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Técnico do Seguro Social
ESTE MATERIAL CONTÉM:
 PORTUGUÊS
 RACIOCÍNIO LÓGICO
 INFORMÁTICA
 ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
 DIREITO CONSTITUCIONAL
 DIREITO ADMINISTRATIVO
 REGIME JURÍDICO ÚNICO
 DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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INSS - Técnico do Seguro Social
PORTUGUÊS
SUMÁRIO
01. FONÉTICA___________________________________________________________
02. ACENTUAÇÃO GRÁFICA_________________________________________________
03. ORTOGRAFIA __________________________________________________________
04. EMPREGO DO HÍFEN____________________________________________________
05. GRAFIAS DOS PORQUÊS ________________________________________________
06. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS _________________________________
07. CONCORDÂNCIA VERBAL________________________________________________
08. CONCORDÂNCIA NOMINAL ______________________________________________
09. REGÊNCIA VERBAL_____________________________________________________
10. COLOCAÇÃO PRONOMINAL______________________________________________
11. EMPREGO DA CRASE___________________________________________________
12. CONJUGAÇÃO VERBAL _________________________________________________
13. VOZES VERBAIS________________________________________________________
14. DISCURSO DIRETO E INDIRETO __________________________________________
15. COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO_______________________________________
16. TERMOS DA ORAÇÃO___________________________________________________
17. PONTUAÇÃO___________________________________________________________
18. SEMÂNTICA E SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS______________________________
19. INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ____________________________________________
20. CORRESPONDÊNCIA OFICIAL ____________________________________________
21. TESTES OBJETIVOS E GABARITOS ________________________________________
22. GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS____________________________________
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O CPC disponibiliza plantão para dirimência de
dúvidas de Língua Portuguesa. O serviço ocorre às quartas-feiras,
das 18h15min às 19h, na SALA DE ESTUDOS EM GRUPO.
Apresentação
Esta apostila foi confeccionada exclusivamente para ser texto de orientação durante Curso Preparatório de
Língua Portuguesa do CPCRS para provimento de cargos de nível técnico e superior dos concursos públicos de todos
os níveis, quer seja municipal, estadual ou federal. Trata-se de coletânea de informações, normas e exercícios
referentes a todos os pontos dos programas em geral de Língua Portuguesa comuns à maioria dos concursos públicos,
cujas provas serão elaboradas por diversas instituições. Para cada curso preparatório, porém, só serão trabalhados em
aula os tópicos constantes do edital, mesmo que outros façam parte da apostila.
É parte integrante deste compêndio uma coletânea de 300 testes objetivos, colocados no final da apostila. Todos
os testes são propostas de inúmeras bancas de concursos públicos e respeitam o nível de exigência dos programas de
diversos cargos. As questões, identificadas por sua natureza, seguem numeração contínua, e o gabarito está registrado
no final. As provas de que se retiraram as questões foram elaboradas pelas bancas da Fundação de Apoio da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – FAURGS, Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos –
FDRH, Fundação Universidade-Empresa de Tecnologia e Ciência – FUNDATEC, Fundação Escola Superior do
Ministério Público do Rio Grande do Sul – FESMP, Centro de Seleção e de Promoção de Eventos – CESPE, Fundação
Centro de Estudos Superiores do Grande Rio – CESGRANRIO, Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência –
FUNRIO, Escola de Administração Fazendária – ESAF, entre outras, além de questões criadas especialmente para
simulados, provas e cursos de resolução de questões elaborados pelo CPCRS.
Todas as questões são objetivas e de escolha simples, excetuando-se as do CESPE-UnB, cujo formato é de
assertiva para C (certo) e E (errado). cada qual com apenas uma alternativa correta. As questões do CESPE, em sua
maioria, apresentam as alternativas (C/E) no final de cada proposta, para CERTO ou ERRADO. As questões de outras
bancas apresentam cinco alternativas de respostas (A, B, C, D e E), ou quatro alternativas (A, B, C e D).
Além das orientações presentes nesta apostila e dos testes objetivos com gabarito, o concursante tem a
possibilidade de consultar o professor para dirimir suas dúvidas. Para tanto, basta enviar mensagem para o endereço
eletrônico menegotto@cpcrs.com.br e por esse meio receberá as respostas e explicações de que necessitar. Se a
dúvida for decorrente de questão deste compêndio, bastará ao consulente indicar o número do teste. Deve ser enviada
apenas uma dúvida/questão em cada mensagem, sem limite de mensagens.
Prof. Alberto Luiz Menegotto®.
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professormenegotto.blogspot.com
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2
1 FONÉTICA
Parte da Gramática que se ocupa com o reconhecimento e a classificação dos sons
próprios da língua.
1.1 Fonema
Fonema é som. Representam-se os fonemas da seguinte forma: /a/, /bê/, /CE/... /agá/...
Denomina-se transcrição fonética.
1.2 Letra
Letra é a representação gráfica do fonema: a, b, c... h.
1.3 Dígrafo
Dígrafo é a associação de duas letras cuja pronúncia produz um fonema. Os dígrafos se
subdividem em orais, que são os pronunciados com o concurso da boca, e os nasais, que
na pronúncia têm o auxílio do nariz.
1.3.1 Dígrafos Orais
ch – chuva, chácara, cheiro... ss – assinar, cassado, massa...
nh – linha, manha, tamanho... sç – nasça, cresça, desça...
lh – alho, malha, calha... xc – exceto, excitar, exceção...
rr – arroz, arriscar, arrasado... gu – gueto, gueixa, sangue...
sc – consciente, descer, crescimento... qu – queixo, querido, tanque...
Observação: as associações SC, XC, GU e QU não serão dígrafos se, na palavra em que
vierem, os fonemas das duas letras forem individualizados, isto é, ouvirem-se ambos os
fonemas. Por exemplos: escola, exclusão, água, aquário.
1.3.2 Dígrafos Nasais
am – lâmpada, campo, tampo... in – incauto, lindo, cinco...
an – canta, tanto, antro... om – compra, lombo, comboio...
em – tempo, empório, sempre... on – conta, lontra, condição...
en – entre, lento, cento... um – cumprir, cumprimento...
im – limpo, importar, imberbe... un – unção...
Observação: se as associações de vogal+m ou n vierem antes de vogal ou no final da
palavra, não serão dígrafos. Antes de vogal, os fonemas das duas serão ouvidos: uma,
amada, ano, coma... E no final da palavra formarão ditongos nasais: foram /fôrão/.
1.4 Dífono
Dífono é a produção de dois fonemas a partir da leitura da letra X com som de /KS/.
Exemplos: ônix /ôniks/, Félix /Féliks/, tóxico /tóksico/...
Observação: os demais fonemas produzidos pela leitura da letra X não formam dífonos:
explorar /s/, exame /z/, máximo /ss/ e lixo /ch/. Isso ocorre porque em cada um deles há um
fonema apenas.
1.5 Encontros Vocálicos
São associações de vogais.
1.5.1 Ditongos
São associações de duas vogais na mesma sílaba.
orais crescentes orais decrescentes nasais
farmácIA cÉU pÃO
sérIE cOIsa mÃEs
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3
1.5.2 Tritongos
São associações de três vogais na mesma sílaba.
orais nasais
igUAIs sagUÃO
paragUAIa sagUÕEs
1.5.3 Hiatos
São associações de duas vogais em sílabas vizinhas.
vEÍculo, IAte, AEroporto, AErovIA...
1.6 Encontros Consonantais
São associações de consoantes.
perfeitos imperfeitos
Ficam na mesma sílaba Ficam em sílabas vizinhas
PReço, TRoco, BLoco... peRDa, foRÇa, peRTo...
Observação: em alguns encontros de consoantes, a pronúncia determina a presença de
uma vogal entre elas, o que descaracteriza o encontro consonantal. Por exemplo: ficção
/FIKIÇÃO/. Observe-se que a vogal I separou as consoantes C e Ç, desfazendo o encontro
consonantal.
2 ACENTUAÇÃO GRÁFICA
(Atualizada pelo Acordo Ortográfico – Decreto n. 6.583 de 18/9/1008, com vigência a partir de 01-01-2009)
2.1 Classificação das palavras quanto à tonicidade
Proparoxítonas
tonicidade na
antepenúltima sílaba
presentes em
aproximadamente 5%
da Língua Portuguesa
lícito, América,
cáustico, Émerson,
música...
Paroxítonas
tonicidade na
penúltima sílaba
presentes em
aproximadamente 80%
da Língua Portuguesa
cadeira, ligeiro, táxi,
Vítor, aparelho,
idéia...
Oxítonas
tonicidade na última
sílaba
presentes em
aproximadamente 15%
da Língua Portuguesa
rapaz, infeliz,
agradar, rapé, cipó,
comprá-la, recebê-lo
...
2.2 Regras
2.2.1 Das proparoxítonas – todas são acentuadas.
Médico, próximo, plêiade, místico, métrica, víbora, pirâmide...
2.2.2 Das paroxítonas – acentuam-se apenas as terminadas em ã, ãs, ão, ãos, ei, eis, i, is, om,
ons, um, uns, us, l, n, r, x, ps e ditongo crescente.
Órfã, ímãs, órgão, sótãos, jérsei, amáveis, táxi, biquínis, rádom, íon, prótons, álbum, fóruns,
vírus, nível, hífen, revólver, tórax, bíceps, farmácia...
2.2.3 Das oxítonas – acentuam-se apenas as terminadas em “a(s), e(s), o(s)”, abertos ou
fechados, e “em” e “ens” quando tiverem mais de uma sílaba.
Vatapá, sofás, comprá-la, recebê-lo, ipê, cafés, compô-lo, cipós, capôs, armazém, vinténs,
refém, parabéns...
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4
2.2.4 Dos monossílabos tônicos – acentuam-se os monossílabos tônicos finalizados em a(s), e(s)
e o(s).
Já, lá, vás, pé, pés, pó, pós, sê (verbo)...
Quadro de apoio para entender a acentuação das oxítonas e das paroxítonas.
terminações a(s), e(s), o(s), em, ens o resto
oxítonas SIM, são acentuadas NÃO são acentuadas
paroxítonas NÃO são acentuadas SIM, são acentuadas
2.2.5 Do i e do u – acentua-se o “i” e “u” quando esta vogal for tônica, precedida de vogal e
formar sílaba sozinha ou com “s”.
Saída, saíste, Ijuí, Tramandaí, Iraí, faísca, saúde, baú, jaús...
Observação: não são mais acentuadas, pelo Acordo Ortográfico de 2009, as palavras
que apresentarem ditongo decrescente antes do i e do u: feiura, baiuca, reiuno... As que
apresentam ditongo crescente continuam acentuadas: Guaíba, Guaíra...
2.2.6 Dos ditongos eu, ei e oi – acentua-se a primeira vogal dos ditongos “ei”, “eu” e “oi” quando
for tônica e aberta nas palavras oxítonas.
Véu, céu, réu, réus, mói (verbo), anzóis, bacharéis, caracóis...
Observação: pelo Acordo Ortográfico de 2009, as paroxítonas que apresentam EI e OI
tônicos não são mais acentuadas: jiboia, ideia, assembleia, Coreia, panaceia, claraboia,
boia...
2.2.7 Do acento diferencial – continuam sendo acentuadas para diferenciar de outras em Língua
Portuguesa. Observe o quadro abaixo:
Acentuam-se... ... para diferenciar de ...
pôr (verbo) por (preposição)
pôde (/ô/)(verbo poder na 3ª pessoa do singular
do pretérito perfeito)
pode (/ó/)(verbo poder na 3ª pessoa do singular
do presente do indicativo)
ter e vir (verbos) na 3ª pessoa do plural do
presente do indicativo (eles têm, eles vêm),
bem como seus derivados: entretêm,
intervêm...
ter e vir (verbos) na 3ª pessoa do singular do
presente do indicativo (ele tem, ele vem).
Observação: as demais palavras, como pólo, pélo, pélas, péla (verbos), côa, pêra... não
levam mais acento pelo Acordo Ortográfico. Devem, portanto, ser grafadas polo, pelo,
pelas, pela (verbos), côa, pêra.
3 ORTOGRAFIA
3.1 Emprego do H
3.1.1 A letra H etimológica aparece no início de inúmeras palavras, mas desaparece nas derivadas.
humanizadas desumanizadas habitável inabitável
harmonia desarmonia hábil inábil
honesto desonesto herdar deserdar
3.1.2 O H permanece nas palavras compostas ligadas por hífen.
anti-higiênico pré-histórico mal-humorado
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5
3.1.3 Como o H não tem valor fonético, isto é, não é pronunciado, seu emprego causa confusão.
Eis algumas palavras que causam dúvida:
ontem úmido ombro êxito ermo
hesitar hoje humilde herbívoro hediondo
3.1.4 Emprega-se, também, H nos dígrafos ch, nh, lh.
3.2 Emprego de G e J
3.2.1 Com som de j, emprega-se g somente antes das vogais e e i.
gente urgente girafa gengiva
3.2.2 Emprega-se j antes das vogais a, o e u.
jumento varejo juba sertanejo granja
3.2.3 Emprega-se, porém, j antes de e e i nas palavras derivadas de primitivos que já apresentam j
ou quando a origem assim o exigir.
primitivo derivado primitivo derivado
laranja
laranjeira, laranjinha,
larenjeirense
loja lojinha, lojista, lojeca
Observação – viajar (verbo)( que eu viaje, que eles viajem...), mas viagem.
Viagem, com G, é substantivo.
3.2.4 Emprega-se g na terminação –gem.
Garagem, fuligem, folhagem, regulagem, viagem (subst.)...
3.2.5 Emprega-se g nas terminações -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.
pedágio egrégio litígio relógio refúgio
3.3 Emprego de S
primitivo derivados
pretender pretensão, pretensioso(a), pretensiosamente ...
submergir submerso, submersível ...
divertir diverso, diversificar, diversamente ...
impelir impulsão, impulsivo, impulsionar ...
recorrer recurso, recursal, recursivo ...
sentir sensível, sensação, sensorial, sensitivo ...
Conclusão: se no final da raiz dos verbos houver nd, rg, rt, pel, corr e sent, deverá
aparecer S no final da raiz de todos os derivados.
3.4 Emprego de SS
primitivo derivados
agredir agressão, agressivo, agressor...
ceder cessão, cessar...
imprimir impressão, impresso, impressionar ...
admitir admissão, admissional...
percutir percussão, percussionista...
submeter Submisso, submissão...
Conclusão: se no final da raiz dos verbos houver gred, ced, prim, mit, cut e met, deverá
aparecer SS no final da raiz de todos os derivados.
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6
3.5 Emprego de Ç
3.5.1 Emprega-se ç nos derivados das palavras terminadas em to.
primitivo canto isento atento discreto
derivados
canção,
cancioneiro
isenção
atenção,
atencioso
discrição...
Observação: -ÇAO é terminação geral de substantivos derivados de verbos.
3.5.2 Emprega-se ç nos derivados do verbo ter e seus compostos.
derivados de ter deter conter reter
formam palavras detenção contenção retenção
3.5.3 Emprega-se ç nos vocábulos de origem árabe, tupi-guarani ou africana.
árabe tupi-guarani ou africana
açúcar, açucena, açafrão, muçulmano, açafate
...
araçá, Iguaçu, Juçara, miçanga, paçoca,
Paraguaçu, muçurana, caçula ...
Observação: não há SS nas palavras de origem tupi-guarani.
3.6 Emprego das terminações –EZ, -EZA e -ÊS, -ESA
timidez, altivez, beleza, pureza, estranheza,
nitidez, acidez...
português, portuguesa, francês, francesa,
holandês, holandesa ...
Conclusão
Os substantivos abstratos derivados de
adjetivos são escritos com –EZ ou –EZA.
Conclusão
Os adjetivos gentílicos derivados de
substantivos são escritos com –ÊS para
masculinos e –ESA para femininos.
Exemplos
Robusto - robustez
Exemplos
Inglaterra – inglês-inglesa
3.7 Emprego das terminações ISAR e IZAR
3.7.1 ISAR
primitivos derivados
análise, pesquisa, paralisia,
liso, improviso ...
analisar, pesquisar, paralisar,
alisar, improvisar ...
Conclusão: se na palavra primitiva houver S no final da raiz, o verbo será formado com
ISAR.
3.7.2 IZAR
primitivos derivados
canal, suave, indústria,
símbolo...
canalizar, suavizar, industrializar,
simbolizar ...
Conclusão: se na palavra primitiva não houver S no final da raiz, o verbo será formado
com IZAR.
Cuidado: catequese gera CATEQUIZAR, porque na raiz não há S (CATEQU).
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7
3.8 Emprego de X
Emprega-se x para representar os fonemas /xá/, /xé/, /xê/, /xi/, /xó/, /xô/ e /xu/ em palavras
de origem tupi,
africana ou
exótica
de origem
inglesa e
espanhola
depois de
ditongo
depois de en
depois da inicial
me
xavante, abacaxi,
muxoxo...
xampu, xelim,
xerez, lagartixa ...
caixa, feixe,
frouxo, peixe...
enxame, enxoval,
enxada...
mexer, mexicano,
mexilhão ...
3.9 Emprego de CH
Emprega-se CH em palavras de diversas outras origens.
Chave, cheirar, chumbo, chassi, chuchu, chiripá, mochila, salsicha, chope, checar,
sanduíche, azeviche...
3.10 Grafia do diminutivo plural de palavras terminadas em R, L e ÃO
Passos flor papel balão
1. pluralizar flores papéis balões
2. cortar o S flore papéi balõe
3. somar zinho(a) florezinha papeizinho balõezinho
4. repor o S FLOREZINHAS PAPEIZINHOS BALÕEZINHOS
4 EMPREGO DO HÍFEN
4.1 Normas para o emprego do hífen
4.1.1 Emprega-se hífen quando a falta deste sinal poderia resultar leitura incorreta ou falta de
clareza.
Exemplos
bem-aventurado para não se ler be-ma-vem-tu-ra-do
bem-me-quer
para não se juntarem dois m, ou, excluindo-se um, não se ler be-me-
quer
sobre-humano para não se ler so-breu-ma-no
ad-rogar para não se ler a-dro-gar
4.1.2 Em se tratando de palavras compostas que passam a ter um novo significado (isto é,
empregadas em sentido figurado).
Conseguiu juntar um bom pé-de-meia (com hífen, porque formou uma nova palavra, com diferença
semântica: não é nem pé, nem meia e significa economia, pecúlio).
Outros Exemplos
abaixo-assinado, redatores-chefes, porta-voz, alto-falante, sul-rio-grandense, amor-perfeito,
salário-mínimo, quarta-feira, arranha-céu, porto-alegrense, pé-de-moleque, mão-de-obra ...
Exceções
Girassol, passatempo, madressilva, vaivém, mandachuva, sanguessuga.
4.1.3 Prefixos que sempre exigem hífen.
Além, aquém, recém, sem
além-mar, aquém-reserva, recém-nascido,
sem-terras
bel, grã, grão bel-prazer, grã-fina, grão-mestre
vice, vizo, soto, sota vice-prefeito, vizo-rei, sota-capataz
ex (situação anterior) ex-diretor, ex-atleta, ex-marido
pós, pré, pró (quando acentuados) pós-cirúrgico, pré-escola, pró-reitoria
Observação
Os prefixos PRE, PRO e POS, quando não vierem acentuados, não exigirão hífen:
preestabelecido, proposta, posposto.
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MODIFICAÇÕES NO EMPREGO DO HÍFEN IMPOSTAS PELO ACORDO ORTOGRÁFICO
(DECRETO N. 6.583, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008)
Emprego do hífen com prefixos
Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem
Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal
 Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
 Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo
 Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
 Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado em consoante
 Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
 Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
 Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região,
sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen:
subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal:
circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se
inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição,
como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-
aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular,
pró-europeu.
5 GRAFIAS DOS PORQUÊS
5.1 Quadro geral do emprego dos porquês
Grafia Emprego Exemplos
por que
a) Em perguntas diretas e
indiretas.
b) Quando for substituível por
pelo qual e flexões.
a) Então por que não falas claramente?
Nem sei por que estou agindo assim.
b) Afinal chegou o dia por que tanto
esperei.
Por quê
Somente antes de ponto-e-
vírgula, dois-pontos ou no final
de frase, antes de ponto.
Você está feliz por quê?
Elas estão zangadas, mas não sabemos
por quê.
Porquê
Equivalente a motivo ou
indagação. Virá sempre
substantivado.
