1) O documento discute o fenômeno do infotainment, um gênero híbrido entre informação e entretenimento que tem crescido nos meios de comunicação, principalmente televisão.
2) Apresenta teóricos como Williams e de Certeau para analisar esse fenômeno sob a perspectiva dos estudos culturais e como as estruturas de sentimento e percepções mudam.
3) Discute como o infotainment surgiu como uma nova formação cultural que apresenta notícias de maneira mais leve e entretenida.
Jornalismo, semiformação e o espectro do fascismo: apontamentos à luz da Teor...Emerson Campos
Este artigo discute a relação entre jornalismo, semiformação e o espectro do fascismo à luz da Teoria Crítica da Sociedade. Argumenta-se que o jornalismo hegemônico promove processos semiformativos que influenciam a proliferação de sintomas fascistas na sociedade, como discursos de ódio. Defende-se que conceituar o jornalismo como campo de pesquisa na educação pode ajudar a desenvolver formas de jornalismo contra-hegemônico.
Expressões ideoculturais da crise capitalista na atualidade e sua influência...Educação
O documento discute as transformações ocorridas na modernidade e pós-modernidade e suas implicações no serviço social. Apresenta os principais pensadores dessas épocas como Kant, Hegel, Marx e discute como essas correntes influenciaram o serviço social, seja reforçando abordagens conservadoras ou uma perspectiva mais crítica e dialética. Também analisa os desafios atuais da profissão diante das tendências fragmentacionistas e individualistas da pós-modernidade.
E-book MÍDIA TECNOLOGIA E LINGUAGEM JORNALÍSTICA - Coletivo PPJ/UFPBclaudiocpaiva
A entrevista de membros da Mídia Ninja no programa Roda Viva concedeu visibilidade ao grupo e suas táticas de jornalismo alternativo e ativismo político. A cobertura em tempo real dos protestos de 2013 contra o governo ampliou a popularidade da Mídia Ninja e questiona o monopólio da grande imprensa. A análise da entrevista e sua repercussão mostram como o grupo desafia as formas tradicionais de produção e circulação de informação.
O documento discute como a identidade pós-moderna é construída através do consumo em uma sociedade de consumo. A falta de narrativas estáveis levou as pessoas a negociarem suas identidades constantemente através do que consomem. Isso favorece comportamentos narcisistas em que as pessoas buscam sua identidade no consumo e aparência em vez de dentro de si mesmas.
Jornadas de junho.br.com: Mídia, Jornalismo e Redes Sociais 2014claudiocpaiva
O artigo analisa a performance da jornalista Patrícia Poeta no Jornal Nacional ao noticiar os protestos do "Passe Livre" em junho de 2013. Discute como os gestos, entonação de voz e estratégias discursivas da apresentadora buscaram defender a emissora das críticas recebidas durante as manifestações, demonstrando como o corpo e o discurso dos jornalistas constroem sentidos na comunicação televisiva.
Mangá O FenôMeno Comunicacional No Brasil Giovana S. CarlosGiovana S. Carlos
1) O documento analisa o consumo de mangás no Brasil e como podem ser caracterizados como produto de massa.
2) Discutem-se os conceitos de cultura de massa e indústria cultural para entender como os mangás se tornaram populares no Brasil.
3) O resumo explora a história e características das histórias em quadrinhos para fornecer contexto sobre a popularidade dos mangás.
O observatório da imprensa e a crítica da mídia na era digitalclaudiocpaiva
O documento discute o papel do Observatório da Imprensa na crítica da mídia na era digital. Ele analisa como o site monitora notícias, fornece análises e comentários críticos, e promove debates sobre ética jornalística. O documento também examina como o Observatório da Imprensa desconstrói narrativas sensacionalistas e mercantilizadas do sofrimento, contribuindo para um jornalismo mais responsável.
Dos meios às mediações - Jesús Martin-BarbeiroAndréia Pisco
O documento resume as ideias-chave de Jesus Martín-Barbero sobre comunicação, cultura e hegemonia. Ele discute 1) as concepções de povo e cultura popular ao longo da história, 2) o surgimento da noção de massa e sociedade de massa, e 3) como a cultura de massa e as mediações moldaram a hegemonia cultural na América Latina.
Jornalismo, semiformação e o espectro do fascismo: apontamentos à luz da Teor...Emerson Campos
Este artigo discute a relação entre jornalismo, semiformação e o espectro do fascismo à luz da Teoria Crítica da Sociedade. Argumenta-se que o jornalismo hegemônico promove processos semiformativos que influenciam a proliferação de sintomas fascistas na sociedade, como discursos de ódio. Defende-se que conceituar o jornalismo como campo de pesquisa na educação pode ajudar a desenvolver formas de jornalismo contra-hegemônico.
Expressões ideoculturais da crise capitalista na atualidade e sua influência...Educação
O documento discute as transformações ocorridas na modernidade e pós-modernidade e suas implicações no serviço social. Apresenta os principais pensadores dessas épocas como Kant, Hegel, Marx e discute como essas correntes influenciaram o serviço social, seja reforçando abordagens conservadoras ou uma perspectiva mais crítica e dialética. Também analisa os desafios atuais da profissão diante das tendências fragmentacionistas e individualistas da pós-modernidade.
E-book MÍDIA TECNOLOGIA E LINGUAGEM JORNALÍSTICA - Coletivo PPJ/UFPBclaudiocpaiva
A entrevista de membros da Mídia Ninja no programa Roda Viva concedeu visibilidade ao grupo e suas táticas de jornalismo alternativo e ativismo político. A cobertura em tempo real dos protestos de 2013 contra o governo ampliou a popularidade da Mídia Ninja e questiona o monopólio da grande imprensa. A análise da entrevista e sua repercussão mostram como o grupo desafia as formas tradicionais de produção e circulação de informação.
O documento discute como a identidade pós-moderna é construída através do consumo em uma sociedade de consumo. A falta de narrativas estáveis levou as pessoas a negociarem suas identidades constantemente através do que consomem. Isso favorece comportamentos narcisistas em que as pessoas buscam sua identidade no consumo e aparência em vez de dentro de si mesmas.
Jornadas de junho.br.com: Mídia, Jornalismo e Redes Sociais 2014claudiocpaiva
O artigo analisa a performance da jornalista Patrícia Poeta no Jornal Nacional ao noticiar os protestos do "Passe Livre" em junho de 2013. Discute como os gestos, entonação de voz e estratégias discursivas da apresentadora buscaram defender a emissora das críticas recebidas durante as manifestações, demonstrando como o corpo e o discurso dos jornalistas constroem sentidos na comunicação televisiva.
Mangá O FenôMeno Comunicacional No Brasil Giovana S. CarlosGiovana S. Carlos
1) O documento analisa o consumo de mangás no Brasil e como podem ser caracterizados como produto de massa.
2) Discutem-se os conceitos de cultura de massa e indústria cultural para entender como os mangás se tornaram populares no Brasil.
3) O resumo explora a história e características das histórias em quadrinhos para fornecer contexto sobre a popularidade dos mangás.
O observatório da imprensa e a crítica da mídia na era digitalclaudiocpaiva
O documento discute o papel do Observatório da Imprensa na crítica da mídia na era digital. Ele analisa como o site monitora notícias, fornece análises e comentários críticos, e promove debates sobre ética jornalística. O documento também examina como o Observatório da Imprensa desconstrói narrativas sensacionalistas e mercantilizadas do sofrimento, contribuindo para um jornalismo mais responsável.
