4. AMÉRICA LATINA e CARIBE
Compõem essa região os países que falam espanhol, francês ou português Foto: depositphotos
5. INTERNACIONALIZAÇÃO
SOCIAL
“A internacionalização é social e
historicamente construída e necessita
de atores sociais comprometidos com
seus princípios.” (AZEVEDO, 2014, p, 105)
É um processo que contempla
“o relacionamento entre nações, povos,
culturas, instituições e sistemas.” (KNIGHT,
2012, p. 2)
7. CONTINENTE
AMERICANO
Existem duas grandes subdivisões no
continente americano, as quais não se
pautam em critérios físicos ou políticos, mas
sim nos aspectos culturais históricos. O
continente americano é dividido com base na
linguagem oficialmente adotada nos países,
bem como os aspectos relativos aos
processos de ocupação, sendo que as
divisões são denominadas de América Anglo-
Saxônica e América Latina.
9. ASPECTOS CULTURAIS
Fugindo dos elementos clichês
apresentados nas propagandas e na mídia
reforçamos
“O elemento popular é fundamental nessa
integração, quando a mesma se opera em
profundidade. Neste sentido, nem a
fronteira servirá para ilhar, nem a origem
popular será um elemento de bloqueio.”
(BEYHAUT, 1994, documento eletrônico)
10. ASPECTOS CULTURAIS
“Do mesmo modo que as influências musicais
transcendem às partituras, as mudanças de
mentalidade não podem ser explicadas
apenas através da difusão do pensamento
escrito. [...] os elementos culturais importam
por si mesmos e pela repercussão que seu
conhecimento adequado deve exercer sobre a
produção, o consumo e os intercâmbios está
distintas partes da América Latina.” (BEYHAUT,
1994, documento eletrônico)
11. A Declaração da III Conferência Regional de
Educação Superior na América Latina Caribe
(CRES 2018) considerou como estratégica a
integração regional e a internacionalização
destacando que “É fundamental a construção
de um Espaço de Encontro Latino-Americano e
Caribenho de Educação Superior (ENLACES), o
qual deve fazer parte da agenda dos governos
e dos organismos multilaterais de caráter
regional.”
http://www.cres2018.org
16. A JUSTA MEDIDA DESSA
SUPOSTA “CERCANÍA”
“En el caso de la lengua española, es posible
delinear bastante bien el perfil del estudiante
brasileño que habitualmente la busca […]. En
el primero de ellos, el español es fácil y
semejante a su lengua materna, tan fácil que
puede entender todo y no necesita estudiarlo.
No tarda mucho para que el escenario cambie
del todo y para que descubra que el español
es "otra lengua", que es difícil -¡muy difícil!-
que jamás podrá conocerla y usarla bien, etc.”
(KULIKOWSKI; GONZÁLEZ, 1999, p. 12)
17. ↔
Exames de
proficiência
DELE – Diploma de
Espanhol como Língua
Estrangeira.
https://examenes.cervantes.es
CELU - Certificado de
Espanhol: Língua e Uso
https://www.celu.edu.ar
Exame de
proficiência
Celpe -Bras
Certificado de
Proficiência em Língua
Portuguesa para
Estrangeiros
http://portal.inep.gov.br/aco
es-internacionais/celpe-bras
18. ASPECTOS ACADÊMICOS
No âmbito do MERCOSUL temos o “Programa de
Intercâmbio Acadêmico de Português e Espanhol”, cujo
objetivo geral do Programa reside em fomentar a associação
institucional universitária, para estimular o intercâmbio de
estudantes e docentes da educação superior de programas
de ensino de português e espanhol, como segunda língua. O
programa consiste em projetos de associação institucional
universitária nas especialidades de Letras, Português e
Espanhol, exclusivamente para a graduação, a fim de
fomentar o intercâmbio e estimular a aproximação das
estruturas curriculares, inclusive a equivalência e o
reconhecimento mútuo de créditos obtidos nas instituições
participantes. http://edu.mercosur.int/pt-BR/programas-e-projetos/25-
mercosul-educacional/60-programa-de-intercambio-academico-de-portugues-e-
espanhol.html
19. Banco de Dados Terminológicos
do Setor Educacional do
MERCOSUL (BDT-SEM)
“Banco de datos terminológicos del Sector Educativo del
Mercosur” é um repositório que reúne a terminologia própria da
área de Educação, gerado no âmbito das reuniões do Grupo de
Trabalho de Terminologia (GTT) do Comitê Gestor do Sistema de
Informação e Comunicação (CGSIC) do Setor Educacional do
MERCOSUL (SEM). Este BDT vem sendo implementado desde o
ano de 2007, tendo harmonizado até agora centenas de termos
disponíveis em espanhol e português, respeitando as
peculiaridades léxicas e semânticas de cada um dos países
membros. Foram atingidos, desta forma, com significativa
cobertura, os termos que se referem às distintas áreas da
Educação (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino
Médio, Ensino Técnico, Educação Profissional, Ensino Superior).
