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PMR 3103
Rugosidade Superficial
(Desvio de Forma Microgeométrico)
Rugosidade Superficial
DESVIO DE FORMA MICROGEOMÉTRICO.
• Formado por:
marcas, ranhuras e sulcos na
superfície da peça,
• Causa: processo de fabricação
ferramenta, material, velocidade, rigidez do
equipamento, lubrificação
2
Marcas de Usinagem
3
https://www.youtube.com/watch?v=RfnoAFW2L2c
RESITÊNCIA
A
FADIGA
%
Influência da rugosidade superficial na Resistência à Fadiga
para aços de diversas resistências à ruptura
Influência da rugosidade superficial na vida e temperatura de
funcionamento de mancais de deslizamento
Influencia da rugosidade superficial sobre a capacidade de
carga de um mancal de deslizamento
Influência da rugosidade superficial na lubrificação de
duas peças ajustadas
Influência da rugosidade superficial sobre o coeficiente de
transmissão de calor
• IMPORTÂNCIA:
– resistência ao desgaste
– propriedades do ajuste (folga e/ou interferência)
– aparência
– qualidade da aderência que a superfície oferece
às camadas protetoras superficiais
9
1. DEFINIÇÕES
• A terminologia: NBR 6405/1988.
• 1.1 Superfície Geométrica: é a superfície ideal prescrita no
projeto, sem erros de forma.
10
• 1.2 Superfície Real: é a superfície resultante do
processo empregado na fabricação da peça
11
• 1.3 Superfície Efetiva: é resultante do processo de
medição da superfície real.
12
• 1.4 Perfil Geométrico: é representado pela aresta
resultante da intersecção entre a superfície
geométrica e um plano perpendicular a mesma.
13
• 1.5 Perfil Real: é representado pela linha resultante da
intersecção entre a superfície real e um plano
perpendicular a mesma.
14
• 1.6 Perfil Efetivo: imagem obtida do perfil real, através da
aplicação de algum processo de medição.
15
• 1.7 Perfil de Rugosidade: imagem obtida a partir do perfil
efetivo, através da aplicação de algum processo de filtragem
da ondulação.
16
2. AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL
• Comprimento total de avaliação (lm).
• Comprimentos de amostragem (le), (cut-off)
• Comprimento Total (lt),
17
• O comprimento total de avaliação deve ser sub-
dividido para evitar a influência dos desvios de
forma na avaliação da rugosidade superficial
18
3. PARÂMETROS DE RUGOSIDADE SUPERFICIAL
• Os valores são tomados em relação a Linha média
• Soma das áreas superiores = Soma das áreas
inferiores, no comprimento de amostragem (le).
• A3 = A1 +A2
19
3.1 Rugosidade Média (Ra)
• É a média aritmética dos valores absolutos das ordenadas
do perfil efetivo em relação à linha média em um
comprimento de medição.
20

=
m
l
0
m
a dx
y
l
1
R
Existe parâmetro semelhante ao Ra chamado CLA ( Center
Line Average) cuja unidade é a micro polegada (1µin= 40µm)
3.1 Rugosidade Média (Ra)
• Vantagens do Parâmetro Ra:
- é o mais utilizado no mundo;
- aplicável para avaliação de rugosidade de superfícies
obtidas com a maioria dos processos de fabricação.
• Desvantagens do Parâmetro Ra:
- impossibilidade de detecção da forma do perfil da
rugosidade;
- como o valor representa uma média, uma irregularidade
atípica não causará grande influência na magnitude da
média, portanto sua presença não será detectada por este
parâmetro.
21

=
m
l
0
m
a dx
y
l
1
R
Ra- Limitações
• Os valores da rugosidade Ra a serem empregados em
projeto mecânico são normalizados, sendo os valores
indicados para os mesmos apresentados na tabela abaixo:
23
Rugosidade RMS (Rq)
O valor da rugosidade RMS em µpolegada (µin) é normalmente 1.1
x 40 vezes a rugosidade Ra em µm
Desvio Aritmético Quadrático
É a raiz quadrada da média da
soma dos quadrados dos valores
das ordenadas do perfil efetivo
em relação à linha média em um
comprimento de medição.
