Os cidadão mineiros não podem ficar calados e inertes diante de tanta impunidade que denigre a sua história!
Faça suas denúncias, mostre sua indignificação no www.minasparticipativa.org
2. Depois de mais de dois meses pesquisando, ouvindo e
apurando denúncias de “especialistas de mercado” sobre
uma nova lavanderia de dinheiro, Novojornal conclui
reportagem que traz à tona um esquema com a participação
de vários políticos, jornalistas, empresários de diversos
setores da economia nacional e mineira, que absorveu todo
esquema de corrupção e sonegação outrora executados pelas
agências de publicidade SMP&B e DNA, desmontado após
comprovação através da CPI dos Correios e investigação da
Polícia Federal (PF), o que culminou com a denúncia
apresentada pelo Procurador da República no explosivo
mensalão, desdobrado posteriormente em mensalão mineiro.
Integraram esta denúncia Marcos Valério e Cristiano
Paz, proprietários da DNA e SMP&B.
O primeiro, após cair em desgraça, tirou de cena o
segundo, verdadeiro autor da engenharia contábil e
financeira que, por décadas, serviu principalmente aos
governos mineiro e federal, além de autarquias, empresas
públicas e privadas.
Segundo os “especialistas”, Valério entrara no “ramo” há
pouco tempo, representando um “sócio oculto”. Cristiano
Paz, diante da falta de condições em utilizar as agências de
publicidade para servir seus tradicionais clientes, migrou
para o Museu Inhotim, situado no município de
Brumadinho, a 60 quilômetros de Belo Horizonte.
3. Inhotim, até então, era apenas um hobby excêntrico
pertencente a Bernardo Paz, irmão de Cristiano. Bernardo Paz é
um “playboy” que passou sua vida gastando a enorme fortuna
deixada por seu ex-sogro, o falecido banqueiro João do
Nascimento Pires, proprietário do extinto Banco Mineiro do
Oeste.
Em 2002 foi fundado o Instituto Cultural Inhotim, entidade sem
fins lucrativos, dessa forma, “isenta” de pagamento de
impostos.
Embora sujeito a fiscalização, ficou literalmente de fora das
investigações do mensalão. Sua contabilidade no período das
apurações do caso mensalão simplesmente evaporou, segundo
informações de participantes das investigações.
Após essa transformação, os investidores e patrocinadores dos
projetos de Inhotim, coincidentemente passaram a ser os
mesmos que anteriormente eram clientes da SMP&B e DNA.
É inegável que nas últimas décadas todo esquema de
corrupção, desvio e lavagem de dinheiro, principalmente
público, executado no Brasil, nasceu em Minas Gerais.
Até então tido como um Estado ético e exemplo de
probidade, Minas passou a ser conhecido pela engenhosidade de
contraventores, transvertidos de empresários, políticos e
publicitários.Evidente que a impunidade estimulou o
crescimento da contravenção.
4. Agências de publicidade como SMP&B e
DNA, junto com instituições financeiras como
Banco Rural e BMG, desmontaram o patrimônio do
Estado. Abertamente ofereciam especialização
não nas atividades constantes de seus objetivos
sociais e a disputa entre os Bancos e agência de
propaganda passou a ser daquele que ofereceria
maior competência na prática de contravenções.
Diretores dos bancos ocupavam diretorias do
Banco Central e, diretores de agências, altos
cargos da administração pública, encarregados da
gestão das verbas de publicidade, impedindo
dessa forma a fiscalização ou a punição.
Foi necessário que, em Brasília, após ser
contrariado em seus interesses, o deputado
federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) denunciasse
esquema para que investigações fossem
realizadas. Muitos acham que a mesma foi
superficial e poupou diversos participantes. Agora
entra em cena o novo esquema, através da ONG
Inhotim.
5. Os valores operados anualmente neste esquema ultrapassam R$ 150
milhões. Para dar “saída” ao dinheiro recebido, Inhotim passou a
adquirir enormes áreas no município de Brumadinho.