20. LICENCIATURA X BACHARELADO
“LICENCIATURA”, segundo BDT-SEM:
a) no Brasil “confere ao diplomado competências
para atuar como professor na educação básica,
com o grau de licenciado”,
b) na Argentina “trata-se de um curso universitário
com, no mínimo, 4 anos, presencial, com 2.600
horas e pode ser de diferentes disciplinas ou de
profissões regulamentadas pelo Estado (como
medicina, engenharia, bioquímica etc),
estabelecendo para cada uma condições
especificas para o reconhecimento oficial.”
21. LATINDEX
www.latindex.org
Diretório cujo objetivo é compilar e difundir a
informação bibliográfica relativa às
publicações científicas seriadas produzidas
no âmbito latino-americano: América Latina,
Caribe, Espanha e Portugal.
Latindex funciona com base na cooperação
regional através de uma instituição
responsável em cada país participante. A
coordenação geral do sistema está a cargo
da Direção Geral de Bibliotecas (DGB) da
“Universidad Nacional Autónoma de México”
(UNAM).
22.
23. Universidade Federal da
Integração Latino-Americana
(UNILA)“cuja missão é e será construir uma América Latina
solidária, em que a moeda de sua integração equitativa
seja o conhecimento compartilhado, com respeito mútuo,
em uma cultura de paz.” (TRINDADE, 2009, p. 153, grifo nosso).
“No primeiro ano da graduação os alunos hispano falantes
têm aulas de português e os alunos brasileiros têm aulas
de espanhol. Também no primeiro ano, todos os alunos
cursam uma disciplina chamada América Latina,
independente da área de atuação do curso, com objetivo de
contextualizar os alunos sobre o tema central da
universidade.” (SCHLOGEL, 2013, p. 4, grifo nosso).
24. ASPECTOS ACADÊMICOS
A internacionalização desponta entre as atuais
políticas para o ensino superior como uma
estratégia para inserção dos países no mundo
globalizado, ainda que seja pela perspectiva da
solidariedade defendida pela Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO).
MAS, É PRECISO TER CUIDADO PARA NÃO TRANSFORMAR A
INTERNACIONALIZAÇÃO EM
“[...] mercado de ensino superior
transnacional.” (AZEVEDO, 2015)
25. O QUE NOS APROXIMA?
A) Proximidade na organização curricular
B) Ementas correlatas
CONTRIBUI PARA...
C) reconhecimento e o aproveitamento destas
disciplinas no momento de um intercâmbio
acadêmico ou um estágio, realização de projetos
(ensino, pesquisa ou extensão) e parcerias entre
programas de pós-graduação.
Esses elementos nos levam a uma maior
convalidação/equivalência/acreditação dos títulos
ou das atividades.
26. O QUE NOS APROXIMA?
D) semelhança no calendário acadêmico, nos
períodos de férias e de recesso escolar
CONTRIBUI PARA...
E) a mobilidade de estudantes, pesquisadores,
docentes e pessoal técnico administrativo para
as atividades de internacionalização na
América Latina.
