O documento discute a dinâmica populacional e mudanças na cobertura da terra no Distrito Florestal Sustentável da BR-163 entre 1997 e 2007. A metodologia mapeou os padrões de desmatamento e estágios de ocupação da fronteira agrícola utilizando sensoriamento remoto e dados demográficos, e analisou as associações entre população e cobertura da terra.
Esri Latin America Users Conference 2014 - Governo FederalAndré Gavlak
Mais conteúdo relacionado
Semelhante a PADRÕES DE MUDANÇA DE COBERTURA DA TERRA E DINÂMICA POPULACIONAL NO DISTRITO FLORESTAL SUSTENTÁVEL DA BR-163: POPULAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE
Semelhante a PADRÕES DE MUDANÇA DE COBERTURA DA TERRA E DINÂMICA POPULACIONAL NO DISTRITO FLORESTAL SUSTENTÁVEL DA BR-163: POPULAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE (20)
Aplicação de um método multivariado para geração de superfícies de população
PADRÕES DE MUDANÇA DE COBERTURA DA TERRA E DINÂMICA POPULACIONAL NO DISTRITO FLORESTAL SUSTENTÁVEL DA BR-163: POPULAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE
1. PADRÕES DE MUDANÇA DE COBERTURA DA TERRA E DINÂMICA
POPULACIONAL NO DISTRITO FLORESTAL SUSTENTÁVEL DA BR-163:
POPULAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE
André Augusto Gavlak
Defesa de dissertação de mestrado em Sensoriamento Remoto
Orientadores:
Drª. Maria Isabel Sobral Escada
Dr. Antônio MiguelVieira Monteiro
São José dos Campos
2011
2. Distrito Florestal Sustentável da BR-163 (DFS)
“Criado em 2006, o DFS/BR163 um é complexo geoeconômico e social que busca promover
desenvolvimento local integrado com atividades baseadas na exploração vegetal (MMA, 2007).”
• Altamira;
• Aveiro;
• Belterra;
• Itaituba;
• Jacareacanga;
• Juruti;
• Novo Progresso;
• Óbidos;
• Placas;
• Prainha;
• Rurópolis;
• Santarém;
• Trairão.
4. Evolução da fronteira agrícola – Diniz (2002)
DINIZ, A.M. Migração e Evolução na Fronteira Agrícola. In. XIII Encontro da Associação Brasileira de Estudos
Populacionais, Ouro Preto, Minas Gerais, 2002. Anais... Ouro Preto, Minas Gerais, 2002, 26 p.
5. Perguntas
• Quais os diferentes padrões e estágios de ocupação da fronteira agropecuária
existentes no DFS da BR-163 e como eles evoluíram ao longo do tempo?
6. • Como a população está distribuída na região e como seus indicadores
demográficos podem compor uma caracterização para os distintos
estágios de ocupação presentes no DFS da BR-163?
Perguntas
7. • É possível localizar, identificar e caracterizar os estágios de evolução da
fronteira de ocupação no DFS da BR-163 utilizando dados oriundos de
sensoriamento remoto integrados aos dados demográficos coletados pelo
censo e contagem populacional, utilizando Sistemas de Informação
Geográfica e metodologias de análise de dados espaciais?
Perguntas
8. Objetivo
• Identificar e caracterizar as associações entre a dinâmica populacional e
dinâmica das mudanças de cobertura da terra no Distrito Florestal
Sustentável da BR-163, observando o período de 1997 a 2007. Através do uso
de indicadores demográficos construídos a partir do censo demográfico e
contagem populacional, e indicadores ambientais obtidos a partir de dados
de mudanças de cobertura florestal (INPE, e construção própria) foram
analisadas dinâmicas populacionais e de cobertura da terra sobre regiões
com diferentes históricos de ocupação.
10. 1 -Mapeamento dos diferentes estágios da fronteira no
DFS/BR-163
1. Definição da tipologia de ocupação
2. Classificação dos padrões de desmatamento
3. Definição das trajetórias e dos estágios de ocupação
11. • Tamanho da célula de análise (10km x 10km)
Saito (2010)
• Definição da tipologia
1. Definição da Tipologia de ocupação
1- Mapeamento dos diferentes estágios da fronteira no
DFS/BR-163
12. Tipologia de
ocupação definida -
(GAVLAK et al., 2011)
Mapeamento dos
diferentes estágios de
ocupação da fronteira
no DFS/BR-163
Dados de desmatamento (PRODES) / Anos 1997 – 2000 – 2003 - 2007
13. 1 -Mapeamento dos diferentes estágios de ocupação da
fronteira no DFS/BR-163
2. Classificação dos padrões de desmatamento
•Extração de atributos
•Treinamento
•Classificação
•Avaliação
14. 1 -Mapeamento dos diferentes estágios da fronteira no
DFS/BR-163
Extração de atributos
MÉTRICAS DA PAISAGEM APLICADAS NA EXTRAÇÃO DOS
ATRIBUTOS
Métricas Descrição
Class Area (CA)
Calcula a área total das manchas de
desmatamento na célula de paisagem.