Dos meios às mediações - Jesús Martin-BarbeiroAndréia Pisco
O documento resume as ideias-chave de Jesus Martín-Barbero sobre comunicação, cultura e hegemonia. Ele discute 1) as concepções de povo e cultura popular ao longo da história, 2) o surgimento da noção de massa e sociedade de massa, e 3) como a cultura de massa e as mediações moldaram a hegemonia cultural na América Latina.
O documento discute a configuração do campo da comunicação na América Latina nas décadas de 1970 e 1980. Apresenta os desafios de estabelecer uma teoria crítica da comunicação que considere as condições de produção, circulação e consumo do discurso. Também aborda como os meios de comunicação de massa transformam eventos em espetáculos e como isso afeta a percepção social da realidade.
A Mediatização dos Discursos de Gênero na Modernidade-MundoLucas Moraes
Análise de Peças Publicitárias em Jornais
Trabalho apresentado à disciplina de Teoria e Técnica da Publicidade I, do curso de Comunicação Social - habilitação em Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Orientador: Prof.Dr. Eneus Trindade
O documento apresenta um plano de aula sobre teorias da comunicação, com informações sobre o professor José Geraldo de Oliveira, ementa, objetivos, metodologia, conteúdo programático e avaliações da disciplina.
O documento discute como a mídia influencia a percepção da realidade através do uso de estereótipos, particularmente no que se refere à beleza humana. A mídia tende a idealizar a beleza de forma estereotipada e, às vezes, manipula imagens para exagerar esses estereótipos, como no caso do Photoshop, podendo alienar as pessoas da realidade.
O documento discute os Estudos Culturais, que analisam o processo social e a evolução da cultura. As mídias de massa desempenham um papel importante nessas estruturas culturais. Também aborda teorias sobre jornalismo, como a teoria do espelho, gatekeeper e organizacional, e como elas influenciam a cobertura noticiosa.
Dionísio na idade mídia 1996 - 2016 (versão port)claudiocpaiva
1. O documento discute como a televisão é vista como uma ameaça à realidade e como causa de alienação, apesar de também ter aspectos estéticos e cognitivos valorizados por autores como McLuhan.
2. Analisa o mito de Dionísio e como ele representa aspectos como êxtase, paixões e hedonismo que podem ser vistos na cultura midiática, especialmente na ficção televisiva brasileira.
3. Argumenta que a ficção televisiva produz uma mitologia contemporânea que alimenta o imaginário social de
Este artigo resume as seguintes ideias em menos de 3 frases:
1) Adorno criticou a indústria cultural que tenta impor à obra de arte um conceito de objeto que não demonstra oposição ao mundo social. 2) O trabalho analisa as representações sociais de estética à luz da teoria de Adorno e Moscovici, mostrando como a noção de beleza mudou na sociedade pós-moderna. 3) Conclui que para Adorno a arte precisa negar a realidade para manter seu poder crítico, já que esta não é mais verdade
Este documento discute a produção social da comunicação. Aborda três teorias principais: 1) A teoria hipodérmica ou das "balas mágicas", que argumenta que os meios de comunicação têm efeitos diretos e poderosos sobre o público; 2) A teoria dos efeitos limitados, como a teoria do "fluxo de comunicação em duas etapas", que argumenta que os meios de comunicação têm influência indireta através de líderes de opinião; 3) A crítica marxista, que argumenta que os meios de
Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...Giovana S. Carlos
O documento descreve a evolução da cultura de massa para a cibercultura, analisando três estágios: cultura de massa, cultura das mídias e cibercultura. A autora usa o fenômeno da cultura pop japonesa no Ocidente como exemplo para ilustrar como o público passou de mero consumidor para participante ativo nesses três estágios.
O documento discute como a prática jornalística pode reproduzir ideologias dominantes de forma involuntária através da seleção e enquadramento das notícias. Argumenta-se que os jornalistas estão inseridos em contextos políticos e que as normas profissionais podem legitimar a ordem vigente de forma implícita. Também se defende que a informação política tende a alinhar posições médias para não perturbar o status quo.
Midia Alternativa P Alem Da Contra InformaçãOAllan Diniz
Este documento discute modelos alternativos de mídia além da contra-informação. Apresenta como o excesso de informação, a espetacularização, a internet e novas sensibilidades em relação à mídia afetam as respostas dos ativistas aos veículos midiáticos hegemônicos. Também reflete sobre como certas práticas contemporâneas de mídia alternativa experimentam modelos diferentes daquele baseado na contra-informação.
1) Os estudos latino-americanos em comunicação surgiram para pesquisar a dependência dos países da América Latina em relação às potências como os EUA e como isso se refletia nos meios de comunicação de massa.
2) Instituições como o CIESPAL e o CEREN orientaram os estudos para propor novos modelos de comunicação que atendessem às necessidades da América Latina.
3) Pesquisadores como Armand Mattelart e seu grupo no Chile foram pioneiros nos estudos sobre o poder dos meios de comunicação e as estratégias
Este documento apresenta o plano de ensino de uma disciplina de Sociologia da Comunicação para o curso de Comunicação Social - Jornalismo. O plano descreve os objetivos gerais e específicos da disciplina, seu conteúdo programático organizado em três unidades, estratégias de trabalho, critérios de avaliação e bibliografia básica e complementar.
O documento discute a formação de tribos na pós-modernidade como palco para relacionamentos sociais. A pós-modernidade é caracterizada por valores arcaicos e tecnológicos combinados e grupos se formam com base na partilha de signos e valores comuns. As tribos fornecem sentido de pertencimento e identidade aos indivíduos em um contexto de mudanças constantes e fragmentação das instituições tradicionais.
Este documento discute as contribuições de Harold Innis e Marshall McLuhan para o pensamento comunicacional canadense. Apresenta as principais ideias e teorias desenvolvidas por esses autores, como a centralidade dos meios de comunicação na análise de Innis e a distinção entre meio e mensagem em McLuhan. Questiona também os limites e possíveis desenvolvimentos desse programa de pesquisa.
A interface Marxista entre Comunicação e Cultura de MassasMontaniniRC
Este documento resume uma dissertação de mestrado sobre a interface marxista entre comunicação e cultura de massas. Analisa como as ideias marxistas sobre comunicação e cultura de massas podem ser aplicadas no contexto atual, especialmente no que diz respeito à força do coletivo para aceitar novas condições sociais.
PPJ programa jornalismo digital - 11.04.2013claudiocpaiva
Este documento descreve uma disciplina de Jornalismo Digital de um mestrado profissional em Jornalismo. A disciplina explora as práticas jornalísticas mediadas pela convergência midiática e novas formas de produção, circulação e consumo de conteúdo na era digital. Os alunos realizarão tarefas práticas e teóricas sobre jornalismo em redes sociais, mobilidade e produção de conteúdo para múltiplas plataformas.
A explicação como estratégia de contrato de comunicaçãoBianca Alighieri
1. O documento discute as estratégias de explicação utilizadas em revistas femininas populares e como elas contribuem para estabelecer o contrato de comunicação com o público.
2. Uma pesquisa mostrou que o público dessas revistas prefere textos explicativos, motivando o estudo sobre quais estratégias de explicação são usadas e reconhecidas.
3. A linguística da enunciação é usada para analisar como o texto é interpretado versus como foi produzido, revelando que a linguagem não é transparente.
A queda da bancada e as mudanças históricas na cena de apresentação dos travessiacomunicacao
O documento discute as mudanças na cena de apresentação dos telejornais brasileiros, como a remoção da bancada e os apresentadores circulando livremente. Analisa como essas mudanças buscam aproximar o telejornal do público e criar uma sensação de intimidade para aumentar a audiência e identificação com os telespectadores.
