O documento discute o problema da exploração sexual de crianças no Brasil associada ao turismo, especialmente em Fortaleza. Uma investigação italiana recente revelou uma rede internacional que promovia o turismo sexual infantil entre a Itália e Fortaleza. Apesar de ser um problema conhecido há anos, pouca ação efetiva foi tomada para combater a exploração sexual associada ao turismo no Brasil.
Artigo publicado em 1993 no Jornal O POVO em Fortaleza. Um dos primeiros artigos correlacionando as variáveis turismo e prostituição escritos no Brasil.
Texto conjectura sobre o atual sistema de governança de coalizão, que distribui cargos e funções na gestão do Brasil, enquanto as competências e a inteligência da nação não tem acesso, se não estiver ligada a partidos políticos e da política partidária
Versão em português de TODOS PELO PLANETA, TODOS PELA PAZ - Ação global proposta pelo Movimento GREEN WAVE (Fernando Zornitta, Paulo Zornitta, Marco Zornitta, Luca Zornitta, Rafael Zornitta) como contribuição para as humanas mudanças de atitudes, para a promoção da paz e salvamento do planeta / Sugestão de itens para a Agenda do Desenvolvimento Sustentável pós-2015 e para o novo Acordo Climático
Artigo publicado em 1993 no Jornal O POVO em Fortaleza. Um dos primeiros artigos correlacionando as variáveis turismo e prostituição escritos no Brasil.
Texto conjectura sobre o atual sistema de governança de coalizão, que distribui cargos e funções na gestão do Brasil, enquanto as competências e a inteligência da nação não tem acesso, se não estiver ligada a partidos políticos e da política partidária
Versão em português de TODOS PELO PLANETA, TODOS PELA PAZ - Ação global proposta pelo Movimento GREEN WAVE (Fernando Zornitta, Paulo Zornitta, Marco Zornitta, Luca Zornitta, Rafael Zornitta) como contribuição para as humanas mudanças de atitudes, para a promoção da paz e salvamento do planeta / Sugestão de itens para a Agenda do Desenvolvimento Sustentável pós-2015 e para o novo Acordo Climático
Reflection on a painted flower on a stone of a house of a camp of Palestinians in the West Bank in analogy with the new goals of the millennium and the new climate agreement
The planet agonizes in the earth, in the it longs for and in the air and, while needs union to face your problems, human beings without conscience think about itself own, they abandon your friends and they want to live in a reign and last time
O planeta agoniza na terra, na água e no ar e precisa de união para enfrentar e resolver os seus problemas; enquanto os seres humanos sem consciência pensam em si mesmos, abandonam os seus amigos e querem viver em um reino e no passado.
Numa época em que dispomos de ferramentas e de tecnologia para acelerar a difusão das idéias e dos conteúdos, contribuindo para o processo educativo, o livro continua a ser produzido com seu suporte no papel. O “livro digital”, que tem como interface o computador, diferentemente do livro com suporte no papel, pode contribuir para oferecer acessibilidade às informações e à comunicação para as pessoas com deficiências, bem como para acelerar o processo educativo em sintonia com as tecnologias disponíveis.
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 08)Aristides Faria
Material de apoio elaborado pelo Prof. Me. Aristides Faria Lopes dos Santos (aristidesfaria@ifsp.edu.br) para as disciplinas "Ecoturismo e Turismo de Aventura", "Gestão Pública", "Marketing e Turismo", "Organização de Eventos (I)" e "Fundamentos do Turismo (I)" do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do IFSP Campus Cubatão.
Este trabalho pretende discutir uma nova faceta do turismo na Cidade do Rio de
Janeiro, Brasil: a inserção de favelas cariocas nos roteiros turrísticos. Discutimos neste
texto diferentes aspectos dessa atividade turística, abordando a favela que constitui o
principal exemplo desse novo negócio: a Rocinha, localizada na zona sul da cidade.
Analisamos, nesse sentido, os impactos da presença dos turistas na comunidade, no que
diz respeito ao mercado imobiliário local, à geração de oportunidades de trabalho e à vida
cotidiana dos moradores da Rocinha. Pretendemos contribuir, com este trabalho, para
uma maior compreensão desta nova atividade econômica – e cultural – em favelas da
cidade do Rio de Janeiro, com a intenção, também, de trazer subsídios para a formulação
de ações públicas e privadas.
Palavras-chave: Turismo nas Favelas; Rocinha; Turismo Sustentável.
A História do Desenvolvimento do Turismo de BrotasSectur Brotas
Saiba com fatos e documentos como foi o desenvolvimento do turismo de Brotas desde 1993. É o resultado da união do Poder público, Iniciativa Privada e Terceiro Setor! Brotas é um caso de Sucesso!
Reflection on a painted flower on a stone of a house of a camp of Palestinians in the West Bank in analogy with the new goals of the millennium and the new climate agreement
The planet agonizes in the earth, in the it longs for and in the air and, while needs union to face your problems, human beings without conscience think about itself own, they abandon your friends and they want to live in a reign and last time
O planeta agoniza na terra, na água e no ar e precisa de união para enfrentar e resolver os seus problemas; enquanto os seres humanos sem consciência pensam em si mesmos, abandonam os seus amigos e querem viver em um reino e no passado.
Numa época em que dispomos de ferramentas e de tecnologia para acelerar a difusão das idéias e dos conteúdos, contribuindo para o processo educativo, o livro continua a ser produzido com seu suporte no papel. O “livro digital”, que tem como interface o computador, diferentemente do livro com suporte no papel, pode contribuir para oferecer acessibilidade às informações e à comunicação para as pessoas com deficiências, bem como para acelerar o processo educativo em sintonia com as tecnologias disponíveis.
Disciplina Gestao Publica (IFSP Campus Cubatao) (aula 08)Aristides Faria
Material de apoio elaborado pelo Prof. Me. Aristides Faria Lopes dos Santos (aristidesfaria@ifsp.edu.br) para as disciplinas "Ecoturismo e Turismo de Aventura", "Gestão Pública", "Marketing e Turismo", "Organização de Eventos (I)" e "Fundamentos do Turismo (I)" do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do IFSP Campus Cubatão.
Este trabalho pretende discutir uma nova faceta do turismo na Cidade do Rio de
Janeiro, Brasil: a inserção de favelas cariocas nos roteiros turrísticos. Discutimos neste
texto diferentes aspectos dessa atividade turística, abordando a favela que constitui o
principal exemplo desse novo negócio: a Rocinha, localizada na zona sul da cidade.
Analisamos, nesse sentido, os impactos da presença dos turistas na comunidade, no que
diz respeito ao mercado imobiliário local, à geração de oportunidades de trabalho e à vida
cotidiana dos moradores da Rocinha. Pretendemos contribuir, com este trabalho, para
uma maior compreensão desta nova atividade econômica – e cultural – em favelas da
cidade do Rio de Janeiro, com a intenção, também, de trazer subsídios para a formulação
de ações públicas e privadas.
Palavras-chave: Turismo nas Favelas; Rocinha; Turismo Sustentável.
