro a velho e a mofo. 
No entanto, ficou maravilhado com as salas de aula, que ainda exibiam teimosamente 
nas paredes os desenhos e os textos dos antigos alunos. Imaginou, então, como seria o 
seu  avô  em  criança,  como  teria  ele  brincado  naquela  escola  e  quem  seriam  os  seus 
amigos. 
       Foi andando e explorando… 
       Cada  cantinho  da  escola  parecia  ter  uma  história  para  contar,  mas  a  biblioteca 
chamou  particularmente  a  sua  atenção,  pois  Tomás  ficou  encantado  ao  ver  tantos, 
tantos livros, muitos deles em bom estado. Ele adorava ler. A leitura era a sua paixão. 
Tomás observou, observou e, numa prateleira lá bem no alto, estava um livro fora do 
comum.  A  capa  parecia  muito  antiga  e  era  um  livro  bastante  mais  grosso  do  que  os 
restantes. Com a ajuda de uma cadeira, Tomás pegou no livro e, de imediato, sentiu 
algo de especial, algo que ele não conseguia explicar! Abriu‐o e deparou‐se com uma 
página  toda  ela  minuciosamente  ilustrada.  Era  uma  magnífica  floresta.  Parecia  tão 
real! Tomás não se cansava de admirar o livro e esqueceu‐se de tudo à sua volta.  
     Subitamente,  uma  luz  intensa,  vinda  do  interior  das  folhas,  encandeou  o  rapaz. 
Esfregou os olhos várias vezes e apercebeu‐se que não estava no mesmo lugar. Tinha 
ido parar a um sítio desconhecido. Não percebia como tal acontecera e não acreditava 
no que estava a ver. Tudo parecia mágico. Ao longe, ouvia o som embalador de uma 
cascata; as árvores, altas e esbeltas, davam‐lhe as boas‐vindas, agitando suavemente 
os seus ramos; no ar, lindas borboletas e pássaros multicolores chilreavam e conviviam 
amistosamente. Ele ficou um pouco assustado, é certo, mas também feliz, pois aquela 
paisagem era verdadeiramente encantadora e mágica.     
       A  certa altura,  um barulho  estranho  chamou  a  atenção  do  menino.  Parecia  ouvir 
passos.  Recuou  cuidadosamente  e  viu  um  vulto  que,  de  repente,  ganhou  forma.  Era 
um menino índio. Teria talvez a sua idade, dez anos. Tinha a pele morena e, na cabeça, 
usava uma faixa vermelha com uma pena. O menino índio questionou Tomás sobre a 
sua origem, pois nunca tinha visto pessoas de pele clara, olhos azuis e cabelos loiros. 
Tomás  contou‐lhe  a  sua  aventura  na  escola  abandonada  e  explicou‐lhe  que  não 
percebia  como  tinha  vindo  ali  parar.  O  índio  sorriu,  parecia  que  sabia  a  resposta,  e 
apresentou‐se: 
       ─  Pertenço  à  tribo  Tupi.  O  meu  nome  é  Iaciara  que,  na  tua  língua,  significa 
“Espelho da Lua”.       
       ─ Tens um nome bem engraçado e fora do comum! Mas … onde está a tua família? 
Por que estás sozinho no meio da floresta? ─ perguntou Tomás muito intrigado. 
       O menino índio contou, então, toda a sua história. 
        ─  Eu  e  a  minha  família  íamos  em  caravana  à  procura  de  uma  nova  terra  onde 
pudéssemos acampar. Sabes, a civilização não gosta de índios, por isso fomos expulsos 
da terra onde eu nasci e cresci. A minha mãe ficou muito triste com a partida. Tenho 
dois irmãos mais novos do que eu e o meu pai é um dos guerreiros da Tribo Tupi, por 
todos muito respeitado. A certa altura, fiquei com sede e afastei‐me da caravana em 
busca  de  água.  Quando  me  apercebi,  já  não  havia  sinais  do  meu  povo.  Agora,  estou 
sozinho e não sei como posso encontrar de novo a minha família. Podes ajudar‐me? 
      ─  Claro que sim! Mas como? ─  prontificou‐se de imediato o rapaz. 
 