O ENTRECRUZAR DAS MÍDIAS COM OS CONCEITOS ADORNIANOS DE INDÚSTRIA CULTURAL E...Marcos Rosendo
Este artigo discute os efeitos socioculturais das mídias na sociedade moderna à luz da filosofia de Theodor Adorno e Max Horkheimer sobre a Indústria Cultural e o Esclarecimento. Argumenta-se que, embora as mídias tenham se tornado veículos importantes de comunicação e informação, elas também representam um "instrumento de poder" capaz de moldar opiniões e comportamentos através de ideologias subjacentes. Defende-se que é necessário que as pessoas desenvolvam uma postura crítica para não se
Este documento discute como os veículos de comunicação poderiam promover uma "Cultura de Paz" veiculando notícias positivas sobre ações solidárias e culturais, em vez de focar em violência e escândalos. Faz um paralelo entre a ética platônica e o jornalismo contemporâneo, argumentando que divulgar boas ações pode influenciar comportamentos de forma positiva, assim como a violência influencia de forma negativa. Também analisa teorias do jornalismo como agenda-setting e gatekeeper para mostrar como as mídi
O documento discute a configuração do campo da comunicação na América Latina nas décadas de 1970 e 1980. Apresenta os desafios de estabelecer uma teoria crítica da comunicação que considere as condições de produção, circulação e consumo do discurso. Também aborda como os meios de comunicação de massa transformam eventos em espetáculos e como isso afeta a percepção social da realidade.
A Mediatização dos Discursos de Gênero na Modernidade-MundoLucas Moraes
Análise de Peças Publicitárias em Jornais
Trabalho apresentado à disciplina de Teoria e Técnica da Publicidade I, do curso de Comunicação Social - habilitação em Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Orientador: Prof.Dr. Eneus Trindade
O documento apresenta um plano de aula sobre teorias da comunicação, com informações sobre o professor José Geraldo de Oliveira, ementa, objetivos, metodologia, conteúdo programático e avaliações da disciplina.
O documento discute como a mídia influencia a percepção da realidade através do uso de estereótipos, particularmente no que se refere à beleza humana. A mídia tende a idealizar a beleza de forma estereotipada e, às vezes, manipula imagens para exagerar esses estereótipos, como no caso do Photoshop, podendo alienar as pessoas da realidade.
O documento discute os Estudos Culturais, que analisam o processo social e a evolução da cultura. As mídias de massa desempenham um papel importante nessas estruturas culturais. Também aborda teorias sobre jornalismo, como a teoria do espelho, gatekeeper e organizacional, e como elas influenciam a cobertura noticiosa.
Dionísio na idade mídia 1996 - 2016 (versão port)claudiocpaiva
1. O documento discute como a televisão é vista como uma ameaça à realidade e como causa de alienação, apesar de também ter aspectos estéticos e cognitivos valorizados por autores como McLuhan.
2. Analisa o mito de Dionísio e como ele representa aspectos como êxtase, paixões e hedonismo que podem ser vistos na cultura midiática, especialmente na ficção televisiva brasileira.
3. Argumenta que a ficção televisiva produz uma mitologia contemporânea que alimenta o imaginário social de
Este artigo resume as seguintes ideias em menos de 3 frases:
1) Adorno criticou a indústria cultural que tenta impor à obra de arte um conceito de objeto que não demonstra oposição ao mundo social. 2) O trabalho analisa as representações sociais de estética à luz da teoria de Adorno e Moscovici, mostrando como a noção de beleza mudou na sociedade pós-moderna. 3) Conclui que para Adorno a arte precisa negar a realidade para manter seu poder crítico, já que esta não é mais verdade
Este documento discute a produção social da comunicação. Aborda três teorias principais: 1) A teoria hipodérmica ou das "balas mágicas", que argumenta que os meios de comunicação têm efeitos diretos e poderosos sobre o público; 2) A teoria dos efeitos limitados, como a teoria do "fluxo de comunicação em duas etapas", que argumenta que os meios de comunicação têm influência indireta através de líderes de opinião; 3) A crítica marxista, que argumenta que os meios de
Da Cultura De Massa à Cibercultura O Caso Do FenôMeno Da Cultura Pop Japonesa...Giovana S. Carlos
O documento descreve a evolução da cultura de massa para a cibercultura, analisando três estágios: cultura de massa, cultura das mídias e cibercultura. A autora usa o fenômeno da cultura pop japonesa no Ocidente como exemplo para ilustrar como o público passou de mero consumidor para participante ativo nesses três estágios.
O documento discute como a prática jornalística pode reproduzir ideologias dominantes de forma involuntária através da seleção e enquadramento das notícias. Argumenta-se que os jornalistas estão inseridos em contextos políticos e que as normas profissionais podem legitimar a ordem vigente de forma implícita. Também se defende que a informação política tende a alinhar posições médias para não perturbar o status quo.
Midia Alternativa P Alem Da Contra InformaçãOAllan Diniz
Este documento discute modelos alternativos de mídia além da contra-informação. Apresenta como o excesso de informação, a espetacularização, a internet e novas sensibilidades em relação à mídia afetam as respostas dos ativistas aos veículos midiáticos hegemônicos. Também reflete sobre como certas práticas contemporâneas de mídia alternativa experimentam modelos diferentes daquele baseado na contra-informação.
1) Os estudos latino-americanos em comunicação surgiram para pesquisar a dependência dos países da América Latina em relação às potências como os EUA e como isso se refletia nos meios de comunicação de massa.
2) Instituições como o CIESPAL e o CEREN orientaram os estudos para propor novos modelos de comunicação que atendessem às necessidades da América Latina.
3) Pesquisadores como Armand Mattelart e seu grupo no Chile foram pioneiros nos estudos sobre o poder dos meios de comunicação e as estratégias
Este documento apresenta o plano de ensino de uma disciplina de Sociologia da Comunicação para o curso de Comunicação Social - Jornalismo. O plano descreve os objetivos gerais e específicos da disciplina, seu conteúdo programático organizado em três unidades, estratégias de trabalho, critérios de avaliação e bibliografia básica e complementar.
O documento discute a formação de tribos na pós-modernidade como palco para relacionamentos sociais. A pós-modernidade é caracterizada por valores arcaicos e tecnológicos combinados e grupos se formam com base na partilha de signos e valores comuns. As tribos fornecem sentido de pertencimento e identidade aos indivíduos em um contexto de mudanças constantes e fragmentação das instituições tradicionais.
Este documento discute as contribuições de Harold Innis e Marshall McLuhan para o pensamento comunicacional canadense. Apresenta as principais ideias e teorias desenvolvidas por esses autores, como a centralidade dos meios de comunicação na análise de Innis e a distinção entre meio e mensagem em McLuhan. Questiona também os limites e possíveis desenvolvimentos desse programa de pesquisa.
A interface Marxista entre Comunicação e Cultura de MassasMontaniniRC
Este documento resume uma dissertação de mestrado sobre a interface marxista entre comunicação e cultura de massas. Analisa como as ideias marxistas sobre comunicação e cultura de massas podem ser aplicadas no contexto atual, especialmente no que diz respeito à força do coletivo para aceitar novas condições sociais.
PPJ programa jornalismo digital - 11.04.2013claudiocpaiva
Este documento descreve uma disciplina de Jornalismo Digital de um mestrado profissional em Jornalismo. A disciplina explora as práticas jornalísticas mediadas pela convergência midiática e novas formas de produção, circulação e consumo de conteúdo na era digital. Os alunos realizarão tarefas práticas e teóricas sobre jornalismo em redes sociais, mobilidade e produção de conteúdo para múltiplas plataformas.
