1. CMDO FRON RO / 6º BIS
CFC 2023
TÉCNICA DE AÇÃO
IMEADIATA
3ºSGT INF NICKSON
2. OBJETIVOS
- IDENTIFICAR O CONCEITO DE TÉCNICAS DE AÇÃO IMEDIATA (TAI);
- IDENTIFICAR CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE AÇÃO IMEDIATA (TAI);
- IDENTIFICAR OS TIPOS DE TÉCNICAS DE AÇÃO IMEDIATA (TAI).
4. TÉCNICAS DE AÇÃO IMEDIATA
São ações coletivas executadas com rapidez e que poderão exigir uma tomada de
decisão. Elas devem ser pré-planejadas e exaustivamente treinadas pela fração que as
realiza. É importante que sejam executadas no menor espaço de tempo e com o menor
número de ordens possível.
Têm a finalidade de assegurar a esta fração uma vantagem inicial quando do contato
com o inimigo, ou mesmo, de evitar este contato.
5. - As TAI a serem adotadas por uma fração serão definidas por seu comandante durante a
fase do estudo de situação. É importante ressaltar que não existe um procedimento
padrão para todas as situações
- Quando em deslocamento, não será incomum o combate de encontro entre tropas
oponentes, portanto, ao ocorrer este fato, a tropa que realizar a ação mais rápida e
eficiente terá grandes possibilidades de sucesso no prosseguimento das ações.
- Por tudo isso, o adestramento das pequenas frações nas TAI, muitas vezes, será o fator
que não só possibilitará a manutenção de sua integridade quando em um combate de
encontro como, também, lhe permitirá preservar o poder de combate para prosseguir no
cumprimento de sua missão.
6. CLASSIFICAÇÃO
- De acordo com a nossa missão e com o nosso poder de combate em relação ao do
inimigo, as TAI são classificadas em ofensivas ou defensivas
a) As TAI ofensivas são aquelas que têm por objetivo engajar o inimigo e destruí- -lo em
caso de contato.
b) Já as defensivas têm por objetivo não estabelecer o contato ou, no caso de estabelecido,
rompê-lo o mais rapidamente possível.
7. - Quanto à missão
- Se a missão for de reconhecimento, as TAI adotadas serão normalmente
- defensivas.
- Se a missão for de combate, as TAI adotadas até seu cumprimento,
- normalmente, serão defensivas, com a finalidade de manutenção do sigilo.
- - No itinerário de retorno, poderão ser adotadas as TAI ofensivas com a finalidade
- de destruir um eventual alvo compensador.
- A missão de patrulha de oportunidade é normalmente caracterizada pela
- adoção, do início ao fim, das TAI ofensivas.
- Quanto ao poder relativo de combate
8. - Se o poder de combate do inimigo for superior ao nosso, serão, normalmente, adotadas
as TAI defensivas.
- Se o poder de combate do inimigo for inferior ao nosso, serão, normalmente, adotadas as
TAI ofensivas.
- Fator rapidez na ação
- Cabe ressaltar que a rapidez na ação, aspecto básico a ser observado
- para o sucesso das TAI, dependerá sobremaneira de dois fatores:
- a) grau de adestramento da tropa; e
- b) ação dos esclarecedores, uma vez que, normalmente, serão esses os primeiros
elementos a estabelecerem o contato com o inimigo e a emitirem os sinais e gestos
convencionados.
14. HALO
a) Quando realizado o contato inicial com o inimigo e após a execução do tiro (momento
do contato com o inimigo).
b) Uma esquadra se desenvolve à esquerda e outra se desenvolve à direita do esclarecedor,
de formas que o GC ocupe a posição venha a se desenvolver e ficar em linha.
c) Enquanto a esquadra toma o dispositivo em linha (passando por detrás dos demais
integrantes dos GC), os dois primeiros integrantes do GC, sendo um de cada esquadra,
começam a realizar o tiro sobre o inimigo.
d) Quando estes militares estiverem por terminar seu carregador de munição, estes vão
dar o comando de COBRE, terminar de executar o tiro, se levantar e se posicionarem a
retaguarda do dispositivo (deverão ocupar uma posição à retaguarda mantendo o
dispositivo).
