O documento descreve o lince ibérico, um felino ameaçado de extinção encontrado apenas em Portugal e Espanha. O lince tem pelagem castanha com manchas pretas, habita matagais mediterrânicos, e há apenas 100 linces remanescentes. É um animal noturno e solitário, alimentando-se de coelhos, veados e aves.
2. DISTRIBUIÇÃO DA ESPÉCIE
O lince ibérico somente existe em Portugal e Espanha.
Apenas existem 100 destes felinos em todo este território.
Este felino habita no matagal mediterrânico.
O lince está ,principalmente ,em Matagal Mediterrânico(Tejo).
3. CARATERÍSTICAS DO LINCE
O lince ibérico (Lynx pardinus) tem uma pelagem
castanha ou amarela com manchas negras e cauda
curta. Uma das principais características deste felino
é possuir nas extremidades das orelhas pêlos rígidos
em forma de pincel, o que facilita a sua audição. Os
seus membros são robustos, sendo os posteriores
mais longos, o que lhe permite grande capacidade de
impulsão, enquanto que os anteriores são mais curtos
e fortes sendo por isso utilizados na captura das
presas.
4. COMPORTAMENTO
É um animal essencialmente nocturno, podendo deslocar-se
cerca de 7 km num dia.
Os linces ibéricos não têm por habito juntar-se ou andar em
grupo com outros machos, mas sempre acompanhados por
uma ou mais fêmeas. Os acasalamentos ocorrem entre Janeiro
e Março e após um período de gestação que varia entre 63 e
74 dias podem nascer entre 1 e 4 crias. O mais comum é
nascerem apenas 2 crias que recebem cuidados unicamente
maternais durante cerca de 1 ano, altura em que se tornam
independentes e abandonam o grupo familiar. Normalmente,
quando nascem 3 ou 4 crias, estas entram em combates por
comida ou sem qualquer motivo e acabam por sobrar apenas 2
ou mesmo 1, daí um dos seus pequenos aumentos
populacionais.
A sua alimentação é constituída por coelhos, veados, ratos,
patos, perdizes e lagartos.
5. REPRODUÇÃO
A época de cio ocorre de Janeiro a Julho, predominantemente
em Janeiro-Fevereiro. Durante a época de acasalamento a
fêmea deixa o seu território à procura de um macho. O típico
período de gestação dura cerca de dois meses; as crias
nascem entre Março e Setembro, com o ponto alto de
nascimentos em Março e Abril. Uma ninhada consiste em duas
ou três crias (raramente uma, quatro ou cinco). As crias pesam
entre 200 e 250 gramas.
6. CRESCIMENTO DAS CRIAS
As crias tornam-se independentes quando têm sete a dez meses,
mas permanecem com a mãe até aos vinte meses de idade. Entre
os 8 e os 23 meses os machos dispersam (as fêmeas dispersam
mais tarde). A distância de dispersão máxima verificada foi de 42
km. A sobrevivência dos mais novos depende muito da população
de coelhos no seu habitat. No estado selvagem, tanto os machos
como as fêmeas alcançam a maturidade sexual com um ano de
idade, embora na prática raramente se reproduzem até um
território tornar-se vago e com qualidade suficiente; foi conhecida
uma fêmea que só criou aos cinco anos de idade, quando a sua
mãe morreu. A longevidade máxima na natureza é de treze anos. A
reprodução não é anual; no melhor habitat de Doñana, registou-se
o valor de 0,8 ninhadas/fêmea/ano.
Os irmãos tornam-se violentos uns para com os outros entre os 30
e os 60 dias, com o ponto máximo nos 45 dias. Uma cria
normalmente mata o seu irmão numa violenta luta.