A explicação como estratégia de contrato de comunicaçãoBianca Alighieri
1. O documento discute as estratégias de explicação utilizadas em revistas femininas populares e como elas contribuem para estabelecer o contrato de comunicação com o público.
2. Uma pesquisa mostrou que o público dessas revistas prefere textos explicativos, motivando o estudo sobre quais estratégias de explicação são usadas e reconhecidas.
3. A linguística da enunciação é usada para analisar como o texto é interpretado versus como foi produzido, revelando que a linguagem não é transparente.
A queda da bancada e as mudanças históricas na cena de apresentação dos travessiacomunicacao
O documento discute as mudanças na cena de apresentação dos telejornais brasileiros, como a remoção da bancada e os apresentadores circulando livremente. Analisa como essas mudanças buscam aproximar o telejornal do público e criar uma sensação de intimidade para aumentar a audiência e identificação com os telespectadores.
O ENTRECRUZAR DAS MÍDIAS COM OS CONCEITOS ADORNIANOS DE INDÚSTRIA CULTURAL E...Marcos Rosendo
Este artigo discute os efeitos socioculturais das mídias na sociedade moderna à luz da filosofia de Theodor Adorno e Max Horkheimer sobre a Indústria Cultural e o Esclarecimento. Argumenta-se que, embora as mídias tenham se tornado veículos importantes de comunicação e informação, elas também representam um "instrumento de poder" capaz de moldar opiniões e comportamentos através de ideologias subjacentes. Defende-se que é necessário que as pessoas desenvolvam uma postura crítica para não se
Este documento discute como os veículos de comunicação poderiam promover uma "Cultura de Paz" veiculando notícias positivas sobre ações solidárias e culturais, em vez de focar em violência e escândalos. Faz um paralelo entre a ética platônica e o jornalismo contemporâneo, argumentando que divulgar boas ações pode influenciar comportamentos de forma positiva, assim como a violência influencia de forma negativa. Também analisa teorias do jornalismo como agenda-setting e gatekeeper para mostrar como as mídi
Estudos culturais - teorias da comunicaçãoLaércio Góes
O documento discute os Estudos Culturais, uma disciplina que analisa a cultura como uma construção social heterogênea influenciada pelas relações de poder. Originaram-se na Inglaterra na década de 1960 e enfatizam que a cultura popular não é passiva, mas sim ativa e pode ser usada para resistência. Os Estudos Culturais também analisam como os meios de comunicação representam e formam significados culturais e identidades.
Este documento discute Estudos Culturais e Teorias Jornalísticas. Apresenta os princípios e conceitos centrais dos Estudos Culturais, como identidade, real cotidiano e real midiático. Também explica várias teorias do jornalismo, como Teoria do Espelho, Teoria do Gatekeeper e Teoria do Agendamento. Conclui que os estudos culturais e teorias jornalísticas são importantes para contextualizar fatos e obter resultados fidedignos à realidade nos trabalhos jornalísticos.
O documento discute a perspectiva escandinava sobre a teoria da midiatização. De acordo com o autor, a midiatização é uma teoria de segunda ordem que fornece um quadro para entender como as mídias influenciam mudanças sociais e culturais de forma ampla. A midiatização não substitui outras teorias, mas as conecta. Além disso, a midiatização deve ser estudada nos níveis micro, meso e macro para compreender como as práticas comunicativas mudam ao longo do tempo e influenciam diferentes aspectos da sociedade.
O documento discute vários paradigmas da comunicação de massa ao longo do tempo, incluindo a teoria hipodérmica, teoria dos efeitos limitados, funcionalismo e debates sobre cultura de massa. Aborda também os conceitos de "apocalípticos" e "integrados" em relação à cultura de massa.
1) O documento discute a educação como objeto de estudo e o processo de socialização. Apresenta os conceitos de socialização primária e secundária.
2) Aborda os temas da cultura e da socialização organizacional. A cultura é entendida como um sistema simbólico compartilhado que é transmitido entre gerações.
3) Discutem-se as abordagens evolucionista, funcionalista e interpretativa da cultura, assim como a noção de cultura organizacional.
1) O documento discute a educação como objeto de estudo e o processo de socialização. Apresenta os conceitos de socialização primária e secundária.
2) Aborda a socialização familiar e organizacional, incluindo estratégias e desafios de socialização no ambiente de trabalho.
3) Explana os conceitos de cultura segundo diferentes perspectivas teóricas como evolucionismo, funcionalismo e estruturalismo.
1) O documento discute a opinião pública, sua relação com a mídia e a universidade.
2) Aponta que a opinião pública não representa necessariamente a opinião da maioria, mas sim um grupo que consegue pensar e se manifestar sobre assuntos de interesse coletivo.
3) Argumenta que com a mídia de massa, os bens culturais passaram a ser consumidos de forma individual, ao invés de coletiva, reduzindo a possibilidade de discussão.
O discurso do belo e do feio em reportagem do Bom Dia BrasilIzaíra Thalita
1) O documento analisa o discurso sobre o belo e o feio na reportagem sobre Susan Boyle no programa Bom Dia Brasil.
2) A reportagem inicia comparando Susan Boyle a um "patinho feio" fora dos padrões de beleza da sociedade.
3) Embora recebida com risos por seu aspecto, Susan surpreendeu a todos com sua bela voz, questionando se ela é a feia ou se são os padrões da sociedade que são feios.
O documento resume as principais escolas e hipóteses das teorias da comunicação, incluindo: 1) a teoria hipodérmica que sugere uma conexão direta entre mensagens e comportamento; 2) o modelo de Lasswell que analisa quem diz o quê, por qual canal, a quem e com que efeito; 3) a abordagem empírico-experimental que considera fatores psicológicos que afetam os efeitos das mensagens.
1) O documento discute três abordagens principais para o estudo da televisão: a relação entre televisão e sociedade, as características técnicas e linguagem da televisão, e análises de programas específicos.
2) Alguns teóricos enxergam a televisão como fonte de alienação cultural e instrumento de poder, enquanto outros ressaltam seu potencial democratizador.
3) O documento também aborda características técnicas da televisão como meio e como sua linguagem se constrói
1. O documento discute a introdução ao estudo da teoria da comunicação, enfatizando que a teoria e a prática estão intimamente ligadas e que a teoria fornece um guia para a prática.
2. Apresenta um breve histórico dos meios de comunicação no Brasil, destacando que os cursos de comunicação surgiram para atender à demanda por profissionais nessas áreas com o crescimento dos meios de comunicação.
3. Discutem conceitos de comunicação, destacando que a comunicação é um processo humano es
1) O documento discute conceitos básicos de comunicação, incluindo suas definições etimológica, biológica, pedagógica e sociológica.
2) A comunicação de massa é definida como comunicação em larga escala através de mídia para atingir grandes números de pessoas.
3) Cultura de massa, sociedade de massa e contracultura são abordados em relação à influência dos meios de comunicação.
Relação entre o ensino música e os contextos sociais em que ela se inserefredericocardim
1) O documento discute a relação entre o ensino de música e os contextos sociais onde ocorre, argumentando que as práticas locais de ensino musical devem ser consideradas para aproximar a escola da realidade dos alunos.
2) Grandes corporações promovem a homogeneização cultural através da indústria de comunicação, ameaçando saberes musicais locais. Métodos como a pesquisa sociopoética buscam dar voz a esses saberes marginais.