     Tomás  e  Iaciara  procuraram  no  chão  pegadas  deixadas  pelos  cavalos  e  seguiram‐
lhes o rasto. Caminharam juntos longas horas. O céu começou a escurecer e, lá no alto, 
já se via a primeira estrela, a Estrela Polar. A Lua, bem redondinha, começou a brilhar e 
a iluminar toda a floresta. A noite parecia dia.  
     A  certa  altura,  Tomás  sentiu  no  ar  o  cheiro  a  fumo  e  a  carne  assada  que  se 
misturavam  com  os  aromas  intensos  daquele  lugar.  Seguiram  um  pouco  mais  e 
avistaram  uma  grande  fogueira.  O  coração  de  Iaciara  alegrou‐se  de  imediato,  pois 
reconheceu  um  dos  cavalos  que  ainda  pastava,  tranquilamente,  num  campo  de  erva 
fresca.  Soltou  um  grito  de  vitória  ─    que  era  costume  usar  na  Tribo  Tupi  ─    e  foi 
imediatamente reconhecido por toda a sua família que ali estava acampada.  
       Todos  correram  ao  seu  encontro.  A  sua  mãe  abraçou‐o  e  beijou‐o,  enquanto 
lágrimas de alegria corriam pelo seu rosto. Abraçaram também Tomás, pois estavam‐
lhe eternamente gratos por ele ter ajudado Iaciara a encontrar a sua Tribo. Festejaram 
durante toda a noite e, sentados à volta da grande fogueira, escutaram atentamente 
Tomás que lhes contou a sua aventura, as histórias e os costumes da sua terra.  
       Na  manhã  seguinte,  seguiram  todos  viagem.  Tomás  sentia‐se  bem‐vindo  no  seio 
dos  Índios,  mas  começava  a  ter  saudades  da  sua  família  e  da  sua  casa.  Iaciara 
apercebeu‐se da tristeza do seu amigo e quis, também ele, ajudá‐lo a regressar ao seu 
mundo.  
      Entretanto… 
       Ao regressar a casa após mais um longo dia a servir os mais necessitados da aldeia, 
o avô apercebeu‐se de que o neto ainda não tinha chegado. Ficou muito preocupado e 
foi até ao campo de futebol que havia perto de casa, na esperança de o encontrar ali a 
jogar à bola. Não estava lá ninguém. Bateu às portas de todas as casas, mas nenhum 
vizinho  o  tinha  visto.  Uma  grande  tristeza  começou  a  apoderar‐se  dele.  Então,  os 
habitantes da aldeia depressa se reuniram para ajudar este pobre avô que já não sabia 
mais onde procurar.  
      A  noite  caiu,  escura  e  fria.  O  avô  continuava  muito  preocupado  e  o  seu  coração 
batia mais forte só de pensar que o seu neto poderia estar em apuros. 
     Enquanto  todas  as  pessoas  da  aldeia  procuravam  Tomás,  este  e  os  seus  novos 
amigos  índios,  lá  no  mundo  do  livro  mágico,  traçavam  um  plano  para  encontrar  o 
caminho de regresso a casa.  
     Depois de algum tempo a ouvir Tomás a descrever a sua aldeia, um velho índio, o 
mais sábio da tribo, disse que talvez o poderia ajudar. Mandou os guerreiros selarem 
os seus cavalos e partiram rumo a uma pequena localidade não muito longe dali, uma 
povoação  desconhecida  pela  maioria  dos  índios,  pois  não  era  habitual  irem  a  terras 
civilizadas.  O  pai  de  Iaciara,  o  grande  guerreiro  Ruda,  fez  questão  de  levar  consigo 
Tomás no seu valente cavalo branco, o Tinga.   
     Quando  avistaram  a  aldeia,  Tomás  depressa  a  reconheceu  e  ficou  feliz  por  poder 
regressar a sua casa. Os dois rapazes prometeram amizade eterna um ao outro, depois 
de um longo e forte abraço de despedida.   
     Tomás  esfregou  os  olhos  e…  viu‐se  novamente  na  biblioteca.  Perplexo,  retomou 
então o caminho de casa, pensando nos amigos que fizera e na aventura que vivera.  
     Subitamente, ouviu vozes que gritavam: «O Tomás chegou! Viva! Viva!»  
     O avô ajoelhou‐se e tomou o neto nos seus braços. Queria repreendê‐lo pelo susto 
que  lhe  pregara,  mas  a  alegria  de  o  encontrar  são  e  salvo  era  tão  grande  que  foi 
incapaz  de  falar.  O  pequeno  Tomás  estava  confuso,  não  conseguia  perceber  como 
estava ali, se realmente tinha estado na floresta, se Iaciara realmente existia ou se foi 
simplesmente um sonho.  
     Nos  seus  braços,  o  menino  ainda  tinha  aquele  maravilhoso  livro  e  não  o  queria 
largar. Pediu se podia ficar com ele. O avô explicou‐lhe que aquele livro era património 
da aldeia e que isso não era possível.  
     O Presidente da Junta presenciou tudo e, muito emocionado com o que acontecera, 
pronunciou‐se em nome do povo: 
     ─ Tomás, se gostas tanto desse livro, tenho a certeza que ninguém se irá opor a que 
fiques com ele. Sei que o estimarás, por isso é teu! 
    ─ É teu, é teu! ─ aprovaram prontamente os aldeões. 
     Tomás saltou de alegria e fez logo outro pedido.  
     ─ Senhor Presidente, por que não pode esta escola ser uma escola de novo?  
     O Presidente ficou pensativo e, por uns instantes, sem saber o que dizer. Depois de 
uma breve pausa, lembrou‐se: 
     ─ Mas, Tomás, não há crianças na aldeia. Para que serve uma escola sem crianças?  
     ‐ Esta é a escola onde o senhor, o meu avô e o meu pai estudaram. Não é justo que 
esteja assim abandonada. 
       Toda a aldeia estava ali reunida. Aplaudiram a ousadia de Tomás e olharam para o 
Presidente,  à  espera  de  uma  resposta.  Então,  o  avô,  que  era  um  homem  de  grande 
coração,  tomou  a  palavra  e  propôs  que  o  velho  edifício  fosse  também  ele  usado  em 
benefício  dos  mais  necessitados,  com  cozinha,  salas  de  convívio  e  quartos,  que  a 
biblioteca  fosse  recuperada  e  que  toda  a  aldeia  pudesse  consultar  e  ler  os  livros  lá 
guardados. O povo acolheu a ideia com muito agrado e prontificou‐se a contribuir para 
as obras de requalificação com o que pudesse. O Presidente logo concordou e sugeriu 
que  todos  se  reunissem  para  dar  início  ao  projeto.  O  pequeno  Tomás  não  deixou 
perder esta oportunidade e juntou‐se a esta nobre causa.  
     E, todas as noites, Tomás vivia uma nova aventura cada vez que lia uma história do 
seu livro. Tornaram‐se grandes amigos! 
     No  dia  da  inauguração  da  escola,  o  povo  da  aldeia  fez  uma  grande  festa.  Tomás 
sentiu  um  enorme  orgulho  no  seu  avô.  Olhou  para  a  colina,  lá  bem  no  horizonte,  e 
avistou os seus amigos índios montados a cavalo a piscarem‐lhe os olhos.   
    Tomás  sorriu.  Só  ele  podia  vê‐los.  Estava  felicíssimo  e,  pela  primeira  vez,  sentiu  e 
compreendeu  que  a  colaboração  e  a  solidariedade  são  fundamentais  para  a  união 
entre os povos.  
                                                                                                                           
 
 
 
 
 
 
 
                                                                      
 
 
 
 
 

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Pedro alecrim resumos.
Pedro alecrim   resumos.Pedro alecrim   resumos.
Pedro alecrim resumos.manuela016
 
O mundo ao contrário 4º ano
O mundo ao contrário 4º anoO mundo ao contrário 4º ano
O mundo ao contrário 4º anoIsabel DA COSTA
 
[Infantil] ruth rocha_-_marcelo_marmelo_martelo
[Infantil] ruth rocha_-_marcelo_marmelo_martelo[Infantil] ruth rocha_-_marcelo_marmelo_martelo
[Infantil] ruth rocha_-_marcelo_marmelo_marteloRoseli Aparecida Tavares
 
