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Tiro-de-Guerra 02-063
Presidente Prudente - SP
Matéria: Armamento, Munição e
Tiro
Assunto: Características do
Armamento Mosquetão Mq 7,62
M968.
Objetivo: Conhecer o Mosquetão
Mq 7,62 M968.
Mosquetão Mq 7,62 M968.
ASPECTOS CLASSIFICATÓRIOS
QUANTO AO TIPO
a) De porte
b) Portátil
c) Não Portátil
QUANTO AO EMPREGO
a) Individual
b) Coletivo
QUANTO AO PRINCÍPIO MOTOR
a) Força Muscular do Atirador
b) Força de expansão dos gases
QUANTO AO FUNCIONAMENTO
a) De repetição
b) Semi-automática
c) Automática
QUANTO AO CARREGAMENTO
a) Anticarga
b) Retrocarga
c) Mista
QUANTO AO RAIAMENTO
a) Alma raiada
b) Alma lisa
QUANTO AO CALIBRE
É a medida do diâmetro interno do cano
entre dois cheios.
APRESENTAÇÃO
O Mosquetão 7,62 M968, armamento de dotação de
diversas unidades do Exército Brasileiro, originou-se do
Mosquetão .30 M954 onde foram substituídas algumas
peças que alteram seu aspecto externo, sem, contudo,
influenciar no funcionamento, manejo e emprego.
As modificações introduzidas no Mq .30 M954 foram
conseqüências de necessidade de padronizar a munição e o
tiro dos fuzis utilizados pelos corpos de tropa.
Mq 7,62 M968 possui características semelhantes às do
Fuzil 7,62 M964 (FAL), (possibilitando o emprego da mesma
munição inclusive GRANADAS) e utilização dos mesmos
fundamentos do Tiro e instrução Preparatória do Atirador.
CARACTERÍSTICAS
Designação
1) Nomenclatura: Mosquetão 7,62mm
Modelo 968
2) Indicativo militar: Mq 7,62 M968
3) Calibre: 7,62mm ou .30 ou ainda 0.30 de
polegada
4) Origem: Fuzil Mauser da Alemanha
5) Fabricação: Brasileira (IMBEL – Fábrica de
Itajubá
CLASSIFICAÇÃO
1) Quanto ao tipo: Portátil
2) Quanto ao emprego: Individual
3) Quanto à trajetória: Tensa (Curva quando lançando
granadas)
4) Quanto ao carregamento: Retrocarga (carregamento
misto quando lançando granadas)
5) Quanto ao funcionamento: Repetição
6) Quanto ao princípio de funcionamento: Ação
muscular do atirador
7) Quanto à natureza: Arma de fogo ou arma de choque
(branca) quando arma-se a baioneta
8) Quanto à refrigeração: a ar
9) Quanto ao raiamento: Cano com alma raiada, com 4
raias no sentido da esquerda para a direita.
RAIAMENTO
c. Dados numéricos
1) Cadência de tiro
a) Teórica de 10 a 15 tiros por minuto
b) prática 5 tiros por minuto
2) Velocidade inicial: 830 metros por segundo
3) Alcance
a) Máximo: 4.000 metros
b) de utilização: 400 metros
4) Peso:
a) sem baioneta 3,920kg
b) com baioneta 4,340kg
c) da baioneta 0,420kg
5) Comprimento
a) sem baioneta 1,10m
b) com baioneta 1,22m
c) da baioneta 0,29m
6) Alimentação
a) Carregador: Metálico tipo lâmina (pente)
b) Capacidade: 5 cartuchos
c) Sentido: de cima para baixo
7) Munição: utiliza os seguintes cartuchos
a) Car 7,62 M1 – real
b) Car 7,62 M1 – manejo
c) Car 7,62 FT – festim
d) Car 7,62 Ml Lç – lançamento de granada
e) Gr Bc AP M1 – granada de bocal anti
pessoal
f) Gr Bc AC M1 – grandada de bocal anti carro.
g) Car 7,62 TR - Traçante
Tiro-de-Guerra 02-063
Presidente Prudente - SP
Matéria: Armamento, Munição e Tiro
Assunto: Funcionamento do mosquetão
Mq 7,62 M968.
