4. ASPECTOS CLASSIFICATÓRIOS
QUANTO AO TIPO
a) De porte
b) Portátil
c) Não Portátil
QUANTO AO EMPREGO
a) Individual
b) Coletivo
QUANTO AO PRINCÍPIO MOTOR
a) Força Muscular do Atirador
b) Força de expansão dos gases
5. QUANTO AO FUNCIONAMENTO
a) De repetição
b) Semi-automática
c) Automática
QUANTO AO CARREGAMENTO
a) Anticarga
b) Retrocarga
c) Mista
QUANTO AO RAIAMENTO
a) Alma raiada
b) Alma lisa
7. APRESENTAÇÃO
O Mosquetão 7,62 M968, armamento de dotação de
diversas unidades do Exército Brasileiro, originou-se do
Mosquetão .30 M954 onde foram substituídas algumas
peças que alteram seu aspecto externo, sem, contudo,
influenciar no funcionamento, manejo e emprego.
As modificações introduzidas no Mq .30 M954 foram
conseqüências de necessidade de padronizar a munição e o
tiro dos fuzis utilizados pelos corpos de tropa.
Mq 7,62 M968 possui características semelhantes às do
Fuzil 7,62 M964 (FAL), (possibilitando o emprego da mesma
munição inclusive GRANADAS) e utilização dos mesmos
fundamentos do Tiro e instrução Preparatória do Atirador.
8. CARACTERÍSTICAS
Designação
1) Nomenclatura: Mosquetão 7,62mm
Modelo 968
2) Indicativo militar: Mq 7,62 M968
3) Calibre: 7,62mm ou .30 ou ainda 0.30 de
polegada
4) Origem: Fuzil Mauser da Alemanha
5) Fabricação: Brasileira (IMBEL – Fábrica de
Itajubá
9. CLASSIFICAÇÃO
1) Quanto ao tipo: Portátil
2) Quanto ao emprego: Individual
3) Quanto à trajetória: Tensa (Curva quando lançando
granadas)
4) Quanto ao carregamento: Retrocarga (carregamento
misto quando lançando granadas)
5) Quanto ao funcionamento: Repetição
6) Quanto ao princípio de funcionamento: Ação
muscular do atirador
7) Quanto à natureza: Arma de fogo ou arma de choque
(branca) quando arma-se a baioneta
8) Quanto à refrigeração: a ar
9) Quanto ao raiamento: Cano com alma raiada, com 4
raias no sentido da esquerda para a direita.
11. c. Dados numéricos
1) Cadência de tiro
a) Teórica de 10 a 15 tiros por minuto
b) prática 5 tiros por minuto
2) Velocidade inicial: 830 metros por segundo
3) Alcance
a) Máximo: 4.000 metros
b) de utilização: 400 metros
4) Peso:
a) sem baioneta 3,920kg
b) com baioneta 4,340kg
c) da baioneta 0,420kg
5) Comprimento
a) sem baioneta 1,10m
b) com baioneta 1,22m
c) da baioneta 0,29m
12. 6) Alimentação
a) Carregador: Metálico tipo lâmina (pente)
b) Capacidade: 5 cartuchos
c) Sentido: de cima para baixo
7) Munição: utiliza os seguintes cartuchos
a) Car 7,62 M1 – real
b) Car 7,62 M1 – manejo
c) Car 7,62 FT – festim
d) Car 7,62 Ml Lç – lançamento de granada
e) Gr Bc AP M1 – granada de bocal anti
pessoal
f) Gr Bc AC M1 – grandada de bocal anti carro.
g) Car 7,62 TR - Traçante
14. Matéria: Armamento, Munição e Tiro
Assunto: Funcionamento do mosquetão
Mq 7,62 M968.
Objetivo: Entender o funcionamento do
mosquetão, visando sanar incidentes de
tiro e evitar acidentes.
15. Sumário
I – Introdução:
II – Desenvolvimento:
Funcionamento:
1. Posição inicial de equilíbrio;
2. Etapas do ciclo de funcionamento:
a. Recuo do sistema;
b. Avanço do sistema.
3. Fases finais
III– Revisão:
16. Introdução
• O correto aprendizado do funcionamento do
armamento dá ao combatente maior
“intimidade” com sua arma,
proporcionando maior segurança no
manuseio e execução do tiro, além de ser
fundamental à compreensão e solução das
possíveis negas.
17. Funcionamento
1. POSIÇÃO INICIAL DE EQUILÍBRIO
• O estudo do funcionamento, tem como ponto de
partida a POSIÇÃO INICIAL DE EQUILÍBRIO.
• A Posição de Equílibrio é caracterizada quando:
a. Há um estojo na câmara;
b. A arma está trancada;
c. Houve a percussão.
19. Funcionamento
2. ETAPAS DO CICLO DE FUNCIONAMENTO
O ciclo de funcionamento da arma é dividido
em duas etapas distintas:
a. RECUO DO SISTEMA; e
b. AVANÇO DO SISTEMA.
21. RECUO DO SISTEMA
- Durante o recuo do sistema realizam-se sete operações,
a saber:
1) DESTRANCAMENTO;
2) ABERTURA;
3) ENGATILHAMENTO (1ª FASE);
4) EXTRAÇÃO (2ª FASE);
5) TRANSPORTE;
6) APRESENTAÇÃO; e
7) EJEÇÃO.
22. RECUO DO SISTEMA
1) Destrancamento:
- Caracteriza-se pela saída dos ressaltos de trancamento e de
segurança dos seus alojamentos na caixa da culatra.
Ressaltos de trancamento
Alojamentos
dos ressaltos de
trancamento
Ressalto de segurança
23. RECUO DO SISTEMA
2) Abertura:
- Dá-se quando a parte anterior do ferrolho deixa de fazer contato
com a parte posterior da câmara. Inicia quando a alavanca de
manejo atinge 45º de rotação e termina ao atingir 90º.