3) Pesquisas participativas visam superar a relação de pes
(1) O documento discute as origens e desenvolvimento das teorias da comunicação, desde os primeiros estudos na Europa no início do século XX até as principais correntes teóricas que surgiram nos Estados Unidos e em outros países;
(2) É destacada a importância do surgimento da imprensa para o desenvolvimento inicial das teorias da comunicação e também o papel da urbanização e da industrialização na consolidação do campo de estudos;
(3) As principais correntes teóricas identificadas são a perspectiva funcionalista norte-americ
As mulheres no jornalismo esportivo no rio grande sulMargareth Michel
1) O documento discute a presença de mulheres no jornalismo esportivo na televisão no Rio Grande do Sul.
2) Tem como objetivos analisar as causas que levaram as mulheres a se interessarem por essa área dominada por homens e resgatar a participação feminina no jornalismo esportivo.
3) Também descreve parte do mercado de comunicação esportiva na TV do RS e questiona estereótipos sobre mulheres e futebol.
Programa TEORIA DA COMUNICAÇÃO II 2011.2 [Versão word]claudiocpaiva
Este documento apresenta o programa de curso da disciplina Teorias da Comunicação II ministrada na Universidade Federal da Paraíba. O curso tem como objetivo instrumentalizar os alunos para as atividades básicas da comunicação e fornecer instrumentos para a elaboração de trabalhos críticos. A estratégia metodológica envolve mapeamento de fatos midiáticos, observação sistemática e análise contextualizada com base em conceitos da comunicação. O programa é dividido em quatro unidades que abordam história das teorias,
Teorias do Jornalismo discutidas no documento incluem: 1) a teoria do espelho, que vê as notícias como uma reprodução da realidade; 2) a teoria do newsmaking, que enfatiza os processos de produção jornalística e rotinas; e 3) a agenda setting, que argumenta que a mídia influencia o que o público considera importante.
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Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
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Infotainment - Hibridismo de gêneros
1. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Ouro Preto - MG – 28 a 30/6/2012
Infotainment: hibridismo de gêneros1
Fabíola Tarapanoff2
Universidade Metodista de São Paulo (UMESP),
São Bernardo do Campo, SP
RESUMO
Cada vez mais os meios de comunicação, principalmente a televisão e a
internet, apresentam notícias ligadas ao entretenimento, criando um gênero híbrido: o
infotainment. O artigo apresenta esse fenômeno, de que maneira ele surgiu e
iluminações teóricas de autores que estudaram questões culturais e relativas à audiência.
Busca compreender o infotainment e por que motivos apresentou um crescimento
maciço na contemporaneidade. Para isso tomará por base os referenciais teóricos de
Raymond Williams, Michel de Certeau, James Curran e Jesús Martín-Barbero.
PALAVRAS-CHAVE: estudos culturais; estudos de recepção; infotainment;
jornalismo; entretenimento.
TEXTO DO TRABALHO
Parte I – Introdução
Desesperada com a queda da audiência do famoso programa de notícias
Daybreak, a produtora de televisão Becky Fuller (Rachel McAdams) resolve fazer
mudanças radicais: coloca um repórter sendo filmado em apuros em uma montanha-
russa de um parque de diversões e mostra a apresentadora Colleen Peck (Diane Keaton)
em um ringue de luta. Além disso, traz o conceituado âncora Mike Pomeroy (Harrison
Ford) para dar credibilidade ao programa e dividir a bancada com Colleen. É claro que
Mike acha um absurdo apresentar notícias superficiais ao invés de jornalismo sério e
acaba assumindo a contragosto o posto. Mas a tática dá certo, obrigando o próprio
apresentador a rever seus conceitos sobre o que a audiência deseja ver em um telejornal.
O filme Uma manhã gloriosa (Morning glory, EUA, 2010 - Direção: Roger Mitchell)
1
Trabalho apresentado no DT 4 – Comunicação Audiovisual do “XVII Congresso de Ciências da Comunicação na
Região Sudeste”, realizado de 28 a 30 de junho de 2012.
2
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu - Área de Concentração: Processos Comunicacionais
Linha de Pesquisa: Processos Comunicacionais Midiáticos da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).
E-mail: fabiolapaes@uol.com.br.
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apresenta de forma interessante o crescimento nos últimos anos no jornalismo de um
gênero específico: o infotainment.
Imbricamento entre informação e entretenimento, esferas costumeiramente
vistas como opostas. Assim tem sido definido o infotainment. Nos estudos do
jornalismo, o infotainment é considerado por muitos pesquisadores mera distração,
diferente da seriedade que o bom jornalismo requer. No entanto, para Ekström (2000
apud GOMES, 2011: p.174), o modo de comunicação de informação, a intenção da
produção é oferecer informação que seja não só relevante, mas interessante para chamar
a atenção da audiência. Para isso, eles utilizam o modo de comunicação storytelling, que
bebe na fonte dos recursos de obras de ficção, buscando contar uma história que seja
excitante ou dramática para apreender os possíveis telespectadores.
Em relação ao conteúdo, o gênero pauta-se principalmente por temas
relacionados ao prazer, ao esporte, à cultura, à moda e à música, enfatizando a vida
privada e o comportamento. Entre as estratégias semiótico-discursivas para atrair os
espectadores estão: recursos sonoros, grafismos, vinhetas, narrativa leve e agradável,
bate-papo de apresentadores de telejornais entre si e com repórteres, entre outros.
Boa parte das análises que se dedica ao tema salienta a exposição da vida
privada, a falta de profundidade e amenidades das conversas, deixando a análise da
própria conversação em segundo plano. O modelo dominante de jornalismo ficou
marcado pelo paradigma da objetividade e de um estilo textual caracterizado pelo
privilégio de fatos em detrimento das opiniões. Outras formas de jornalismo que se
desenvolveram no período, como o sensacionalismo, eram consideradas inferiores.
Devido a isso, o campo jornalístico para se legitimar se estabeleceu como um “não
entretenimento”, acolhendo apenas a racionalidade como norma de conduta, enquanto o
entretenimento seria um valor corruptível e uma ameaça à qualidade.
Na defesa de um jornalismo sério, o campo profissional tem argumentado que o
infotainment deprecia sua natureza, inserindo nas narrativas “estratégias de amenização
do relato”, que se aproximam de discursos mais ligados ao entretenimento enquanto
indústria (cinema, quadrinhos, música, moda e teledramaturgia). No entanto, em um
contexto mediático que se pauta pela tabloidização dos noticiários televisivos, a própria
fronteira que separa os gêneros realista e ficcional parece se esvair. As notícias têm
seguido essa lógica de mercado e utilizam do entretenimento como forma de atrair mais
telespectadores. A crítica racional é substituída pelo êxtase da comunicação e pela
sedução banal.
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Parte II - Luzes sobre os estudos culturais
Para entender melhor o fenômeno, é interessante buscar iluminações teóricas em
autores que estudaram de forma profunda questões culturais. Um desses autores é
Raymond Williams. Inicialmente devemos definir o que é cultura. No capítulo
“VI -“J.H. Newman e Matthew Arnold” da obra Cultura e Sociedade (1780-1950),
o autor explica que cultura deve ser algo cultivado, que requer estudo e busca. Ele cita
Matthew Arnold, que propõe que cultura é
uma forma de nos salvarmos das dificuldades atuais, considerada a cultura a
busca da nossa perfeição mais completa, a ser conseguida por meio do esforço
por saber, em todas as questões que nos interessam, o que de melhor foi
pensado e dito no mundo (...) Cultura, que é o estudo da perfeição, leva-nos a
(...) conceber a verdadeira perfeição como uma perfeição harmoniosa,
conduzindo ao desenvolvimento de todas as facetas de nossa humanidade e
como perfeição geral, conduzindo ao desenvolvimento de todos os aspectos de
nossa sociedade (WILLIAMS,1997: p. 131).