A História do Desenvolvimento do Turismo de BrotasSectur Brotas
Saiba com fatos e documentos como foi o desenvolvimento do turismo de Brotas desde 1993. É o resultado da união do Poder público, Iniciativa Privada e Terceiro Setor! Brotas é um caso de Sucesso!
El texto contextualiza jerárquicamente y procura explicar por qué el mundo está siguiendo en una perspectiva de caos - de fin, de devastación y destrucción; de dominación de algunos humanos sobre otros; de los pueblos más capacitados sobre los subdesarrollados; así como de separación y de la casi imposibilidad de la humanidad trabajar junta en el sentido de proteger el planeta y la vida. El texto defiende que el epicentro del problema es el EGO y la falta de sabiduría y, para comprender este componente humano que está ligado al instinto que trajo de las cavernas, se hace una "segmentación de tipologías de las ISLAS DE EGO", de la menor celda de ego a la mayor, para que en conocer, podamos con las capacidades que nos distinguen de los animales - principalmente la inteligencia, la creatividad y las capacidades de imaginación e invención "combatir estas islas de ego" como se combate un cáncer, en función de posibilitar el trabajo al unísono en favor del planeta, de la humanidad y de todas las formas de vida que en él habitan.
El texto contextualiza jerárquicamente y procura explicar por qué el mundo está siguiendo en una perspectiva de caos - de fin, de devastación y destrucción; de dominación de algunos humanos sobre otros; de los pueblos más capacitados sobre los subdesarrollados; así como de separación y de la casi imposibilidad de la humanidad trabajar junta en el sentido de proteger el planeta y la vida. El texto defiende que el epicentro del problema es el EGO y la falta de sabiduría y, para comprender este componente humano que está ligado al instinto que trajo de las cavernas, se hace una "segmentación de tipologías de las ISLAS DE EGO", de la menor celda de ego a la mayor, para que en conocer, podamos con las capacidades que nos distinguen de los animales - principalmente la inteligencia, la creatividad y las capacidades de imaginación e invención "combatir estas islas de ego" como se combate un cáncer, en función de posibilitar el trabajo al unísono en favor del planeta, de la humanidad y de todas las formas de vida que en él habitan.
Text contextualizes hierarchically and tries to explain why the world is following in a perspective of chaos - of end, of devastation and destruction; of domination of some humans over others; of the most skilled people over the most backward; as well as separation and the almost impossibility of humanity working together to protect the planet and life. The text argues that the epicenter of the problem is the EGO and the lack of wisdom and to understand this human component that is connected to the instinct that brought from the caves, there is a "segmentation of typologies of EGO ISLANDS", the smallest cell of ego to the greater, so that in knowing, we can with the capacities that distinguish us from animals - especially the intelligence, creativity and imagination and invention capacities "to fight these islands of ego" as if fighting cancer, because of enabling the work in unison in favor of the planet, humanity and all the forms of life that inhabit it.
Texto contextualiza hierarquicamente e procura explicar o porquê o mundo está seguindo numa perspectiva de caos - de fim, de devastação e destruição; de dominação de alguns humanos sobre outros; dos povos mais capacitados sobre os mais atrasados; bem como de separação e da quase impossibilidade da humanidade trabalhar junta no sentido de proteger o planeta e a vida. O texto defende que o epicentro do problema é o EGO e a falta de sapiência e, para compreender este componente humano que está ligado ao instinto que trouxe das cavernas, faz-se uma “segmentação de tipologias das ILHAS DE EGO”, da menor célula de ego à maior, para que em conhecendo, possamos com as capacidades que nos distinguem dos animais – principalmente a inteligência, a criatividade e as capacidades de imaginação e invenção “combater estas ilhas de ego” como se combate um câncer, em função de possibilitar o trabalho em uníssono em favor do planeta, da humanidade e de todas as formas de vida que nele habitam.
Text refers the visit of President Barack Obama to Hiroshima and he/she meditates on the importance of that step for the construction of the peace. He/she/you exposes links for they be accessed by the readers of the authors' initiatives in this same sense of the construction of the peace and the power of the art for such. They present the music A GESTURE OF PEACE (that proposes the disarmament and the change of weapons for violins) and the music ALL FOR THE PLANET, ALL FOR the PEACE (that looks for interpreters to be diffused); it proposes in the text with the same title of the music (ALL FOR THE PLANET, ALL FOR the PEACE) 36 beginnings and 23 actions for the change of the human postures, for the promotion of the peace and salvation of the planet - among other ideas. The authors also proposes the PEACE'S PORTAL, to be built in Hiroshima and in all the cities of the planet.
Texto propõe mudanças de postura na forma de administrar o país, sugerindo a abertura de espaços para o potencial endógeno da população – para aqueles que têm competências. Também propõe uma mudança no regime presidencialista para o parlamentarista e a “fidelidade ao poder legislativo”, ou seja, quem foi eleito para o legislativo, não pode migrar e exercer cargos no executivo.
Proposição de alteração da legislação brasileira, para impedir que quem seja eleito para o poder legislativo migre para exercer funções no poder executivo.
Letra da música TODOS PELO PLANETA, TODOS PELA PAZ, versão definitiva. A harmonia e a paz são condições essenciais para a humanidade e para o planeta. Mas sem uma "cidadania planetária (todos pelo planeta, todos pela paz), não será possível continuarmos no ritmo e caminho certo do caos total. A arte e a música tem, como dizia Herbert Marcuse, o poder de mudar o homem, que pode mudar o mundo. Assim, como designers destes dois componentes essenciais - a harmonia e a paz - nos veio a inspiração para escrever em um documento de 114 páginas encaminhado ao Secretário Geral da ONU, com o mesmo título da música, onde propomos 22 macro ações planetárias e 36 princípios para a humanidade andar de cabeça erguida e unir-se em prol do planeta e da vida. A música, faz uma interface de comunicação em função da conquista de uma cidadania planetária, onde o homem coloca-se como parte e não como centro do universo; para salvaguardar o planeta e a vida.
BRASIL: O PARLAMENTARISMO PODE SER UM NOVO CAMINHO ?Fernando Zornitta
Texto contextualiza comparativamente o regime presidencialista com o parlamentarista e especula sobre os pontos negativos e positivos; sobre a viabilidade do parlamentarismo no Brasil. Não pretende esgotar o tema, subverter e nem indicar como caminho único o parlamentarismo. Mas apõe uma pergunta e argumenta com observações sobre o momento brasileiro, para início de um debate.
Reflexão sobre uma flor desenhada em uma pedra de uma casa de um acampamento de palestinos na Cisjordânia em analogia com os novos objetivos do milênio e o novo acordo do clima
Oficina de Acessibilidade Arquitetônica e UrbanísticaFernando Zornitta
No Brasil, 100% das cidades estão sem as condições básicas de acessibilidade arquitetônica e urbanística, as quais permitiriam as pessoas com mobilidade reduzida a sua possibilidade de inclusão e uso com autonomia e segurança. A oficina se propõe a oferecer a experiência, metodologia e programas para a eliminação das barreiras.