Não sei o porquê de teu entusiasmo.
Porque Introduz uma explicação, causa
ou conseqüência.
Apurem o passo, porque aí vem o
ônibus.
Só porque foi sem gravata, impediram-
no de entrar?
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9
6 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
6.1 Processos de Formação de Palavras
6.1.1 Derivação
Tipo de Derivação Consiste em Exemplos
a) Prefixal acrescentar prefixo a radical
infeliz, desleal, rever, inútil,
revisar, desfazer
b) Sufixal acrescentar sufixo a radical
maquinaria, livreiro,
bananada, alegrar
c) Prefixal e Sufixal acrescentar prefixo e sufixo
infelizmente, inutilizar,
inutilmente
d) Parassintética
acrescentar prefixo e sufixo
simultaneamente
descampado, enriquecer,
embarcar entardecer,
anoitecer
e) Regressiva
retirar elementos finais de
uma palavra, formando-se
outra
ataque (de atacar), disputa
(de disputar), dúvida (de
duvidar)
6.1.2 Composição
Tipo de Composição Consiste na Exemplos
a) Justaposição
união de palavras sem perda
de elementos individuais
pontapé, meio-fio, super-
homem, pé-de-moleque,
couve-flor...
b) Aglutinação
união de palavras com perda
de elementos individuais
petróleo, planalto,
pernilongo, fidalgo, vinagre...
6.2 Os Prefixos – Equivalências, diferenças e adaptações.
6.2.1 Alguns prefixos sofrem alteração na forma e mantêm o significado.
Imortal impermeável incômodo irregular
Conclusão: alguns prefixos se adaptam às palavras as que se somam sofrendo alguma
alteração em sua forma, mas mantendo o significado.
6.2.2 Alguns prefixos apresentam forma idêntica com significados diferentes.
infiltrar infalível
Significado de movimento para dentro Significado de negação
6.2.3 Alguns prefixos apresentam formas diferentes com significado idêntico.
Reprovar acéfalo imoral desnutrido
Em todos eles, o significado é de negação.
6.3 Os Sufixos
6.3.1 Sufixos diferentes na forma com igual significado.
-ante navegante, estudante, operante, praticante, tratante ...
-ente paciente, doente, cliente, gerente, presidente ...
-inte ouvinte, pedinte, teleouvinte ...
-unte transeunte
-ista analista, cientista, tenista, especialista, calçadista ...
-or professor, pintor, provedor, contador...
Nas palavras acima, os sufixos têm significado de ocupação, profissão.
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10
6.3.2 Os sufixos –or e –douro são parecidos, mas têm significados bem diferentes.
-or forma palavras que designam agente,
ocupação ou profissão
-douro forma palavras que designam lugar
destinado a certa atividade
exemplos: pintor,
provedor, professor, inspetor...
exemplos: logradouro,
matadouro, paradouro, ancoradouro...
-douro possui equivalência de sentido com –tério e –tório: cemitério, necrotério, crematório,
ambulatório, refeitório, dormitório...
6.3.3 Sufixos formadores de substantivos derivados de outros substantivos.
-ada -ado -agem -aria -eiro -ia
boiada doutorado folhagem livraria barbeiro advocacia
6.3.4 Sufixos formadores de substantivos derivados de adjetivos.
-dade -ez -eza -ia -ice -ície -ura
lealdade insensatez magreza alegria velhice calvície Doçura
6.3.5 Sufixos formadores de substantivos derivados de verbos.
-ança -ância -ante -ente -or
vingança tolerância estudante combatente jogador
-ção -são -tório -ura -mento
exportação extensão lavatório formatura ferimento
6.3.6 Sufixos formadores de adjetivos derivados de substantivos.
-ante -ente -inte -vel
tolerante resistente constituinte amável
-ivo -iço -douro -tório
pensativo quebradiço duradouro preparatório
6.3.7 Alguns sufixos nominais
-ismo realismo, subjetivismo, idealismo, Islamismo, Budismo ...
-ista realista, subjetivista, idealista, islamista, budista ...
6.3.8 Alguns sufixos verbais
-ear -ejar -icar -itar -izar -e(s)cer
folhear Gotejar bebericar saltitar utilizar
amanhecer,
florescer
6.3.9 Sufixos de valores aumentativo e diminutivo
Valor aumentativo Valor diminutivo
-ão paredão, salão ... -inho lapisinho, piresinho ...
-alhão dramalhão, medalhão ... -zinho cãozinho, pãozinho ...
-aço, -aça ricaço, barcaça ... -acho riacho ...
-eirão vozeirão, boqueirão ... -icha barbicha
-anzil corpanzil -ebre casebre
-arra bocarra -eco livreco ...
-ázio copázio -ejo lugarejo, vilarejo ...
-aréu fogaréu, povaréu ... -isco chuvisco, petisco ...
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6.4 Lista complementar de prefixos mais usados (latinos e gregos).
6.4.1 Latinos
PREFIXO SIGNIFICADO EXEMPLO
ab, abs, a afastamento, separação abstrair, aversão
ad aproximação adnominal
ambi duplicidade ambigüidade, ambidestro
ante anterioridade antepor, ante-sala
circum movimento em torno de circunferência
cis posição aquém cisalpino, cisplatino
com companhia, sociedade companheiro, conterrâneo
contra oposição contradizer, contrapor
de
a) movimento de cima para baixo
b) separação
decrescer
decapitar
des ação contrária desfazer, desobstruir
ex, e, es movimento para fora
expatriar, emigrar, estorno,
esvaziar, externar, expor
extra fora de, além de extra-oficial, extradição
in, im, i sentido contrário, negação injusto, impermeável, ilegal
infra posição inferior infra-assinado
intra posição interior intramuscular, intravenoso
inter, entre posição intermediária internacional, entreabrir
ob, o
a) posição em frente
b) oposição
objeto
opor
per
a) através de
b) intensidade
percorrer
perdurar
pos posição posterior postônica, pós graduação
pre anterioridade prever, pré-fabricado
re
a) movimento para trás
b) repetição
regredir,
refazer, reconstruir, rever
retro para trás retroceder, retroagir
semi metade semicírculo
sub inferioridade, abaixo submarino, submergir
Super, sobre
a) posição superior
b) excesso
supercílio
sobrecarga
supra posição superior supracitado
trans
a) além de
b) através de
transportar
transamazônica
6.4.2 Gregos
anfi duplicidade anfíbio
anti oposição antípoda, antiaéreo
arqui superioridade hierárquica arquiduque
di duplicidade dissílabo
dia através de diálogo
Ex, exo
a) movimento para fora
b) intensidade
êxodo
exógeno, exacerbar
endo movimento para dentro endocarpo
epi sobre, em cima epiderme
eu bondade, perfeição eugenia, eufonia
hemi metade hemisfério
hiper excesso hipérbole
hipo cavalo hipódromo
hipo posição inferior hipodérmico
hipo escassez hipotensão
mono singularidade monoteísmo, monogâmico
peri em torno de perímetro
poli multiplicidade polissílabo
pro
a) posição anterior
b) a favor de
c) movimento para a frente
próclise
pró-socialista
progresso
proto início, começo proto-história
sin (sim) simultaneidade sinfonia, simpatia
tele distância telégrafo
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7 CONCORDÂNCIA VERBAL
7.1 Regra Geral
O verbo deve concordar em número e pessoa com o sujeito a que se refere.
Pergunta para encontrar o sujeito: QUEM É QUE + VERBO?
Exemplo: De todos os seus pertences, restou um automóvel.
Quem é que restou? UM AUTOMÓVEL.
7.2 Casos Particulares
7.2.1 Verbos Impessoais
Haver – significando “existir” ou “ocorrer”.
Fazer – indicando tempo decorrido ou climático.
Indicativos de meteorologia – chover, nevar, trovejar, relampejar, amanhecer, entardecer,
anoitecer, esfriar, esquentar, neblinar...
Como funcionam: tais verbos não apresentam sujeito; portanto não flexionam, devendo
ficar sempre na terceira pessoa do singular.
Exemplos
Haverá reuniões de direção em breve. Houve manifestações contra a decisão.
Faz muitos anos. Ontem fez 30ºC. Fez dias frios no inverno passado.
Choveu dois dias seguidos. Amanheceu três dias sem sol.
Observação: se um verbo impessoal vier como principal numa locução verbal,
impessoalizará o auxiliar, que também ficará na terceira pessoa do singular. Exemplos:
Deve haver vagas sobrando. Poderá fazer dias quentes. Tem chovido três dias seguidos.
7.2.2. O verbo SER com datas e horas.
Regra: o verbo SER deverá concordar com o número da data e das horas.
Exemplos
Hoje é um de julho. Amanhã serão dois.
Agora são três horas. Daqui a pouco serão seis horas da tarde.
Observação: se for empregada a palavra DIA, o verbo concordará com ela, ficando no
singular: Hoje é dia 2 de outubro. Amanhã será dia 3.
7.2.3 Sujeitos representados por expressões partitivas.
Regra: na Língua Culta Padrão, o verbo concordará com o núcleo o sujeito; na linguagem
enfática, o verbo poderá ir para o plural.
Exemplos
A maioria dos deputados votou pela instalação da CPI. Ou A maioria dos deputados
votaram pela instalação da CPI.
Grande parte das mercadorias foi apreendida. Ou Grande parte das mercadorias foram
apreendidas.
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7.2.4 Sujeitos representados por expressões fracionárias.
Regra: o verbo concordará com o numerador.
Exemplos
Um terço dos manifestantes será encaminhado à Secretaria da Educação.
Dois terços dos automóveis furtados foram recuperados.
7.2.5 Sujeitos representados por expressões percentuais.
Regra: o verbo concordará com o número inteiro.
Exemplos
1,8% dos imóveis está livre de ônus naquele bairro.
2,5% da arrecadação serão destinados ao esporte amador.
7.2.6 Concordância com a voz passiva sintética.
Regra: VERBO TRANSITIVO DIRETO + SE + SUJEITO – se o verbo for transitivo direto e
vier acompanhado por SE, o termo seguinte será sujeito. Logo o verbo deverá concordar
com o sujeito.
Exemplos
Intimem-se as partes. Refaçam-se os cálculos. Expeçam-se os alvarás.
É preciso que se providenciem as credenciais.
Observação especial: se o verbo exigir preposição, ficará no singular:
Precisa-se de métodos convincentes para o desenvolvimento da indústria. Assiste-se a
cenas de destruição do patrimônio público.
7.2.7 Sujeitos ligados por OU.
Regra: o verbo poderá ir para o plural se a ação permitir que ambos os sujeitos a pratiquem;
caso contrário, o verbo ficará no singular.
Exemplos
A direção ou o conselho poderão representar o grupo econômico. A mãe ou a filha será a
presidente da empresa.
7.2.8 O caso do verbo PARECER funcionando como auxiliar.
Se o verbo PARECER vier como auxiliar numa locução verbal, poderá flexionar, ficando o
principal em forma nominal, ou poderá ficar no singular, e o principal flexionará.
As circunstâncias parecem colaborar com seus sonhos ou As circunstâncias parece
colaborarem com seus sonhos.
8 CONCORDÂNCIA NOMINAL
8.1 Regra Geral
Os artigos, os adjetivos, alguns pronomes e alguns numerais concordarão, em gênero e
número, com o substantivo a que se referirem.
Exemplos
As duas primeiras candidatas paulistas escolherão as cidades.
Nossas queridas irmãs foram sorteadas no certame.
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8.2 Definições Importantes
Adjetivo
Adjetivo é palavra variável que qualifica o substantivo.
Exemplos: bons homens; alunos competentes; livros extraordinários.
Advérbio
Advérbio é palavra invariável que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de
outro advérbio.
Exemplos: Não entendemos a questão. Estava muito abatido. Falava bem calmamente.
Questão Interessante
Mais e menos são palavras tradicionalmente classificadas como advérbios, já que modificam
o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio. Em qual dos casos abaixo mais ou
menos não pode ser classificado como advérbio, por não corresponder às características dessa
classe gramatical?
a) mais atraentes
b) mais elevados
c) mais seguro
d) menos esforço
e) menos arriscado
A resposta é “d”, porque MENOS, como adjetivo, está qualificando ESFORÇO, que é
substantivo. Nas demais alternativas, a palavra MAIS ou MENOS está funcionando como
advérbio, porque modifica o sentido de um adjetivo.
8.3 Casos Especiais
8.3.1 Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos.
Como funciona: o adjetivo concordará com o substantivo mais próximo; no caso de
seres humanos, o adjetivo concordará com todos.
Exemplos
Afiado estilete e bisturi foram encontrados no local da inspeção.
Feita a audiência e as tratativas de acordo, foi assinado o termo de audiência.
8.3.2 Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos.
Como funciona: o adjetivo poderá concordar com o substantivo mais próximo ou com
todos.
Exemplos
No porto, encontravam-se fragata e cruzador brasileiro/brasileiros.
Havia relógio e pulseira dourada/dourados no criado-mudo.
Cuidado! Se o adjetivo se referir a apenas um dos substantivo, pela sua natureza, apenas
com esse concordará. Exemplo: Lá estava um deputado federal e uma jovem grávida.
8.3.3 Muito, pouco, mais, menos, melhor, pior, bastante, só, meio e caro.
Como funcionam: serão adjetivos se vierem qualificando substantivos; serão advérbios
se vierem modificando o sentido de um adjetivo, verbo ou outro advérbio.
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Exemplos
Muito dinheiro estava envolvido. Elas pareciam muito entusiasmadas.
Havia bastantes motivos. Tudo estava bastante alterado.
Ficaram sós em casa. Só pensavam na tragédia que ocorreu.
Tomou meio copo d’água. Às vezes, parecia meio distraída.
Os móveis eram caros. Não pagaria caro por todas as mercadorias.
8.3.4 Mesmo, próprio, outro, quite, anexo, apenso, incluso e particípios.
Como funcionam: serão adjetivos.
Exemplos
Elas próprias entregaram os documentos à assessoria.
Depois da contabilidade, todos ficaram quites com os compromissos.
As pastas seguem anexas aos pacotes de mercadorias.
Observação: as expressões EM ANEXO e EM APENSO são invariáveis.
8.3.5 Alerta
Como funciona: será advérbio quando significar EM ESTADO DE ALERTA; será substantivo
se vier empregado no sentido de AVISO, COMUNICADO.
Exemplos
Depois do assalto à joalheria, todos os funcionários ficaram alerta.
Os escoteiros têm um lema: “Sempre alerta”.
A usina emitiu vários alertas durante a madrugada.
8.3.6 Bom, proibido, necessário.
Como funcionam: só flexionarão se o substantivo a que vierem qualificando estiver
especificado com artigo, pronome, numeral ou adjetivo; se o substantivo não vier
especificado, as expressões BOM, PROBIDO e NECESSÁRIO não flexionarão.
Exemplos
Saúde é bom durante toda a vida. Mas a saúde dela é boa.
Proibido permanência de veículos na entrada do prédio.
É necessária a condição de sócio para votar na assembléia.
8.3.7 Os nomes das cores
8.3.7.1 Cores simples
Como funcionam: as cores simples são formadas por uma palavra; só flexionarão as que
forem efetivamente adjetivos; os nomes de cores provindos de substantivos, não
flexionarão.
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Exemplos
Blusas vermelhas e calções amarelos. Camisetas rosa e calções cinza.
Ternos azuis. Paredes pêssego. Lenços roxos. Casacos areia.
Adjetivos: branco, bege, castanho, amarelo, vermelho, verde, azul marrom, bordô, roxo e
preto.
Substantivos usados como adjetivos: laranja, limão, uva, abacate, pêssego, violeta, rosa,
cinza, terra, areia, gelo, pastel ...
8.3.7.2 Cores compostas
Como funcionam: quando vier formada por dois adjetivos, flexionará apenas o segundo
elemento; se pelo menos um dos termos for substantivo, nenhum flexionará.
Exemplos
Trajava calças azul-escuras e blusas azul-claras.
Vimos dois automóveis verde-musgo e uma motocicleta amarelo-ouro.
Eram cinza-escuro os ternos escolhidos para a cerimônia.
Observação importante: azul-marinho e azul celeste são invariáveis.
9 REGÊNCIA VERBAL
9.1 Transitividade dos Verbos
Intransitivos Transitivos diretos Transitivos indiretos
Transitivos diretos
indiretos
Não exigem objeto,
pois possuem
sentido completo.
Exigem objeto direto
(dispensam o uso de
preposição).
Exigem objeto
indireto (exigem
preposição).
Exigem dois objetos:
um direto e um
indireto).
Nascer, viver,
bastar...
Olhar, ver, fazer... Gostar, necessitar...
Pagar, preferir,
perdoar...
9.2 Regência de alguns verbos de uso freqüente.
Implicar
VTD – acarretar
VTI – envolver-se
Estudar implica disciplina.
A jovem implicou-se em crimes.
Preferir VTDI – algo a algo Prefiro água a refrigerante.
Ir, voltar, chegar Exigem a preposição
A
Fui ao médico.
Voltaremos ao escritório.
Chegou a Porto Alegre há pouco.
Morar, residir, estar
situado
(residente, sito)
Exigem EM e flexões
Morava na Rua dos Andradas...
... residente e domiciliado na Praça da
Saudade...
9.3 Regência de alguns verbos com sentidos e regências diferentes.
Aspirar
VTD – Aspiramos poeira.
(=Inalamos)
VTI – Aspiras à aprovação? (=Desejas)
Assistir
VTD – O médico assistiu o paciente.
(=atendeu)
VTI – Assista à programação.
(=Veja)
Visar
VTD – Visou o documento.
(=Assinou, passou o visto)
VTI – Visamos ao conforto de todos.
(=Desejamos)
Proceder
VTI – Procedia de família humilde.
(=Era originária, vinha de)
VTI – Proceda ao leilão.
(=Faça, providencie)
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Observações sobre assistir e proceder
ASSISTIR também significa MORAR, RESIDIR, sendo VTI e exigindo EM. PROCEDER tem
outros dois significados: COMPORTAR-SE e TER CABIMENTO (em ambos os significados, é
intransitivo).
9.4 Regência de alguns verbos de uso freqüente na linguagem jurídico-administrativa.
Tais verbos são transitivos diretos indiretos e podem sofrer a mudança do objeto direto
pelo indireto e vice-versa. Há de se cuidar, porém, que haja dois objetos, um de cada
natureza.
Informar
Informe os alunos de que as
provas ocorrerão dia 15.
Informe aos alunos que as provas
ocorrerão dia 15.
Avisar
Avisei os participantes do horário
da chegada
Avisei aos participantes o horário da
chegada.
Notificar Notificaram o infrator da multa. Notificaram ao infrator a multa.
Cientificar
Cientifique o autor do prazo de
recurso.
Cientifique ao autor o prazo de recurso.
9.5 Regência de Esquecer e Lembrar.
Os verbos esquecer e lembrar podem ser transitivos diretos quando não acompanhados
de pronomes oblíquos átonos. E, quando acompanhados, funcionarão como transitivos
indiretos.
Esquecer
Os convidados esqueceram os
documentos.
Os convidados se esqueceram dos
documentos.
Lembrar Ela lembrou as datas. Ela se lembrou das datas
Funcionam de igual forma os verbos aproveitar e utilizar.
9.6 Regência de outros verbos de uso freqüente.
Pagar, perdoar, pedir
(exigem objeto direto e
indireto com preposição A)
Pagamos a conta ao armazém.
Perdoe a ofensa ao amigo.
Pediremos informações à secretaria.
Agradar (exige a
preposição A)
As notícias não agradaram ao convidado.
responder, obedecer
(exigem A)
Responda às questões.
Obedeça ao regulamento.
querer
VTD – desejar – Queremos paz.
VTI – querer bem, gostar – Queira bem aos seus irmãos.
custar
Custou-nos chegar aqui.
Custa-me entender o texto.
9.7 Emprego do O e do Lhe.
Objetos
Diretos em geral – o, os, a, as
Nós vimos a garota na porta do mercado.
Nós A vimos na porta do mercado.
Paguei a conta.
Paguei-A.
Indiretos humanos – lhe, lhes
Entreguei o pacote ao encarregado.
Entreguei-LHE o pacote.
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9.8 Emprego dos pronomes relativos precedidos ou não de preposição.
9.8.1 Que, quem, qual, onde.
Observe as seguintes frases.
Esta é a obra que o povo verá exposta no saguão do novo aeroporto.