No capítulo “Tradições, instituições e formações” do livro Marxismo e
Literatura, Williams comenta que para compreender como uma cultura é constituída,
inicialmente é preciso distinguir três aspectos de qualquer processo cultural: tradições,
instituições e formações. Para o autor, tradição é na prática a expressão mais evidente
das pressões e limites dominantes e hegemônicos. Nesse sentido, ela se configura como
um aspecto da organização social e cultural contemporânea, no interesse do domínio de
uma classe específica. “É uma versão do passado que se deve ligar ao presente e
ratificá-lo. O que ela oferece na prática é um senso de continuidade predisposta”
(WILLIAMS,1979: p.119). O estabelecimento de uma tradição depende em parte de
instituições identificáveis, mas não somente delas, como pontua o autor:
As relações entre instituições culturais, políticas e econômicas são muito
complexas e a sua substância é uma indicação direta do caráter da cultura no
sentido mais amplo. Mas não é nunca apenas uma questão de instituições
formalmente identificáveis. É também uma questão de formações; esses
movimentos e tendências efetivos, na vida intelectual e artística, que têm
influência significativa e por vezes decisiva no desenvolvimento ativo de uma
cultura, e que têm uma relação variável, e com freqüência oblíqua, com as
instituições formais (WILLIAMS,1979: p. 120).
No capítulo 9 - “Estruturas de sentimento”, Williams comenta que quando se
analisa as relações entre instituições produzidas, formações e experiências, costuma-se
considerá-las como fixas e imutáveis e não sua natural mutação. Assim mesmo modelos
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consagrados do jornalismo, como reportagens que apresentam de forma extremamente
objetiva as notícias, seguindo o padrão da clássica “pirâmide invertida” também seriam
passíveis de transformações. O infotainment seria assim um gênero híbrido, uma nova
formação, que apresenta notícias de uma forma mais leve, seguindo os parâmetros do
entretenimento:
Se o social é sempre passado, no sentido de que é sempre formado, temos na
verdade de encontrar outros termos para a experiência inegável do presente: não
só o presente temporal, a realização deste instante, mas o presente específico de
ser, o inalienavelmente físico, dentro do que podemos realmente discutir e
reconhecer instituições, formações, posições, mas nem sempre como produtos
fixos, definidores.(...). E então, se o social é fixo e explícito – as relações,
instituições, formações, posições conhecidas – tudo o que está presente e se
move, tudo o que escapa ou parece escapar ao fixo, explícito e conhecido, e
compreendido e definido como o pessoal: este, aqui, agora, vivo, ativo,
“subjetivo” (WILLIAMS, 1979: p.130 ).
Hoje se observam diversas mudanças não só políticas, econômicas, mas também
na cultura em si. Ela está tão presente em nossa sociedade, assim como o entretenimento
e o espetáculo que atinge também o outrora sério campo das notícias. Trata-se de uma
mudança na estrutura de sentimento, de visão de mundo, sobre o que os produtores
acreditam que é importante para telespectadores e leitores. Como Williams explica, as
estruturas de sentimento “podem ser definidas como experiências sociais em solução,
distintas de outras formações semânticas sociais que foram precipitadas e existem de
forma mais evidente e imediata.”
Como um reflexo não das meras aparências, mas da realidade por trás delas: a
natureza interior do mundo ou suas formas constitutivas. Ou a arte pode ser considerada
como um reflexo não do mundo inanimado, mas do mundo como é visto pela mente do
artista. Para entender essas mudanças na cultura, Williams propõe uma Sociologia
Cultural, em que se analise o sistema de signos presente em qualquer obra, como, por
exemplo, uma reportagem presente na televisão ou em uma revista: das relações sociais
internas, dos signos presentes em sua estrutura e externas, constituídas sob influência de
instituições culturais, sociais e econômicas.
Michel de Certeau também apresenta uma interessante definição de cultura na
obra A cultura no plural. Certeau explica que a palavra cultura aparece sob diversas
expressões como “difusão da cultura”, “cultura de massa” e “política da cultura”,
apresentando diversos empregos, designando, por exemplo:
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a) os traços do homem culto, de acordo com o modelo elaborado nas sociedades
estratificadas por uma categoria que introduziu suas normas;
b) um patrimônio de obras que devem ser preservadas, difundidas ou com relação
ao qual se situar. À ideia de obras que devem ser difundidas acrescenta-se a de
criações e de criadores;
c) a imagem, a percepção ou a compreensão do mundo próprio a um meio;
d) comportamentos, instituições, ideologias e mitos que compõem quadros de
referência e cujo conjunto, coerente ou não, caracteriza uma sociedade como
diferente das outras;
e) a aquisição, enquanto distinta do inato. A cultura diz respeito aqui à criação, ao
artifício, à ação, em uma dialética que a opõe e a associa à natureza;
f) um sistema de comunicação elaborado de acordo com os modelos criados pelas
teorias da linguagem verbal.
A industrialização e a racionalização do trabalho conduziram a mudanças
profundas na vida privada. E já que a capacidade de produzir é na realidade
organizada segundo poderes econômicos, as representações coletivas se folclorizam.
As ideologias transformam-se em espetáculos. E nessa “sociedade do espetáculo”,
como já previra Guy Debord em sua obra homônima, são apresentadas fábulas para
os espectadores em seus espaços de lazer que tornam possível um trabalho forçado e
concentrado. O crescimento do cultural é um movimento que transforma o público
em consumidor. Seria o fim das militâncias? Para o autor, com a desmitificação das
ideologias e a derrocada do comunismo e do capitalismo e a descrença em relação à
política em geral, foi necessária a criação de novos mitos: surgem no lugar de
militantes os “promotores culturais”. A cultura torna-se um neutro: “o cultural”:
É o sintoma da existência de um bolso para onde refluem os problemas com os
quais uma sociedade está em dívida, sem saber como tratá-los. Ali estão
guardados, isolados de seus laços estruturais, com o surgimento de novos
poderes e com os deslocamentos sobrevindos nos conflitos sociais ou nas
determinações econômicas. Acaba-se, portanto, por imaginar que a cultura
possua uma autonomia indiferenciada e flexível. Ela se caracteriza como um
não-lugar onde todos os investimentos são possíveis, onde pode circular “o que
quer que seja”. Quando não se encerra na estatística e na precisão analítica dos
dados, o discurso cultural cai nas generalidades e reaplica resíduos doutrinais
(políticos, filosóficos, religiosos). Esse discurso universal é o museu onde se
reinstalam alguns conceitos extraídos de sistemas que tinham outrora seu rigor
(“humanismo” etc.) A ideologia ressurge assim, sub-repticiamente, no cultural –
uma ideologia de bricolagem, um saco ideológico, mas que anuncia, sem
dúvida, uma outra coisa (CERTEAU, 1995: p. 199).
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Assim a cultura de consumo desenvolve nos espectadores a passividade da qual
ela já é o efeito. O autor observa que quanto mais aumenta o tempo concedido ao lazer,
menos o lazer é escolhido. A informação que aparece na mídia impressa, nos programas
de televisão, em rádios e em sites na internet está reservada a um círculo cada vez mais
estreito de produtores. Apresenta assim uma linguagem de espelho, que reflete apenas o
que a sociedade é: uma sociedade de consumo e pautada pelo entretenimento.