Football is a sport, but have been used as a distorted way and how circus show for businesses and organizations such as FIFA, do those who seek fun, become the clowns of this circus, as system leaders laugh at our expensive. Sport should be a return to sports. The text argues about it.
Imagine, as proposed by John Lenon, an ancestor of our prehistory if he could have a PET bottle to store water. Imagine also the ability to expose the photographic art in a bottle PET, as idealized and performed exactly in the week of 2008. environment A PET bottle in the middle pollutes environment; a PET bottle exposing the human spirit, instruct, educate, sensitize and magnifies humanity.
If humans, only being endowed with consciousness of the planet, not take care of flora and nature; We will have to live with the only possible type of vegetation: the re-created by the human hand.
1. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
EEE ooo EEEssstttiiigggmmmaaa dddeee UUUmmm PPPooovvvooo DDDeeesssppprrreeepppaaarrraaadddooo
Tratamento B – Dezembro de 2004
Autor: Fernando Zornitta *¹
TTOODDOO MMUUNNDDOO SSAABBEE,, TTOODDOO MMUUNNDDOO VVÊÊ,, MMAASS NNIINNGGUUÉÉMM FFAAZZ
NNAADDAA......
O Brasil não tem uma tradição turística, mas certamente tem a histórica
tradição de ser um país colonizado e até parece que já se acostumou bem com
isso. O turismo neste país apresenta um grande potencial e uma forte
propensão para ser desenvolvido, pelos seus privilegiados atrativos
socioculturais e ecológico-ambientais, pela hospitalidade e a cultura do seu
povo e pela vontade política, que têm atraído cada vez mais investimentos e
empreendimentos estrangeiros, os quais sempre chegam bem-vindos, mas
sem uma devida análise do custo-benefício social e ambiental e se instalam
“espontaneamente” e de forma desarticulada, através dos empreendimentos
que trazem juntos fortes reflexos e impactos socioculturais, como o turismo
com motivação sexual e a prostituição infantil.
As políticas públicas fecham os olhos para os aspectos negativos e abrem os
bolsos e os cofres para os “negócios turísticos”, esquecendo-se que é da
“qualidade do seu produto” que vai depender a sustentabilidade dos próprios
negócios e do turismo.
E, a sustentabilidade, depende da manutenção da qualidade do seu “produto”
e dos atrativos.
O Brasil sabe e já constatou vários problemas que envolvem essa atividade –
inclusive o do turismo sexual em várias CPIs (Comissões Parlamentares de
Inquérito), mas continuou incentivando todo o tipo de investimento,
independentemente de onde ou de quem vêm e mesmo que depreciando o seu
patrimônio, causando impactos e pervertendo os costumes locais – como no
turismo sexual e na prostituição infantil, que via de regra andam juntos, que
todos sabem mas que ninguém faz nada de efetivo para impedir dela
estabelecer-se no ambiente do turismo.
O favorecimento a prostituição no Brasil é crime, assim como é a mais grave
de suas manifestações – a prostituição infantil. O turismo sexual envolve estas
duas especificidades criminosas que, por um lado tem na demanda turística,
um canal aberto para acontecer pelo sistema de distribuição convencional do
turismo (operadora, agência, turista), vendendo o “produto” (o pacote
2. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
EEE ooo EEEssstttiiigggmmmaaa dddeee UUUmmm PPPooovvvooo DDDeeesssppprrreeepppaaarrraaadddooo
Por Fernando Zornitta
2
turístico) que chega a um leque de indivíduos - turistas pedófilos e com
desvios de conduta – que, através da motivação pervertida têm a obsessão por
uma prática de turismo que beira a bestialidade.
Já na outra ponta, nos corruptores que criam os pacotes alicerçados nesta
deturpada motivação e, em todo um complexo de agenciadores locais, que
incentivam e favorecem essa gangrena social – em que estão também os
mesmos promotores e empreendedores de uma atividade que todos querem
ver crescer – o turismo – que se manifestam nos empreendimentos da
superestrutura turística e da sua estrutura complementar e de animação,
necessárias para o sistema turístico funcionar (nos meios de hospedagem, nos
bares, restaurantes, casas noturnas, locadoras de veículos, prestadores de
serviços – dentre outros).
Mas a comprovação deste crime, que envolve a indústria da gentileza e da
cordialidade (gentileza e cordialidade que certamente devem ser direcionadas
a todos os visitantes, que trazem e deixam recursos, que investem em
negócios diretos e indiretos ou, que vêm só desfrutar), o que torna difícil de
ser abordado, mexido e barrado, porque aos olhos da ótica progressista, pode
parecer paradoxal e causar perplexidade nos meios políticos, nos setores
produtivos, na sociedade e na própria comunidade, que se beneficia
economicamente e que procura fazer vistas grossa ou, ingenuamente, nem de
perto desconfia desta proximidade entre turismo e prostituição; entre turismo
e depreciação ambiental, entre turismo e subserviência, perda de identidade
cultural, concentração de renda, evasão de divisas – dentre outros efeitos
danosos ao patrimônio turístico, à sociedade, ao país e ao meio onde ele se
desenvolve.
No nordeste do país e no Ceará, proliferam os empreendimentos turístico-
imobiliários encampando as paisagens notáveis e com recursos de procedência
duvidosa (talvez grande parte seja oriunda de lavagem de dinheiro). Não é
difícil de constatar que diversos bairros e praias tradicionais foram
aceleradamente depreciados pela encampação alienígena do território e
minadas também pelo turismo sexual.
Mas “sejam bem vindos”....; assim dizem todos, principalmente os órgãos
públicos representativos da sociedade, mas sem saber o verdadeiro preço que
estará sendo pago nesta política ufanista neoliberal e entreguista.
Fortaleza vive um sono profundo pela chegada de cada vez mais e maiores
investimentos, – ficando entorpecida pelos números e os seus concidadãos
(que se beneficiam economicamente ou aqueles empreendedores, entorpecidos
pela ganância) fazem vistas grossas para as agressões e ninguém se rebela.
O mais triste destes exemplos, onde a prostituição se estabeleceu e criou
raízes profundas nesta privilegiada cidade, que abunda em recursos naturais e
“hospitalidade” (mesclada com interesses), foi na Praia de Iracema; que de um
3. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
EEE ooo EEEssstttiiigggmmmaaa dddeee UUUmmm PPPooovvvooo DDDeeesssppprrreeepppaaarrraaadddooo
Por Fernando Zornitta
3
tradicional recanto de artistas e boêmios, se tornou imprópria para a própria
população local e para o turismo familiar e um antro de prostituição nas ruas e
nas casas noturnas que lá se estabeleceram.
