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Entenda motivos dos dois lados do conflito entre palestinos e israelenses
Israel lançou ofensiva após ataques de foguete do grupo palestino Hamas.
Violência começou após seqüestro e morte de jovens de ambos os lados.
As raízes do confronto são antigas. Ao longo dos anos,
ambos os lados foram ampliando as demandas para uma
paz definitiva Entenda as exigências históricas e os
argumentos de cada lado do confronto:
MOTIVOS DE ISRAEL
• - O país afirma categoricamente que o Hamas é o responsável
pelo sequestro e assassinato dos três adolescentes israelenses
em 12 de junho.
• - O Hamas não só atira foguetes de Gaza para o lado
israelense, como também aumentou seu arsenal, que agora
pode atingir o centro de Israel como nunca antes. Israel
considera que não pode ficar parado em relação à situação.
• - Israel alega que o Hamas esconde militantes e armas em
locais residenciais em Gaza, por isso é necessário atacá-los,
mesmo que isso signifique que civis estejam entre as vítimas.
• - Para Israel, o Hamas é um grupo terrorista que não reconhece
a existência do Estado de Israel e não aceita se desarmar.
MOTIVOS DOS PALESTINOS
• - Um adolescente palestino foi sequestrado e morto em
Jerusalém. A autópsia indicou que ele foi queimado vivo.
Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do
garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime.
• - A maioria dos palestinos considera o controle israelense
sobre a Faixa de Gaza abusivo e a situação humanitária
insustentável. Os moradores dependem de Israel para ter
eletricidade, água, meios de comunicação e até moeda.
• - Nos confrontos entre Israel e o Hamas, a força de ação do
exército israelense é desproporcionalmente maior. Em todos
os confrontos até agora, o número de mortes do lado
palestino foi muito maior.
• - Israel deteve centenas de militantes do Hamas em sua
grande busca na Cisjordânia pelos três israelenses sumidos no
mês passado.
Como começou o confronto?
• A mais recente escalada de violência começou
com o desaparecimento de três adolescentes
israelenses na Cisjordânia. Israel acusou o
Hamas, que controla a Faixa de Gaza, do
sequestro. O grupo islamita não confirmou
nem negou envolvimento. Israel deslocou
soldados para a área da Cisjordânia e dezenas
de membros do Hamas foram detidos.
Foguetes foram disparados da Faixa de Gaza
contra Israel.
• Os corpos dos três jovens foram encontrados em 30 de junho,
com marcas de tiros. A tensão aumentou, com Israel
respondendo aos disparos feitos por Gaza. No dia seguinte,
um adolescente palestino foi sequestrado e morto em
Jerusalém Oriental. A autópsia indicou que ele foi queimado
vivo.
• Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do
garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime. Isso
reforçou as suspeitas de que a morte teve motivação política
e gerou uma onda de revolta e protestos em Gaza.
• No dia 8 de julho, após um intenso bombardeio com foguetes
contra o sul de Israel por parte de ativistas palestinos, a
aviação israelense iniciou dezenas de ataques aéreos contra a
Faixa de Gaza. Os militantes de Gaza responderam aos
ataques, disparando foguetes contra Tel Aviv. Após os
bombardeios, Israel decidiu atacar Gaza por terra.
Por que Israel ataca a Faixa de Gaza
com foguetes?
• O ponto de vista israelense é de que o Hamas cresceu
acostumado a lançar foguetes e nenhum país pode tolerar
isso. Não fazer nada não é uma opção e atacar fortemente
o grupo é a maneira que o governo enxerga de conseguir
garantir sua paz. O Estado justifica a morte de civis nos
bombardeios como fatalidades e culpa o Hamas por
esconder militantes e armas em locais civis.