Percent LAND
(%LAND)
Calcula a porcentagem da área da célula
desmatada.
Patch Density (PD)
Número de manchas de desmatamento dentro das
células de paisagem por km².
Mean Patch Size (MPS)
Calcula a o tamanho médio das manchas de
desmatamento.
Landscape Shape Index
(LSI)
Calcula a complexidade das manchas de
desmatamento dentro das células baseado em
suas áreas e perímetros.
Mean Shape Index
(MSI)
Calcula a complexidade média dos padrões de
desmatamento dentro das células baseado em
suas áreas e perímetros.
Area Weighted Mean
Shape Index (AWMSI)
Calcula a complexidade média das manchas de
desmatamento ponderada pela sua própria área.
Mean Patch Fractal
Dimension(MPFD)
Calcula a complexidade média das manchas de
desmatamento usando logaritmos.
15. 1 -Mapeamento dos diferentes estágios de ocupação da
fronteira no DFS/BR-163
2. Classificação dos padrões de desmatamento
•Extração de atributos
•Treinamento
•Classificação
•Avaliação
16. 1 -Mapeamento dos diferentes estágios da fronteira no
DFS/BR-163
3. Definição e identificação das trajetórias de ocupação
Dados de desmatamento (PRODES) / Anos 1997 – 2000 – 2003 – 2007
• Conjunto de regras
Estágios de ocupação / DFS
Trajetórias de não-mudança
Trajetórias de
mudança
Difuso Consolidado Outros Expansão Consolidação
Baseado em Diniz (2002)
17. 1 -Mapeamento dos diferentes estágios da fronteira no
DFS/BR-163
3. Definição e identificação das trajetórias de ocupação
Trajetória de mudança
18. 1 -Mapeamento dos diferentes estágios da fronteira no
DFS/BR-163
3. Definição e identificação das trajetórias de ocupação
Trajetória de mudança
19. 1 -Mapeamento dos diferentes estágios da fronteira no
DFS/BR-163
3. Definição e identificação das trajetórias de ocupação
Trajetórias de não mudança
21. 2 - Distribuição espacial da população e sua
caracterização sócio-demográfica
• Desagregação dos setores censitários
• Água e floresta (Restrição de células) – Método Dasimétrico
• Variáveis para indicar presença de população
• Relação entre as variáveis
• Redistribuição da população
População em CélulasLimites Poligonais
Modelo Superfície Adjacente
Redistribuição
Representação esquemática do procedimento para redistribuição da
população nos setores censitários.
Representação esquemática do procedimento para redistribuição da população nos setores censitários. Fonte: Amaral
(2003)
22. 2 - Distribuição espacial da população e sua
caracterização sócio-demográfica
O método é composto de três etapas básicas:
• (i) Eliminação das áreas de floresta e corpos d’água acima de 99%
• (ii) informações ambientais indicadoras de presença humana
• (iii) Redistribuição da população
23. Etapas do método híbrido proposto. Adaptado de Amaral (2003).
2 - Distribuição espacial da população e sua
caracterização sócio-demográfica
24. Método dasimétrico
•Dados do PRODES
•Classes :
•Desmatameto
•Água
•Floresta
• Exclusão de células com
mais de 99% de floresta,
água ou Floresta/Água e
que não possuem
localidades
• Células de 2 Km x 2 Km
2 - Distribuição espacial da população e sua
caracterização sócio-demográfica
25. – Distância a estradas;
– Distância a rios;
– Distância a localidades;
– Porcentagem de floresta;
– Distância a vertentes (Rennó et al, 2008)
2 - Distribuição espacial da população e sua
caracterização sócio-demográfica
• Contribuição relativa das variáveis preditoras
26. • Operadores para relacionar as variáveis indicadoras
Operador Expressão
Média
Ponderada*
Dvias*0, 0.375 + Drios*0.221+ Dlocal*0.304+ Pflor*0.069+ Dvert*0.03
valor potencial da ocorrência de
população para cada célula,
baseado nas variáveis definidas e
nas relações entre elas.