Parte posterior da câmara Parte anterior do ferrolho
24. RECUO DO SISTEMA
3) Engatilhamento (1ª fase):
- Com o giro da alavanca de manejo, o talão da noz do cão é
forçado para trás pelo entalhe de disparo e, conseqüentemente, o
cão recua, trazendo consigo o percussor preso pelos engrazadores,
comprimindo a mola do percussor.
Talão da noz do cão
Entalhe de disparo
25. RECUO DO SISTEMA
4) Extração (2ª fase):
- O extrator, que empolgava o culote do cartucho, com o recuo do
ferrolho retira-o da câmara, caracterizando a extração, em sua
segunda fase.
Garra do extrator
Culote do cartucho
26. RECUO DO SISTEMA
5) Transporte:
- Tão logo o ferrolho sai de cima do primeiro cartucho, que se
encontra no depósito, a mola do transportador eleva este primeiro
cartucho, caracterizando o transporte.
Mola do transportador
Primeiro
Cartucho
Ferrolho
27. RECUO DO SISTEMA
6) Apresentação:
- No limite do seu movimento de ascensão, fica o cartucho
colocado diante do ferrolho, em condições de ser introduzido na
câmara. Realizou-se a apresentação do novo cartucho.
Cartucho apresentado
28. RECUO DO SISTEMA
7) Ejeção:
- Próximo ao limite do recuo, o ejetor se introduz na sua fenda,
existente no ressalto de trancamento esquerdo, e dá uma pancada
no estojo, determinando sua ejeção da arma. O limite do recuo
ocorre quando o ressalto de trancamento esquerdo encontra o
retém do ferrolho, que impede a continuação do movimento do
ferrolho para trás.
Ejetor
Ressalto de trancamento esquerdo
Retém do
ferrolho
30. AVANÇO DO SISTEMA
- Durante o avanço do sistema, realizam-se seis
operações, que são:
1) INTRODUÇÃO;
2) EXTRAÇÃO (1ª FASE);
3) CARREGAMENTO;
4) ENGATILHAMENTO (2ª FASE);
5) FECHAMENTO;
6) TRANCAMENTO.
31. AVANÇO DO SISTEMA
1) Introdução:
- A parte anterior do ferrolho encontra o cartucho que lhe fôra
apresentado durante o recuo do sistema, e o empurra em direção à
câmara, fazendo-o penetrar nela.
32. AVANÇO DO SISTEMA
2) Extração (1ª fase):
- A ponta do cartucho galga a rampa de acesso e, ao iniciar-se a
introdução, o culote é obrigado a elevar-se, momento em que é
empolgado pela garra do extrator, o que caracteriza a extração em
sua primeira fase.
Rampa de acesso
Culote do cartucho
Garra do extrator
33. AVANÇO DO SISTEMA
3) Carregamento:
- É a operação correspondente à completa introdução do cartucho
na câmara. É caracterizada com o fim do movimento horizontal
do cartucho.
Completa introdução
do cartucho
34. AVANÇO DO SISTEMA
4) Engatilhamento (2ª fase):
- Avançando o ferrolho quando o retém do receptor guia do cão é
comprimido contra a passagem do ferrolho, o ressalto da noz do
cão encontra o dente do gatilho intermediário e é retido por este.
Está caracterizada a segunda fase do engatilhamento.
Passagem do ferrolho
Receptor guia do cão
Retém do receptor guia do cão
Dente do gatilho
intermediário
Ressaltos da noz do cão
36. AVANÇO DO SISTEMA
5) Fechamento:
- Quando forçada a alavanca de manejo contra a passagem do
ferrolho, o receptor guia do cão abandona o entalhe de segurança,
liberando a alavanca de manejo, para o seu giro à direita. Livre da
ação do retém do receptor guia do cão, ao atingir, a alavanca de
manejo, 45º de rotação para a direita, a parte anterior do cilindro
faz contato com a câmara, caracterizando o fechamento.
Entalhe de segurança Contato do cilindro com a câmara
37. AVANÇO DO SISTEMA
6) Trancamento:
- Iniciado o rebatimento da alavanca de manejo, os ressaltos de
trancamento e de segurança começam a ocupar seus alojamentos
na caixa da culatra. Esta operação estará concluída no final do
rebatimento no final do rebatimento da alavanca de manejo para a
direita (90º).
Ressaltos de trancamento Alojamentos dos ressaltos de trancamento
38. FASES FINAIS DO FUNCIONAMENTO
- Completada a fase de avanço do sistema, teremos mais três
fases finais de funcionamento:
1) Desengatilhamento;
2) Disparo; e
3) Percussão.
39. FASES FINAIS DO FUNCIONAMENTO
1) Desengatilhamento:
- Acionada a tecla do gatilho, este gira em torno de seu eixo,
forçando o gatilho intermediário a baixar, em conseqüência, seu
dente deixa de ser obstáculo ao avanço do cão.
Gatilho intermediário
Tecla do gatilho
Dente do gatilho
intermediário
Ressalto do cão
40. FASES FINAIS DO FUNCIONAMENTO
2) Disparo:
- Liberando o cão, a mola do percussor se distende, lançando o
cão e o percussor à frente. O disparo é caracterizado pela
movimentação do percussor em direção ao dispositivo de
escorvagem do cartucho.
Dispositivo de escorvagem do cartucho
41. FASES FINAIS DO FUNCIONAMENTO
3) Percussão:
- Em seu movimento à frente, impulsionado pela mola o percussor
fere o dispositivo de escorvagem do cartucho, caracterizando a
percussão.
Percussor
Dispositivo de escorvagem