Ra (µm) Ra (µin) CLA (µin) RMS (µin)
0.025 1 1 1.1
0.05 2 2 2.2
0.1 4 4 4.4
0.2 8 8 8.8
0.4 16 16 17.6
0.8 32 32 32.5
1.6 63 63 64.3
3.2 125 125 137.5
6.3 250 250 275
12.5 500 500 550
25 1000 1000 1100
50 2000 2000 2200
Tabela de Equivalência de Rugosidades
40 µin
µm =
3.2 Rugosidade Máxima (Ry)
• É definida como o maior valor do conjunto das
rugosidades máximas, cada qual associada a um
dos comprimentos de amostragem que compõem o
comprimento total de avaliação.
26
3.2 Rugosidade Máxima (Ry)
•Vantagens do parâmetro Ry:
- informa sobre a máxima deterioração da superfície do
material em um comprimento de amostragem;
- fornece informações complementares ao parâmetro Ra.
•Desvantagens do Parâmetro Ry:
- nem todos os equipamentos de medição fornecem este
parâmetro;
- pode dar uma imagem errada da condição da superfície,
pois avalia erros que muitas vezes não representam a superfície
como um todo.
27
3.3 Rugosidade Total (Rt)
• Corresponde à distância vertical entre o pico mais alto e o
vale mais profundo no comprimento total de avaliação (lm).
• O valor de Rt é mais rígido que o de Ry, pois considera todo o
comprimento de avaliação e não apenas o comprimento de
amostragem.
28
4. REPRESENTAÇÃO DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL EM
DESENHO TÉCNICO MECÂNICO
• ABNT - NBR 8404
• 4.1 Simbologia
a = valor da rugosidade Ra, em m, ou classe de rugosidade
N1 até N12
b = método de fabricação, tratamento ou revestimento
c = comprimento de amostragem
d = direção de estrias
e = sobremetal para usinagem, em milímetro
f = outros parâmetros de rugosidade (entre parênteses)
29
Desenho de fabricação de válvula de motor de combustão interna
31
(m)
32
33
34
35
4.2 RELAÇÃO ENTRE SIMBOLOGIA ANTIGA E ABNT
36
ABNT
ANTIGA
5. RELAÇÃO ENTRE RUGOSIDADE SUPERFICIAL E PROCESSOS DE
FABRICAÇÃO
37
37
Fundição em Coquilha
Fundição sob Pressão
Forjamento
Fundição em Areia
Torneamento - Fresamento
Limagem
Brochamento
Lapidação
Rasqueteamento
Alargamento
6. RELAÇÃO ENTRE RUGOSIDADE SUPERFICIAL E TOLERÂNCIAS
DIMENSIONAIS
• Ra = IT/30 (prático, sem base teórica) 38
7. RUGOSIDADE INDICADA PARA PROJETO
39
40
Rugosidade Superficial
Retificação
41
Exemplos de Acabamento Superficial
Material: Níquel
8. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DE RUGOSIDADE
SUPERFICIAL
42
Rugosímetro de Contato Portátil
Parâmetros de Rugosidade Rz e Rp ?
Rugosímetro de Contato de Bancada
8. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DE RUGOSIDADE
SUPERFICIAL
44
Rugosímetro
de Contato de
Bancada
Medição de Rugosidade sem contato (Escaneamento Ótico)
9. Aplicações Avançadas
46
Espelho do Telescópio Herschel - ESA Rugosidade (RMS):
Inicial =170 m
Intermed.=1,5 m
Final: 30 nm
Diâmetro= 3,5 m
Material: SiC
Peso: 240 Kg
Espessura: 3 mm
Limites tecnológicos
atuais: 20 A
( 1A=0,0001 m)
Manfé G. et alii, “Desenho Técnico
Mecânico” -, Editora Hemus, 3 vols, 1993.
Senai, “Telecurso 2000 – Mecânica”,
Editora Globo, 1996
Virtual (Internet)
http://www.bibvirt.futuro.usp.br/index.html
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
47
http://www.infometro.hpg.ig.com.br
http://www.infometro.hpg.ig.com.br
Agostinho, L.O. Tolerâncias , ajustes,
desvios e análise de dimensões, Ed.
Edgard Blücher, 1990.