27. EXTENSÃO TAMBÉM É
INTERNACIONALIZAÇÃO
Extensão “[...] não é levar a universidade para
fora, é trazer o conhecimento não universitário
para dentro” e, por sua vez, “[...] articular os
diferentes saberes populares.” (SOUZA SANTOS, 2018 – CRES)
[...] a Extensão Universitária é o processo educativo,
cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de
forma indissociável e viabiliza a relação transformadora
entre universidade e sociedade. [...] é uma via de mão
dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica,
que encontrará, na sociedade, a oportunidade de
elaboração da práxis de um conhecimento acadêmico.”
(FÓRUM..., 1987, p. 11)
29. MERCOSUL Educacional
O Setor Educacional do MERCOSUL é um
espaço de coordenação das políticas
educacionais que reúne países membros e
associados ao MERCOSUL, desde dezembro
de 1991, quando o Conselho do Mercado
Comum (CMC) criou, através da Decisão
07/91, a Reunião de Ministros de Educação
do MERCOSUL (RME).
http://edu.mercosur.int/pt-BR/
30. Instituto Internacional para a
Educação Superior na América
Latina e Caribe (IESALC)
É um organismo da Organização das Nações
Unidas, para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO) dedicado a promoção da educação
superior, contribuindo para implementar na
região latino-americana e caribenha o
programa que, em matéria de educação
superior, aprova bianualmente a Conferência
Geral da UNESCO.
http://www.iesalc.unesco.org.ve/
31. ARCUSUL (Sistema de Acreditação Regional
de Cursos Superiores dos Estados do Mercosul
e Estados Associados)
É um mecanismo permanente de acreditação regional,
cujo objetivo é dar garantia pública na região do nível
acadêmico e científico dos cursos, definidos por
critérios regionais elaborados por comissões
consultivas sob a coordenação da Rede de Agências
Nacionais de Acreditação. Esse mecanismo respeita as
legislações nacionais, e a adesão por parte das
instituições de educação superior é voluntária. O
processo de Acreditação é contínuo, com convocatórias
periódicas. Até o momento participam as seguintes
titulações: Agronomia, Arquitetura, Enfermagem,
Engenharia, Medicina e Odontologia.
32. Programa “MARCA”
É um Programa de mobilidade acadêmica regional
para cursos de graduação acreditados pelo “Sistema
de Acreditación Regional del MERCOSUR (ARCUSUR)”
que busca fortalecer os cursos acreditados, fomentar
a integração e a internacionalização da educação
superior na região e cumprir com o objetivo central de
integração regional. Para alcançar estes objetivos, o
programa contempla a mobilidade de estudantes,
docentes, pesquisadores e coordenadores
(acadêmicos e institucionais) envolvidos em projetos
de associação acadêmica entre os cursos acreditados
regionalmente.
33. Sistema Integral de Fomento
para a Qualidade dos Cursos de
Pós-graduação do MERCOSUL
O setor educativo do MERCOSUL resolveu
institucionalizar a temática da Pós-graduação, incluindo-
a em seu Plano Estratégico 2011-2015, alguns
exemplos de ações:
a) Programa de Associação de Projetos Conjuntos de
Pesquisa;
b) Programa de Associação para o Fortalecimento dos
Cursos de Pós-graduação;
c) Programa de Formação de Recursos Humanos.
34. A Organização dos Estados
Americanos (OEA)
É o mais antigo organismo regional do mundo
(1889), que resultou na criação da União
Internacional das Repúblicas Americanas, e
começou a se tecer uma rede de disposições e
instituições, dando início ao que ficará conhecido
como “Sistema Interamericano”, o mais antigo
sistema institucional internacional.
A OEA foi fundada em 1948 com a assinatura, em
Bogotá, Colômbia, e entrou em vigor em
dezembro de 1951.
35. BOLSAS da OEA
O Programa de Bolsas Acadêmicas da OEA (Programa Regular),
para mestrados, doutorados ou pesquisa de pós-graduação
condizente com um título universitário.
Por intermédio de seu “Programa de Alianzas para la Educación y la
Capacitación (PAEC)”, oferece outras oportunidades de bolsas para
estudos acadêmicos com o apoio de suas instituições sociais nas
Américas e ao redor do mundo. O PAEC é administrado conforme os
respectivos acordos de cooperação seguindo os princípios
previstos.