Esta é a obra de que o governo federal tanto se orgulha.
Eis a ministra por quem todos nutrem grande admiração.
Na primeira frase, não ocorreu preposição antes do pronome relativo que, porque o verbo da oração
(ver) é transitivo direto.
Na segunda e terceira frases, os dois pronomes relativos (que na segunda e quem na terceira)
vieram precedidos de preposição, porque os verbos orgulhar-se e nutrir (admiração) são transitivos
indiretos (quem se orgulha se orgulha de e quem nutre admiração nutre admiração por).
9.8.2 Cujo
Observe as seguintes frases.
O governo cujo poder Cortês representava
A casa de cuja fachada gostamos muito está à venda.
Na primeira frase, não ocorreu preposição antes do pronome relativo cujo, porque o verbo
representar é transitivo direto. Já na segunda frase, o pronome cujo aparece precedido de preposição
de, porque o verbo gostar assim o exige.
10 COLOCAÇÃO PRONOMINAL
10.1 Quadro Geral dos Pronomes Oblíquos Átonos
Pronome me te se nos vos lhe(s) o(a)(s)
Pessoa 1ª sg. 2ª sg. 3ª
sg./pl.
1ª pl. 2ªpl. OI hum. OD em
geral
10.2 Colocações
10.2.1 Próclise ( pronome antes do verbo)
Ocorrerá próclise quando houver elementos de atração, de acordo com o quadro abaixo.
Elementos de atração Exemplos
advérbio não virgulado
Não SE constroem mais automóveis somente de
metal.
pronome relativo O menino que NOS orientou é guia-mirim.
pronome indefinido Ninguém TE ajudou quanto teu pai.
pronome interrogativo Quanto LHE custou o processo?
conjunção subordinativa Embora SE fizesse de vítima, era o algoz.
10.2.2 Mesóclise (pronome no meio do verbo)
Ocorrerá mesóclise com verbos no futuro do presente e do pretérito, se não houver razão para a
próclise.
Providenciar-SE-ão as credenciais em seguida. Expedir-SE-iam os alvarás se a
documentação estivesse atualizada. Entregar-ME-iam as provas se eu delatasse os
parceiros.
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10.2.3 Ênclise (pronome depois do verbo)
Ocorrerá ênclise no início de frase ou oração e nos demais casos em que não for possível a
próclise.
Entreguem-SE as certidões. Por favor, diga-ME onde fica tal rua. Atualmente, fabricam-
SE tênis até para crianças que ainda não caminham.
10.3 Nas locuções verbais, a colocação é, de regra, livre, considerando-se o costume da língua. É
preciso observar, porém, que o verbo principal na forma de particípio não aceita ênclise. Nos
demais casos, a colocação é livre. Observe:
Próclise ao auxiliar Os trabalhadores SE têm retirado mais cedo.
Ênclise ao auxiliar Os trabalhadores têm-SE retirado mais cedo.
Ênclise ao principal As candidatas vão apresentar-SE amanhã.
10.4 Acomodações dos pronomes oblíquos átonos aos verbos.
10.4.1 Verbos terminados em R, S e Z + o, os, a, as
Cortam-se R, S e Z finais e se soma L aos pronomes: fazer+as = fazê-las;
comprometer+os = comprometê-los; mandamos+as = mandamo-las; fiz+os = fi-los...
10.4.2 Verbos terminados em M e ÕE + o, os, a, as
Acrescenta-se N aos pronomes: demitiram+o = demitiram-no; põe+as = põe-nas.
10.4.3 Verbos terminados em MOS + nos
Corta-se o S final do verbo: demoramos+os = demoramo-nos.
11 EMPREGO DA CRASE
11.1 Estrutura da Crase
Verbo ou nome que exige
preposição a
à palavra feminina
Atenderemos à população carente.
Estava apto à direção do setor.
Tinha tendência à embriaguez.
Passou rente à parede da casa.
11.2 Crase Proibida
Não existe crase antes de Exemplos
1. palavra masculina O sol estava a pino. Viajou a trabalho.
2. verbo Começará a chover em breve.
3. expressão de tratamento Enviaremos ofício a Vossa Excelência.
4. pronome indefinido Isso não interessa a ninguém.
5. pronome pessoal Referiu-se a mim, a ti e a ela.
6. pronome demonstrativo Remeta a carta a essa empresa.
7. “uma” Dirigiu-se a uma farmácia daquela rua.
8. no a singular antes de palavra no
plural
Fez críticas a pessoas ligadas ao setor.
9. entre palavras repetidas Ficaram cara a cara, frente a frente.
10. depois de preposição A aula foi adiada para as 16h.
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Entenda por quê: nos casos 1 a 9, o a que aparece nos exemplos é apenas preposição; não há
crase nesses casos, porque não existe o segundo a, que é o artigo. No caso 10, porém, o a que
aparece no exemplo é artigo; nesse último caso também não há crase, porque falta o primeiro a,
que é preposição.
11.3 Pode Haver Crase
Caso Quando Exemplos
antes de indicações horárias
Somente em hora
determinada.
Iniciaremos os debates às
15h e encerraremos às
18h30min.
antes de nome próprio
feminino
Opcionalmente.
Faremos homenagem à
Marcela/a Marcela.
antes de QUE e DE
Se houver palavra feminina
subentendida entre o A e o
QUE ou DE.
Sua lealdade é semelhante à
de seu pai.
antes de nome de localidade
Somente nas localidades
femininas.
Foi à Bahia e a Santa
Catarina.
antes de nome de localidade
especificada
Sempre.
Foi à Santa Catarina das
belas praias.
antes de QUAL e flexão
Se A QUAL puder ser
substituído por AO QUAL no
masculino.
A cerimônia à qual
comparecemos terminou
cedo. (O evento ao qual
comparecemos...)
antes de pronomes
possessivos femininos
Opcionalmente, se o A e o
possessivo vierem no
singular; obrigatoriamente,
se ambos vierem no plural.
Enviaram brindes à/a sua
matriz e às suas filiais.
no a inicial dos
demonstrativos AQUILO,
AQUELE(A)(S)
Se forem substituíveis por A
ISSO, A ESSE(A) (s).
O jornal referiu-se àquele
senador. (... a esse...)
antes das palavras moda ou
maneira, mesmo
subentendidas
Sempre.
Bife à milanesa.
Namoravam à antiga.
nas locuções adverbiais
femininas
Sempre.
Fazia tudo às claras. Viajou
às custas do pai.
Antes das palavras casa,
terra, altura e distância
Somente se vierem
especificadas.
Fui a casa.
Fui à casa de amigos.
Comportou-se a altura.
Comportou-se à altura de um
diplomata.
em expressões como à vista
e outras
Opcionalmente.
Vendeu a/à vista.
A polícia foi recebida a/à bala.
depois da preposição até Opcionalmente. Foram até as/às margens.
12 CONJUGAÇÃO VERBAL
12.1 Noções Básicas
12.1.1 Modo Verbal
Modo verbal é a visão psicológica em que se coloca a ação verbal.
12.1.2 Tempo Verbal
Tempo verbal é a situação cronológica em que se instala a ação verbal.
12.1.3 Pessoa Verbal
Pessoa verbal é o agente da ação verbal.
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12.1.3.1 As pessoas verbais
singular plural
1ª – eu 1ª – nós
2ª – tu 2ª – vós
3ª – ele(a) 3ª – eles (as)
12.1.4 Terminações Verbais
ordem terminação exemplos
1ª - ar andar, amar, estar, caminhar...
2ª - er receber, ter, dizer, fazer...
3ª - ir dormir, referir, induzir, ferir...
12.1.4.1. A terminação -OR
Pertence ao verbo PÔR e seus derivados (COMPOR, REPOR, OPOR...)
12.1.5 Formas Nominais
forma terminação exemplos
infinitivo -r andar, viver, sorrir...
gerúndio -ndo andando, vivendo, sorrindo...
particípio -ado,-ido andado, vivido, sorrido...
12.1.5.1 Observação sobre os particípios irregulares.
algumas terminações exemplos
-RTO, -STO, -ITO ... aberto, posto, feito...
12.1.5.2 Observação sobre o verbo VIR.
O verbo VIR possui forma única para particípio e gerúndio: VINDO.
Observe os exemplos:
particípio: Elas têm VINDO diariamente a esta biblioteca.
Troca-se por: Elas têm ESTUDADO diariamente nesta biblioteca.
gerúndio: Elas estão VINDO no mesmo avião.
Troca-se por:Elas estão VIAJANDO no mesmo avião.
12.2 Quadro Geral dos Tempos e Modos
Indicativo
Indicativo é o modo pelo qual se expressa ação certa e incondicional.
pessoa
verbal
presente pretérito perfeito pretérito imperfeito
eu trabalho trabalhei trabalhava
tu trabalhas trabalhaste trabalhavas
ele(a) trabalha trabalhou trabalhava
nós trabalhamos trabalhamos trabalhávamos
vós trabalhais trabalhastes trabalháveis
eles (as) trabalham trabalharam trabalhavam
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pessoa
verbal
pretérito mais-que-
perfeito
futuro do presente futuro do pretérito
eu trabalhara trabalharei trabalharia
tu trabalharas trabalharás trabalharias
ele(a) trabalhara trabalhará trabalharia
nós trabalháramos trabalharemos trabalharíamos
vós trabalháreis trabalhareis trabalharíeis
eles(as) trabalharam trabalharão trabalhariam
Subjuntivo
Subjuntivo é o modo pelo qual se expressa ação condicionada.
pessoa
verbal
presente pretérito imperfeito futuro
eu trabalhe trabalhasse trabalhar
tu trabalhes trabalhasses trabalhares
ele(a) trabalhe trabalhasse trabalhar
nós trabalhemos trabalhássemos trabalharmos
vós trabalheis trabalhásseis trabalhardes
eles (as) trabalhem trabalhassem trabalharem
12.2.1 Formação do futuro do subjuntivo
Tempo primitivo Tempo derivado
PRETÉRITO
PERFEITO DO
INDICATIVO
FUTURO DO
SUBJUNTIVO
3ª pessoa do plural 1ª pessoa do singular
foram, vieram,
voltaram, viram,
andaram...
subtrai-se am
quando eu
For, vier, voltar, vir,
andar...
Imperativo
Imperativo é o modo pelo qual se expressa ordem ou solicitação.
pessoa verbal afirmativo negativo
2ª do singular trabalha tu Não trabalhes tu
3ª do singular trabalhe você Não trabalhe você
1ª do plural trabalhemos nós Não trabalhemos nós
2ª do plural trabalhai vós Não trabalheis vós
3ª do plural trabalhem vocês Não trabalhem vocês
12.2.2 Formação do Imperativo
Presente do
indicativo
Imperativo
Afirmativo
Presente do
Subjuntivo
Imperativo Negativo
trabalho trabalhe
trabalhas trabalha tu trabalhes Não trabalhes tu
trabalha trabalhe você trabalhe Não trabalhe você
trabalhamos trabalhemos nós trabalhemos Não trabalhemos nós
trabalhais trabalhai vós trabalheis Não trabalheis vós
trabalham trabalhem vocês trabalhem Não trabalhem vocês
Observação: a passagem do presente do indicativo para o imperativo afirmativo, nas pessoas tu
e vós, sofrerá o corte do S final.
Por exemplo: tu andas anda tu
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12.2.2.1 Formação prática do imperativo em VOCÊ e TU.
afirmativo negativo
você Pres. do subj. Pres. do subj.
tu Pres. do ind. (menos S) Pres. do subj.
você Vá e volte logo; não se demore.
tu Vai e volta logo; não te demores.
12.3 Verbos terminados em EAR.
formas rizotônicas formas arrizotônicas
são as que apresentam tonicidade na raiz do
verbo
são as que apresentam tonicidade fora da
raiz do verbo
eu freio nós freamos
tu freias vós freais
ele(a) freia
eles(as) freiam
Exemplos: granjear, cear, alhear, abigear, folhear, frear...
12.4 Verbos terminados em IAR.
formas rizotônicas formas arrizotônicas
eu avalio nós avaliamos
tu avalias Vós avaliais
ele(a) avalia
eles(as) avaliam
Exemplos: afiar, desafiar, ampliar, aviar, desfiar, avaliar, premiar ...
12.5 Os verbos da turminha do MÁRIO – Mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar.
formas rizotônicas formas arrizotônicas
funcionam como as formas verbais
terminadas em EAR
funcionam como as formas verbais
terminadas em IAR
eu medeio, anseio, remedeio... nós mediamos, ansiamos, remediamos
tu medeias vós mediais
ele(a) medeia
eles(as) medeiam
12.6 Verbos Derivados
O que são? São verbos formados pela soma de prefixos a verbos primitivos. Exemplos:
rever, impor, recompor...
12.6.1 Como funcionam?
Devem ser conjugados como os primitivos.
prefixos
presente do
indicativo
pretérito perfeito futuro do subjuntivo
RE- ponho pus puser
DE- pões puseste puseres
COM- põe pôs puser
SU- pomos pusemos pusermos
INTER- pondes pusestes puserdes
IM- põem puseram puserem
Conclusão: bastará conjugar o verbo na sua forma primitiva e somar o prefixo para obter
o derivado.
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12.6.1.1 Exceções à regra.
prover requerer
Significa sustentar, administrar. Não se conjuga
como o primitivo VER.
Significa solicitar direito que se tem ou se supõe
ter. Não se conjuga como o primitivo QUERER.
ver (primitivo) prover (derivado) querer (primitivo) requerer (derivado)
Pretérito perfeito
Pretérito
perfeito
Pretérito
perfeito
Pretérito perfeito
eu vi eu provi eu quis eu requeri
tu viste tu proveste tu quiseste tu requereste
ele(a) viu ele(a) proveu ele(a) quis ele(a) requereu
nós vimos nós provemos nós quisemos nós requeremos
vós vistes vós provestes vós quisestes vós requerestes
eles(as) viram eles(as) proveram eles(as) quiseram eles(as)requereram
12.7 Reaver – um verbo especial.
O que significa e como funciona?
Reaver significa recuperar, resgatar. É derivado de HAVER e só poderá ser conjugado nas
pessoas, tempos e modos em que o verbo HAVER apresentar a letra V.
Exemplos
haver reaver haver reaver haver reaver
presente do
indicativo
presente do
indicativo
presente do
subjuntivo
presente do
subjuntivo
pretérito
perfeito
pretérito
perfeito
hei - haja - houve reouve
hás - hajas - houveste reouveste
há - haja - houve reouve
havemos reavemos hajamos - houvemos reouvemos
haveis reaveis hajais - houvestes reouvestes
hão - hajam - houveram reouveram
12.8 Verbos abundantes.
O que são? São os que possuem duas formas válidas de particípio.
Exemplos: imprimido/impresso; salvado/salvo...
Como funcionam? De acordo com o verbo auxiliar (veja quadro abaixo)
verbo auxiliar forma do particípio
TER ou HAVER regular (-ado - -ido)
SER ou ESTAR irregular
Exemplos
As crianças tinham salvado os dois cães do sacrifício.
Os dois cães foram salvos do sacrifício.
Atenção para os seguintes verbos:
Os verbos ...
... apresentam os seguintes particípios na
forma culta
ganhar ganho
pagar pago
gastar gasto
abrir aberto
escrever escrito
pegar pegado
chegar chegado
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13 VOZES VERBAIS
Vozes são a forma em que se apresenta o verbo para indicar a relação que há entre ele e
o seu sujeito.
13.1 Processo de Apassivamento e Retorno à Voz ativa
Funções da ativa... ... transformam-se na passiva em
sujeito agente da passiva
verbo particípio, recebendo um verbo SER auxiliar
objeto sujeito da passiva
Exemplo
Um vento súbito destelhou centenas de casas no litoral catarinense.
Centenas de casas no litoral catarinense foram destelhadas por um vento súbito.
13.2 Processo de Passagem da Analítica Para a Sintética
a) O particípio assume a forma do verbo ser auxiliar e recebe a partícula se.
b) O verbo ser auxiliar desaparece.
Exemplo
Os automóveis daquela empresa foram vendidos.
Venderam-se os automóveis daquela empresa.
14 DISCURSO DIRETO E INDIRETO
Discursos são as modalidades da fala.
14.1 Quadro Técnico de Transposição do Discurso Direto para o Indireto
Discurso Direto Discurso Indireto
pronomes eu, me, mim, comigo, nós, nos,
conosco
ele, ela, se, o, a, lhe, si, consigo, eles, elas,
os, as, lhes
presente do indicativo pretérito imperfeito do indicativo
pretérito perfeito do indicativo pretérito mais-que-perfeito do indicativo
futuro do presente do indicativo futuro do pretérito do indicativo
presente do subjuntivo
futuro do subjuntivo
imperativo
pretérito imperfeito do subjuntivo
este, esta, isto aquele, aquela, aquilo
aqui, cá ali, lá
agora, hoje naquela ocasião, naquele dia, etc.
14.2 Quadro de Exemplos de Transposição do Discurso Direto para o Indireto
Discurso Direto Discurso Indireto
1. A inspetora disse-lhe:
“Eu o conheço”.
A inspetora disse-lhe que ela o conhecia.
2. Apontou para o prédio e falou:
“Isto aqui é uma construção forte”.
Apontou para o prédio e falou que aquilo ali
(ou lá) era uma construção forte.
3. Lauro lançou-lhe um olhar severo,
pedindo:
“Pare com essas brincadeiras”.
Lauro lançou-lhe um olhar severo, pedindo
que parasse com aquelas brincadeiras.
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15 COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
15.1 Processo de Coordenação
oração coordenada assindética nexo oração coordenada sindética ...
Os textos ficaram prontos, mas ainda não foram revisados.
15.2 Quadro Geral das Conjunções Coordenativas
CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÕES RELAÇÃO DE IDÉIA
aditivas e, nem adição
adversativas
mas, porém, todavia,
contudo, no entanto,
entretanto, não obstante
oposição
alternativas
ou, ou ... ou, ora ... ora, nem
... nem, seja ... seja, quer ...
quer
alternância
conclusivas
logo, portanto, por isso, por
consequência, por
conseguinte,
consequentemente,
conseguintemente
conclusão
explicativas pois, porque explicação
Observe as seguintes frases:
As condições de trabalho eram adequadas. O salário era muito bom.
As condições de trabalho eram adequadas, e o salário era muito bom.
oração coordenada assindética nexo
oração coordenada sindética
aditiva
As condições de trabalho eram adequadas. O salário era muito baixo.
As condições de trabalho eram adequadas, mas o salário era muito baixo.
oração coordenada assindética
nexo oração coordenada sindética
adversativa
Não fique preocupado. Tudo dará certo.
Não fique preocupado, porque tudo dará certo
oração coordenada assindética nexo
oração coordenada sindética
explicativa
15.2 Processos de Subordinação
oração principal nexo oração subordinada
Gostava de brincar com crianças embora não quisesse ter filhos.
nexo oração subordinada oração principal
Embora gostasse de brincar com crianças, nunca quis ter filhos.
oração... nexo oração subordinada ...principal
As árvores,
ainda que tivessem sido podadas,
apresentavam copas
exuberantes.
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15.3 Quadro Geral das Conjunções Subordinativas
CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÕES RELAÇÃO DE IDÉIA
condicionais
se, contanto que, desde que,
caso
condição
concessivas
embora, ainda que, mesmo
que, em que pese,
conquanto, posto que
oposição
conformativas
conforme, segundo,
consoante
conformidade
comparativas
como, tal como, tanto como,
tal qual, tanto quanto
comparação
consecutivas tão, tal, tamanho, tanto ... que conseqüência
causais
porque, porquanto, já que,
visto que, uma vez que, haja
vista que
causa
proporcionais
à proporção que, à medida
que, ao passo que
proporcionalidade
temporais quando, enquanto tempo
finais para, a fim de, a fim de que finalidade
Observe as seguintes frases.
Nós fomos chamados quando a situação se complicou.
oração principal nexo oração subordinada adverbial temporal
Ele nos visitará amanhã se lhe derem folga.
oração principal nexo or. sub. adverbial condicional
Se tudo correr bem,
os resultados da apuração serão
conhecidos ainda hoje.
nexo or. sub. adv. condicional oração principal
Os meninos, quando foram interrogados, denunciaram o malfeitor.
oração... nexo or. sub. adv. temporal ... principal
15.3.1 Os nexos polissêmicos
Há muitas palavras em Língua Portuguesa que apresentam polissemia, isto é, podem ser
empregadas com sentidos diferentes. Tudo, na verdade, depende do contexto. Entre os nexos,
existem dois polissêmicos:
15.3.1.1 O nexo COMO pode ser
causal
= porque e no
início da oração
A raposa, como não pôde alcançar as uvas,
desdenhou o pomar.
conformativo
= conforme ou
segundo
As tabelas de frete serão mantidas como determinou
o setor de transporte.
comparativo = tal qual Gritava e gesticulava como se fosse louca.