Esse entretenimento, antes restrito a programas de ficção como novelas e séries e
presente em anúncios publicitários agora invade um novo terreno: o de telejornais.
Na imprensa escrita, ganha espaço notícias não sobre mudanças na política e na
economia, mas a vida de astros e estrelas globais e de Hollywood, entre outras
amenidades. O mesmo ocorre em programas de rádio e em sites. Assim a linguagem
oferece como espetáculo a ação que a sociedade não mais permite. Hoje as trocas são
medidas pelas relações econômicas, obedecendo às leis de uma sociedade produtivista
que se tornou incapaz de criar um conjunto de bens que devem ser consumidos
(produtos) e, nos compradores eventuais, de “necessidades” correspondentes que devem
ser satisfeitas (publicidade).
A alienação está assim relacionada ao isolamento do cultural. Outra constatação
é de que as formas atuais de conscientização manifestam ao mesmo tempo a
transformação dos organismos políticos ou sindicais. Nas últimas décadas, a indústria
cultural possibilitou a multiplicação dos espetáculos por meio de novos espaços e sites e
o próprio espetáculo está se tornando um dos princípios organizacionais da economia,
da política, da sociedade e da vida cotidiana. A economia baseada na internet permite
que o espetáculo seja um meio de divulgação, reprodução, circulação e venda de
mercadorias. A cultura da mídia promove espetáculos tecnologicamente ainda mais
sofisticados para atender às expectativas do público
e aumentar dessa forma seu poder e lucro.
As formas de entretenimento invadem a notícia e a informação e uma cultura
tablóide, do tipo infoentretenimento, torna-se cada vez mais popular. Novas multimídias
– que sintetizam as formas de rádio, filme, noticiário de TV e entretenimento – e o
crescimento repentino do domínio do ciberespaço tornam-se espetáculos de
tecnocultura, gerando múltiplos sites de informação e entretenimento, ao mesmo tempo
em que intensificam a forma-espetáculo da cultura da mídia.
Desde a teorização de Debord sobre a sociedade do espetáculo nos anos 1960 e
1970, a cultura do espetáculo se expandiu em todas as áreas da vida.
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O entretenimento sempre foi o principal campo do espetáculo, mas na atual
sociedade do infoentretenimento, entretenimento e espetáculo entraram pelos domínios
da economia, política, sociedade e vida cotidiana por meio de formas inovadoras e
importantes, como alertara Douglas Kellner na obra A cultura da mídia.
Segundo Néstor García Canclini no texto “El consumo sirve para pensar”, em
meio a essa heterogeneidade encontramos códigos que nos unificam e que permitem que
nos entendamos. Mas esses códigos compartilhados são cada vez menos os da etnia, de
classe ou a nação em que nascemos. Essas unidades parecem se reformular como pactos
móveis de leitura dos bens e das mensagens. Por exemplo, uma nação não se define
mais tanto pelos limites territoriais ou por sua história política. Mas sobrevive como
uma comunidade hermenêutica de consumidores, cujos hábitos tradicionais levam a
relacionar se de um modo peculiar com os objetos e a informação circulante nas redes
internacionais.
Como os acordos entre produtores, instituições, mercados e receptores que constituem
os pactos de leitura e os renovam periodicamente- se fazem por meio dessas redes
internacionais, ocorre que o setor hegemônico de una nação tem mais afinidades com de
outra que com os setores subalternos da própria. Há vinte anos, na euforia das
interpretações sobre dependência, relacionava-se ante as primeiras manifestações desse
processo acusando à burguesia pela falta de fidelidade aos interesses nacionais.
E, é claro, o caráter nacional dos interesses era definido a partir de tradições autênticas
do povo. Hoje sabemos que essa autenticidade era ilusória, pois o sentido próprio (...) de
objetos é arbitrariamente delimitado e reinterpretado nos processos históricos híbridos
(CANCLINI, 1997: 56. Tradução nossa).
Nessa sociedade de consumo, que luta pela audiência, há uma reorganização de
bens simbólicos, obrigando os “produtos” jornalísticos a mudarem sua embalagem,
tornando-a mais atrativa para os consumidores/espectadores/leitores. É natural portanto,
que o entretenimento, que está presente em todas as esferas da sociedade e contribui de
forma enorme para sustentar economicamente a sociedade do consumo esteja presente
também no jornalismo:
Não é a estrutura do meio (televisão, rádio ou vídeo) a causa do achatamento cultural e
da desativação política: as possibilidades interativas e de promover a reflexão crítica de
esses instrumentos têm sido muitas vezes demonstradas nas experiências micro, de
baixa ou nula eficácia massiva. Tampouco deve atribuir-se à diminuição da vida pública
(...) explicação do desinteresse pela política: (...) essa transformação das relações entre o
público e o privado no consumo cultural cotidiano deve ser tomada em conta como a
principal mudança de condiciones em que devem exercer-se um novo tipo de
responsabilidade cívica as novas tecnologias e manter suas crenças antigas e locais
(CANCLINI, 1997: p. 57-58 )
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Parte III – Compreendendo a audiência
Mas o que quer afinal a audiência? Ela somente está ávida por entretenimento e
isso se reflete em mudanças paradigmáticas no jornalismo, que procura apresentar temas
mais leves? James Curran, no artigo “Repensar a comunicação de massas”, argumenta
que as notícias que recebemos apresentam um sistema simbólico existente na sociedade.
Elas se inspiram em pressupostos, em imagens e cadeiras de associação, que estão
presentes na tradição cultural. As notícias também são estruturadas por convênios de
formas e de gêneros da nova reportagem, que muda dentro de cada sociedade e evolui
com o tempo, buscando apresentar diferentes segmentos da sociedade (CURRAN, 1990:
p.190-191). E com a concentração excessiva de empresas na área de mídia nas mãos de
poucos empresários, faz com que eles se preocupem com a audiência e seus lucros,
procurando entender essa audiência:
As pesquisas de audiência da televisão comercial estão em constante alerta para
identificar o menor indício de mudança nas preferências do público. Os índices de
audiência são revistos com ansiedade, porque são equivalentes a ouro na televisão. Uma
grande parte desse esforço, da energia e da criatividade das corporações televisivas e de
outras empresas comerciais se destina a contentar a audiência dentro de um entorno
ferozmente competitivo. As corporações dos meios de comunicação têm desenvolvido
estratégias para fazer o seguinte: investigar e fazer provas prévias dos produtos, formar
equipes criativas, repetir e recombinar fórmulas que tenham tido êxito no passado
(CURRAN, 1990: p.193).
Assim, mesmo programas com uma embalagem moderna e destinados a agradar
o público jovem, como o CQC, que combina notícias e entretenimento, já tinha sido
testado em outros países como a Argentina, antes de ser veiculado no Brasil. É claro que
os espectadores formam suas opiniões não só com base nas informações adquiridas nos
meios de comunicação, mas também nos círculos familiar, de trabalho e grupo de
amigos. Mas para Curran:
a diminuição de afiliações aos partidos políticos nos últimos anos das massas nas
últimas três décadas teve como consequência um número de pessoas mais elevado que
sejam influenciadas pelos meios de comunicação. Também se sustenta, mas isso de
forma menos especulativa, que a mudança social acelerada contribuiu para que
aumentasse o número de pessoas que buscam nos meios de comunicação uma
orientação e que eles sejam guias, por estarem perdidos em um mundo de mudanças e
incertezas (CURRAN, 1990, p. 197).