Ex.: Superfície potencial
gerada pela Média Simples
(GAVLAK, 2010)
* Razão de consistência de 0.083 – Método AHP
2 - Distribuição espacial da população e sua caracterização
sócio-demográfica
27. 0,9
0,5
Pop = 100
35,71
64,28
Igrid
igrid
ICTigrid
F
F
PP
• Onde:
• Pgridi é a população final da célula que será calculada,
•PCTI é a população do setor censitário I,
•Fgridi é o valor de possibilidade de ocorrência de população para a célula,
•FgridI é a somatória de todos os Fgridi do setor CTI, considerando apenas as células válidas.
2 - Distribuição espacial da população e sua caracterização sócio-
demográfica
28. • Trabalho de campo (DAL`ASTA et al., 2011)
– Avaliação das superfícies de distribuição populacional gerada pelos operadores fuzzy máximo,
mínimo, gama, média simples e média ponderada.
2 - Distribuição espacial da população e sua caracterização sócio-
demográfica
• Entrevistas
• Coleta de pontos das localidades
29. Abaixo se encontram listados os indicadores selecionados:
•Razão entre sexos;
•População urbana;
•População rural;
•Pirâmides Etárias.
2 - Distribuição espacial da população e sua caracterização sócio-
demográfica
31. 3 - Mapeamento da vegetação secundária
• Mapeamento da cobertura da terra - (Almeida et al., 2009)
2000 -> Mapeamento
2008 -> Dado disponível pelo INPE/CRA
DINÂMICA DA
REGENERAÇÃO
33. 3 - Mapeamento da vegetação secundária
• Mapeamento da vegetação secundária- (Almeida et al., 2009)
34. • Mapeamento da cobertura da terra - (Almeida et al., 2009)
2000 -> Mapeamento
2008 -> Dado disponível pelo INPE/CRA
3 - Mapeamento da vegetação secundária
35. • 42 pontos selecionados => 32 encontrados
• + 218 pontos de VS verificados
3 - Mapeamento da vegetação secundária
- Trabalho de campo (DAL`ASTA et al., 2011)
37. 2 km
Dados de padrões de desmatamento -> de 10 km
para 2km
4 - Integração em modelo celular para análise sócio-
ambiental
10 km
38. Integração dos indicadores no espaço celular em células de tamanho
2X2 km:
4 - Integração em modelo celular para análise sócio-
ambiental
39. Integração dos indicadores no espaço celular em células de tamanho
2X2 km:
4 - Integração em modelo celular para análise sócio-
ambiental
40. INDICADOR ANOS DE REFERÊNCIA
População total
2000 e 2007
População masculina e feminina até 60 anos, estratificada por faixa etária
Crescimento populacional
Razão entre sexos
População urbana/rural
Padrão de desmatamento 1997, 2000, 2003, 2007
Trajetórias de ocupação da fronteira agropecuária 2007
Vegetação secundária 2000 e 2008
4 - Integração em modelo celular para análise sócio-
ambiental
41. 4 - Resultados
Árvore de decisão gerada pelo GeoDMA
Padrões e trajetórias de ocupação
42. 4 - Resultados
AVALIAÇÃO - > Matriz de confusão entre as amostras e a classificação final
Padrões Bidir. Difuso Geomét. Multidir. Consolida. Linear
Acerto
%
Bidirecional 47 1 1 0 0 0 96
Difuso 0 191 0 4 0 0 98
Geométrico 0 1 107 0 0 0 99
Multidirecional 2 0 3 125 3 0 94
Consolidado 0 0 1 1 110 0 98,2
Linear 0 2 2 0 0 31 88,5
Total 632 96,6
Erro 21 3,4
Avaliação dos mapas de padrões de ocupação
Exatidão Total Kappa
1997 0,84 0,81
2000 0,88 0,85
2003 0,82 0,78
2007 0,86 0,82
58. • Dinâmica populacional entre 2000 e 2007 de acordo com padrões e trajetórias de ocupação
4 - Resultados
59. • Dinâmica populacional entre 2000 e 2007 de acordo com padrões e trajetórias de ocupação
4 - Resultados
Urbana
2000
Urbana
2007
Rural 2000 Rural 2007
Consolidação 26969 29909 65134 57046
Consolidado 177537 228824 55315 46689
Outros 38490 54300 76643 67054
Difuso 0 0 26295 17002
Expansão 0 0 11157 9929
0
50000
100000
150000
200000
250000
População Dinâmica População Urbana x Rural
60. • Dinâmica populacional entre 2000 e 2007 de acordo com padrões e trajetórias de ocupação
4 - Resultados
1.29
1.53
1.18
1.11
1.01
1.37 1.33
1.20
1.08
1.00
0.00
0.40
0.80
1.20
1.60
2.00
Difuso Expansão Consolidação Outro Consolidado
Razão entre sexos
2000
2007
64. Dinâmica dos indicadores sócio-ambientais, em porcentagem de variação
Estágio
Área de