AA ÉÉTTIICCAA IIMMPPOORRTTAADDAA EE AA CCOOMMPPRROOVVAAÇÇÃÃOO
A recente investigação do Governo Italiano, chamada de Meninas de
Fortaleza, que culminou com a prisão da gangue que formava a rede
internacional de exploração do turismo sexual envolvendo crianças, no final de
dezembro de 2004, as quais eram escancaradamente embutidas nos pacotes
que os depravados turistas adquiriam na Itália, trouxe a tona apenas a ponta
do iceberg – algumas empresas e agências de turismo foram fechadas e alguns
componentes da rede e da gangue foram presos.
Foi uma ação louvável, sem sombra de dúvida, mas a investigação teve que
partir do outro lado – do país de onde vem a demanda turística – da Itália, e
não da localidade onde os fatos mais graves ocorrem – em Fortaleza, no
Ceará, no Brasil (cujas suas meninas é que vinham sofrendo as agressões).
Entretanto, não é de se espantar essa inanição, pois aqui todos já estão
cansados de saber, de ver e conviver com esse tipo de atividade, que
contaminou seus espaços e suas cidades mais sagradas, em troca do vil metal
trazido pelo turista, pelo investidor e pelo empreendedor alienígenas, “que não
pode parar de chegar” nessa concepção ufanista.
Em alguns países da Europa o turismo sexual é considerado crime, mesmo que
praticado em países fora do país de origem do turista ou do continente e, foi
na Itália, que já vinha promovendo debates entre as organizações da
sociedade civil e se indignando com esta prática envolvendo os seus próprios
cidadãos, que se constatou o problema no inquérito que foi denominado
MENINAS DE FORTALEZA, tomando-se as medidas enérgicas e imediatas,
culminando com prisões e fechamento de “negócios turísticos” lá e cá.
No Brasil, também se constata o óbvio ululante em longas e caras CPIs que
alardeiam os seus trabalhos aos quatro ventos e, depois, mesmo com os
maiores especialistas em comunicação e propaganda que o país dispõe,
continua-se fazendo campanhas direcionadas ao público alvo errado.
Neste exato momento e pela segunda vez, o Brasil investirá milhões dos seus
parcos recursos para dizer a si mesmo que “turismo sexual no Brasil é crime”,
quando deveria dizer isso nos “efetivos e nos potenciais mercados de
demanda” – o que não faz por medo de perder, de espantar turistas e
investimentos.
E, por isso - principalmente por isso e enquanto nossa postura não mudar – é
que as nossas crianças carentes continuarão fazendo parte do próprio produto
4. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
EEE ooo EEEssstttiiigggmmmaaa dddeee UUUmmm PPPooovvvooo DDDeeesssppprrreeepppaaarrraaadddooo
Por Fernando Zornitta
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turístico, do “turismo sexual” e da “prostituição infantil”, que continuarão a
coexistir conosco, corroendo a nossa sociedade, os nossos espaços mais
sagrados e a nossa alma, numa realidade que todos sabem, todos vêem, mas
ninguém faz absolutamente nada de efetivo para mudar.
E agora, com o desbaratamento desta rede internacional de prostiturismo
infantil, que atuava entre a Itália e Fortaleza e com a ampla divulgação na
mídia nacional e internacional, vamos ver se a hipocrisia cai por terra e se a
parcimônia com que o problema sempre foi tratado pelos administradores da
coisa pública e pelo empresariado ganancioso no Brasil, virão à tona neste
caldo de cultura do turismo que se estabeleceu no país – o da mais valia.
Senão pela ética e pelos direitos humanos, numa realidade que todos
conheciam e conviviam tapando o sol com a peneira, agora será pelo próprio
processo de investigação, intitulado “MENINAS DE FORTALEZA”, que deve
envergonhar pelo próprio nome, para que tomemos uma posição e que
definitivamente – esperamos - faça a máscara da hipocrisia cair por terra, para
que esta frase: “Todo mundo sabe, todo mundo vê, mas ninguém faz nada”
seja pela última vez dita, quando em referência a esta questão do
prostiturismo no Brasil.
A esperança é que essa comprovação de fatos, que veio junto com a
investigação, possa trazer junto um pouco – ou muito – de vergonha na cara,
de ética nas nossas ações, de respeito aos menos favorecidos e inocentes e
aos direitos humanos, mas principalmente de honestidade, para que
direcionemos nossas ações e campanhas corretamente e para que
procedimentos perniciosos não mais ocorram nas nossas localidades turísticas
para beneficiar uns poucos que se locupletam do processo.
NNÃÃOO PPOORR DDEESSCCOONNHHEECCIIMMEENNTTOO DDEE CCAAUUSSAA EE NNEEMM PPOORR FFAALLTTAA
DDEE AAVVIISSOO
Um dos primeiros artigos que relacionava o turismo e prostituição no Brasil,
foi escrito pelo autor *¹ em 1993 e publicado no caderno de turismo do jornal
O POVO de Fortaleza, com o título TURISMO E PROSTITUIÇÃO *², que foi
escrito movido pela indignação deste cidadão brasileiro, que recebeu um
cartão de visitas promocional, com os dizeres em italiano: “LE PIU BELE
RAGAZZE PER I VOSTRI SOGNI”, escrito por oportunistas desqualificados
que já haviam se estabelecido em Fortaleza, vendendo as nossas crianças e
jovens para italianos que faziam turismo e começavam a abrir negócios aqui
em Fortaleza.
Estamos fazendo referência e afirmando que há 11 anos atrás essa prática já
existia em Fortaleza e esses fatos já eram de conhecimento público, pois foram
publicamente denunciados pelo autor naquele artigo e na seqüência por CPIs.
5. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
EEE ooo EEEssstttiiigggmmmaaa dddeee UUUmmm PPPooovvvooo DDDeeesssppprrreeepppaaarrraaadddooo
Por Fernando Zornitta
5
Mais, uma das empresas italianas citadas e interditadas pelo Governo Italiano
neste atual inquérito, já naquela época iniciava seus investimentos e seus
negócios turísticos no nordeste brasileiro.
Como citado no artigo escrito então, que fazia referência e alertava que as
presenças registradas de turistas estrangeiros no ano precedente no Ceará
(em 1992) eram em 75% de homens e que eles vinham exatamente buscar o
que era divulgado e promovido lá nos mercados de demanda, o que foi
ilustrado e comprovado com 6 cm de farto material coletado pelo autor na
Europa e que entregue a Casa Civil do Goveno do Estado do Ceará e que,
segundo o oficial militar que solicitou o material de comprovação das
afirmações do artigo (folders, catálogos das operadoras turísticas européias),
se iniciava uma investigação a nível Estadual (este material, estranhamente
consignado não nos foi devolvido, mas fizemos fotocópias dos principais
elementos – as capas dos catálogos).
Nas capas do material de publicidade e promoção do Brasil e do Nordeste
como destinação, as nossas conterrâneas pousavam em fotos explícitas,
convidativas, semi-nuas e, em troca de pagamento se submetiam e faziam
parte destes catálogos “turísticos” que vendiam o turismo no Brasil e na
América do Sul. Alguns destes catálogos tinham também impressos as
logomarcas das companhias aéreas e dos próprios governos.