15.3.1.2 O nexo DESDE QUE pode ser
condicional = se/caso Retornaria à festa desde que lhe dessem carona.
temporal = desde quando
Todos ficaram aguardando o reaparecimento do
ator desde que ele saiu de cena.
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16 TERMOS DA ORAÇÃO
16.1 Quadro Geral dos Termos da Oração
Essenciais Integrantes Acessórios
 Sujeito
 Predicado
 Objeto Direto
 Objeto Indireto
 Complemento Nominal
 Predicativo
 Agente da Passiva
 Aposto
 Vocativo
 Adjunto Adverbial
 Adjunto Adnominal
É preciso observar, portanto, que os termos da oração nada mais são do que as funções sintáticas que
as palavras e expressões exercem dentro da oração.
16.1.1 Essenciais
16.1.1.1 Sujeito é o agente da ação verbal
Busca-se o sujeito por meio da pergunta: QUEM É QUE + VERBO?
16.1.1.1.2 Classificação do Sujeito
Simples – é formado por um núcleo.
As últimas encomendas chegaram ao Brasil em agosto.
O núcleo é encomendas.
Composto – é formado por dois ou mais núcleos.
África e Ásia são continentes exóticos para a nossa cultura.
Os núcleos são África e Ásia.
Desinencial – é indicado pela desinência de pessoa presente no verbo.
Fomos felizes. Estás satisfeito com os resultados?
Na primeira frase, a desinência –mos permite identificar o sujeito nós; na segunda, a desinência –s
permite identificar o sujeito tu.
Indeterminado – apresenta-se pelas seguintes estruturas:
a) verbo na 3ª pessoa do plural – Furaram o cerco da polícia.
b) verbo intransitivo + se – Vive-se bem em algumas cidades daquele país.
c) Verbo transitivo indireto + se – Precisa-se de atendentes.
Inexistente – diz-se quando a oração apresenta verbo impessoal
Faz muitos anos que chove na Páscoa.
Haverá dissidências em breve.
16.1.1.2 Predicado é tudo o que se diz do sujeito
Retirando-se o sujeito, o que sobra na oração é o predicado.
16.1.1.3 Classificação do Predicado
Verbal – formado por verbo intransitivo ou transitivo.
As procuradoras do réu apresentaram procurações hoje.
Seu núcleo é o próprio verbo.
Nominal – formado por verbo de ligação.
Todos pareciam muito entusiasmados naquela ocasião.
Seu núcleo será um nome (adjetivo ou advérbio).
Verbo-Nominal – formado por dois núcleos – verbal e nominal.
As atletas chegaram muito cansadas ao hotel.
Os núcleos são chegaram e cansadas.
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16.1.2 Integrantes
16.1.2.1 Objeto direto é a palavra ou expressão que integra o sentido de um verbo transitivo direto.
Todos pretendiam ver a jovem modelo.
Queres uma taça de champanha?
16.1.2.2 Objeto indireto é a palavra ou expressão que integra o sentido de um verbo transitivo
indireto.
Gosta imensamente de pintura impressionista.
Aspirava ao progresso da vila de que era fundador.
16.1.2.3 Complemento nominal é a palavra ou expressão que integra o sentido de um nome
(substantivo, adjetivo e advérbio) de sentido incompleto.
Saudade de casa – contente com os fatos novos – rente à casa verde
A fixação da multa será decidida por uma comissão de condôminos.
Era ávido por notícias da Itália.
A escola ficava perto da delegacia.
16.1.2.4 Predicativo é o termo ou expressão que se associa ao verbo de ligação, integrando-lhe
sentido.
As senhoras pareciam confusas e revoltadas com o descaso do porteiro.
16.1.2.4.1 Classificação do Predicativo
Do sujeito – Animais de estimação estavam sendo vacinados.
O predicativo qualifica o sujeito (animais).
Do objeto – Vimos animais sendo vacinados ontem.
O predicativo qualifica o objeto (animais).
16.1.2.5 Agente da passiva é o termo que corresponde, na ativa, ao sujeito.
A conta pública sempre será paga pelo povo.
(Na ativa: O povo sempre pagará a conta pública.)
Duas das cartas encontradas foram escritas pelo dono do hotel.
(Na ativa: O dono do hotel escreveu duas das cartas encontradas.)
16.1.3 Acessórios
16.1.3.1 Aposto é a palavra ou expressão que qualifica alguém ou algo.
Roberto Rodrigues, médico legista, fará palestra sobre morte súbita.
16.1.3.2 Vocativo é a palavra ou expressão empregada para se dirigir a alguém ou algo.
Preste atenção, meu amigo, às notícias que estão sendo veiculadas.
16.1.3.3 Adjunto adverbial é palavra ou expressão empregada para revelar ou esclarecer uma
circunstância de tempo, lugar, modo...
As denúncias, na atualidade, chegam às raias da banalidade.
Naquele rancho à beira da estrada, morava um casal de agricultores.
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16.1.3.4 Adjunto adnominal é a palavra ou expressão que se une ao nome, como artigo, numeral,
adjetivo...
Motorista de táxi – chapéu de palha – anel de ouro – cadeira de vime
As duas primeiras candidatas escolherão a cidade onde trabalharão.
17 PONTUAÇÃO
17.1 Casos de Vírgula I
A vírgula é empregada para
a) separar elementos de igual
função sintática
Os pais, os alunos, os professores e a comunidade
reconstruirão o ginásio de esportes.
b) separar orações coordenadas
(exceto iniciadas por E)
Fizemos o que era possível, mas não conseguimos salvar
as cópias do contrato.
c) marcar a supressão
intencional do verbo
Ela é uma lutadora; seu filho, um exemplo.
17.1.1 O Caso da Vírgula Antes do E
unindo sujeitos iguais = sem
vírgula
As pessoas investem em educação e ampliam seus
horizontes culturais.
unindo sujeitos diferentes =
com vírgula
As pessoas investem em cultura, e a sociedade ganha em
qualificação.
17.2 Casos de Vírgula II
A vírgula é empregada para
a) isolar o aposto O vizinho, um aposentado de 70 anos, era o guardião da rua.
b) isolar o vocativo Por piedade, Genésio, deixe essa criança brincar agora.
c) isolar adjunto adverbial
deslocado¹
As lunetas, àquela hora da noite, já não se prestavam a
enxergar janelas indiscretas.
d) isolar oração subordinada
adverbial deslocada
Tales, quando comprava o jornal, lia as notícias para todos
da família.
e) isolar predicativo deslocado Nervosa, a senhora pediu licença para deixar o hospital.
f) isolar conjunção adversativa
e conclusiva deslocada
Naquela época, era interessante saber dos fatos pelos
colegas; hoje, porém, sabe-se de tudo pelos meios de
comunicação.
g) isolar oração adjetiva
explicativa²
As crianças, que estão em formação, merecem amparo.
Observação¹ - o isolamento do adjunto adverbial deslocado é opcional, mas aconselhável.
Observação² - as orações subordinadas adjetivas restritivas não levam vírgulas: As crianças
que sofrem de algum mal merecem cuidados especiais.
Equivalências entre sinais de pontuação
Nos casos de isolamento, as vírgulas podem ser substituídas por travessões ou por
parênteses, sem que isso cause alteração no sentido do texto.
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17.3 Casos de Dois-Pontos
O dois-pontos é empregado para introduzir
a) citação A depoente afirmou: “Meu filho não retornou para casa”.
b) aposto
Todos nos passaram uma segurança: que não haveria aumento de
impostos.
c) explicação Ela o expulsou da reunião: ele estava insuportável.
d) enumeração Traga da feira os seguinte: feijão, linguiça, farinha e charque.
Equivalência entre sinais de pontuação
O dois-pontos pode ser substituído, em qualquer dos casos, por travessão.
17.4 Casos de Ponto-e-Vírgula
O ponto-e-vírgula é empregado para
a) separar orações coordenadas
de sentidos opostos sem conetivo
Para alguns, liberdade é um direito; para outros, um
sonho.
b) separar orações coordenadas
adversativas e conclusivas de
conetivo deslocado
Nós viajaremos ainda hoje; alguns, porém, só seguirão
amanhã.
18 SEMÂNTICA E SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
18.1 Semântica é a parte da Gramática que trata da significação das palavras e expressões.
Em NOITE – MORTE – DIA – SOL – CHUVA – RISO – CHORO – INÍCIO – FIM, há relações de
sinonímia e antonímia, mas, sem dúvida, tais palavras podem ser agrupadas em grupos
semânticos.
Por exemplo: semanticamente, podem-se agrupar as palavras NOITE e DIA como
antônimas, assim como se pode relacionar SOL e CHUVA. Mas também é possível
relacionar CHORO e MORTE como conseqüentes.
18.1.1 Sinonímia
Parte da gramática que se ocupa de termos que têm igual significado: CRIANÇA e INFANTE,
por exemplo. Mas é preciso observar que a sinonímia pode ocorrer entre termos diferentes,
mas contextualmente próximos ou equivalentes.
18.1.2 Antonímia
Parte da gramática que se ocupa de termos de significados contrários, como, por exemplo,
MORTE e VIDA. Mas é preciso observar que a antonímia pode ocorrer entre termos
diferentes, mas contextualmente opostos.
18.1.3 Homonímia
Do Grego homòs (igual) + onma (nome), homônimos são palavras idênticas na grafia e na
pronúncia, distinguindo-se apenas na semântica. Por exemplo:
são
1. sadio (latim = sanus)
2. santo (latim = sanctus)
3. verbo ser (latim = sunt)
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18.1.4 Paronímia
São vocábulos que apresentam semelhança na grafia e/ou na pronúncia. Por exemplo:
discriminar = diferenciar
descriminar = inocentar
18.1.4.1 Lista de Alguns Parônimos Mais Empregados
Palavra Significado Palavra Significado
acender atear fogo cesta balaio
ascender elevar-se sexta numeral
acento sinal gráfico concertar harmonizar
assento banco consertar remendar, reparar
acerto precisão espectador assistente
asserto afirmação expectador
quem está na
expectativa
apreçar arcar o preço esperto astuto
apressar acelerar experto perito
área superfície expiar
pagar com
sofrimento; reparar
falta
ária cantiga esterno
nome de um osso do
peito (anatomia
humana)
arrear pôr arreios externo que está por fora
arriar baixar estrato tipo de nuvem
arrochar apertar extrato perfume; resumo
arroxar tornar roxo era época
caçar apanhar, perseguir hera planta
cassar invalidar, destituir incerto duvidoso
carear confrontar, acarear inserto introduzido
cariar criar cárie incipiente principiante
cegar privar da visão insipiente ignorante
segar ceifar laço nó
cela cubículo lasso frouxo, cansado
sela arreio maça clava
censo recenseamento massa mistura com farinha
senso juízo paço palácio
cerrar fechar passo ato de avançar o pé
serrar cortar peão serviçal de estância
cessão ato de ceder pião brinquedo
seção (secção) parte, setor tacha prego
sessão reunião taxa imposto
cheque ordem de pagamento vós pronome pessoal
xeque
lance de xadrez;
chefe de tribo oriental
voz som da laringe
19 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
19.1 Por que interpretar textos?
Modernamente, os concursos públicos em geral têm submetido os candidatos a testes de
compreensão de leitura, apresentando propostas que põem à prova a atenção e o raciocínio. Para tanto,
quem se submete a interpretar textos, seja para responder a questões de concursos, seja pela atividade
profissional que exerce, precisa entender os mecanismos dos textos.
19.2 Tipos de Testes
As bancas dos concursos públicos têm renovado e aperfeiçoado o antigo modelo do texto com
enunciado e cinco alternativas. A partir disso, é possível verificar a sistemática em que são propostas as
questões e examiná-las à luz das ocorrências mais modernas.
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19.3 Tipos de Enunciados
O exame dos enunciados apresentados nos últimos anos em concursos públicos garante ao
respondente situar-se de modo mais objetivo e seguro em relação ao que se solicita a partir dos textos.
Assim, são comuns alguns tipos de enunciados como os que passam a ser estudados.
19.3.1 Compreensão Exclusiva do Texto
O mais comum dos enunciados é o que propõe ao respondente assinalar a alternativa que retrata o que o
texto traz de modo geral. Via de regra, tais enunciados aparecem assim:
De acordo com o texto
Conforme o texto
Para responder a esse tipo de enunciado, é importante que se tenha presente o fato de que a banca
solicita indicação de alternativa que contenha apenas idéia presente no texto, sem extrapolação.
19.3.2 Compreensão Além do Texto
É fundamental considerar, também, o tipo de enunciado que, por sua redação, leva o candidato a
compreender interpretações não presentes no texto, mas autorizadas pelo texto. Via de regra, tais
enunciados aparecem assim:
A partir do texto
Com base no texto, é possível afirmar que
Portanto são notáveis as duas formas de solicitar compreensão de leitura com base em questões
objetivas. Outras formas de pedir existem, como, por exemplo, a solicitação de interpretação de parte do
texto, com base em um ou em alguns parágrafos, ou, também, indagar-se do respondente sobre a idéia
central do texto. A isso se chama inferência.
19.4 Tipos de Deformações
Para realizar uma questão objetiva sobre compreensão de texto, o examinador lança mão de cinco
alternativas, cada qual contendo uma visão diferenciada do assunto. Se a questão busca a afirmação
correta, quatro delas naturalmente apresentam defeitos. Essas deformações são sistemáticas e
repetitivas, porque só existem cinco caminhos para causar imperfeição numa mensagem. São elas:
Ampliação
Consiste em aumentar a mensagem ou a idéia. Por exemplo, se num texto está a seguinte
informação:
A maioria dos jovens preocupa-se com os descaminhos da política embora eles nem
sempre aparentem preocupação.
Tal informação estaria deformada por ampliação na alternativa que reproduzisse a mensagem com
o seguinte equívoco:
Os jovens preocupam-se com os descaminhos da política embora nem sempre
aparentem preocupação.
Observe que a maioria dos jovens é uma parte dos jovens, e os jovens são o todo. Eis um exemplo
de ampliação.
Restrição
Consiste no contrário da ampliação, isto é, em diminuir idéia presente no texto. Por exemplo, se num
texto afirma-se que
Roupas de brim vendem bem o ano todo, embora sejam quentes no verão e frias no
inverno.
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Estaria deformada por restrição a alternativa que contivesse a seguinte mensagem:
Roupas de brim vendem mais no verão e no inverno, apesar de não serem adequadas
para essas estações.
Verifica-se na afirmação que a idéia veio equivocada com relação à época em que se vendem
roupas de brim: o ano inteiro para mais no inverno e no verão, o que consiste numa restrição de
mensagem.
Oposição
Como o nome sugere, oposição consiste em afirmar o contrário do que o texto traz. Quase sempre,
porém, as afirmações não são feitas de forma tão clara, de modo a permitir facilmente identificar uma
contrariedade. As bancas preferem caminhos mais elaborados, como, por exemplo, lançar mão de
vocábulos de domínio mais restrito. Observe este exemplo:
O amor prescinde da amizade.
Estaria deformada por oposição a afirmação
O amor precisa da amizade.
Prescindir, apenas para lembrar, significa passar sem, pôr de lado, renunciar a, dispensar,
enquanto precisar significa necessitar, ter necessidade de, carecer, que é o contrário de prescindir.
Inversão
Também chamada troca, consiste em inverter elementos associados entre si, mascarando a
mensagem. Por exemplo, na afirmação
As coisas têm o valor do aspecto, e o aspecto depende da retina.
Estaria invertendo posições dos argumentos, reassociando-os, a mensagem que apresentasse a
seguinte ordem
As coisas têm o valor que lhes dá a retina, e a retina depende do aspecto.
Alienação
Consiste em afirmar o que no texto não se afirma, ou seja, apresenta idéia estranha ao texto. Por
exemplo, numa afirmação como a seguinte:
Num país como o Brasil do século XIX, ser funcionário público era estar perto dos
donos do poder.
Consistiria em alienação afirmação que contivesse, por exemplo, a seguinte informação:
Era necessário ter muito poder, no Brasil do século XIX, para ser funcionário público.
É evidente que a idéia acima apresentada não guarda relação com o texto original. Eis um exemplo
de alienação.
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20 REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS
20.1 Manual de Redação da Presidência da República (mantidos texto e numeração originais do
MRPR – Portaria n. 91/2002)
1. O que é Redação Oficial
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos
normativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo.
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem,
clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da
Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade
e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem
igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.
Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que
dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como
sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja
entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
Além de atender à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradição.
Há normas para sua elaboração que remontam ao período de nossa história imperial, como, por
exemplo, a obrigatoriedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 – de que se
aponha, ao final desses atos, o número de anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi
mantida no período republicano.
Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem
formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser
estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem.
Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois
há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio
Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou
instituições tratados de forma homogênea (o público).
Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações oficiais foram incorporados ao longo
do tempo, como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos
expedientes, etc. Mencione-se, por exemplo, a fixação dos fechos para comunicações oficiais, regulados
pela Portaria no 1 do Ministro de Estado da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de meio
século de vigência, foi revogado pelo Decreto que aprovou a primeira edição deste Manual.
Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das características específicas da
forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a
existência – de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e
pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e
se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de
construção de frases.
A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que sua
finalidade básica – comunicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso
que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência
particular, etc.
Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, passemos à análise
pormenorizada de cada uma delas.
1.1. A Impessoalidade
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação,
são necessários:
a) alguém que comunique,
b) algo a ser comunicado, e
c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o
Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se
comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa
comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos
outros Poderes da União.
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Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das
comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um
expediente assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é
feita a comunicação.
Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que comunicações elaboradas em
diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a
um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um
destinatário concebido de forma homogênea e impessoal;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se
restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom
particular ou pessoal.
Desta forma, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exemplo,
constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário.
A redação oficial deve ser isenta da interferência da individualidade que a elabora.
A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os
expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade.
1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre,
de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos
oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos
cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração
for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade
precípua é a de informar com clareza e objetividade.
As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e
qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a
determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como
a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.
Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é
extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode
eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a
entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua
escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se
apenas de si mesma para comunicar.
A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se
faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem
que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de
estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de
linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo
ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de
clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é
aquele em que
a) se observam as regras da gramática formal, e b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos
usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação
oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais,
dos modismos vocabulares, das idiossincrasias lingüísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a
pretendida compreensão por todos os cidadãos.
Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja
confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de
linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua
literária.
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o
uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de
determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso
não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O
jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.
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A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu
uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada
área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado,
portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em
expedientes dirigidos aos cidadãos.
[...]
1.3. Formalidade e Padronização
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma:
além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é
imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao
correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível (v. a esse
respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz respeito à
polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora,
se a administração federal é una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão.
O estabelecimento 4desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as
características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos.
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do
texto são indispensáveis para a padronização. Consulte o Capítulo II, As Comunicações Oficiais, a
respeito de normas específicas para cada tipo de expediente.
1.4. Concisão e Clareza
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto que
consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com
essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve,
o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se
percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias.
O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao princípio de economia lingüística, à
mencionada fórmula de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma
alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens
substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras
inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma complexidade: ideias
fundamentais e ideias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las,
exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao
texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas.
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, conforme já sublinhado na introdução
deste capítulo. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor.
No entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais
características da redação oficial. Para ela concorrem:
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento
personalista dado ao texto;
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição avesso a
vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão;
c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos;
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos lingüísticos que nada lhe acrescentam.
É pela correta observação dessas características que se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a
indispensável releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de
erros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção.
Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por seu
destinatário. O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos
sobre certos assuntos em decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com que os
tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça,
precise os termos técnicos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não
possam ser dispensados.
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas
comunicações quase sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de um texto
que não seja seguida por sua revisão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a
máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir.