Desmatamento
2000 a 2007
Área de
VS
2000-2008
Proporção de VS/área
desmatada 2000-2008
População
2000 a 2007
População
Urbana
2000 a 2007
População
Rural
2000 a 2007
Razão
entre sexos
2000 a 2007
Consolidação 64,45 -32,40 -58,89 2,19 10,90 -1,42 1,88
Consolidado 4,23 -37,86 -40,38 18,32 28,89 -7,69 -1,22
Expansão 444,13 65,63 -69,56 -3,68 - -15,60 -12,95
Difuso 87,81 7,55 -42,73 -8,44 - -8,44 5,86
Outros 33,70 -25,57 -44,33 9,17 42,74 -3,68 -2,27
4 - Resultados
65. Caracterização geral dos estágios de ocupação
Trajetórias Características
Consolidação
Elevado desmatamento
Redução de vegetação secundária
Redução da proporção de vegetação secundária nas áreas desmatadas
Aumento de população total
Redução da população rural
Aumento da razão entre sexos
Pirâmide etária de base larga
Consolidado
Baixo desmatamento
Intensa redução da vegetação secundária
Redução da proporção de vegetação secundária nas áreas desmatadas
Aumento de população urbana
Redução da população rural
Redução da razão entre sexos
Pirâmide etária de base larga
Expansão
Elevado desmatamento
Aumento da área de vegetação secundária devido ao aumento da área desmatada
Redução da proporção de vegetação secundária nas áreas desmatadas
Redução da população
Ausência de população urbana
Redução da razão entre sexos
Pirâmide etária com base estreita sendo a maioria da população masculina
Difuso
Pequena área de desmatamento
Aumento da área de vegetação secundária
Redução da área de vegetação secundária nas áreas desmatadas
Redução da população total
Ausência de população urbana
Aumento na razão entre sexos
Pirâmide etária com base estreita sendo a grande maioria da população masculina
66. 5- Conclusões
=> Diniz (2002) foi útil para auxiliar na caracterização dos estágios da
fronteira no DFS baseado no desmatamento, dinâmica populacional e
na vegetação secundária.
Possível agregar conhecimento aos dados obtidos por
sensoriamento remoto, principalmente no que se refere ao arranjo
espacial da ocupação humana e sua evolução ao longo do tempo.
67. • As superfícies de densidade populacional consideram apenas o
território a ser potencialmente ocupado, não alocando
população onde não existe possibilidade de presença humana
• Espaços celulares para a desagregação de dados censitários,
análise dos padrões de desmatamento e integração de dados
numa mesma base territorial => Avanço metodológico
– permitiu uma análise descontínua dos fenômenos geográficos presentes no
DFS e também em diferentes escalas, possibilitando identificar padrões
espaço-temporais de comportamento.
– população representada em espaços celulares possibilitou o
monitoramento da população ao longo do tempo, inclusive onde
ocorreram mudanças nos limites dos setores censitários
5- Conclusões
68. • O DFS apresenta diferentes processos de ocupação => Este trabalho trouxe, através
de um viés demográfico e ambiental, um diagnóstico de como as ações humanas
de apropriação do espaço se deram no período analisado.
5- Conclusões
• Os dados gerados por sensoriamento remoto, aliados aos dados demográficos do
IBGE se mostraram eficientes para a caracterização dos estágios de ocupação da
fronteira agropecuária no DFS, pois muitos dos resultados alcançados estão de
acordo com as referências bibliográficas sobre o tema e também são consistentes
com os processos de ocupação existentes no DFS observados em campo.
69. Entender e localizar nas regiões do DFS áreas com especificidades e
diferentes estágios de ocupação podem permitir uma melhor gestão do
território considerando necessidades humanas e ambientais com base
nas diferenças regionais, e assim contribuir para as estratégias de
conservação integradas e que também priorizem a melhoria das
condições de vida das populações locais.
5- Conclusões
70. PADRÕES DE MUDANÇA DE COBERTURA DA TERRA E DINÂMICA
POPULACIONAL NO DISTRITO FLORESTAL SUSTENTÁVEL DA BR-163:
POPULAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE
André Augusto Gavlak
gavlak@dpi.inpe.br
São José dos Campos
2011
OBRIGADO!