15. e) Deverá ser realizada uma cadência de tiro relativamente rápida e não deverá haver
solução de continuidade entre os integrantes das esquadras (ao comando de COBRE o
militar que emitiu o comando termina seu carregador enquanto o próximo militar
começa com a atirar com uma cadência mais lenta).
f) Os integrantes que realizaram o tiro devem se dirigir para uma posição à retaguarda
para reorganização do GC e romper o contato com o inimigo.
16.
17. CASCATA
a) Consiste basicamente em manter o dispositivo em coluna, desencadear fogo frontal com
os homens posicionados na vanguarda e iniciar um rodízio para a retaguarda.
b) Proporciona uma resposta “mecânica” mais rápida e uma maior facilidade de controle.
c) Proporciona menor flexibilidade (capacidade de manobra) e menor volume de fogo
frontal.
d) Sequência das ações:
1) Os esclarecedores identificam a força oponente e/ou são identificados, tem início o
engajamento mútuo.
2) Os demais homens (exceto os dois últimos) se aferram ao terreno, guarnecendo cada
um e alternadamente um flanco (setor de segurança) e mantêm-se em condições de
engajar alvos que incidam sobre esses flancos. Dessa forma cria-se um dispositivo
“coluna por 2 desalinhado”.
18. 3) Os dois últimos homens da coluna se aferram ao terreno e realizam a segurança da
retaguarda.
4) Quando abriram fogo, os esclarecedores começaram a contar o número de disparos
realizados. No décimo tiro (metade do carregador) o segundo esclarecedor dá o comando
de “RETRAIR!” para o primeiro esclarecedor.
5) O primeiro esclarecedor grita “COBRE!” e corre pelo centro do dispositivo para a
retaguarda.
6) Ao passar pelo primeiro homem lhe dá um tapa nas costas, a fim de indicar que já
retraiu.
7) Esse homem, que mantinha seu fuzil apontado para o lado, faz frente para a direção de
deslocamento (de onde provém o fogo oponente) e abre fogo.
8) Nesse ínterim, o segundo esclarecedor que se encontrava no outro lado do dispositivo
executou os 10 (dez) disparos restantes do seu carregador, gritou “COBRE!” e retraiu de
forma idêntica ao primeiro esclarecedor.
19. 9) Ao chegarem na retaguarda, ambos os esclarecedores se abrigam, cada qual .do seu lado
do dispositivo, e assumem a segurança da retaguarda. Os homens que até então eram
responsáveis por ela, passam também a guarnecer os respectivos flancos.
10) E assim segue-se mecanicamente esse movimento até consumar o desengajamento do
fogo oponente.
e) Quando realizado o contato inicial com o inimigo e após a execução do tiro (momento
do contato com o inimigo), as duas esquadras se posicionam em coluna, de formas que o
GC venha a tomar a formação em coluna por dois.
f) Os dois primeiros integrantes de cada esquadra começam a realizar o tiro sobre o
inimigo. Quando estes militares estiverem por terminar seu carregador de munição,
estes vão dar o comando de “COBRE!” e aumentar sua cadência de tiro.
g) Ao terminar o tiro o militar vai se levantar e se posicionar na retaguarda do dispositivo
fazendo a progressão com o cano voltado para baixo (deverá ocupar uma posição à
retaguarda mantendo o dispositivo).
20. h) O próximo integrante do GC voltará sua frente para a direção do inimigo e executará o
mesmo procedimento.
i) Deverá ser realizada uma cadência de tiro relativamente rápida e não deverá haver
solução de continuidade entre os integrantes das esquadras (deverá haver sempre uma
esquadra realizando o tiro enquanto a outra faz a troca do militar que está atirando).
j) Os integrantes que realizaram o tiro devem se dirigir para uma posição à retaguarda
para reorganização do GC e romper o contato com o inimigo.
21.
22. CASCATA LATERAL
a) Empregada quando a fração é surpreendida por um ataque de flanco simples (à direita
ou à esquerda).
b) Segue a mesma “mecânica” do desengajamento “em cascata”. Difere, no entanto, pelo
fato de direcionar os fogos da fração para o flanco ameaçado e não para a direção inicial
de deslocamento.