Lygia bojunga nunes a bolsa amarela
Lygia bojunga nunes   a bolsa amarelaLygia bojunga nunes   a bolsa amarela
Lygia bojunga nunes a bolsa amarelaEstado do RS
 
Marcelo Marmelo Martelo Ruth Rocha
Marcelo Marmelo Martelo Ruth RochaMarcelo Marmelo Martelo Ruth Rocha
Marcelo Marmelo Martelo Ruth RochaNadia Gal Stabile
 
Mascotes da turma - 4.º A
Mascotes da turma - 4.º AMascotes da turma - 4.º A
Mascotes da turma - 4.º Aprofigor
 
A Escola No Tempo Da Ditadura
A Escola No Tempo Da DitaduraA Escola No Tempo Da Ditadura
A Escola No Tempo Da DitaduraCPH
 
Cheiro de feijao, estrelas e sonhos
Cheiro de feijao, estrelas e sonhosCheiro de feijao, estrelas e sonhos
Cheiro de feijao, estrelas e sonhosLuciano Soares
 

Mais procurados (12)

Marcelo marmelo martelo
Marcelo marmelo marteloMarcelo marmelo martelo
Marcelo marmelo martelo
 
Pedro alecrim resumos.
Pedro alecrim   resumos.Pedro alecrim   resumos.
Pedro alecrim resumos.
 
O mundo ao contrário 4º ano
O mundo ao contrário 4º anoO mundo ao contrário 4º ano
O mundo ao contrário 4º ano
 
[Infantil] ruth rocha_-_marcelo_marmelo_martelo
[Infantil] ruth rocha_-_marcelo_marmelo_martelo[Infantil] ruth rocha_-_marcelo_marmelo_martelo
[Infantil] ruth rocha_-_marcelo_marmelo_martelo
 
Ruth rocha marcelo marmelo martelo
Ruth rocha   marcelo marmelo marteloRuth rocha   marcelo marmelo martelo
Ruth rocha marcelo marmelo martelo
 
Avós
AvósAvós
Avós
 
Lygia bojunga nunes a bolsa amarela
Lygia bojunga nunes   a bolsa amarelaLygia bojunga nunes   a bolsa amarela
Lygia bojunga nunes a bolsa amarela
 
Marcelo Marmelo Martelo Ruth Rocha
Marcelo Marmelo Martelo Ruth RochaMarcelo Marmelo Martelo Ruth Rocha
Marcelo Marmelo Martelo Ruth Rocha
 
Billy e a fera
Billy e a feraBilly e a fera
Billy e a fera
 
Mascotes da turma - 4.º A
Mascotes da turma - 4.º AMascotes da turma - 4.º A
Mascotes da turma - 4.º A
 
A Escola No Tempo Da Ditadura
A Escola No Tempo Da DitaduraA Escola No Tempo Da Ditadura
A Escola No Tempo Da Ditadura
 
Cheiro de feijao, estrelas e sonhos
Cheiro de feijao, estrelas e sonhosCheiro de feijao, estrelas e sonhos
Cheiro de feijao, estrelas e sonhos
 

Destaque

Catalogo GameStop Estate 2012
Catalogo GameStop Estate 2012Catalogo GameStop Estate 2012
Catalogo GameStop Estate 2012GameStop Italia
 
Seminario biblico alianza oficinas
Seminario biblico alianza oficinasSeminario biblico alianza oficinas
Seminario biblico alianza oficinasJohanna Tomala
 
Kamus perbilangan
Kamus perbilanganKamus perbilangan
Kamus perbilanganazmega12
 
黄金町パーティー企画
黄金町パーティー企画黄金町パーティー企画
黄金町パーティー企画Hatsumi Ohmuro
 
Ch 1 part-1 final
Ch 1 part-1 finalCh 1 part-1 final
Ch 1 part-1 finalaminsir
 
解決輕熟女的眼袋問題
解決輕熟女的眼袋問題解決輕熟女的眼袋問題
解決輕熟女的眼袋問題Judith Carlton
 
Colombia moderna tatiana
Colombia moderna tatianaColombia moderna tatiana
Colombia moderna tatianatatiana-39
 
تقرير شهر مايو 2012
تقرير شهر مايو 2012تقرير شهر مايو 2012
تقرير شهر مايو 2012Naglaa Kadry
 
Dia da Arte 09/10
Dia da Arte 09/10Dia da Arte 09/10
Dia da Arte 09/10O Ciclista
 
melssCRM brochure
melssCRM brochuremelssCRM brochure
melssCRM brochuremorrisraja
 
2012夏季訓練標語詩歌
2012夏季訓練標語詩歌2012夏季訓練標語詩歌
2012夏季訓練標語詩歌國恩 洪
 
ครูมือใหม่
ครูมือใหม่ครูมือใหม่
ครูมือใหม่ProyPy
 
El pollet que estava sol 2
El pollet que estava sol 2El pollet que estava sol 2
El pollet que estava sol 2wanxerf
 
ראמ סנטר קטלוג קמפינג
ראמ סנטר קטלוג קמפינגראמ סנטר קטלוג קמפינג
ראמ סנטר קטלוג קמפינגEli S. Rahimi
 
2015 01-02 - exposição temporária
2015 01-02 - exposição temporária2015 01-02 - exposição temporária
2015 01-02 - exposição temporáriaO Ciclista
 
Para Todas Las Mujeres Y Hombres
Para Todas Las Mujeres     Y HombresPara Todas Las Mujeres     Y Hombres
Para Todas Las Mujeres Y HombresLorian
 

Destaque (20)

Catalogo GameStop Estate 2012
Catalogo GameStop Estate 2012Catalogo GameStop Estate 2012
Catalogo GameStop Estate 2012
 
Seminario biblico alianza oficinas
Seminario biblico alianza oficinasSeminario biblico alianza oficinas
Seminario biblico alianza oficinas
 
Kamus perbilangan
Kamus perbilanganKamus perbilangan
Kamus perbilangan
 
黄金町パーティー企画
黄金町パーティー企画黄金町パーティー企画
黄金町パーティー企画
 
Ch 1 part-1 final
Ch 1 part-1 finalCh 1 part-1 final
Ch 1 part-1 final
 
解決輕熟女的眼袋問題
解決輕熟女的眼袋問題解決輕熟女的眼袋問題
解決輕熟女的眼袋問題
 
Colombia moderna tatiana
Colombia moderna tatianaColombia moderna tatiana
Colombia moderna tatiana
 