Objetivo: Entender o funcionamento do
mosquetão, visando sanar incidentes de
tiro e evitar acidentes.
Sumário
I – Introdução:
II – Desenvolvimento:
Funcionamento:
1. Posição inicial de equilíbrio;
2. Etapas do ciclo de funcionamento:
a. Recuo do sistema;
b. Avanço do sistema.
3. Fases finais
III– Revisão:
Introdução
• O correto aprendizado do funcionamento do
armamento dá ao combatente maior
“intimidade” com sua arma,
proporcionando maior segurança no
manuseio e execução do tiro, além de ser
fundamental à compreensão e solução das
possíveis negas.
Funcionamento
1. POSIÇÃO INICIAL DE EQUILÍBRIO
• O estudo do funcionamento, tem como ponto de
partida a POSIÇÃO INICIAL DE EQUILÍBRIO.
• A Posição de Equílibrio é caracterizada quando:
a. Há um estojo na câmara;
b. A arma está trancada;
c. Houve a percussão.
Funcionamento
POSIÇÃO INICIAL DE EQUILÍBRIO
Há um estojo na câmara.
A arma está trancada.
Houve a percussão.
Funcionamento
2. ETAPAS DO CICLO DE FUNCIONAMENTO
O ciclo de funcionamento da arma é dividido
em duas etapas distintas:
a. RECUO DO SISTEMA; e
b. AVANÇO DO SISTEMA.
a. RECUO DO SISTEMA
RECUO DO SISTEMA
- Durante o recuo do sistema realizam-se sete operações,
a saber:
1) DESTRANCAMENTO;
2) ABERTURA;
3) ENGATILHAMENTO (1ª FASE);
4) EXTRAÇÃO (2ª FASE);
5) TRANSPORTE;
6) APRESENTAÇÃO; e
7) EJEÇÃO.
RECUO DO SISTEMA
1) Destrancamento:
- Caracteriza-se pela saída dos ressaltos de trancamento e de
segurança dos seus alojamentos na caixa da culatra.
Ressaltos de trancamento
Alojamentos
dos ressaltos de
trancamento
Ressalto de segurança
RECUO DO SISTEMA
2) Abertura:
- Dá-se quando a parte anterior do ferrolho deixa de fazer contato
com a parte posterior da câmara. Inicia quando a alavanca de
manejo atinge 45º de rotação e termina ao atingir 90º.
Parte posterior da câmara Parte anterior do ferrolho
RECUO DO SISTEMA
3) Engatilhamento (1ª fase):
- Com o giro da alavanca de manejo, o talão da noz do cão é
forçado para trás pelo entalhe de disparo e, conseqüentemente, o
cão recua, trazendo consigo o percussor preso pelos engrazadores,
comprimindo a mola do percussor.
Talão da noz do cão
Entalhe de disparo
RECUO DO SISTEMA
4) Extração (2ª fase):
- O extrator, que empolgava o culote do cartucho, com o recuo do
ferrolho retira-o da câmara, caracterizando a extração, em sua
segunda fase.
Garra do extrator
Culote do cartucho
RECUO DO SISTEMA
5) Transporte:
- Tão logo o ferrolho sai de cima do primeiro cartucho, que se
encontra no depósito, a mola do transportador eleva este primeiro
cartucho, caracterizando o transporte.
Mola do transportador
Primeiro
Cartucho
Ferrolho
RECUO DO SISTEMA
6) Apresentação:
- No limite do seu movimento de ascensão, fica o cartucho
colocado diante do ferrolho, em condições de ser introduzido na
câmara. Realizou-se a apresentação do novo cartucho.
Cartucho apresentado
RECUO DO SISTEMA
7) Ejeção:
- Próximo ao limite do recuo, o ejetor se introduz na sua fenda,
existente no ressalto de trancamento esquerdo, e dá uma pancada
no estojo, determinando sua ejeção da arma. O limite do recuo
ocorre quando o ressalto de trancamento esquerdo encontra o
retém do ferrolho, que impede a continuação do movimento do
ferrolho para trás.