Segundo Jesús Martín-Barbero na obra Dos meios às mediações, é a própria
noção de cultura que está sendo transformada pelo que a televisão produz e o seu modo
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de produção. Para o autor, as interações entre o receptor e o produtor podem ser
compreendidas por meio das mediações, lugar que propicia o consumo diferenciado aos
diversos receptores dos bens simbólicos, de forma que produzem e reproduzem os
significados sociais. Mediação é o conjunto de fatores que estrutura, organiza e
reorganiza a percepção e apropriação da realidade pelo receptor.
Martín-Barbero observa que o modo como as indústrias culturais estão
reorganizando as identidades coletivas e as formas de diferenciação simbólica,
esmaecendo cada vez mais as demarcações entre o culto e o popular, o tradicional e o
moderno, o próprio e o alheio. Essa situação só se intensificou na última década:
aprofundam e reforçam as divisões sociais, refazem as exclusões que vêm da estrutura
social e política, legitimando-as culturalmente […] falar em identidade regional ou local
implica falar não só de costumes e tradições orais, de cerâmicas e ritmos musicais, mas,
também, de marginalização social, de expoliação econômica e de exclusão nas decisões
políticas, isto é, do ‘desenvolvimento desigual’ de que estão feitos esses países
(MARTÍN-BARBERO, 2007, p. 9; 13).
No livro Cartografias dos estudos culturais: uma visão latino-americana,
Ana Carolina D. Escosteguy a questão das mediações também está presente. A autora
cita Stuart Hall e seu texto clássico “Codificação/Decodificação” presente na obra
Da diáspora:
Hall tenta explicar essa situação quase vinte anos depois de publicar o “modelo de
codificação/decodificação”: leituras preferidas dão a impressão de assumir o lado
decodificante, ao passo que sentido preferido está no âmbito codificante, não no
decodificante. Por que ele está lá? Bem, está lá porque não quero um modelo de um
circuito que não tenha poder dentro dele. Não quero um modelo que seja determinista,
mas não quero um modelo sem determinação (HALL apud ESCOSTEGUY, 2010: p.
77).
Ou seja, apesar de os meios de comunicação oferecerem programas jornalísticos
com reportagens mais leves, com o intuito somente “de agradar a audiência”, há um
sentido para o crescimento desse tipo de programação. Eles não só refletem a sociedade
em que vivemos, uma sociedade de consumo, apresentando assuntos mais leves, mas
evita a abordagem de notícias polêmicas. Notícias negativas que podem envolver, por
exemplo, patrocinadores do veículo de comunicação ou de políticos que contribuem
para que o veículo obtenha aprovação no congresso e concessão para continuar
operando.
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Para Escosteguy, esse pensamento hegemônico hoje, das classes dominantes e
refletido pelos proprietários dos meios de comunicação, passou por uma mudança e se
observa de maneira mais sutil no conteúdo do que é exibido na mídia:
Nesse espectro teórico, os media são responsáveis por prover a base pela qual grupos e
classes sociais constroem uma imagem das vidas, práticas e valores de outros grupos e
classes. Essas imagens, representações esparsas e fragmentadas da totalidade social,
acabam construindo um todo coerente, o imaginário social “[…] através do qual nós
percebemos os ‘mundos’, as ‘realidades vividas’ dos outros e, imaginariamente,
reconstruímos suas vidas e as nossas em algum ‘mundo por todos’ inteligível, numa
‘totalidade vivida (...) E, por último, esse conjunto de representações, imagens e
sentidos, seletivamente representado e classificado, é organizado e articulado em um
todo coerente, numa ordem reconhecida, ou melhor, na produção do consenso, na
construção da legitimidade. São determinados mecanismos que permitem aos media ter
tal papel ideológico. Os media produzem mercadorias simbólicas e sua produção não
pode ser alcançada sem passar pelo crivo da linguagem, pois é necessário traduzir o
evento real numa forma simbólica. Esse é o processo de codificação em que a seleção
de códigos preferenciais parece corporificar uma explicação “natural”, mostrando-se
como a única forma inteligível e disponível do evento (ESCOSTEGUY, 2010: p.69).
Como bem observaram Maria Immacolata Vassallo de Lopes, Sílvia Helena
Simões Borelli e Vera da Rocha Resende em Vivendo com a telenovela, os estudos
culturais permitiram uma análise mais ampla de como se processa a produção e
recepção de mensagens dentro de um quadro semiológico inspirado no marxismo,
considerando a recepção como prática complexa de construção social de sentido. E é na
televisão, que essas mudanças ganham grande alcance na América Latina, ainda hoje,
mesmo com o crescimento da internet. O fenômeno infotainment e programas como
CQC, Fantástico e talking shows como o Programa do Jô e até mesmo telejornais como
o Jornal Nacional (que em 1997 deu mais destaque ao nascimento da filha de Xuxa,
Sasha, do que à privatização das empresas de telecomunicações), revelam que
o espaço da cultura vem se convertendo nos últimos anos em um lugar fundamental de
questionamento sobre os sentidos implicados nos processos de modernização da
sociedade. Na América Latina, e especialmente no Brasil, a televisão tem se mostrado
um meio estratégico de modernização, cuja lógica empresarial se articula através de
formas variadas de integração e de conflito com as demais lógicas sociais e de onde
resultam processos culturais e comunicativos marcados pela hibridização (VASSALLO,
BORELLI E RESENDE, 2002: p.35).
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CONCLUSÕES
Os autores dos estudos culturais podem ajudar muito na compreensão de como o
cinema hoje é cada vez mais importante na sociedade, influenciando no imaginário que
as pessoas têm a respeito de determinadas profissões. A influência do cinema e o
crescimento do gênero infotainment são assuntos tão prementes na contemporaneidade,
que devem ser estudados em profundidade, instigando esta pesquisadora a compreender
melhor esses fenômenos em sua tese para o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu -
Área de Concentração: Processos Comunicacionais Linha de Pesquisa: Processos
Comunicacionais Midiáticos da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).
A análise de filmes sobre Jornalismo, como A montanha dos sete abutres (The
big Carnival ou Ace in the hole, EUA, 1951), dirigido por Billy Wilder e Todos os
homens do presidente (All the president’s men, EUA, 1976), com direção de Alan
Pakula até mais recentes, como Intrigas de Estado (State of play, EUA/ING, 2006) e
Uma manhã gloriosa (Morning glory, EUA, 2010 – Direção: Roger Mitchell)
possibilitarão entender como o cinema não só participa na construção do imaginário,
como também reflete a sociedade em que vive, como no último filme citado.
Mostram ainda que o jornalismo também teve de se adaptar, criando “produtos
jornalísticos” mais adequados à nova sociedade de consumo e de entretenimento que se
configura.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros:
BERGER, C. Jornalismo no cinema: filmografia e comentários. Porto Alegre:
Ed. Universidade/UFRGS, 2002.
CANCLINI, N. G. “El consumo sirve para pensar”. In: Consumidores e cidadãos:
estratégias para entrar e sair da modernidade. Rio de Janeiro: Ed UFRJ, 1997, 3ª. ed,
pp. 51-70.
CERTEAU, M. A cultura no plural. Tradução: Enid Abreu Dobránszky. Campinas (SP):
Papirus Editora, 1995.
CURRAN, J. “Repensar la comunicación de masas.” In: CURRAN, James, MORLEY, David &
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Créditos das imagens:
Filme - Uma manhã gloriosa
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