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Por fim, como exemplo de texto obscuro, que deve ser evitado em todas as comunicações oficiais,
transcrevemos a seguir um pitoresco quadro, constante de obra de Adriano da Gama Kury, , a partir do
qual podem ser feitas inúmeras frases, combinando-se as expressões das várias colunas em qualquer
ordem, com uma característica comum: nenhuma delas tem sentido! O quadro tem aqui a função de
sublinhar a maneira de como não se deve escrever:
2. Introdução
A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os preceitos explicitados no
Capítulo I, Aspectos Gerais da Redação Oficial. Além disso, há características específicas de cada tipo
de expediente, que serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de passarmos à sua análise,
vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicação oficial: o emprego dos
pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificação do signatário.
2.1. Pronomes de Tratamento
2.1.1. Breve História dos Pronomes de Tratamento
O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga tradição na língua portuguesa.
De acordo com Said Ali, após serem incorporados ao português os pronomes latinos tu e vos, “como
tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a palavra”, passou-se a empregar, como
expediente lingüístico de distinção e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento de pessoas
de hierarquia superior. Prossegue o autor: “Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se
dirigia a palavra a um atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e não a ela
própria. Assim, aproximavam-se os vassalos de seu rei com o tratamento de vossa mercê, vossa
senhoria (...); assim, usou-se o tratamento ducal de vossa excelência e adotaram-se na hierarquia
eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade, vossa eminência, vossa santidade.
A partir do final do século XVI, esse modo de tratamento indireto já estava em voga também para os
ocupantes de certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e depois para o coloquial
você. E o pronome vós, com o tempo, caiu em desuso. É dessa tradição que provém o atual emprego de
pronomes de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às autoridades civis, militares e
eclesiásticas.
2.1.2. Concordância com os Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades
quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à
pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira
pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático:
“Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”.
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da
terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa... vosso...”).
Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo
da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor
for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se for
mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento
Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. São de uso
consagrado:
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo;
Presidente da República;
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
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Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros
de Estado, além dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o
Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da
República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União.Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministros do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
c) do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo
Senhor, seguido do cargo respectivo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Senhor Senador,
Senhor Juiz,
Senhor Ministro,
Senhor Governador,
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa
Excelência, terá a seguinte forma:
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça
70064-900 – Brasília. DF
A Sua Excelência o Senhor
Senador Fulano de Tal
Senado Federal
70165-900 – Brasília. DF
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10a
Vara Cível
Rua ABC, n. 123
01010-000 – São Paulo. SP
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades
arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo
desnecessária sua repetida evocação.
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Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado
é:
Senhor Fulano de Tal,
(...)
No envelope, deve constar do endereçamento:
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, nº 123
12345-000 – Curitiba. PR
Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para
as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do
pronome de tratamento Senhor.
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo
indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que
tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os
bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento
Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.
Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em
comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo:
Magnífico Reitor,
(...)
Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são:
Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é: Santíssimo Padre,
(...)
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais. Corresponde-
lhe o vocativo:
Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,
(...)
Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa
Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores
religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.
2.2. Fechos para Comunicações
O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de
saudar o destinatário. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria
no do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e
uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as
modalidades de comunicação oficial:
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente,
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente,
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem
a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações
Exteriores.
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  • 1.
  • 2.
  • 3. INSS Técnico do Seguro Social ESTE MATERIAL CONTÉM:  PORTUGUÊS  RACIOCÍNIO LÓGICO  INFORMÁTICA  ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO  DIREITO CONSTITUCIONAL  DIREITO ADMINISTRATIVO  REGIME JURÍDICO ÚNICO  DIREITO PREVIDENCIÁRIO
  • 4.
  • 5. www.cpcrs.com.br INSS - Técnico do Seguro Social PORTUGUÊS SUMÁRIO 01. FONÉTICA___________________________________________________________ 02. ACENTUAÇÃO GRÁFICA_________________________________________________ 03. ORTOGRAFIA __________________________________________________________ 04. EMPREGO DO HÍFEN____________________________________________________ 05. GRAFIAS DOS PORQUÊS ________________________________________________ 06. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS _________________________________ 07. CONCORDÂNCIA VERBAL________________________________________________ 08. CONCORDÂNCIA NOMINAL ______________________________________________ 09. REGÊNCIA VERBAL_____________________________________________________ 10. COLOCAÇÃO PRONOMINAL______________________________________________ 11. EMPREGO DA CRASE___________________________________________________ 12. CONJUGAÇÃO VERBAL _________________________________________________ 13. VOZES VERBAIS________________________________________________________ 14. DISCURSO DIRETO E INDIRETO __________________________________________ 15. COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO_______________________________________ 16. TERMOS DA ORAÇÃO___________________________________________________ 17. PONTUAÇÃO___________________________________________________________ 18. SEMÂNTICA E SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS______________________________ 19. INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ____________________________________________ 20. CORRESPONDÊNCIA OFICIAL ____________________________________________ 21. TESTES OBJETIVOS E GABARITOS ________________________________________ 22. GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS____________________________________ 02 03 04 07 08 09 12 13 16 18 19 20 25 25 26 28 30 31 32 35 47 90 O CPC disponibiliza plantão para dirimência de dúvidas de Língua Portuguesa. O serviço ocorre às quartas-feiras, das 18h15min às 19h, na SALA DE ESTUDOS EM GRUPO.
  • 6. Apresentação Esta apostila foi confeccionada exclusivamente para ser texto de orientação durante Curso Preparatório de Língua Portuguesa do CPCRS para provimento de cargos de nível técnico e superior dos concursos públicos de todos os níveis, quer seja municipal, estadual ou federal. Trata-se de coletânea de informações, normas e exercícios referentes a todos os pontos dos programas em geral de Língua Portuguesa comuns à maioria dos concursos públicos, cujas provas serão elaboradas por diversas instituições. Para cada curso preparatório, porém, só serão trabalhados em aula os tópicos constantes do edital, mesmo que outros façam parte da apostila. É parte integrante deste compêndio uma coletânea de 300 testes objetivos, colocados no final da apostila. Todos os testes são propostas de inúmeras bancas de concursos públicos e respeitam o nível de exigência dos programas de diversos cargos. As questões, identificadas por sua natureza, seguem numeração contínua, e o gabarito está registrado no final. As provas de que se retiraram as questões foram elaboradas pelas bancas da Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – FAURGS, Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos – FDRH, Fundação Universidade-Empresa de Tecnologia e Ciência – FUNDATEC, Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul – FESMP, Centro de Seleção e de Promoção de Eventos – CESPE, Fundação Centro de Estudos Superiores do Grande Rio – CESGRANRIO, Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência – FUNRIO, Escola de Administração Fazendária – ESAF, entre outras, além de questões criadas especialmente para simulados, provas e cursos de resolução de questões elaborados pelo CPCRS. Todas as questões são objetivas e de escolha simples, excetuando-se as do CESPE-UnB, cujo formato é de assertiva para C (certo) e E (errado). cada qual com apenas uma alternativa correta. As questões do CESPE, em sua maioria, apresentam as alternativas (C/E) no final de cada proposta, para CERTO ou ERRADO. As questões de outras bancas apresentam cinco alternativas de respostas (A, B, C, D e E), ou quatro alternativas (A, B, C e D). Além das orientações presentes nesta apostila e dos testes objetivos com gabarito, o concursante tem a possibilidade de consultar o professor para dirimir suas dúvidas. Para tanto, basta enviar mensagem para o endereço eletrônico menegotto@cpcrs.com.br e por esse meio receberá as respostas e explicações de que necessitar. Se a dúvida for decorrente de questão deste compêndio, bastará ao consulente indicar o número do teste. Deve ser enviada apenas uma dúvida/questão em cada mensagem, sem limite de mensagens. Prof. Alberto Luiz Menegotto®. www.cpcrs.com.br professormenegotto.blogspot.com menegotto@cpcrs.com.br
  • 7. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 2 1 FONÉTICA Parte da Gramática que se ocupa com o reconhecimento e a classificação dos sons próprios da língua. 1.1 Fonema Fonema é som. Representam-se os fonemas da seguinte forma: /a/, /bê/, /CE/... /agá/... Denomina-se transcrição fonética. 1.2 Letra Letra é a representação gráfica do fonema: a, b, c... h. 1.3 Dígrafo Dígrafo é a associação de duas letras cuja pronúncia produz um fonema. Os dígrafos se subdividem em orais, que são os pronunciados com o concurso da boca, e os nasais, que na pronúncia têm o auxílio do nariz. 1.3.1 Dígrafos Orais ch – chuva, chácara, cheiro... ss – assinar, cassado, massa... nh – linha, manha, tamanho... sç – nasça, cresça, desça... lh – alho, malha, calha... xc – exceto, excitar, exceção... rr – arroz, arriscar, arrasado... gu – gueto, gueixa, sangue... sc – consciente, descer, crescimento... qu – queixo, querido, tanque... Observação: as associações SC, XC, GU e QU não serão dígrafos se, na palavra em que vierem, os fonemas das duas letras forem individualizados, isto é, ouvirem-se ambos os fonemas. Por exemplos: escola, exclusão, água, aquário. 1.3.2 Dígrafos Nasais am – lâmpada, campo, tampo... in – incauto, lindo, cinco... an – canta, tanto, antro... om – compra, lombo, comboio... em – tempo, empório, sempre... on – conta, lontra, condição... en – entre, lento, cento... um – cumprir, cumprimento... im – limpo, importar, imberbe... un – unção... Observação: se as associações de vogal+m ou n vierem antes de vogal ou no final da palavra, não serão dígrafos. Antes de vogal, os fonemas das duas serão ouvidos: uma, amada, ano, coma... E no final da palavra formarão ditongos nasais: foram /fôrão/. 1.4 Dífono Dífono é a produção de dois fonemas a partir da leitura da letra X com som de /KS/. Exemplos: ônix /ôniks/, Félix /Féliks/, tóxico /tóksico/... Observação: os demais fonemas produzidos pela leitura da letra X não formam dífonos: explorar /s/, exame /z/, máximo /ss/ e lixo /ch/. Isso ocorre porque em cada um deles há um fonema apenas. 1.5 Encontros Vocálicos São associações de vogais. 1.5.1 Ditongos São associações de duas vogais na mesma sílaba. orais crescentes orais decrescentes nasais farmácIA cÉU pÃO sérIE cOIsa mÃEs WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 8. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 3 1.5.2 Tritongos São associações de três vogais na mesma sílaba. orais nasais igUAIs sagUÃO paragUAIa sagUÕEs 1.5.3 Hiatos São associações de duas vogais em sílabas vizinhas. vEÍculo, IAte, AEroporto, AErovIA... 1.6 Encontros Consonantais São associações de consoantes. perfeitos imperfeitos Ficam na mesma sílaba Ficam em sílabas vizinhas PReço, TRoco, BLoco... peRDa, foRÇa, peRTo... Observação: em alguns encontros de consoantes, a pronúncia determina a presença de uma vogal entre elas, o que descaracteriza o encontro consonantal. Por exemplo: ficção /FIKIÇÃO/. Observe-se que a vogal I separou as consoantes C e Ç, desfazendo o encontro consonantal. 2 ACENTUAÇÃO GRÁFICA (Atualizada pelo Acordo Ortográfico – Decreto n. 6.583 de 18/9/1008, com vigência a partir de 01-01-2009) 2.1 Classificação das palavras quanto à tonicidade Proparoxítonas tonicidade na antepenúltima sílaba presentes em aproximadamente 5% da Língua Portuguesa lícito, América, cáustico, Émerson, música... Paroxítonas tonicidade na penúltima sílaba presentes em aproximadamente 80% da Língua Portuguesa cadeira, ligeiro, táxi, Vítor, aparelho, idéia... Oxítonas tonicidade na última sílaba presentes em aproximadamente 15% da Língua Portuguesa rapaz, infeliz, agradar, rapé, cipó, comprá-la, recebê-lo ... 2.2 Regras 2.2.1 Das proparoxítonas – todas são acentuadas. Médico, próximo, plêiade, místico, métrica, víbora, pirâmide... 2.2.2 Das paroxítonas – acentuam-se apenas as terminadas em ã, ãs, ão, ãos, ei, eis, i, is, om, ons, um, uns, us, l, n, r, x, ps e ditongo crescente. Órfã, ímãs, órgão, sótãos, jérsei, amáveis, táxi, biquínis, rádom, íon, prótons, álbum, fóruns, vírus, nível, hífen, revólver, tórax, bíceps, farmácia... 2.2.3 Das oxítonas – acentuam-se apenas as terminadas em “a(s), e(s), o(s)”, abertos ou fechados, e “em” e “ens” quando tiverem mais de uma sílaba. Vatapá, sofás, comprá-la, recebê-lo, ipê, cafés, compô-lo, cipós, capôs, armazém, vinténs, refém, parabéns... WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 9. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 4 2.2.4 Dos monossílabos tônicos – acentuam-se os monossílabos tônicos finalizados em a(s), e(s) e o(s). Já, lá, vás, pé, pés, pó, pós, sê (verbo)... Quadro de apoio para entender a acentuação das oxítonas e das paroxítonas. terminações a(s), e(s), o(s), em, ens o resto oxítonas SIM, são acentuadas NÃO são acentuadas paroxítonas NÃO são acentuadas SIM, são acentuadas 2.2.5 Do i e do u – acentua-se o “i” e “u” quando esta vogal for tônica, precedida de vogal e formar sílaba sozinha ou com “s”. Saída, saíste, Ijuí, Tramandaí, Iraí, faísca, saúde, baú, jaús... Observação: não são mais acentuadas, pelo Acordo Ortográfico de 2009, as palavras que apresentarem ditongo decrescente antes do i e do u: feiura, baiuca, reiuno... As que apresentam ditongo crescente continuam acentuadas: Guaíba, Guaíra... 2.2.6 Dos ditongos eu, ei e oi – acentua-se a primeira vogal dos ditongos “ei”, “eu” e “oi” quando for tônica e aberta nas palavras oxítonas. Véu, céu, réu, réus, mói (verbo), anzóis, bacharéis, caracóis... Observação: pelo Acordo Ortográfico de 2009, as paroxítonas que apresentam EI e OI tônicos não são mais acentuadas: jiboia, ideia, assembleia, Coreia, panaceia, claraboia, boia... 2.2.7 Do acento diferencial – continuam sendo acentuadas para diferenciar de outras em Língua Portuguesa. Observe o quadro abaixo: Acentuam-se... ... para diferenciar de ... pôr (verbo) por (preposição) pôde (/ô/)(verbo poder na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito) pode (/ó/)(verbo poder na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo) ter e vir (verbos) na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo (eles têm, eles vêm), bem como seus derivados: entretêm, intervêm... ter e vir (verbos) na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo (ele tem, ele vem). Observação: as demais palavras, como pólo, pélo, pélas, péla (verbos), côa, pêra... não levam mais acento pelo Acordo Ortográfico. Devem, portanto, ser grafadas polo, pelo, pelas, pela (verbos), côa, pêra. 3 ORTOGRAFIA 3.1 Emprego do H 3.1.1 A letra H etimológica aparece no início de inúmeras palavras, mas desaparece nas derivadas. humanizadas desumanizadas habitável inabitável harmonia desarmonia hábil inábil honesto desonesto herdar deserdar 3.1.2 O H permanece nas palavras compostas ligadas por hífen. anti-higiênico pré-histórico mal-humorado WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 10. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 5 3.1.3 Como o H não tem valor fonético, isto é, não é pronunciado, seu emprego causa confusão. Eis algumas palavras que causam dúvida: ontem úmido ombro êxito ermo hesitar hoje humilde herbívoro hediondo 3.1.4 Emprega-se, também, H nos dígrafos ch, nh, lh. 3.2 Emprego de G e J 3.2.1 Com som de j, emprega-se g somente antes das vogais e e i. gente urgente girafa gengiva 3.2.2 Emprega-se j antes das vogais a, o e u. jumento varejo juba sertanejo granja 3.2.3 Emprega-se, porém, j antes de e e i nas palavras derivadas de primitivos que já apresentam j ou quando a origem assim o exigir. primitivo derivado primitivo derivado laranja laranjeira, laranjinha, larenjeirense loja lojinha, lojista, lojeca Observação – viajar (verbo)( que eu viaje, que eles viajem...), mas viagem. Viagem, com G, é substantivo. 3.2.4 Emprega-se g na terminação –gem. Garagem, fuligem, folhagem, regulagem, viagem (subst.)... 3.2.5 Emprega-se g nas terminações -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. pedágio egrégio litígio relógio refúgio 3.3 Emprego de S primitivo derivados pretender pretensão, pretensioso(a), pretensiosamente ... submergir submerso, submersível ... divertir diverso, diversificar, diversamente ... impelir impulsão, impulsivo, impulsionar ... recorrer recurso, recursal, recursivo ... sentir sensível, sensação, sensorial, sensitivo ... Conclusão: se no final da raiz dos verbos houver nd, rg, rt, pel, corr e sent, deverá aparecer S no final da raiz de todos os derivados. 3.4 Emprego de SS primitivo derivados agredir agressão, agressivo, agressor... ceder cessão, cessar... imprimir impressão, impresso, impressionar ... admitir admissão, admissional... percutir percussão, percussionista... submeter Submisso, submissão... Conclusão: se no final da raiz dos verbos houver gred, ced, prim, mit, cut e met, deverá aparecer SS no final da raiz de todos os derivados. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 11. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 6 3.5 Emprego de Ç 3.5.1 Emprega-se ç nos derivados das palavras terminadas em to. primitivo canto isento atento discreto derivados canção, cancioneiro isenção atenção, atencioso discrição... Observação: -ÇAO é terminação geral de substantivos derivados de verbos. 3.5.2 Emprega-se ç nos derivados do verbo ter e seus compostos. derivados de ter deter conter reter formam palavras detenção contenção retenção 3.5.3 Emprega-se ç nos vocábulos de origem árabe, tupi-guarani ou africana. árabe tupi-guarani ou africana açúcar, açucena, açafrão, muçulmano, açafate ... araçá, Iguaçu, Juçara, miçanga, paçoca, Paraguaçu, muçurana, caçula ... Observação: não há SS nas palavras de origem tupi-guarani. 3.6 Emprego das terminações –EZ, -EZA e -ÊS, -ESA timidez, altivez, beleza, pureza, estranheza, nitidez, acidez... português, portuguesa, francês, francesa, holandês, holandesa ... Conclusão Os substantivos abstratos derivados de adjetivos são escritos com –EZ ou –EZA. Conclusão Os adjetivos gentílicos derivados de substantivos são escritos com –ÊS para masculinos e –ESA para femininos. Exemplos Robusto - robustez Exemplos Inglaterra – inglês-inglesa 3.7 Emprego das terminações ISAR e IZAR 3.7.1 ISAR primitivos derivados análise, pesquisa, paralisia, liso, improviso ... analisar, pesquisar, paralisar, alisar, improvisar ... Conclusão: se na palavra primitiva houver S no final da raiz, o verbo será formado com ISAR. 3.7.2 IZAR primitivos derivados canal, suave, indústria, símbolo... canalizar, suavizar, industrializar, simbolizar ... Conclusão: se na palavra primitiva não houver S no final da raiz, o verbo será formado com IZAR. Cuidado: catequese gera CATEQUIZAR, porque na raiz não há S (CATEQU). WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 12. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 7 3.8 Emprego de X Emprega-se x para representar os fonemas /xá/, /xé/, /xê/, /xi/, /xó/, /xô/ e /xu/ em palavras de origem tupi, africana ou exótica de origem inglesa e espanhola depois de ditongo depois de en depois da inicial me xavante, abacaxi, muxoxo... xampu, xelim, xerez, lagartixa ... caixa, feixe, frouxo, peixe... enxame, enxoval, enxada... mexer, mexicano, mexilhão ... 3.9 Emprego de CH Emprega-se CH em palavras de diversas outras origens. Chave, cheirar, chumbo, chassi, chuchu, chiripá, mochila, salsicha, chope, checar, sanduíche, azeviche... 3.10 Grafia do diminutivo plural de palavras terminadas em R, L e ÃO Passos flor papel balão 1. pluralizar flores papéis balões 2. cortar o S flore papéi balõe 3. somar zinho(a) florezinha papeizinho balõezinho 4. repor o S FLOREZINHAS PAPEIZINHOS BALÕEZINHOS 4 EMPREGO DO HÍFEN 4.1 Normas para o emprego do hífen 4.1.1 Emprega-se hífen quando a falta deste sinal poderia resultar leitura incorreta ou falta de clareza. Exemplos bem-aventurado para não se ler be-ma-vem-tu-ra-do bem-me-quer para não se juntarem dois m, ou, excluindo-se um, não se ler be-me- quer sobre-humano para não se ler so-breu-ma-no ad-rogar para não se ler a-dro-gar 4.1.2 Em se tratando de palavras compostas que passam a ter um novo significado (isto é, empregadas em sentido figurado). Conseguiu juntar um bom pé-de-meia (com hífen, porque formou uma nova palavra, com diferença semântica: não é nem pé, nem meia e significa economia, pecúlio). Outros Exemplos abaixo-assinado, redatores-chefes, porta-voz, alto-falante, sul-rio-grandense, amor-perfeito, salário-mínimo, quarta-feira, arranha-céu, porto-alegrense, pé-de-moleque, mão-de-obra ... Exceções Girassol, passatempo, madressilva, vaivém, mandachuva, sanguessuga. 4.1.3 Prefixos que sempre exigem hífen. Além, aquém, recém, sem além-mar, aquém-reserva, recém-nascido, sem-terras bel, grã, grão bel-prazer, grã-fina, grão-mestre vice, vizo, soto, sota vice-prefeito, vizo-rei, sota-capataz ex (situação anterior) ex-diretor, ex-atleta, ex-marido pós, pré, pró (quando acentuados) pós-cirúrgico, pré-escola, pró-reitoria Observação Os prefixos PRE, PRO e POS, quando não vierem acentuados, não exigirão hífen: preestabelecido, proposta, posposto. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 13. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 8 MODIFICAÇÕES NO EMPREGO DO HÍFEN IMPOSTAS PELO ACORDO ORTOGRÁFICO (DECRETO N. 6.583, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008) Emprego do hífen com prefixos Regra básica Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem Outros casos 1. Prefixo terminado em vogal  Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.  Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo  Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.  Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas. 2. Prefixo terminado em consoante  Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.  Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.  Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. Observações 1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade. 2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. 3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc. 5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc. 6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex- aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu. 5 GRAFIAS DOS PORQUÊS 5.1 Quadro geral do emprego dos porquês Grafia Emprego Exemplos por que a) Em perguntas diretas e indiretas. b) Quando for substituível por pelo qual e flexões. a) Então por que não falas claramente? Nem sei por que estou agindo assim. b) Afinal chegou o dia por que tanto esperei. Por quê Somente antes de ponto-e- vírgula, dois-pontos ou no final de frase, antes de ponto. Você está feliz por quê? Elas estão zangadas, mas não sabemos por quê. Porquê Equivalente a motivo ou indagação. Virá sempre substantivado. Não sei o porquê de teu entusiasmo. Porque Introduz uma explicação, causa ou conseqüência. Apurem o passo, porque aí vem o ônibus. Só porque foi sem gravata, impediram- no de entrar? WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 14. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 9 6 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS 6.1 Processos de Formação de Palavras 6.1.1 Derivação Tipo de Derivação Consiste em Exemplos a) Prefixal acrescentar prefixo a radical infeliz, desleal, rever, inútil, revisar, desfazer b) Sufixal acrescentar sufixo a radical maquinaria, livreiro, bananada, alegrar c) Prefixal e Sufixal acrescentar prefixo e sufixo infelizmente, inutilizar, inutilmente d) Parassintética acrescentar prefixo e sufixo simultaneamente descampado, enriquecer, embarcar entardecer, anoitecer e) Regressiva retirar elementos finais de uma palavra, formando-se outra ataque (de atacar), disputa (de disputar), dúvida (de duvidar) 6.1.2 Composição Tipo de Composição Consiste na Exemplos a) Justaposição união de palavras sem perda de elementos individuais pontapé, meio-fio, super- homem, pé-de-moleque, couve-flor... b) Aglutinação união de palavras com perda de elementos individuais petróleo, planalto, pernilongo, fidalgo, vinagre... 6.2 Os Prefixos – Equivalências, diferenças e adaptações. 6.2.1 Alguns prefixos sofrem alteração na forma e mantêm o significado. Imortal impermeável incômodo irregular Conclusão: alguns prefixos se adaptam às palavras as que se somam sofrendo alguma alteração em sua forma, mas mantendo o significado. 6.2.2 Alguns prefixos apresentam forma idêntica com significados diferentes. infiltrar infalível Significado de movimento para dentro Significado de negação 6.2.3 Alguns prefixos apresentam formas diferentes com significado idêntico. Reprovar acéfalo imoral desnutrido Em todos eles, o significado é de negação. 6.3 Os Sufixos 6.3.1 Sufixos diferentes na forma com igual significado. -ante navegante, estudante, operante, praticante, tratante ... -ente paciente, doente, cliente, gerente, presidente ... -inte ouvinte, pedinte, teleouvinte ... -unte transeunte -ista analista, cientista, tenista, especialista, calçadista ... -or professor, pintor, provedor, contador... Nas palavras acima, os sufixos têm significado de ocupação, profissão. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 15. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 10 6.3.2 Os sufixos –or e –douro são parecidos, mas têm significados bem diferentes. -or forma palavras que designam agente, ocupação ou profissão -douro forma palavras que designam lugar destinado a certa atividade exemplos: pintor, provedor, professor, inspetor... exemplos: logradouro, matadouro, paradouro, ancoradouro... -douro possui equivalência de sentido com –tério e –tório: cemitério, necrotério, crematório, ambulatório, refeitório, dormitório... 6.3.3 Sufixos formadores de substantivos derivados de outros substantivos. -ada -ado -agem -aria -eiro -ia boiada doutorado folhagem livraria barbeiro advocacia 6.3.4 Sufixos formadores de substantivos derivados de adjetivos. -dade -ez -eza -ia -ice -ície -ura lealdade insensatez magreza alegria velhice calvície Doçura 6.3.5 Sufixos formadores de substantivos derivados de verbos. -ança -ância -ante -ente -or vingança tolerância estudante combatente jogador -ção -são -tório -ura -mento exportação extensão lavatório formatura ferimento 6.3.6 Sufixos formadores de adjetivos derivados de substantivos. -ante -ente -inte -vel tolerante resistente constituinte amável -ivo -iço -douro -tório pensativo quebradiço duradouro preparatório 6.3.7 Alguns sufixos nominais -ismo realismo, subjetivismo, idealismo, Islamismo, Budismo ... -ista realista, subjetivista, idealista, islamista, budista ... 6.3.8 Alguns sufixos verbais -ear -ejar -icar -itar -izar -e(s)cer folhear Gotejar bebericar saltitar utilizar amanhecer, florescer 6.3.9 Sufixos de valores aumentativo e diminutivo Valor aumentativo Valor diminutivo -ão paredão, salão ... -inho lapisinho, piresinho ... -alhão dramalhão, medalhão ... -zinho cãozinho, pãozinho ... -aço, -aça ricaço, barcaça ... -acho riacho ... -eirão vozeirão, boqueirão ... -icha barbicha -anzil corpanzil -ebre casebre -arra bocarra -eco livreco ... -ázio copázio -ejo lugarejo, vilarejo ... -aréu fogaréu, povaréu ... -isco chuvisco, petisco ... WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 16. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 11 6.4 Lista complementar de prefixos mais usados (latinos e gregos). 6.4.1 Latinos PREFIXO SIGNIFICADO EXEMPLO ab, abs, a afastamento, separação abstrair, aversão ad aproximação adnominal ambi duplicidade ambigüidade, ambidestro ante anterioridade antepor, ante-sala circum movimento em torno de circunferência cis posição aquém cisalpino, cisplatino com companhia, sociedade companheiro, conterrâneo contra oposição contradizer, contrapor de a) movimento de cima para baixo b) separação decrescer decapitar des ação contrária desfazer, desobstruir ex, e, es movimento para fora expatriar, emigrar, estorno, esvaziar, externar, expor extra fora de, além de extra-oficial, extradição in, im, i sentido contrário, negação injusto, impermeável, ilegal infra posição inferior infra-assinado intra posição interior intramuscular, intravenoso inter, entre posição intermediária internacional, entreabrir ob, o a) posição em frente b) oposição objeto opor per a) através de b) intensidade percorrer perdurar pos posição posterior postônica, pós graduação pre anterioridade prever, pré-fabricado re a) movimento para trás b) repetição regredir, refazer, reconstruir, rever retro para trás retroceder, retroagir semi metade semicírculo sub inferioridade, abaixo submarino, submergir Super, sobre a) posição superior b) excesso supercílio sobrecarga supra posição superior supracitado trans a) além de b) através de transportar transamazônica 6.4.2 Gregos anfi duplicidade anfíbio anti oposição antípoda, antiaéreo arqui superioridade hierárquica arquiduque di duplicidade dissílabo dia através de diálogo Ex, exo a) movimento para fora b) intensidade êxodo exógeno, exacerbar endo movimento para dentro endocarpo epi sobre, em cima epiderme eu bondade, perfeição eugenia, eufonia hemi metade hemisfério hiper excesso hipérbole hipo cavalo hipódromo hipo posição inferior hipodérmico hipo escassez hipotensão mono singularidade monoteísmo, monogâmico peri em torno de perímetro poli multiplicidade polissílabo pro a) posição anterior b) a favor de c) movimento para a frente próclise pró-socialista progresso proto início, começo proto-história sin (sim) simultaneidade sinfonia, simpatia tele distância telégrafo WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 17. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 12 7 CONCORDÂNCIA VERBAL 7.1 Regra Geral O verbo deve concordar em número e pessoa com o sujeito a que se refere. Pergunta para encontrar o sujeito: QUEM É QUE + VERBO? Exemplo: De todos os seus pertences, restou um automóvel. Quem é que restou? UM AUTOMÓVEL. 7.2 Casos Particulares 7.2.1 Verbos Impessoais Haver – significando “existir” ou “ocorrer”. Fazer – indicando tempo decorrido ou climático. Indicativos de meteorologia – chover, nevar, trovejar, relampejar, amanhecer, entardecer, anoitecer, esfriar, esquentar, neblinar... Como funcionam: tais verbos não apresentam sujeito; portanto não flexionam, devendo ficar sempre na terceira pessoa do singular. Exemplos Haverá reuniões de direção em breve. Houve manifestações contra a decisão. Faz muitos anos. Ontem fez 30ºC. Fez dias frios no inverno passado. Choveu dois dias seguidos. Amanheceu três dias sem sol. Observação: se um verbo impessoal vier como principal numa locução verbal, impessoalizará o auxiliar, que também ficará na terceira pessoa do singular. Exemplos: Deve haver vagas sobrando. Poderá fazer dias quentes. Tem chovido três dias seguidos. 7.2.2. O verbo SER com datas e horas. Regra: o verbo SER deverá concordar com o número da data e das horas. Exemplos Hoje é um de julho. Amanhã serão dois. Agora são três horas. Daqui a pouco serão seis horas da tarde. Observação: se for empregada a palavra DIA, o verbo concordará com ela, ficando no singular: Hoje é dia 2 de outubro. Amanhã será dia 3. 7.2.3 Sujeitos representados por expressões partitivas. Regra: na Língua Culta Padrão, o verbo concordará com o núcleo o sujeito; na linguagem enfática, o verbo poderá ir para o plural. Exemplos A maioria dos deputados votou pela instalação da CPI. Ou A maioria dos deputados votaram pela instalação da CPI. Grande parte das mercadorias foi apreendida. Ou Grande parte das mercadorias foram apreendidas. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 18. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 13 7.2.4 Sujeitos representados por expressões fracionárias. Regra: o verbo concordará com o numerador. Exemplos Um terço dos manifestantes será encaminhado à Secretaria da Educação. Dois terços dos automóveis furtados foram recuperados. 7.2.5 Sujeitos representados por expressões percentuais. Regra: o verbo concordará com o número inteiro. Exemplos 1,8% dos imóveis está livre de ônus naquele bairro. 2,5% da arrecadação serão destinados ao esporte amador. 7.2.6 Concordância com a voz passiva sintética. Regra: VERBO TRANSITIVO DIRETO + SE + SUJEITO – se o verbo for transitivo direto e vier acompanhado por SE, o termo seguinte será sujeito. Logo o verbo deverá concordar com o sujeito. Exemplos Intimem-se as partes. Refaçam-se os cálculos. Expeçam-se os alvarás. É preciso que se providenciem as credenciais. Observação especial: se o verbo exigir preposição, ficará no singular: Precisa-se de métodos convincentes para o desenvolvimento da indústria. Assiste-se a cenas de destruição do patrimônio público. 7.2.7 Sujeitos ligados por OU. Regra: o verbo poderá ir para o plural se a ação permitir que ambos os sujeitos a pratiquem; caso contrário, o verbo ficará no singular. Exemplos A direção ou o conselho poderão representar o grupo econômico. A mãe ou a filha será a presidente da empresa. 7.2.8 O caso do verbo PARECER funcionando como auxiliar. Se o verbo PARECER vier como auxiliar numa locução verbal, poderá flexionar, ficando o principal em forma nominal, ou poderá ficar no singular, e o principal flexionará. As circunstâncias parecem colaborar com seus sonhos ou As circunstâncias parece colaborarem com seus sonhos. 8 CONCORDÂNCIA NOMINAL 8.1 Regra Geral Os artigos, os adjetivos, alguns pronomes e alguns numerais concordarão, em gênero e número, com o substantivo a que se referirem. Exemplos As duas primeiras candidatas paulistas escolherão as cidades. Nossas queridas irmãs foram sorteadas no certame. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 19. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 14 8.2 Definições Importantes Adjetivo Adjetivo é palavra variável que qualifica o substantivo. Exemplos: bons homens; alunos competentes; livros extraordinários. Advérbio Advérbio é palavra invariável que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio. Exemplos: Não entendemos a questão. Estava muito abatido. Falava bem calmamente. Questão Interessante Mais e menos são palavras tradicionalmente classificadas como advérbios, já que modificam o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio. Em qual dos casos abaixo mais ou menos não pode ser classificado como advérbio, por não corresponder às características dessa classe gramatical? a) mais atraentes b) mais elevados c) mais seguro d) menos esforço e) menos arriscado A resposta é “d”, porque MENOS, como adjetivo, está qualificando ESFORÇO, que é substantivo. Nas demais alternativas, a palavra MAIS ou MENOS está funcionando como advérbio, porque modifica o sentido de um adjetivo. 8.3 Casos Especiais 8.3.1 Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos. Como funciona: o adjetivo concordará com o substantivo mais próximo; no caso de seres humanos, o adjetivo concordará com todos. Exemplos Afiado estilete e bisturi foram encontrados no local da inspeção. Feita a audiência e as tratativas de acordo, foi assinado o termo de audiência. 8.3.2 Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos. Como funciona: o adjetivo poderá concordar com o substantivo mais próximo ou com todos. Exemplos No porto, encontravam-se fragata e cruzador brasileiro/brasileiros. Havia relógio e pulseira dourada/dourados no criado-mudo. Cuidado! Se o adjetivo se referir a apenas um dos substantivo, pela sua natureza, apenas com esse concordará. Exemplo: Lá estava um deputado federal e uma jovem grávida. 8.3.3 Muito, pouco, mais, menos, melhor, pior, bastante, só, meio e caro. Como funcionam: serão adjetivos se vierem qualificando substantivos; serão advérbios se vierem modificando o sentido de um adjetivo, verbo ou outro advérbio. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 20. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 15 Exemplos Muito dinheiro estava envolvido. Elas pareciam muito entusiasmadas. Havia bastantes motivos. Tudo estava bastante alterado. Ficaram sós em casa. Só pensavam na tragédia que ocorreu. Tomou meio copo d’água. Às vezes, parecia meio distraída. Os móveis eram caros. Não pagaria caro por todas as mercadorias. 8.3.4 Mesmo, próprio, outro, quite, anexo, apenso, incluso e particípios. Como funcionam: serão adjetivos. Exemplos Elas próprias entregaram os documentos à assessoria. Depois da contabilidade, todos ficaram quites com os compromissos. As pastas seguem anexas aos pacotes de mercadorias. Observação: as expressões EM ANEXO e EM APENSO são invariáveis. 8.3.5 Alerta Como funciona: será advérbio quando significar EM ESTADO DE ALERTA; será substantivo se vier empregado no sentido de AVISO, COMUNICADO. Exemplos Depois do assalto à joalheria, todos os funcionários ficaram alerta. Os escoteiros têm um lema: “Sempre alerta”. A usina emitiu vários alertas durante a madrugada. 8.3.6 Bom, proibido, necessário. Como funcionam: só flexionarão se o substantivo a que vierem qualificando estiver especificado com artigo, pronome, numeral ou adjetivo; se o substantivo não vier especificado, as expressões BOM, PROBIDO e NECESSÁRIO não flexionarão. Exemplos Saúde é bom durante toda a vida. Mas a saúde dela é boa. Proibido permanência de veículos na entrada do prédio. É necessária a condição de sócio para votar na assembléia. 8.3.7 Os nomes das cores 8.3.7.1 Cores simples Como funcionam: as cores simples são formadas por uma palavra; só flexionarão as que forem efetivamente adjetivos; os nomes de cores provindos de substantivos, não flexionarão. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 21. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 16 Exemplos Blusas vermelhas e calções amarelos. Camisetas rosa e calções cinza. Ternos azuis. Paredes pêssego. Lenços roxos. Casacos areia. Adjetivos: branco, bege, castanho, amarelo, vermelho, verde, azul marrom, bordô, roxo e preto. Substantivos usados como adjetivos: laranja, limão, uva, abacate, pêssego, violeta, rosa, cinza, terra, areia, gelo, pastel ... 8.3.7.2 Cores compostas Como funcionam: quando vier formada por dois adjetivos, flexionará apenas o segundo elemento; se pelo menos um dos termos for substantivo, nenhum flexionará. Exemplos Trajava calças azul-escuras e blusas azul-claras. Vimos dois automóveis verde-musgo e uma motocicleta amarelo-ouro. Eram cinza-escuro os ternos escolhidos para a cerimônia. Observação importante: azul-marinho e azul celeste são invariáveis. 9 REGÊNCIA VERBAL 9.1 Transitividade dos Verbos Intransitivos Transitivos diretos Transitivos indiretos Transitivos diretos indiretos Não exigem objeto, pois possuem sentido completo. Exigem objeto direto (dispensam o uso de preposição). Exigem objeto indireto (exigem preposição). Exigem dois objetos: um direto e um indireto). Nascer, viver, bastar... Olhar, ver, fazer... Gostar, necessitar... Pagar, preferir, perdoar... 9.2 Regência de alguns verbos de uso freqüente. Implicar VTD – acarretar VTI – envolver-se Estudar implica disciplina. A jovem implicou-se em crimes. Preferir VTDI – algo a algo Prefiro água a refrigerante. Ir, voltar, chegar Exigem a preposição A Fui ao médico. Voltaremos ao escritório. Chegou a Porto Alegre há pouco. Morar, residir, estar situado (residente, sito) Exigem EM e flexões Morava na Rua dos Andradas... ... residente e domiciliado na Praça da Saudade... 9.3 Regência de alguns verbos com sentidos e regências diferentes. Aspirar VTD – Aspiramos poeira. (=Inalamos) VTI – Aspiras à aprovação? (=Desejas) Assistir VTD – O médico assistiu o paciente. (=atendeu) VTI – Assista à programação. (=Veja) Visar VTD – Visou o documento. (=Assinou, passou o visto) VTI – Visamos ao conforto de todos. (=Desejamos) Proceder VTI – Procedia de família humilde. (=Era originária, vinha de) VTI – Proceda ao leilão. (=Faça, providencie) WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 22. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 17 Observações sobre assistir e proceder ASSISTIR também significa MORAR, RESIDIR, sendo VTI e exigindo EM. PROCEDER tem outros dois significados: COMPORTAR-SE e TER CABIMENTO (em ambos os significados, é intransitivo). 9.4 Regência de alguns verbos de uso freqüente na linguagem jurídico-administrativa. Tais verbos são transitivos diretos indiretos e podem sofrer a mudança do objeto direto pelo indireto e vice-versa. Há de se cuidar, porém, que haja dois objetos, um de cada natureza. Informar Informe os alunos de que as provas ocorrerão dia 15. Informe aos alunos que as provas ocorrerão dia 15. Avisar Avisei os participantes do horário da chegada Avisei aos participantes o horário da chegada. Notificar Notificaram o infrator da multa. Notificaram ao infrator a multa. Cientificar Cientifique o autor do prazo de recurso. Cientifique ao autor o prazo de recurso. 9.5 Regência de Esquecer e Lembrar. Os verbos esquecer e lembrar podem ser transitivos diretos quando não acompanhados de pronomes oblíquos átonos. E, quando acompanhados, funcionarão como transitivos indiretos. Esquecer Os convidados esqueceram os documentos. Os convidados se esqueceram dos documentos. Lembrar Ela lembrou as datas. Ela se lembrou das datas Funcionam de igual forma os verbos aproveitar e utilizar. 