Programa de Bolsas de Desenvolvimento Profissional (PBDP)
oferece oportunidades de bolsas para capacitação através de
cursos curtos, que podem durar desde uma semana até um ano,
em qualquer um dos Estados Membros da OEA e Observadores
Permanentes, com exceção do país de cidadania ou residência
permanente do solicitante.
37. GEPE-UEL premiação
PASEM
Grupo de Estudos em Práticas de Ensino (GEPE)
da UEL, ligado à Pró-Reitoria de Graduação
(PROGRAD), foi premiado na categoria Ensino em
Ciências e Impacto das Tecnologias com o
trabalho que documentou as experiências de
formação docente e gestores que atuam no
âmbito da formação. Intitulado Prêmio "Paulo
Freire" do Programa de Apoio ao Setor
Educacional do MERCOSUL (PASEM), que ocorreu
em novembro de 2014. O prêmio tem como
objetivo avaliar as práticas educacionais
desenvolvidas na Argentina, Brasil, Paraguai e
Uruguai.
38. GEPE-UEL e PASEM:
evento e publicação
GEPE organizou um evento que trouxe as
experiências igualmente premiadas na edição de
2014 para dialogar e intercambiar suas
experiências em mesas redondas e oficinas aos
docentes de nossa universidade e, fruto deste
processo, foi publicado um livro bilíngue, português
e espanhol, com textos dos envolvido sobre
“Experiências inovadoras de metodologias ativas:
PASEM/MERCOSUL”, E-book disponível:
http://www.uel.br/prograd/?content=gepe/publicacoes.html>
39. Jornada Pedagógica do
GEPE (Grupo de Estudo em Prática
de Ensino – UEL)
Em sua edição de 2017 contou com a participação
de docentes da “Universidad Nacional de
Córdoba/UNC” e de seu equivalente ao seu
Colégio de Aplicação “ESCMB” com uma palestra e
oficinas sobre “La enseñanza de estrategias para
aprender a aprender: un aporte para los
estudiantes, un desafío para los profesores”, a
atividade também teve oficinas por
videoconferência e Plataforma Moodle.
40. -Licenciatura em Letras Espanhol (UEL) realizou
duas edições (2014 e 2015) estágio internacional
com estudantes do 4º ano “Universidad Nacional de
Córdoba (UNC)”, na Argentina.
-Os estagiários tiveram a supervisão direta de uma
professora de Língua Espanhola da ESCMB/UNC e
minha, como professora formadora, e realizaram
observação de aulas, planejamento de aula,
preparação de material didático, reuniões
pedagógicas com os docentes, equipe pedagógica e
supervisores de estágio e regências.
41. Evento acadêmico que está em sua 4ª edição e relata,
discute, compartilha e expande as ações de
internacionalização brasileira na Argentina e será
realizado nos dias 28, 29 e 30 de agosto de 2019,
aqui na UEL.
Inscrições: www.uel.br/eventos
Informações: sites.google.com/view/jornadajiba
E-mail: jornadajiba@uel.br
42. “A UNIVERSIDADE AJUDOU A CRIAR PROJETOS
NACIONAIS (OBVIAMENTE, EXCLUDENTES DOS
POVOS ORIGINÁRIOS) E O NEOLIBERALISMO
NÃO QUER PROJETOS NACIONAIS. POR SUA
VEZ, A UNIVERSIDADE SEMPRE FOI
INTERNACIONALMENTE SOLIDÁRIA, COM
BASE NA IDEIA DE UM BEM COMUM. MAS O
CAPITALISMO UNIVERSITÁRIO QUER OUTRO
TIPO DE INTERNACIONALISMO: A FRANQUIA,
QUE AS UNIVERSIDADES POSSAM COMPRAR
PRODUTOS ACADÊMICOS EM TODO O MUNDO”
BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS
“Conferencia Regional de Educación Superior
de América Latina y el Caribe (CRES 2018)”,