Tudo isso era de conhecimento dos órgãos públicos brasileiros –
principalmente dos de turismo, que sempre estiveram de olhos, ouvidos e
bocas fechadas para o problema, mas com os cofres e os bolsos bem abertos e
incentivando tudo, pela oportunidade do “negócio” e da entrada de divisas -
que o turismo sempre trás e continua trazendo até hoje.
No mesmo período, em campanha promocional de turismo para o nordeste
brasileiro, promovido por empresa que abria linha aérea de vôo charter, as
“meninas de Fortaleza” em trajes de banho eram levadas para dançar lambada
e distribuir castanhas de caju em shoppings centers do norte da Itália, em
pleno inverno europeu e perguntando se os abordados queriam conhecer o
nordeste do país.
Após este artigo*², algumas matérias em TV começaram a aparecer logo após
em outros veículos de mídia impressa e algumas outras CPIs foram sendo
formadas - no Estado do Ceará, na prefeitura de Fortaleza, no nordeste e pelo
Brasil afora e, depois, uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara
Federal, acabou por “comprovar novamente os fatos”, que culminou com a 1ª
campanha nos veículos de comunicação brasileiros dizendo que "no Brasil a
Prostituição Infantil era crime".
Só que os órgãos públicos que promoveram esta campanha “sob pressão da
opinião pública” e a partir da constatação através da CPI, “esqueceram-se”
de fazê-las no exterior - nos países de origem dos turistas - e junto aos
6. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
EEE ooo EEEssstttiiigggmmmaaa dddeee UUUmmm PPPooovvvooo DDDeeesssppprrreeepppaaarrraaadddooo
Por Fernando Zornitta
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Tours Operators, aos Agentes de Viagens e aos potenciais exploradores,
pedófilos e carentes afetivos das sociedades mais desenvolvidas - que sempre
estão entre os turistas, que continuaram a vir.
Ou seja, foi uma campanha um tanto quanto hipócrita e paradoxal - que de
forma nenhuma atingiu os seus objetivos, mas certamente onerou em muito
os cofres públicos brasileiros, enquanto as nossas meninas continuavam a ser
prostituídas e, provavelmente hoje sejam prostitutas de profissão.
Posteriormente, importantes avanços legais foram incorporados com o Estatuto
da Criança e do Adolescente e neste momento (em 2004) em que a Comissão
Parlamentar de Inquérito do Congresso Nacional investigou novamente a
Prostituição Infantil, que está envolvida no Turismo Sexual, fez o seu relatório
para a proposição das NOVAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PROTEÇÃO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE e, novamente levantou essa questão do turismo
sexual.
Para esta Comissão foi encaminhado pelo autor*¹ para a Relatora as sugestões
abaixo, dessa necessidade de fazer-se constar explicitamente no texto final do
relatório o que se segue:
1 - "Desenvolver campanhas com recursos públicos, orientadas ao alerta - não
só de que a exploração sexual é crime no Brasil - mas, principalmente,
para chamar a atenção da extrema pobreza e dos riscos e impactos
que o desnível sócio-econômico podem trazer à criança, ao
adolescente e ao país; de que o Brasil respeita a criança e o
adolescente, impondo severas leis para quem incentivar ou promover
atos contra elas, etc, etc,.......";
Sugeriu*¹ também para a Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso
Nacional:
2 - A proposição de “campanhas inteligentes” - não para espantar
turistas, mas tendo como publico alvo todos os cidadãos, principalmente nos
potenciais mercados de demanda de turismo no exterior - envolvendo os
prestadores de serviços turísticos e a população nestas localidades e através
de veículos diversos, inclusive não convencionais (das manifestações
artísticas - fotografia, pintura e outras); as revistas, os jornais, a
internet, os panfletos - também dentre outras - mostrando a beleza, a
pobreza e a necessidade do amparo e não da exploração - que nasce do
desnível sociocultural, da necessidade econômica, mas principalmente, da
ganância, da hipocresia e da permissividade.
Estes são temas que só um especialista em turismo - e não em economia ou
dos demais segmentos produtivos que se ancoram na atividade turística -
podem trazer semióticamente para compor as campanhas institucionais. Não
adianta veicular - como foi de forma muito clara mas não efetiva, só
dentro do Brasil (os que fizeram isso e oneraram os cofres públicos,
7. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
EEE ooo EEEssstttiiigggmmmaaa dddeee UUUmmm PPPooovvvooo DDDeeesssppprrreeepppaaarrraaadddooo
Por Fernando Zornitta
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infelizmente sabiam da ineficácia, mas não fizeram para atingir os objetivos e
só para justificar a opinião pública e a mídia que foram ludibriados).
O receio de que as inversões econômicas parassem e de que os turistas
estrangeiros deixassem de vir, certamente foram os motivos para não destinar
ao público alvo correto e lá fora.
Por outro lado, também foi sugerido:
3 - "Sanar e requalificar o ambiente do turismo com ações enérgicas,
fechar, lacrar, mudar o uso das casas que se dizem de espetáculos" -
que não combinam com os bairros e nem com os espaços que poderiam ser
democratizados (muitas continuam às vistas grossas do poder público - como
as das famosas casas de forró - que na verdade reúnem oferta e demanda -
consumidores e “consumidas” - principalmente estrangeiros e brasileiras - e
todo mundo sabe que existem. É como o jogo do bicho, espalhado pelo Brasil e
em todas as esquinas da cidade de Fortaleza com banquinhas padronizadas,
funcionários univormizados, propaganda e resultados em jornais e em
televisão e tudo isso, nenhum procurador, político, administrador público vê.
(Há 15 anos com domicílio nesta cidade vejo elas lá no mesmo lugar - e em
muitos outros lugares; os resultados dos jogos saem diariamente na TV local e
“ninguém viu e ninguém vê”, embora essa prática seja considerada como
contravenção penal).
É como essa pastosa união entre turismo e prostituição - todo mundo sabe que
no frigir dos ovos essa ou aquela casa de espetáculos é ponto de encontro para
isso e todo mundo deixa - não porque "gere empregos e renda", mas por pura
hipocrisia, por falta de ética, por falta de vergonha na cara, por incompetência
dos administradores públicos e, as vezes por canalhice mesmo ou por falta de
mobilização comunitária. Estas casas distraem os turistas e o sistema turismo
precisa destes espaços; as vezes a própria população local leva a sua gente
que chega a turismo para conhecer a cidade e para "um forró animado e
famoso" e outras vezes até para fazerem uma fezinha junto e entrarem na
dança e na farra.
Todo o elemento humano que faz parte do sistema do turismo – seja ele do
poder público, da iniciativa privada, das entidades de classe, dos agenciadores
de viagens, dos prestadores de serviços, dos representantes; seja ele o turista
ou o habitante; todos e em todos os níveis e escalões sabem desta tênue
ligação, mas também vão de vez em quando a estes locais acompanhando
pessoas - que chegam (e que os visitam), os quais se acompanha, por
cordialidade ou trabalhando, a lazer ou a negócios - quase que por obrigação
na maioria das vezes – contribuindo para fazer se a alastrar a doença, a
contaminação, a infecção, o tumor, o “câncer”, a praga; colaborando para o
afastamento do cidadão comum e da sua família dos seus principais espaços
de referência dentro da cidade (que também preferem os já tradicionais para
8. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
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se estabelecer), como vários que Fortaleza viu se depreciar desta forma, onde
o tumor e o câncer já se estabeleceram.