تقرير شهر مايو 2012
تقرير شهر مايو 2012تقرير شهر مايو 2012
تقرير شهر مايو 2012
 
Metodos
MetodosMetodos
Metodos
 
Dia da Arte 09/10
Dia da Arte 09/10Dia da Arte 09/10
Dia da Arte 09/10
 
Feliz natal
Feliz natalFeliz natal
Feliz natal
 
melssCRM brochure
melssCRM brochuremelssCRM brochure
melssCRM brochure
 
2012夏季訓練標語詩歌
2012夏季訓練標語詩歌2012夏季訓練標語詩歌
2012夏季訓練標語詩歌
 
ครูมือใหม่
ครูมือใหม่ครูมือใหม่
ครูมือใหม่
 
El pollet que estava sol 2
El pollet que estava sol 2El pollet que estava sol 2
El pollet que estava sol 2
 
2
22
2
 
ראמ סנטר קטלוג קמפינג
ראמ סנטר קטלוג קמפינגראמ סנטר קטלוג קמפינג
ראמ סנטר קטלוג קמפינג
 
Carnevale
CarnevaleCarnevale
Carnevale
 
2015 01-02 - exposição temporária
2015 01-02 - exposição temporária2015 01-02 - exposição temporária
2015 01-02 - exposição temporária
 
Para Todas Las Mujeres Y Hombres
Para Todas Las Mujeres     Y HombresPara Todas Las Mujeres     Y Hombres
Para Todas Las Mujeres Y Hombres
 

Semelhante a Pnl 2 ceb - sonho-ou_realidade

a família que não cabia dentro de casa
a família que não cabia dentro de casaa família que não cabia dentro de casa
a família que não cabia dentro de casacapitulo 4 g3
 
ALTINO_DO_TOJAL_A_VIDA_E_ESTA_COISA.pdf alguns contos
ALTINO_DO_TOJAL_A_VIDA_E_ESTA_COISA.pdf alguns contosALTINO_DO_TOJAL_A_VIDA_E_ESTA_COISA.pdf alguns contos
ALTINO_DO_TOJAL_A_VIDA_E_ESTA_COISA.pdf alguns contosDeJ1106Games
 
Moteiro lobato luiz g.-brendon-vitória-felipe c.
Moteiro lobato luiz  g.-brendon-vitória-felipe c.Moteiro lobato luiz  g.-brendon-vitória-felipe c.
Moteiro lobato luiz g.-brendon-vitória-felipe c.Octaviodecesare
 
Artur azevedo a tia aninha
Artur azevedo   a tia aninhaArtur azevedo   a tia aninha
Artur azevedo a tia aninhaTulipa Zoá
 
Flor de mel apresentação Mafalda 1º p
Flor de mel  apresentação Mafalda 1º pFlor de mel  apresentação Mafalda 1º p
Flor de mel apresentação Mafalda 1º pbe-djoaoII
 
Gato que amava a mancha laranja
Gato que amava a mancha laranjaGato que amava a mancha laranja
Gato que amava a mancha laranjarmgoncalo
 
Barbara cartland a cruz do amor
Barbara cartland   a cruz do amorBarbara cartland   a cruz do amor
Barbara cartland a cruz do amorAriovaldo Cunha
 
Livro de Cordel Ludocriarte.pdf
Livro de Cordel Ludocriarte.pdfLivro de Cordel Ludocriarte.pdf
Livro de Cordel Ludocriarte.pdfGlauber Pinheiro
 
As tristezas e as alegrias de Lisa - Vovó Mima Badan
As tristezas e as alegrias de Lisa - Vovó Mima BadanAs tristezas e as alegrias de Lisa - Vovó Mima Badan
As tristezas e as alegrias de Lisa - Vovó Mima BadanMima Badan
 
Um vulto no nevoeiro
Um vulto no nevoeiroUm vulto no nevoeiro
Um vulto no nevoeiroanaprande
 
Um vulto no nevoeiro
Um vulto no nevoeiroUm vulto no nevoeiro
Um vulto no nevoeiroanaprande
 
Barbara cartland a cruz do amor
Barbara cartland   a cruz do amorBarbara cartland   a cruz do amor
Barbara cartland a cruz do amorAriovaldo Cunha
 
Literatura Infantil
Literatura InfantilLiteratura Infantil
Literatura Infantilhleite
 
Toda a magia numa bola de sabão
Toda a magia numa bola de sabãoToda a magia numa bola de sabão
Toda a magia numa bola de sabãoIsabel Martins
 
Projeto Individual de Leitura
Projeto Individual de LeituraProjeto Individual de Leitura
Projeto Individual de Leiturabiblioaemoure
 

Semelhante a Pnl 2 ceb - sonho-ou_realidade (20)

.
..
.
 
a família que não cabia dentro de casa
a família que não cabia dentro de casaa família que não cabia dentro de casa
a família que não cabia dentro de casa
 
Contos de Rayassim
Contos de RayassimContos de Rayassim
Contos de Rayassim
 
ALTINO_DO_TOJAL_A_VIDA_E_ESTA_COISA.pdf alguns contos
ALTINO_DO_TOJAL_A_VIDA_E_ESTA_COISA.pdf alguns contosALTINO_DO_TOJAL_A_VIDA_E_ESTA_COISA.pdf alguns contos
ALTINO_DO_TOJAL_A_VIDA_E_ESTA_COISA.pdf alguns contos
 
Moteiro lobato luiz g.-brendon-vitória-felipe c.
Moteiro lobato luiz  g.-brendon-vitória-felipe c.Moteiro lobato luiz  g.-brendon-vitória-felipe c.
Moteiro lobato luiz g.-brendon-vitória-felipe c.
 