Ejetor
Ressalto de trancamento esquerdo
Retém do
ferrolho
b. AVANÇO DO SISTEMA
AVANÇO DO SISTEMA
- Durante o avanço do sistema, realizam-se seis
operações, que são:
1) INTRODUÇÃO;
2) EXTRAÇÃO (1ª FASE);
3) CARREGAMENTO;
4) ENGATILHAMENTO (2ª FASE);
5) FECHAMENTO;
6) TRANCAMENTO.
AVANÇO DO SISTEMA
1) Introdução:
- A parte anterior do ferrolho encontra o cartucho que lhe fôra
apresentado durante o recuo do sistema, e o empurra em direção à
câmara, fazendo-o penetrar nela.
AVANÇO DO SISTEMA
2) Extração (1ª fase):
- A ponta do cartucho galga a rampa de acesso e, ao iniciar-se a
introdução, o culote é obrigado a elevar-se, momento em que é
empolgado pela garra do extrator, o que caracteriza a extração em
sua primeira fase.
Rampa de acesso
Culote do cartucho
Garra do extrator
AVANÇO DO SISTEMA
3) Carregamento:
- É a operação correspondente à completa introdução do cartucho
na câmara. É caracterizada com o fim do movimento horizontal
do cartucho.
Completa introdução
do cartucho
AVANÇO DO SISTEMA
4) Engatilhamento (2ª fase):
- Avançando o ferrolho quando o retém do receptor guia do cão é
comprimido contra a passagem do ferrolho, o ressalto da noz do
cão encontra o dente do gatilho intermediário e é retido por este.
Está caracterizada a segunda fase do engatilhamento.
Passagem do ferrolho
Receptor guia do cão
Retém do receptor guia do cão
Dente do gatilho
intermediário
Ressaltos da noz do cão
4) Engatilhamento (2ª fase):
Dente do gatilho intermediário
Ressalto da noz do cão
AVANÇO DO SISTEMA
5) Fechamento:
- Quando forçada a alavanca de manejo contra a passagem do
ferrolho, o receptor guia do cão abandona o entalhe de segurança,
liberando a alavanca de manejo, para o seu giro à direita. Livre da
ação do retém do receptor guia do cão, ao atingir, a alavanca de
manejo, 45º de rotação para a direita, a parte anterior do cilindro
faz contato com a câmara, caracterizando o fechamento.
Entalhe de segurança Contato do cilindro com a câmara
AVANÇO DO SISTEMA
6) Trancamento:
- Iniciado o rebatimento da alavanca de manejo, os ressaltos de
trancamento e de segurança começam a ocupar seus alojamentos
na caixa da culatra. Esta operação estará concluída no final do
rebatimento no final do rebatimento da alavanca de manejo para a
direita (90º).
Ressaltos de trancamento Alojamentos dos ressaltos de trancamento
FASES FINAIS DO FUNCIONAMENTO
- Completada a fase de avanço do sistema, teremos mais três
fases finais de funcionamento:
1) Desengatilhamento;
2) Disparo; e
3) Percussão.
FASES FINAIS DO FUNCIONAMENTO
1) Desengatilhamento:
- Acionada a tecla do gatilho, este gira em torno de seu eixo,
forçando o gatilho intermediário a baixar, em conseqüência, seu
dente deixa de ser obstáculo ao avanço do cão.
Gatilho intermediário
Tecla do gatilho
Dente do gatilho
intermediário
Ressalto do cão
FASES FINAIS DO FUNCIONAMENTO
2) Disparo:
- Liberando o cão, a mola do percussor se distende, lançando o
cão e o percussor à frente. O disparo é caracterizado pela
movimentação do percussor em direção ao dispositivo de
escorvagem do cartucho.
Dispositivo de escorvagem do cartucho
FASES FINAIS DO FUNCIONAMENTO
3) Percussão:
- Em seu movimento à frente, impulsionado pela mola o percussor
fere o dispositivo de escorvagem do cartucho, caracterizando a
percussão.