E o principal germe, que encontramos em algumas destas “casas de
espetáculo” da Praia de Iracema, por exemplo, as quais se travestem do
excelente disfarce como de “interesse à visitação turística”, é justamente onde
o câncer da prostituição que veio com o turismo sexual, encontra o caldo
de cultura próprio que vai depois se alastrar para outros locais da cidade e do
Estado – principalmente na faixa litorânea - alijando os seus concidadãos de
vários dos seus históricos e tradicionais espaços, dos seus bairros e dos seus
mais nobres pontos de referência cultural e paisagísticos e causar a repulsa do
turismo familiar, de qualidade.
Em duas batidas policiais (que tiveram repercussão na cidade de Fortaleza)
nas casas noturnas deste depreciado bairro - uma em maio e outra em junho
de 2004, a polícia prendeu na primeira vez 27 e na segunda 32 pessoas ao
mesmo tempo, todos "turistas estrangeiros em situação irregular” nestas casas
noturnas. Em outubro deste mesmo ano foram presos em outra blitz - também
em casas noturnas da Praia de Iracema - 12 estrangeiros e 5 boates foram
fechadas. 11 estrangeiros (alemães e italianos) de outra gangue que
mantinham inclusive página na Internet na Alemanha e promoviam o turismo
sexual em Fortaleza também foram presos neste final de ano e agora em
dezembro, aqui mesmo, acabou o julgamento de pessoas que faziam parte de
uma rede internacional de prostituição com conexões na Espanha.e que
exportavam “há 6 anos” as brasileiras para se prostituírem na Europa. Em
Fortaleza neste mesmo ano de 2004 foram presos ingleses com 3 meninas
numa casa alugada para veraneio numa praia da orla marítima, os quais
mantinham relações sexuais com elas em troca de retribuição financeira, ou
seja “prostituição infantil promovida por turistas estrangeiros”.
No nordeste do Brasil, Recife, Salvador, Natal e Fortaleza se destacam como as
principais capitais e portões de entrada de turistas estrangeiros e, também da
prática do turismo sexual, onde verdadeiras gangs e redes internacionais
encontram o solo propício para se estabelecer: sol, mar, brisa, clima tropical,
belas mulheres, brasileiros subservientes dentro do sistema e dos
empreendimentos turísticos e nenhum impedimento para se estabelecer e
irradiar essa e outras práticas nefastas.
OO CCOONNTTEEXXTTOO DDOO TTUURRIISSMMOO,, OOSS CCOONNTTRRAA--CCEENNSSOOSS EE OOSS
PPAARRAADDOOXXOOSS
Paradoxal é que estes convivam a se proliferem no mesmo ambiente que se
quer e se espera um “turismo de qualidade” mas que, fatalmente pela inanição
ou pela permissividade, acabarão por contaminar e destruir num processo
9. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
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autofágico o próprio turismo e as localidades que têm potencial, enquanto
causam a repulsa por parte do visitante que pratica o verdadeiro turismo e da
própria comunidade.
Em Fortaleza, o bairro da Praia de Iracema, por exemplo, continua bom para
os estrangeiros, mas não mais para a população residente, que não mais o
freqüenta. E não é necessário o mínimo de inteligência para constatar o
problema. É só analisar a motivação, o tipo de turista e de público que
encontramos lá; deixar de vez a hipocresia e o mau-caratismo e começarmos a
agir através de ações enérgicas, que contemplem a todos sem exceção e,
principalmente, aquelas casas famosas que se travestem como “de
interesse turístico”, que ocupam áreas nobres no bairro e na verdade não
oferecem nada de bom para a comunidade, mas muito pelo contrário.
Em um ou em mais de um destes tradicionais e famosos espaços, certamente
estará o foco desta infecção, dos tumores, lá estarão as rainhas do cupinzeiro,
desta praga que acometeu o bairro.
Mas tudo – é preciso ter muito claro - é o resultado de governos neoliberais
que incentivaram os investimentos internacionais, que divulgaram as nossas
potencialidades sem conhecimento da matéria (do turismo e seus efeitos), sem
uma política e ações protecionistas e, de outros, que por incompetência e
safadeza mesmo, nunca assumirem a si a responsabilidade sobre os sérios
problemas sociais do confronto de povos tão despreparados e com o
desenvolvimento sócio-econômico e culturas tão diferenciadas, que não tem
como buscar o seu quinhão, a sua fatia, o seu pão nosso de cada dia, nesse
bolo que vêm, mas que sempre fica com uns poucos que se fartam e com
governos que só ouvem, vêm e falam no tilintar das moedas.
O Ceará e o Nordeste brasileiro aceleraram o “negócio turístico” e fecharam os
olhos para os sérios impactos que o desenvolvimento turístico espontâneo trás
e nem prepararam as suas comunidades para os impactos que viriam e que
sempre vêm. E para isso não é tolerável o discurso da ingenuidade, pois há
duas décadas o próprio governo brasileiro têm profissionais sendo formados
nos centros mais especializados do planeta no trato do turismo, só que nesta
especialidade todo mundo mete a colher.
O outro nódulo detectado foi justamente o da “burrice e da incompetência
generalizada dos administradores”, que sem uma ação técnica orientada,
nesta atividade que tem um corpo de conhecimento que se nutre de várias
ciências na sua organização, a tudo permite, desde que traga investimentos e
empreendimentos – o que tecnicamente só faz contribuir para depreciar todo o
sistema turístico local. (vide artigo “Cidade Sem Alma, Praia Sem
Futuro*³”, do mesmo autor*¹).
Para sanar os problemas e amenizar os impactos que o turismo trás, será
necessária uma gestão sistêmica, democrática, participativa e responsável. As
10. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
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fórmulas da correta gestão já existem, basta que se estenda a mão e se queira
dar sustentabilidade ao sistema e ao patrimônio turístico local, regional e
nacional, bastando para isso e por primeiro, que governos abram mão da
hegemonia na gestão – que não tem conseguido administrar corretamente o
turismo e o sistema interdisciplinar que lhe é pertinente e nem barrar as
agressões e os impropérios. (vide proposta do SINCATUR – Sistema
Integrado de Câmaras de Turismo*⁴, também do autor *¹, apresentada
em congressos)
Para essa correta gestão ocorra e se estabeleça de fato e definitivamente, é
necessária a participação e a livre expressão por parte do mais amplo espectro
da sociedade; é necessária a circulação da informação através de uma
adequada e honesta comunicação; é preciso dar voz ao cidadão, ao
administrador público, ao político e ao técnico; às instituições e ao conjunto da
sociedade. Mas é preciso também, que a ação parta de princípios éticos, de
justiça social e de valorização da vida (da vida de todos e não só de uma
minoria).