Artur azevedo a tia aninha
Artur azevedo   a tia aninhaArtur azevedo   a tia aninha
Artur azevedo a tia aninha
 
Flor de mel apresentação Mafalda 1º p
Flor de mel  apresentação Mafalda 1º pFlor de mel  apresentação Mafalda 1º p
Flor de mel apresentação Mafalda 1º p
 
Gato que amava a mancha laranja
Gato que amava a mancha laranjaGato que amava a mancha laranja
Gato que amava a mancha laranja
 
Barbara cartland a cruz do amor
Barbara cartland   a cruz do amorBarbara cartland   a cruz do amor
Barbara cartland a cruz do amor
 
Livro de Cordel Ludocriarte.pdf
Livro de Cordel Ludocriarte.pdfLivro de Cordel Ludocriarte.pdf
Livro de Cordel Ludocriarte.pdf
 
As tristezas e as alegrias de Lisa - Vovó Mima Badan
As tristezas e as alegrias de Lisa - Vovó Mima BadanAs tristezas e as alegrias de Lisa - Vovó Mima Badan
As tristezas e as alegrias de Lisa - Vovó Mima Badan
 
História Originais
História OriginaisHistória Originais
História Originais
 
Projecto individual
Projecto individualProjecto individual
Projecto individual
 
Um vulto no nevoeiro
Um vulto no nevoeiroUm vulto no nevoeiro
Um vulto no nevoeiro
 
Um vulto no nevoeiro
Um vulto no nevoeiroUm vulto no nevoeiro
Um vulto no nevoeiro
 
Barbara cartland a cruz do amor
Barbara cartland   a cruz do amorBarbara cartland   a cruz do amor
Barbara cartland a cruz do amor
 
Literatura Infantil
Literatura InfantilLiteratura Infantil
Literatura Infantil
 
Negrinha 3ª B - 2011
Negrinha 3ª B  -  2011Negrinha 3ª B  -  2011
Negrinha 3ª B - 2011
 
Toda a magia numa bola de sabão
Toda a magia numa bola de sabãoToda a magia numa bola de sabão
Toda a magia numa bola de sabão
 
Projeto Individual de Leitura
Projeto Individual de LeituraProjeto Individual de Leitura
Projeto Individual de Leitura
 

Mais de O Ciclista

1 trabalho projeto - turismo em anadia - 11 h
1   trabalho projeto - turismo em anadia - 11 h1   trabalho projeto - turismo em anadia - 11 h
1 trabalho projeto - turismo em anadia - 11 hO Ciclista
 
2018 07-15 - o pequeno floco de neve - adriana de matos pedrosa e gabriel pir...
2018 07-15 - o pequeno floco de neve - adriana de matos pedrosa e gabriel pir...2018 07-15 - o pequeno floco de neve - adriana de matos pedrosa e gabriel pir...
2018 07-15 - o pequeno floco de neve - adriana de matos pedrosa e gabriel pir...O Ciclista
 
Palestra de matemática alguns números pela vida fora incluindo um porco far...
Palestra de matemática   alguns números pela vida fora incluindo um porco far...Palestra de matemática   alguns números pela vida fora incluindo um porco far...
Palestra de matemática alguns números pela vida fora incluindo um porco far...O Ciclista
 
2016 01-31 - roteiro - moita maria dias, carolina e mariana
2016 01-31 - roteiro - moita maria dias, carolina e mariana2016 01-31 - roteiro - moita maria dias, carolina e mariana
2016 01-31 - roteiro - moita maria dias, carolina e marianaO Ciclista
 
2016 01-30 - roteiro - flávio simões 6ºf
2016 01-30 - roteiro - flávio simões 6ºf2016 01-30 - roteiro - flávio simões 6ºf
2016 01-30 - roteiro - flávio simões 6ºfO Ciclista
 
Piódão; beatriz pinho, beatriz pereira e gaby
Piódão; beatriz pinho, beatriz pereira e gabyPiódão; beatriz pinho, beatriz pereira e gaby
Piódão; beatriz pinho, beatriz pereira e gabyO Ciclista
 
Anadia miguel dias francisco
Anadia   miguel dias franciscoAnadia   miguel dias francisco
Anadia miguel dias franciscoO Ciclista
 
2016 01-20 - férias de sonho - buçaco - ana rita marques beatriz silva marian...
2016 01-20 - férias de sonho - buçaco - ana rita marques beatriz silva marian...2016 01-20 - férias de sonho - buçaco - ana rita marques beatriz silva marian...
2016 01-20 - férias de sonho - buçaco - ana rita marques beatriz silva marian...O Ciclista
 
2015 12-03 - dia pijama - ji ce avelãs
2015 12-03 - dia pijama - ji ce avelãs2015 12-03 - dia pijama - ji ce avelãs
2015 12-03 - dia pijama - ji ce avelãsO Ciclista
 
2015 12-02 - dia não fumador - ji ce avelãs
2015 12-02 - dia não fumador - ji ce avelãs2015 12-02 - dia não fumador - ji ce avelãs
2015 12-02 - dia não fumador - ji ce avelãsO Ciclista
 
2015 09-14 - receção alunos
2015 09-14 - receção alunos2015 09-14 - receção alunos
2015 09-14 - receção alunosO Ciclista
 
2015 09-28 - gn mens honrosa - amor separado e recuperado - raquel neves seiç...
2015 09-28 - gn mens honrosa - amor separado e recuperado - raquel neves seiç...2015 09-28 - gn mens honrosa - amor separado e recuperado - raquel neves seiç...
2015 09-28 - gn mens honrosa - amor separado e recuperado - raquel neves seiç...O Ciclista
 
2015 06-16 - sarau reportagem foto
2015 06-16 - sarau reportagem foto2015 06-16 - sarau reportagem foto
2015 06-16 - sarau reportagem fotoO Ciclista
 
2015 01-16 - tróia - catarina
2015 01-16 - tróia - catarina2015 01-16 - tróia - catarina
2015 01-16 - tróia - catarinaO Ciclista
 
2015 01-15 - guimarães - ana
2015 01-15 - guimarães - ana2015 01-15 - guimarães - ana
2015 01-15 - guimarães - anaO Ciclista
 
2015 01-14 - óbidos - guilherme
2015 01-14 - óbidos - guilherme2015 01-14 - óbidos - guilherme
2015 01-14 - óbidos - guilhermeO Ciclista
 
2015 01-13 - madeira - bruno
2015 01-13 - madeira - bruno2015 01-13 - madeira - bruno
2015 01-13 - madeira - brunoO Ciclista
 