• Como informa agência Associated Press, Israel afirma se
esforçar para minimizar os "efeitos colaterais" ao emitir
sinais de alerta para moradores e antecipar ataques
grandes com bombas pequenas. Além disso, os israelenses
veem o Hamas como um inimigo mortal que não pode ser
tolerado e, devido a suas bases radicais islâmicas, há pouca
chance de diálogo.
Como o Hamas assumiu o controle da
Faixa de Gaza?
• A Faixa de Gaza foi tomada por Israel na Guerra
dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos
em 2005 - embora boa parte das fronteiras e
territórios aéreos e marítimos ainda sejam
controlados pelos israelenses. Em 2007, o grupo
Hamas - considerado terrorista por Israel - venceu
as eleições parlamentares palestinas, fato não
reconhecido pelo opositor Fatah. O racha na
administração fez com que o Hamas controlasse a
Faixa de Gaza e o Fatah ficasse a cargo da
Cisjordânia. Desde então, Israel e o Hamas não
dialogam.
Como convivem os habitantes da
Faixa de Gaza com a situação?
• Para os palestinos, a situação em Gaza é insustentável. Desde a
tomada do poder pelo Hamas, Israel impede a passagem por terra
no norte e leste, e pelo mar a oeste, bloqueando também as
viagens aéreas. O Egito completa o cerco com um controle pesado
das fronteiras com a Faixa de Gaza no sul. A região de 1,7 milhões
de pessoas está lotada de favelas em um território de menos de 35
km de extensão e com poucos quilômetros de largura.
• Para muitos palestinos, até mesmo os que não apoiam o Hamas, os
meios não convencionais como foguetes contra os que eles
enxergam como causadores de seus tormentos é uma resposta
considerada aceitável. Com o fracasso dos últimos 20 anos de
negociações de paz para conseguir formar um Estado independente
palestino, alguns temem que a ocupação da Cisjordânia pode ser
permanente e o que se tem é um cenário de desânimo e
desespero.
Os israelenses apoiam os ataques a
Gaza?
• Há muita divisão em Israel, e é difícil falar em um
"ponto de vista israelense" - mas isso não se aplica ao
Hamas e a seus foguetes. Essa é uma oportunidade
única para o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Muitos israelenses se opõem às suas políticas em
relação aos palestinos em geral, e alguns realmente
abominam seu apoio a novos assentamentos judaicos
na Cisjordânia. Mas a vasta maioria dos israelenses não
confia e se opõe ao Hamas - autores de vários ataques
suicidas contra civis e detratores dos esforços de paz
feitos pelos palestinos moderados. Para Netanyahu,
cada derrota do Hamas é uma chance de popularidade.
O Mundo Árabe apoia o Hamas?
• Políticos árabes condenam frequentemente Israel, mas poucos
genuinamente morrem de amores pelo Hamas. O grupo palestino é
parte de uma vertente política do Islã que, com as Revoltas Árabes,
está sendo combatida em toda a região, primeiro no Egito (com a
saída da Irmandade Muçulmana), mas também em países do Golfo.
Até seu aliado Irã deixou de apoiá-lo e seus recursos estão se
esgotando - enquanto vários países do Ocidente os consideram um
grupo terrorista.
• A Autoridade Palestina recentemente propôs um governo conjunto
com o Hamas, mas a animosidade com o grupo secular Fatah, do
presidente Mahmoud Abbas, foi mais profunda. O Hamas não
aceita as condições propostas pela comunidade internacional para
ser um ator global legítimo: reconhecer Israel, aceitar os acordos
anteriores e renunciar à violência.
Os ataques israelenses são
desproporcionais?
• Na batalha pela opinião pública, Israel pode ser uma vítima
de seu próprio sucesso na prevenção de fatalidades
internas. Seu potente sistema de defesa "Cúpula de Ferro"
abateu inúmeros foguetes do Hamas, reduzindo a
pouquíssimas as vítimas israelenses durante os três últimos
conflitos contra o grupo islâmico. Já o ataque do Estado
judeu é intenso e deixa centenas de vítimas - muitas delas
civis - do lado palestino, o que pesa negativamente na
opinião pública interna e internacional.