Percussor
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  • 2. Matéria: Armamento, Munição e Tiro Assunto: Características do Armamento Mosquetão Mq 7,62 M968. Objetivo: Conhecer o Mosquetão Mq 7,62 M968.
  • 4. ASPECTOS CLASSIFICATÓRIOS QUANTO AO TIPO a) De porte b) Portátil c) Não Portátil QUANTO AO EMPREGO a) Individual b) Coletivo QUANTO AO PRINCÍPIO MOTOR a) Força Muscular do Atirador b) Força de expansão dos gases
  • 5. QUANTO AO FUNCIONAMENTO a) De repetição b) Semi-automática c) Automática QUANTO AO CARREGAMENTO a) Anticarga b) Retrocarga c) Mista QUANTO AO RAIAMENTO a) Alma raiada b) Alma lisa
  • 6. QUANTO AO CALIBRE É a medida do diâmetro interno do cano entre dois cheios.
  • 7. APRESENTAÇÃO O Mosquetão 7,62 M968, armamento de dotação de diversas unidades do Exército Brasileiro, originou-se do Mosquetão .30 M954 onde foram substituídas algumas peças que alteram seu aspecto externo, sem, contudo, influenciar no funcionamento, manejo e emprego. As modificações introduzidas no Mq .30 M954 foram conseqüências de necessidade de padronizar a munição e o tiro dos fuzis utilizados pelos corpos de tropa. Mq 7,62 M968 possui características semelhantes às do Fuzil 7,62 M964 (FAL), (possibilitando o emprego da mesma munição inclusive GRANADAS) e utilização dos mesmos fundamentos do Tiro e instrução Preparatória do Atirador.
  • 8. CARACTERÍSTICAS Designação 1) Nomenclatura: Mosquetão 7,62mm Modelo 968 2) Indicativo militar: Mq 7,62 M968 3) Calibre: 7,62mm ou .30 ou ainda 0.30 de polegada 4) Origem: Fuzil Mauser da Alemanha 5) Fabricação: Brasileira (IMBEL – Fábrica de Itajubá
  • 9. CLASSIFICAÇÃO 1) Quanto ao tipo: Portátil 2) Quanto ao emprego: Individual 3) Quanto à trajetória: Tensa (Curva quando lançando granadas) 4) Quanto ao carregamento: Retrocarga (carregamento misto quando lançando granadas) 5) Quanto ao funcionamento: Repetição 6) Quanto ao princípio de funcionamento: Ação muscular do atirador 7) Quanto à natureza: Arma de fogo ou arma de choque (branca) quando arma-se a baioneta 8) Quanto à refrigeração: a ar 9) Quanto ao raiamento: Cano com alma raiada, com 4 raias no sentido da esquerda para a direita.
  • 11. c. Dados numéricos 1) Cadência de tiro a) Teórica de 10 a 15 tiros por minuto b) prática 5 tiros por minuto 2) Velocidade inicial: 830 metros por segundo 3) Alcance a) Máximo: 4.000 metros b) de utilização: 400 metros 4) Peso: a) sem baioneta 3,920kg b) com baioneta 4,340kg c) da baioneta 0,420kg 5) Comprimento a) sem baioneta 1,10m b) com baioneta 1,22m c) da baioneta 0,29m
  • 12. 6) Alimentação a) Carregador: Metálico tipo lâmina (pente) b) Capacidade: 5 cartuchos c) Sentido: de cima para baixo 7) Munição: utiliza os seguintes cartuchos a) Car 7,62 M1 – real b) Car 7,62 M1 – manejo c) Car 7,62 FT – festim d) Car 7,62 Ml Lç – lançamento de granada e) Gr Bc AP M1 – granada de bocal anti pessoal f) Gr Bc AC M1 – grandada de bocal anti carro. g) Car 7,62 TR - Traçante
  • 14. Matéria: Armamento, Munição e Tiro Assunto: Funcionamento do mosquetão Mq 7,62 M968. Objetivo: Entender o funcionamento do mosquetão, visando sanar incidentes de tiro e evitar acidentes.