2014 12-11 - o relevo - ana bruno catarina - 10º h
2014 12-11 - o relevo - ana bruno catarina - 10º h2014 12-11 - o relevo - ana bruno catarina - 10º h
2014 12-11 - o relevo - ana bruno catarina - 10º hO Ciclista
 
2014 12-10 - buçaco caramulo cordilheira central - guilherme miguel - 10º h
2014 12-10 - buçaco caramulo cordilheira central - guilherme miguel - 10º h2014 12-10 - buçaco caramulo cordilheira central - guilherme miguel - 10º h
2014 12-10 - buçaco caramulo cordilheira central - guilherme miguel - 10º hO Ciclista
 
2014 12-09 - joao e ana
2014 12-09 - joao e ana2014 12-09 - joao e ana
2014 12-09 - joao e anaO Ciclista
 

Mais de O Ciclista (20)

1 trabalho projeto - turismo em anadia - 11 h
1   trabalho projeto - turismo em anadia - 11 h1   trabalho projeto - turismo em anadia - 11 h
1 trabalho projeto - turismo em anadia - 11 h
 
2018 07-15 - o pequeno floco de neve - adriana de matos pedrosa e gabriel pir...
2018 07-15 - o pequeno floco de neve - adriana de matos pedrosa e gabriel pir...2018 07-15 - o pequeno floco de neve - adriana de matos pedrosa e gabriel pir...
2018 07-15 - o pequeno floco de neve - adriana de matos pedrosa e gabriel pir...
 
Palestra de matemática alguns números pela vida fora incluindo um porco far...
Palestra de matemática   alguns números pela vida fora incluindo um porco far...Palestra de matemática   alguns números pela vida fora incluindo um porco far...
Palestra de matemática alguns números pela vida fora incluindo um porco far...
 
2016 01-31 - roteiro - moita maria dias, carolina e mariana
2016 01-31 - roteiro - moita maria dias, carolina e mariana2016 01-31 - roteiro - moita maria dias, carolina e mariana
2016 01-31 - roteiro - moita maria dias, carolina e mariana
 
2016 01-30 - roteiro - flávio simões 6ºf
2016 01-30 - roteiro - flávio simões 6ºf2016 01-30 - roteiro - flávio simões 6ºf
2016 01-30 - roteiro - flávio simões 6ºf
 
Piódão; beatriz pinho, beatriz pereira e gaby
Piódão; beatriz pinho, beatriz pereira e gabyPiódão; beatriz pinho, beatriz pereira e gaby
Piódão; beatriz pinho, beatriz pereira e gaby
 
Anadia miguel dias francisco
Anadia   miguel dias franciscoAnadia   miguel dias francisco
Anadia miguel dias francisco
 
2016 01-20 - férias de sonho - buçaco - ana rita marques beatriz silva marian...
2016 01-20 - férias de sonho - buçaco - ana rita marques beatriz silva marian...2016 01-20 - férias de sonho - buçaco - ana rita marques beatriz silva marian...
2016 01-20 - férias de sonho - buçaco - ana rita marques beatriz silva marian...
 
2015 12-03 - dia pijama - ji ce avelãs
2015 12-03 - dia pijama - ji ce avelãs2015 12-03 - dia pijama - ji ce avelãs
2015 12-03 - dia pijama - ji ce avelãs
 
2015 12-02 - dia não fumador - ji ce avelãs
2015 12-02 - dia não fumador - ji ce avelãs2015 12-02 - dia não fumador - ji ce avelãs
2015 12-02 - dia não fumador - ji ce avelãs
 
2015 09-14 - receção alunos
2015 09-14 - receção alunos2015 09-14 - receção alunos
2015 09-14 - receção alunos
 
2015 09-28 - gn mens honrosa - amor separado e recuperado - raquel neves seiç...
2015 09-28 - gn mens honrosa - amor separado e recuperado - raquel neves seiç...2015 09-28 - gn mens honrosa - amor separado e recuperado - raquel neves seiç...
2015 09-28 - gn mens honrosa - amor separado e recuperado - raquel neves seiç...
 
2015 06-16 - sarau reportagem foto
2015 06-16 - sarau reportagem foto2015 06-16 - sarau reportagem foto
2015 06-16 - sarau reportagem foto
 
2015 01-16 - tróia - catarina
2015 01-16 - tróia - catarina2015 01-16 - tróia - catarina
2015 01-16 - tróia - catarina
 
2015 01-15 - guimarães - ana
2015 01-15 - guimarães - ana2015 01-15 - guimarães - ana
2015 01-15 - guimarães - ana
 
2015 01-14 - óbidos - guilherme
2015 01-14 - óbidos - guilherme2015 01-14 - óbidos - guilherme
2015 01-14 - óbidos - guilherme
 
2015 01-13 - madeira - bruno
2015 01-13 - madeira - bruno2015 01-13 - madeira - bruno
2015 01-13 - madeira - bruno
 
2014 12-11 - o relevo - ana bruno catarina - 10º h
2014 12-11 - o relevo - ana bruno catarina - 10º h2014 12-11 - o relevo - ana bruno catarina - 10º h
2014 12-11 - o relevo - ana bruno catarina - 10º h
 
2014 12-10 - buçaco caramulo cordilheira central - guilherme miguel - 10º h
2014 12-10 - buçaco caramulo cordilheira central - guilherme miguel - 10º h2014 12-10 - buçaco caramulo cordilheira central - guilherme miguel - 10º h
2014 12-10 - buçaco caramulo cordilheira central - guilherme miguel - 10º h
 
2014 12-09 - joao e ana
2014 12-09 - joao e ana2014 12-09 - joao e ana
2014 12-09 - joao e ana
 