Compraram escandalosamente, por vultuosas somas, gigantescas
áreas sem qualquer valor comercial ou de mercado, por serem
pirambeiras e mata virgem, todas situadas em áreas de preservação
ambiental.O preço alto pago era apenas para constar das escrituras.
Na verdade, o valor pago era insignificante. Após esta operação, a
diferença entre o valor pago e o valor da escritura estava “lavada”.
Evidente que as operações convencionais de superfaturamento de
promoções e simulação de patrocínio continuaram a acontecer.
Hoje, no cartório de Imóveis de
Brumadinho, comprovadamente, Inhotim é a maior proprietária do
município. Se avaliado a preço de mercado dos imóveis
adquiridos, não chega a 0,5% do valor declarado.
A eficiência do novo modelo, assim como a esperteza e inteligência
dos novos operadores tem que ser reconhecida.
Diante da evidente simpatia da sociedade com os eventos da área
ecológica de Inhotim, a instituição acabou “ficando bem na
foto”, possibilitando a aproximação de diversos profissionais de
credibilidade do “Projeto”.
Depois da utilização das escrituras dos imóveis para lavar uma
montanha de dinheiro e diante da obrigatoriedade de manutenção
das áreas florestais sem qualquer valor comercial, agora querem
ficar livres deste ônus, pretendendo “doar” os mesmos para a União
Federal.
6. Realmente os novos operadores são competentes. Porém, o velho ditado a seguir aplica-se como uma
luva: “Se o malandro realmente fosse malandro deixaria de ser malandro por malandragem”, já que a
ganância e a certeza de impunidade levaram os novos operadores a cometerem um erro fatal.
Diante da influência de um dos grandes “investidores” no projeto Inhotim, deputado federal Narcio
Rodrigues (PSDB-MG), para muitos sócio do governador mineiro e coincidentemente majoritário
eleitoralmente no município, conseguiu-se que o DER/MG asfaltasse um acesso a BR 040, ou seja, a
Inhotim.
A justificativa utilizada novamente é criativa e perfeita: “Acesso a Inhotim”.
Só que, anteriormente, o deputado Narcio Rodrigues e Bernardo Paz compraram todos os imóveis no
trajeto da estrada que liga a BR 040 e, com o novo acesso asfaltado, alcançaram um preço
estratosférico, pois estará próximo ao mega projeto imobiliário Lagoa dos Ingleses, onde encontra-se o
metro quadrado mais caro da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Para o Inhotim, os imóveis nada valem, representam apenas despesas. Como já foram úteis para lavar
dinheiro, inclusive público, agora será entregue à União enquanto os que irão valorizar, devido ao
asfaltamento com investimento público, ficarão com Bernardo e Narcio.
O leitor neste momento certamente estará dizendo: chega. Isto já é demais.
7. Infelizmente não!
Os novos operadores, através de Bernardo, conseguirão
indicar o secretário de Meio Ambiente de Brumadinho, “Dr.
Quintino”, para facilitar o que na região é praticamente
impossível às licenças ambientais.
Bernardo e Narcio pretendem instalar em seus imóveis um
aeroporto, um campo de golfe e um mega Resort. E pior, o
terreno onde serão implantados estes empreendimentos
pertencia ao atual secretário de Meio Ambiente. Segundo
moradores da região, a venda foi aparente, o secretário e
sócio de Bernardo e Narcio.
É realmente inacreditável a certeza da impunidade, visto
que o secretário “Dr. Quintino” concederá a licença
ambiental para um empreendimento que será construído em
um imóvel que anteriormente, no mínimo, era seu.
Atores Fontes da Procuradoria da República e Polícia Federal de
principais: Minas Gerais informam que já “observam” há algum tempo a
nova Lavanderia Mineira e prometem ações em breve.
Bernardo
Paes e
Deputado
federal Atores principais:
Nárcio Marcos Valério e
Rodrigues. Cristiano Paes