  • 15. Sumário I – Introdução: II – Desenvolvimento: Funcionamento: 1. Posição inicial de equilíbrio; 2. Etapas do ciclo de funcionamento: a. Recuo do sistema; b. Avanço do sistema. 3. Fases finais III– Revisão:
  • 16. Introdução • O correto aprendizado do funcionamento do armamento dá ao combatente maior “intimidade” com sua arma, proporcionando maior segurança no manuseio e execução do tiro, além de ser fundamental à compreensão e solução das possíveis negas.
  • 17. Funcionamento 1. POSIÇÃO INICIAL DE EQUILÍBRIO • O estudo do funcionamento, tem como ponto de partida a POSIÇÃO INICIAL DE EQUILÍBRIO. • A Posição de Equílibrio é caracterizada quando: a. Há um estojo na câmara; b. A arma está trancada; c. Houve a percussão.
  • 18. Funcionamento POSIÇÃO INICIAL DE EQUILÍBRIO Há um estojo na câmara. A arma está trancada. Houve a percussão.
  • 19. Funcionamento 2. ETAPAS DO CICLO DE FUNCIONAMENTO O ciclo de funcionamento da arma é dividido em duas etapas distintas: a. RECUO DO SISTEMA; e b. AVANÇO DO SISTEMA.
  • 20. a. RECUO DO SISTEMA
  • 21. RECUO DO SISTEMA - Durante o recuo do sistema realizam-se sete operações, a saber: 1) DESTRANCAMENTO; 2) ABERTURA; 3) ENGATILHAMENTO (1ª FASE); 4) EXTRAÇÃO (2ª FASE); 5) TRANSPORTE; 6) APRESENTAÇÃO; e 7) EJEÇÃO.
  • 22. RECUO DO SISTEMA 1) Destrancamento: - Caracteriza-se pela saída dos ressaltos de trancamento e de segurança dos seus alojamentos na caixa da culatra. Ressaltos de trancamento Alojamentos dos ressaltos de trancamento Ressalto de segurança
  • 23. RECUO DO SISTEMA 2) Abertura: - Dá-se quando a parte anterior do ferrolho deixa de fazer contato com a parte posterior da câmara. Inicia quando a alavanca de manejo atinge 45º de rotação e termina ao atingir 90º. Parte posterior da câmara Parte anterior do ferrolho
  • 24. RECUO DO SISTEMA 3) Engatilhamento (1ª fase): - Com o giro da alavanca de manejo, o talão da noz do cão é forçado para trás pelo entalhe de disparo e, conseqüentemente, o cão recua, trazendo consigo o percussor preso pelos engrazadores, comprimindo a mola do percussor. Talão da noz do cão Entalhe de disparo
  • 25. RECUO DO SISTEMA 4) Extração (2ª fase): - O extrator, que empolgava o culote do cartucho, com o recuo do ferrolho retira-o da câmara, caracterizando a extração, em sua segunda fase. Garra do extrator Culote do cartucho
  • 26. RECUO DO SISTEMA 5) Transporte: - Tão logo o ferrolho sai de cima do primeiro cartucho, que se encontra no depósito, a mola do transportador eleva este primeiro cartucho, caracterizando o transporte. Mola do transportador Primeiro Cartucho Ferrolho
  • 27. RECUO DO SISTEMA 6) Apresentação: - No limite do seu movimento de ascensão, fica o cartucho colocado diante do ferrolho, em condições de ser introduzido na câmara. Realizou-se a apresentação do novo cartucho. Cartucho apresentado
  • 28. RECUO DO SISTEMA 7) Ejeção: - Próximo ao limite do recuo, o ejetor se introduz na sua fenda, existente no ressalto de trancamento esquerdo, e dá uma pancada no estojo, determinando sua ejeção da arma. O limite do recuo ocorre quando o ressalto de trancamento esquerdo encontra o retém do ferrolho, que impede a continuação do movimento do ferrolho para trás. Ejetor Ressalto de trancamento esquerdo Retém do ferrolho
  • 29. b. AVANÇO DO SISTEMA
  • 30. AVANÇO DO SISTEMA - Durante o avanço do sistema, realizam-se seis operações, que são: 1) INTRODUÇÃO; 2) EXTRAÇÃO (1ª FASE); 3) CARREGAMENTO; 4) ENGATILHAMENTO (2ª FASE); 5) FECHAMENTO; 6) TRANCAMENTO.