Pnl 2 ceb - sonho-ou_realidade

  • 1.
  • 2.                                                    Sonho ou realidade?        Era  uma  vez  uma  escola  encerrada  há  muitos  anos,  numa  pequena  aldeia  minhota…         Era uma vez um livro muito especial, esquecido numa das prateleiras da biblioteca  da velha escola…         Tomás  veio  passar  as  férias  de  verão  à  aldeia  com  o  seu  avô  paterno.  Era  um  menino muito inteligente, muito curioso e muito irrequieto.           Certo  dia,  perguntou  ao  seu  avô  por  que  motivo  estava  a  escola  fechada.  Ele  explicou‐lhe  que  as  crianças,  que  em  tempos  lhe  deram  vida,  eram  agora  adultos  a  viverem  nas  grandes  cidades.  Na  aldeia,  moravam  apenas  pessoas  idosas  que  nunca  quiseram abandonar a terra que os viu nascer.        Tomás  apressou‐se  a  pedir‐lhe  que  o  levasse  a  visitar  o  velho  edifício,  mas  o  seu  desejo teve de ser adiado, porque o avô era um homem bastante ocupado e tinha uma  reunião  marcada  na  associação  «Esperança»,  uma  pequena  e  humilde  instituição  da  aldeia que acolhia os idosos sem lar.          Impaciente, Tomás não resistiu e resolveu partir à aventura sozinho.         As  paredes exteriores da escola estavam cobertas de hera, um manto de verdura  densa que lhe dava um aspeto misterioso. As portas eram velhas. As janelas tinham os  vidros partidos. Tomás entrou por uma janela e logo sentiu o cheiro a velho e a mofo.  No entanto, ficou maravilhado com as salas de aula, que ainda exibiam teimosamente  nas paredes os desenhos e os textos dos antigos alunos. Imaginou, então, como seria o  seu  avô  em  criança,  como  teria  ele  brincado  naquela  escola  e  quem  seriam  os  seus  amigos.         Foi andando e explorando…         Cada  cantinho  da  escola  parecia  ter  uma  história  para  contar,  mas  a  biblioteca  chamou  particularmente  a  sua  atenção,  pois  Tomás  ficou  encantado  ao  ver  tantos,  tantos livros, muitos deles em bom estado. Ele adorava ler. A leitura era a sua paixão.  Tomás observou, observou e, numa prateleira lá bem no alto, estava um livro fora do  comum.  A  capa  parecia  muito  antiga  e  era  um  livro  bastante  mais  grosso  do  que  os  restantes. Com a ajuda de uma cadeira, Tomás pegou no livro e, de imediato, sentiu  algo de especial, algo que ele não conseguia explicar! Abriu‐o e deparou‐se com uma 
  • 3. página  toda  ela  minuciosamente  ilustrada.  Era  uma  magnífica  floresta.  Parecia  tão  real! Tomás não se cansava de admirar o livro e esqueceu‐se de tudo à sua volta.        Subitamente,  uma  luz  intensa,  vinda  do  interior  das  folhas,  encandeou  o  rapaz.  Esfregou os olhos várias vezes e apercebeu‐se que não estava no mesmo lugar. Tinha  ido parar a um sítio desconhecido. Não percebia como tal acontecera e não acreditava  no que estava a ver. Tudo parecia mágico. Ao longe, ouvia o som embalador de uma  cascata; as árvores, altas e esbeltas, davam‐lhe as boas‐vindas, agitando suavemente  os seus ramos; no ar, lindas borboletas e pássaros multicolores chilreavam e conviviam  amistosamente. Ele ficou um pouco assustado, é certo, mas também feliz, pois aquela  paisagem era verdadeiramente encantadora e mágica.             A  certa altura,  um barulho  estranho  chamou  a  atenção  do  menino.  Parecia  ouvir  passos.  Recuou  cuidadosamente  e  viu  um  vulto  que,  de  repente,  ganhou  forma.  Era  um menino índio. Teria talvez a sua idade, dez anos. Tinha a pele morena e, na cabeça,  usava uma faixa vermelha com uma pena. O menino índio questionou Tomás sobre a  sua origem, pois nunca tinha visto pessoas de pele clara, olhos azuis e cabelos loiros.  Tomás  contou‐lhe  a  sua  aventura  na  escola  abandonada  e  explicou‐lhe  que  não  percebia  como  tinha  vindo  ali  parar.  O  índio  sorriu,  parecia  que  sabia  a  resposta,  e  apresentou‐se:         ─  Pertenço  à  tribo  Tupi.  O  meu  nome  é  Iaciara  que,  na  tua  língua,  significa  “Espelho da Lua”.               ─ Tens um nome bem engraçado e fora do comum! Mas … onde está a tua família?  Por que estás sozinho no meio da floresta? ─ perguntou Tomás muito intrigado.         O menino índio contou, então, toda a sua história.          ─  Eu  e  a  minha  família  íamos  em  caravana  à  procura  de  uma  nova  terra  onde  pudéssemos acampar. Sabes, a civilização não gosta de índios, por isso fomos expulsos  da terra onde eu nasci e cresci. A minha mãe ficou muito triste com a partida. Tenho  dois irmãos mais novos do que eu e o meu pai é um dos guerreiros da Tribo Tupi, por  todos muito respeitado. A certa altura, fiquei com sede e afastei‐me da caravana em  busca  de  água.  Quando  me  apercebi,  já  não  havia  sinais  do  meu  povo.  Agora,  estou  sozinho e não sei como posso encontrar de novo a minha família. Podes ajudar‐me?        ─  Claro que sim! Mas como? ─  prontificou‐se de imediato o rapaz.   