• Muitos acreditam que o Hamas pouco se esforça em não
provocar Israel. A opinião pública importaria menos na
Faixa - que não é verdadeiramente uma democracia - do
que em Israel e é pouco provável um cenário em que o
Hamas seja derrubado pela população no momento.

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  • 2. Entenda motivos dos dois lados do conflito entre palestinos e israelenses Israel lançou ofensiva após ataques de foguete do grupo palestino Hamas. Violência começou após seqüestro e morte de jovens de ambos os lados. As raízes do confronto são antigas. Ao longo dos anos, ambos os lados foram ampliando as demandas para uma paz definitiva Entenda as exigências históricas e os argumentos de cada lado do confronto:
  • 3. MOTIVOS DE ISRAEL • - O país afirma categoricamente que o Hamas é o responsável pelo sequestro e assassinato dos três adolescentes israelenses em 12 de junho. • - O Hamas não só atira foguetes de Gaza para o lado israelense, como também aumentou seu arsenal, que agora pode atingir o centro de Israel como nunca antes. Israel considera que não pode ficar parado em relação à situação. • - Israel alega que o Hamas esconde militantes e armas em locais residenciais em Gaza, por isso é necessário atacá-los, mesmo que isso signifique que civis estejam entre as vítimas. • - Para Israel, o Hamas é um grupo terrorista que não reconhece a existência do Estado de Israel e não aceita se desarmar.
  • 4. MOTIVOS DOS PALESTINOS • - Um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém. A autópsia indicou que ele foi queimado vivo. Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime. • - A maioria dos palestinos considera o controle israelense sobre a Faixa de Gaza abusivo e a situação humanitária insustentável. Os moradores dependem de Israel para ter eletricidade, água, meios de comunicação e até moeda. • - Nos confrontos entre Israel e o Hamas, a força de ação do exército israelense é desproporcionalmente maior. Em todos os confrontos até agora, o número de mortes do lado palestino foi muito maior. • - Israel deteve centenas de militantes do Hamas em sua grande busca na Cisjordânia pelos três israelenses sumidos no mês passado.
  • 5.
  • 6. Como começou o confronto? • A mais recente escalada de violência começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses na Cisjordânia. Israel acusou o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, do sequestro. O grupo islamita não confirmou nem negou envolvimento. Israel deslocou soldados para a área da Cisjordânia e dezenas de membros do Hamas foram detidos. Foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel.
  • 7. • Os corpos dos três jovens foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. A tensão aumentou, com Israel respondendo aos disparos feitos por Gaza. No dia seguinte, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental. A autópsia indicou que ele foi queimado vivo. • Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime. Isso reforçou as suspeitas de que a morte teve motivação política e gerou uma onda de revolta e protestos em Gaza. • No dia 8 de julho, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul de Israel por parte de ativistas palestinos, a aviação israelense iniciou dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. Os militantes de Gaza responderam aos ataques, disparando foguetes contra Tel Aviv. Após os bombardeios, Israel decidiu atacar Gaza por terra.
  • 8. Por que Israel ataca a Faixa de Gaza com foguetes? • O ponto de vista israelense é de que o Hamas cresceu acostumado a lançar foguetes e nenhum país pode tolerar isso. Não fazer nada não é uma opção e atacar fortemente o grupo é a maneira que o governo enxerga de conseguir garantir sua paz. O Estado justifica a morte de civis nos bombardeios como fatalidades e culpa o Hamas por esconder militantes e armas em locais civis. • Como informa agência Associated Press, Israel afirma se esforçar para minimizar os "efeitos colaterais" ao emitir sinais de alerta para moradores e antecipar ataques grandes com bombas pequenas. Além disso, os israelenses veem o Hamas como um inimigo mortal que não pode ser tolerado e, devido a suas bases radicais islâmicas, há pouca chance de diálogo.