Num país que têm uma recente tradição democrática – ainda em sedimentação
- o processo de organização da estrutura de gestão do turismo será em muito
facilitado, se partir de um governo comprometido com essa vertente
participativa, em que a voz do cidadão que propõe alternativas e portas de
saída para o caos que a humanidade vem construindo na sua evolução, não se
feche às novas e não tradicionais formas de organização.
AASS MMEENNIINNAASS EE OO IICCEEBBEERRGG
A recente investigação do Governo Italiano que foi batizada de MENINAS DE
FORTALEZA e que envolveu as polícias e instituições dos dois países e da
Interpol, é apenas a ponta do Iceberg dos efeitos nefastos de uma política do
permissionismo, temperada pela ignorância e pela incompetência dos nossos
gestores, pelo neoliberalismo ufanista centrado no “empreendedorismo” (que
vem ilustrado pela sua inclusão no cenário e nas estatísticas turísticas
nacionais e internacionais e nas participações do turismo no PIB) além da
corrupção, que historicamente sempre permeou todos os escalões do governo
brasileiro e que são vergonhosamente conhecidas a nível internacional.
O turístico especificamente, pelos seus efeitos positivos poderia – mas não
está – ajudando a reverter esse quadro, pois ainda não é tecnicamente tratado
no seu amplo contexto econômico, sociocultural e ecológico-ambiental.
Os efeitos e indicadores negativos é que crescem e aparecem - os da
criminalidade e dos crimes internacionais como o tráfego humano e de drogas,
os crimes contra o sistema financeiro, nos investimentos com dinheiro que
surge como que por um passe de mágica e que ninguém sabe da sua origem;
com a prisão de fugitivos de outros países – principalmente da Europa, que
11. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
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vêm crescendo no Ceará e no nordeste brasileiro na mesma proporção que os
indicadores de crescimento do turismo.
Do início do processo neoliberal do turismo no Ceará – da década de 90 aos
dias atuais - a economia e a estatística do turismo com seus indicadores em
presenças, em crescimento das UHs e de leitos, em recursos e em
empreendimentos de estrangeiros, são aceleradamente ascendentes,
igualmente aos da criminalidade – com tipologias e escalas de crimes até
então desconhecidas por estas paragens; também pode ser avaliado pelo
número de “empreendimentos de estrangeiros” que vêm acompanhados pela
encampação e depreciação das nossas paisagens privilegiadas e da quase
totalidade dos imóveis nos bairros e recantos mais representativos, tradicionais
e de referência da comunidade local que vão parar em mãos alienígenas; com
a corrosão social, depreciação e descaracterização do patrimônio cultural
material, imaterial e do ser humano que está por detrás das manifestações.
É como a “Broadway” ou a “Babilônia” em que se transformou Canoa
Quebrada, é como a Praia Furada (não Pedra) que se transformou
Jericoacoara, onde se fala todas as línguas, mas o próprio jangadeiro não
pesca mais o seu peixe; é Como o “Oásis das Fontes” que tem uma ilha de
riqueza encravada nas falésias (contrariando a própria legislação ambiental) e
cercada de miséria e abandono por todos os lados.
Um brasileiro no exterior - na Europa, por exemplo - não compra automóvel,
não compra imóveis, não exerce uma profissão especializada concorrendo com
os nativos e não monta negócios sem "fixar residência oficialmente – o que é
uma paradoxal utopia" e é “controlado” - mesmo que lá esteja só como
estudante. Já, um estrangeiro no Brasil vem e compra imóveis, automóveis,
monta negócios, trabalha (ocupando os postos de trabalho mais nobres, dando
assessoria, consultoria e outras perfumarias) e, ainda têm amplos incentivos
de todas as ordens para seus investimentos, desde que venha e "invista".
Deveríamos dar o mesmo tratamento que recebemos no exterior mas, com a
sedimentada cultura da subserviência de uma sociedade em condições
econômicas inferiores e precárias, escancaramos o país, o nosso patrimônio, a
nossa gente que se escraviza a todo alienígena, em troca de salários de fome e
gorjetas.
No Ceará o mercado imobiliário sobrevive com os largos "investimentos" de
desconhecida procedência e origem. E, mesmo que com procedência
comprovada já é uma afronta à cidadania, cuja astronômica diferença de valor
de mercado - com referência a Europa - e do poder de compra deles - "sem
nenhuma barreira legal, institucional e sem a comprovação da origem do
dinheiro".
Aqui no Brasil, o problema tupiniquim básico é mesmo de "falta de vergonha
na cara". Todas as instituições e poderes, por terem uma legislação omissa,
12. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
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que de outra forma poderia estar barrando no "baile escancarado" as
facilidades com que alienígenas investem (sem nem saber-se de onde vem o
vil metal) e sem uma reciprocidade de tratamento quando um brasileiro tenta
investir no exterior.
Honorifica-se os “investidores” estrangeiros e proclama-se em coro o
ultrapassado, contraproduscente e papagaiado discurso da “geração de
empregos e renda”. Mas nossa inteligência não passa disso, pois não
avaliamos que tipo de emprego e nem que renda; não consideramos todos os
outros fatores e reflexos negativos que vêm junto com eles.
O Iceberg dos problemas ainda não apareceu totalmente e não se conhece
ainda a sua extensão. Mas os seus efeitos há muito já aparecem no “clima”
que pode estar congelando o sistema do turismo e a sociedade bem debaixo
dos nossos narizes; nas paisagens que se descaracterizam e se degeneram, na
economia que cresce e incha, mas também serve à concentração da renda; na
cultura e no seu patrimônio, que se depreciam e desaparecem; na agressão ao
nosso povo sofrido, que incomoda a alma dos cidadãos comuns que não têm
voz, que lutam para sobreviver e para manter as suas famílias dignamente;
que não concordam e que se indignam com as milhares de meninas, que a
essas alturas podem ter virado prostitutas as vistas grossas das autoridades e
de toda a sociedade para continuarem satisfazer os corruptores e os pedófilos;
que elevam os números que ilustram os gráficos e as estatísticas do turismo e
da economia, alegrando aos empreendedores locais e aos de origem
alienígena.
O recente e triste comprovação dos fatos, que culminou com a prisão dos
corruptores no processo intitulado MENINAS DE FORTALEZA, faz parte do
estigma de um povo despreparado para entender, respeitar e dignificar uma
importante e potencial atividade e tratá-la com o zelo, com a técnica e com a
dignidade que merece.