  • 31. AVANÇO DO SISTEMA 1) Introdução: - A parte anterior do ferrolho encontra o cartucho que lhe fôra apresentado durante o recuo do sistema, e o empurra em direção à câmara, fazendo-o penetrar nela.
  • 32. AVANÇO DO SISTEMA 2) Extração (1ª fase): - A ponta do cartucho galga a rampa de acesso e, ao iniciar-se a introdução, o culote é obrigado a elevar-se, momento em que é empolgado pela garra do extrator, o que caracteriza a extração em sua primeira fase. Rampa de acesso Culote do cartucho Garra do extrator
  • 33. AVANÇO DO SISTEMA 3) Carregamento: - É a operação correspondente à completa introdução do cartucho na câmara. É caracterizada com o fim do movimento horizontal do cartucho. Completa introdução do cartucho
  • 34. AVANÇO DO SISTEMA 4) Engatilhamento (2ª fase): - Avançando o ferrolho quando o retém do receptor guia do cão é comprimido contra a passagem do ferrolho, o ressalto da noz do cão encontra o dente do gatilho intermediário e é retido por este. Está caracterizada a segunda fase do engatilhamento. Passagem do ferrolho Receptor guia do cão Retém do receptor guia do cão Dente do gatilho intermediário Ressaltos da noz do cão
  • 35. 4) Engatilhamento (2ª fase): Dente do gatilho intermediário Ressalto da noz do cão
  • 36. AVANÇO DO SISTEMA 5) Fechamento: - Quando forçada a alavanca de manejo contra a passagem do ferrolho, o receptor guia do cão abandona o entalhe de segurança, liberando a alavanca de manejo, para o seu giro à direita. Livre da ação do retém do receptor guia do cão, ao atingir, a alavanca de manejo, 45º de rotação para a direita, a parte anterior do cilindro faz contato com a câmara, caracterizando o fechamento. Entalhe de segurança Contato do cilindro com a câmara
  • 37. AVANÇO DO SISTEMA 6) Trancamento: - Iniciado o rebatimento da alavanca de manejo, os ressaltos de trancamento e de segurança começam a ocupar seus alojamentos na caixa da culatra. Esta operação estará concluída no final do rebatimento no final do rebatimento da alavanca de manejo para a direita (90º). Ressaltos de trancamento Alojamentos dos ressaltos de trancamento
  • 38. FASES FINAIS DO FUNCIONAMENTO - Completada a fase de avanço do sistema, teremos mais três fases finais de funcionamento: 1) Desengatilhamento; 2) Disparo; e 3) Percussão.
  • 39. FASES FINAIS DO FUNCIONAMENTO 1) Desengatilhamento: - Acionada a tecla do gatilho, este gira em torno de seu eixo, forçando o gatilho intermediário a baixar, em conseqüência, seu dente deixa de ser obstáculo ao avanço do cão. Gatilho intermediário Tecla do gatilho Dente do gatilho intermediário Ressalto do cão
  • 40. FASES FINAIS DO FUNCIONAMENTO 2) Disparo: - Liberando o cão, a mola do percussor se distende, lançando o cão e o percussor à frente. O disparo é caracterizado pela movimentação do percussor em direção ao dispositivo de escorvagem do cartucho. Dispositivo de escorvagem do cartucho
  • 41. FASES FINAIS DO FUNCIONAMENTO 3) Percussão: - Em seu movimento à frente, impulsionado pela mola o percussor fere o dispositivo de escorvagem do cartucho, caracterizando a percussão. Percussor Dispositivo de escorvagem