NBR ISO 4287 Set. 2002 e NBR ISO 4288: 2008

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  • 1. 1 PMR 3103 Rugosidade Superficial (Desvio de Forma Microgeométrico)
  • 2. Rugosidade Superficial DESVIO DE FORMA MICROGEOMÉTRICO. • Formado por: marcas, ranhuras e sulcos na superfície da peça, • Causa: processo de fabricação ferramenta, material, velocidade, rigidez do equipamento, lubrificação 2
  • 4. RESITÊNCIA A FADIGA % Influência da rugosidade superficial na Resistência à Fadiga para aços de diversas resistências à ruptura
  • 5. Influência da rugosidade superficial na vida e temperatura de funcionamento de mancais de deslizamento
  • 6. Influencia da rugosidade superficial sobre a capacidade de carga de um mancal de deslizamento
  • 7. Influência da rugosidade superficial na lubrificação de duas peças ajustadas
  • 8. Influência da rugosidade superficial sobre o coeficiente de transmissão de calor
  • 9. • IMPORTÂNCIA: – resistência ao desgaste – propriedades do ajuste (folga e/ou interferência) – aparência – qualidade da aderência que a superfície oferece às camadas protetoras superficiais 9
  • 10. 1. DEFINIÇÕES • A terminologia: NBR 6405/1988. • 1.1 Superfície Geométrica: é a superfície ideal prescrita no projeto, sem erros de forma. 10
  • 11. • 1.2 Superfície Real: é a superfície resultante do processo empregado na fabricação da peça 11
  • 12. • 1.3 Superfície Efetiva: é resultante do processo de medição da superfície real. 12
  • 13. • 1.4 Perfil Geométrico: é representado pela aresta resultante da intersecção entre a superfície geométrica e um plano perpendicular a mesma. 13
  • 14. • 1.5 Perfil Real: é representado pela linha resultante da intersecção entre a superfície real e um plano perpendicular a mesma. 14
  • 15. • 1.6 Perfil Efetivo: imagem obtida do perfil real, através da aplicação de algum processo de medição. 15
  • 16. • 1.7 Perfil de Rugosidade: imagem obtida a partir do perfil efetivo, através da aplicação de algum processo de filtragem da ondulação. 16
  • 17. 2. AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL • Comprimento total de avaliação (lm). • Comprimentos de amostragem (le), (cut-off) • Comprimento Total (lt), 17
  • 18. • O comprimento total de avaliação deve ser sub- dividido para evitar a influência dos desvios de forma na avaliação da rugosidade superficial 18
  • 19. 3. PARÂMETROS DE RUGOSIDADE SUPERFICIAL • Os valores são tomados em relação a Linha média • Soma das áreas superiores = Soma das áreas inferiores, no comprimento de amostragem (le). • A3 = A1 +A2 19
  • 20. 3.1 Rugosidade Média (Ra) • É a média aritmética dos valores absolutos das ordenadas do perfil efetivo em relação à linha média em um comprimento de medição. 20  = m l 0 m a dx y l 1 R Existe parâmetro semelhante ao Ra chamado CLA ( Center Line Average) cuja unidade é a micro polegada (1µin= 40µm)
  • 21. 3.1 Rugosidade Média (Ra) • Vantagens do Parâmetro Ra: - é o mais utilizado no mundo; - aplicável para avaliação de rugosidade de superfícies obtidas com a maioria dos processos de fabricação. • Desvantagens do Parâmetro Ra: - impossibilidade de detecção da forma do perfil da rugosidade; - como o valor representa uma média, uma irregularidade atípica não causará grande influência na magnitude da média, portanto sua presença não será detectada por este parâmetro. 21  = m l 0 m a dx y l 1 R
  • 23. • Os valores da rugosidade Ra a serem empregados em projeto mecânico são normalizados, sendo os valores indicados para os mesmos apresentados na tabela abaixo: 23
  • 24. Rugosidade RMS (Rq) O valor da rugosidade RMS em µpolegada (µin) é normalmente 1.1 x 40 vezes a rugosidade Ra em µm Desvio Aritmético Quadrático É a raiz quadrada da média da soma dos quadrados dos valores das ordenadas do perfil efetivo em relação à linha média em um comprimento de medição.