___________________________________________________
*¹ Fernando Zornitta – Doutorando pela Universidade de Barcelona (Planejamento Territorial e
Desenvolvimento – Proposta de Tese TURISMO NA AMÉRICA LATINA E CARIBE – Política de
Desenvolvimento Econômico, Territorial e de Sustentabilidade), diplomado em Arquitetura e
Urbanismo; pós-graduado - Especialização em Lazer e Recreação na UFRGS em Porto Alegre,
Especialização em Turismo (Centro de Treinamento da OMT/ONU Para a Europa - SIST Roma/Itália),
com Estágio de Aperfeiçoamento em Planejamento Turístico (Laboratório de Geografia Econômica da
Universidade de Messina - Messina/Itália). Participou de cursos da OMT em Roma de Sub-especialização
em Marketing Turístico em Sub-especialização em Relações Públicas e Publicidade para o Turismo
e Sub-especialização em Técnica de Organização de Congressos. É Técnico de Realização
Audiovisual, Instituto Dragão do Mar (Fortaleza-CE). Foi professor (Marketing Turístico II e Elementos
de Ciência do Meio Ambiente em Curso Universitário de Turismo e em cursos de extensão). Co-
idealizador, fundador e participante do Movimento GREEN WAVE, da APOLO - Associação de Cinema
e Vídeo e da UNISPORTS - Esportes, Lazer e Cidadania. É consultor de ongs e oscips.
Autor, ministrante e coordenador de cursos, dentre os quais: TURISMO E PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO, GESTÃO MUNICIPAL DO TURISMO, MARKETING TURÍSTICO, TURISMO
SUSTENTÁVEL e ANIMAÇÃO TURÍSTICA..
13. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
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Autor do SINCATUR – Sistema Integrado de Câmaras do turismo, apresentado no Seminário
Internacional MED AMERICA em Barcelona em abril de 2002 e no PLANEFOR – Cidades que Se Planejam, em
Fortaleza em novembro de 2003 e também aprovado pelo Comitê Científico do MERCOCIDADES 2004 em
Porto Alegre para apresentação. É também autor de vários artigos e trabalhos sobre lazer, recreação e
turismo e está finalizando o livro intitulado TURISMO, PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E
MUNICIPALIZAÇÃO NUMA ABORDAGEM HOLÍSTICA
Apresentou trabalho na Conferência Mundial Sobre Turismo Sustentável em Lanzarote, Ilhas Canárias em
1995, cujo projeto GEOGRAFIA DO TURISMO NA AMÉRICA DO SUL, CENTRAL E CARIBE, contribuiu
com idéias para a CARTA DO TURISMO SUSTENTÁVEL – UNESCO/ONU (18 princípios para a promoção do
turismo sustentável), na qual o trabalho e o autor estão relacionados no documento final.
E-mails: fzornitta@uol.com.br / fzornitta@hotmail.com
Fones: (51) 93250793 / (85) 99480120
______________________________
*² Artigo TURISMO E PROSTITUIÇÃO foi um dos primeiros artigos publicados no
Brasil (em 1993) que relacionou estas duas variáveis: “turismo e prostituição”, de
autoria de Fernando Zornittta. A motivação para o artigo foi a indignação do autor com
um cartão de visitas entregue com os dizeres: LE PIÙ BELLE RAGAZZE PER I
VOSTRI SOGNI (as mais belas garotas para os seus sonhos), por um representante de
empresa que iniciava empreendimentos turísticos-imobiliários no Ceará.
Para comprovar o que foi dito no artigo TURISMO E PROSTITUIÇÃO (em anexo)
cópias das capas de alguns catálogos das operadoras turísticas da Itália e da Espanha
(citados no artigo) - estes formavam uns 6 cm de material que foram entregues para a
Casa Civil do então Governo do Estado - por solicitação da Casa Civil. Infelizmente não
me devolveram o material, embora tivessem se comprometido em fazê-lo e, por isso,
as imagens não são a cores, mas apenas fotocópias deste material citado (tiradas
antes da entrega).
_____________________________________________
*³ CIDADE SEM ALMA, PRAIA SEM FUTURO - Artigo comenta e incentiva uma
ação do Ministério Público na orla marítima de Fortaleza - conhecida como Praia do
Futuro – sugerindo os corretos rumos na inclusão urbanística desta faixa, que se
preocupe prioritariamente com o lazer e recreação; que atenda os interesses coletivos
como prioridade e os turísticos de forma sustentável.
_______________________________________________
*⁴ SINCATUR – Sistema Integrado de Câmaras de Turismo (Administração
Integrada e Sustentável do Turismo)
O SINCATUR é uma proposta de organização do turismo para ser aplicado em países,
regiões, cidades e localidades que têm uma estrutura administrativa federativa;
podendo também ser adaptado em outros países com distintas formas de organização
política e subdivisões.
O sistema proposto visa adequar e atender as prerrogativas e características da
administração desta atividade, destacando-se dentre estas a dificuldade de
coordenação, da organização e da administração dos diversos elementos e dos agentes
envolvidos (e daqueles que ficam a margem do processo), de formas a apontar para as
necessárias correções de rumo na inter-relação dos componentes sócio-econômicos,
socioculturais e ecológico-ambientais - os quais, pela tradicional forma de
administração, só têm contribuído para a depreciação manifestada fisicamente no
14. “““MMMEEENNNIIINNNAAASSS DDDEEE FFFOOORRRTTTAAALLLEEEZZZAAA”””
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espaço turístico - que sedimenta a infra e a superestrutura necessárias (mas não
sempre adequadas), induzindo a reflexos socioculturais e ambientais, gerando
conflitos, ineficiência e insustentabilidade.
Saindo da esfera pública como única condutora das políticas (que via de regra atende
prioritariamente aos interesses empresariais, que é omissa aos principais problemas;
que é ultrapassada, centralizadora, ineficaz, incompetente e contaminada pela “política
partidária” e se esquece do contexto global do turismo), o SINCATUR propõe uma
estrutura administrativa e organizacional ideal e alinhada tecnicamente com o “sistema
turismo” - co-gestão e ações compartilhadas e participativas entre todos os envolvidos
- na condução e no controle desta potencial atividade a nível local, regional e nacional,
favorecendo a colaboração entre os agentes e interesses envolvidos (que normalmente
atuam centrados na defesa dos seus interesses específicos – mas raramente a partir
de uma visão global e planejada) e, também, em função de atender a premente
necessidade de qualificação do espaço turístico onde as relações turista-visitante
ocorrem e planejar a evolução da atividade.
O SINCATUR, foi apresentado no III Congresso Internacional MED AMÉRICA em
Barcelona em 2002, no Congresso Internacional do PLANEFOR em Fortaleza em 2003
e aprovado para apresentação no VI Congresso Internacional MERCOCIDADES em
Porto Alegre em 2004, mas até o presente momento, por propor uma reformulação na
tradicional forma de administração do turismo, que sai das esferas públicas e abre
espaços para a co-gestão participativa, ainda não foi elegido como uma alternativa
viável e correta de administração do turismo – que sempre fica nas mãos do poder
público coagido pela iniciativa privada em função dos interesses setoriais, que sempre
inviabilizam a correta condução e sustentabilidade do sistema.
_____________________________
Os conceitos aqui apresentados no texto MENINAS DE FORTALEZA são de inteira
responsabilidade do autor. Fica autorizada a reprodução total ou parcial do texto –
para fins didáticos e de publicação em quaisquer veículos, desde que sempre citada a
fonte, feita a referência e citada a autoria do mesmo.