  • 4.      Tomás  e  Iaciara  procuraram  no  chão  pegadas  deixadas  pelos  cavalos  e  seguiram‐ lhes o rasto. Caminharam juntos longas horas. O céu começou a escurecer e, lá no alto,  já se via a primeira estrela, a Estrela Polar. A Lua, bem redondinha, começou a brilhar e  a iluminar toda a floresta. A noite parecia dia.        A  certa  altura,  Tomás  sentiu  no  ar  o  cheiro  a  fumo  e  a  carne  assada  que  se  misturavam  com  os  aromas  intensos  daquele  lugar.  Seguiram  um  pouco  mais  e  avistaram  uma  grande  fogueira.  O  coração  de  Iaciara  alegrou‐se  de  imediato,  pois  reconheceu  um  dos  cavalos  que  ainda  pastava,  tranquilamente,  num  campo  de  erva  fresca.  Soltou  um  grito  de  vitória  ─    que  era  costume  usar  na  Tribo  Tupi  ─    e  foi  imediatamente reconhecido por toda a sua família que ali estava acampada.          Todos  correram  ao  seu  encontro.  A  sua  mãe  abraçou‐o  e  beijou‐o,  enquanto  lágrimas de alegria corriam pelo seu rosto. Abraçaram também Tomás, pois estavam‐ lhe eternamente gratos por ele ter ajudado Iaciara a encontrar a sua Tribo. Festejaram  durante toda a noite e, sentados à volta da grande fogueira, escutaram atentamente  Tomás que lhes contou a sua aventura, as histórias e os costumes da sua terra.          Na  manhã  seguinte,  seguiram  todos  viagem.  Tomás  sentia‐se  bem‐vindo  no  seio  dos  Índios,  mas  começava  a  ter  saudades  da  sua  família  e  da  sua  casa.  Iaciara  apercebeu‐se da tristeza do seu amigo e quis, também ele, ajudá‐lo a regressar ao seu  mundo.         Entretanto…         Ao regressar a casa após mais um longo dia a servir os mais necessitados da aldeia,  o avô apercebeu‐se de que o neto ainda não tinha chegado. Ficou muito preocupado e  foi até ao campo de futebol que havia perto de casa, na esperança de o encontrar ali a  jogar à bola. Não estava lá ninguém. Bateu às portas de todas as casas, mas nenhum  vizinho  o  tinha  visto.  Uma  grande  tristeza  começou  a  apoderar‐se  dele.  Então,  os  habitantes da aldeia depressa se reuniram para ajudar este pobre avô que já não sabia  mais onde procurar.         A  noite  caiu,  escura  e  fria.  O  avô  continuava  muito  preocupado  e  o  seu  coração  batia mais forte só de pensar que o seu neto poderia estar em apuros.       Enquanto  todas  as  pessoas  da  aldeia  procuravam  Tomás,  este  e  os  seus  novos  amigos  índios,  lá  no  mundo  do  livro  mágico,  traçavam  um  plano  para  encontrar  o  caminho de regresso a casa.  
  • 5.      Depois de algum tempo a ouvir Tomás a descrever a sua aldeia, um velho índio, o  mais sábio da tribo, disse que talvez o poderia ajudar. Mandou os guerreiros selarem  os seus cavalos e partiram rumo a uma pequena localidade não muito longe dali, uma  povoação  desconhecida  pela  maioria  dos  índios,  pois  não  era  habitual  irem  a  terras  civilizadas.  O  pai  de  Iaciara,  o  grande  guerreiro  Ruda,  fez  questão  de  levar  consigo  Tomás no seu valente cavalo branco, o Tinga.         Quando  avistaram  a  aldeia,  Tomás  depressa  a  reconheceu  e  ficou  feliz  por  poder  regressar a sua casa. Os dois rapazes prometeram amizade eterna um ao outro, depois  de um longo e forte abraço de despedida.         Tomás  esfregou  os  olhos  e…  viu‐se  novamente  na  biblioteca.  Perplexo,  retomou  então o caminho de casa, pensando nos amigos que fizera e na aventura que vivera.        Subitamente, ouviu vozes que gritavam: «O Tomás chegou! Viva! Viva!»        O avô ajoelhou‐se e tomou o neto nos seus braços. Queria repreendê‐lo pelo susto  que  lhe  pregara,  mas  a  alegria  de  o  encontrar  são  e  salvo  era  tão  grande  que  foi  incapaz  de  falar.  O  pequeno  Tomás  estava  confuso,  não  conseguia  perceber  como  estava ali, se realmente tinha estado na floresta, se Iaciara realmente existia ou se foi  simplesmente um sonho.        Nos  seus  braços,  o  menino  ainda  tinha  aquele  maravilhoso  livro  e  não  o  queria  largar. Pediu se podia ficar com ele. O avô explicou‐lhe que aquele livro era património  da aldeia e que isso não era possível.        O Presidente da Junta presenciou tudo e, muito emocionado com o que acontecera,  pronunciou‐se em nome do povo:       ─ Tomás, se gostas tanto desse livro, tenho a certeza que ninguém se irá opor a que  fiques com ele. Sei que o estimarás, por isso é teu!      ─ É teu, é teu! ─ aprovaram prontamente os aldeões.       Tomás saltou de alegria e fez logo outro pedido.        ─ Senhor Presidente, por que não pode esta escola ser uma escola de novo?        O Presidente ficou pensativo e, por uns instantes, sem saber o que dizer. Depois de  uma breve pausa, lembrou‐se:       ─ Mas, Tomás, não há crianças na aldeia. Para que serve uma escola sem crianças?        ‐ Esta é a escola onde o senhor, o meu avô e o meu pai estudaram. Não é justo que  esteja assim abandonada. 
  • 6.        Toda a aldeia estava ali reunida. Aplaudiram a ousadia de Tomás e olharam para o  Presidente,  à  espera  de  uma  resposta.  Então,  o  avô,  que  era  um  homem  de  grande  coração,  tomou  a  palavra  e  propôs  que  o  velho  edifício  fosse  também  ele  usado  em  benefício  dos  mais  necessitados,  com  cozinha,  salas  de  convívio  e  quartos,  que  a  biblioteca  fosse  recuperada  e  que  toda  a  aldeia  pudesse  consultar  e  ler  os  livros  lá  guardados. O povo acolheu a ideia com muito agrado e prontificou‐se a contribuir para  as obras de requalificação com o que pudesse. O Presidente logo concordou e sugeriu  que  todos  se  reunissem  para  dar  início  ao  projeto.  O  pequeno  Tomás  não  deixou  perder esta oportunidade e juntou‐se a esta nobre causa.        E, todas as noites, Tomás vivia uma nova aventura cada vez que lia uma história do  seu livro. Tornaram‐se grandes amigos!       No  dia  da  inauguração  da  escola,  o  povo  da  aldeia  fez  uma  grande  festa.  Tomás  sentiu  um  enorme  orgulho  no  seu  avô.  Olhou  para  a  colina,  lá  bem  no  horizonte,  e  avistou os seus amigos índios montados a cavalo a piscarem‐lhe os olhos.        Tomás  sorriu.  Só  ele  podia  vê‐los.  Estava  felicíssimo  e,  pela  primeira  vez,  sentiu  e  compreendeu  que  a  colaboração  e  a  solidariedade  são  fundamentais  para  a  união  entre os povos.