9.6 Regência de outros verbos de uso freqüente. Pagar, perdoar, pedir (exigem objeto direto e indireto com preposição A) Pagamos a conta ao armazém. Perdoe a ofensa ao amigo. Pediremos informações à secretaria. Agradar (exige a preposição A) As notícias não agradaram ao convidado. responder, obedecer (exigem A) Responda às questões. Obedeça ao regulamento. querer VTD – desejar – Queremos paz. VTI – querer bem, gostar – Queira bem aos seus irmãos. custar Custou-nos chegar aqui. Custa-me entender o texto. 9.7 Emprego do O e do Lhe. Objetos Diretos em geral – o, os, a, as Nós vimos a garota na porta do mercado. Nós A vimos na porta do mercado. Paguei a conta. Paguei-A. Indiretos humanos – lhe, lhes Entreguei o pacote ao encarregado. Entreguei-LHE o pacote. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 23. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 18 9.8 Emprego dos pronomes relativos precedidos ou não de preposição. 9.8.1 Que, quem, qual, onde. Observe as seguintes frases. Esta é a obra que o povo verá exposta no saguão do novo aeroporto. Esta é a obra de que o governo federal tanto se orgulha. Eis a ministra por quem todos nutrem grande admiração. Na primeira frase, não ocorreu preposição antes do pronome relativo que, porque o verbo da oração (ver) é transitivo direto. Na segunda e terceira frases, os dois pronomes relativos (que na segunda e quem na terceira) vieram precedidos de preposição, porque os verbos orgulhar-se e nutrir (admiração) são transitivos indiretos (quem se orgulha se orgulha de e quem nutre admiração nutre admiração por). 9.8.2 Cujo Observe as seguintes frases. O governo cujo poder Cortês representava A casa de cuja fachada gostamos muito está à venda. Na primeira frase, não ocorreu preposição antes do pronome relativo cujo, porque o verbo representar é transitivo direto. Já na segunda frase, o pronome cujo aparece precedido de preposição de, porque o verbo gostar assim o exige. 10 COLOCAÇÃO PRONOMINAL 10.1 Quadro Geral dos Pronomes Oblíquos Átonos Pronome me te se nos vos lhe(s) o(a)(s) Pessoa 1ª sg. 2ª sg. 3ª sg./pl. 1ª pl. 2ªpl. OI hum. OD em geral 10.2 Colocações 10.2.1 Próclise ( pronome antes do verbo) Ocorrerá próclise quando houver elementos de atração, de acordo com o quadro abaixo. Elementos de atração Exemplos advérbio não virgulado Não SE constroem mais automóveis somente de metal. pronome relativo O menino que NOS orientou é guia-mirim. pronome indefinido Ninguém TE ajudou quanto teu pai. pronome interrogativo Quanto LHE custou o processo? conjunção subordinativa Embora SE fizesse de vítima, era o algoz. 10.2.2 Mesóclise (pronome no meio do verbo) Ocorrerá mesóclise com verbos no futuro do presente e do pretérito, se não houver razão para a próclise. Providenciar-SE-ão as credenciais em seguida. Expedir-SE-iam os alvarás se a documentação estivesse atualizada. Entregar-ME-iam as provas se eu delatasse os parceiros. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 24. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 19 10.2.3 Ênclise (pronome depois do verbo) Ocorrerá ênclise no início de frase ou oração e nos demais casos em que não for possível a próclise. Entreguem-SE as certidões. Por favor, diga-ME onde fica tal rua. Atualmente, fabricam- SE tênis até para crianças que ainda não caminham. 10.3 Nas locuções verbais, a colocação é, de regra, livre, considerando-se o costume da língua. É preciso observar, porém, que o verbo principal na forma de particípio não aceita ênclise. Nos demais casos, a colocação é livre. Observe: Próclise ao auxiliar Os trabalhadores SE têm retirado mais cedo. Ênclise ao auxiliar Os trabalhadores têm-SE retirado mais cedo. Ênclise ao principal As candidatas vão apresentar-SE amanhã. 10.4 Acomodações dos pronomes oblíquos átonos aos verbos. 10.4.1 Verbos terminados em R, S e Z + o, os, a, as Cortam-se R, S e Z finais e se soma L aos pronomes: fazer+as = fazê-las; comprometer+os = comprometê-los; mandamos+as = mandamo-las; fiz+os = fi-los... 10.4.2 Verbos terminados em M e ÕE + o, os, a, as Acrescenta-se N aos pronomes: demitiram+o = demitiram-no; põe+as = põe-nas. 10.4.3 Verbos terminados em MOS + nos Corta-se o S final do verbo: demoramos+os = demoramo-nos. 11 EMPREGO DA CRASE 11.1 Estrutura da Crase Verbo ou nome que exige preposição a à palavra feminina Atenderemos à população carente. Estava apto à direção do setor. Tinha tendência à embriaguez. Passou rente à parede da casa. 11.2 Crase Proibida Não existe crase antes de Exemplos 1. palavra masculina O sol estava a pino. Viajou a trabalho. 2. verbo Começará a chover em breve. 3. expressão de tratamento Enviaremos ofício a Vossa Excelência. 4. pronome indefinido Isso não interessa a ninguém. 5. pronome pessoal Referiu-se a mim, a ti e a ela. 6. pronome demonstrativo Remeta a carta a essa empresa. 7. “uma” Dirigiu-se a uma farmácia daquela rua. 8. no a singular antes de palavra no plural Fez críticas a pessoas ligadas ao setor. 9. entre palavras repetidas Ficaram cara a cara, frente a frente. 10. depois de preposição A aula foi adiada para as 16h. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 25. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 20 Entenda por quê: nos casos 1 a 9, o a que aparece nos exemplos é apenas preposição; não há crase nesses casos, porque não existe o segundo a, que é o artigo. No caso 10, porém, o a que aparece no exemplo é artigo; nesse último caso também não há crase, porque falta o primeiro a, que é preposição. 11.3 Pode Haver Crase Caso Quando Exemplos antes de indicações horárias Somente em hora determinada. Iniciaremos os debates às 15h e encerraremos às 18h30min. antes de nome próprio feminino Opcionalmente. Faremos homenagem à Marcela/a Marcela. antes de QUE e DE Se houver palavra feminina subentendida entre o A e o QUE ou DE. Sua lealdade é semelhante à de seu pai. antes de nome de localidade Somente nas localidades femininas. Foi à Bahia e a Santa Catarina. antes de nome de localidade especificada Sempre. Foi à Santa Catarina das belas praias. antes de QUAL e flexão Se A QUAL puder ser substituído por AO QUAL no masculino. A cerimônia à qual comparecemos terminou cedo. (O evento ao qual comparecemos...) antes de pronomes possessivos femininos Opcionalmente, se o A e o possessivo vierem no singular; obrigatoriamente, se ambos vierem no plural. Enviaram brindes à/a sua matriz e às suas filiais. no a inicial dos demonstrativos AQUILO, AQUELE(A)(S) Se forem substituíveis por A ISSO, A ESSE(A) (s). O jornal referiu-se àquele senador. (... a esse...) antes das palavras moda ou maneira, mesmo subentendidas Sempre. Bife à milanesa. Namoravam à antiga. nas locuções adverbiais femininas Sempre. Fazia tudo às claras. Viajou às custas do pai. Antes das palavras casa, terra, altura e distância Somente se vierem especificadas. Fui a casa. Fui à casa de amigos. Comportou-se a altura. Comportou-se à altura de um diplomata. em expressões como à vista e outras Opcionalmente. Vendeu a/à vista. A polícia foi recebida a/à bala. depois da preposição até Opcionalmente. Foram até as/às margens. 12 CONJUGAÇÃO VERBAL 12.1 Noções Básicas 12.1.1 Modo Verbal Modo verbal é a visão psicológica em que se coloca a ação verbal. 12.1.2 Tempo Verbal Tempo verbal é a situação cronológica em que se instala a ação verbal. 12.1.3 Pessoa Verbal Pessoa verbal é o agente da ação verbal. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 26. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 21 12.1.3.1 As pessoas verbais singular plural 1ª – eu 1ª – nós 2ª – tu 2ª – vós 3ª – ele(a) 3ª – eles (as) 12.1.4 Terminações Verbais ordem terminação exemplos 1ª - ar andar, amar, estar, caminhar... 2ª - er receber, ter, dizer, fazer... 3ª - ir dormir, referir, induzir, ferir... 12.1.4.1. A terminação -OR Pertence ao verbo PÔR e seus derivados (COMPOR, REPOR, OPOR...) 12.1.5 Formas Nominais forma terminação exemplos infinitivo -r andar, viver, sorrir... gerúndio -ndo andando, vivendo, sorrindo... particípio -ado,-ido andado, vivido, sorrido... 12.1.5.1 Observação sobre os particípios irregulares. algumas terminações exemplos -RTO, -STO, -ITO ... aberto, posto, feito... 12.1.5.2 Observação sobre o verbo VIR. O verbo VIR possui forma única para particípio e gerúndio: VINDO. Observe os exemplos: particípio: Elas têm VINDO diariamente a esta biblioteca. Troca-se por: Elas têm ESTUDADO diariamente nesta biblioteca. gerúndio: Elas estão VINDO no mesmo avião. Troca-se por:Elas estão VIAJANDO no mesmo avião. 12.2 Quadro Geral dos Tempos e Modos Indicativo Indicativo é o modo pelo qual se expressa ação certa e incondicional. pessoa verbal presente pretérito perfeito pretérito imperfeito eu trabalho trabalhei trabalhava tu trabalhas trabalhaste trabalhavas ele(a) trabalha trabalhou trabalhava nós trabalhamos trabalhamos trabalhávamos vós trabalhais trabalhastes trabalháveis eles (as) trabalham trabalharam trabalhavam WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 27. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 22 pessoa verbal pretérito mais-que- perfeito futuro do presente futuro do pretérito eu trabalhara trabalharei trabalharia tu trabalharas trabalharás trabalharias ele(a) trabalhara trabalhará trabalharia nós trabalháramos trabalharemos trabalharíamos vós trabalháreis trabalhareis trabalharíeis eles(as) trabalharam trabalharão trabalhariam Subjuntivo Subjuntivo é o modo pelo qual se expressa ação condicionada. pessoa verbal presente pretérito imperfeito futuro eu trabalhe trabalhasse trabalhar tu trabalhes trabalhasses trabalhares ele(a) trabalhe trabalhasse trabalhar nós trabalhemos trabalhássemos trabalharmos vós trabalheis trabalhásseis trabalhardes eles (as) trabalhem trabalhassem trabalharem 12.2.1 Formação do futuro do subjuntivo Tempo primitivo Tempo derivado PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO FUTURO DO SUBJUNTIVO 3ª pessoa do plural 1ª pessoa do singular foram, vieram, voltaram, viram, andaram... subtrai-se am quando eu For, vier, voltar, vir, andar... Imperativo Imperativo é o modo pelo qual se expressa ordem ou solicitação. pessoa verbal afirmativo negativo 2ª do singular trabalha tu Não trabalhes tu 3ª do singular trabalhe você Não trabalhe você 1ª do plural trabalhemos nós Não trabalhemos nós 2ª do plural trabalhai vós Não trabalheis vós 3ª do plural trabalhem vocês Não trabalhem vocês 12.2.2 Formação do Imperativo Presente do indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo trabalho trabalhe trabalhas trabalha tu trabalhes Não trabalhes tu trabalha trabalhe você trabalhe Não trabalhe você trabalhamos trabalhemos nós trabalhemos Não trabalhemos nós trabalhais trabalhai vós trabalheis Não trabalheis vós trabalham trabalhem vocês trabalhem Não trabalhem vocês Observação: a passagem do presente do indicativo para o imperativo afirmativo, nas pessoas tu e vós, sofrerá o corte do S final. Por exemplo: tu andas anda tu WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 28. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 23 12.2.2.1 Formação prática do imperativo em VOCÊ e TU. afirmativo negativo você Pres. do subj. Pres. do subj. tu Pres. do ind. (menos S) Pres. do subj. você Vá e volte logo; não se demore. tu Vai e volta logo; não te demores. 12.3 Verbos terminados em EAR. formas rizotônicas formas arrizotônicas são as que apresentam tonicidade na raiz do verbo são as que apresentam tonicidade fora da raiz do verbo eu freio nós freamos tu freias vós freais ele(a) freia eles(as) freiam Exemplos: granjear, cear, alhear, abigear, folhear, frear... 12.4 Verbos terminados em IAR. formas rizotônicas formas arrizotônicas eu avalio nós avaliamos tu avalias Vós avaliais ele(a) avalia eles(as) avaliam Exemplos: afiar, desafiar, ampliar, aviar, desfiar, avaliar, premiar ... 12.5 Os verbos da turminha do MÁRIO – Mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar. formas rizotônicas formas arrizotônicas funcionam como as formas verbais terminadas em EAR funcionam como as formas verbais terminadas em IAR eu medeio, anseio, remedeio... nós mediamos, ansiamos, remediamos tu medeias vós mediais ele(a) medeia eles(as) medeiam 12.6 Verbos Derivados O que são? São verbos formados pela soma de prefixos a verbos primitivos. Exemplos: rever, impor, recompor... 12.6.1 Como funcionam? Devem ser conjugados como os primitivos. prefixos presente do indicativo pretérito perfeito futuro do subjuntivo RE- ponho pus puser DE- pões puseste puseres COM- põe pôs puser SU- pomos pusemos pusermos INTER- pondes pusestes puserdes IM- põem puseram puserem Conclusão: bastará conjugar o verbo na sua forma primitiva e somar o prefixo para obter o derivado. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 29. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 24 12.6.1.1 Exceções à regra. prover requerer Significa sustentar, administrar. Não se conjuga como o primitivo VER. Significa solicitar direito que se tem ou se supõe ter. Não se conjuga como o primitivo QUERER. ver (primitivo) prover (derivado) querer (primitivo) requerer (derivado) Pretérito perfeito Pretérito perfeito Pretérito perfeito Pretérito perfeito eu vi eu provi eu quis eu requeri tu viste tu proveste tu quiseste tu requereste ele(a) viu ele(a) proveu ele(a) quis ele(a) requereu nós vimos nós provemos nós quisemos nós requeremos vós vistes vós provestes vós quisestes vós requerestes eles(as) viram eles(as) proveram eles(as) quiseram eles(as)requereram 12.7 Reaver – um verbo especial. O que significa e como funciona? Reaver significa recuperar, resgatar. É derivado de HAVER e só poderá ser conjugado nas pessoas, tempos e modos em que o verbo HAVER apresentar a letra V. Exemplos haver reaver haver reaver haver reaver presente do indicativo presente do indicativo presente do subjuntivo presente do subjuntivo pretérito perfeito pretérito perfeito hei - haja - houve reouve hás - hajas - houveste reouveste há - haja - houve reouve havemos reavemos hajamos - houvemos reouvemos haveis reaveis hajais - houvestes reouvestes hão - hajam - houveram reouveram 12.8 Verbos abundantes. O que são? São os que possuem duas formas válidas de particípio. Exemplos: imprimido/impresso; salvado/salvo... Como funcionam? De acordo com o verbo auxiliar (veja quadro abaixo) verbo auxiliar forma do particípio TER ou HAVER regular (-ado - -ido) SER ou ESTAR irregular Exemplos As crianças tinham salvado os dois cães do sacrifício. Os dois cães foram salvos do sacrifício. Atenção para os seguintes verbos: Os verbos ... ... apresentam os seguintes particípios na forma culta ganhar ganho pagar pago gastar gasto abrir aberto escrever escrito pegar pegado chegar chegado WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 30. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 25 13 VOZES VERBAIS Vozes são a forma em que se apresenta o verbo para indicar a relação que há entre ele e o seu sujeito. 13.1 Processo de Apassivamento e Retorno à Voz ativa Funções da ativa... ... transformam-se na passiva em sujeito agente da passiva verbo particípio, recebendo um verbo SER auxiliar objeto sujeito da passiva Exemplo Um vento súbito destelhou centenas de casas no litoral catarinense. Centenas de casas no litoral catarinense foram destelhadas por um vento súbito. 13.2 Processo de Passagem da Analítica Para a Sintética a) O particípio assume a forma do verbo ser auxiliar e recebe a partícula se. b) O verbo ser auxiliar desaparece. Exemplo Os automóveis daquela empresa foram vendidos. Venderam-se os automóveis daquela empresa. 14 DISCURSO DIRETO E INDIRETO Discursos são as modalidades da fala. 14.1 Quadro Técnico de Transposição do Discurso Direto para o Indireto Discurso Direto Discurso Indireto pronomes eu, me, mim, comigo, nós, nos, conosco ele, ela, se, o, a, lhe, si, consigo, eles, elas, os, as, lhes presente do indicativo pretérito imperfeito do indicativo pretérito perfeito do indicativo pretérito mais-que-perfeito do indicativo futuro do presente do indicativo futuro do pretérito do indicativo presente do subjuntivo futuro do subjuntivo imperativo pretérito imperfeito do subjuntivo este, esta, isto aquele, aquela, aquilo aqui, cá ali, lá agora, hoje naquela ocasião, naquele dia, etc. 14.2 Quadro de Exemplos de Transposição do Discurso Direto para o Indireto Discurso Direto Discurso Indireto 1. A inspetora disse-lhe: “Eu o conheço”. A inspetora disse-lhe que ela o conhecia. 2. Apontou para o prédio e falou: “Isto aqui é uma construção forte”. Apontou para o prédio e falou que aquilo ali (ou lá) era uma construção forte. 3. Lauro lançou-lhe um olhar severo, pedindo: “Pare com essas brincadeiras”. Lauro lançou-lhe um olhar severo, pedindo que parasse com aquelas brincadeiras. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 31. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 26 15 COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO 15.1 Processo de Coordenação oração coordenada assindética nexo oração coordenada sindética ... Os textos ficaram prontos, mas ainda não foram revisados. 15.2 Quadro Geral das Conjunções Coordenativas CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÕES RELAÇÃO DE IDÉIA aditivas e, nem adição adversativas mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante oposição alternativas ou, ou ... ou, ora ... ora, nem ... nem, seja ... seja, quer ... quer alternância conclusivas logo, portanto, por isso, por consequência, por conseguinte, consequentemente, conseguintemente conclusão explicativas pois, porque explicação Observe as seguintes frases: As condições de trabalho eram adequadas. O salário era muito bom. As condições de trabalho eram adequadas, e o salário era muito bom. oração coordenada assindética nexo oração coordenada sindética aditiva As condições de trabalho eram adequadas. O salário era muito baixo. As condições de trabalho eram adequadas, mas o salário era muito baixo. oração coordenada assindética nexo oração coordenada sindética adversativa Não fique preocupado. Tudo dará certo. Não fique preocupado, porque tudo dará certo oração coordenada assindética nexo oração coordenada sindética explicativa 15.2 Processos de Subordinação oração principal nexo oração subordinada Gostava de brincar com crianças embora não quisesse ter filhos. nexo oração subordinada oração principal Embora gostasse de brincar com crianças, nunca quis ter filhos. oração... nexo oração subordinada ...principal As árvores, ainda que tivessem sido podadas, apresentavam copas exuberantes. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 32. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 27 15.3 Quadro Geral das Conjunções Subordinativas CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÕES RELAÇÃO DE IDÉIA condicionais se, contanto que, desde que, caso condição concessivas embora, ainda que, mesmo que, em que pese, conquanto, posto que oposição conformativas conforme, segundo, consoante conformidade comparativas como, tal como, tanto como, tal qual, tanto quanto comparação consecutivas tão, tal, tamanho, tanto ... que conseqüência causais porque, porquanto, já que, visto que, uma vez que, haja vista que causa proporcionais à proporção que, à medida que, ao passo que proporcionalidade temporais quando, enquanto tempo finais para, a fim de, a fim de que finalidade Observe as seguintes frases. Nós fomos chamados quando a situação se complicou. oração principal nexo oração subordinada adverbial temporal Ele nos visitará amanhã se lhe derem folga. oração principal nexo or. sub. adverbial condicional Se tudo correr bem, os resultados da apuração serão conhecidos ainda hoje. nexo or. sub. adv. condicional oração principal Os meninos, quando foram interrogados, denunciaram o malfeitor. oração... nexo or. sub. adv. temporal ... principal 15.3.1 Os nexos polissêmicos Há muitas palavras em Língua Portuguesa que apresentam polissemia, isto é, podem ser empregadas com sentidos diferentes. Tudo, na verdade, depende do contexto. Entre os nexos, existem dois polissêmicos: 15.3.1.1 O nexo COMO pode ser causal = porque e no início da oração A raposa, como não pôde alcançar as uvas, desdenhou o pomar. conformativo = conforme ou segundo As tabelas de frete serão mantidas como determinou o setor de transporte. comparativo = tal qual Gritava e gesticulava como se fosse louca. 15.3.1.2 O nexo DESDE QUE pode ser condicional = se/caso Retornaria à festa desde que lhe dessem carona. temporal = desde quando Todos ficaram aguardando o reaparecimento do ator desde que ele saiu de cena. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 33. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 28 16 TERMOS DA ORAÇÃO 16.1 Quadro Geral dos Termos da Oração Essenciais Integrantes Acessórios  Sujeito  Predicado  Objeto Direto  Objeto Indireto  Complemento Nominal  Predicativo  Agente da Passiva  Aposto  Vocativo  Adjunto Adverbial  Adjunto Adnominal É preciso observar, portanto, que os termos da oração nada mais são do que as funções sintáticas que as palavras e expressões exercem dentro da oração. 16.1.1 Essenciais 16.1.1.1 Sujeito é o agente da ação verbal Busca-se o sujeito por meio da pergunta: QUEM É QUE + VERBO? 16.1.1.1.2 Classificação do Sujeito Simples – é formado por um núcleo. As últimas encomendas chegaram ao Brasil em agosto. O núcleo é encomendas. Composto – é formado por dois ou mais núcleos. África e Ásia são continentes exóticos para a nossa cultura. Os núcleos são África e Ásia. Desinencial – é indicado pela desinência de pessoa presente no verbo. Fomos felizes. Estás satisfeito com os resultados? Na primeira frase, a desinência –mos permite identificar o sujeito nós; na segunda, a desinência –s permite identificar o sujeito tu. Indeterminado – apresenta-se pelas seguintes estruturas: a) verbo na 3ª pessoa do plural – Furaram o cerco da polícia. b) verbo intransitivo + se – Vive-se bem em algumas cidades daquele país. c) Verbo transitivo indireto + se – Precisa-se de atendentes. Inexistente – diz-se quando a oração apresenta verbo impessoal Faz muitos anos que chove na Páscoa. Haverá dissidências em breve. 16.1.1.2 Predicado é tudo o que se diz do sujeito Retirando-se o sujeito, o que sobra na oração é o predicado. 