  • 9. Como o Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza? • A Faixa de Gaza foi tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005 - embora boa parte das fronteiras e territórios aéreos e marítimos ainda sejam controlados pelos israelenses. Em 2007, o grupo Hamas - considerado terrorista por Israel - venceu as eleições parlamentares palestinas, fato não reconhecido pelo opositor Fatah. O racha na administração fez com que o Hamas controlasse a Faixa de Gaza e o Fatah ficasse a cargo da Cisjordânia. Desde então, Israel e o Hamas não dialogam.
  • 10. Como convivem os habitantes da Faixa de Gaza com a situação? • Para os palestinos, a situação em Gaza é insustentável. Desde a tomada do poder pelo Hamas, Israel impede a passagem por terra no norte e leste, e pelo mar a oeste, bloqueando também as viagens aéreas. O Egito completa o cerco com um controle pesado das fronteiras com a Faixa de Gaza no sul. A região de 1,7 milhões de pessoas está lotada de favelas em um território de menos de 35 km de extensão e com poucos quilômetros de largura. • Para muitos palestinos, até mesmo os que não apoiam o Hamas, os meios não convencionais como foguetes contra os que eles enxergam como causadores de seus tormentos é uma resposta considerada aceitável. Com o fracasso dos últimos 20 anos de negociações de paz para conseguir formar um Estado independente palestino, alguns temem que a ocupação da Cisjordânia pode ser permanente e o que se tem é um cenário de desânimo e desespero.
  • 11. Os israelenses apoiam os ataques a Gaza? • Há muita divisão em Israel, e é difícil falar em um "ponto de vista israelense" - mas isso não se aplica ao Hamas e a seus foguetes. Essa é uma oportunidade única para o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Muitos israelenses se opõem às suas políticas em relação aos palestinos em geral, e alguns realmente abominam seu apoio a novos assentamentos judaicos na Cisjordânia. Mas a vasta maioria dos israelenses não confia e se opõe ao Hamas - autores de vários ataques suicidas contra civis e detratores dos esforços de paz feitos pelos palestinos moderados. Para Netanyahu, cada derrota do Hamas é uma chance de popularidade.
  • 12. O Mundo Árabe apoia o Hamas? • Políticos árabes condenam frequentemente Israel, mas poucos genuinamente morrem de amores pelo Hamas. O grupo palestino é parte de uma vertente política do Islã que, com as Revoltas Árabes, está sendo combatida em toda a região, primeiro no Egito (com a saída da Irmandade Muçulmana), mas também em países do Golfo. Até seu aliado Irã deixou de apoiá-lo e seus recursos estão se esgotando - enquanto vários países do Ocidente os consideram um grupo terrorista. • A Autoridade Palestina recentemente propôs um governo conjunto com o Hamas, mas a animosidade com o grupo secular Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, foi mais profunda. O Hamas não aceita as condições propostas pela comunidade internacional para ser um ator global legítimo: reconhecer Israel, aceitar os acordos anteriores e renunciar à violência.
  • 13. Os ataques israelenses são desproporcionais? • Na batalha pela opinião pública, Israel pode ser uma vítima de seu próprio sucesso na prevenção de fatalidades internas. Seu potente sistema de defesa "Cúpula de Ferro" abateu inúmeros foguetes do Hamas, reduzindo a pouquíssimas as vítimas israelenses durante os três últimos conflitos contra o grupo islâmico. Já o ataque do Estado judeu é intenso e deixa centenas de vítimas - muitas delas civis - do lado palestino, o que pesa negativamente na opinião pública interna e internacional. • Muitos acreditam que o Hamas pouco se esforça em não provocar Israel. A opinião pública importaria menos na Faixa - que não é verdadeiramente uma democracia - do que em Israel e é pouco provável um cenário em que o Hamas seja derrubado pela população no momento.