  • 25. Ra (µm) Ra (µin) CLA (µin) RMS (µin) 0.025 1 1 1.1 0.05 2 2 2.2 0.1 4 4 4.4 0.2 8 8 8.8 0.4 16 16 17.6 0.8 32 32 32.5 1.6 63 63 64.3 3.2 125 125 137.5 6.3 250 250 275 12.5 500 500 550 25 1000 1000 1100 50 2000 2000 2200 Tabela de Equivalência de Rugosidades 40 µin µm =
  • 26. 3.2 Rugosidade Máxima (Ry) • É definida como o maior valor do conjunto das rugosidades máximas, cada qual associada a um dos comprimentos de amostragem que compõem o comprimento total de avaliação. 26
  • 27. 3.2 Rugosidade Máxima (Ry) •Vantagens do parâmetro Ry: - informa sobre a máxima deterioração da superfície do material em um comprimento de amostragem; - fornece informações complementares ao parâmetro Ra. •Desvantagens do Parâmetro Ry: - nem todos os equipamentos de medição fornecem este parâmetro; - pode dar uma imagem errada da condição da superfície, pois avalia erros que muitas vezes não representam a superfície como um todo. 27
  • 28. 3.3 Rugosidade Total (Rt) • Corresponde à distância vertical entre o pico mais alto e o vale mais profundo no comprimento total de avaliação (lm). • O valor de Rt é mais rígido que o de Ry, pois considera todo o comprimento de avaliação e não apenas o comprimento de amostragem. 28
  • 29. 4. REPRESENTAÇÃO DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL EM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO • ABNT - NBR 8404 • 4.1 Simbologia a = valor da rugosidade Ra, em m, ou classe de rugosidade N1 até N12 b = método de fabricação, tratamento ou revestimento c = comprimento de amostragem d = direção de estrias e = sobremetal para usinagem, em milímetro f = outros parâmetros de rugosidade (entre parênteses) 29
  • 30. Desenho de fabricação de válvula de motor de combustão interna
  • 32. 32
  • 33. 33
  • 34. 34
  • 35. 35
  • 36. 4.2 RELAÇÃO ENTRE SIMBOLOGIA ANTIGA E ABNT 36 ABNT ANTIGA
  • 37. 5. RELAÇÃO ENTRE RUGOSIDADE SUPERFICIAL E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO 37 37 Fundição em Coquilha Fundição sob Pressão Forjamento Fundição em Areia Torneamento - Fresamento Limagem Brochamento Lapidação Rasqueteamento Alargamento
  • 38. 6. RELAÇÃO ENTRE RUGOSIDADE SUPERFICIAL E TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS • Ra = IT/30 (prático, sem base teórica) 38
  • 39. 7. RUGOSIDADE INDICADA PARA PROJETO 39
  • 41. 41 Exemplos de Acabamento Superficial Material: Níquel
  • 42. 8. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DE RUGOSIDADE SUPERFICIAL 42 Rugosímetro de Contato Portátil Parâmetros de Rugosidade Rz e Rp ?
  • 44. 8. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DE RUGOSIDADE SUPERFICIAL 44 Rugosímetro de Contato de Bancada
  • 45. Medição de Rugosidade sem contato (Escaneamento Ótico)
  • 46. 9. Aplicações Avançadas 46 Espelho do Telescópio Herschel - ESA Rugosidade (RMS): Inicial =170 m Intermed.=1,5 m Final: 30 nm Diâmetro= 3,5 m Material: SiC Peso: 240 Kg Espessura: 3 mm Limites tecnológicos atuais: 20 A ( 1A=0,0001 m)
  • 47. Manfé G. et alii, “Desenho Técnico Mecânico” -, Editora Hemus, 3 vols, 1993. Senai, “Telecurso 2000 – Mecânica”, Editora Globo, 1996 Virtual (Internet) http://www.bibvirt.futuro.usp.br/index.html 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 47 http://www.infometro.hpg.ig.com.br http://www.infometro.hpg.ig.com.br Agostinho, L.O. Tolerâncias , ajustes, desvios e análise de dimensões, Ed. Edgard Blücher, 1990. NBR ISO 4287 Set. 2002 e NBR ISO 4288: 2008