16.1.1.3 Classificação do Predicado Verbal – formado por verbo intransitivo ou transitivo. As procuradoras do réu apresentaram procurações hoje. Seu núcleo é o próprio verbo. Nominal – formado por verbo de ligação. Todos pareciam muito entusiasmados naquela ocasião. Seu núcleo será um nome (adjetivo ou advérbio). Verbo-Nominal – formado por dois núcleos – verbal e nominal. As atletas chegaram muito cansadas ao hotel. Os núcleos são chegaram e cansadas. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 34. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 29 16.1.2 Integrantes 16.1.2.1 Objeto direto é a palavra ou expressão que integra o sentido de um verbo transitivo direto. Todos pretendiam ver a jovem modelo. Queres uma taça de champanha? 16.1.2.2 Objeto indireto é a palavra ou expressão que integra o sentido de um verbo transitivo indireto. Gosta imensamente de pintura impressionista. Aspirava ao progresso da vila de que era fundador. 16.1.2.3 Complemento nominal é a palavra ou expressão que integra o sentido de um nome (substantivo, adjetivo e advérbio) de sentido incompleto. Saudade de casa – contente com os fatos novos – rente à casa verde A fixação da multa será decidida por uma comissão de condôminos. Era ávido por notícias da Itália. A escola ficava perto da delegacia. 16.1.2.4 Predicativo é o termo ou expressão que se associa ao verbo de ligação, integrando-lhe sentido. As senhoras pareciam confusas e revoltadas com o descaso do porteiro. 16.1.2.4.1 Classificação do Predicativo Do sujeito – Animais de estimação estavam sendo vacinados. O predicativo qualifica o sujeito (animais). Do objeto – Vimos animais sendo vacinados ontem. O predicativo qualifica o objeto (animais). 16.1.2.5 Agente da passiva é o termo que corresponde, na ativa, ao sujeito. A conta pública sempre será paga pelo povo. (Na ativa: O povo sempre pagará a conta pública.) Duas das cartas encontradas foram escritas pelo dono do hotel. (Na ativa: O dono do hotel escreveu duas das cartas encontradas.) 16.1.3 Acessórios 16.1.3.1 Aposto é a palavra ou expressão que qualifica alguém ou algo. Roberto Rodrigues, médico legista, fará palestra sobre morte súbita. 16.1.3.2 Vocativo é a palavra ou expressão empregada para se dirigir a alguém ou algo. Preste atenção, meu amigo, às notícias que estão sendo veiculadas. 16.1.3.3 Adjunto adverbial é palavra ou expressão empregada para revelar ou esclarecer uma circunstância de tempo, lugar, modo... As denúncias, na atualidade, chegam às raias da banalidade. Naquele rancho à beira da estrada, morava um casal de agricultores. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 35. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 30 16.1.3.4 Adjunto adnominal é a palavra ou expressão que se une ao nome, como artigo, numeral, adjetivo... Motorista de táxi – chapéu de palha – anel de ouro – cadeira de vime As duas primeiras candidatas escolherão a cidade onde trabalharão. 17 PONTUAÇÃO 17.1 Casos de Vírgula I A vírgula é empregada para a) separar elementos de igual função sintática Os pais, os alunos, os professores e a comunidade reconstruirão o ginásio de esportes. b) separar orações coordenadas (exceto iniciadas por E) Fizemos o que era possível, mas não conseguimos salvar as cópias do contrato. c) marcar a supressão intencional do verbo Ela é uma lutadora; seu filho, um exemplo. 17.1.1 O Caso da Vírgula Antes do E unindo sujeitos iguais = sem vírgula As pessoas investem em educação e ampliam seus horizontes culturais. unindo sujeitos diferentes = com vírgula As pessoas investem em cultura, e a sociedade ganha em qualificação. 17.2 Casos de Vírgula II A vírgula é empregada para a) isolar o aposto O vizinho, um aposentado de 70 anos, era o guardião da rua. b) isolar o vocativo Por piedade, Genésio, deixe essa criança brincar agora. c) isolar adjunto adverbial deslocado¹ As lunetas, àquela hora da noite, já não se prestavam a enxergar janelas indiscretas. d) isolar oração subordinada adverbial deslocada Tales, quando comprava o jornal, lia as notícias para todos da família. e) isolar predicativo deslocado Nervosa, a senhora pediu licença para deixar o hospital. f) isolar conjunção adversativa e conclusiva deslocada Naquela época, era interessante saber dos fatos pelos colegas; hoje, porém, sabe-se de tudo pelos meios de comunicação. g) isolar oração adjetiva explicativa² As crianças, que estão em formação, merecem amparo. Observação¹ - o isolamento do adjunto adverbial deslocado é opcional, mas aconselhável. Observação² - as orações subordinadas adjetivas restritivas não levam vírgulas: As crianças que sofrem de algum mal merecem cuidados especiais. Equivalências entre sinais de pontuação Nos casos de isolamento, as vírgulas podem ser substituídas por travessões ou por parênteses, sem que isso cause alteração no sentido do texto. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 36. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 31 17.3 Casos de Dois-Pontos O dois-pontos é empregado para introduzir a) citação A depoente afirmou: “Meu filho não retornou para casa”. b) aposto Todos nos passaram uma segurança: que não haveria aumento de impostos. c) explicação Ela o expulsou da reunião: ele estava insuportável. d) enumeração Traga da feira os seguinte: feijão, linguiça, farinha e charque. Equivalência entre sinais de pontuação O dois-pontos pode ser substituído, em qualquer dos casos, por travessão. 17.4 Casos de Ponto-e-Vírgula O ponto-e-vírgula é empregado para a) separar orações coordenadas de sentidos opostos sem conetivo Para alguns, liberdade é um direito; para outros, um sonho. b) separar orações coordenadas adversativas e conclusivas de conetivo deslocado Nós viajaremos ainda hoje; alguns, porém, só seguirão amanhã. 18 SEMÂNTICA E SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 18.1 Semântica é a parte da Gramática que trata da significação das palavras e expressões. Em NOITE – MORTE – DIA – SOL – CHUVA – RISO – CHORO – INÍCIO – FIM, há relações de sinonímia e antonímia, mas, sem dúvida, tais palavras podem ser agrupadas em grupos semânticos. Por exemplo: semanticamente, podem-se agrupar as palavras NOITE e DIA como antônimas, assim como se pode relacionar SOL e CHUVA. Mas também é possível relacionar CHORO e MORTE como conseqüentes. 18.1.1 Sinonímia Parte da gramática que se ocupa de termos que têm igual significado: CRIANÇA e INFANTE, por exemplo. Mas é preciso observar que a sinonímia pode ocorrer entre termos diferentes, mas contextualmente próximos ou equivalentes. 18.1.2 Antonímia Parte da gramática que se ocupa de termos de significados contrários, como, por exemplo, MORTE e VIDA. Mas é preciso observar que a antonímia pode ocorrer entre termos diferentes, mas contextualmente opostos. 18.1.3 Homonímia Do Grego homòs (igual) + onma (nome), homônimos são palavras idênticas na grafia e na pronúncia, distinguindo-se apenas na semântica. Por exemplo: são 1. sadio (latim = sanus) 2. santo (latim = sanctus) 3. verbo ser (latim = sunt) WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 37. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 32 18.1.4 Paronímia São vocábulos que apresentam semelhança na grafia e/ou na pronúncia. Por exemplo: discriminar = diferenciar descriminar = inocentar 18.1.4.1 Lista de Alguns Parônimos Mais Empregados Palavra Significado Palavra Significado acender atear fogo cesta balaio ascender elevar-se sexta numeral acento sinal gráfico concertar harmonizar assento banco consertar remendar, reparar acerto precisão espectador assistente asserto afirmação expectador quem está na expectativa apreçar arcar o preço esperto astuto apressar acelerar experto perito área superfície expiar pagar com sofrimento; reparar falta ária cantiga esterno nome de um osso do peito (anatomia humana) arrear pôr arreios externo que está por fora arriar baixar estrato tipo de nuvem arrochar apertar extrato perfume; resumo arroxar tornar roxo era época caçar apanhar, perseguir hera planta cassar invalidar, destituir incerto duvidoso carear confrontar, acarear inserto introduzido cariar criar cárie incipiente principiante cegar privar da visão insipiente ignorante segar ceifar laço nó cela cubículo lasso frouxo, cansado sela arreio maça clava censo recenseamento massa mistura com farinha senso juízo paço palácio cerrar fechar passo ato de avançar o pé serrar cortar peão serviçal de estância cessão ato de ceder pião brinquedo seção (secção) parte, setor tacha prego sessão reunião taxa imposto cheque ordem de pagamento vós pronome pessoal xeque lance de xadrez; chefe de tribo oriental voz som da laringe 19 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 19.1 Por que interpretar textos? Modernamente, os concursos públicos em geral têm submetido os candidatos a testes de compreensão de leitura, apresentando propostas que põem à prova a atenção e o raciocínio. Para tanto, quem se submete a interpretar textos, seja para responder a questões de concursos, seja pela atividade profissional que exerce, precisa entender os mecanismos dos textos. 19.2 Tipos de Testes As bancas dos concursos públicos têm renovado e aperfeiçoado o antigo modelo do texto com enunciado e cinco alternativas. A partir disso, é possível verificar a sistemática em que são propostas as questões e examiná-las à luz das ocorrências mais modernas. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 38. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 33 19.3 Tipos de Enunciados O exame dos enunciados apresentados nos últimos anos em concursos públicos garante ao respondente situar-se de modo mais objetivo e seguro em relação ao que se solicita a partir dos textos. Assim, são comuns alguns tipos de enunciados como os que passam a ser estudados. 19.3.1 Compreensão Exclusiva do Texto O mais comum dos enunciados é o que propõe ao respondente assinalar a alternativa que retrata o que o texto traz de modo geral. Via de regra, tais enunciados aparecem assim: De acordo com o texto Conforme o texto Para responder a esse tipo de enunciado, é importante que se tenha presente o fato de que a banca solicita indicação de alternativa que contenha apenas idéia presente no texto, sem extrapolação. 19.3.2 Compreensão Além do Texto É fundamental considerar, também, o tipo de enunciado que, por sua redação, leva o candidato a compreender interpretações não presentes no texto, mas autorizadas pelo texto. Via de regra, tais enunciados aparecem assim: A partir do texto Com base no texto, é possível afirmar que Portanto são notáveis as duas formas de solicitar compreensão de leitura com base em questões objetivas. Outras formas de pedir existem, como, por exemplo, a solicitação de interpretação de parte do texto, com base em um ou em alguns parágrafos, ou, também, indagar-se do respondente sobre a idéia central do texto. A isso se chama inferência. 19.4 Tipos de Deformações Para realizar uma questão objetiva sobre compreensão de texto, o examinador lança mão de cinco alternativas, cada qual contendo uma visão diferenciada do assunto. Se a questão busca a afirmação correta, quatro delas naturalmente apresentam defeitos. Essas deformações são sistemáticas e repetitivas, porque só existem cinco caminhos para causar imperfeição numa mensagem. São elas: Ampliação Consiste em aumentar a mensagem ou a idéia. Por exemplo, se num texto está a seguinte informação: A maioria dos jovens preocupa-se com os descaminhos da política embora eles nem sempre aparentem preocupação. Tal informação estaria deformada por ampliação na alternativa que reproduzisse a mensagem com o seguinte equívoco: Os jovens preocupam-se com os descaminhos da política embora nem sempre aparentem preocupação. Observe que a maioria dos jovens é uma parte dos jovens, e os jovens são o todo. Eis um exemplo de ampliação. Restrição Consiste no contrário da ampliação, isto é, em diminuir idéia presente no texto. Por exemplo, se num texto afirma-se que Roupas de brim vendem bem o ano todo, embora sejam quentes no verão e frias no inverno. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 39. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 34 Estaria deformada por restrição a alternativa que contivesse a seguinte mensagem: Roupas de brim vendem mais no verão e no inverno, apesar de não serem adequadas para essas estações. Verifica-se na afirmação que a idéia veio equivocada com relação à época em que se vendem roupas de brim: o ano inteiro para mais no inverno e no verão, o que consiste numa restrição de mensagem. Oposição Como o nome sugere, oposição consiste em afirmar o contrário do que o texto traz. Quase sempre, porém, as afirmações não são feitas de forma tão clara, de modo a permitir facilmente identificar uma contrariedade. As bancas preferem caminhos mais elaborados, como, por exemplo, lançar mão de vocábulos de domínio mais restrito. Observe este exemplo: O amor prescinde da amizade. Estaria deformada por oposição a afirmação O amor precisa da amizade. Prescindir, apenas para lembrar, significa passar sem, pôr de lado, renunciar a, dispensar, enquanto precisar significa necessitar, ter necessidade de, carecer, que é o contrário de prescindir. Inversão Também chamada troca, consiste em inverter elementos associados entre si, mascarando a mensagem. Por exemplo, na afirmação As coisas têm o valor do aspecto, e o aspecto depende da retina. Estaria invertendo posições dos argumentos, reassociando-os, a mensagem que apresentasse a seguinte ordem As coisas têm o valor que lhes dá a retina, e a retina depende do aspecto. Alienação Consiste em afirmar o que no texto não se afirma, ou seja, apresenta idéia estranha ao texto. Por exemplo, numa afirmação como a seguinte: Num país como o Brasil do século XIX, ser funcionário público era estar perto dos donos do poder. Consistiria em alienação afirmação que contivesse, por exemplo, a seguinte informação: Era necessário ter muito poder, no Brasil do século XIX, para ser funcionário público. É evidente que a idéia acima apresentada não guarda relação com o texto original. Eis um exemplo de alienação. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 40. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 35 20 REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS 20.1 Manual de Redação da Presidência da República (mantidos texto e numeração originais do MRPR – Portaria n. 91/2002) 1. O que é Redação Oficial Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo. A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. Além de atender à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradição. Há normas para sua elaboração que remontam ao período de nossa história imperial, como, por exemplo, a obrigatoriedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 – de que se aponha, ao final desses atos, o número de anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi mantida no período republicano. Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público). Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações oficiais foram incorporados ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos expedientes, etc. Mencione-se, por exemplo, a fixação dos fechos para comunicações oficiais, regulados pela Portaria no 1 do Ministro de Estado da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de meio século de vigência, foi revogado pelo Decreto que aprovou a primeira edição deste Manual. Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases. A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc. Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada uma delas. 1.1. A Impessoalidade A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a) alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 41. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 36 Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre: a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal. Desta forma, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta da interferência da individualidade que a elabora. A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade. 1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada. Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que a) se observam as regras da gramática formal, e b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias lingüísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária. Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 42. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 37 A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. [...] 1.3. Formalidade e Padronização As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento 4desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos. A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização. Consulte o Capítulo II, As Comunicações Oficiais, a respeito de normas específicas para cada tipo de expediente. 1.4. Concisão e Clareza A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias. O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao princípio de economia lingüística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, conforme já sublinhado na introdução deste capítulo. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais características da redação oficial. Para ela concorrem: a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão; c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos; d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos lingüísticos que nada lhe acrescentam. É pela correta observação dessas características que se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção. Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos em decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não possam ser dispensados. A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunicações quase sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 43. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 38 Por fim, como exemplo de texto obscuro, que deve ser evitado em todas as comunicações oficiais, transcrevemos a seguir um pitoresco quadro, constante de obra de Adriano da Gama Kury, , a partir do qual podem ser feitas inúmeras frases, combinando-se as expressões das várias colunas em qualquer ordem, com uma característica comum: nenhuma delas tem sentido! O quadro tem aqui a função de sublinhar a maneira de como não se deve escrever: 2. Introdução A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais da Redação Oficial. Além disso, há características específicas de cada tipo de expediente, que serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de passarmos à sua análise, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicação oficial: o emprego dos pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificação do signatário. 2.1. Pronomes de Tratamento 2.1.1. Breve História dos Pronomes de Tratamento O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga tradição na língua portuguesa. De acordo com Said Ali, após serem incorporados ao português os pronomes latinos tu e vos, “como tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a palavra”, passou-se a empregar, como expediente lingüístico de distinção e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento de pessoas de hierarquia superior. Prossegue o autor: “Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra a um atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e não a ela própria. Assim, aproximavam-se os vassalos de seu rei com o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim, usou-se o tratamento ducal de vossa excelência e adotaram-se na hierarquia eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade, vossa eminência, vossa santidade. A partir do final do século XVI, esse modo de tratamento indireto já estava em voga também para os ocupantes de certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e depois para o coloquial você. E o pronome vós, com o tempo, caiu em desuso. É dessa tradição que provém o atual emprego de pronomes de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às autoridades civis, militares e eclesiásticas. 2.1.2. Concordância com os Pronomes de Tratamento Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”. Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa... vosso...”). Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”. 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. São de uso consagrado: Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: a) do Poder Executivo; Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 44. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 39 Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União.Prefeitos Municipais. b) do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. c) do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador, No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma: A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça 70064-900 – Brasília. DF A Sua Excelência o Senhor Senador Fulano de Tal Senado Federal 70165-900 – Brasília. DF A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10a Vara Cível Rua ABC, n. 123 01010-000 – São Paulo. SP Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR
  • 45. Prof. Alberto Menegotto PORTUGUÊS 40 Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é: Senhor Fulano de Tal, (...) No envelope, deve constar do endereçamento: Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, nº 123 12345-000 – Curitiba. PR Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações. Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo: Magnífico Reitor, (...) Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são: Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é: Santíssimo Padre, (...) Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais. Corresponde- lhe o vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, (...) Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos. 2.2. Fechos para Comunicações O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial: a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente, b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente, Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores. WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR